Brasil Rotário - Dezembro de 2006

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Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil. Sérgio Afonso

EGD FERNANDO Quintella pediu profissionalismo e agressividade para a promoção da imagem pública do Rotary

04 Primeiro distrito rotário da Rússia 05 Mensagem do Presidente William B. Boyd

06 Prece natalina de um rotariano Ivo Arzua Pereira

08 Ex-bolsista do Rotary na reconstrução do Sudão Pág.

Joseph Derr

10 Olá, Zélo, tudo bem? Paulo Ribeiro

11 Diante do fim de outro ano Carlos Enrique Speroni

12 A família e o Rotary Archimedes Theodoro

16 Ênfases presidenciais no Instituto de Atibaia Newton Camargo Moraes

18 Crescimento econômico e gasto público Edson Cordeiro da Silva

20 Esperanto é um anseio de paz José Alves Fortes

22 Mutirão pela alfabetização 24 O idioma da paz e do desenvolvimento Gunter W. Pollack e Ricardo Conte

27 Bem-vindo ao Salt Palace 28 Sangue novo Vanessa N. Glavinskas

31 Um Rotary com a cara deles Emily Hiser Lobdell

ASSINALADOS EM vermelho os países que têm o português como língua materna Pág.

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35 Pergunte a Rosemary

SEÇÕES 09 15 38 40 42 54 55

Rotarianos que são notícia Informe do RI aos rotarianos Interact e Rotaract Livros Distritos em revista Senhoras em ação Novos Companheiros Paul Harris 58 Coluna do Chairman da FR Os 50 mais Cartas e recados 59 Relax 60 Convenção do RI Formulário para a reserva de hotel

O IMPONENTE Salt Palace Convention Center, situado no coração da capital de Utah, sede da convenção internacional do Rotary Pág.

27 Capa: Arte de Armando Santos

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ROTARY INTERNATIONAL ONE ROTARY CENTER

CONSELHO DIRETOR 2006-2007 PRESIDENTE

William B. Boyd PRESIDENTE-ELEITO 2007-08

Wilfrid J. Wilkinson VICE-PRESIDENTE

Jerry L. Hall TESOUREIRO

Frank N. Goldberg DIRETORES

Anthony F. de St. Dalmas Carlos E. Speroni Donald L. Mebus Horst Heiner Hellge Ian H. S. Riseley Kjell-Åke Åkesson Kwang Tae Kim Masanobu Shigeta Michael K. McGovern Milton O. Jones Noraseth Pathmanand Örsçelik Balkan Raffaele Pallotta d’Acquapendente Robert A. Stuart, Jr. Yoshimasa Watanabe

CURADORES DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA, 2006-07 CHAIRMAN

Luis Vicente Giay CHAIRMAN-ELEITO

Bhichai Rattakul VICE-CHAIRMAN

Mark Daniel Maloney

1560 SHERMAN AVENUE

EVANSTON, ILLINOIS, USA

GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL 2006-2007 DISTRITO 4310 José Domingos Zanco Rotary Club de Americana-Integração, SP

DISTRITO 4600 Marco Antonio Toledo Piza Rotary Club de Aparecida, SP

DISTRITO 4390 Carlos Fernandes de Melo Filho Rotary Club de Aracaju-Norte, SE

DISTRITO 4610 Clóvis Tharcísio Prada Rotary Club de São Paulo-República, SP

DISTRITO 4410 Pedro Carlos Sabadini Rotary Club de Colatina-São Silvano, ES

DISTRITO 4620 Valter Zamur Rotary Club de Sorocaba-Manchester, SP

DISTRITO 4420 Marcelo Demétrio Haick Rotary Club de Santos-Praia, SP

DISTRITO 4630 Maria da Penha Oliveira Surjus Rotary Club de Paranavaí-Moema, PR

DISTRITO 4430 Paulo Eduardo de Barros Fonseca Rotary Club de São Paulo-Liberdade, SP

DISTRITO 4640 Dalva Figueiredo dos Santos Rigoni Rotary Club de Cascavel-União, PR

DISTRITO 4440 Adão Alonço dos Reis Rotary Club de Várzea Grande-Centro, MT

DISTRITO 4650 Sergio dos Santos Correa Rotary Club de Herman Blumenau, SC

DISTRITO 4470 Gener Silva Rotary Club de Araçatuba-Oeste, SP

DISTRITO 4651 Eloir André Kuser Rotary Club de Araranguá, SC

DISTRITO 4480 Beninho Dalto Rotary Club de Catanduva, SP

DISTRITO 4660 Jayme Maia Pereira Rotary Club de Santa Maria-Sul, RS

DISTRITO 4490 Júlio Jorge D’Albuquerque Lóssio Rotary Club de Fortaleza-Meireles, CE

DISTRITO 4670 Ana Glenda Viezzer Brussius Rotary Club de Canela, RS

DISTRITO 4500 José Jorge Indrusiak da Rosa Rotary Club de João Pessoa, PB

DISTRITO 4680 Antonio Carlos Pereira de Souza Rotary Club de Porto Alegre, RS

DISTRITO 4510 Alonso Campoi Padilha Jr. Rotary Club de Bauru-Norte, SP

DISTRITO 4700 Eronilde Ribeiro Rotary Club de Passo Fundo-Norte, RS

DISTRITO 4520 Domingos Souto Rotary Club de Belo Horizonte-Cidade Jardim, MG

DISTRITO 4710 Oswaldo Aparecido Favaro Rotary Club de Bela Vista do Paraíso, PR

DISTRITO 4530 Luiz Gustavo Kuster Prado Rotary Club de Brasília-Lago Norte, DF

DISTRITO 4720 Adélio Mendes dos Santos Rotary Club de Ananindeua, PA

DISTRITO 4540 Nivaldo Donizete Alves Rotary Club de Franca-Imperador, SP

DISTRITO 4730 Paulo Augusto Zanardi Rotary Club de Curitiba-III Milênio, PR

DISTRITO 4550 Iracy Pereira Santos Rotary Club de Guanambi, BA

DISTRITO 4740 Clara Frida Pereira Rotary Club de Otacílio Costa, SC

DISTRITO 4560 Huáscar Soares Gomide Rotary Club de Itaúna-Cidade Universitária, MG

