BR ASIL R O T Á R I O
Abril 2009
ANO 84
Nº1042
venceremos “ Não a guerra contra o terror enquanto existirem condições desesperadoras para as populações O Prêmio Nobel da Paz Desmond Tutu fala sobre os desafios do século 21
”
Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.
Sumário 22
05 Mensagem do presidente
Pág.
Dong Kurn Lee
Desmond Tutu: “Não podemos prosseguir nesta orgia de consumo numa parte do mundo, enquanto que em outra nem água existe para se beber”
10 Coluna do diretor do Rotary International Themístocles A. C. Pinto
12 Como são aplicados os recursos para o combate à pólio 13 Aprendendo a ser flexível Christine Gable
14 Morre um herói, nasce uma lenda Luis Vicente Giay
17 Hora de recomeçar Renata Coré
18 Sinal verde para o debate Luiz Renato Dantas Coutinho
20 Destaques do Conselho Diretor do RI 22 Entrevista especial com Desmond Tutu
Menino queniano recebendo tratamento médico durante a missão humanitária promovida pelo Rotary
Charlayne Hunter-Gault
28 Coluna da ABTRF A ABTRF É NOSSA RESPONSABILIDADE Gedson Junqueira Bersanete
30 Formando a corrente
34
Francisco Borsari Netto
Pág.
32 Futuro da indústria ou indústria do futuro? Mário César de Camargo
34 Solidariedade sem fronteiras Waldir Andrade
36 Reconhecimento em muito boa hora 38 Coluna dos coordenadores regionais da FR A FUNDAÇÃO PARA O FUTURO Aldair de Queiroz Franco e Altimar Augusto Fernandes
39 Coluna do chair da Fundação Rotária VAMOS ELIMINAR A PÓLIO JÁ Jonathan Majiyagbe
SEÇÕES 04 06 08 16 40 41 42 44 46 56 57 63 64
Cartas & Recados I Saudades Curtas Brasil Curtas Mundo Rotarianos que são notícia Os 50 mais Interact e Rotaract Cultura Autores rotarianos Distritos em revista Senhoras em ação Novos Companheiros Paul Harris Aconteceu na Brasil Rotário... Relax Capa: foto de Deborah Feingold / The Rotarian.
ROTARY INTERNATIONAL ONE ROTARY CENTER
CONSELHO DIRETOR 2008-09
1560 SHERMAN AVENUE
EVANSTON, ILLINOIS, USA
GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL EM 2008-09 DISTRITO 4310 Paulo Firmino de Oliveira Rotary Club de Botucatu, SP
DISTRITO 4600 Antonio Sergio Ferri da Silva Rotary Club de Santa Branca, SP
PRESIDENTE-ELEITO John Kenny
DISTRITO 4390 Geraldo Pimentel de Lima Rotary Club de Maceió-Leste, AL
DISTRITO 4610 Amilton Medeiros Silva Rotary Club de São Paulo-Lapa, SP
VICE-PRESIDENTE Monty J. Audenart
DISTRITO 4410 Celso Gonçalves Alves Rotary Club de Cachoeiro de Itapemirim, ES
DISTRITO 4620 Valdimir Forti Rotary Club de São Roque, SP
TESOUREIRO Bernard L. Rosen
DISTRITO 4420 Sérgio Lazzarini Rotary Club de Santo André, SP
DISTRITO 4630 Nivaldo Barbosa de Lima Rotary Club de Maringá-Horto, PR
DIRETORES Themístocles A. C. Pinho Ashok M. Mahajan Catherine Noyer-Riveau Eric E.L. Adamson Jackson San-Lien Hsieh John M. Lawrence José A. Sepúlveda Kauhiko Ozawa Lars-Olof Frederiksson Michael Colasurdo Sr. Michael J. Johns Paul A. Netzel Philip J. Silvers R. Gordon R. McInally Thomas A. Branum Sr.
DISTRITO 4430 João Freire d’Avila Neto Rotary Club de São Paulo-Alto da Mooca, SP
DISTRITO 4640 Stael Terezinha Sdroiewski Uba Rotary Club de Toledo-Integração, PR
DISTRITO 4440 Domingos Aparecido Marques Rotary Club de Mirassol D’Oeste, MT
DISTRITO 4650 Valdir Celso Fiedler Rotary Club de Penha, SC
DISTRITO 4470 Manoel Carlos Menezes Zaffalon Rotary Club de Araçatuba-Leste, SP
DISTRITO 4651 Miriam Marta Wojcikiewicz Caldas Rotary Club de Florianópolis-Leste, SC
DISTRITO 4480 Jair Pinto da Silva Rotary Club de São José do Rio Preto-Alvorada, SP
DISTRITO 4660 Mario César Portinho Vianna Rotary Club de Tupanciretã, RS
DISTRITO 4490 Eulália das Neves Ferreira Rotary Club de São Luís-João Paulo, MA
DISTRITO 4670 Eliseu Gonçalves da Silva Rotary Club de Cachoeirinha, RS
SECRETÁRIO-GERAL Edwin H. Futa
DISTRITO 4500 Eduardo Jorge Marinho de Queiroz Rotary Club de Recife-Brum, PE
DISTRITO 4680 Tirone Lemos Michelin Rotary Club de Porto Alegre-Beira Rio, RS
DISTRITO 4510 Régis Jorge Rotary Club de Presidente Venceslau, SP
DISTRITO 4700 Jaime Antonio Camassola Rotary Club de São Marcos, RS
DISTRITO 4520 Eduardo Luis de Souza Rotary Club de Acesita, MG
DISTRITO 4710 Pilar Álvares Gonzaga Rotary Club de Londrina, PR
DISTRITO 4530 Ronaldo Campos Carneiro Rotary Club de Brasília-Sudoeste, DF
DISTRITO 4720 João Petrolitano Gonçalves Rotary Club de Rio Branco, AC
DISTRITO 4540 Antônio Carlos Marchiori Rotary Club de Jaboticabal, SP
DISTRITO 4730 Evaldo Artur Hasselmann Rotary Club de Ponta Grossa-Sul, PR
DISTRITO 4550 Paulo Roberto Dacach Rotary Club da Bahia, BA
DISTRITO 4740 Ulmerindo Fernandes de Rotary Club de Curitibanos, SC
PRESIDENTE Dong Kurn Lee
CURADORES DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA 2008-09 CHAIR Jonathan B. Majiyagbe CHAIR-ELEITO Glenn E. Estess Sr. VICE-CHAIR Ron D. Burton CURADORES Carl-Wilhelm Stenhammar Carolyn E. Jones David D. Morgan Doh Bae John F. Germ José Antonio Salazar Cruz K. R. Ravindran Louis Piconi Peter Bundgaard Sakuji Tanaka Samuel A. Okudzeto William B. Boyd SECRETÁRIO-GERAL Edwin H. Futa
Leite
Vieira
de
Assis
Oliveira
DISTRITO 4560 Murillo Affonso Ferreira Rotary Club de Bom Sucesso, MG
DISTRITO 4750 Marcio Pereira Ribeiro Rotary Club de Niterói-Norte, RJ
DISTRITO 4570 José Roberto Lebeis Pires Rotary Club de Campo Grande, RJ
DISTRITO 4760 Javert Vivian Silva Rotary Club de Contagem-Cidade Industrial, MG
DISTRITO 4580 Juan Alejandro Tumba-Noe Rotary Club de Ponte Nova-Piranga, MG
DISTRITO 4770 Antonio José Oliveira Rotary Club de Uberaba-Norte, MG
DISTRITO 4590 Jesus Aldo Bellão Rotary Club de Santa Cruz das Palmeiras, SP
DISTRITO 4780 Dóris Sá de Moraes Vaz Rotary Club de Bagé-Pampa, RS
ÉTICA. Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais elevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil 2 ABRIL
DE
2009
Ano 84 Abril, 2009 nº1042 Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário CNPJ 33.266.784/0001-53 I Inscrição Municipal 00.883.425 Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria Rio de Janeiro – RJ I Tel: (21) 2506-5600 / FAX: (21) 2506-5601 Site: www.brasil-rotario.com.br ■ E-mail: revista@brasil-rotario.com.br
CONSELHO SUPERIOR (Colégio de Diretores do RI – Zonas 19 A e 20 ) Mário de Oliveira Antonino (Recife-PE) EDRI 1985-87 Gerson Gonçalves (Londrina-PR) EDRI 1993-95 José Alfredo Pretoni (São Paulo-SP) EDRI 1995-97
Hipólito Sérgio Ferreira (Belo Horizonte-MG) EDRI 1999-01 Alceu Antimo Vezozzo (Curitiba-PR) EDRI 2001-03 Luiz Coelho de Oliveira (Limeira-SP) EDRI 2003-05
Themístocles A.C. Pinho (Niterói-RJ) DRI 2007-09 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2007-09 Diretoria Executiva Presidente Carlos Henrique de Carvalho Fróes Vice-Presidente de Operações Edson Avellar da Silva Vice-Presidente de Administração Waldenir de Bragança Vice-Presidente de Finanças Wilmar Garcia Barbosa Vice-Presidente de Planejamento/Controle Joper Padrão do Espírito Santo Vice-Presidente de Marketing José Alves Fortes Vice-Presidente de Relações Institucionais Carlos Jerônimo da Silva Gueiros Vice-Presidente Jurídico Jorge Bragança MEMBROS EFETIVOS Antonio Hallage Condorcet Pereira de Rezende Eduardo Álvares de Souza Soares Fernando Antonio Quintella Ribeiro Hertz Uderman José Roberto Lebeis Pires José Ubiracy Silva MEMBROS SUPLENTES Antônio Vilardo Bemvindo Augusto Dias Dulce Grünewald Lopes de Oliveira GERENTE EXECUTIVO Gilberto Geisselmann ASSESSORES Alberto de Freitas B. Bittencourt Antônio Lomanto Júnior Ary Pinto Dâmaso (Publicidade) Eduardo de Barros Pimentel Everton Jorge da Luz Fernando Teixeira Reis de Souza Flávio Antônio Queiroga Mendlovitz Gedson Junqueira Bersanete Ivo Arzua Pereira
José Augusto Bezerra José Maria de Souza Taketoshi Higuchi Vicente Herculano da Silva CONSELHO FISCAL Membros Efetivos Antonio Celso de Castro Gonçalves (D.4580) Fúlvio Abrami Stagi (D.4600) Justiniano Conhasca (D.4750) Suplentes Cleofas Paes de Santiago (D.4570) Fausto de Oliveira Campos (D.4570) Nilson Moura (D.4570) CONSELHO CONSULTIVO DE GOVERNADORES Membros natos efetivos Governadores 2008-09 Representante: José Roberto Lebeis Pires (D.4570) Suplentes Governadores eleitos 2009-10 COMISSÃO EDITORIAL EXECUTIVA Presidente: Carlos Henrique de Carvalho Fróes Membros: Edson Avellar da Silva Joper Padrão do Espírito Santo José Alves Fortes Luiz Renato Dantas Coutinho Nuno Virgílio Neto Secretário: Gilberto Geisselmann CONSELHO EDITORIAL C O N S U LT I V O Presidente: Carlos Henrique de Carvalho Fróes Membros: Edson Avellar da Silva Fernando Antonio Quintella Ribeiro Joper Padrão do Espírito Santo José Alves Fortes José Ubiracy Silva Mário César Camargo Secretário: Gilberto Geisselmann
EXPEDIENTE EDITOR: Carlos Henrique de Carvalho Fróes JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiz Renato D. Coutinho – Jorn. Prof. JP25583RJ REDATOR-CHEFE: Nuno Virgílio Neto REDAÇÃO: Alex Mendes, Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, Maria Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré. DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira IMPRESSÃO: Log & Print Gráfica e Logística S.A. ENDEREÇO: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro – RJ CEP 20040-006 – Tel.: (21) 2506-5600 E-MAIL DA REDAÇÃO: redacao@brasil-rotario.com.br HOMEPAGE: www.brasil-rotario.com.br *As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.
Leia
A
os 77 anos, Desmond Tutu continua sendo uma voz contra a injustiça. Um dos principais responsáveis pelo fim do regime que oprimia os negros na África do Sul, uma luta que lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 1984, o arcebispo está atualmente à frente do The Elders, grupo que reúne importantes lideranças mundiais como os ex-presidentes Nelson Mandela e Jimmy Carter, o economista Muhammad Yunus e o ex-secretáriogeral das Nações Unidas, Kofi Annan. Juntos, eles trabalham na busca por soluções para os principais desafios deste século 21, como economia em crise, aquecimento global, violação dos direitos humanos em diversas regiões do planeta e terrorismo. A saída, aponta o arcebispo sul-africano, continua sendo a mesma: justiça. “Se algum dia quisermos ter a esperança de paz, é necessário que antes acabemos com a pobreza”, ele diz, num dos trechos da entrevista especial que começa na página 22 desta edição. Palestrante do Simpósio pela Paz Mundial, evento que vai anteceder a Convenção de Birmingham, Desmond Tutu conta que teve pólio na infância e fala do trabalho do Rotary e da chegada de Barack Obama à presidência dos EUA. Leitura imperdível. No calendário de nossa organização, abril é o mês dedicado às revistas rotárias, tema do artigo Formando a corrente, do EGD Francisco Borsari Netto. Nossas revistas também são assunto da mensagem do presidente D. K. Lee e da coluna do diretor do Rotary International Themístocles Pinho, que – com a ajuda do EGD Agerson Tabosa Pinto – presta uma bela homenagem a Carlos Canseco, o homem que nos fez sonhar com o fim da poliomielite. Ainda na série de matérias inspiradas pelo mês das revistas, esta edição traz uma análise do EGD Mário César de Camargo sobre o futuro da indústria gráfica. Recomendamos também a reportagem de Luiz Renato Dantas Coutinho sobre a 1a Conferência InfantoJuvenil pelo Meio Ambiente do Rio de Janeiro, promovida pelo ministério da Educação em parceria com o ministério do Meio Ambiente; a reportagem de Renata Coré sobre Osíris Del Corso, o jovem presidente do Rotaract Club de Curitiba-Avenida das Torres assassinado no começo do ano; e a matéria sobre a missão humanitária realizada no Quênia com a ajuda de rotarianos brasileiros. B RASIL R OTÁRIO 3
Cartas & Recados E-mail enviado pelo EDRI Luiz Coelho de Oliveira ao presidente do Conselho Diretor da Cooperativa Editora Brasil Rotário e editor da revista, Carlos Henrique de Carvalho Fróes:
Caro companheiro e amigo Fróes, Aproveito a oportunidade para cumprimentá-lo pelo brilhante trabalho realizado à frente de nossa revista, sem dúvida, uma das melhores do mundo rotário, marcando firmemente sua trajetória de grande administrador e empreeendedor, sobejamente conhecida, mas, agora, mais uma vez, meritoriamente reconhecida. Correspondência recebida pela revista:
Gostaria de parabenizá-los pela reportagem na sessão Curtas da revista Brasil Rotário de fevereiro de 2009, cujo assunto é “Quando o motociclismo e o Rotary se unem”. Sou rotariano e motociclista e para mim foi uma felicidade imensa ler esta matéria, pois quem vivencia os dois movimentos sabe que eles se unem no mesmo ideal, que é o de servir ao próximo. Durante minhas andanças, encontro muito com rotarianos viajando por este país e até mesmo para o exterior, como aconteceu recentemente, ao cruzar as Cordilheiras dos Andes, onde encontrei com um companheiro do estado de São Paulo. Parabéns pela matéria e continuem divulgando o IFMRSA [N.R.: sigla em inglês para Associação Internacional dos Rotarianos MotociclistasAmérica do Sul], pois este movimento só tem a somar desafios e avançar fronteiras com o nosso centenário Rotary. Abraços a todos os companheiros rotarianos e motociclistas. Marco Aurélio Broilo Rezende, associado do RC de Bom Despacho-Arraial, MG (D.4760) e integrante do Moto Clube Falcões da Estrada.
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A Seu Serviço Escritório do RI no Brasil Home page: http://www.rotar y.org.br Endereço Rua Tagipuru, 209 São Paulo SP – Brasil – CEP 01156-000 Tel: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Horário: 2ª a 6ª, de 8h às 17h Gerente Celso Fontanelli celso.fontanelli@rotar y.org Quadro Social (Assistência aos Governadores de Distrito e aos Clubes) Carlos A. Afonso carlos.afonso@rotar y.org Supervisor da Fundação Rotária Edilson M. Gushiken <edilson.gushiken@rotar y.org> Supervisora Financeira Sueli F. Clemente <sueli.clemente@rotar y.org> Encomendas de Publicações, Materiais e Programas Audiovisuais Clarita Urey clarita.urey@rotar y.org Tel.: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Rotary International Secretaria (Sede Mundial) 1560 Sherman Avenue,Evanston, Il 60201 USA Phone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554 Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)
Saudades Thamyres de Santa Isabel Protásio, sócio fundador do RC do Rio de Janeiro-Tijuca, RJ (D.4570).
Carlos Pinto Loja, EGD do distrito 4570.
Frei Joaquim Tébar, ex-presidente do RC de Poconé, MT (D.4440).
Sebastião Domingos Beneli, sócio fundador do RC de Tarumã, SP (D.4510).
Hilton Neves, companheiro do RC de Nova Iguaçu, RJ (D.4570).
Lindomar dos Santos Dronov, companheiro do RC de Dourados-Caiuás, MS (D.4470).
C AROS
Mensagem do Presidente
NA REDE
Leia os pronunciamentos e as notícias do presidente do RI D. K. Lee acessando o site <www.rotary.org/jump/lee>
COMPANHEIROS ,
revista The Rotarian representa uma das mais antigas tradições do Rotary. Em janeiro de 1912, foi publicado um boletim de 12 páginas, intitulado The National Rotarian; ele incluía um ensaio assinado por Paul Harris, “Rational Rotarianism” (Rotarismo Racional), além de notícias sobre clubes e editoriais. A respeito da nova publicação, Harris escreveu: “O objetivo primordial do The National Rotarian é estabelecer um meio para a troca de opiniões entre os rotarianos de todo o mundo, não apenas proporcionar aos administradores nacionais uma ocasião para expressar seus pontos de vista. Estas mensagens não são escritas meramente para preencher espaços; todavia, ansiamos pelo dia em que eles estarão literalmente abarrotados por uma crescente multidão de vigorosas ideias de rotarianos debatendo-se para serem ouvidas”. Hoje, com o quadro social do Rotary abrangendo mais de 200 países e regiões geográficas, o encargo das suas publicações é mais complexo e mais vital do que nunca. A revista matriz em língua inglesa, The Rotarian, é editada no escritório central do RI, em Evanston, Illinois, EUA, e possui tiragem de 500 mil exemplares. Em todo o mundo, há mais 31 títulos em outros 24 idiomas, totalizando 32 revistas publicadas pela Mídia Rotária Mundial e colocando em circulação cerca de 1,25 milhão de exemplares. O Conselho Diretor do RI escolheu abril como o Mês da Revista Rotária. É a época de reconhecer o papel que nossas publicações do Rotary desempenham em nossas vidas – e o papel que deveríamos desempenhar nas nossas publicações. Para que as revistas correspondam à expectativa original de Paul Harris, é preciso mais do que uma equipe editorial: é necessário também o bom trabalho dos rotarianos. Sempre considerei que o melhor de ler uma publicação rotária é a oportunidade de descobrir o que outros clubes estão fazendo. Cada edição, cada artigo é uma chance de se informar e se inspirar. Numa época em que a comunicação eletrônica parece estar em toda parte, a função da revista impressa ainda é importante para nossa organização. As revistas rotárias nos abastecem de uma visão global do que está acontecendo em outros clubes e distritos, assim como de notícias e atualizações importantes do escritório central do RI. Mesmo os muitos rotarianos que visitam regularmente o site www.rotary.org encontrarão algo novo em cada edição. É um privilégio para mim, hoje, escrever esta mensagem, assim como Paul Harris o fez um dia, e constatar que seu modo de ver as publicações rotárias foi tornado realidade.
A
DONG KURN (D. K.) LEE Presidente do Rotary International B RASIL R OTÁRIO 5
Curtas
Brasil stock.xching
Crianças em primeiro lugar P
or meio da Comissão Distrital Contra Calamidades, a governadoria do distrito 4650, em Santa Catarina, decidiu priorizar as crianças na hora de decidir como aplicar os R$ 200 mil arrecadados até fevereiro com as doações financeiras em prol das vítimas das enchentes e deslizamentos. Na primeira quinzena daquele mês, 19 projetos foram aprovados e contemplados com um total de R$ 111 mil. A quantia beneficiou comunidades atingidas nos municípios de Joinville, Blumenau, Balneário de Piçarras, Benedito Novo, Gaspar e Ilhota. Pela estimativa da comissão, até a primeira quinzena deste mês todos os recursos arrecadados já terão sido aplicados.
Campanha para socorrer Minas Gerais S olidários às vítimas das enchentes que vêm prejudicando o estado desde dezembro, os companheiros do distrito 4760 lançaram em fevereiro a campanha SOS Minas Gerais. Durante 30 dias, os rotarianos coletaram material de limpeza e alimentos não-perecíveis em diversos pontos comerciais da cidade. A campanha foi encabeçada pelo EDRI Hipólito Sérgio Ferreira.
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stock.xching
Rotary na TV J
á está no ar a nova série de programas de TV sobre a nossa organização. Resultado de um projeto multidistrital de relações públicas, o Rotary Brasil II estreou em 7 de março, na Rede Vida de Televisão. No total, são 12 programas com 30 minutos de duração, exibidos sempre aos sábados, às 18h30. Além da TV aberta, a série também é transmitida na TV por assinatura, emissoras regionais e por parabólica.
QUANTOS SOMOS
NO MUNDO
Rotarianos: 1.219.085; Clubes: 33.237; Distritos: 534; Países e regiões: 209; Rotaractianos: 169.855; Clubes: 7.385; Países: 164; Interactianos: 269.985; Clubes: 11.695; Países: 131; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 6.436; Voluntários: 148.028; Países: 77; Número de rotarianas: 191.784. NO
BRASIL
Rotarianos: 51.865; Clubes: 2.296; Distritos: 38; Rotaractianos: 14.030; Clubes: 610; Interactianos: 15.893; Clubes: 691; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 256; Voluntários: 5.888; Número de rotarianas: 9.720. Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil (dados
ANTENAS PA R A B Ó L I C A S Banda C: 3890 MHz Banda L: 1260 MHz TV POR A S S I N AT U R A Net – canal 26 TVA – canal 73 Sky – canal 21 Tec Sat – canal 3 C O B E RT U R A REGIONAL Mastercabo – canal 6 Tech Cable – canal 10 TV Show – canal 35 TV Alphaville – canal 7 Net Angra – canal 99 Pontal Cabo – canal 7 TV Cabo – canal 21 TV a Cabo CTBC – canal 12 Cabo TV Natal – canal 37 Big TV – canal 9 Net Jangadeiro – canal 24 Via Cabo – canal 96 Mais TV – canal 39
de janeiro de 2009)
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Mundo
Curtas
Usaid e Rotary estabelecem nova parceria para a água Rotary Images
O
Rotary International e a Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, em inglês) lançaram a Cooperação Internacional H 2O (International H2O Collaboration), iniciativa para implementar projetos de água, saneamento e higiene no mundo em desenvolvimento. Tendo como alvos a África, a FONTE DE água limpa em Calcutá graças Ásia e a América Latina, a par- à iniciativa de rotarianos ceria implantará seus projetos iniciais em 2009 e 2010 em Ga- e examinará a oportunidade de se esna, Filipinas e República Do- tender para outros países. A Fundação Rotária e a Usaid diminicana – países em que os Rotary Clubes, os distritos ro- vidirão os recursos para o projeto. tários e a Usaid têm conduzido Cada organização os distribuirá de projetos eficientes de água e sa- forma separada e independente, obneamento. Ultrapassada a fase ini- servando seu próprio orçamento, cial, a parceria avaliará o trabalho despesas e critérios para relatórios.
