Energia Elétrica Placas solares promovem economia e acendem o debate sobre as altas tarifas
PÁGINA 6 RIO GRANDE DO SUL
15 a 31 de outubro de 2019 distribuição gratuita brasildefato.com.br
/brasildefators
brasildefators
Ano 2 | edição 21
Um ataque à natureza
Ainda sob a fumaça da Amazônia, o governador Eduardo Leite quer alterar 480 artigos do Código Ambiental gaúcho. A votação em regime de urgência deve acontecer ainda neste mês. Veja na Página Central.
2
OPINIÃO
PORTO ALEGRE, 15 A 31 DE OUTUBRO DE 2019
ARTIGO | Freireando Porto
CHARGE | Santiago
Alegre
Selvino Heck *
O
Conselho de Educação Popular da América Latina e Caribe (CEAAL), do qual Paulo Freire foi um dos fundadores e seu primeiro presidente, está lançando uma campanha latino-americana em defesa do legado desse grande brasileiro. É uma contraposição à ofensiva ideológica contra as ideias de Freire. Acentua a importância do legado freireano para a educação e outras áreas do conhecimento, além dos processos de educação popular desenvolvidos em todo o mundo. Quer, também, construir processos que contribuam para a produção de conhecimento crítico na educação popular, associando o educador aos temas da formação política, da educação popular feminista e antipatriarcal, da economia solidária e outros. Além de impulsionar a campanha na América Latina, projeta
Rio Grande, a opção pelo atraso EDITORIAL |
www.brasildefato.com.br redacaors@brasildefato.com.br (51) 98191 7903 /brasildefators @Brasil_de_Fato
ard. Antes, ainda nos anos 1950, o pioneiro Henrique Roessler fundara em São Leopoldo, a União Protetora da Natureza (UPN), primeira ONG de luta ambiental no país. Agora, trocamos o avanço pelo atraso. Mas o Rio Grande não é um ponto fora da curva no Brasil sob Bolsonaro. Além das aparências, o governador polido e o presidente rudimentar servem aos mesmos senhores. Desde antes da sua posse, Bolsonaro nunca negou sua ojeriza aos povos indígenas e à preservação da Amazônia. No poder, escalou para ministro do meio ambiente um cidadão condenado por fraude ambiental... Sua retórica inflamada serviu, como se lembra, para incendiar a maior floresta da Terra, estimulando o “Dia do Fogo”, desfechado por grileiros, fazendeiros e outros assassinos da natureza. Estarreceu o planeta. Aos olhos do mundo civilizado, converteu-se em paradigma do governante incapaz, tacanho e perigoso. A ânsia de votar a toque de caixa algo muito complexo e com muitas implicações mostra, porém, que o perigo também pode vir embalado em belas palavras e não apenas dos gestores toscos.
brasildefators
CONSELHO EDITORIAL Danieli Cazarotto, Cedenir Oliveira, Fernando Fernandes, Ezequiela Scapini, Ronaldo Schaefer, Frei Sérgio Görgen, Ênio Santos, Isnar Borges, Cláudio Augustin, Fernando Maia, Neide Zanon, Edison Terterola, Mariane Quadros, Daniel Damiani, Jéssica Pereira, Ademir Wiederkehr, Alex Ebone, Luiz Müller, Vito Giannotti (In Memoriam) | EDIÇÃO Katia Marko (DRT7969), Marcos Corbari (DRT16193), Ayrton Centeno (DRT3314) e Marcelo Ferreira (DRT16826) | REDAÇÃO NESTA EDIÇÃO Ayrton Centeno, Fabiana Reinholz, Grasiele Berticelli, Katia Marko, Marcelo Ferreira, Marcos Corbari e Walmaro Paz | DIAGRAMAÇÃO Marcelo Souza | DISTRIBUIÇÃO Alexandre Garcia | IMPRESSÃO Gazeta do Sul | TIRAGEM 25 mil exemplares
Nesta perspectiva, Porto Alegre vai freirear no sábado, 19 de outubro, das 15h às 19h, ‘à sombra das mangueiras’ (lembrando o belo poema de Paulo Freire) da Faculdade de Educação, da UFRGS. Haverá rodas de conversa, lançamento de livros, feirinhas de produtos orgânicos e artesanato, dança, música e mística. E, às 17h, o lançamento da campanha.