DISTRITO 4750 Joel Rodrigues Teixeira Rotary Club de Niterói-Pendotiba, RJ

DISTRITO 4570 Waldir Nunes Ribeiro Rotary Club de Nilópolis, RJ

DISTRITO 4760 Adauto Mansur Arabe Rotary Club de Belo Horizonte-Santo Agostinho, MG

DISTRITO 4580 José Eduardo Medeiros Rotary Club de Juiz de Fora, MG

DISTRITO 4770 Johannes Alphonsus Maria Kasbergen Rotary Club de Uberaba, MG

DISTRITO 4590 Anthony Kasenda Rotary Club de Atibaia, SP

DISTRITO 4780 Antonio Planella Rotary Club de Livramento, RS

CURADORES

Carolyn E. Jones Dong Kurn Lee Glenn E. Estess, Sr. Jayantilal K. Chande Jonathan B. Majiyagbe K.R. Ravindran Michael W. Abdalla Peter Bundgaard Robert S. Scott Ron D. Burton Rudolf Hörndler Sakuji Tanaka

ÉTICA 2

Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais elevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil

DEZEMBRO DE 2006


Ano 82 Dezembro, 2006 nº 1014

Leia

Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário CNPJ 33.266.784/0001-53

I

Inscrição Municipal 00.883.425

Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria Rio de Janeiro – RJ I Tel: (21) 2509-8142 / FAX: (21) 2509-8130 E-mail: revista@brasil-rotario.com.br

CONSELHO EMÉRITO Archimedes Theodoro (Belo Horizonte-MG) EDRI 1980-82 Mário de Oliveira Antonino (Recife-PE) EDRI 1985-87 Gerson Gonçalves (Londrina-PR) EDRI 1993-95 José Alfredo Pretoni (São Paulo-SP) EDRI 1995-97 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2005-07 Diretoria Executiva Presidente: Roberto Petis Fernandes Vice-Presidente de Operações: Jorge Costa de Barros Franco Vice-Presidente de Administração: Guilherme Arinos Lima Verde de Barroso Franco Vice-Presidente de Finanças: José Maria Meneses dos Santos Vice-Presidente de Planejamento/ Controle: Ricardo Vieira L. M. Gondim Vice-Presidente de Marketing: José Alves Fortes Vice-Presidente de Relações Institucionais: Carlos Jerônimo da Silva Gueiros Vice-Presidente Jurídico: Carlos Henrique de Carvalho Fróes Membros Efetivos: Adelia Antonieta Villas Américo Matheus Florentino Antonio Hallage Fernando A. Quintella Ribeiro Fernando A. P. Magnus Flávio A. Queiroga Mendlovitz José Moutinho Duarte Membros Suplentes: Bemvindo Augusto Dias Pedro Maes Castellain Gerente Executivo: Edson Avellar da Silva ASSESSORES Abel Mendes Pinheiro Júnior Ary Pinto Dâmaso (Publicidade) Cleofas Paes de Santiago (CER) Edson Schettine de Aguiar (Cultural) Eduardo Álvares de S. Soares (Sul) Enrique Ramon Perez Irueta (Traduções) Geraldo Lopes de Oliveira (Especial) Jorge Bragança (Sudeste) José Augusto Bezerra (Nordeste) Valério Figueiredo R. de Souza (Nordeste) Waldenir de Bragança

Hipólito Sérgio Ferreira (Belo Horizonte-MG) EDRI 1999-01 Alceu Antimo Vezozzo (Curitiba-PR) EDRI 2001-03 Luiz Coelho de Oliveira (Limeira-SP) EDRI 2003-05 Carlos Enrique Speroni (Buenos Aires-Argentina) DRI 2005-07

CONSELHO FISCAL 2006-2007 Membros Efetivos: Jorge Manuel R. Monteiro (Coordenador do CF) Antônio Vilardo (Secretário) Haroldo Bezerra da Cunha Membros Suplentes: Dulce Grünewald Lopes de Oliveira Geraldo da Conceição CONSELHO CONSULTIVO Membros Natos Efetivos: Governadores 2006-07 Suplentes: Governadores eleitos 2007-08 CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO Presidente: Roberto Petis Fernandes Secretário: Edson Avellar da Silva Membros: Lindoval de Oliveira Nuno Virgílio Neto Luiz Renato Dantas Coutinho CONSELHO EDITORIAL CONSULTIVO ● Roberto Petis Fernandes ● Carlos Henrique de Carvalho Fróes ● Carlos Jerônimo da Silva Gueiros ● Guilherme Arinos Lima Verde de Barroso Franco ● Jorge Costa de Barros Franco ● José Alves Fortes ● José Maria Meneses dos Santos ● Ricardo Vieira L. M. Gondim COBRANÇA Para agilizar a comunicação com o Departamento de Cobrança, queiram utilizar o seguinte e-mail: cobranca@brasil-rotario.com.br

DIRETOR RESPONSÁVEL: Roberto Petis Fernandes EDITOR: Lindoval de Oliveira - Jorn. Prof. Mtb. 3.483/9/144 REDAÇÃO E DEPTO. DE MARKETING: Av. Rio Branco, 125 - 18º andar - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20040-006 - Tel: (21) 2509-8142; Fax: (21) 2509-8130. E-MAIL DA REDAÇÃO: redacao@brasil-rotario.com.br REDAÇÃO: Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, Maria Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré. DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira IMPRESSÃO: Gráfica Ediouro HOMEPAGE: http://www.brasil-rotario.com.br * As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