Seminário em Chicago discute fórmulas para crescimento dos clubes E m fevereiro, os coordenadores regionais de Desenvolvimento do Quadro Associativo do mundo inteiro participaram de um seminário em Chicago, nos EUA, onde foram discutidas as estratégias que serão utilizadas para que nossa organização cresça ao longo do ano rotário 2009-10. Os ex-governadores distritais brasileiros Alceu Eberhardt, José Antônio Figueiredo Antiório e José Ubiracy Silva (foto), que são os atuais coordenadores regionais de Desen-
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volvimento do Quadro Associativo para o Brasil e outros países da América Latina, foram alguns dos participantes.
Subsídios 3-H (Saúde, Fome e Humanidade) serão usados para apoiar o envolvimento dos Rotary Clubs e distritos em tais projetos. Ambas as organizações conferirão assistência técnica e apoio de campo necessários. Nos últimos cinco anos, a Fundação Rotária concedeu US$ 27,5 milhões para projetos de recursos hídricos. A Usaid é uma agência governamental que fornece assistência econômica para o desenvolvimento e fins humanitários, em apoio a objetivos da política externa norte-americana. Seu Modelo Global de Desenvolvimento promove parcerias com entidades proeminentes do setor privado, das áreas não-governamentais e das fundações.
Um dos principais assuntos em pauta foi a crise econômica mundial e como o Rotary deve agir diante dela. Além disso, entre as sugestões apresentadas pelos participantes, constaram: I Permissão para os sócios participarem de reuniões sem ter que pagar uma refeição completa; I Locais mais econômicos para a realização das reuniões; I Sondagem, entre os rotarianos, dos aspectos que eles consideram mais importantes na instituição. Também pesquisar detalhes como motivo de ausência às reuniões; I Oferecimento de serviço de busca de empregos nos sites dos clubes e distritos.
Rotary irradia mensagem em seu aniversário
E
m seu 104º aniversário, o Rotary disparou para vários pontos turísticos mundialmente famosos a seguinte mensagem: “Eliminemos a Pólio Já.” A frase foi projetada sobre as cúpulas da Ópera de Sidney (foto), na Austrália, na noite de 23 de fevereiro, e, simultaneamente, apareceu sobre a Montanha da Mesa, na Cidade do Cabo, na África do Sul, sobre o Coliseu, em Roma, o Parlamento inglês, em Londres, as Cataratas do Niágara, nos Estados Unidos, e o prédio das Nações Unidas, em Nova York.
Mark Wallace
Essa campanha mundial de conscientização começou em Sidney às 19h (horário local), quando dois projetores gigantes, operados em terra, iluminaram as cúpulas de uma das construções mais conhecidas do mundo. A operação criou enorme interesse na mídia australiana, que espera ver a imagem do país difundida pelo mundo. “Eliminemos a Pólio Já” reflete os 25 anos da campanha de erradicação da doença. A poliomielite mantém-se em quatro países: Afeganistão, Índia, Paquistão e Nigéria.
Orçamento para subsídios sofre redução D
evido à retração econômica e ao ambiente instável para investimentos, o Rotary International e a Fundação Rotária, a exemplo de organizações de mesma natureza, tiveram que tomar decisões difíceis. Na reunião de janeiro, os curadores da Fundação Rotária reduziram o orçamento do Programa
para Subsídios Humanitários, do ano rotário de 200809, em US$ 16,3 milhões, com o objetivo de minimizar o impacto das perdas para os ativos da organização. Os programas de Subsídios Equivalentes e de Subsídios para Voluntários serão os mais atingidos pela decisão. Já os Subsídios Distritais Simplificados e os Subsídios 3-H por enquanto não serão afetados.
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Coluna do Diretor do RRotary otary International Themístocles A. C. Pinho
A.S.
N
ossa organização, com mais de 1,2 milhão de associados, presente em 208 países e regiões geográficas do mundo livre, já tem sua tradição firmada como entidade dedicada ao serviço e à paz. Nossa missão consiste em tornar pública esta posição e, para isso, contamos com o apoio técnico-profissional das nossas revistas regionais, que espalhadas pelo mundo afora divulgam e mostram o que o Rotary faz, sendo este mês de abril dedicado a elas, institucionalmente. Mas para que nossas revistas possam cumprir seu papel de verdadeiras divulgadoras do que somos e fazemos, é necessário que projetos e programas sejam executados. Assim, essas publicações poderão divulgar aos rotarianos, aos clubes e ao público em geral estas atividades com a finalidade do reconhecimento, exemplo e inspiração, seja no âmbito nacional ou internacional. Dentre as tantas oportunidades que estas publicações nos oferecem, quero aproveitar este momento para lhes falar, com ternura, sobre um contingente de pessoas que, a cada dia, torna-se uma preocupação maior para o Rotary: o das crianças em risco de abandono. Em muito boa hora, nosso presidente D. K. Lee, baseado nas experiências de sua infância e em dados de entidades responsáveis por resolver o problema, aproveitou a oportunidade de ser ouvido em todas as partes do mundo para fustigar a sociedade e os governos sobre este problema. Sempre houve e sempre haverá crianças abandonadas, mas as proporções alarmantes que hoje nos desafiam são incabíveis. Estatísticas da ONU nos dão conta de que mais de 3 milhões de crianças morrem por ano, carentes de cuidados básicos como água potável, alimentação, assistência médica e educação, especialmente nos países onde as guerras civis são um flagelo permanente. Nos países ricos, o controle de natalidade já é natural, pois as famílias, com um nível educacional elevado, têm consciência de que a prole numerosa acarreta distorções fundamentais na preparação dos filhos para uma vida produtiva e feliz. O que não ocorre nos países mais pobres, por falta absoluta de uma educação adequada, dando lugar ao surgimento de verdadeiros párias da sociedade, aqueles que jamais conhecerão o lado feliz da moeda. Como vocês vêem, amigos e amigas, e retornando ao tema central desta coluna, é por esta publicação mensal que podemos chegar a todos e lhes transmitir idéias, conceitos, sugestões e, além de tudo, alertas, como o acima rapidamente enfocado, e que o fiz, deliberadamente, numa demonstração de quão importantes são as nossas revistas regionais, e do quanto elas merecem todo o nosso apoio e cooperação.
Neste mês de abril, em que damos ênfase às revistas rotárias, vamos abrir um espaço adicional para divulgar ainda mais o Rotary. Que tal a sugestão de oferecer uma assinatura da Brasil Rotário, a nossa revista regional oficial, a um amigo ou a uma empresa?
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Morre um líder do Rotary Época: a distante semana de 22 a 30 de maio de 1984. Local: a cidade de Boca Raton, na Flórida, EUA. O fato: um grupo entusiasmado de novos dirigentes do Rotary International se reúne em mais uma Assembleia Internacional, fato que em nossa organização, já àquela época, não era uma novidade, mas o verdadeiro símbolo da troca harmônica de sua liderança dirigente.
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as, amigos, por que esta lembrança? Que motivo justifica estas recordações do diretor do Rotary International que, obviamente, tem diversos assuntos para apresentar em sua coluna mensal na Brasil Rotário? Uma razão a destaca de todas: esses enfoques referem-se à Turma de Governadores de 1984-1985, da qual eu fiz parte, e que começava seu aprendizado final para assumir a direção do Rotary International naquele ano. E que lembram, acima de tudo, um grupo que ficou marcado pela liderança maior de um grande rotariano: o presidente 1984-85 do Rotary International, Carlos Canseco, que com seu dinamismo e entusiasmo marcantes deu àquele ano um significado todo especial. Sim, companheiros: desde o primeiro momento, entusiasmados rotarianos dos 408 distritos que existiam no mundo naquela época foram envolvidos pela simpatia daquele ilustre médico mexicano de fala agradável e cativante, sempre com uma história para contar, e que trazia consigo o lema Descubra Um Novo Mundo de Serviço. Aquela era uma forma de
anunciar o serviço que, a partir daquele ano, daria um novo sentido não apenas ao grupo ali reunido, mas ao Rotary International como um todo: a Campanha Pólio Carlos Canseco 2005, posteriormente rebatizada de Campanha Polio Plus, face à amplitude que tomou e o envolvimento de outras organizações internacionais. Deste grupo, não é demais destacar os 24 rotarianos brasileiros que dele faziam parte, alguns já infelizmente afastados de nosso convívio terrestre, mas que permanecem em nossas mentes, e que eu sei que comigo prestam esta homenagem a Carlos Canseco: Guaracy de Castro Nogueira, Cyro Armando Catta Preta, Carlos Antonio Almeida Ferreira, Edmundo Gallego, Henrique Gomes da Silva, Luiz Hugo Guimarães, Carlos Alberto Hernandes, Arnaldo Augusto Martins Meira, Raul Mathion, Rubens Costa Monteiro, Francisco Alves dos Reis, Armindo Rossi Filho, Joaquim de Assis Santana, Luiz Driessen Sobrinho, Agerson Tabosa Pinto, Cesar de
Andrade Travassos, Antonio Venturelli Netto, Antonio Fernandes Viana de Assis, Valder Colares Vieira, Domingos Viggiani, Shiguero Kitayama, Lodovino Nicodemo Comerlato e Jorge Henrique Kratz, que juntamente com outros tantos líderes rotários mundiais, do quilate de John Kenny, o próximo presidente do Rotary International, viveram um ano inesquecível. São os chamados yellow jackets, os primeiros governadores distritais a se destacarem pela cor do seu paletó, e que tanto sucesso e suspense causam a cada ano, e que para Canseco os distiguia dos demais. Amigos, eu muito poderia escrever a respeito desse homem e líder verdadeiro que marcou e orientou minha vida rotária – e certamente a de tantos outros rotarianos. Mas, num preito de gratidão, limito-me a transcrever as palavras do EGD Agerson Tabosa Pinto, na mensagem que ele intitulou “Réquiem para Carlos Canseco”, e que bem retrata este profissional, rotariano e homem público que ficará para sempre na história do Rotary International.
Réquiem para Carlos Canseco Nacional do México, Canseco fez dois cursos de especialização nos EUA: um em dermatologia na Northwestern University, em Chicago; e o outro em imunologia clínica na Universidade de Pittsburg, na Pensilvânia.
Em 1949, criou o departamento de alergia da Universidade de Nuevo Leon, e entre 1950 e 1952 chefiou o Serviço de Alergia do Estado. Fundou, então, o clube de futebol de Monterrey, presidiu o Rotary Club e construiu o
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“Após um ano e meio hospitalizado, morreu no último dia 14 de janeiro Carlos Canseco, um dos maiores presidentes do Rotary International. Nascido na Cidade do México em 17 de março de 1921, médico pela Universidade
primeiro Hospital de Crianças da cidade. Carlos Canseco presidiu o Rotary International no ano rotário 1984-85, com o lema Descubra um Novo Mundo de Serviço, e seus liderados vestiram os yellow jackets. Canseco, antes mesmo de ser presidente do RI, começou a trabalhar contra a poliomielite, integrando a Comissão Pólio 2005 juntamente com seu amigo Albert Sabin. Era meta da comissão celebrar o primeiro centenário do Rotary International, em 2005, com a erradicação da poliomielite em todo o mundo. Para atingir essa meta, o RI conquistou rapidamente o apoio de todos: rotarianos, governantes, entidades filantrópicas, do Unicef e da Orga-
nização das Nações Unidas. Desde a Convenção da Filadélfia, em 1988 (chamada de A Convenção da Vitória, quando o RI anunciou ter arrecadado para o início da campanha de combate à pólio o dobro do que tinha sido projetado), Canseco começou a ver o seu sonho transformar-se em realidade. Como presidente do Rotary International, ele também lutou para alcançar a meta de 1 milhão de rotarianos em todo o mundo. Faltou pouco para atingi-la, mas com seu esforço, bateu um recorde: o de admitir, em sua presidência, 968 novos clubes. Dentre os títulos que mais destacaram a passagem de Canseco sobre a Terra como descobridor e realizador de serviços, estão o de Public Health of the Americas
Como são aplicados os recursos para o combate à pólio N
a edição de janeiro, a Brasil Rotário noticiou a parceria de US$ 555 milhões entre o Rotary International e a Fundação Gates para o esforço global de erradicação da pólio. Mas não é só isso: o Reino Unido irá doar mais de US$ 150 milhões para a iniciativa e a Alemanha US$ 130 milhões. Essas contribuições a serem encaminhadas nos próximos cinco anos não serão consideradas parte da verba que o Rotary deve à equiparação exigida pela Fundação Gates. A iniciativa da erradicação da pólio precisa mais do que nunca receber mais doações. Mesmo somando esses novos investimentos
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a contribuições recebidas do Canadá, Rússia, Estados Unidos e outros países, ainda há necessidade de obter mais de US$ 340 milhões neste ano e no próximo. Os fundos novos serão aplicados nas seguintes tarefas: I Dias Nacionais de Imunização nos países que procuram vacinar todas as crianças com menos de cinco anos de idade; I Atividades suplementares de imunização com o propósito de oferecer doses extras de vacinas para crianças em áreas de alto risco; I Pesquisas de novos tipos de vacina e meios de garantir que as crianças terão acesso a elas; I Atividades de detecção de casos
(2002) e o de detentor da Medalha Belisario Dominguez (2004), a maior distinção concedida pelo governo do México. Dois motivos nos aliviam a dor da separação desse grande líder ao pedirmos que o Senhor o conceda o repouso eterno (réquiem aeternum, em latim): o primeiro é a certeza que temos de que, para ele, já havia lugar reservado na casa do Pai; o segundo é a convicção que Canseco tinha de que, como dissera o poeta latino, não morreria por completo (non omnis moriar), pois edificou um monumento mais perene do que o bronze (exegi monumentum áere perenius). BR Agerson Tabosa Pinto, governador 1984-85 do distrito 4490.
G UMA CRIANÇA mostra seu dedo pintado após ser vacinada por voluntários rotarianos no Dia Nacional de Imunização em Moradabad, na Índia
de pólio e controle de surtos. A diretora da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, esclarece: “Os novos fundos ajudarão os governos dos quatro países endêmicos remanescentes [Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão] a transpor as barreiras existentes e conseguir vacinar todas as crianças”.
Saúde
Aprendendo a ser flexível Pilates e ioga podem potencializar os benefícios do exercício Christine Gable*
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ntes rotulado de simples aquecimento, o alongamento passou a ser considerado uma disciplina nos dias de hoje graças a técnicas como a ioga e o pilates. Mas para adotá-lo, é preciso também se conscientizar. Para qualquer pessoa acima dos 40 anos, pilates e ioga podem se tornar meios eficientes para contornar a falta de flexibilidade causada por velhas contusões provocadas por esportes, inatividade, desgaste do dia a dia, e pelos padrões de movimentação que cada pessoa desenvolve com o passar do tempo. “O processo de envelhecimento torna o corpo menos flexível,” afirma Christi Allen, proprietária do Pilates in Paradise, e associada do Rotary Club de Key Largo, Flórida, EUA. “Nossos corpos encolhem e tornam-se mais rígidos, com menor gama de movimento, mais sujeitos a dores e desconforto. A postura se relaxa e nos tornamos mais propensos a contusões.” O sistema de exercícios desenvolvido por Joseph Pilates, no início do século 20, baseia-se no fortalecimento de um centro que é conhecido com usina de força – pélvis, abdome transverso, e músculos espinhais profundos. “O pilates ensina o movimento funcional através do exercício,” conta Allen. “Assim, cada movimento ou deslocamento que você faz na sua rotina é reproduzido no sistema pilates.” Dentre os benefícios, incluem-se melhora do equilíbrio e movimentos mais fluidos. Quando se isolam as partes do corpo, os músculos enrijecidos estendem-se e alongam-se, e a postura melhora. A concentração é importante nesse sistema de baixo impacto. O repertório clássi-
co do pilates inclui mais de 600 movimentos, de forma que o ritmo pode ser adaptado às necessidades individuais, podendo, dessa forma, funcionar, qualquer que seja a faixa etária e a aptidão física, desde os mais inativos até os atletas. Os praticantes sugerem que se inicie com uma sessão introdutória – de preferência individual – para se aprender a técnica correta. Allen faz alerta contra a prática do pilates em turmas muito numerosas, ou através de vídeo, devido ao risco de posicionamento errado do pescoço e do corpo. “Já vi inúmeras vezes, em especial no pilates, indivíduos que compensam os exercícios, ou o fazem erradamente, fato que lhes pode trazer prejuízos,” afirma Brian Hartz, especialista ortopédico diplomado em Lancaster, Pensilvânia. “Comece sempre por uma aula introdutória.” Uma sessão clássica de pilates leva de 50 a 55 minutos, e consiste de trabalho em equipamentos de resistência – incluindo um que se chama “reformador” – e sobre esteira. Os instrutores certificados passam por um severo programa de treinamento e por testes rigorosos. A ioga traz também benefícios
como a melhoria do equilíbrio, flexibilidade, postura e estabilidade. O seu país de origem, a Índia, privilegia o aspecto espiritual, e, embora a prática ocidental esteja mais focalizada na questão física, integra igualmente a meditação e lida com a dualidade corporal da expansão e contração. A ioga desenvolve a força e a resistência, e estimula o equilíbrio mental. Apresenta, ainda, o potencial de beneficiar a saúde do coração, de reduzir a pressão e o colesterol, e aumentar a resistência ao estresse psicológico, além de melhorar a coordenação e a concentração. A ioga é usada frequentemente como terapia complementar ao câncer, diabete, asma e Aids. “Pode-se conceituar a ioga sob diversos aspectos,” afirma Linda Sue Shirley, professora de ioga e associada do Rotary Club de Denver Mile High, Colorado, EUA. Ela observa que, enquanto muitas pessoas procuram a ioga como mera fonte de exercício, existem níveis mais aprofundados, envolvendo meditação, oração e a filosofia da unificação da mente, do corpo e do espírito. Allen observa que as pessoas têm mais vitalidade e menos dores quando se movem melhor. “Adquire-se a capacidade de se tornar uma máquina que se movimenta com mais eficiência”, diz ela. “Isso abre novas perspectivas de vida. Consegue-se energia e força para sobreviver ao trabalho. Dar de Si Antes de Pensar em Si é a nossa razão de viver. Se os rotarianos cuidarem melhor de si mesmos”, diz ela, “podem prestar ainda mais serviços.” BR
A autora escreve sobre saúde e nutrição na Pensilvânia, EUA. B RASIL R OTÁRIO 1 3
Homenagem Rotary Images/Alyce Henson
HERANÇA DE um sonho: voluntária do Rotary vacinando uma criança contra a pólio na Índia
Morre um herói, nasce uma lenda A vida, a obra e a memória de Carlos Canseco, o homem que fez o Rotary acreditar no fim da poliomielite ENTRE AS homenagens que acumulou ao longo da vida, Carlos Canseco foi agraciado com a Medalha de Honra Belisario Dominguez, uma das mais importantes do México
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Luis Vicente Giay*
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m 14 de janeiro de 2009, uma triste notícia tomou conta de milhares e milhares de pessoas: morreu o doutor Carlos Canseco González, um gigante da medicina da América Latina, do mundo e um rotariano excepcional. Nascido em 1921 na Cidade do México, Canseco morreu aos 87 anos após uma longa doença que o manteve hospitalizado durante quase um ano e meio em Monterrey, a cidade mexicana que ele adotou como se fosse dele. Graduado em medicina pela Universidade Nacional do México, espe-
cializou-se nas Universidades de Northwestern e Pittsburgh, nos EUA. De volta ao México, Canseco retornou a Monterrey, fundando na Universidade de Nuevo León a primeira cadeira de alergologia do país, em 1949. Um dos criadores da Sociedade Mexicana de Alergia e Imunologia e da Sociedade Mexicana de Alergia, Asma e Imunologia, ambas presididas por ele, foi também presidente do Congresso Latino-americano de Alergia, realizado em Monterrey no ano de 1984. Por duas vezes, ocupou a Secretaria de Saúde do Estado de Nuevo León e foi o primeiro corregedor da prefeitura de Monterrey.