A POIO
Q
uase 500 mudanças em qualquer código definem, na prática, um novo código. Votar as 500 alterações afobadamente, sem tempo para discussão, empurrando-as goela abaixo do Legislativo, definem outra coisa. Algo que não se sabe exatamente o que é, mas que não é respeitoso, correto nem racional. É o que está prestes a acontecer no Rio Grande, onde o governador Eduardo Leite (PSDB) quer aprovar em regime de urgência modificações substanciais no Código Estadual de Meio Ambiente. O pior é que o código do governador não traz boas notícias para o ambiente natural. É o que afirmam os próprios funcionários da Fepam, ignorados na elaboração da lei. Em resposta, produziram uma Nota Técnica extremamente crítica, onde a lei de Leite surge como um retrocesso bárbaro. Soa trágico quando se sabe que a luta ambiental brasileira nasceu em solo gaúcho com a fundação da Agapan em 1971, com José Lutzenberger, com a primeira lei de agrotóxicos - que proibiu o uso no estado de venenos agrícolas proibidos nos países de origem - com a batalha contra a papeleira Borrega-
divulgá-la de forma articulada com movimentos sociais e outros coletivos.Nesta perspectiva, Porto Alegre vai freirear no sábado, 19 de outubro, das 15h às 19h, ‘à sombra das mangueiras’ (lembrando o belo poema de Paulo Freire) da Faculdade de Educação, da UFRGS. Haverá rodas de conversa, lançamento de livros, feirinhas de produtos orgânicos e artesanato, dança, música e mística. E, às 17h, o lançamento da campanha. Cidadão de Porto Alegre desde 1991, Paulo Freire sempre defendeu uma educação pública, popular e democrática. E profetizou: “Não é a educação que transforma. A educação transforma as pessoas que transformam o mundo”. SULEAR em vez de NORTEAR, disse ele. E afirmou ainda – o que vale recordar nestes tempos difíceis de ódio, intolerância, retirada de direitos e ameaças à democracia: “Não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos, acrescentando a ele algo que fazemos”. Pacientemente impacientes, sempre. Com tolerância e humildade. Com indignação ante qualquer injustiça. Construir novos tempos, com solidariedade, soberania, democracia. Esperançar, como dizia Paulo Freire. E, chegando em 2021, como já propõe o MST, realizar a jornada nacional do centenário do nascimento de Paulo Freire. Paulo Freire não será novamente preso, nem exilado. Foi oficialmente anistiado, é cidadão brasileiro em sentido pleno e o Patrono da Educação Brasileira. E ele disse: “Não entendo a existência humana, sem esperança e sem sonho”.
* Membro da Coordenação do CEAAL Brasil
PORTO ALEGRE, 15 A 31 DE OUTUBRO DE 2019
COMUNICAÇÃO | Debate avalia o
GERAL
impacto das fake news na democracia As eleições de 2018 foram marcadas por uma avalanche de notícias falsas espalhadas através das novas tecnologias. MARCELO FERREIRA E FABIANA REINHOLZ PORTO ALEGRE (RS)
"N
a eleição brasileira do ano passado houve a atuação de empresas fornecedoras de envios maciços de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas”. A afirmação é do gerente de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp, Ben Supple. De acordo com reportagem do jornal
Folha de São Paulo do dia 8 de outubro, foi a primeira vez que o WhatsApp admite que a eleição de 2018 no Brasil sofreu impacto a partir da contratação de sistemas automatizados. “O cenário é grave e preocupante para o povo e para a frágil democracia brasileira. Nota-se o descompromisso das corporações digitais com a qualidade da informação, visto o reconhecimento pelo WhatsApp. Além disso, Facebook e Twitter afirmaram que não vão remover anúncios pagos de políticos com notícia falsa”, afirma o ativista digital Lucio Uberdan. Para ele, se as práticas persistirem, uma geração de brasileiros, os mais pobres, estará condenada, assim como as próximas elei-
ções e a credibilidade da comunicação em rede. O jornalista e professor Juremir Machado ressalta que a novidade nas atuais notícias falsas é a escala industrial. “São velhas formas com
novas tecnologias. Umberto Eco já falava disso em 1978. A potência tecnológica, porém, muda tudo. Passamos ao grau máximo da falsificação.” Para ele, a checagem de informações tornou-se o mais impor-
tante do jornalismo e, mais do que nunca, é necessário que se busque compreender esse novo sistema de falsificação da informação. Para debater os impactos das notícias falsas, o Comitê Gaúcho do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) realiza, no dia 21 de outubro, às 19h45, o painel “Fake News, Eleições e Democracia”, no auditório Padre Bruno Hammes, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo. Além de Lucio e Juremir, a atividade terá como palestrantes a jornalista e professora aposentada Christa Berger e o professor e coordenador do curso de Direito da Unisinos, Guilherme de Azevedo.
ALIMENTAÇÃO | Ameaçado por Bolsonaro, Consea realiza “conferência da resistência” em Porto Alegre Sob ataque do governo federal, conferências estaduais têm o desafio de rearticular ações da luta em defesa da vida, contra a fome e a miséria. MARCOS CORBARI
O
HULHA NEGRA (RS)
Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-RS), juntamente com a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar (CAISAN-RS) e o governo do estado, realiza entre os dias 16 e 18 de outubro a VII Conferência Estadual de Segurança Ali-
mentar e Nutricional, no Teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa. A conferência faz homenagem póstuma ao nome de Brizabel Rocha, militante incansável nas lutas pela soberania e segurança alimentar e nutricional, conselheira do Consea e uma das fundadoras do Fórum Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Fesans-RS). “Essa será a nossa conferência da resistência”, afirma Juliano de Sá, membro da comissão organizadora e representante da Frente Parlamentar Gaúcha em Defesa da Alimentação Saudável. Na sua
avaliação, a recente ação do presidente Jair Bolsonaro, destituindo o Consea em nível nacional, dá ainda mais relevância para o debate em nível estadual. “Em 1995 o então presidente Fernando Henrique Cardoso já havia tentado destituir o Consea, mas resistimos e se retornou com muito mais força”, relembrou, destacando que o caráter de resistência é justamente devido ao cenário de opressão imposto pelo governo federal. “Vamos contar com o esforço militante daqueles e daquelas que fazem parte da luta pelo tema da segurança alimentar no estado”, acrescentou.