CARO LEITOR LEITOR,

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magine o Rotary em 2016. Mais de quatro milhões de associados, os clubes mantendo reuniões virtuais, e um holograma representando Paul Harris brilha onde antes existia a estátua do fundador de nossa organização, defronte ao escritório central do RI. Os fundadores do Rotary jamais poderiam imaginar aonde chegaria o Rotary de hoje, e até onde irá chegar é, ainda, o que todos pensam. E se você, caro leitor rotariano, tivesse uma bola de cristal? Observe bem os jovens de 20 e 30 e tantos anos que estão chegando aos clubes atualmente; cabe a eles moldar o Rotary do amanhã. Você está monitorando o desenvolvimento desses jovens? O seu clube tem recrutado jovens suficientes para manter a continuidade da organização? Nesta edição perguntamos ao espelho: estamos envelhecendo? Resposta a partir da página 28. ● O tema do mês – A família e o Rotary – é magnificamente focalizado pelo EDRI Archimedes Theodoro, patrono do último Instituto Rotário. Falando e escrevendo, Archimedes busca palavras que levam imediatamente à reflexão, como estas: “Cabe à família assumir seu papel de principal responsável pelo primado de uma visão comprometida com a preservação dos valores fundamentais à vida”. ● “O Rotary não foi criado para separar os sócios de suas famílias. Pelo contrário, foi idealizado para unilos. Através de programas como Rotaract, Interact e o Intercâmbio de Jovens, nós trabalhamos para levar às novas gerações esse espírito rotário”, diz Bill Boyd na Mensagem do Presidente. ● A matéria de capa é sobre a data maior da cristandade: o Natal. E o sempre inspirado EGD Ivo Arzua, que foi ministro de Estado, demonstra como a nossa Prova Quádrupla pode ser importante também no plano espiritual. ● Não deixe de ler o depoimento simples e comovente de um jovem que se salvou por ter participado de um Ryla, realizado em Caraguatatuba, SP. ● Esta edição está lançando o 14º Concurso de Monografias para Professores, promoção da revista com o apoio da Folha Dirigida, jornal dedicado à educação, e que tem a coordenação do EGD Edson Avellar da Silva. Leia com atenção a matéria Mutirão pela Alfabetização e junte-se aos companheiros de seu clube para tornar ainda mais eficaz a sua participação nessa mobilização nacional. ● Destaques para: a análise da situação da economia em Crescimento econômico e gasto público, feita pelo companheiro Edson Cordeiro da Silva; novas informações sobre o III Encontro dos Países de Língua Portuguesa e o formulário para reserva de hotel da convenção de Salt Lake City. Confira! “Ao homem, depois de limpar a poeira e os cacos de sua vida, restará apenas uma pergunta clara e difícil: Foi um bem ou foi um mal? Agi bem ou mal?” John Steinbeck. L. O. BRASIL ROTÁRIO

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PRIMEIRO DISTRITO ROTÁRIO DA RÚSSIA Começa uma nova fase de nossa organização no país

FUNDAÇÃO REUNIU rotarianos de diversos países em Moscou

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m 1990, quando a Guerra Fria começava a se dissolver, o Rotary International entrou para a história ao fundar o primeiro clube rotário da Rússia. Em 17 de junho de 2006, ou seja, 16 anos depois, outro marco foi celebrado. Contando com a presença de centenas de rotarianos de cerca de 20 países, foi criado o primeiro distrito inteiramente russo, durante uma conferência do Rotary em Moscou.

Início difícil A Rússia e os rotarianos presenciaram mudanças tempestuosas desde que o primeiro clube foi criado. No ano seguinte à fundação do primeiro Rotary Club russo, a União Soviética se desfez, e a Rússia passou a ser um estado independente. O novo distrito 2220 cobre os 50 clubes russos a Oeste dos Montes Urais, região que abriga Moscou e São Petersburgo e é lar de 100 milhões de pessoas. Os clubes a Leste dos Urais permanecem no distrito 5010, juntamente com os clubes do Alaska, EUA, e do 4

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território do Yukon, no Canadá. O distrito 2220 é atípico, se consideradas as suas dimensões – sua área é equivalente a mais de dois terços de todo o território norte-americano – e ao pequeno número de sócios dos clubes – de 10 a 50 rotarianos. Antes da criação do distrito 2220, os clubes da região estavam espalhados por três diferentes distritos, juntamente com os clubes da Finlândia e da Suécia. As pessoas que defendem a presença do Rotary na Rússia têm argumentado que a organização jamais se desenvolverá no país se a sua expansão não for dirigida pelos próprios rotarianos russos. O novo governador, Andrei Danilenko, tem planos de acrescentar pelo menos 30 clubes ao distrito. Andrei, com apenas 39 anos, é empresário e rotariano há mais de uma década. Os rotarianos russos têm uma série de desafios a vencer, como uma economia em fase de transição para o sistema capitalista, as grandes distâncias entre os clubes, uma sociedade ainda não acostumada com a idéia e a presença do Rotary, e mesmo a falta

do hábito de prestar serviços voluntários. É como Vladimir Donskoy, primeiro governador russo do distrito 5010, costuma afirmar: “Como explicar o significado de Dar de Si Antes de Pensar em Si a pessoas que dizem: ‘Sou pobre, todos aqui também, não posso fazer nada’”? Durante esses 16 anos, os clubes russos apoiaram muitos projetos humanitários, além dos dois mais importantes programas baseados nos EUA: o Mundo Aberto do RI, operado pela Biblioteca do Congresso, e o programa de Aumento da Produtividade, fundado e dirigido por um rotariano da Califórnia. Durante a conferência do Rotary na Rússia, os participantes conheceram Beslan, um cavalo para terapia doado pelo Comitê Interpaíses França-Rússia e pelo RC de Moscou-Renaissance ao Clube de Equitação de Moscou para pessoas portadoras de deficiências. Beslan ajudará as crianças com autismo, síndrome de Down e outras doenças, e participará dos Jogos Paraolímpicos de 2008, em Beijing.