Sua atividade filantrópica foi monumental: Canseco dirigiu o patronato que construiu, montou e equipou o Hospital de Crianças, um dos melhores do México, trabalhou pela educação através do Instituto Tecnológico e de outras organizações, dando numerosas contribuições para o bem público e exercendo uma poderosa liderança cívica e política. Também esteve ligado ao esporte como um dos fundadores do Clube de Futebol de Monterrey. O ROTARIANO Sob o lema Descubra um Novo Mundo de Serviço, Carlos Canseco foi presidente do Rotary International no período 1984-85. Além disso, serviu ao Rotary como governador de distrito, instrutor na Assembleia Internacional, conselheiro de informação rotária, membro e presidente de comissões, diretor e vice-presidente; curador, vice-presidente e presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária; e também presidente honorário e conselheiro da Comissão para a Erradicação da Pólio, entre outros. Canseco foi o mentor e criador da Campanha Polio Plus, projeto que submeteu à consideração dos rotarianos juntamente com seu amigo, o médico e pesquisador Albert Sabin, com quem havia trabalhado antes no projeto da vacina contra o sarampo, demonstrando seu grande amor pelas crianças do mundo. Quando era perguntado sobre o Polio Plus, o semblante risonho de Canseco se entristecia. “O Programa Polio Plus não foi um fato acidental ou fortuito, nem uma pose”, ele costumava dizer. “Quando eu tinha sete anos de idade e vivia em Tampico, dois amigos meus deixaram de caminhar de um dia para o outro por causa da poliomielite. Uma criança que vê seus amigos ficarem paralíticos passa por uma experiência muito forte, que perdura por toda a vida”. E acrescentava: “Isto ficou para sempre no fundo do meu coração. Por isso, enquanto houver a possibilidade de
erradicar a pólio, não duvidem em nenhum instante de apoiar o programa para torná-lo realidade”. O HERÓI Canseco recebeu inúmeras distinções, inclusive de seu querido país natal, entregue pessoalmente pelo então presidente Vicent Fox. No ano de 2000, por ocasião dos 100 anos da Organização Pan-americana da Saúde (OPS), ele foi condecorado como Herói da Saúde Pública das Américas pela OPS e pela Organização Mundial da Saúde. Quando era perguntado sobre a sensação de receber o reconhecimento de tantos países, ele dizia: “Eu sinto um pouco de pena quando em vida me dedicam monumentos, bustos e praças. Isto quase sempre acontece com pessoas que já morreram. Então eu já morri várias vezes”. Carlos Canseco foi um mestre, um cavalheiro, um grande amigo, um homem de códigos e do mundo, de personalidade alegre, que amava profundamente o México e a América Latina. Ele tinha um sorriso largo e ocupava todos os espaços com sua presença. De porte elegante, usava finos ternos e gravata borboleta. Era sóbrio na vestimenta. O destino lhe exigiu uma disciplina dura, esforço, sapiência, entrega pessoal, altruísmo e ética profissional. Em troca, a vida o encheu de sucessos, honras, homenagens, monumentos, estátuas, admiradores, amigos e a gratidão silenciosa de milhões de crianças que não serão obrigadas a dar passos cambaleantes por causa da terrível poliomielite. Deixa-nos como uma de suas melhores heranças uma maravilhosa família com dez filhos que forma um presente espiritual para todos que a conhecem. O último evento rotário do qual participou oficialmente foi quando representou o presidente do RI durante a conferência do distrito 4820 em Pilar, na Argentina, em abril de 2006. A então governadora Celia Cruz de Giay e todos os presentes compartilharam com Canseco e com a mulher dele, Maria Aurora, momentos inesquecíveis, apesar de
Canseco foi o grande mentor do Polio Plus, projeto que submeteu à consideração dos rotarianos juntamente com seu amigo, o médico e pesquisador Albert Sabin suas notórias dificuldades de saúde, pois ele sempre conseguiu se sobrepor com grande ânimo, oferecendonos aulas magistrais sobre o rotarismo. Quando chegou o então vicepresidente da Argentina, Daniel Scioli, orador da conferência, o doutor Canseco apresentou-lhe o Rotary “em cinco minutos”, utilizando três palavras-chave: amizade, serviço e internacionalidade. Inesquecível para todos os que tivemos a oportunidade de ouvi-lo. O LÍDER Escutar Carlos Canseco era entrar no mundo de um autêntico líder. E era desta maneira que ele considerava a si mesmo: “Não é presunção: eu creio que nasci para ser líder, para que as pessoas me sigam, pois sempre fui um líder”. Sua vida, sua grande obra e memória são testemunhos do que ele foi realmente. Carlos Canseco partiu fisicamente. Um verdadeiro líder se foi, mas nos deixou um legado extraordinário e um caminho que ele abriu graças a sua brilhante personalidade, talento, vocação, sabedoria e exemplo. A luz de esperança que ele acendeu seguramente irá iluminar todos aqueles que, como Carlos Canseco, estão convencidos de que é possível construir um mundo melhor através do serviço rotário. Adeus, querido amigo e irmão de coração. Que Deus lhe tenha para sempre na palma de suas mãos. BR
*O autor é ex-presidente do Rotary International. Tradução: Cristina Otálora. B RASIL R OTÁRIO 1 5
Rotarianos que são notícia Em reconhecimento às suas atividades profissionais, Roberto Saladini, associado do RC de Salto, SP (D.4310), foi homenageado como destaque 2008 pela Academia Brasileira de Arte, Cultura e História com a comenda – composta por diploma e medalha – Marechal Deodoro da Fonseca.
Antonio Durval de Oliveira Dorta, presidente do RC de PiracicabaPaulista, SP (D.4310), foi homenageado pela Associação Paulista dos CirurgiõesDentistas com a comenda Tiradentes, entregue ao companheiro por Edson Zenebra, presidente local da associação.
Ex-presidentes do RC de Tietê, SP (D.4310), Odair João Mouro e Humberto Bortoletto de Arruda assumiram, respectivamente, as secretarias municipais de Administração e de Agricultura da cidade.
Em reconhecimento ao conjunto de sua obra, considerada de valor jurídico-científico, e aos serviços prestados à instituição, Antonio Carlos Palhares Moreira Reis, associado do RC do Recife-Brum, PE (D.4500), foi agraciado com a Medalha do Mérito da Faculdade de Direito do Recife, da Universidade Federal de Pernambuco. Na foto, o companheiro está ladeado pelo reitor Amaro Lins e pela diretora da faculdade, Luciana Grassano.
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A companheira Félix Ruth Esteves, do RC de Eunápolis, BA (D.4550), integra o corpo de vereadores do município.
Valdiran Marques, associado do RC de Eunápolis, BA (D.4550), é vereador no município.
O rotariano Wolney Freitas, do RC de Além Paraíba, MG (D.4580), é o atual prefeito da cidade.
Associado do RC de Muriaé, MG (D.4580), José Braz foi reeleito para o cargo de prefeito. Claudete Sulzbacher, companheira do RC de Santa Cruz do Sul, RS (D.4680), passou a integrar o conselho fiscal da Associação Pró-Cultura daquela cidade.
Em cima do fato
Hora de recomeçar Rotaract Club de Curitiba-Avenida das Torres dá continuidade ao trabalho de seu presidente Osíris Del Corso, assassinado no início do ano Renata Coré*
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síris Del Corso não era um jovem comum. Aos 22 anos de idade, já havia sido escoteiro, cursava duas faculdades – direito na UniCuritiba e ciências sociais na Universidade Federal do Paraná –, e tinha consciência social e ambiental. Era um rapaz dedicado a causas nobres. Desenvolvia trabalhos em benefício de crianças carentes e, junto com a namorada, Monik Pegorari de Lima, cultivava uma horta. Amante da natureza, era adepto de trilhas, e acabou sendo em um desses passeios que sua vida foi encerrada de maneira trágica. No fim da tarde de um sábado, 31 de janeiro último, Osíris e Monik seguiam rumo à Praia dos Amores, no Morro do Boi, em Matinhos, litoral paranaense, quando foram abordados por um homem que assassinou o rapaz com dois tiros e também deixou a jovem ferida. A tragédia no Morro do Boi chocou a família rotária de todo o país. Osíris era o atual presidente do Rotaract Club de Curitiba-Avenida das Torres, no qual ingressara havia dois anos. O cargo agora é ocupado por Monik, anteriormente na vicepresidência. Fundado no final de 2000, o clube contava com apenas três integrantes na época da chegada do jovem. Hoje, totaliza dez ro-
taractianos. “Ele nos trouxe sua energia, que nos fez resgatar a força, vontade e garra que haviam se desgastado nos últimos anos. Conseguimos novos sócios e hoje estamos mais fortes do que nunca. Ele nos fez resgatar a esperança de nunca deixar de batalhar por um mundo melhor”, contam Monik e Annelise Moletta, também integrante do Rotaract. BIBLIOTECA ITINERANTE Osíris tinha várias ideias e projetos para sua gestão. Um deles, o de criar uma biblioteca itinerante para crianças carentes, estava em pleno desenvolvimento. Cerca de 800 livros já haviam sido arrecadados e os jovens buscavam verba para a compra do caminhão que abrigaria o acervo. O trabalho não será esquecido pelos rotaractianos. “Esse é um projeto do Rotaract que Osíris propôs como meta em sua gestão. Estamos dando continuidade, já arrecadamos mais livros e, por enquanto, pensamos em deixar parte deles na sede do Rotary Club. O restante, pensamos em deixar em comunidades carentes, até conseguirmos um veículo para a biblioteca itinerante”, revelam Monik e Annelise. Osíris também pensava na aquisição de um veículo Splinter, que seria utilizado para fins beneficen-
CARTAZ DA passeata em homenagem a Osíris, organizada pelos Rotaract Clubs de Curitiba tes, como o transporte de crianças carentes até programas culturais e a distribuição de cestas básicas. Segundo Monik e Annelise, o jovem já havia apresentado o projeto a concessionárias de veículos. Osíris é lembrado pelos amigos como um rapaz alegre, inteligente, culto, entusiasmado e sempre disposto a ajudar o próximo. Para homenageá-lo, diversos Rotaract Clubs do distrito 4730 organizaram uma passeata, no início de fevereiro. O Rotary Club padrinho, por sua vez, inaugurou uma biblioteca com o nome do jovem. Os companheiros de Osíris no Rotaract Club também sabem o que fazer: “Realizar todos os projetos propostos por ele nessa gestão e continuar a servir ao próximo são a melhor homenagem que podemos fazer para ele. Temos certeza de que, onde ele estiver, está muito feliz por isso”. BR
*A autora é jornalista da Brasil Rotário. B RASIL R OTÁRIO 1 7
Em cima do fato
Sinal verde para o debate
Sergio Afonso
RACHEL TRAJBER, coordenadora geral de Educação Ambiental do MEC, fala durante a 1ª Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente do Rio de Janeiro
A 3ª Conferência Nacional pelo Meio Ambiente, em Brasília, deve preparar o Brasil para evento internacional de 2010 Luiz Renato Dantas Coutinho*
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á algumas décadas, a tarefa pareceria monumental e supérflua. Desde então, a situação do planeta mudou muito. Na visão do cientista e ambientalista James Lovelock, até 2020, secas e outros extremos climáticos serão lugar-comum. A Organização das Nações Unidas advertiu recentemente que a produção mundial de alimentos deve cair 25% até 2050 em razão de mudança climática, degradação do solo, pragas e escassez de água. Com isso, a ideia das Salas Verdes, surgida em 2005, transformou-se, para o governo brasileiro, em uma pauta que pede urgência. Mas, afinal, do que se trata?
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O Projeto Sala Verde é coordenado pela diretoria de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e consiste na implantação de espaços de discussão socioambiental pelo país. A partir desses espaços, ficariam mais fáceis a sensibilização da comunidade para as questões ambientais e a democratização da informação sobre o tema. Nesse processo, que conta com a parceria estratégica do Ministério da Educação, as crianças tornam-se o público preferencial. “Queremos trazer uma contemporaneidade para as escolas, dando oportunidade para o debate em todas elas. O que acontece localmente gera resultado planetário”, diz Rachel Trajber, coordenadora
geral de Educação Ambiental do Ministério da Educação. A PENÚLTIMA ETAPA Por isso, de 3 a 7 deste mês, em Brasília, 690 delegados e delegadas, entre 11 e 14 anos de idade, provenientes de todos os estados brasileiros, de comunidades indígenas, quilombos e assentamentos rurais se reúnem. Trata-se da 3ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, penúltima etapa de um empreendimento que começou nas escolas, em nível municipal. Na ocasião, será também realizado o Encontro de Observadores Internacionais, para o qual foram convidados representantes de governos, da sociedade civil e
de organismos multilaterais de vários países. O estado do Rio de Janeiro, assim como antes muitos outros, antecipou-se e promoveu a 1ª Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente do Rio de Janeiro, nos dias 17, 18 e 19 de fevereiro, no Palácio Capanema, antiga sede do Ministério da Educação, no Centro do Rio de Janeiro. O encontro recebeu delegados e delegadas, eleitos entre os alunos de 5ª a 8ª série do ensino fundamental, de escolas de todo o estado. Eles estavam ali após participarem de debates em sala de aula, denominados de Conferência na Escola, no qual um tema proposto – sempre relacionado às questões socioambientais da comunidade e ao conceito de autossustentabilidade – é desenvolvido. “ORGULHEM-SE” Na plateia, no dia de abertura do evento, além de 150 alunos, professores e autoridades, um observador especial: Gunter Pollack, gerente de relações internacionais da Fundação de Rotarianos de São Paulo (FRSP) e secretário executivo da Comissão Interpaíses BrasilPortugal e demais Países de Língua Oficial Portuguesa (CIP/PLOP). Gunter compartilha com a Brasil Rotário a preocupação com as drásticas transformações do planeta. “Atualmente, existe um número limitado de pessoas à frente de uma tarefa monumental, que é a luta pela preservação da Terra. O Rotary tem a maior capilaridade que uma organização pode dispor para enfrentá-la, pois estamos em 250 países”, ele explica. Teresa Pontual, subsecretária de Estado de Educação, e que fazia parte da mesa de abertura, foi a primeira a falar. Depois foi a vez de Rachel Trajber, que enfatizou
a necessidade de uma educação contemporânea. “Estamos aqui por dois motivos: um é salvar o planeta, o que não é pouco. E meio ambiente começa dentro de nós; nosso corpo é o primeiro meio que devemos cuidar. O outro motivo é defender uma educação de qualidade, contemporânea, de reconhecimento dos povos e de sua cultura”, ela explicou. Samyra Crespo, representando o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, pediu: “Orgulhem-se por serem jovens e, principalmente, por serem jovens engajados. Orgulhem-se e sejam confiantes, porque vocês serão os gestores e os governantes de amanhã. E o amanhã chegará em breve!” Kátia Perobelli, presidente da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente, conclamou as autoridades a pensarem em uma política pública de meio ambiente. Mozart Schmitt de Queiroz, gerente executivo da Petrobras, expôs assim o problema: “A Mata Atlântica está quase toda destruída. Morremos de dengue por desequilíbrio ecológico. A Petrobras é a maior empresa de energia do país. Produzir petróleo produz poluição. Sabemos que nossa atividade acarreta impacto ambiental e procuramos minorar o problema. Por isso, o nosso desafio é justamente obter equilíbrio, aproveitando as energias renováveis. O debate sobre o meio ambiente veio para ficar.” Também compuseram a mesa de abertura Lara Moutinho, superintendente de Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Ambiente, e Cícero Fialho, representante do MEC no Rio de Janeiro. O evento contou ainda com as presenças de Simone Simões, representante da Secretaria de Estado de Cultura; Márcia Vinchon, representante da Secretaria Municipal de Educação; e Maria Teresa, do Núcleo de Educação Ambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
“O Rotary tem a maior capilaridade que uma organização pode dispor para enfrentar essa tarefa, pois estamos em 250 países” Gunter Pollack RESPONSABILIDADES Depois do grande encontro nacional este mês, a meta é a Conferência Internacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, de 5 a 10 de junho de 2010, em Brasília. Tal conferência resultará na elaboração da Carta das Responsabilidades “Vamos Cuidar do Planeta”, a ser entregue a um representante das Nações Unidas, sintetizando os compromissos assumidos pelos jovens para a construção de sociedades autossustentáveis. “Para a realização da conferência internacional, estamos buscando parcerias com a finalidade de arrecadar US$ 3 milhões. A nossa previsão é que participem, no evento final, cerca de 1.000 pessoas de todo o mundo, entre crianças, jovens, acompanhantes, convidados, observadores, equipe técnica”, explicou Rachel para a Brasil Rotário, sabendo que o ano passa rápido e o planeta não pode esperar. Para muitos cientistas, precisamos de grandes iniciativas de conscientização como essa: não teremos uma segunda chance na próxima década. Para saber mais: portal.mec.gov.br/brasil2010 BR
* O autor é jornalista da Brasil Rotário. B RASIL R OTÁRIO 1 9
Destaques do Conselho Diretor do RI
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terceira reunião do Conselho Diretor do RI em 2008-09 ocorreu entre os dias 27 e 30 de janeiro último, em Evanston, Illinois, EUA. Na ocasião, foram examinados relatórios de 17 comissões e adotadas 84 decisões.
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QUANTO AOS CLUBES E DISTRITOS O Conselho decidiu pela aprovação de quatro novos distritos e pela consolidação de três em dois. Também recomendou a diversos distritos que observem o tamanho mínimo de 30 clubes e mil rotarianos até dezembro de 2010, caso contrário, serão consolidados. Para auxiliar neste esforço, o Conselho solicitou que o presidente indique comissões regionais de assessoria, que trabalharão junto a clubes e distritos no estabelecimento de estratégias de longo prazo para distritamento e dimensionamento do quadro social. No que se refere ao desenvolvimento do quadro social, o Conselho adotou um conjunto de princípios orientadores para apoiar as estratégias de longo prazo. Um desses princípios será o uso do novo slogan Cada Um Consegue Um (Each One Reach One), ainda dependente de exame legal por parte da secretaria geral. O objetivo é propagar a noção de que o desenvolvimento do quadro associativo é responsabilidade de cada rotariano. ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS DO RI O Conselho empreendeu uma série de medidas para reduzir custos, o que resultou numa variação positiva de US$ 107.200,00 no orçamento de 2008-09. Concordou em fornecer seguro de viagem para todos os rotarianos e seus respectivos cônjuges quando, a pedido do presidente, viajarem a serviço de assuntos de base do Rotary. PROGRAMAS, COMUNICAÇÕES E PREMIAÇÕES DO RI O Conselho registrou que o RI recebeu recursos em espécie e comprometimentos no total de US$ 73
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milhões, referentes ao desafio de arrecadar US$ 200 milhões, como parte do compromisso em relação aos US$ 355 milhões doados pela Fundação Bill & Melinda Gates. Para aumentar a conscientização quanto aos Rotaract e Interact Clubs, Ryla e Intercâmbio de Jovens, o Conselho estimulou os governadores eleitos a incluir informações sobre esses programas em seus Pets, e também encorajou os presidentes de comissões distritais do RYLA a convidar governadores atuais e governadores eleitos para participar do evento jovem em questão, atraindo maior atenção para o programa. Adotou providências para aumentar a proteção aos jovens participantes de eventos organi-
O Conselho registrou que o RI recebeu recursos em espécie e comprometimentos no total de US$ 73 milhões, referentes ao desafio de arrecadar US$ 200 milhões stock.xchng
agente de seguros e a cobertura adequada para seus estudantes. Estabeleceu, ainda, que o Programa de Intercâmbio de Jovens obedecerá a três modalidades: Longo Prazo, Curto Prazo e Novas Gerações. Para apoiar a promoção combinada, e aperfeiçoar a experiência do Rotary com jovens e jovens adultos, o Conselho encorajou os coordenadores distritais de Interact e Rotaract Clubs, Ryla e Programas de Intercâmbio de Jovens a conduzir eventos conjuntos. Também encorajou os Interact Clubs a participarem dos programas do modelo ONU. O Conselho modificou suas políticas concernentes à Mídia Rotária Mundial, de modo a requerer a certificação das revistas a cada quatro anos, e a exigir a publicação de ao menos seis edições anuais. ENCONTROS INTERNACIONAIS O Conselho concordou em reduzir para cinco dias cada a Assembleia Internacional 2010 e o seminário para treinamento de líderes, e autorizou à Secretaria Geral para Transição um programa de cinco dias de assembleia, precedido de um período de quatro dias para o treinamento de líderes, nos anos subsequentes. Também concordou que o treinamento para os distritos-pilotos do Plano de Visão Futura será desenvolvido nos dois dias imediatamente anteriores à Assembleia Internacional de 2010. BR
zados pelos distritos, por meio do reexame do processo de aprovação para reuniões multidistritais de Interact. O Conselho também concordou que os clubes e distritos solicitem aos pais o fornecimento de seguro de viagem para seus filhos, quando se deslocarem a localidades externas às suas comunidades. Estabeleceu ainda uma nova política de proteção e de procedimentos para jovens, que deve ser desenvolvida pelos clubes e distritos, mantidas e cumpridas, em caso de viagens. Ao constatar as dificuldades quanto à obtenção de um seguro de viagens universal para todos os jovens intercambiados, o Conselho decidiu que cada distrito anfitrião deve ser responsável por determinar um B RASIL R OTÁRIO 2 1
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Entrevista especial com
Desmond Tutu C
“Se algum dia quisermos ter a esperança de paz, é necessário que antes acabemos com a pobreza” 2 2 ABRIL
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harlayne Hunter-Gault entrevistou Desmond Tutu pela primeira vez em Detroit, em 1986, ocasião em que ele percorria o mundo para falar contra o apartheid. “Ele ainda não sabia as consequências de seu discurso”, relembra ela. “Ele sofria ameaças, com certeza, mas o vicioso regime do apartheid jamais ousou fazer-lhe mal.” Naquele ano, ele se tornou o primeiro arcebispo anglicano negro da Cidade do Cabo, África do Sul. Desde então, Hunter-Gault entrevistou dezenas de vezes o Arqui, como ela o chama, sobre muitos assuntos, entre eles, a primeira eleição mutirracial, em 1994 – que significou “ver a cor, para um cego”, ele declarou [naquele ano, Nelson Mandela foi eleito presidente]; a supervisão da Comissão Africana pela Verdade e pela Reconciliação, que promovia audiências públicas com reivindicações de todos os tipos; e o trabalho pelo fim das explosões de violência, nos anos que se seguiram ao fim do apartheid. Durante uma entrevista no escritório de Tutu, na Cidade do Cabo, seus comentários são acompanhados por um sorriso infantil – hábito que “muitas vezes deixa as pessoas sem ação”, conta Hunter-Gault e enraivece os partidos políticos nacionais. Ele se recusou a votar na recente eleição, esperando, com isso, ter enviado uma mensagem. Ele vê na figura de Barack Obama, o presidente dos EUA, uma nova esperança para o mundo. Ele sorri e seus olhos se enchem de lágrimas ao prever que Obama significará, para os Estados Unidos, uma nova liderança moral. A jornalista Hunter-Gault, vencedora de um prêmio Emmy, foi uma das duas primeiras estudantes afrodescendentes a frequentar a Universidade da Georgia, em 1961. Ela passou 20 anos no Public Broadcasting Service (Serviço Público de Difusão), uma rede norte-americana de televisão, e se tornou a correspondente-chefe nacional do News Hour with Jim Lehrer [A Hora das Notícias com Jim Lehrer, em tradução livre]. Mudou-se para Johannesburgo em 1998, e é atualmente correspondente da National Public Radio [Rede Nacional de Rádio, em tradução livre] para a África. Tutu, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1984, discursará no Simpósio pela Paz Mundial do Rotary em 18 de junho, evento anterior à Convenção do RI em Birmingham, na Inglaterra.