Volta da fome: militantes deram o alerta em 2018
D
urante o período pré-eleitoral em 2018, oito militantes de movimentos ligados à Via Campesina deram o alerta a respeito do possível retorno da fome ao Brasil. “Nos mobilizamos no sentido de denunciar a prisão ilegal do presidente Lula e colocamos como motivação maior da nossa ação a denúncia da volta da fome como flagelo contra a
população mais pobre”, explica Frei Sérgio Görgen, que juntamente com Jaime Amorim, Zonália Santos, Rafaela Alves, Gegê Gonzaga, Vilmar Pacífico e Leonardo Soares, manteve-se durante 26 dias sem alimentos. “Era um sacrifício que considerávamos pequeno, algumas pessoas que passavam fome por alguns dias para ajudar a evitar que milhões de pessoas ficassem
submetidas a passar fome por toda sua vida”, comentou. A greve foi encerrada, Lula não pôde ser candidato, Bolsonaro foi eleito e a economia – sob a tutela do neoliberal Paulo Guedes – está em situação ainda mais grave do que no período do golpe. “Muita gente considerou que a greve de fome foi derrotada porque não alcançou seus objetivos, mas hoje nós vemos que der-
rotados não fomos nós e sim a Constituição e o povo brasileiro que está a cada dia mais
exposto ao flagelo da fome, à miséria e à supressão de direitos”, conclui.
3
4
GERAL
PORTO ALEGRE, 15 A 31 DE OUTUBRO DE 2019
Novo código ambiental representa retrocesso de 40 anos, acusa Agapan DE VOLTA PARA O PASSADO |
Cards da Campanha "Retire a Urgência", criados por Pedro Kotz
O projeto do novo Código Ambiental para o Rio Grande do Sul foi apresentado oficialmente dia 27 de setembro pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Júnior, no Palácio Piratini. AYRTON CENTENO * PORTO ALEGRE (RS)
A
ameaça de patrolamento do atual Código Estadual do Meio Ambiente através da alteração de 480 de seus artigos e com votação em regime de urgência pela Assembleia Legislativa deixou os ambientalistas gaúchos em pé de guerra contra o governo Eduardo Leite (PSDB). “É um projeto desestruturante, destruidor e prostituinte, porque ele prostitui a questão ambiental numa liberalização infundada que destrói 10 anos de trabalho”, ataca o presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Francisco Milanez, tachando a proposta de um retrocesso de 40 anos. “É lamentável”, reage o ex-secretário de Meio Ambiente de Porto Alegre e ex-vereador pelo PP, Beto Moesch, referindo-se à proposta de votação em toque de caixa de algo tão importante. Ex-presidente da Agapan Celso Marques afirma que Leite “quer desmontar em 30 dias o que levou vários anos para ser construído”. Marques, hoje convertido ao budismo como monge Seikaku, nota que a discussão sobre a legislação atual foi trabalhosa e detalhada. Começou em 1992 e o projeto somente foi votado e aprovado em 2000 pelo Legislativo.
Sem consulta “Agora, não houve consulta à sociedade nem mesmo aos próprios técnicos da Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental). É uma proposta leviana e precipitada. Deixa fazer o que (os empresários) quiserem”, retorna Milanez. Aliás, um grupo de técnicos da Fepam realizou uma varredura no projeto de Lei-
te, produzindo uma nota técnica de nove páginas (veja alguns de seus pontos nesta edição) que elenca o que considera seus maiores equívocos. “A nota mostra a desqualificação das pessoas que fizeram o
(novo)projeto, seus abusos e liberalidades”, opina o presidente da Agapan. “Vai ser preciso pressão da sociedade”. É o remédio que Moesch recomenda para travar a urgência da votação. “E
também da imprensa porque as pessoas têm que saber disso”, agrega. Nos anos 1990, Moesch foi convidado pela Assembleia Legislativa para atuar na mediação dos debates em torno do rascunho da lei hoje
Governo acha que novo código representará “maior proteção”
P
ara o governo estadual, o projeto do novo código significa “um melhor equilíbrio entre a proteção ambiental e o desenvolvimento socioeconômico”. Apesar da torrente de críticas, o Palácio Piratini trata a proposta como uma “modernização” das leis que protegem o ambiente natural. Chega a afirmar que a inovação irá assegurar “maior proteção ao meio ambiente”. Também proporcionará “mais segurança jurídica e embasamento técnico”, além de “incentivar a participação da sociedade e estar alinhado com a legislação federal”. Quanto à controversa Licença Ambiental por Compromisso (LAC), nota oficial sustenta que poderá ser solicitada por “empreendimentos considerados de menor impacto”. Seu argumento é de que
Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini
Leite encaminhou o Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa, em caráter de urgência
simplificará o processo de licenciamento das atividades definidas como de baixa repercussão ambiental.
em vigor. Lembra que, na época, sentaram-se à mesa para discutí-lo desde as federações empresariais até as ONGs ambientalistas, passando por órgãos públicos, universidades e municípios. A legislação somente foi aprovada, por unanimidade e sem emendas, em 2000, após atingir um consenso capaz de satisfazer a todos os envolvidos.