Mensagem do Presidente CAROS COMPANHEIROS,

L NA REDE

Para ler os pronunciamentos e notícias do presidente do RI Bill Boyd, visite sua página no endereço www.rotary.org/president/boyd

orna e eu vamos comemorar nosso 52° aniversário de casamento no próximo mês de março. Ao longo da nossa vida em comum, tivemos a felicidade de criar quatro filhos, que por sua vez nos deram 11 netos – o mais jovem, Emery, nasceu no início deste ano. Sempre que viajamos a serviço do Rotary, levamos todos eles em nossos pensamentos. E não importa o quanto essas viagens sejam boas: voltar para casa e reencontrar a família continua sendo o nosso maior motivo de alegria. Afinal de contas, é a família que transforma um lugar num lar. Ela é o que realmente importa nesta vida. Por isso damos tanta importância à Família Rotária. Como tornei-me rotariano em 1971, a organização acabou fazendo parte do meu cotidiano familiar. E assim como acontece com a nossa própria família, nós sabemos que podemos contar com o Rotary em todos os momentos da vida, e compartilhar com ele nossas alegrias e tristezas. Ser rotariano significa pertencer à maior família do mundo. O Rotary é a reunião de pessoas que se importam – seja com o seu ambiente familiar, com suas comunidades ou com os outros membros da organização. E importar-se, no fundo, é o verdadeiro significado de uma família. A idéia central da Família Rotária é que ela integra as famílias de todos os rotarianos: seus pais, seus cônjuges, viúvos e filhos. O Rotary não foi criado para separar os sócios de suas famílias. Ele foi idealizado para uni-los. Através de programas como Rotaract, Interact e o Intercâmbio de Jovens, nós trabalhamos para levar às novas gerações esse espírito rotário. E através da ênfase que estamos dando à Família Rotária, nos esforçamos para assegurar a integração entre todos os seus membros, de modo que ninguém seja esquecido. Em muitas culturas, o final do ano é um tempo de celebrações. Lorna e eu queremos aproveitar essa oportunidade para desejar nossos melhores votos e nossas saudações a todos vocês que nos cumprimentam neste tempo de festas. Infelizmente, não poderemos responder pessoalmente a todos os que nos enviaram as suas saudações, como gostaríamos de fazer. Mas vamos aproveitar para fazer uma contribuição à Fundação Rotária como forma de gratidão. O sucesso do Rotary depende do apoio de cada rotariano e de cada membro da Família Rotária. Numa família, ninguém é mais ou menos importante que ninguém: todos têm o mesmo valor. Isso também se aplica à Família Rotária, onde todos estamos trabalhando inspirados pelo mesmo objetivo: melhorar as condições de vida na nossa comunidade e no mundo. E todos nós sabemos que essa tarefa é melhor cumprida (e bem mais prazerosa) quando estamos trabalhando lado a lado com nossos amigos – e nossas famílias.

WILLIAM B. BOYD Presidente 2006-07 do RI BRASIL ROTÁRIO

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CREI ○

Ex-bolsista do Rotary na reconstrução do Sudão Susan Stigant está participando da elaboração da primeira constituição do sul do país Joseph Derr*

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pamentos provisórios, dependendo de ajuda externa para sobreviver.

ntre 2003 e 2005, a canadense Susan Stigant estudou Democracia no ar no Crei – Centro Rotary de Susan Stigant divide seu tempo enEstudos Internacionais da Paz tre as cidades de Juba, no Sudão, e e Resolução de Conflitos da Uni- Nairóbi, no Quênia, trabalhando ao versidade da Carolina do Norte, lado de outras organizações nãonos EUA. Depois de obter seu mes- governamentais locais e estrangeitrado em ciências políticas, ela foi ras com o objetivo de ajudar os funmorar no Sudão, país africano que cionários sudaneses a entender o foi tese do seu trabalho de final de arcabouço legal do tratado de paz curso, e onde ela trabalha até hoje e a constituição do sul do país. Ela para o Instituto Nacional Demo- também está produzindo um procrático para Assuntos Estrangeiros, grama de rádio voltado para a edugrupo norte-americano que apóia cação cívica, levando para os oua paz internacional. vintes noções de ideais democrátiSusan utiliza o que aprendeu cos. Alguns desses programas são no Centro Rotary para ajudar os transmitidos em cadeia nacional. sudaneses a reencontrar o cami- “Acho fascinante participar do pronho da paz. A missão dela é aju- cesso de estabelecimento de um dar o governo do sul do Sudão a governo em um país”, diz. elaborar sua primeira constituição. Mas a vida nem sempre é fácil Por 21 anos, o país no Sudão. Susan esteve envolvido dorme numa penuma guerra civil quena tenda, nuApesar do fim entre uma maioria ma cama de camárabe muçulmana panha. Assim que da guerra civil, e os cristãos e chegou ao país, ela animistas do sul. contraiu malária. os moradores Em 2005, o gover“Sigo em frente no sudanês assipor causa das pesde diversas nou um tratado de soas com quem traregiões do paz com os rebelbalho, e por ver o des sulistas, concetremendo impacto Sudão ainda dendo autonomia da nossa atuação”, ao sul. Embora a ela afirma. “É não desfrutam paz prevaleça, mirecompensador de um estado lhões de habitanperceber que não tes do Sudão – o se tratava somente de paz pleno maior país da Áfride uma tese mica – ainda não nha, e ter o cousufruíram dos nhecimento e a seus resultados. A violência regio- compreensão de que posso contrinal impera na província ocidental buir para ajudar outras pessoas”. de Darfur, onde os desalojados por Andrew Reynolds, o ex-consedécadas de luta moram em acam- lheiro acadêmico de Susan Stigant, 8

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Alyce Henson/RI

SUSAN STIGANT fez o mestrado em ciências políticas no Centro Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA

está entre os fãs dela. “Susan alia curiosidade intelectual e empatia com a capacidade prática de realização”, ele afirma. A EGD Carol Allen, representante principal do Rotary no Centro Rotary da Universidade da Carolina do Norte, também elogia a ex-bolsista: “Os recursos que nós, rotarianos, investimos nos Centros Rotary, valem a pena por causa de estudantes como Susan. Eles continuarão a fazer a diferença neste mundo”. *O autor é colaborador da The Rotarian.