Como na África do Sul. Sim, se você se lembrar dos anos 1970 e 1980, quando estávamos em guerra interna com nós mesmos, e exportávamos violência e conflito para os nossos vizinhos, as chamadas frentes. Lutávamos na Namíbia e em Angola, e a guerra era regional. Bombardeávamos Moçambique, Botsuana, Zimbábue. Que coisa! A África do Sul estava atormentada pela violência. A paz chegou à África do Sul, o que ocasionou desdobramentos. Existe paz em Moçambique. Eles estavam envolvidos numa horrível guerra civil, em parte alimentada pela África do Sul. Os Estados Unidos apoiavam Jonas Sa-
vimbi contra o governo angolano, por ser aliado da União Soviética. A Guerra Fria incitou conflitos em muitos lugares. De que forma o colapso da União Soviética afetou a África do Sul? Imaginávamos que, quando a Guerra Fria terminasse, tudo estaria bem, que o mundo seria maravilhoso. Mas as coisas não se passaram assim, pois ficamos subitamente desorientados. A Guerra Fria trouxe problemas às pessoas. Nós nos pautávamos de acordo com os nossos oponentes: sou anticomunista, ou sou favorável seja lá ao que for – e você, quem é? Esse processo funcionou cruelmente na extinta Iugoslávia. As pessoas não podiam suportar a diversidade. Quando não possuímos paradigmas, recuamos e só podemos aceitar o que se parece conosco, fala como nós, pensa como nós – você sabe, “quem não está comigo, está contra mim”. No fundamentalismo de todas as espécies, não se apreciam perguntas complicadas ou complexas. A realidade não é clara, mas as pessoas não apreciam que se seja claro. A paz trouxe novos desafios? Sem dúvida. A paz não é algo está-
tico. Temos que avaliar constantemente a nossa situação. Era maravilhoso, aqui, lutar contra algo, ir de encontro, entende? Estávamos unidos porque tínhamos um inimigo comum. Então, o inimigo desaparece, e a coisa fica difícil, muito difícil. Que papel você vê para o Rotary no conhecimento de uma vida de paz? O Rotary tem uma tradição e uma história maravilhosas de luta pelos desfavorecidos. Isto é muito importante, pois o nosso mundo terá que aprender uma lição muito simples:
que nós somos uma grande família. Enfrentaremos problemas até que aprendamos isso. Os rotarianos trabalham em projetos sustentáveis para o desenvolvimento do mundo. Você acha que isto poderia ser uma forma de gerar o sentido de família? É verdade. Lembra-se do que Martin Luther King falou? “Temos que aprender a conviver como irmãos.” Agora acrescentaríamos: e como irmãs. Pois se não o fizermos, morreremos juntos; pereceremos todos, como tolos. Podemos pensar que estes cidadãos são sonhadores, mas já vimos o que sucede àqueles que querem se comportar como bonzinhos. Sabe quantos milhões de pessoas sobrevivem com menos de um dólar por dia? E pensa que venceremos a guerra contra o terror? Não venceremos. Não venceremos enquanto existirem condições desesperadoras para as populações. E não podemos continuar despendendo bilhões em armas, que são instrumentos da morte. É isto que estas pessoas têm tentado dizer: a melhor forma de atender aos próprios interesses é interessar-se pelos outros. Isto não é altruísmo. O desenvolvimento pode ser um instrumento da paz? Enquanto as pessoas viverem na pobreza, não há forma de o mundo ser estável. Expliquemme, pois acho que sou um tolo: digam-me, com esta instabilidade da economia – ontem, o dinheiro era abundante, hoje ele desapareceu, e o governo produz US$ 700 bilhões como se fosse a salvação da lavoura –,
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The Rotarian: O número de guerras e mortes provocadas por conflitos armados caiu pela metade nos últimos 15 anos. A paz está vencendo? Desmond Tutu: Eu sempre acreditei que isso aconteceria, e é encorajador ver essa estatística, mas que diferença faz isso para alguém na República Democrática do Congo [um país com histórico de guerras civis]? Que diferença faz isso para alguém em Darfur [região de combates e genocídio no Sudão], em Mianmar [antiga Birmânia, no sudeste asiático, governada desde 1988 por uma junta militar acusada de violação de direitos humanos] ou no Zimbábue [o país enfrenta crise humanitária e econômica sem precedentes]? Não sei, não posso me tornar um cínico. É maravilhoso, sim. Isto significa que os defensores da paz estão fazendo um grande progresso – um importante progresso.
Capa onde foi parar todo aquele dinheiro, e de onde vieram os novos recursos? O governo americano dizia aos seus próprios cidadãos que não havia recursos para recuperar as escolas em áreas pobres, que não havia dinheiro suficiente para que cada americano tivesse acesso à saúde. Mas Deus diz que há recursos para satisfazer às necessidades de todos, mas que não há dinheiro para a cobiça de todos. Nessa situação, o que as pessoas que trabalham pelo desenvolvimento podem fazer para se sustentarem e aos seus objetivos? Muito poucas pessoas querem esmolas. Elas querem uma ajuda. Temos visto mais e mais pessoas que afirmam: “Não estamos fazendo caridade. Somos parceiros. Somos as suas famílias. Queremos trabalhar com vocês, para que vocês possam ser parte da solução, e saiam da pobreza.” Estamos falando de trabalho humanitário – esta é realmente uma palavra bonita, humanitarismo. Vocês estão à procura de ajudar pessoas que recuperem a sua humanidade, a sua dignidade, valor intrínseco para qualquer ser humano. Vocês estão com Deus, que diz: “Eu vos dei deliberadamente um mundo que não é perfeito, porque desejo que vocês sejam copartícipes no seu aperfeiçoamento.” O Rotary tem uma longa tradição no processo de construção da paz. Os Centros Rotary, em importantes universidades, treinam profissionais para a paz
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Esta situação econômica pode nos levar a perceber que não podemos prosseguir neste consumismo exagerado em algumas partes do mundo, enquanto que em outras partes mal existe água para se beber
mundial, especializados na resolução de conflitos e no estabelecimento da paz. Qual a importância deste processo? Tudo o que pudermos fazer para que as pessoas sejam agentes da resolução de conflitos será importante. Devemos prevenir os conflitos antes que eles aconteçam, devemos treinar pessoas que tenham sensibilidade para os sinais e sintomas dos conflitos. Queremos, ainda, treinar pessoas que possam lidar com as consequências dos conflitos. Muitos conflitos terminam, mas temos que lidar com suas terríveis sequelas. A ONU diz que as nações têm a “responsabilidade de proteger” os cidadãos de outras nações do risco das limpezas ét-
nicas e outras crises que provoquem a perda de vidas em grande escala. Por que os governos relutam tanto em interferir nos assuntos de outros, imersos no genocídio, nas epidemias de cólera, na terrível inflação e brutalidade, como está ocorrendo, por exemplo, no Zimbábue? Muitos países do mundo em desenvolvimento sentem-se desconfiados quanto ao neocolonialismo. Eles se sentem, algumas vezes, muito sensíveis quanto à possibilidade de as pessoas chegarem e, com a desculpa de nos ajudar em nossos apuros, nos quererem impor obrigações. Talvez alguns líderes não se sintam seguros acerca das suas posições, e receiem permitir que, se alguém puser um pé em seus países, em especial aqueles vindos do Ocidente, ponham em risco a sua liderança. E em Darfur? Os países africanos formam o
cerne da Unamid (Missão das Nações Unidas e da União Africana em Darfur). Lá, parte do problema é que países que apoiam um papel mais efetivo da ONU não têm comparecido financeiramente com o mesmo entusiasmo verbal que demonstram. Eles não têm fornecido à ONU os recursos necessários ao respaldo das tropas mais vulneráveis. Os países africanos, como um todo, têm se saído bem em muitos aspectos. Poder-se-ia questionar o seu desejo de impedir a ICC (Corte Criminal Internacional) de emitir um mandado contra o presidente Omar al-Bashir, do Sudão. Eles afirmaram: “Isto seria um empecilho
O que precisa mudar no Zimbábue? Eu disse: olhem, temos que invocar aquele costume da “responsabilidade pela proteção”. Se um governo não quiser, ou não for capaz de proteger seus cidadãos, a comunidade internacional tem que entrar em cena. E eu também disse: sim, talvez os países africanos tenham que deixar a ONU entrar. A África do Sul desapontou muitos de nós em relação a algumas resoluções que apoiamos ou não no Conselho de Segurança da ONU. Nós ocupávamos o que se poderia rotular de alto nível moral. E hoje, sentimo-nos um pouco tristes por um país tão maravilhoso, com uma gente tão bonita. Mas o que houve? Será que as expectativas foram exageradas por causa do Nelson Mandela, de todo aquele conceito de “nação arcoíris” [termo cunhado por Tutu logo após o fim do apartheid e as primeiras eleições democráticas na África do Sul], e do seu papel? Eu diria que sim. Nós esquecemos que o pecado original não tem cor [risos]. Na luta, nós quase poderíamos nos orgulhar de que éramos especiais. Isto é, nós tínhamos homens notáveis, que eram inteiramente altruístas. As pessoas estavam preparadas para morrer. E nós imagi-
návamos que todo aquele idealismo persistiria na era pós-apartheid. Isto prova que somos humanos, afinal. Provavelmente, não imaginávamos o que o poder pode causar. O poder absoluto corrompe. A nossa arrogância cresceu – uma espécie de arrogância que o Partido Nacional ostentava. Nessas ocasiões, existem o ódio e a raiva. Você é o Senhor Reconciliação da África do Sul, e, agora, como presidente do The Elders, tenta conciliar as questões por todo o mundo. Como chegar até o ponto do perdão? Através da permanente lembrança de que todas as pessoas têm a sua bondade – de que todos nós somos fundamentalmente bons. Fizemos, recentemente, um programa com a BBC chamado Encarando a Verdade, na Irlanda do Norte, e isto é realmente maravilhoso. Pode-se ver a magnanimidade do ser humano confrontada com alguém que cometeu as coisas mais medonhas. E as pessoas sentam-se juntas, e conversam. Num dos casos, um policial teve as duas mãos arrancadas num atentado do IRA (Exército Republicano Irlandês) a uma viatura policial. O homem do IRA envolvido começou a falar acerca da sua educação e das privações que experimentou como um católico apostólico romano na Irlanda do Norte. O cidadão que sofrera o atentado disse: “Sabe, se eu tivesse sofrido todas as privações que você enfrentou, eu talvez tivesse feito a mesma coisa.” É incrível. Quer dizer que o caminho da reconciliação é a aproximação entre as pessoas? As pessoas muitas vezes só querem ter a oportunidade de contar
suas histórias. Não fomos feitos para odiar. Nós aprendemos a odiar. Pode-se constatar isto entre crianças de diferentes raças que foram criadas juntas. Elas não sabem nada acerca de raça e discriminação até que os adultos as infectem. Você sempre se refere a ubuntu, uma palavra zulu. Você explicou que “acreditamos que a nossa humanidade está radicalmente atada, amalgamada, à do outro. Se eu o desumanizar, estarei também, inexoravelmente, desumanizando a mim mesmo.” É sobre isto que estamos falando agora, não é? Seria ubuntu uma filosofia apropriada para o mundo de hoje? É provavelmente o melhor presente que poderíamos dar à humanidade. Ela significa que nós fomos concebidos para nos unir. Quando chego a este mundo, não passo de uma parte. Não venho inteiramente formado. Preciso aprender a falar como um ser humano. Preciso aprender a me tornar humano por meio de outras pessoas. Mas como se pode convencer as pessoas dessa ideia? É surpreendente, por vezes. Os olhos das pessoas iluminam-se à menção disto, porque em alguma parte, bem no interior, temos consciência disso – sabemos que estamos conectados. Veja o que aconteceu depois do 11 de Setembro: o mundo dedicou uma profunda e real compaixão pelos Estados Unidos – que eles, infelizmente, desperdiçaram, mas vamos deixar isso de lado. Em todas as partes, sen-
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aos trabalhos pela paz como um todo.” Eu não concordo, mas eles não se têm saído mal. Eles agiram mal com o Zimbábue. As pessoas que mais sofrem são, naturalmente, as mais vulneráveis, e isso é muito ruim.
Capa tiu-se um pesar profundo pelos Estados Unidos. Como manter esta conexão? Tendo em mente que se alguém pensa que pode progredir unicamente por si mesmo está liquidado. A atual crise econômica talvez nos faça concluir que não podemos prosseguir nesta orgia de consumo numa parte do mundo, enquanto que em outra parte nem água existe para se beber. Não podemos manter esta maneira de ser, em que somos incautos quanto ao consumo dos recursos. Os Estados Unidos apresentam características formidáveis, mas entristece-me ver as porções servidas nos restaurantes. Repare quantos pratos retornam quase cheios, e toda aquela comida será jogada fora. Estamos falando de consciência. As pessoas não têm consciência. De fato. É como reza aquele ditado: “Temos que viver simplesmente, para que outras pessoas simplesmente vivam.” O que o inspira? O que o faz vibrar? Gente. As pessoas rezam por mim. Elas me apoiam. Posso estar exausto, mas quando falo para um grupo, sinto-me pleno de energia, porque pessoas são coisas maravilhosas. Você já teve ressentimento de alguém? Provavelmente [risos]. Lamento por mim mesmo, mas se tem que superar isso. Deus tem sido muito bom. Sabe, a mãe da minha mulher foi uma empregada doméstica, e sua família vi-
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Veremos uma América cooperativa, conselheira. E não uma América que lança o seu peso sobre os outros. As pessoas desejam que a América lidere via em um quarto de fundos num dos guetos da cidade. Muitos de nós éramos assim. E você contraiu pólio. Eu era bebê, e não me recordo. Só sei que tenho a mão direita menor do que a esquerda. Sou canhoto. Veja, veja o tamanho. Como você pode notar, não controlo estes dedos. Os Estados Unidos têm agora um presidente cujo pai era africano. Qual a sua opinião sobre a eleição de Obama? Acho fantástico. Sabe, eu estava numa reserva de caça, e eles estavam radiantes em Chicago, celebrando. Leah, minha mulher, estava assistindo pela TV, e as lágrimas desciam pelo rosto dela. Ela disse, “Estou super feliz, e não sei porque estou chorando.” [risos] Isto representou um salto em nossa caminhada. O mais fantástico de tudo é que ele não estimulou somente as pessoas negras. O entusiasmo atravessou fronteiras. Veja quanta gente lhe deu as boas vindas em Berlim. Alguma lição a tirar desta vitória? Lição? Bem, cada um que tire a sua [risos]. Mas o importante é que isto significa o nascimento de uma
nova era. Assistiremos a uma América que lidera pela sua liderança moral. Veremos uma América cooperativa, conselheira. E não uma América que lança o seu peso sobre os outros. As pessoas desejam que a América lidere. E todos sabem, sem dúvida, o que este país tem significado para todos nós. Na África do Sul. Sim. Eu devia ter oito anos, por aí, e vi um exemplar da revista Ebony, que falava sobre Jackie Robinson. Ele arrebentava na Liga Principal de Beisebol e ia jogar pelos Brooklin Dodgers. Eu não sabia a diferença entre beisebol e pingue-pongue, mas o fato importante para um menino negro, naquela época, era um outro negro fazer sucesso. Eu me senti maior. E também houve todas as outras coisas acontecendo por lá. Sabe, você ouvia The Ink Spots [grupo vocal de negros que ajudou a popularizar o gênero que conduziu ao rhythm & blues e o rock and roll], Nat “King” Cole, todos eles. Lena Horne era a minha pin-up preferida. Os norteamericanos nos encheram de esperança. Por isso fiquei tão surpreso quando na minha visita aos Estados Unidos descobri que os negros americanos eram tão amargurados. Eu comentei: “Mas como vocês podem ser assim?” Até que eu descobri que era porque a Constituição dos Estados Unidos dizia uma coisa e a realidade era muito diferente. Os Estados Unidos são um país muito louco, pois o racismo ainda é muito forte. Os norte-americanos são capazes de rebocar um negro num caminhão, até à morte, mas ainda assim são inacreditáveis. Quero
DESMOND TUTU (o último, à direita) preside o The Elders, formado por 12 líderes, que trabalham na solução dos árduos problemas globais. Os outros integrantes são, a partir da esquerda, a ativista moçambicana Graça Machel; a ex-presidente irlandesa Mary Robinson; o expresidente americano Jimmy Carter; o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela; o ex-chanceler chinês Li Zhaoxing; o ex-secretário geral da ONU Kofi Annan; e o fundador do Grameen Bank, Muhammad Yunus dizer, olha-se para cima, o céu ainda está no mesmo lugar, mas um negro, um jovem negro, está na Casa Branca. A campanha de Obama teve início no Projeto Geração Josué para atrair jovens cristãos. O nome, naturalmente, é baseado no relato bíblico, e de como a geração de Josué conduziu os israelitas à Terra Prometida. O que significa este nome para você, especialmente desde que Obama falou sobre a geração de Moisés, que nos leva a um ponto, e agora, sobre a geração de Josué, que é a que se segue? Você se lembra do que eles falaram? Rosa Parks sentou-se para que Martin Luther King pudesse caminhar. Martin andou para que Obama pudesse ficar de pé, e Obama ficou de pé para que
os nossos filhos pudessem voar. Isto não é lindo? Você vai me fazer chorar. Mas não é lindo? Maravilhoso. E veja o que está acontecendo no Quênia. Quero dizer, eles o possuem (Obama). Eles pensam: “Este é o nosso filho.” Ele terá uma maravilhosa influência, porque poderá dizer aos africanos o que Bush não podia. Quando ele disser: “Olhe, pessoal, mantenham a ordem”, eles verão que ele está falando como um ocidental, mas também concluirão que ele é um de nós. Obama leu muito sobre Abraham Lincoln, inclusive o Team of Rivals [Equipe de Rivais], de Doris Kreans Goodwin [trata-se da história do gabinete de Lincoln, que incluiu alguns dos seus oposi-
tores]. A atitude de Obama é conciliadora. Ele deixou Robert M. Gates no Pentágono como secretário da Defesa e escolheu como alguns dos seus mais importantes assessores econômicos pessoas que não necessariamente concordam com ele. As pessoas em lugares como a África do Sul deveriam atentar para este fato? Observe como ele estendeu a mão para Hillary Clinton. Temos que aprender com a atitude. Em campanha usa-se, sim, uma linguagem exaltada, mas se deve pensar que somos todos do mesmo país e temos que remar juntos. Qual a lição a extrair de tudo isto? Fomos feitos para estar juntos. BR
Tradução de Eliseu Visconti Neto.
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ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation Gedson Junqueira Bersanete*
A ABTRF é nossa responsabilidade os últimos anos, muito se tem falado sobre a Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF). Nos Institutos Rotary do Brasil, temos tido verdadeiras aulas de como fazer para apoiá-la. Temos tido reuniões e palestras em muitas conferências distritais. Tratamos desse tema nos Seminários Distritais da Fundação Rotária e sempre reservamos um espaço para falar sobre a nossa ABTRF, criada para dar aos rotarianos a oportunidade de fazer contribuições por meio de suas empresas ou de empresas simpatizantes da nossa causa: Fazer o Bem no Mundo. Mas por que ainda está tão difícil aumentar o número de contribuições? Por que ainda não conseguimos atingir uma porcentagem razoável do potencial de arrecadação que temos? Há alguns anos, Bhichai Rattakul nos brindou com uma presidência do Rotary International que foi magistral. Ele trouxe ao Rotary um sentido de humanismo que poucos haviam experimentado anteriormente. Ele nos trouxe o lema Plante Sementes de Amor e, usando o termo em inglês grassroot, nos deu a incumbência de trabalhar dentro do Rotary e da Fundação Rotária de baixo para cima. Esta ideia de que as coisas devem acontecer nos clubes e subir tem sido aplicada desde então – ao invés de a alta cúpula decidir e todos se obrigarem a cumprir
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uma meta com a qual não se comprometeram, ou que sequer têm condições de cumprir. Hoje em dia, é cada vez mais difícil estar no Rotary e manter-
A ABTRF vem sistematicamente pagando inúmeros projetos de Subsídios Equivalentes em nosso país se um bom rotariano, pois temos uma quantidade de compromissos sociais e familiares que aumenta todo o tempo. Nosso trabalho tem cada vez mais concor-
rência, obrigando-nos a investir mais para ganhar a mesma coisa. Isto nos traz uma maior competitividade profissional, mais desgaste e menos tempo para nos dedicarmos ao Rotary. Mas aonde eu quero chegar com estas palavras?
PARTINDO PARA A AÇÃO Quando indagamos por que as coisas não acontecem, devemos antes de tudo perguntar: “Por que eu não tenho feito as coisas acontecerem?”. Toda e qualquer ação da Fundação Rotária nasce de uma necessidade da comunidade e da ação de um rotariano. Portanto, o futuro do Rotary está em nossas mãos.
Depois de tantas reuniões e de informações sobre a ABTRF, está na hora de nós, rotarianos, partirmos para a ação. Dentro de cada clube, existem rotarianos que têm suas empresas, não importa se de grande ou de pequeno porte. O importante é que estes rotarianos podem dar um exemplo para os outros empresários, que podem unir-se a nós nestas contribuições. Daremos o exemplo. Cada clube pode ter um choque de gestão e partir realmente para cumprir os requisitos do Plano de Liderança de Clube, que afirma que as cinco comissões devem trabalhar juntas e unidas por um único objetivo do clube ou por um grande projeto. Quando se fala em trabalhar por objetivos, devemos entender que todos devem buscar a realização daquela meta estabelecida, cada um usando as suas próprias habilidades. Os empresários podem viabilizar o aporte necessário a esses projetos, fazendo com que os recursos passem pelas mãos da ABTRF. Eles ainda podem ser parceiros de fato, dando ideias e comprometendo-se com a sustentabilidade do projeto. Os recursos conseguidos para um projeto por meio da ABTRF serão administrados da mesma forma que os recursos que são destinados à Fundação Rotária diretamente pelas pessoas físicas. E ainda temos outra coisa a considerar: os recursos doados à ABTRF não saem do Brasil, sendo gastos em projetos locais. A ABTRF vem sistematicamente pagando inúmeros projetos de Subsídios Equivalentes em nosso país. Portanto, o que estamos buscando é o envolvimento dos rotarianos. Por exemplo, na hora de renovar o seguro do seu car-
ro, se isso for feito com a Porto Seguro, informe seu corretor: automaticamente, 5% do prêmio será doado pela Porto Seguro à nossa ABTRF. Buscamos aquele empresário rotariano que faz doações para muitas entidades beneficentes, mas que acaba esquecendo de que ele é dono de uma instituição reconhecida em todo o mundo, que faz a diferença na vida das pessoas e que também precisa da sua contribuição.
Mesmo que você não seja empresário, pode buscar dentro do seu rol profissional algum empresário com responsabilidade social que esteja disposto a contribuir Esta contribuição é diferente de uma doação porque, quando você doa, faz isso confiando em quem recebeu o dinheiro – mas essa doação já tem um fim determinado. Por outro lado, quando contribui para a Fundação Rotária, você pode (e deve) acompanhar o caminho que sua contribuição faz até chegar às comunidades necessitadas. Por intermédio das mãos de rotarianos dedicados, seus recursos ajudam a fazer os projetos humanitários, chegam às Universidades da Paz (onde mantemos estudantes que se especializarão em promoção da paz e resolução de conflitos) e permitem que nossos intercambiados cruzem o planeta para trocar informações e convívio entre diferentes culturas, co-
laborando para que nos tornemos mais próximos do nosso próximo. EM NOSSAS MÃOS Enfim, a ABTRF somente vai atingir seu potencial de arrecadação quando cada um de nós rotarianos – empresários ou não – começar a entender a dinâmica e o significado da seguinte frase: “Todos têm responsabilidade social”. Os clubes devem realizar os projetos que emanarem de suas comunidades, e os rotarianos devem ser o espelho dessas comunidades. Cada um representando a sua profissão e buscando, dentro da sua área de influência, como atender melhor a nossa ABTRF. Mesmo que você não seja empresário, pode buscar dentro do seu rol profissional algum empresário com responsabilidade social que esteja disposto a contribuir com os nossos projetos e ser reconhecido por isso da forma usual com que a Fundação Rotária reconhece a quem nos ajuda com suas contribuições. Estamos mudando a cada dia a forma de ver o Rotary, a Fundação Rotária e a nossa ABTRF. Estamos desmistificando a Fundação, que até um tempo atrás era vista como “um problema do governador do distrito”. Agora ela é a solução dos problemas da nossa comunidade, e esta solução está no nosso trabalho, na nossa dedicação, no constante conhecimento das novas regras da Fundação Rotária e do bom entendimento do seu Plano de Visão Futura. O futuro da ABTRF também está em nossas mãos. BR * O autor é ex-governador do distrito 4470 e ex-coordenador regional da Fundação Rotária. B RASIL R OTÁRIO 2 9
Tema do mês
Formando a corrente Há quase um século, revistas rotárias vêm ajudando o Rotary a espalhar pelo mundo sua filosofia de ética e serviços Francisco Borsari Netto*
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Abril é o mês que o Rotary dedica às nossas revistas. Um período propício para que os Rotary Clubs promovam a importância da imprensa rotária e esclareçam como é possível obter espaços nos meios de comunicação para a divulgação de seus projetos humanitários. Em abril, o mundo do Rotary se engalana para celebrar as revistas rotárias. É o reconhecimento oportuno e justo ao trabalho de divulgação que nossas revistas prestam para que o Rotary seja mais conhecido e reconhecido.