O Estado se retira “Temos que unir forças, apesar das nossas divisões, para barrar o regime de urgência na Assembleia”, receita Milanez. “Demonstrar a irresponsabilidade que é isso (o código e a pressa em aprová-lo). Marques acha que a proposta só se preocupa com a rapidez do licenciamento e dá até a possibilidade do autolicenciamento, ficando a fiscalização para depois. Moesch nota que na Bahia já existe algo semelhante, mas apenas para instalação de postos de combustível. E em Santa Catarina vale somente para o setor de avicultura. Aqui, ainda não foi definida a abrangência. Para Milanez, o autolicenciamento significa o Estado se retirando de sua função de controlar. “Quer ficar só com a parte boa, a de multar. E o empresário vai cair na mão das empresas de consultoria que, na hora H, vão cair fora...”, prevê. Caminho inverso Ele considera irônico que, justamente o Rio Grande do Sul, pioneiro na luta ambiental no Brasil, primeiro com Henrique Roessler nos anos 1950 e depois com José Lutzenberger e a Agapan nos anos 1970, enverede pelo caminho inverso. “Essa luta gerou o primeiro órgão ambiental municipal, o primeiro estadual, o primeiro mestrado de Ecologia numa universidade, que foi a UFRGS, a primeira lei de agrotóxicos, uma Constituição, a do RS, muito voltada para a questão ambiental”, enumera. “E agora o Estado abandona a razão e se alia a uma especulação estúpida”, acusa. *Colaborou Wálmaro Paz
GERAL
PORTO ALEGRE, 15 A 31 DE OUTUBRO DE 2019
Eduardo Leite tenta fantasiar de “novo” aquilo que é velho e atrasado
5
ANÁLISE |
“Uma tentativa de travestir de ‘moderno` um código que retrocede e precariza não somente o licenciamento, mas tudo o que se refere à garantia dos valores am-
bientais”. Assim a nota técnica elaborada por um grupo de funcionários da Fepam, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental, retrata as transformações pre-
tendidas pelo governo Eduardo Leite (PSDB) no Código Estadual de Meio Ambiente. Com nove páginas, o documento é uma leitura técnica e detalhada das mudan-
ças pretendidas. Além de questionar alterações substanciais, ataca a quantidade de erros, confusões de conceitos e imprecisões do projeto.
Veja algumas das críticas ao projeto financeiro do Estado, até mesmo para as pesquisas e centros de pesquisas, manutenção de ecossistemas, racionalização do aproveitamento da água e energia, entre outras tantas”, assinala.
4
Afrouxa o licenciamento ambiental, criando grave risco ambiental. É o queacontecerá com a criação da LAC, sigla que identifica a “Licença por Adesão de Compromisso”. Ou seja, “o empreendedor pode iniciar a instalação e a operação baseadas apenas numa declaração”. É, na prática, o autolicenciamento.
7
1
Acaba com os quatro artigos do capítulo 5. Os quatro tratam de medidas de proteção, por exemplo, às áreas adjacentes às unidades de conservação. Também deixa de proteger áreas reconhecidas pela UNESCO como reservas da biosfera; os bens tombados pelo Poder Público; as ilhas fluviais e lacustres; as fontes hidrominerais; as áreas de interesse ecológico, cultural, turístico e científico, os estuários, as lagunas, os banhados e a planície costeira; as áreas de formação vegetal defensivas à erosão de encostas ou de ambientes de grande circulação biológica.
2
Revogação total do capítulo que trata da educação ambiental. Acaba com a participação do Estado em eventos, capacitação de recursos humanos em conscientização ambiental, e divulgação, por meio de planos, pesquisas e projetos.
3
Revoga todo o segundo capítulo do código atual, aquele referente aos estímulos destinados à proteção ambiental. “Foram suprimidos todos os mecanismos de apoio
Desmonta o Código Florestal/RS. Revogam-se vários artigos que protegem as florestas e espécimes importantes da flora gaúcha. Entre eles, os que citam a proibição da coleta, o comércio e o transporte de plantas ornamentais oriundas de florestas nativas.Também cai a proibição da coleta, a industrialização, o comércio e o transporte do xaxim. Retira-se a proibição “da supressão parcial ou total das matas ciliares e das vegetações de preservação”.