O EGD José Carlos Carvalho foi homenageado com o Título de Cidadão Ribeirãopretano, em cerimônia na Câmara Municipal local, com as presenças do presidente daquela Casa, vereador Silvio Martins, da autora do projeto, vereadora Silva Rezende, e do prefeito municipal Welson Gasparini.

COMPANHEIRO DO Rotary Club de Paranavaí, PR(D.4630), Antonio Batista da Silva assumiu a presidência do Conselho da Comunidade da Comarca de Paranavaí. MILTON TAVARES, companheiro do Rotary Club do Rio de Janeiro, RJ(D.4570), foi eleito Benemérito da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Rotarianos eleitos em 2006 Câmara dos Deputados: Luiz Carlos Setim (PFL-PR), sócio do RC de São José dos Pinhais, PR(D.4730)

Rotarianos que são notícia ○

WILMAR GARCIA Barbosa, EGD do distrito 4570, recebeu a medalha Pedro Ernesto, concedida pela Câmara de Vereadores do Rio, em reunião do Rotary Club do Rio de Janeiro-Jardim Botânico, RJ, do qual é sócio.

SÓCIO DO Rotary Club de Itajuípe, BA(D.4550), Carlos Botêlho recebeu da Câmara de Vereadores local o Título de Cidadão Itajuipense. Durante a cerimônia, no Salão Nobre, o companheiro esteve ladeado pelo rotariano José Benevides de Santana e pelo presidente daquela Casa, vereador Antônio Santana.

Foto: Helio Augusto/Sergs

O GOVERNADOR do distrito 4680, Antônio Carlos Pereira de Souza, foi homenageado pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs) com uma placa, entregue pelo vice-presidente daquela instituição, Paulo Reali. O companheiro é expresidente da Sergs.

ATTÍLIO STOPASSOLA, do Rotary Club de Canela, RS(D.4670), tomou posse como delegado do Sindicato da Habitação (Secovi) para a região de Canela e Gramado. Ao lado dele na foto, o presidente do Secovi/Agademi (Associação Gaúcha de Empresas do Mercado Imobiliário)-RS, Moacyr Schukster.

O CASAL EGD Arno Voigt e Soldi foi agraciado pela Câmara Municipal de Rolim de Moura, em Rondônia, com o Título de Cidadão Honorário do Município e com uma Moção de Aplauso, respectivamente. Na ocasião, o casal teve a companhia do genro, Sandro, dos filhos, Giovana Angélica e Jean Carlo, e da neta, Beatriz.

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Coluna do Diretor do

CARLOS ENRIQUE SPERONI

Rotary International

DIANTE DO FIM DE OUTRO ANO

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os meses de dezembro, o Rotary nos propicia a oportunidade de falar sobre a família – talvez sem se dar conta de que essa escolha acaba coincidindo com as celebrações de fim de ano, em que a família também é o foco central. Dezembro é um tempo de serenidade e reflexão, em que as diversas crenças e filosofias da humanidade acabam conjugadas em uma mensagem universal: amai-vos uns aos outros – palavras de uma dimensão infinita, simples como um ato de amor, mas que, no entanto, fazem tremer as colunas do templo da soberba humana. Palavras que, com a proximidade do Natal, convertem-se na nossa mensagem de esperança para a redenção moral do homem, esse ser bom e íntegro que o Rotary idealiza para a construção de um mundo melhor. Diante da presença da tremenda crise que aflige a humanidade, com opções de vida totalmente opostas, vamos reafirmar nossa convicção na liberdade do homem e nos valores que constroem sua dignidade integrada à família. Honestidade, lealdade e sinceridade são parte importante de todos esses valores que aprendemos no seio de nossa família. É na família também que aprendemos a ser otimistas, generosos e humildes, e onde aprendemos a ter sadios desejos de superação e a respeitar os direitos legítimos de nossos semelhantes – e a família continua sendo a melhor escola para todos esses valores, virtudes e princípios. Escola de amor A família é, por excelência, o lugar destinado ao desenvolvimento do indivíduo, o ambiente onde ele é amado e aceito não apenas por seu rendimento ou eficiência, mas por seu valor interior e sua maneira de ser. A família é a verdadeira e única escola de amor, que se converte num lugar privilegiado onde aprendemos a encarar os grandes e concretos desafios com que nos defrontaremos pelos próximos anos se pretendemos nos desenvolver em função de ideais elevados, que nos permitam crescer em sintonia com o espírito solidário que nos vinculou ao Rotary, e que nos permite um crescimento de acordo com os princípios solidários de nossa organização. Quando o núcleo familiar se desintegra ou enfraquece,

RODRIGO

“A família é o ambiente onde o indivíduo é amado e aceito não apenas por seu rendimento ou eficiência, mas por seu valor interior e sua maneira de ser” o conjunto da sociedade começa a experimentar graves dificuldades. Ao contrário, o gozo de uma boa saúde familiar nos levará ao alcance do promissor destino com que sonhamos. Quando nossos clubes se desorientam ou confundem seus rumos, começa o processo dos inevitáveis fracassos e atitudes indiferentes que os convertem em frágeis expressões, até que desapareçam. Os clubes integrados sob a forma de uma verdadeira família, que se mostrem e atuem como tal, constituirão uma trama de círculos concêntricos cada vez maiores, que preservarão os seus princípios e solidificarão o Rotary. Com esse fortalecimento, nos apresentaremos como uma opção natural, válida e confiável, que é oferecida à sociedade para que cada um dos seus membros encontre nela paz, solidariedade, compreensão e lealdade – todos estes valores indiscutíveis para aqueles que fazem do amaivos uns aos outros uma prática consciente e não apenas uma expressão despida de conteúdo.