O
mundo atual é marcado (e mesmo engrandecido) pela farta e influente comunicação que une os povos e nações, fazendo com que a humanidade se sinta uma só. Se a comunicação é o elo que une as pessoas, então podemos afirmar que a rede de revistas rotárias forma a corrente. Esta corrente é formada pela The Rotarian, a revista oficial do Rotary International, em inglês, e pela família de 31 revistas regionais oficiais em circulação no mundo rotário, publicadas em diversos idiomas, com uma circulação total de aproximadamente 1.250.000 exemplares. As revistas regionais, aprovadas pelo Conselho Diretor do RI e produzidas de maneira independente pelos rotarianos, veiculam notícias rotárias voltadas às atividades de regiões específicas, distribuídas em 130 países e 24 idiomas. Todas as revistas regionais são obrigadas a ter uma certificação concedida pelo
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Conselho Diretor do RI. Isso garante a uniformização da mensagem do Rotary em todos os cantos do mundo, mas concede liberdade aos editores para adaptar as revistas às características locais. Os editores das revistas regionais reúnem-se a cada dois anos para trocar informações e experiências. O COMEÇO DE TUDO A primeira revista rotária, chamada The National Rotarian, surgiu há 98 anos, mais precisamente em 1911. Com 12 páginas elaboradas por Paul Harris, o fundador do Rotary, a revista tinha um público de 1.500 rotarianos nos EUA e no Canadá. Um ano depois, com a fundação de clubes na Grã-Bretanha e na Irlanda, a revista passou a se chamar The Rotarian. Além de ser o primeiro redator da The Rotarian, isto entre 1911 e 1928, Chesley Perry serviu como
secretário do RI até 1942. Durante as primeiras décadas, os artigos da The Rotarian e das revistas regionais eram voltados à ética profissional, ao desenvolvimento do caráter e ao crescimento do Rotary. Na década de 1920, críticos como o escritor e jornalista George Bernard Shaw, Sinclair Lewis e H. L. Mencken ridicularizavam a imprensa rotária. No entanto, na década seguinte, Leland Case, redator da The Rotarian, persuadiu os três a colaborarem para a revista. Em 1915, os novos clubes criaram a primeira revista regional para a Grã-Bretanha e a Irlanda. Nos anos 20, uma revista rotária regional foi publicada na Austrália. Em 1965, os governadores distritais australianos lançaram a Rotary Down Under. A Revista Rotaria, edição espa-
nhola da The Rotarian, foi lançada em 1933 e publicada até 1992, ano em que a Nueva Revista Rotaria passou a atender a Venezuela e outros 12 países latino-americanos. A Ceskoslovensky Rotarian foi lançada em 1929. Proibida pelos nazistas de 1938 a 1945, e depois pelos comunistas entre 1948 e 1989, voltou a ser publicada em 1990, passando no começo desta década a se chamar Rotary Good News. Para Bangladesh, Índia, Nepal e Sri Lanka, a revista oficial é a Rotary News. No Japão, The Rotary-no-Tomo é publicada semestralmente em inglês, oferecendo uma perspectiva bilíngue aos rotarianos japoneses. Já a Revista Portugal Rotário atende Portugal, Macau, Ruanda e Angola. SUA BRASIL ROTÁRIO Sucessora de Notícias Rotárias e Rotary Brasileiro, a Brasil Rotário é a revista rotária regional oficial para os rotarianos brasileiros. Fundada em fevereiro de 1924, e publicada inicialmente como um boletim do RC do Rio de Janeiro, neste mês de abril a revista chega ao número 1.042. São destacados quatro importantes pontos a favor da Brasil Rotário: a revista é a guardiã de nossa história; trabalha na promoção da imagem do Rotary em nosso país; nos incentiva à ação; e é um fator de unidade. O grupo de publicações composto pela The Rotarian e pelas revistas regionais, chamado de Rotary World Magazine Press, é conhecido como o “jornalismo das boas novas”. Por meio da abordagem de diversos problemas que afetam a humanidade e das maneiras pelas quais os rotarianos podem ajudar a saná-los, tem se mantido na vanguarda, apresentando versões eletrônicas de suas publicações na internet. Essas publicações são os olhos, os ouvidos e a voz do Rotary. Para ler sua Brasil Rotário na internet, acesse <www.brasil-rotario.com.br>
Trabalhando em rede com a missão de integrar Versões impressas ainda são as preferidas dos rotarianos
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Manual de Procedimento do Rotary estabelece que todo associado de um Rotary Club precisa ser assinante de uma revista rotária, seja ela a The Rotarian ou a revista regional oficial, prescrita pelo Conselho Diretor do RI. Cada revista regional tem seu toque local. Trabalhando por um mesmo objetivo, as revistas regionais e a The Rotarian gozam de uma relação de cooperação e benefícios mútuos. A missão dessas publicações é divulgar continuamente a mensagem do Rotary, publicar avisos, notícias oficiais e decisões importantes do Conselho Diretor e dos curadores da Fundação Rotária, além de divulgar projetos relevantes implementados pelos clubes e as mensagens do presidente do Rotary International. Dessa maneira, as revistas constituem uma valiosa fonte de informação, pois nelas podemos encontrar notícias sobre as decisões do Conselho Diretor do RI, matérias sobre a Fundação Rotária, programação de eventos, mudanças na administração e projetos desenvolvidos pelos rotarianos em todas as partes do mundo. A FORÇA DO IMPRESSO Até uma certa época, o telegrama era a única forma de comunicação
internacional. Depois, vieram o telex e o fax. Atualmente, além da televisão, temos a internet como um rápido veículo de comunicação – mas os jornais, livros e revistas continuam insubstituíveis em seu papel informativo. É por isso que a maioria dos rotarianos ainda prefere a mídia impressa. Nas palavras da jornalista Candy Isaac, coordenadora regional sênior da revista The Rotarian, outro aspecto dessa história quase centenária das revistas rotárias continua inabalável: “Uma das maiores forças das revistas regionais ao longo de todos esses anos foi, e continua sendo, a dedicação dos rotarianos leais que criam e supervisionam essas publicações”. Ela completa: “A tarefa não é sempre fácil (...), mas de alguma forma, o trabalho é sempre feito, e as revistas seguem o caminho em direção ao seu destino: as mãos dos rotarianos do mundo inteiro”. O Manual de Procedimento recomenda que os clubes apresentem programas sobre a revista. Imbuídos de Dar de Si Antes de Pensar em Si, e seguindo o lema Realizemos os Sonhos, vamos apoiar nossas revistas rotárias, pois elas são uma superfonte de informações. BR
Uma história feita de grandes momentos I
A Brasil Rotário foi eleita uma das melhores revistas regionais do Rotary. Com uma reportagem sobre a saúde mental, a edição de outubro de 1977 da The Rotarian ganhou os elogios da Associação Norte-Americana de Saúde Mental. I A edição especial de abril de 1983 sobre a corrida armamentista nuclear valeu à The Rotarian o prêmio Gold Circle Award, da American Society of Association Executives. I A The Rotarian recebeu o prêmio Silver Award de melhor fotografia em preto & branco no ano de 2003 por um ensaio sobre a erradicação da pólio. I Em fevereiro de 2005, todas as revistas regionais e a The Rotarian apresentaram a mesma capa em celebração aos 100 anos do Rotary International. I
*O autor é ex-governador distrital e associado do RC de Curitiba-Guabirotuba, PR (D. 4730).
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Economia & negócios
Futuro da indústria ou indústria do futuro? Desafios e perspectivas do setor gráfico no Brasil Mário César de Camargo* ark Twain, provavelmente o mais genuíno de todos os escritores americanos, certa feita destilou uma pérola, desmentindo notícias de seu falecimento, veiculadas pelo jornal: “As notícias sobre minha morte foram extremamente exageradas”. Talvez algo semelhante aconteça com a indústria gráfica, cujo féretro tem sido anunciado, principalmente por veículos impressos, há quase meio século. Cito o caso de Pinkus Jaspert, jornalista especializado em indústria gráfica, que num encontro mundial do setor chamado Comprint, em 1976, preconizou que leríamos o New York Times somente em tela a partir do ano 2000. Antes de profetizarmos sobre a gráfica do futuro, cabe perguntar se haverá gráfica no futuro. Quando presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), alertei a diversos públicos empresariais de que alguns produtos da indústria gráfica pereceriam. Considerado apocalíptico, o discurso encontrava uma parte da plateia cética, cega, esperançosa e iludida. Afinal, pensamento estratégico não consta das prioridades das quase 20 mil gráficas brasileiras, eminentemente microempresas, voltadas endogenamente para seus desafios rotineiros. Mas era evidente que alguns produtos da lavra gráfica não enfrentariam os novos tempos. A nota fiscal impressa, por exemplo, era um deles. Fruto de uma relação incestuosa entre controle fiscal, cobiça arrecadatória e aceleração das informações, era previsível que os sistemas eletrônicos integrados atropelariam a nota fiscal arcaica.
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OS NÚMEROS DO SETOR Minha própria empresa, a Bandeirantes, foi vitimada pelo advento da integração bancária. Imprimíamos a relação de cartões de crédito negativados – aquela infame lista de picaretas, consultada por atendentes do comércio enquanto esperávamos ansiosos a aprovação da compra. Seria cabotino dizer que o sistema de máquinas de aprovação online piorou a vida de milhões de portadores de cartão de crédito, somente porque eliminou a listagem impressa. O triunfo da informação digital era líquido e certo. Todavia, há produtos gráficos com uma sobrevida considerável, principalmente nos países emergentes. Consideremos apenas alguns dados recentes: Enquanto a demanda por jornais nos EUA cai sucessivamente, o Instituto Verificador de Circulação emitiu no início do ano o relatório de tiragens no Brasil em 2008, apresentando um acréscimo de 5% na circulação média diária, ante 11,8% de crescimento em 2007, e 6,5%, em 2006; Segundo dados da Abigraf e do IBGE, o valor da produção setorial em 2008 ultrapassou R$ 23,44 bilhões, ou aproximadamente US$ 13,24 bilhões, com dólar médio de R$ 1,77. Em 1996, o PIB da indústria gráfica brasileira era de US$ 5,7 bilhões. Uma diferença considerável. No período de oito anos, entre 2000 e 2008, o contingente de colaboradores saltou de 168 mil para 204 mil, de acordo com o Ministério do Trabalho; Mesmo nos mercados saturados, como dos EUA, a tendência é de consumo crescente de papel, obviamente com a redução de alguns produtos. Um estudo
Ninja
KINDLE, O livro eletrônico da Amazon, e Gutemberg, o pai da indústria gráfica: época de transição
de tendências chamado The status of print 2005, publicado pelo Rochester Institute of Technology, revelou que, entre 1998 e 2020, os EUA passarão de 61,65 milhões para 75,93 milhões de toneladas/ano de consumo de papel. Há encolhimento de demanda prevista em vários segmentos, como periódicos, jornais, livros, catálogos e manuais. Por outro lado, há incrementos significativos em embalagem, promoção e papel cortado. NOVOS CENÁRIOS Mas, com tudo isso, será que podemos nos iludir? Segundo Andy Grove, ex-presidente da Intel, “só os paranóicos sobrevivem”. A paranoia da ameaça à indústria gráfica tem fundamento. Quando a Sony lança uma tela flexível que simula a portabilidade do papel, é insensato desprezar o avanço tecnológico que já obsoletou produtos gráficos. A Amazon, cujo catálogo digital tem 230 mil títulos, e o Google, com 7 milhões de títulos fora de catálogo, são atores principais nesse cenário futurista de difusão digital da informação. Entretanto, num cenário realista, o papel impresso e a tecnologia digital
ainda conviverão por muito tempo, principalmente nos países emergentes. Quantos leitores emergentes dos Brics (grupo integrado por Brasil, Rússia, Índia e China) poderão pagar os US$ 359 do livro eletrônico Kindle 2, apresentado pela Amazon no dia 9 de fevereiro último? Como será, então, essa gráfica do futuro? Algumas das características de empresas gráficas do futuro, garantindo longevidade, adaptabilidade e geração de valor ao negócio, serão: 1) Eficiência absoluta: nossa indústria ainda é altamente ineficiente, em termos de perdas (lidamos com um produto ambientalmente sensível, o papel) e geração de valor per capita. O faturamento médio por funcionário da gráfica brasileira é de US$ 50 mil anuais, relativamente baixo se comparado a outras indústrias; 2) Especialização notória: como se distinguir como líder no share of mind do seu cliente quando há 20 mil concorrentes? A especialização, o controle de processo e a liderança de determinado segmento são ferramentas indispensáveis para a sobrevivência; 3) Agregação de valor: o destino da indústria madura – e a indústria gráfica é uma balzaquiana de 550 anos – é a comoditização dos serviços e rebaixamento dos preços. As gráficas do futuro deverão identificar oportunidades de agregar serviços a partir da visão do cliente, não da sua própria. Terá mais sucesso quem melhor souber desenvolver parcerias na solução dos problemas deste cliente; 4) Flexibilidade: gráfico tem os olhos voltados para seu próprio umbigo. Empresários com máquinas offset desconsideram impressão digital. Além disso, produtos plásticos impressos não são considerados gráficos, no sentido tradicional. Limitações de perspectiva, normalmente geradas a partir da visão do processo e não da demanda, inibem flexibilidade, fundamental em épocas de transição. Não me consta que a Nokia, uma empresa centenária, tenha fabricado telefones celulares desde sua fundação. Pensando bem, essas características poderiam valer para empresas do futuro, não somente gráficas. Enquanto isso, continuaremos a ler sobre a morte anunciada do impresso sobre papel, exatamente nos moldes dos proclamas funéreos de Mark Twain. BR
* O autor é EGD, associado do RC de Santo André, SP (D. 4420) e presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado de São Paulo. Artigo originalmente publicado na edição de 13 de março de 2009 do Jornal do Brasil. B RASIL R OTÁRIO 3 3
África
Solidariedade sem fronteiras Voluntários brasileiros trabalharam na missão humanitária que levou cuidados médicos às crianças do Quênia Waldir Andrade*
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oordenada por Connie Spark, governadora eleita do distrito 7390, e pela companheira Sally Platt, entre os dias 22 de setembro e 2 de outubro de 2008 foi realizada uma missão humanitária que levou tratamento preventivo de saúde para milhares de crianças das áreas mais necessitadas de Nairóbi, capital do Quênia. Contando com a parceria da Fundação Rotária e dos Rotary Clubs de Marietta-Metro (distrito 6900), Lebanon-North e York-East (distrito 7390), Nairobi-North (distrito 9200) e dos distritos 4310 (Brasil) e 4460 (Peru), a missão levou ao Quênia seis projetos de Subsídios Equivalentes, sendo cinco na área de saúde (oftalmologia, pediatria e odontologia) e um projeto hídrico para oferecer água potável à comunidade de Mithini. Este projeto
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UM TOTAL de 12.000 moradores de Nairóbi recebeu atendimentos médicos e odontológicos contou com a participação do distrito 4310, de São Paulo, que contribuiu com US$ 1.000. Outro parceiro da missão foi o Rotarians For Fighting Aids, um grupo de rotarianos que se mobiliza em todo o mundo para prevenir e tratar o HIV/Aids (saiba mais acessando o site www.rffa.org). Durante a missão em Nairóbi, uma equipe de 73 voluntários, composta por rotarianos e não rotarianos de dez países, trabalhou ao lado de rotarianos dos Rotary Clubs da capital queniana, do Rotaract e de um Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário. Com o objetivo de oferecer uma vida melhor às crianças de três comunidades, o foco principal dos trabalhos foram os órfãos da Aids e a infância desassistida das periferias. Três grandes favelas de Nairóbi foram os locais de atuação da missão.
A ATUAÇÃO DOS BRASILEIROS Com cerca de 150.000 habitantes, Korogocho recebeu a equipe brasileira. Além de mim, participaram da missão a companheira Wilma Miranda Barbosa, do distrito 4580; a presidente do Rotary Club de Americana-Carioba, Patrícia de Oliveira Andrade dos Santos; a presidente do Rotary Club de Piracicaba-Luiz de Queiroz, Cilene Bornizo da Silva Frias; e o companheiro Izumi Sakuma, do Rotary Club de Presidente Prudente. Nosso grupo foi reforçado por mais um voluntário: o jovem estudante de filosofia Regiene Ely das Neves, enviado pela Paróquia São Domingos, da cidade paulista de Americana. Nossa equipe teve os trabalhos apoiados pelo Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário local, pelo Rotaract de Nairóbi e pela companheira Nana, do Rotary Club de Nairobi-East, coordenadora lo-
cal da missão. Atuando na área de odontologia, a equipe brasileira atendeu 557 crianças e adolescentes, além de distribuir escovas e creme dental para as crianças, enquanto as orientava quanto a uma perfeita escovação. Na favela de Mathare, atuou a equipe dinamarquesa, também voltada para a área odontológica. Em Mukuru, comunidade com 500.000 habitantes e a segunda maior favela de Nairóbi, concentrou-se a maioria dos voluntários, vindos dos EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, Japão, Dinamarca, Uganda, África do Sul e Índia. Os trabalhos foram desenvolvidos nas áreas de oftalmologia, clínica médica, pediatria e odontologia. Nas três comunidades assistidas houve ainda a participação do grupo de ação Rotarians for Fighting Aids, que levou orientação, assistência médica e exames clínicos, incluindo o teste de HIV.
A MISSÃO foi realizada por um grupo de 73 voluntários, entre rotarianos e não rotarianos de dez países A missão atendeu a mais de 12.000 pacientes. Para que fosse realizada, a Fundação Rotária dispendeu cerca de US$ 1 milhão em recursos, incluindo os projetos de Subsídios Equivalentes, os Subsídios para Serviços Voluntários e as despesas gerais, como alimentação e transporte local. Todos nós, voluntários da missão, rotarianos ou não
rotarianos, voltamos do Quênia com a certeza de que fizemos a nossa parte – e mais convictos de que o Rotary é o caminho para acabarmos com as desigualdades que assolam o planeta. BR
* O autor é ex-governador do distrito 4580 e associado do RC de Juiz de Fora-Sul, MG.
Depoimento Nome oficial: República do Quênia Localização: costa leste da África População: 36 milhões Capital: Nairóbi Índice de Desenvolvimento Humano: 0,521 (148o colocado num ranking de 177 países) Dados: Almanaque Abril 2008.
Missão no Brasil
A próxima missão médica orga-
nizada por estes Rotary Clubs terá o objetivo de atender as comunidades ribeirinhas próximas a Santarém, na Amazônia Brasileira. A missão está prevista para se realizar em fevereiro de 2010. Os
companheiros voluntários, os Rotary Clubs e distritos de todo o Brasil estão convidados a participar. Os contatos podem ser feitos diretamente com a companheira Patrícia Santos, pelo e-mail <tryshia72@terra.com.br>
“N
ós atendemos dúzias de crianças somente no dia de hoje e podemos dizer, honestamente, que salvamos algumas vidas. A maioria das crianças poderia ser tratada com antibióticos, outras com cuidados mais simples, mas eu creio que duas delas, particularmente, não teriam sobrevivido àquela noite sem a nossa ajuda. Eram dois gêmeos e estavam raquíticos, desnutridos e muito doentes, desesperadamente desidratados. Lutei para conseguir levá-los rapidamente a um hospital, a tempo de salvá-los. Felizmente, nós conseguimos, e pelo menos por enquanto eles estão vivos.” – Carl Good, cientista clínico e voluntário.
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Em cima do fato Fotos: Sérgio Afonso
A PARTIR da esquerda, frei Eckart, superintendente-geral da Ordem da Penitência, Gunter Pollack, gerente de relações internacionais da FRSP, e a EGD Adélia Villas, coordenadora do projeto Humanização do Bairro
Reconhecimento em muito boa hora Projeto premiado pode servir de modelo para os graves problemas sociais do país
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ex-governadora do distrito 4570 Adélia Antonieta Villas está na expectativa de mais um prêmio de reconhecimento ao trabalho social do frei Eckart Hermann Höfling. Trata-se do Prêmio Nobel Alternativo (Right Livelihood Award), apresentado anualmente em Estocolmo, Suécia, e concedido para pessoas que trabalham pelo desenvolvimento humano e pela busca de soluções para os problemas globais. Um júri internacional decide a premiação em áreas como proteção ambiental, direitos humanos, desenvolvimento sustentável, saúde, educação e paz. Adélia Villas é coordenadora do projeto Humanização do Bairro, em atividade na Praça Mauá, área portuária do Rio de Janeiro. Uma das principais obras sociais da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, o projeto tem como superintendente geral frei Eckart Hermann Höfling, associado honorário
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do RC do Rio de Janeiro-Saúde, RJ (D.4570), e associado do RC de Lohr-Markheidenfeld, Alemanha (D.1950). “Esse prêmio, tão considerado quanto o Nobel, vem acompanhado de US$ 200 mil para ser aplicados em obras sociais”, explica a exgovernadora. “Estamos na expectativa também pelo dinheiro, que será de grande ajuda, não é, frei?” Frei Eckart concorda, pois será o mesmo caso do dinheiro do prêmio Quadriga, cujo destino ele protamente declarou na cerimônia de entrega, em 2008, em Berlim: “O dinheiro já está gasto. A ideia é se fazer um abrigo para moradores de rua.” A HOMENAGEM Em 3 de outubro do ano passado, no Teatro da Ópera Cômica, em Berlim, frei Eckart recebeu o prêmio Quadriga 2008 durante uma cerimônia que teve mais de 1.200 convidados, entre eles, José Ramos-Horta, presidente do Timor
Leste, Gerard Schröder, ex-chanceler alemão, e Heinz Fischer, presidente da Áustria. Além de frei Eckart, na categoria The Home of Charity (em livre tradução, A Casa da Caridade), os outros agraciados de 2008 foram: Boris Tadic, presidente da Sérvia, por The Courage of Perseverance (A Coragem da Perseverança); Jimmy Wales, fundador da Wikipédia, por A Mission of Enlightenment (A Missão pela Iluminação); e Peter Gabriel, músico socialmente engajado, em United We Care (Unidos Nós Nos Importamos). Antes de eles subirem ao palco, foi apresentado um filme que mostrava um pouco do trabalho de cada um deles. Frei Eckart recebeu a Quadriga das mãos de Frank-Walter Steinmeier, ministro das Relações Exteriores da Alemanha. “Foi, sem dúvida alguma, a materialização de um trabalho de uma vida inteira, da Ordem e de todos os seus parceiros, para oferecer a possibilidade
de uma vida melhor às crianças”, diz Adélia Villas. A Quadriga é um prêmio alemão, um dos mais prestigiosos da Europa, patrocinado pela Werkstatt Deutschland, organização sem fins lucrativos com sede em Berlim. Sua função é reconhecer anualmente quatro pessoas, grupos ou entidades que tenham se distinguido por seu espírito pioneiro em matéria de inovação e renovação da vida política, econômica e cultural. O agraciado recebe uma estátua que reproduz a quadriga sobre o Portão de Brandemburgo, construção que é um dos marcos de Berlim, além de 25.000 euros em dinheiro. O PODER DA EDUCAÇÃO No dia 16 de fevereiro, na presença da ex-governadora Adélia, frei Eckart recebeu Gunter Pollack, gerente de relações internacionais da Fundação de Rotarianos de São Paulo (FRSP), em sua sala na Ordem Terceira. Gunter demonstrou preocupação com o momento econômico atual e assinalou alguns rumos: “Nós precisamos nos dar as mãos e pressionar para que cada um faça a sua parte. A opinião pública tem que se manifestar, pois o grande desafio serão os jovens desocupados. Temos que manter o jovens ocupados em tarefas nas quais eles continuem a aprender. Temos, ainda, que dar condições para a ampliação do conhecimento e considerar outros aspectos, como o empreendedorismo deles próprios, até mesmo criando renda em ocupações não convencionais. Um importante desafio é mantê-los decentemente ocupados.” Adélia fez, emocionada, um balanço sobre o trabalho social da Ordem: “A gente tem constatado, no dia a dia, o poder da educação. Há dez anos estamos no projeto. Entre menores e adolescentes, nós temos, no mínimo, 700 alunos na Escola Dr. Francisco da Motta. E é impressionante! Embora estejamos no
em dia são pessoas que começaram a resgatar a autoestima e a confiança, e que estão dispostas a lutar para oferecer uma vida melhor para suas famílias. Estamos satisfeitos com o trabalho realizado, mas também muito engajados e animados com os desafios que temos pela frente”, diz frei Eckart.