5 6
Supressão total do capítulo sobre poluição sonora. No tocante à poluição visual, permite a exploração de paisagens com anúncios públicos, painéis luminosos, ou qualquer tipo de comunicação. Já o artigo 56 do projeto é, para os analistas, “uma terceirização disfarçada”. Permite contratar pessoas físicas ou jurídicas para cumprir prazos para emissão de licenças, ocupando a atividade-fim da Fepam e desconsiderando o instrumento do concurso público.
8
Abre caminho para os incêndios florestais ao riscar o artigo 28, aquele que proíbe o uso do fogo ou queimadas nas florestas e demais formas de vegetação natural. Também elimina o artigo 1º que reconhece as florestas nativas e demais formas de vegetação natural como bens de interesse comum.
9 10
Retira o veto ao corte de árvores, comercialização e venda de florestas nativas, “numa sucessão de equívocos e desconhecimento”.
Revoga o artigo 35 do código florestal, aquele que proibia ou limitava o corte das espécies vegetais em via de extinção.
“Não se pode votar assim, sem discussão” “Claro que o governo tem toda legitimidade para promover uma revisão do código, mas o que não se pode é votar assim, sem discussão”, pondera o deputado estadual Zé Nunes (PT). Para ele, não é possível aprovar algo tão comple-
xo, uma lei com alterações em 480 artigos, em apenas um mês. Nunes comenta que praticamente metade da Assembleia Legislativa é composta por deputados de primeiro mandato que somente agora estão tomando conhecimento do
tema que é bastante técnico. “É preciso avaliar, artigo por artigo”, acentua. “Mas podemos ser objetivos”, diz. Ele entende que, se o Executivo quiser poderá definir, por exemplo, dois ou três meses para debate do assunto
no Legislativo com os diversos setores da sociedade e, findo o prazo, ingressar com o regime de urgência. “Seria o racional e o correto”, avalia. Zé Nunes acredita que haverá condições de se construir um acordo a respeito.
6
TERRA
PORTO ALEGRE, 15 A 31DE OUTUBRO DE 2019
Placas solares de baixo custo derrubam conta de luz nas vilas de Porto Alegre
ENERGIA ELÉTRICA |
Fotos: Comunicação MAB
Um projeto entre a Associação de Proteção a Vida (APROVI), em parceria com o Movimento dos Atingidos por Barragens/RS (MAB/RS) e lideranças do bairro, com apoio financeiro do programa CASA Cidades do Fundo Socioambiental, está resultando na instalação de placas solares em moradias de baixa renda na periferia de Porto Alegre. GRASIELE BERTICELLI
COMUNICAÇÃO DO MAB/RS
S
eis placas para aquecimento de água, do sistema ASBC (Aquecedores Solares de Baixo Custo) já foram instaladas em seis casas do bairro Lomba do Pinheiro, sendo três na vila Santa Helena e três na vila Herdeiros. As instalações aconteceram sob a forma de oficinas com a comunidade, organizando-se rodas de conversas sobre as tarifas de energia elétrica e o uso dos aquecedores solares para economia na conta de luz. A novidade promoveu economia, esclareceu sobre a tecnologia e acendeu o debate sobre o preço da conta de luz. Redução de até 44 quilovates As duas primeiras oficinas aconteceram em julho e setembro. Nas primeiras casas que receberam as placas, já é possível notar a redução na conta de energia elétrica. Maria Aparecida, moradora da Herdeiros, conta que, no primeiro mês, a economia foi de 30 kW e, no segundo, de 44 kW. Para Lurdes Barros, residente na Santa Helena, a economia no consumo de gás de cozinha também já é perceptível, em consequência da redução do tempo de cozimento de alimentos e de aquecimento de água, que já sai quente da torneira. Um dos principais moti-
vos da economia é a diminuição no uso do chuveiro elétrico, essencial no Sul do Brasil, devido às baixas temperaturas. O chuveiro aparece como vilão da conta de luz, sendo responsável por cerca de 40% do consumo de energia. Nova política As famílias contempladas atuam como multiplicadoras da experiência. De acordo com o MAB, o objetivo da iniciativa foi criar uma experiência para estimular a formulação de uma política pública no âmbito das alternativas energéticas para toda Porto Alegre. E também incentivar a discussão sobre a questão energética, num processo contínuo de formação e construção de consciência política e social. Elusa Gonçalves, da Herdeiros, recebeu uma das placas e acha que, agora, mais famílias deveriam se beneficiar da proposta. "O povo tem direito de acessar essa tecnologia, considerando que pagamos um alto preço na tarifa. Através da luta conquistamos as seis placas e queremos que mais pessoas possam ter acesso", comenta. Nota também que o Rio Grande do Sul tem uma grande quantidade de barragens, que produzem a energia a baixo custo.
Entendendo o sistema:
O sistema de aquecimento é composto por um boiler (reservatório de água aquecedor e térmico) de 200 L e por tubos de vidro revestidos por uma tinta escura que maximiza a captação da luz solar. A água sai do boiler e entra nos tubos por gravidade, onde ocorre o processo de aquecimento, podendo chegar numa temperatura de até 90°C.