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Tema do mês ○

A família e o Rotary Se trabalharmos juntos, chegaremos mais rápido ao mundo de paz e de compreensão que tanto queremos Archimedes Theodoro*

U

m dos temas que têm sido mais destacados pelos últimos presidentes do Rotary International é a importância que nós, rotarianos, devemos dar à família. Como nossa organização orienta suas ações com enfoque no serviço voluntário e no cultivo de valores consagrados como sustentáculos da sociedade, a família – como uma espécie de modelo hierárquico – assume sempre um relevo maior quando nos dispomos a trabalhar por um mundo melhor. Ao sermos despertados para a importância da família, estamos procurando dar ao Rotary uma sustentação marcada pela ampliação da nossa visão sobre os problemas que confrontamos no dia-a-dia. Com isso, todos passam a entender que – além de programas de caráter humanitário, cultural e dos nossos intercâmbios – estamos nos voltando para a base de sustentação de todo empreendimento voltado ao ser humano a partir dos valores absorvidos no seio familiar para chegarmos à compreensão de que há uma necessidade premente de que cada um sinta na profundidade de seu íntimo as razões que

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NINJA

o induzem a servir com desprendimento e abnegação. Sabemos, através da história, que a família tem sido a base da integração do ser humano na sociedade, o lugar onde ele aprende a cultivar os princípios da cidadania plena. De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas, a desagregação da família contribui significativamente para os maiores problemas enfrentados pela sociedade atualmente, mostrando com dados absolutamente claros que há uma forte relação entre sua decadência e o consumo de drogas, o aumento da violência e da gravidez em adolescentes, a paternidade irresponsável, e o crescimento do crime e do suicídio entre os jovens. Tudo isso nos mostra um panorama de desacertos que está desafiando as instituições mais responsáveis a tentar minimizar seus efeitos. Ninguém duvida que estamos vivendo um tempo de riscos e opressão sobre os fundamentos da família. Isso tem sido debati-


Tema do mês ○

Nosso principal esforço é descobrir que tipo de família pode sustentar o processo de mudança que a sociedade está exigindo

do com freqüência nos jornais, na televisão, no rádio e nas associações voltadas para o bem-estar das pessoas, deixando-nos às vezes perplexos e desalentados com os rumos que a sociedade vem tomando. Insistentemente, são relacionadas a essa discussão comportamentos como a valorização do consumo, a liberação dos costumes e a ânsia do indivíduo em aparecer mais que seus pares, além da competição desenfreada e sem escrúpulos – comportamentos que a maioria tem que tolerar como algo inevitável se desejar ser alguém que se sobressaia no torvelinho das ambições e na busca de prazeres sem medidas. Uma nova família para um novo mundo É esse o perverso cadinho onde se fundem muitas frustrações e a desesperança que parecem não ter mais solução. Quando se chega a esse estado de desânimo, nosso principal esforço é descobrir que tipo de família pode sustentar o processo de mudança que a sociedade está exigindo, já que atualmente a família apresenta múltiplas fisionomias. Não é difícil notar que vivemos um incômodo paradoxo: ao priorizar o aumento da expectativa de vida do ser humano, a velocidade do desenvolvimento tecnológico não está trazendo mais felicidade individual. Esse avanço da técnica vem gerando uma sensação de impotência, levando o homem comum a pensar que não tem mais nada a dizer e a fazer, permanecendo na tranqüilidade do descompromisso, seguindo a corrente dos que apenas lutam para sobreviver e preferem deixar as coisas e o mundo como estão. No entanto, sabemos que é nos momentos de crise que o ser humano é despertado para resistir e procurar novos caminhos, evitando ser destruído junto com a sociedade que ele integra e que precisa reconstituir seus valores fundamentais. A família precisa se dar conta de que ainda tem poder para reverter esse enfoque pessimista. A conhecida socióloga mineira Adelaide Baeta, uma estudiosa do assunto, mostra que “a família vem abrindo mão desse poder porque acha que há uma força externa maior que ela, e isso é falso. A visão

consumista da sociedade dos nossos dias, em que o mercado invade as relações mais íntimas das pessoas e tudo passa a ser uma questão de levar vantagem sempre, vem contribuindo para a perda de essência do ser humano”. É por isso que se torna urgente construir novos e mais consistentes relacionamentos, e a família tem de assumir seu papel de principal responsável pelo primado de uma visão do mundo comprometida com a preservação dos valores fundamentais da vida em sociedade, como a solidariedade, o respeito mútuo, a ética, a disciplina, o respeito à autoridade dos pais e a busca do equilíbrio entre o ter e o ser. Segundo o psicanalista Haim Grunspun, “o lugarcomum de que os valores da sociedade mudaram nos últimos anos não é verdadeiro. Os valores clássicos são os mesmos, o que mudou foram as atitudes e as opiniões”. É justamente aí que o Rotary passa a atuar com seu reconhecido poder de persuasão. Sua trajetória nesses quase 102 anos de história tem mostrado que, ao aderir ao idealismo pragmático de nossa organização, os homens e mulheres que se tornaram rotarianos vislumbraram a existência das profundas raízes espirituais que orientaram o desenvolvimento do Rotary para alcançar o prestígio e o respeito de que nossa organização desfruta. Sabemos ainda que nenhuma instituição atrai pessoas bem formadas e com responsabilidade social evidente se não se mostrar sensível aos problemas decorrentes da derrocada dos valores que dão estabilidade à sociedade – e não se preocupar em formar cidadãos compromissados com o bem-estar de todos. Isso confirma o que apregoamos desde que o Rotary passou a desempenhar o papel de catalisador das ações que envolvem as comunidades onde ele está presente: assumimos diante das pessoas que vivem nesses lugares uma responsabilidade que não figura em nenhum documento assinado formalmente, mas que ressalta o nosso compromisso moral e voluntário de contribuir para que suas vidas sejam melhores. BRASIL ROTÁRIO