O TROFÉU Quadriga, que reproduz o motivo sobre o Portão de Brandemburgo, em Berlim
“São pessoas que começaram a resgatar a autoestima e a confiança. Estamos satisfeitos com o trabalho realizado, mas também muito engajados e animados com os desafios que temos pela frente” Frei Eckart meio de uma comunidade carente, não temos tido problemas relevantes. Não temos problemas com drogas, por exemplo. Por que não temos? Sabemos a resposta: educação. Quando se dá chance à educação, o jovem se agarra de tal maneira...” “Demos carinho e a escola virou o lar deles”, resume frei Eckart. E conta como tudo começou: “Nós começamos a implantar o projeto em 2002 e, desde o início, sentimos o grande impacto que a iniciativa iria causar na região. Reformamos e transformamos os imóveis em oficinas profissionalizantes, dando a possibilidade a jovens e adultos de aprenderem uma profissão e, com isso, terem chances de ingressar no mercado de trabalho. Além disso, oferecemos assistência médica e psicológica e atividades culturais na Casa de Cultura do Morro da Conceição. O que vemos hoje
MODELO PARA O MUNDO O projeto Humanização do Bairro é tão exemplar que pode ser replicado em qualquer parte do mundo. Assim constataram representantes da Comunidade Europeia que visitaram as instalações do projeto no ano passado. “É uma comparação com o Rotary. Normalmente, as outras ONGs se dedicam de forma segmentar. Já o Rotary pode tudo. A mesma mentalidade teve o frei quando pensou nessa região. Nossa meta inicial era atingir 14 mil pessoas, atingimos 20 mil. É um modelo”, define Adélia. Durante a sua premiação em Berlim, o frei lançou uma advertência aos países ricos: “Quem esteve na América do Sul pôde verificar, muito antes da crise bancária nos Estados Unidos, como um sistema econômico e financeiro internacional não regulamentado produz injustiça e pobreza, como os enormes desafios ecológicos e sociais ameaçam dividir sociedades inteiras, e qual a contribuição que nós, europeus e alemães, podemos e – como penso – devemos prestar, assumindo compromissos nos planos tecnológico, político e também cultural.” Para Adélia Villas, um desafio crucial do projeto é a sustentabilidade: “A manutenção disso significa um custo.” Custo inevitável, já que, assim como frei Eckart e Gunter Pollack, a ex-governadora considera que o Rotary tem uma vocação para os altos voos, os grandes sonhos. BR
Agradecimentos: Georgeana Mello, assessora de imprensa. B RASIL R OTÁRIO 3 7
Aldair de Queiroz FFranco ranco e Altimar Augusto Fernandes Coordenadores Regionais da Fundação Rotária para as Zonas 20 (Norte), e 19A e 20 (Sul), respectivamente
A Fundação para o futuro Mensagens sobre o Plano de Visão Futura omunicação será a chave para o sucesso do Plano de Visão Futura. Para assegurar continuidade administrativa durante este período em que nos dedicaremos ao cresci-
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mento e aprimoramento da nossa Fundação, é fundamental que as mensagens abaixo sejam transmitidas de maneira clara e positiva a todos os rotarianos. foto SXC arte: Alex
FOCO NA MISSÃO: Impacto significativo Resultados autossustentáveis Programas e sistemas simplificados Sucesso na promoção da imagem: uma Fundação de destaque Veja o que já conquistamos com relação à erradicação da pólio! O Rotary ganhou um significativo reconhecimento público devido a sua dedicação e liderança na erradicação dessa doença. O Plano de Visão Futura deverá melhorar ainda mais a imagem pública de nossa organização em função do esperado aumento em realizações, recursos, capacidade, credibilidade e liderança na prestação de serviços de filantropia e propagação da paz. Por muitos anos, a Fundação tem tentado fazer tudo e atender a todos, alocando recursos a inúmeras atividades. Ao procurar equilibrar melhor os recursos e ter um foco mais definido, a Fundação poderá ajudar os rotarianos a dar assistência a mais pessoas e causar um impacto maior e mais duradouro. A Fundação Rotária deve se manter relevante no mundo filantrópico e com o foco no cumprimento de sua missão. O Plano de Visão Futura oferece a oportunidade de desenvolver projetos, atividades e parcerias que causem um impacto significativo, e de ajudar os rotarianos a continuar servindo internacionalmente, provendo resultados autossustentáveis às comunidades beneficiadas. Devemos permanecer atentos às enormes mudan-
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ças e ao crescimento das necessidades humanitárias no mundo. A nova estrutura de subsídios irá oferecer a clubes e distritos mais controle e flexibilidade, ao mesmo tempo em que centralizará os serviços a serem prestados. A nova estrutura permitirá que clubes e distritos respondam mais rapidamente às necessidades urgentes, tanto locais quanto mundiais. O plano deverá aumentar a eficiência e a economia de escala na prestação de serviços. A atual instabilidade econômica é uma excelente oportunidade para revitalizar o foco da nossa missão, continuar a fortalecer os programas, aprimorar os processos organizacionais e seguir em frente, reinventando nossa Fundação. A fase experimental de três anos nos dará a chance de avaliar as estratégias e procedimentos do Plano
Coluna do chair da Fundação Rotária
de Visão Futura de modo a implementar as correções necessárias antes de seu lançamento oficial. OS DISTRITOS QUE PARTICIPAREM DO PLANO DE VISÃO FUTURA DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA DEVERÃO: 1. Obter a aprovação de pelo menos dois terços de seus clubes. 2. Participar do processo de qualificação, que inclui treinamento obrigatório para os governadores de 2010-11 e para os presidentes de comissão distrital da Fundação Rotária. 3. Treinar os dirigentes de clube de 2010-11 durante o Pets, a assembleia distrital ou a conferência distrital, de modo a qualificar os clubes a receber subsídios. 4. Participar da fase experimental durante três anos (2010-11, 2011-12 e 2012-13) e nesse período isentar-se de participar dos atuais programas da Fundação Rotária (com exceção do Polio Plus e dos Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos). 5. Submeter pedidos de subsídios distritais e globais durante a fase experimental, de modo a testar a nova estrutura de concessão de subsídios. 6. Usar subsídios globais somente para projetos patrocinados em parceria com clubes de outros distritos participantes. 7. Submeter relatórios sobre subsídios e bolsas aprovados anteriormente pela Fundação. 8. Cancelar pedidos de subsídios não aprovados antes de 1º de julho de 2010. 9. Apresentar relatórios periódicos e responder a levantamentos sobre a fase experimental. 10. Usar o site da fase experimental para solicitar subsídios e comunicar-se online com a Fundação Rotária. 11. Se necessário, reavaliar as alocações de Fundo Distrital de Utilização Controlada para 2010-11 já comunicadas à Fundação. Isso poderá afetar o patrocínio de Bolsas Educacionais e equipes de Intercâmbio de Grupos de Estudos. 12. Reler todas as informações sobre o Plano de Visão Futura fornecidas pela Fundação Rotária. 13. Ajustar as comissões e subcomissões distritais da Fundação Rotária segundo a nova estrutura de concessão de subsídios da Fundação. Por exemplo: nos distritos que participarem da fase experimental, o mandato dos presidentes dessas comissões se encerrará em 30 de junho de 2010. Os distritos poderão manter o rotariano no cargo durante os três anos da fase ou nomear outra pessoa. BR
Vamos eliminar a pólio já
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m janeiro, o Rotary International recebeu um novo aporte de recursos da Fundação Bill & Melinda Gates, o que elevou o total de contribuições daquela entidade para US$ 355 milhões. A Fundação Gates solicitou aos rotarianos uma contrapartida de US$ 200 milhões. Para muitas organizações, essa tarefa poderia parecer impossível, especialmente nesta época de incerteza econômica. Mas todos nós sabemos que os rotarianos são contribuintes generosos, e especialistas na arrecadação de fundos. Mas o nosso apoio não se limita à simples doação de dinheiro para uma boa causa. A erradicação da pólio tornou-se uma tarefa apaixonante para muitos rotarianos, uma meta que pode e deve ser alcançada. O Rotary jamais havia recebido um impulso tão forte na guerra contra a poliomielite. Somando-se aos recursos postos à disposição pela Fundação Gates, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, alocou toda a força operacional da entidade no combate à pólio. Além disso, dois governos comprometeram-se com muita ênfase nessa campanha. O Departamento Internacional para o Desenvolvimento do Reino Unido alocou £ 100 milhões (US$ 150,3 milhões) para a erradicação da pólio nos próximos cinco anos. Embora esta quantia não integre de forma direta o Desafio Rotary, isso irá nos ajudar muito para alcançarmos nossa meta. Esta é a oportunidade de capitalizarmos todos esses recursos e concluirmos nossa tarefa. Não podemos esperar até que a situação econômica se normalize para prosseguirmos em nossa luta. Precisamos ir em frente. E isto significa cumprir o Desafio de US$ 200 Milhões do Rotary. Para que isto aconteça, é necessária a participação de nossos clubes e distritos, e de cada um de vocês. Encorajolhes a estabelecer metas ambiciosas, mas factíveis, para que seu clube contribua com este desafio. Criem campanhas de arrecadação de fundos que envolvam toda a comunidade, e façam com que todos saibam que os rotarianos lideram a luta imediata pelo fim da pólio. JONATHAN MAJIYAGBE Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária B RASIL R OTÁRIO 3 9
O companheiro Antonio Carvalho de Brito é associado do RC de Belém, PA (D.4720), desde 19 de fevereiro de 1959.
Fausto Terçariol está no RC de Palmital, SP (D.4510), desde a sua fundação, em 1954. Ele já foi presidente do clube, representante do governador do distrito e é Companheiro Paul Harris.
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Waldyr O’Dwyer, associado do RC de Anápolis, GO (D.4530), comemorou 63 anos de vida rotária, iniciada no RC de Ipameri, GO (D.4770).
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O companheiro Palmyro Ferranti tem duas comemorações neste mês. No dia 7, ele completa 103 anos (ele nasceu em 1906). No dia 21, ele faz quase 70 anos de vida rotária (ele ingressou na instituição em 1940). Pelos dois cálculos, é um dos maiores veteranos do Rotary. Lúcido, ele ainda escreve para o boletim do seu clube, o RC de São João da Boa Vista, SP (D.4590). Palmyro nasceu nessa cidade, filho de italianos. Formou-se na conceituada Faculdade de Pharmacia e Odontologia de Ribeirão Preto, em 1928. Destacou-se mundialmente na profissão ao criar o método de tratamento de canais em uma única sessão, ganhando reconhecimento como um dos pioneiros da moderna endodontia. Antes de Palmyro, o tratamento era feito em múltiplas, dolorosas e prolongadas sessões. Sua outra grande paixão é o Rotary, sendo um dos fundadores do clube de São João da Boa Vista. Casado desde 1943 com dona Bina, tem dois filhos: a professora Vera Silvia e o médico veterinário Palmyro Ferranti Junior.
e você tem 50 anos de Rotary ou mais, envie sua foto sozinho para a Brasil Rotário: E-mail: redacao@brasil-rotario.com.br Endereço postal: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar – Centro – Rio de Janeiro – CEP: 20040-006
Interact & Rotaract O Rotaract Club de São Miguel, SP (D.4310), inaugurou galeria de presidentes do clube. Na data, foram lembrados os seus sete anos de existência, os seus sete presidentes e os projetos realizados. O EGD Eduardo Coelho esteve presente à inauguração.
Pela Semana Mundial de Interact, o RC de Campo Mourão-Lago Azul, PR (D.4630), homenageou o representante distrital de Interact André Felipe Pereira Martins e o presidente do Interact de Campo Mourão, Éder Aguiar da Silva. Na mesma época, os RCs da cidade doaram mais de mil livros para instituições de ensino. A ação faz parte do projeto distrital Um Livro, Um Sonho, desenvolvido pelos 20 clubes de interactianos do noroeste do Paraná. Na foto, integrantes do Interact e do RC de Campo Mourão-Lago Azul.
O Rotaract Club de Olímpia-Integração, SP (D.4480), está à frente do projeto Integrando o Saber. Por meio dele, foram montadas bibliotecas comunitárias em locais de grande circulação de pessoas, como o Fórum, a Santa Casa de Misericórdia e o posto de atendimento do INSS.
Mais de 100 crianças e convidados participaram de uma festa para a garotada na Escola Estadual Professor Moacyr de Campos. O acontecimento foi promovido pelo Rotaract Club de São Paulo-Vila Carrão, SP (D.4430), e levou alegria para crianças órfãs e tuteladas pelo Estado.
O Interact Club de Cianorte, PR (D.4630), está empenhado na campanha de conscientização Não Alimentem os Animais Silvestres junto à população vizinha ao parque Cinturão Verde (que é um fragmento de uma grande floresta hoje reduzida a 5% do seu tamanho original). O parque tem dezenas de espécies de aves e mamíferos, como macacos e quatis, alimentadas por moradores e turistas. O hábito acarreta doenças nos animais, mudança de comportamento, inclusive a migração para áreas urbanas.
O Interact Club de Serra do Caverá, da cidade de Rosário do Sul, RS, participou recentemente das Primeiras Interactiadas Multidistritais, que aconteceram na cidade de Santa Rosa. O encontro reuniu jovens de diversas cidades em torno do esporte, e esse Interact representou o distrito 4780. B RASIL R OTÁRIO 4 1
Cultura
Renata Coré
Clássicos da Disney no ritmo do jazz Inúmeros temas produzidos para os longas-metragens da Disney garantiram um lugar entre as músicas mais célebres do cinema. “Zip-A-Dee-DooDah”, do filme “A Canção do Sul”; “When You Wish Upon a Star”, de “Pinóquio”; e “Beauty And the Beast”, de “A Bela e a Fera”, são apenas três exemplos. Pois essas e outras nove canções conhecidas foram repaginadas em versões jazzísticas para integrar o CD “Disney Adventures in Jazz”. Distribuído pela Walt Disney Records, o disco restringe-se a temas de animações, como “Fantasia” e os mais recentes “Aladdin” e “Toy Story”. “Disney Adventures in Jazz” é o segundo número da coleção, iniciada no ano passado com o título “Disney Adventures in Bossa Nova”, este com participação de nomes como Ivan Lins, Marcos Valle, Edu Lobo, Carlos Lyra e Joyce. Junto com o CD de jazz, o braço fonográfico do conglomerado Disney acaba de lançar também outras duas coletâneas. O álbum “Super Star Hits” traz as interpretações de músicos como Elton John, Phil Collins e Sting para os temas de clássicos da animação. A terceira coletânea, batizada de “Disney Box Office Hits”, é voltada para produções mais novas, como “Carros”, “Bolt: Supercão”, “Ratatouille”, “As Crônicas de Nárnia” e “Os Piratas do Caribe”.
Machado de Assis em três tempos
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s homenagens pela passagem do centenário da morte de Machado de Assis acompanharam todo o ano de 2008. Na ocasião, o Bruxo do Cosme Velho teve sua obra debatida, relançada e também adaptada – inclusive para a TV. Claro que não foi a primeira vez. A atualidade de Machado sempre despertou o interesse do público, e uma prova disso é o DVD “O Alienista e As Aventuras de Um Barnabé”, que reúne três obras do autor levadas para a TV em diferentes épocas, resultando em estilos e estéticas distintos. O primeiro episódio, “O Alienista”, combina ficção e documentário. Com direção de Guel Arraes, a história foi ao ar no programa Terça Nobre Especial, em julho de 1993. O segundo especial, “As Aventuras de Um Barnabé”, tem como base a peça teatral “Quase Ministro” e foi dirigido por Roberto Farias. O programa foi exibido na série Brava Gente, em novembro de 2001. Por fim, fechando o DVD, o episódio “A Cartomante” é oferecido como bônus. Uma curiosidade a respeito dessa história, exibida em janeiro de 1974 no Caso Especial, é que foi dirigida pela atriz Regina Duarte.
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Gloria Perez conta de tudo um pouco
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uando está com uma novela inédita no ar, como agora, Gloria Perez se disciplina para toda semana, religiosamente, entregar um bloco de seis capítulos para o elenco. A autora já revelou sua preferência por escrever de pé, explicando que aprecia a sensação de urgência que tal posição transmite. Atualmente, Gloria Perez, que dispensa a ajuda de colaboradores para escrever suas tramas, está mergulhada no universo de “Caminho das Índias”, mas se dedica também a uma outra mídia: a internet. A escritora mantém o blog “De tudo um pouco”. Como já adianta o título da página, no endereço <http:// gloriafperez.blogspot.com> Gloria Perez aborda os mais diversos assuntos, incluindo temas atuais e sua própria memória, além, é claro, do universo indiano retratado na novela.
livros O QUE BUSCAM OS USUÁRIOS DA INTERNET? Bill Tancer é colunista da Time.com e executivo do Hitwise, instituto que desenvolve pesquisas a partir de bases de dados virtuais. Consciente de que a presença massiva da internet vem interferindo nos padrões de comportamento e fazendo com que a vida também aconteça on line, o autor decidiu investigar o que os internautas procuram na rede mundial de computadores. Mas Tancer preferiu não se pautar pelas pesquisas de opinião, por acreditar que nelas a verdade corre o risco de ficar disfarçada. Por isso, julgou ser mais seguro mergulhar no grande volume de dados oferecido pelas ferramentas de busca na internet. Cerca-
ESCREVENDO COM CRIATIVIDADE E CLAREZA A consultora em comunicação e RH Renata Di Nizo está convicta de que todos podem desenvolver e aprimorar a competência da escrita e, principalmente, gostar de escrever. O segredo estaria, além da vontade e perseverança, em descobrir a própria criatividade, etapa que considera a primeira da criação. “O primeiro passo é superar o famoso branco, fazer as pazes com o crítico interno para ganhar a fluência desejável. De fato, o jorrar de ideias é intrínseco à habilidade de escrever”, afirma a
do por sua experiência, Tancer analisou informações que apontam para o rompimento de estereótipos sobre os padrões de consumo e de características atribuídas a determinados grupos sociais e as disponibilizou no livro “Click”. Para explicar como os internautas se comportam, Taner usa exemplos do cotidiano, como o que os usuários querem saber sobre o presidente dos EUA, Barack Obama, e como tais pesquisas são modificadas de acordo com os assuntos agendados pela mídia de massa. “Click” é dividido em duas partes, permitindo ao leitor acompanhar o desenvolvimento do método de obter informações e o modo como elas são interpretadas.
CLICK Ideias surpreendentes para os negócios e para a vida
Bill Tancer Globo
autora, que viveu 12 anos na Europa, onde pesquisou e trabalhou em projetos de criatividade e expressão. A experiência adquirida no exterior e com sua empresa, voltada para a mesma área, é compartilhada no livro “Escrita criativa – o prazer da linguagem”. A obra é dividida em três partes – Os caminhos da escrita, Etapas da escrita e Técnicas de criatividade – e traz ensinamentos importantes para aqueles que desejam se comunicar melhor por escrito.
ESCRITA CRIATIVA O prazer da linguagem Renata Di Nizo Summus Editorial
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AutoresLivros rotarianos Uma matriarca do sertão: Fideralina Augusto Lima Melquíades Pinto Paiva Edições Livro Técnico Em seu novo livro, o historiador e cientista Melquíades Pinto Paiva, associado do RC do Rio de Janeiro, RJ (D. 4570), revisita suas raízes familiares para nos contar a história de sua trisavó materna, Fideralina Augusto Lima, a famosa matriarca sertaneja que povoou o imaginário popular do Ceará com seus feitos fabulosos de mulher valente e poderosa – isso ainda no século 19. “As grandes matriarcas estão desaparecendo. Nunca mais se viu, no Nordeste, uma sucessora para dona Fideralina”, disse, certa vez, a escritora Raquel de Queiroz (1910-2003).
Archimedes Memória: o último dos ecléticos Péricles Memória Filho Editora e Livraria Brasil Um dos fundadores do RC do Rio de Janeiro, RJ (D. 4570), o
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primeiro do Brasil, o arquiteto Archimedes Memória (18931960) está ganhando esta bela biografia, assinada por seu neto. Archimedes foi um dos grandes nomes da arquitetura brasileira nas primeiras décadas do século 20, responsável pela formação de outros profissionais e autor, entre outros, do plano urbanístico da Exposição Internacional do Centenário da Independência e dos projetos do Palácio Tiradentes e do Palácio Pedro Ernesto, no Rio.
lose, a doença que mais preocupava o Brasil daquele tempo. Com a ajuda de muitas fotos e documentos preciosos, Pedro Paulo Filho, associado do RC de Campos do Jordão, SP (D. 4600), conta essa incrível história em seu 21o livro. Vale lembrar que, 93 anos depois, a estrada de ferro continua em operação – mas hoje em dia, apenas para atender aos muitos turistas que visitam a bela cidade paulista.