No interior, 70 famílias beneficiadas
A
iniciativa é a primeira em um centro urbano gaúcho, mas já existem experiências consolidadas no interior. Em 2016, como fruto da luta do MAB junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), 70 famílias foram contempladas com os aquecedores solares. E ainda como programa PAIS (Produção Agroecológica Integrada Sustentável), que consiste em uma horta circular com um galinheiro no centro e um pomar em torno. Tudo com a finalidade de promover melhorias na qualidade de vida das famílias, por meio da soberania alimentar, geração de renda e economia nas contas de luz. O BNDES é o principal financiador das obras de hidrelétricas. Então, possui responsabilidade também sobre as tarifas elevadas de energia elétrica. No encerramento do projeto, dia 3 de outubro, foi realizado na vila Herdeiros, o seminário "Soberania e alternativas energéticas: a experiência com placas solares na Lomba do Pinheiro". O momento central da noite foi a apresentação dos resultados pelas famílias contempladas, que relataram os seus benefícios com a colocação das placas, além do entendimento a respeito das con-
tradições da questão energética no Brasil. Sobre os próximos passos, conforme apontado pelo MAB, a intenção é seguir debatendo o tema das tarifas com as famílias da Lomba do Pinheiro e de outros bairros da capital gaúcha, apresentando as placas como uma alternativa viável de economia. Pretende-se continuar somando cada vez mais forças na luta pela construção de uma política pública estadual a partir da experiência com as placas no bairro, além de iniciar um esforço nacional para reduzir o preço da luz.
PORTO ALEGRE, 15 A 31 DE OUTUBRO DE 2019
CINEMA | Filmes resgatam a Foto: Divulgação
memória dos tempos da ditadura
CULTURA & LAZER HORÓSCOPO ÁRIES (21/3 A 20/4) Os últimos dias foram intensos para os carneiros, com sensualidade à flor da pele e novos projetos no trabalho. Nos próximos dias talvez tu sintas vontade de ficar mais distante da vida social. Mas nada disso, a vida pede mais! Aproveite as conquistas.
TOURO (21/4 A 20/5)
Os taurinos entrarão em uma nova fase da sua vida, na qual tudo se transforma. O medo e a insegurança virão, mas não deixe se paralisar. Joga-te nessa nova jornada, com tanta energia tu não passarás despercebido.
GÊMEOS (21/5 A 20/6)
Chega de lenga-lenga, geminiano! Os últimos dias foram de muitas reflexões, mas a vida está passando e tu precisas agir. Quem sabe não é hora de iniciar um novo projeto? Exercícios físicos serão muito bem-vindos.
CÂNCER (21/6 A 22/7) A Torre das Donzelas poderá ser visto na Cinemateca Paulo Amorim, no dia 26 de outubro
“A desigualdade perante a lei é o que faz e continua fazendo a história real, mas a história oficial não é escrita pela memória e sim pelo esquecimento. Bem o sabemos na América Latina, onde os exterminadores de índios e os traficantes de escravos têm estátuas nas praças das cidades e onde as ruas e as avenidas costumam levar nomes dos ladrões de terras e dos cofres públicos.” KATIA MARKO
E
PORTO ALEGRE (RS)
sse trecho do texto “A amnésia obrigatória”, do escritor uruguaio Eduardo Galeano, nos alerta para a necessidade de resgatarmos a história e não nos calarmos perante a amnésia obrigatória imposta pelas ditaduras militares que tomaram de assalto os países da América Latina. Nesse sentido, o cinema brasileiro traz um rico acervo para conhecermos nossa história e continua cumprindo com seu papel social. No último mês, dois filmes importantes puderam ser vistos em Porto Alegre: Legalidade e A Torre das Donzelas.
Legalidade O longa-metragem Legalidade, de Zeca Brito, resgata importantes momentos históricos que acontecerem em
Porto Alegre e que repercutiram em âmbito nacional, durante o movimento liderado pelo governador Leonel Brizola, em 1961. O longa, que é uma mistura de ficção com fatos reais, apresenta inúmeros acontecimentos de um passado não tão distante. Em agosto de 1961, o Brasil conheceu inédita campanha da legalidade em defesa da ordem jurídica vigente durante a primeira experiência de democracia ampliada a partir de 1945. Naquela oportunidade, sete anos depois de as mesmas forças do atraso terem sido derrotadas em sua tentativa golpista de romper com a ordem democrática contra o governo do presidente eleito Getúlio Vargas (1950-1954), emergiu rápida e inesperada mobilização civil e militar na defesa da posse do vice-presidente João Goulart diante da renúncia do então presidente Jânio Quadros.A campanha da legalidade se formou em torno da Rádio Guaíba de Porto Alegre que passou a funcionar diretamente do Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, acompanhada pela retransmissão de diversas rádios do país. Legalidade ainda está em cartaz em Porto Alegre na Sala Paulo Amorim da Casa de Cultura Mario Quintana.