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Tema do mês ○

Uma das formas de aproximar a família do Rotary é levar aos seus familiares a literatura rotária disponível, começando pela Brasil Rotário

A família do rotariano Costumamos dizer que a Família Rotária é uma ampliação de nossa própria família. O fato é que as duas encontram a felicidade quando cada um dos seus membros, independente de sua idade ou nível de maturidade, age com consideração e respeito em relação à natureza individual e específica de todos os outros. Como acontece em casa, a Família Rotária também se ajusta quando promove a interação de todos os seus membros, aprimorando os sentimentos que uns têm pelos outros e vivificando os laços que a integram na vida cotidiana para dar-lhes sentido e utilidade. Os valores espirituais com os quais o Rotary alavanca suas ações dizem respeito à lealdade, ao fortalecimento da família, ao serviço às comunidades local e internacional. Significam dedicação e compromisso com as causas que fazem o mundo melhor, como a generosidade para com os que têm necessidades que não podem superar sozinhos, com a humildade e o sacrifício para criar em torno de cada ser humano a aura de respeito mútuo e compreensão que são as bases da paz social que tanto almejamos. Isso tudo nos leva a considerar seriamente os nossos compromissos com os que irão nos suceder. 14

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Se quisermos que os nossos sucessores continuem mantendo os valores que são indispensáveis para a construção de suas próprias vidas, precisamos demonstrar (sem distorções em nosso estilo de viver) como estamos dispostos a contribuir para a melhoria da qualidade de vida à nossa volta. Para atingir esse objetivo, é necessário que aproximemos ao máximo nossa família do Rotary, trazendo nossas mulheres, nossos filhos, genros e noras, além dos demais familiares que comunguem desse sentimento de boa vontade e de compromisso que deve caracterizar nossa atuação dentro da organização, para ajudar-nos a consolidar os nossos objetivos de rotarianos. Alguns deles inclusive poderão tornarse rotarianos também, outros poderão aderir aos nossos programas voltados para a juventude, como o Interact, o Rotaract ou o programa de Intercâmbio de Jovens, e ainda o programa Voluntários do Rotary. Essa aproximação tem que partir do próprio rotariano, que precisa levar para dentro de sua casa informações que valorizem e justifiquem o fato de ele ser rotariano, e que mostrem à sua família o que ele e outros associados fazem em todo o mundo. Uma das formas de se fazer isso é promover o acesso de toda à família à literatura rotária disponível, começando pela nossa Brasil Rotário. Também é preciso deixar de lado uma tendência comum em muitos clubes de restringir o universo rotário aos próprios rotarianos. Esses clubes realizam esporadicamente reuniões festivas com a presença das mulheres e

dos familiares, sem prolongar esses relacionamentos na vida diária através de encontros domiciliares e eventos de companheirismo onde seja possível fortalecer os laços de amizade que identificam as pessoas com os propósitos do Rotary. Os encontros e as chamadas reuniões domiciliares tiveram grande sucesso nos clubes onde foram incorporados e criaram entre seus sócios um salutar entrosamento que resultou no fortalecimento dos próprios clubes, além de mobilizar recursos humanos para campanhas que eles desenvolveram posteriormente. O apoio às Casas da Amizade e Associações de Senhoras de Rotarianos – um movimento que sempre existiu no Brasil – não pode se restringir a contribuições em dinheiro para que elas sobrevivam. É necessário acompanhar mais de perto sua atuação, correlacionar o trabalho que realizam com o espírito do Rotary e valorizar o serviço voluntário à comunidade que elas disseminam generosamente. Como vêem, há muita coisa que precisamos fazer para atrair a família para nossa messe e cumprir o nosso compromisso de corresponder ao que se espera de nós dentro e fora dos nossos quadros. Compromisso que só terá consistência se considerarmos a família como a definiu o grande poeta inglês sir Walter Scott: “Um elo de prata, laço de seda, que coração a coração, e mente a mente, no corpo e na alma pode atar”. * O autor é EDRI, sócio do RC de Belo Horizonte, MG (D.4520) e membro do Conselho Emérito da Brasil Rotário.


fazer caixa. A iniciativa de apoiar o projeto é um desdobramento da missão médica anual do Rotaract. Depois de muitos anos patrocinando visitas de agentes de saúde na área rural do Panamá, os rotaractianos concluíram que seus projetos de serviço causariam mais impacto se voltados para aliviar a pobreza. Tudo isso foi possível porque o clube se emparceirou com o Rotaract Club de South Perth, da Austrália e – com a ajuda de outro clube australiano, o RC de Mill Point – obteve um Subsídio Equivalente de US$ 33,347.00 da Fundação Rotária. Seja apresentador na convenção Mais um motivo para você ir à 98ª Convenção Internacional do Rotary, que será realizada entre 17 e 20 de junho de 2007 na linda capital do estado norte-americano de Utah, Salt Lake City: ser um apresentador de Grupo de Discussão. Ainda existem alguns espaços livres para clubes, distritos e Grupos de Interconexão Global para a apresentação de grupos de discussão sobre saúde e fome; alfabetização; administração de recursos hídricos e família rotária. O CENTRO de Convenções de Salt Lake, bem no centro da cidade, oferece espaços amplos e alta tecnologia

Próxima convenção do RI: Salt Lake City, EUA, de 17 a 20 de junho de 2007.

GRUPO DE afegãos que estão lucrando com o projeto agrícola do Rotary

Possíveis locais de futuras convenções: Los Angeles, EUA, 2008; Seul, Coréia do Sul, 2009; Montreal, Canadá, 2010; Nova Orleans, EUA, 2011; Bancoc, Tailândia, 2012; e Sydney, Austrália, 2014.