História da Estrada de Ferro Campos do Jordão:
Mario Milani Poiesis
uma escalada para a vida Pedro Paulo Filho Noovha America No começo do século 20, um grupo de sanitaristas propôs a realização de uma verdadeira epopeia: a construção de uma ferrovia que cortasse a Serra da Mantiqueira em direção à cidade de Campos do Jordão, então um vilarejo plantado a 1.600 metros de altitude, com um clima especial que salvou muitas vítimas desenganadas da tubercu-
Ametista O novo lançamento do companheiro Mario Milani, do RC de Marília-Leste, SP (D. 4510) é um romance que retrata a sensibilidade de um homem diante da fragilidade e da força de uma mulher. Para adquirir o livro, acesse o site www.mariomilani.com.br
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Criançada em meio à literatura e à natureza D . 4560
RC de Lavras, MG – Os companheiros visitaram a escola Chapeuzinho Vermelho, da cidade de Ibituruna, onde apóiam o projeto Clubinho do Livro Infantil com doações de livros e DVDs. Na foto, ao fundo, a partir da esquerda, a coordenadora da escola, Márcia Teixeira, o casal governador do distrito, Murillo Affonso Ferreira e Norma, e o presidente do clube, Emerson Nonato da Silva.
Esse clube também promoveu passeio ambiental com alunos da Escola Municipal Padre Emílio Luiz Lunkes, do município de Ijaci, ao Parque Ecológico Quedas do Rio Bonito. Foi a oportunidade da garotada desenvolver uma maior consciência ambiental e descobrir a biodiversidade da região.
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RC de Santa Bárbara d’OesteProgresso, SP – Com a presença de 500 convidados, o clube fez a 3ª Noite Árabe (foto). O objetivo era arrecadar fundos para a Fundação Rotária e outras entidades. Os companheiros também organizaram festa infantil na Casa Abrigo, instituição que acolhe crianças de 2 a 12 anos sob riscos em ambiente familiar.
RC de Cariacica-Campo Grande, ES – Realizou a 1ª Ação Social Comunitária Maçônica Rotária em parceria com a Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo. O evento contemplou o bairro de Campina Grande e vizinhos, e destinou-se às populações menos favorecidas. Na oportunidade, houve atendimento médico, medição glicêmica e de pressão, além de diversas atividades para as crianças. A ideia por trás dessa ação e de outras futuras é criar motivação na luta pela cidadania.
RC de Piracicaba-Cidade Alta, SP – Recebeu jovens intercambiados, que fizeram apresentação sobre a cultura e os costumes de seus países. Da esquerda para a direita, Paul Casino (da Austrália); Diana Ketelsen (da Dinamarca); o oficial de intercâmbio Antonio Tarciso Elias; o presidente do clube, Marcos Demarchi; Ângela de França (da África do Sul); Pablo Cázares (do México) e Harutyun Thirste (da Alemanha).
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RC de São Cristóvão, SE – Arrecadou doações para os desabrigados de Santa Catarina. Foram distribuídas quase duas centenas de sacolas de roupas e produtos de higiene pessoal.
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RC de São Paulo-Sudeste, SP – Firmou parceria com a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) para a oferta de bolsa de estudos integral para a intercambiada equatoriana Paola Carolina Tello Morales (foto). A jovem frequentará o Colégio Fecap ao longo de todo este ano. RC de Santos, SP – Um concurso que visa desenvolver o conceito de democracia e o gosto pela leitura premiou 121 alunos da rede de ensino municipal. Nessa 66ª edição do concurso – ele foi instituído pelo clube em 1942 –, cada classe da 4ª série do ensino fundamental elegeu o melhor colega, e este recebeu medalha, diploma, brinde e livro (foto). Os demais alunos da turma também receberam livros – ao todo, foram doados 4 mil – e brinquedos. Em outro momento, o clube também levou alegria para a criançada dentro do projeto Educação e Cidadania, que assiste o Instituto São José, o Núcleo de Reabilitação do Excepcional São Vicente de Paulo (Nurex) e a Associação Casa da Esperança. B RASIL R OTÁRIO 4 7
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de São Paulo-TrememD . 4430 RC bé, SP– Deu início à 5ª turma do Centro Profissionalizante Rotary Tremembé (Cepro), cujas aulas acontecem no Colégio Santa Gema, do bairro paulistano de Tremembé, e conta com 20 alunos. Na foto, eles entrevistam diversos profissionais do clube.
RC de São Paulo-Liberdade, SP – Entregou um freezer, quatro filtros e um liquidificador para a Associação Maria Flos Carmeli. Na foto, a presidente do clube, Sueli Miyoko Maeda, no momento da entrega.
RC de Naviraí, MS – Organizou festa para os integrantes do Lar do Menor, em Naviraí, com direito a lanches e muita brincadeira.
RC de DouradosCinquentenário, MS – o rotariano Marco Paulo Teixeira Marcondes nos escreve para contar que o seu filho, Luiz Paulo de Andrade Marcondes, participou do Programa de Intercâmbio de Jovens do Rotary e teve uma experiência muito gratificante com as duas famílias que o acolheram, na cidade de Stony Brook, a 60 km de Nova York. Ao final da estadia de Luiz Paulo, seu pai foi recepcionado pela família hospedeira (foto; Luiz está à esquerda) e participou da Meia Maratona de Nova York.
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de Cáceres, MT – Vem D . 4440 RC levando educação e esporte para a meninada graças a uma parceria com o Instituto Viver. O clube busca, com isso, proporcionar a elas um futuro melhor.
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RC de Ibitinga, SP – Doou cadeira de rodas para Gabriel Natal Coleone, que é assistido pelo projeto Vida Iluminada. Na foto, a partir da esquerda, sua mãe, Ieda Coleone, a médica Suzete Seino Kalil, Gabriel e o presidente do clube, Valdir Bottan.
D . 4480 RC de Barretos, SP – Doou equipamentos para o Banco de Leite Materno da Santa Casa de Misericórdia de Barretos. Este foi o primeiro projeto de Subsídios Equivalentes do clube, feito em parceria com a Fundação Rotária e o distrito 6060, dos EUA.
D . 4500 RC de Bayeux, PB – Com a ajuda de voluntários, da prefeitura, do 16o Regimento de Cavalaria Mecanizada e da Casa da Árvore, o clube comemorou os 18 anos de fundação oferecendo à comunidade do Alto da Boa Vista uma manhã de serviços gratuitos. Além de atendimento médico e odontológico (foto) e cortes de cabelo, foram distribuídos preservativos, creme dental e mudas de árvore, como ipê e pau-brasil.
RC de Presidente Prudente, SP – Por meio de um projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária no valor de US$ 23 mil feito em parceria com o RC de Billings, EUA (D. 5390), o clube paulista doou diversos equipamentos de informática (incluindo 24 microcomputadores) à Santa Casa da cidade. Em outro projeto, foram adquiridas novas unidades para o Banco de Cadeiras de Rodas mantido pelo clube, agora com 220 cadeiras, e que já beneficiou mais de 500 pessoas. Os companheiros também receberam uma ótima notícia: foi aprovada a Lei de Recuperação dos Córregos Cedro e Cedrinho, uma iniciativa que partiu dos Rotary Clubs de Presidente Prudente.
D . 4490 RC de Açailândia, MA – Os companheiros entregaram cestas básicas a famílias que vivem na Vila Capeloza, um dos bairros mais carente da cidade. Na Vila Ildemar, quem ficou feliz com a visita dos rotarianos foi o menino Marrone, que realizou um sonho: ganhar uma bicicleta.
RC do Recife-Boa Viagem, PE – Para dar sequência a sua participação no Projeto Educação Igual, o clube teve aprovado um pedido de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária, feito em parceria com o RC de Hulst, da Holanda (D.1610). Criado pelo holandês Sander den Hartog, que em 1995 morou no Recife com o bolsista do programa de Intercâmbio de Jovens do Rotary, todos os anos o Educação Igual prepara dezenas de alunos do ensino público para as provas de vestibular das universidades federais. Além das aulas num curso especializado, os alunos recebem material escolar, alimentação e auxílio transporte. O projeto é custeado pela Fundação Educação Igual, baseada na Holanda, e pelo clube pernambucano – e conta com a ajuda de alguns parceiros, como a Associação Beneficente Criança Cidadã.
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RC de Presidente PrudenteAlvorada, SP – Está desenvolvendo uma parceria com o Sesi para manter um curso de alfabetização de adultos e adolescentes com previsão de funcionamento de 18 meses. O clube está colaborando com a doação do uniforme e do material escolar, e o Sesi está garantindo a estrutura e os professores.
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D . 4520 RC de IpatingaNorte, MG – Durante a festa de aniversário da Grande Vale FM, o clube arrecadou 13,5 toneladas de alimentos. As doações foram revertidas a 32 instituições de caridade da região.
RC de TaguatingaAve Branca, DF – No final do ano passado, o clube organizou uma grande festa para as crianças da comunidade de Águas Bonitas. Além da distribuição de 600 brinquedos, a animação ainda teve palhaços, atividades recreativas e um lanche. A festa teve a participação da Associação de Senhoras de Rotarianos de Taguatinga-Ave Branca, que promoveu seu tradicional bazar beneficente a preços simbólicos e sorteou alguns presentes às mães que estiveram acompanhando as crianças.
RC de Lagoa Santa, MG – O clube está fundando um Interact que, mesmo em processo de registro, já está colocando a mão na massa: a garotada ajudou os rotarianos a arrecadarem aproximadamente 4 toneladas de alimentos, roupas, brinquedos e outros utensílios para os catarinenses desabrigados pelas chuvas do final do ano passado. Os jovens fizeram panfletos e sensibilizaram a comunidade para a campanha. As doações foram embaladas em caixas de papelão cedidas por empresas de cartonagem e transportadas gratuitamente até Santa Catarina com a ajuda das empresas Klabin e Transportadora Nova Rota.
RC de GoiâniaAnhaguera, GO – Aproveitando as festas de fim de ano, o clube fez a divulgação de sua campanha que alerta para os perigos do álcool no trânsito. Foram colocados outdoors como este da foto em pontos estratégicos da capital e em diversas cidades turísticas de Goiás. O projeto faz parte de uma das metas do clube e do distrito: elaborar uma campanha que reúna os Rotary Clubs goianos com o objetivo de realizar uma divulgação institucional de nossa organização.
D . 4540 RC de Brodowski, SP – Com a ajuda das escolas e a participação das crianças da cidade, o clube promoveu dois passeios ciclísticos. Doando 1 kg de alimento, cada participante ganhou um cupom, com direito a concorrer a uma bicicleta. Os alimentos foram repassados à Creche Santa Rita, ao Lar da Fraternidade e à Apae. As bicicletas foram doadas ao Rotary pelos empresários e comerciantes da cidade.
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RC de Barrinha, SP – Doação de 5.700 quilos de arroz ao Hospital do Câncer de Barretos feita pelo clube
RC de Itabuna, BA – Em parceria com o Golden Park, promoveu a campanha Quinta da Alegria, uma parceria beneficente destinada a arrecadar recursos para a reforma e melhoria da Creche Irmã Margarida e da Escola Rotary, beneficiando mais de 200 crianças. Com espírito solidário, centenas de pessoas prestigiaram o evento, que ofereceu atrações como o show do grupo Bananóides e uma apresentação do Balé Marcela Carvalho. Também estiveram presentes as integrantes da Casa da Amizade, colaborando com a barraca de alimentos e bebidas. Toda a verba arrecadada com os brinquedos e a venda de camisetas, bonés e convites foi destinada ao projeto.
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RC do Rio de JaneiroMercado São Sebastião, RJ – Com a presença do governador distrital José Roberto Lebeis Pires, o clube inaugurou uma sala de informática na comunidade Marcílio Dias, na Penha, onde serão oferecidos cursos gratuitos aos moradores. O local já abriga uma biblioteca apoiada pelo Rotary.
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RC de Monte Sião, MG – Momento da cerimônia de entrega dos certificados às professoras que participaram do treinamento no método de alfabetização Lighthouse. Uma parceria da prefeitura de Monte Sião com o Rotary, o treinamento foi ministrado pela presidente do clube, a professora Celina Dorta Machado.
RC de Juiz de ForaIndependência, MG – O primeiro clube do distrito que se reúne no café da manhã teve a Carta Constitutiva entregue pelo governador Juan Alejandro Tumba Noé. A cerimônia uniu os 26 associados fundadores a muitos convidados, entre eles dez exgovernadores distritais e o governador eleito José Antonio Cúgula Guedes.
RC de Oliveira, MG – Juntamente com a Casa da Amizade, os companheiros doaram 102 toalhas de banho e 102 toalhas de rosto ao Hospital São Judas Tadeu. A ação teve as parcerias da Tecelagem São Carlos, que doou as toalhas, e da Oriental Bordados, que fez o acabamento das peças.
RC de Juiz de Fora-São Mateus, MG – No final de 2008, o clube distribuiu 1.100 cestas básicas para 63 instituições assistenciais. As doações totalizaram 20 toneladas de alimentos, além de brinquedos, roupas e fraldas.
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RC de Volta Redonda, RJ – Em parceria com a Fazenda São Lucas, o clube lançou o Projeto Consciência Ecológica. Iniciado com o plantio de 104 mudas, o trabalho visa recuperar a mata ciliar e plantar o maior número de mudas, com o objetivo de contribuir para o equilíbrio da natureza.
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RC de Santa Cruz do Rio Pardo, SP – Os companheiros visitaram o Lar São Vicente de Paulo e, na oportunidade, doaram alimentos, utilizados pelos funcionários para preparar uma refeição. Em seguida, os rotarianos almoçaram junto com os idosos. RC de Maringá-Parque do Ingá, PR – Em visita oficial, o governador Nivaldo Barbosa de Lima foi levado pelos companheiros para conhecer o resultado de um Projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária realizado no ano passado. Em parceria com o RC de Maringá-Aeroporto e os RCs de Goslar e Goslar-Nordharz, Alemanha (D.1600), os rotarianos entregaram 24 teares, quatro urdideiras, 12 máquinas de costura, 42 cadeiras, 18 mesas, cinco armários e oito estantes para a Apae local. A instituição atende a mais de mil crianças e adultos, que produzem tapetes, jogos americanos, acessórios de cabelo e panos de limpeza.
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RC de São Paulo, SP – Ofereceu uma festa para cerca de 150 crianças, pacientes do setor de oncologia da Santa Casa de Misericórdia local. A confraternização foi animada pela apresentação do grupo Marionetes do Guarujá, que fez imitações de artistas conhecidos. Após o show, as crianças foram presenteadas com carrinhos e bonecas, entre outros brinquedos, e kits para escrever.
RC de São PauloBarra Funda, SP – Promoveu o Dia da Comunidade e Cidadania, quando foram realizadas mais de 2.000 avaliações médicas – incluindo pressão arterial, glicemia, índice de massa corpórea e oftalmologia – em benefício dos moradores. O supermercado Wal-Mart, parceiro na ação, colaborou no trabalho de arrecadação de 3,2 toneladas de alimentos junto aos caixas, além de 700 litros de água. Parte dos gêneros alimentícios foi destinada aos atingidos pelas enchentes em Santa Catarina. Outra parte ficou com as instituições atendidas pelo clube.
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RC de São Miguel do Iguaçu, PR – Premiou com certificados, medalhas e brindes os alunos vencedores do 23º Concurso de Caligrafia, do qual participaram mais de 7.000 alunos das escolas da cidade. A entrega dos prêmios foi realizada durante encontro festivo na Casa da Amizade local e, além dos companheiros e estudantes, contou com a presença de professores e diretores das instituições de ensino.
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RC de Joinville, SC – Os estudantes Nicolas Orlandi, Alexandra Borges e Jaqueline Barbi participaram do Programa de Intercâmbio de Jovens Talentos, promovido pelo clube. Os alunos são indicados pela rede pública de ensino e, após rigorosa seleção, preparados por rotarianos para cumprir o programa de intercâmbio nos EUA ou na Austrália. Eles recebem desde o enxoval até a passagem aérea e, ao retornar, são acompanhados tanto no estudo como no trabalho.
D . 4651 RC de Florianópolis-Atlântico, SC – Com as presenças dos EGDs Everton Jorge da Luz e Eloir Kuser, da presidente Aparecida Ferreira Mussi, da governadora Miriam Marta Wojcikiewiscz Caldas e do diretor do RI, Themístocles A. C. Pinho, os companheiros inauguraram a primeira praça Rotary Club da cidade. Também estiveram presentes na solenidade a céu aberto o vereador Gean Loureiro, autor da lei que cria a praça, e outras autoridades locais. Na ocasião, foram distribuídas mudas de árvores frutíferas e houve apresentação do coral da Cidade da Criança.
RC de CanoasIndustrial, RS – Os companheiros do clube participaram da Feira das Profissões, na Escola Espírito Santo, e falaram sobre suas respectivas experiências profissionais para as turmas do último ano do ensino médio. Em outra oportunidade, participaram do lançamento da pedra fundamental da sede do Grupo de Ação Social Nossa Senhora Aparecida.
D . 4680 RC de Porto Alegre-Rodoviária, RS – Com a participação do RC de Porto AlegreFarrapos, RS (D.4670), Lions Clube Porto Alegre Carlos Gomes, Maçonaria Unida do RS e Fundação São João, o clube realizou a 2ª Comendada da Solidariedade. O jantar para 500 pessoas teve a renda destinada ao Instituto Amigos de Lucas e homenageou, em reconhecimento aos serviços prestados, o desembargador aposentando e ex-presidente do extinto Tribunal de Alçada Juracy Vilela de Souza, e a procuradora de Justiça Maria Regina Fay de Azambuja.
D . 4660 RC de Frederico Westphalen, RS – Vem realizando uma série de ações em prol da instituição Promenor, que presta auxílio a mais de 200 crianças. Os companheiros construíram uma quadra de esportes na sede da entidade e, posteriormente, com o objetivo de reunir a verba necessária para finalizar a cobertura do espaço, promoveram dois eventos: um jantar bingo e um jantar show. O primeiro contou com a parceria do Esporte Clube Itapajé. O segundo teve como parceiro o Centro de Tradições Gaúchas Rodeio da Querência e ofereceu uma apresentação de Délcio Tavares, ícone da música ítalo-tradicionalista.
RC de Passo Fundo, RS – Com o objetivo de arrecadar fundos para a Fundação Rotária e para a confecção do uniforme de 25 crianças da Orquestra Beija-Flor, do Lar Emiliano Lopes, os companheiros prepararam um galeto com massa para 500 pessoas. Em outra oportunidade, o clube recebeu a doação de duas cadeiras de rodas e deu início ao seu banco, que hoje conta com três unidades, além de um par de muletas.
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RC de Cornélio Procópio, PR – O clube é parceiro do Sesc local no Festival Poético. Promovido há 15 anos, o evento recebe contribuições de todo o Brasil e até mesmo do exterior para competir em diversas categorias. Na foto, o presidente Fábio Satiro Enomoto posa ladeado pelas companheiras Marilu Martens de Oliveira e Aparecida Correa Palácios, da Casa da Amizade local, tendo ao fundo os poemas premiados durante o festival.
RC de Patos de MinasGuaratinga, MG – Os companheiros e as integrantes da Casa da Amizade local organizaram uma manhã de lazer para os idosos da Vila Rosa. Na oportunidade, foram realizadas atividades para o bem-estar dos moradores da instituição, como cortes de cabelo, maquiagem e manicure. Ao fim da manhã, foi servido o almoço. Os cantores regionais Júnior e Hélio e o sanfoneiro Wanderlei estiveram presentes e animaram a confraternização.
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RC de CuritibaSão Braz, PR – Em nome do clube, o companheiro Ricardo Henrique Dias, o expresidente Nilton Carlos Ferreiro e o presidente Dalmo Barbosa entregaram um cheque para o Hospital Erasto Gaertner. A doação foi recebida pelo gerente de marketing da instituição, Marcelo Nogueira Francelo. Na mesma oportunidade, eles também repassaram ao hospital 60 toalhas de banho, arrecadadas em uma campanha organizada pelas mulheres dos rotarianos do clube.
RC de Santa Helena de Goiás, GO – Todos os anos, os associados do clube promovem uma caminhada ecológica seguida do plantio de mudas, em parceria com os donos das terras. Na última edição, os companheiros, em sinal de protesto, caminharam até uma área replantada por eles, mas posteriormente devastada por uma usina de álcool da região. Na sequência, seguiram até o rancho de um rotariano, onde realizaram o plantio.
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RC de Telêmaco Borba, PR – Os companheiros entregaram mais de mil fraldas descartáveis para a Sociedade São Vicente de Paulo e, na mesma ocasião, distribuíram doces para todos os internos. Estiveram presentes o casal presidente Oscar Burckhardt e Doroti e o casal EGD do distrito 4440 Ataliba Gioia e Neide, entre outros rotarianos.
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2009
RC de Cachoeira do Sul, RS – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com os RCs de Longton e Market Drayton, Inglaterra (D.1210) –, os companheiros entregaram equipamentos de proteção individual para o setor de raio X do Hospital de Caridade e Beneficência do município. Na foto, a equipe médica recebe os materiais.
RC de Primavera do Leste, MT – Em uma iniciativa conjunta com as secretarias municipais de Educação e Saúde, o clube desenvolve uma pesquisa de prevenção da cegueira no município. O estudo teve início há dois anos e envolve a participação dos professores da cidade, que devem realizar exame da acuidade visual nos alunos a cada início de ano escolar. Para tanto, os docentes recebem um curso de formação básica, orientado por oftalmologistas. Um dos objetivos dessa iniciativa é prevenir as causas mais comuns que limitam o rendimento visual dos estudantes.
D . 4440
Siglas rotárias Conheça
abaixo o significado de algumas siglas que você vai encontrar com freqüência na literatura sobre o Rotary e nas páginas da Brasil Rotário. Elas são uma tradução dos termos oficiais em inglês: ABTRF BR CDRI CFR Crei
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CRFR D. DERI DNI
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DRI DQS ECFR EDRI EGD EPRI FDUC FR GA Gats
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GD Gets IGE NRDC PERI Pets PLD RC RI Ribi Ribo Ryla 3-H
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Associação Brasileira da The Rotary Foundation Brasil Rotário Conselho Diretor do Rotary International Curador da Fundação Rotária Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos Coordenador Regional da Fundação Rotária Distrito Diretor eleito do Rotary International Dia Nacional de Imunização (campanha de combate à pólio) Diretor do Rotary International Desenvolvimento do Quadro Social Ex-curador da Fundação Rotária Ex-diretor do Rotary International Ex-governador de distrito Ex-presidente do Rotary International Fundo Distrital de Utilização Controlada Fundação Rotária Governador assistente Seminário de Treinamento para Governadores Assistentes Governador de distrito Seminário de Treinamento para Governadores Eleitos Intercâmbio de Grupos de Estudos Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário Presidente eleito do Rotary International Seminário de Treinamento para Presidentes Eleitos Plano de Liderança Distrital Rotary Club Rotary International Rotary na Grã-Bretanha e na Irlanda Rotary International Brazil Office Prêmios Rotários de Liderança Juvenil Subsídio Saúde, Fome e Humanidade
RC de Porciúncula, RJ – Por ocasião da visita oficial do casal governador Márcio Pereira Ribeiro e Marlene, os companheiros plantaram dezenas de mudas de árvores na área de preservação ambiental do município. A ação contou com a presença do secretário municipal de Meio Ambiente Flávio Gonçalves.