A Torre das Donzelas “Há desejos que nem a prisão e nem a tortura inibem:
liberdade e justiça. Há razões que nos mantêmíntegros mesmo em situações extremas de dor e humilhação: a amizade e a solidariedade. O sensível documentário A Torre das Donzelas, de Suzzana Lira, traz relatos inéditos da ex-presidente Dilma Rousseff e de suas ex-companheiras de cela do Presídio Tiradentes, em São Paulo, resultando em umexercício coletivo de memória feito por mulheres queacreditam que resistir ainda é um único modo de se manter livre. Com uma narrativa diferente da usualmente utilizada quando se fala sobre as violações de direitos humanos do regime militar, a produção joga luz ao afeto desenvolvido entre essas mulheres dentro do cárcere.“A torre foi um lugar de dor e aprisionamento, mas também foi um momento de transformação pessoal para cada uma delas. Por isso elas reagiram muito bem ao cenário, pois era uma lembrança de um lugar de luta, de resistência, e também de muito companheirismo”, explica Lira. Em cartaz por pouco tempo na cidade, o filme poderá ser visto na Mostra Ela na Tela, na Cinemateca Paulo Amorim, na Casa de Cultura Mario Quintana, no dia 26 de outubro, às 19h15, seguido de debate com a diretora. Saiba mais:https://www.elanatela.com.
TIRINHA | Armandinho (Alexandre Beck)
Cancerianos são só amor no próximo período. Depois de muitas dificuldades nessa área, agora é a sua vez. Abra seu coração sem medo. É hora de mexer com as suas energias, sua sensualidade estará aflorada, então saia da segurança de seu lar, se arrisque.
LEÃO (23/7 A 22/8)
É hora de mudança, leonino! E serão muitas: de casa, de país, de amores, de amizades, nada estará descartado. Tudo aquilo que tu desejaste chegará agora com força, seu brilho estará maior do que nunca. Aproveite as novidades que virão.
VIRGEM (23/8 A 22/9) Como é bom ter amigos, não é? E nos próximos dias tu estarás rodeado deles, antigos amigos retornam e novos se juntam. Tua comunicação e simpatia estarão afloradas e é bem provável que te beneficie em outras áreas, como estudo, trabalho e, claro, no amor.
LIBRA (23/9 A 22/10)
Os próximos dias não estarão muito fáceis, libriano. Não te apavora, a vida é feita de altos e baixos. O momento pede introspecção, mas não se isole, procure os amigos, eles te ajudarão a sair dessa fossa que você se meteu.
ESCORPIÃO (23/10 A 21/11)
Depois da tua energia chegar no dedão do pé deixando-te sem forças, o Sol entra no seu signo trazendo muitas mudanças. As novidades virão uma atrás da outra. Novos projetos serão colocados em prática e tu só terás sucesso. Celebre!
SAGITÁRIO (22/11 A 21/12)
Sagitarianos estarão muito confusos, cheios de emoção, mas com dificuldade imensa de se expressar. Não está entendendo o que está acontecendo contigo? Essa agitação toda não leva para lugar nenhum? O momento pede atividades que envolvam mente e corpo, daí virão as respostas.
CAPRICÓRNIO (22/12 A 20/1)
Capricornianos estarão com a vida social em alta. Trabalho, amor, amizades, todos exigirão de você maior contato e comunicação. Então, saia desse seu comedimento, solte-se e deixe-se brilhar.
AQUÁRIO (21/1 A 19/2)
É tempo de trabalho e sucesso, aquariano. Com a energia e a visibilidade em alta, seus projetos serão reconhecidos e tu estarás aberto para novas oportunidades. Aproveite para pedir um aumento ou mesmo mudar de trabalho.
PEIXES (20/2 A 20/3)
Os próximos dias prometem mudanças inesperadas na vida dos piscianos. Sua fé será renovada e tu estarás mais otimista diante dos desafios. É tempo de aventura e de conhecer novas pessoas e culturas. Deixea o medo do desconhecido de lado e te joga. Mel dos Astros Aquariana com ascendente em câncer, lutadora e apaixonada pela vida. Atua como conselheira nas horas vagas. É aplicada nos astros e estabanada no cotidiano.
7
8
ESPORTES
PORTO ALEGRE, 15 A 31 DE OUTUBRO DE 2019
INTEGRAÇÃO | Câmbio, o esporte para maiores de 50 Objetivo é promover a qualidade de vida, valorizar a convivência, a troca de experiências e a construção de novas amizades. WÁLMARO PAZ PORTO ALEGRE (RS)
U
m jogo que usa a bola e as quadras de vôlei está atraindo o pessoal da terceira idade. É o câmbio, praticado com equipes de nove jogadores (e três reservas) em dois tempos de 15 minutos. Hoje, 80% dos chamados grupos de maioridade ativa doSesc, o Serviço Social do Comércio, no Rio Grande do Sul, são adeptos do jogo. Treinam o câmbio e participam de torneios. Quem conta é o professor de educação física Hélio Silva. Ele atua no Sesc-Redenção que treina diversos grupos. Os treinos acontecemno ginásio Tesourinha e em quadras cedidas por igrejas. Em Porto Alegre, apenas duas unidades do Sesc, a da aveni-
Fotos: Ronald Mendes
da Protásio Alves e a do bairro Navegantes, oferecem a chance de praticar o esporte. No Interior, o câmbio está bastante disseminado. Neste ano, em Lajeado, aconteceu o Circuito Sesc de Câmbio. Trezentos e trinta atletas de 26 equipes entraram em cancha.
Cinco mil praticantes A competição é disputada na modalidade mista. Existem as categorias de 50 até 59 anos e outra acima de 60. O câmbio usa a quadra e a bola de vôlei. Tem regras parecidas com a do vôlei, porém adequadas para facilitar a atividade à turma da terceira idade. A Federação Gaúcha de Jogos Adaptados para Idosos estima que, em todo o Estado, mais de cinco mil pessoas pratiquem o jogo. No Sul do Brasil, onde é bastante praticado, o câmbio recebeu algumas adaptações feitas por professores universitários de educação física, com apoio do Sesc e de prefeituras. Na região há competições regulares, mas o objetivo do jogo vai além
Quadra e bola de vôlei mas regras diferentes no esporte para a terceira idade
disso. Pretende-se promover maior qualidade de vida por meio do esporte, valorizar a convivência, a troca de experiências e a construção de novas amizades, possibilitando com isso que o adul-
to permaneça socialmente ativo e atuante.
Qualidade de vida O presidente da Federação Gaúcha de Esportes Adaptados para Idosos, José Albino
Maciel, éum entusiasta da modalidade. “A qualidade de vida que a gente adquire é impressionante. Muita gente recuperou sua saúde depois que começou a praticar essa atividade”, explica.
As principais regras
O
esporte tem algumas regras básicas, mas permite combinações prévias com todos os participantes.Na quadra de vôlei e com a bola do esporte, coloca-se uma rede com a altura de 2,24cm (equipes femininas) e 2,43 cm (masculinas). Assim como o vôlei, a prática envolve saque e recepção. Na tentativa de domínio de bola, o mesmo jogador pode tocar na bola várias vezes. Não é permitido receber, dominar ou passar a bola com os pés. Cada equipe ocupa meia quadra. Os nove jogadores de cada time ficam dispostos na meia quadra, de frente para a rede, ocupando os espaços demarcados nas seguintes posições: Posição 1 – lado direito ao fundo da quadra; Posição 2 – no meio ao fundo da quadra; Posição 3 – lado esquerdo ao fundo da quadra; Posição 4 – lado esquerdo da quadra atrás da linha de três metros; Posição 5 – lado esquerdo
TABELINHA GRENAL
da quadra, próximo à rede;Posição 6 – centro de rede; Posição 7 – lado direito da quadra, próximo à rede; Posição 8 – centro de quadra; Posição 9 – lado direito da quadra, atrás da linha dos três metros. Posições 10, 11 e 12 – Os três jogadores, reservas de uma equipe, permanecem em fila no fundo da meia quadra da sua equipe, em ordem sequencial, para entrar em campo por ocasião do rodízio. Que acontece toda a vez em que o jogador da posição 8 arremessar a bola para a meia quadra oposta e gritar “câmbio”. No rodízio, todos os jogadores trocam de lugar, observando a ordem numérica sequencial das posições. As equipes pontuarão nas seguintes situações: 1) sempre que um jogador do adversário deixar a bola cair no chão; 2) quando o rodízio não for executado corretamente; 3) se o número de passes for incorreto; 4) quando não
Câmbio, homens e mulheres na quadra e nove jogadores em cada equipe
for respeitada a posição de arremesso; 5) se a bola arremessada não ultrapassar a rede ou sair das linhas de demarcação da quadra; e 6) quando o jogador
da posição 8 saltar, queimar ou ultrapassar a linha dos três metros. O jogo reinicia com a posse de bola pela equipe que conquistou o ponto.
INTERNACIONAL
GRÊMIO
MASCULINO 20/10 – 16h – Brasileirão – Internacional X Vasco da Gama 26/10 – 19h – Brasileirão – Bahia X Internacional 31/10 – 21h30 – Brasileirão – Internacional X Atlético-PR 03/11 – 18h – Brasileirão – Grêmio X Internacional FEMININO 20/10 – 11h – Gauchão – Oriente X Internacional 27/10 – 15h – Gauchão – Internacional X Brasil Farroupilha 03/11 – 15h – Gauchão – Grêmio X Internacional
MASCULINO 19/10 – 17h – Brasileirão – Fortaleza X Grêmio 23/10 – 21h30 – Libertadores – Flamengo X Grêmio 27/10 – 16h – Brasileirão – Grêmio X Botafogo 30/10 – 21h30 – Brasileirão – Vasco da Gama X Grêmio 03/11 – 18h – Brasileirão – Grêmio X Internacional FEMININO 20/10 – 15h – Gauchão – João Emílio X Grêmio 03/11 – 15h – Gauchão – Grêmio X Internacional