D . 4750
Como enviar material para a Brasil Rotário ara que os companheiros de todo o país P conheçam os projetos que
seu clube vem realizando, é importante que as notícias cheguem à redação contendo as seguintes informações: ● o nome completo e o distrito de seu clube ● a data e local em que foram realizadas as ações ● um breve relato sobre o projeto, explicando sua importância e o alcance dele junto à comunidade ● os nomes dos parceiros, no Brasil e no exterior ● e os nomes e sobrenomes de todos os que aparecerem nas fotos com até seis pessoas, relacionados a partir da esquerda. FOTOS: as imagens digitais precisam ter pelo menos 300 DPI de resolução e 9 cm de largura. Na dúvida, selecione a opção alta resolução de sua câmera. Se o envio for feito por e-mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. A publicação é gratuita. Basta apenas que o assunto se encaixe em nosso perfil editorial e que seu clube esteja em dia com a assinatura da revista. A Brasil Rotário não publica posses ou outros fatos que possam obter o merecido destaque nos boletins de seu clube. MUITO IMPORTANTE: informe também um telefone de contato (com o código de DDD) para que possamos falar com você no caso de qualquer dúvida. Anote os nossos endereços Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar Rio de Janeiro, RJ CEP: 20040-006 e-mail: redacao@brasil-rotario.com.br O telefone da redação é (21) 2506-5600.
Estamos esperando para ver seu clube na revista!
B RASIL R OTÁRIO 5 5
Senhoras em Ação
A Casa da Amizade de Vitória, ES (D.4410), deu uma máquina de lavar roupas ao Abrigo Lar Pouso da Esperança. Os idosos atendidos pela entidade também ganharam um lanche e kits com material de higiene pessoal.
Com a renda obtida durante o Bazar de Artesanatos, a Casa da Amizade de Barra Mansa, RJ (D.4600), adquiriu filtros de água que foram doados a famílias carentes da região que têm crianças com idade de até 5 anos.
Representadas por aproximadamente 30 integrantes, seis Associações de Senhoras de Rotarianos participaram do 2o Encontro das Casas da Amizade do Distrito 4651, realizado na cidade catarinense de Palhoça. Na oportunidade, foi aprovado o Estatuto Social da Associação Distrital de Cônjuges de Rotarianos.
5 6 ABRIL
DE
2009
As integrantes da Casa da Amizade de Goiânia-Oeste, GO (D.4770), realizaram uma campanha em que foi arrecadada 1 tonelada de alimentos para o Abrigo de Idosos São Vicente de Paulo.
A Casa da Amizade de UberlândiaSul, MG (D.4770), promoveu um grande bazar beneficente de roupas e sapatos novos, mas com pequenos defeitos, doados por uma empresa da cidade. A renda obtida com o evento foi destinada a dois projetos onde as integrantes da Casa da Amizade trabalham voluntariamente confeccionando kits de enxoval para os bebês carentes da comunidade.
Vinte e dois alunos da Escola Professora Carolina Argemi Vasquez receberam presentes da Casa da Amizade de Rosário do Sul, RS (D.4780). Uma das alunas teve seu sonho realizado e ganhou uma bicicleta. Em outra festa, a Casa da Amizade levou presentes para as crianças da Creche Nadir Medina Monte.
Novos Companheiros Paul Harris D . 4310
Agraciados: Gutemberg Portella, Celso Oliva Rodrigues, José Roberto dos Santos e Roberto Hungaro, companheiros do RC de Sumaré, SP. Ao centro, o presidente do clube, José Carlos Bertasso.
D . 4420 Agraciado: José Molina (à direita), do RC de São PauloInterlagos, SP. Entregue por: Gilberto Andrade.
Agraciada: Suely Moreira Walton, do RC de SantosPorto, SP. Na foto, o marido dela, David Anthony Walton, e o governador do distrito, Sérgio Lazzarini (à direita).
Agraciada: Lilian Wendy Alexandra Cunha Glória de Rezende, do RC de Santos-Porto, SP. Na foto, o governador Sérgio Lazzarini (à esquerda) e o marido de Lilian, o companheiro Miguel Ximenes de Rezende.
Agraciado: José Carlos Nieves da Silva Caridade, do RC de Santos-Porto, SP. Na foto, sua mulher, Adriana.
Agraciado: Valter Leocádio Rocha, do RC de Santos-Porto, SP. Na foto, sua mulher, Ana Maria.
Agraciada: Vera Lucia Nunes Lettieri, do RC de Santos-Porto, SP (aqui, com o marido, o rotariano André Luiz Collacio Lettieri).
Agraciado: Ronaldo Tadeu Caro Varella, do RC de SantosPorto, SP. Na foto, sua mulher, Mônica, e Dirceu Vieira, EGD do distrito 4420.
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B RASIL R OTÁRIO 5 7
Novos Companheiros Paul Harris D . 4480
Agraciada: Sueli Terezinha Bigatão Costa, presidente da Casa da Amizade de José Bonifácio, SP. Entregue por: Jair Pinto da Silva, governador do distrito (à direita). À esquerda, o presidente do clube, Udibel José da Costa.
Agraciado: Luiz Alberto Rozan Fortunato, associado do RC de Mirassol, SP. Entregue por: governador Jair Pinto da Silva. À direita, o presidente do clube, João da Silva Garcia.
Agraciados: Marcelo Teixeira da Costa, Isabel Cristina Miranda Arenázio, Jorge Luis Etecheber, Evandro Luiz Fraga e Tânia Maria Alberte, associados do RC de São José do Rio Preto-Jardins, SP. Entregues por: ex-presidente do clube, Ângela Maria Pereira Dornelas.
Agraciados: Moacyr Miguel de Oliveira – interactiano de Santa Fé do Sul, SP, e representante distrital do Interact – com uma safira, e o prefeito de Santa Fé, Itamar Borges, com um título Companheiro Paul Harris.
D . 4490
Agraciado: Beto Studart. Entregue por: EGD Henrique Vasconcelos. Também na foto, o companheiro Henrique Alcântara e o EGD Tarcísio Muratori. Bernardo recebeu o título Companheiro Paul Harris das mãos de sua prima Rafaela, filha do EGD Henrique Vasconcelos, que será o próximo coordenador da Fundação Rotária da Zona 22.
5 8 ABRIL
DE
2009
D . 4500 Agraciado: Joan Jerônimo Barreto, do RC de Caicó, RN. Entregue por: Eduardo Jorge Marinho de Queiroz, governador do distrito.
Mário, por sua vez, recebeu o título das mãos de sua outra prima, Letícia, também filha do EGD Henrique Vasconcelos. Tanto os agraciados quanto Rafaela e Letícia são netos do EGD Meton Vasconcelos.
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Novos Companheiros Paul Harris D . 4510
Agraciado: Milton Bernardino da Silva (ao centro), expresidente do RC de Tarumã, SP. Entregue por: EGDs Cleuto José Magnani e Adélia Antonieta Villas, representante do presidente do RI na Conferência Distrital do ano passado.
D . 4520
Agraciado: José Daniel de Souza, associado do RC de Itabira, MG. Entregue por: Paulo José de Magalhães, exgovernador distrital.
D . 4540
D . 4550
Agraciado: Irineu dos Santos Viana, associado do RC de Brumado, BA. Entregue por: Paulo Roberto Dacach Leite, governador distrital.
Agraciada: Nora Gonçalves de Souza, do RC de Itaúna, MG. A entrega foi feita nas presenças do governador Murillo Affonso Ferreira e da presidente do clube, Dagmar Barbosa Soares.
D . 4560
D . 4570
Agraciada: Maria Cecília de Siqueira Reis Conrado, que na foto aparece entre o filho, Rodrigo Luis Reis Conrado (à direita), presidente do RC de Ipuã, e o governador do distrito, Antonio Carlos Marchiori.
Agraciada: Dulce Grunewald Lopes de Oliveira, associada do RC do Rio de Janeiro. Ela recebeu a quinta safira e um rubi. A entrega foi feita nas presenças dos companheiros José Roberto Lebeis Pires, governador do distrito; Milton Ferreira Tito, presidente do clube; Hertz Uderman, ex-governador distrital; e do também rotariano Geraldo de Oliveira, marido da agraciada.
Agraciada: Aracy Strini, companheira do RC de Sertãozinho, SP. Entregue por: Aparecido Silvio de Souza, presidente do clube, e pelo governador do distrito, Antonio Carlos Marchiori.
Agraciado: Thomas Fillizola Wanderley Ferraz, neto do companheiro Manoel Ferraz dos Santos, presidente do RC do Rio de Janeiro-Mercado São Sebastião, RJ. Em pé, à esquerda, aparece o governador do distrito, José Roberto Lebeis Pires.
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B RASIL R OTÁRIO 5 9
Novos Companheiros Paul Harris D . 4570
D . 4600 Agraciado: Francisco Carlos Bueno, companheiro do RC de JacareíAvarehy, SP, com uma safira. Entregue por: EGD Celso Moura.
Agraciados: Manuel Peralta Capão, expresidente do RC do Rio de JaneiroIpanema, RJ, com a quinta safira, na mesma ocasião em que seus filhos, Rui Marcelo, Ana Paula e Ana Beatriz Simões Capão, receberam títulos Companheiro Paul Harris, assim como o associado Gilberto Villela. Também presente na foto o ex-presidente Carlos Alberto Monteiro. Agraciado: José Fernandes Veggi, expresidente do RC de MuriaéNorte, MG.
D . 4580
D . 4590
Agraciados: Rosa Maria Zaniboni de Assumpção e Edgard Assumpção Filho, companheiros do RC de Valinhos, SP.
O menino João Vitor Assumpção recebeu um título Paul Harris das mãos dos pais, Edgard Assumpção Filho e Rosa Maria Zaniboni de Assumpção, associados do RC de Valinhos, SP. Também na foto, a presidente Marlene de Souza.
6 0 ABRIL
DE
Agraciada: Walcerly Maria Peloggia Gimenez, associada do RC de JacareíAvarehy, SP, com uma safira. Entregue por: companheiro Francisco Carlos Bueno e pelo EGD Celso Moura.
2009
Agraciada: Regina Gomes Pereira de Vilhena, associada do RC de JacareíAvarehy, SP. Entregue por: companheiro Francisco Carlos Bueno e pelo EGD Celso Moura.
Agraciada: Regina Elena Peloggia Bueno, associada do RC de JacareíAvarehy, SP. Entregue por: EGD Celso Moura e pelo companheiro Francisco Carlos Bueno.
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Novos Companheiros Paul Harris D . 4600 D . 4660 Agraciado: Olair Rafael da Silva Jr., associado do RC de Jacareí-Avarehy, SP. Entregue por: EGD Celso Moura e pelo companheiro Francisco Carlos Bueno.
Agraciados: Claudio Uliana, Thomas Rubin Durigon, Alécio Zen, Evaldo Bertoldo Rubin e Renato Ceolin, companheiros do RC de Júlio de Castilhos, RS, na presença do governador assistente Sérgio Ávila.
D . 4670
Agraciados: Valdir Cezar Justino, D . 4630 César Dallabrida e Alceu Dianin,
companheiros do RC de Campo Mourão-Gralha Azul, PR, e José Vilmar de Macedo, presidente do mesmo clube, todos na presença do governador Nivaldo Barbosa de Lima.
Agraciada: Alice Maria Zilli Borba, companheira do RC de Cachoeirinha Industrial, RS, nas presenças da presidente Marilda Melo Pessoa, do associado Tarcisio Borba e do governador Eliseu Gonçalves da Silva.
Agraciado: Borys Sommer Zabolotsky, presidente do RC de Sapiranga, RS, acompanhado da mulher, Silvana, e do filho, Andrey. Entregue por: companheiro Ruthard Harald Augustin, padrinho do agraciado.
Agraciado: Francisco Bento de Araujo, companheiro do RC de Bom Sucesso, PR. Entregue por: governador Nivaldo Barbosa Lima.
D . 4651 Agraciados: Carlos da Cruz, Bento José dos Santos e Aglicério Aldo Pereira, ex-presidentes do RC de Itajaí-Porta do Vale, SC, com safiras. Entregues por: presidente Fernanda Piccolo, governadora assistente Pedra Claumann Noldin e pela governadora Miriam Marta Caldas.
D . 4680
Agraciado: Paulo Adalberto Tavares, companheiro do RC de Santa Cruz do Sul, RS. Entregue por: governador Tirone Lemos Michelin, na presença do presidente Tabajara Ramalho de Andrade.
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B RASIL R OTÁRIO 6 1
Novos Companheiros Paul Harris D . 4680
D . 4720
Agraciada: Araci Vogt da Rosa, associada do RC de Porto AlegreSudeste, RS. Entregue por: Tirone Lemos Michelin, governador do distrito, na companhia do ex-presidente do clube, Ernesto Hummel.
Agraciadas: Ana Clara de Castro Ribeiro e Isabela Ribeiro de Oliveira, na foto com os avós Daysy e Fernando Quintella, associados do RC de Boa VistaCaçari, RR. O EGD Fernando Quintella recebeu a terceira safira.
Com a campanha Combustível Salva Vidas, feita em parceria com a Rede de Postos Onzi, o RC de Caxias do Sul-Pérola das Colônias, RS, arrecadou recursos para a Fundação Rotária e o combate à pólio. A doação permitiu que três de seus associados recebessem o reconhecimento de Companheiro Paul Harris: Lucila Bettiato Pasquale da Silva, Eliete Ferrari e Fernando Minghelli. Outro homenageado foi Admir Onzi, empresário parceiro do clube na campanha. Ao centro, aparece o presidente Lourival Lazzaretti.
A realização da campanha de arrecadação de fundos permitiu que o RC de Caxias do Sul-Pérola das Colônias também entregasse safiras aos companheiros Airton Zanadrea, Carmen Salete Onzi, Rosa Maria Giovanella e Sergio Salvi.
Agraciado: Everton Luis Dourado Trindade, ex-presidente do RC de Bagé-Rainha da Fronteira. O título foi entregue nas presenças do governador assistente Antônio Trindade e do atual presidente do clube, Ronaldo Carvalho.
6 2 ABRIL
DE
2009
D . 4750
Agraciados: Jorge Mário Thomaz Pereira, Elson Quintanilha Tavares e João Batista Elias Sóffe, com o título de Companheiro Paul Harris; e Eliézio Henrique Pereira, com a primeira safira. Os quatro são ex-presidentes do RC de São Gonçalo-Alcântara, RJ.
Agraciada: Eudília Jaron, associada do RC de Teresópolis-Paquequer, RJ. Entregue por: Waldenir de Bragança, exgovernador do distrito.
D . 4770 Agraciada: Eliana Melo Machado Moraes, expresidente do RC de Jataí, GO.
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Aconteceu na Brasil Rotário...
...em abril de 1937
Luiz Renato D. Coutinho
Naquele momento, Getúlio Vargas ainda figura como chefe do governo provisório instituído com a Revolução de 1930. Em novembro será instaurado o período batizado de Estado Novo. No mundo, o fascismo avança, fazendo grandes estragos; a pequena localidade de Guernica, na Espanha, é bombardeada pelos nazistas em 26 de abril. Enquanto isso, Carmem Miranda divide-se entre os palcos do Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, e excursões por outros estados e pela Argentina.
I Os anos 30 foram uma década de intensa industrialização no país. Isso acarretou uma certa revolução em cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, que se agigantaram. Engarrafamentos (tema do cartunista J. Carlos ainda nos anos 20) e poluição sonora tornam-se fenômenos mais comuns, como assinala o rotariano Lloyd em uma engraçada palestra: “Si os imbecis participantes nessa Babel de Barulho parassem e pensassem um momento, não poderiam deixar de comprehender que o barulho que estão fazendo só poderá retardar o descongestionamento do trafego.”
I Jorge Amado lança uma de suas obras mais famosas, “Capitães de Areia”, que retrata o cotidiano dos menores de rua de Salvador e um aspecto correlato já preocupante: a delinquência. O companheiro Vidal Araujo aborda a mesma questão, que também está preocupando Manaus, cidade onde ele vive: “Sempre a falta de que fazer é motivo para levar os jovens à delinquencia e às contravenções. (...) Tenho um habito na vida que me consome algumas horas de trabalho durante a semana: é o prazer de conversar com os pequenos vadios e abandonados da cidade.” “O menor, entretanto, na maioria dos casos, rouba para dar expansão a instinctos como a fome, a vaidade e a vingança. Às vezes, o roubo é praticado sem ser movel um instincto; e então, a criança foi levada a pratical-o por força de um sentimento como uma paixão, um acto hostil à pessoa da qual ella rouba.” I Horacio Mello, presidente do RC de São Paulo, escreve “A imprensa: companheira de Rotary na pacificação dos espiritos e dos Povos”. Para ele, “A imprensa, sempre bôa companheira das idéas rotarias, tambem poderá ser uma grande auxiliar na pacificação dos povos.” O autor nos informa que há 170.000 rotarianos pelo mundo. I Em “Factores Sociaes da Tuberculose”, Leite Maranhão, associado do RC de Fortaleza, alerta: “A verdade é que 90% dos habitantes das grandes cidades são portadoras do bacillo tuberculoso.” E em uma linguagem cheia de imagens rebuscadas, típica da época, ele arrola as causas do alto índice da moléstia no Brasil: “Os alojamentos sem ar, sem a drenagem oxigenada da respiração; a alimentação má, insufficiente, sem vitaminas, sem materia plasmodinamica; a habitação escura, de ar viciado; (...) as palhoças da cidade encravadas num massiço denso de celas que entulham a superficie do solo numa promiscuidade de suinos nos curraes de engorda; os cortiços operarios nas caudas das fabricas que escravizam as classes proletarias pelo suborno da ignorancia; o alcoolismo nirvanico que mata o bicho... mas o bicho que o acalenta nas dissipações dos amores e dos pesares”.
I O mundo entrava mesmo numa era de modernidade acelerada, com importantes conquistas tecnológicas e novo incremento na produção em massa. Basta ler o artigo do engenheiro Aldo de Azevedo, do RC de São Paulo, para se ver o ritmo daquele final de década: “A industria offerece hoje innumeros productos incomparavelmente melhores do que antigamente e por preços muito inferiores. Vejamos alguns exemplos: em 1921, o preço médio dos automoveis vendidos nos Estados Unidos foi de $ 1.785 e, em 1936, $ 903.” “Um radio de 1921 era vendido por $ 198,70, e, naturalmente, só os abastados podiam gozar o privilegio de captar e ouvir ‘combates de artilharia’ realizados pela mais antiga, mais possante e mais célebre estação transmissora: a ‘estática’. Em vez disso, em 1936, o radio popularizado, sem aquellas qualidades ruidosas, é certo, valia em media apenas $ 18,95 ou cerca de 10 vezes menos”. BR B RASIL R OTÁRIO 6 3
Relax
Rodrigo
U
m chefe de departamento bem chato, achando que seus subordinados não estavam mais respeitando sua liderança, resolveu colocar a seguinte placa na porta do escritório: “Aqui quem MANDA sou eu”. Ao voltar de uma reunião, encontrou um bilhete junto à placa: “Sua mulher ligou e MANDOU o senhor levar a placa dela de volta”. Colaboração de Paulo César Branquinho, do RC de Dourados, MS (D.4470).
D
epois de várias perguntas ao preso, o delegado quis saber: – É verdade que o senhor furtou também um automóvel? – Mentira, doutor – disse o preso – O senhor pode até me revistar.
U
m paciente para o outro: – O que você acha que eu tenho na mão? – mostrando as mãos juntas fechadas. – Um elefante – disse o outro. – Ah, assim não vale. Você viu o rabinho! Colaboração do EGD Hertz Uderman (D.4570).
A
mãe de um menino fissurado no Orkut mandou-o ir à igreja. Chegando lá, o pastor disse: – Meu filho, você aceita Jesus? O menino respondeu: - Só se ele deixar um scrap...
E
m um sorteio, o marido ganhou três passagens para Jerusalém.
6 4 ABRIL
DE
2009
Pediu alegremente à mulher que arrumasse as malas, e ligou para convidar a mãe dele para ir junto. Começou uma discussão: a esposa queria levar a mãe dela. No fim da briga, ele concordou em levar a sogra. Em Jerusalém, visitando o local onde Cristo foi enterrado e ressuscitou, a sogra se emocionou demais, passou mal e morreu. O marido perguntou quanto custaria o enterro na cidade, e lhe disseram que seria mil reais. Perguntou quanto custaria mandar o corpo para o Brasil e soube que, com transporte aéreo e tudo, ficaria em mais de vinte mil reais. Então, o marido decidiu mandar o corpo para o Brasil. Os judeus e a esposa ficaram muito surpresos: - Por que mandar para o Brasil, se é 20 vezes mais caro? O marido respondeu: – Tenho muito receio. Aqui em Jerusalém vocês já tiveram o caso de alguém que morreu e ressuscitou. Prefiro não arriscar.
O
utro plano de fuga. Só que desta vez era para pular o portão. Veio a noite, mas, quando chegou a hora H, o doido disse: – Ih, não vai dar pra pular o portão. – Mas por quê? – Esqueceram ele aberto.
N
a aula de pintura, o já habitual doido pegou o pincel e pintou uma porta na parede. Depois, chegou paro médico e disse: – Ei, olhe só o que eu vou fazer. Ei, galera, vamos fugir, tem uma porta aqui! Os doidos iam correndo, trombavam na parede e esborrachavamse no chão. O médico pensou: esse aí já deve estar bom, veja só o que ele fez. Aí o doido disse: – Doutor, repare como os caras são burros, não sabem que a chave está comigo.
Professores, participem do 16º Concurso de Monografias da Brasil Rotário
Vencer a Mortalidade Infantil Desafio da Humanidade Entrega: até o dia 30 de maio de 2009 Realização: Cooperativa Editora Brasil Rotário Regulamento nos clubes de Rotary, Rotaract, Interact e na Brasil Rotário Informações e subsídios no Rotary Club da sua cidade ou na Brasil Rotário: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro - RJ CEP 20040-006 – Tel:(0XX) 21 2506-5610 Fax:(0XX)21 2506-5606 E-mail: marketing@brasil-rotario.com.br
Premiação 1º Lugar Prêmio Senador José Ermírio de Moraes 2º Lugar Prêmio Dr. Armando Monteiro Neto 3º Lugar Prêmio Paulo Viriato Corrêa da Costa 4º Lugar Prêmio Edgar Carvalho de Mendonça 5º Lugar Prêmio Archimedes Theodoro Prêmio Eficiência Prêmio Governador José Alves Fortes
Apoio institucional e patrocínio: Suma E conomica WWW.SUMA.COM.BR
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