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Quadro Social (Assistência aos Governadores de Distrito e aos Clubes) Carlos A. Afonso carlos.afonso@rotary.org

Gerente Celso Fontanelli celso.fontanelli@rotary.org

Supervisora Financeira Sueli F. Clemente sueli.clemente@rotary.org Encomendas de Publicações, Materiais e Programas Audiovisuais Elton dos Santos elton.santos@rotary.org Tel.: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575

Endereço Rua Tagipuru, 209 São Paulo SP – Brasil – CEP 01156-000 Tel: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Horário: 2ª a 6ª, de 8h00 às 17h00

Supervisor da Fundação Rotária Edilson M. Gushiken edilson.gushiken@rotary.org

Escritório do RI no Brasil Home page: http://www.rotary.org.br

Outra importante iniciativa rural Agora é o Rotaract do Panamá que está executando um ambicioso projeto humanitário: proporcionar o aumento de atividades geradoras de renda em cinco comunidades rurais economicamente muito pobres do país. Nos fins de semana, sócios do clube deixam a capital, a Cidade do Panamá, e atravessam as montanhas para entregar materiais de construção para fazendas autosustentáveis nas cidades de Las Huacas, Luisa, Los Valles de Cañazas, Los Guarumos e Llanas Arriba. Além disso, o clube já forneceu fertilizantes, sementes e ferramentas para facilitar o plantio no início da estação chuvosa, em junho. Quando o projeto estiver concluído, cada uma das pequenas fazendas permitirá que os participantes cultivem seu próprio alimento e vendam o excedente para

A Seu Serviço

A soja muda o Herat Com somente um ano de existência, o RC de Herat – localizado na cidade que lhe dá nome, no sudoeste do Afeganistão – vem desenvolvendo com sucesso um projeto agrícola que está beneficiando dezenas de milhares de pessoas e mudando a economia da região. O projeto consiste em reduzir a má nutrição da população e ajudar os fazendeiros locais a adquirir competitividade internacional. No início, o ex-presidente do clube, Sadiq Tawfik, empregou recursos próprios no projeto. Mais tarde, o clube obteve o apoio do ministro da Agricultura do Afeganistão e da ONG norte-americana NEI – Nutrition and Education International – numa concorrência para introduzir a soja como novo tipo de alimento e geradora de lucros. A NEI é uma das entidades líderes no esforço de reduzir os alarmantes índices de desnutrição no Afeganistão, e seu papel tem sido conferir o apoio técnico e material ao projeto do Rotary. Em abril, especialistas em nutrição e no cultivo de soja da NEI e da Universidade de Illinois promoveram o treinamento de 80 fazendeiros e agrônomos afegãos durante um seminário patrocinado pelo Rotary. O RC de Herat fez um adiantamento em dinheiro aos produtores, entregou certificados de freqüência e distribuiu 15 toneladas de sementes de soja adquiridas no vizinho Paquistão.

Informe do RI aos rotarianos

Rotary International Secretaria (Sede Mundial) 1560 Sherman Avenue,Evanston, Il 60201 USA Phone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554 Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)

BRASIL ROTÁRIO

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Ênfases presidenciais no Instituto de Atibaia Imagem Pública e Alfabetização foram dois dos temas abordados Newton Camargo Moraes*

As ênfases do presidente William B. Boyd para 2006-07 – Imagem Pública do Rotary, Saúde e Fome, Preservação dos Recursos Hídricos, Alfabetização e Família Rotária – mereceram um tratamento diferenciado no XXIX Instituto Rotário do Brasil. Na parte da manhã, cada expositor dispôs de 20 minutos, e à tarde ocorreram os grupos de discussão, com duas horas de duração. Nesta edição, vamos nos ocupar da Imagem Pública do Rotary e de Alfabetização.

IMAGEM PÚBLICA DO ROTARY: COMO INTERAGIR COM A MÍDIA Ao abordar esse tema na plenária de abertura, o coordenador do RI da Comissão de Imagem Pública do Rotary para a América Latina, EGD Fernando Antonio Quintella Ribeiro, com a experiência de seus 38 anos de jornalismo, deixou claro que ainda estamos muito longe do ponto ideal nesse campo. Para ele, ainda agimos com um certo amadorismo. O resultado é que, mesmo tendo em mãos bons projetos, perdemos grandes oportunidades de buscar o apoio da mídia, onde seria fácil mostrar e valorizar o que somos e o que fazemos. Temos ainda dificuldade para lidar com ações ou fatos que atingem negativamente a imagem do Rotary, onde nos falta, na maioria dos casos, capacidade de analisar, decidir e adotar respostas rápidas e contundentes, sem deixar a dúvida instalar-se na cabeça do público externo. Precisamos deixar claro o nosso posicionamento desde os primeiros momentos do problema. Só assim manteremos a credibilidade junto às comunidades onde atuamos. Ao falar sobre a boa notícia, ele destacou a inércia da maioria dos clubes e distritos no contato com a mídia. “Todos conhecemos os excelentes trabalhos desenvolvidos pelos Rotary Clubs em todos os quadrantes do Brasil”, ele disse. “No entanto, muitos dirigentes preferem impor um silêncio indevido na divulgação junto às comunidades sobre o quanto eficazes nós somos em nosso trabalho voluntário. Com isso, deixamos de sensibilizar futuros rotarianos e não motivamos nosso próprio qua16

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dro social”, esclarece Quintella. “Precisamos acabar com essa visão prejudicial de humildade e partir para a comunicação agressiva sempre que tratarmos do que realizamos em benefício da sociedade”, sentenciou o dirigente. No caso de problemas que tragam prejuízos à imagem de nossa organização, a receita é simples: só um porta-voz qualificado deve falar com a mídia. Caso contrário, a situação poderá se agravar. “Devemos ter muita cautela ao lidar com situações embaraçosas – e elas às vezes aparecem”, lembrou o expositor. “Antes de qualquer declaração oficial, os fatos precisam ser apurados com rapidez, e a partir de fontes confiáveis. Uma palavra indevida pode tornar o reparo impossível”, afirmou Fernando Quintella. Ao final de sua palestra, ele sugeriu a criação de um Comitê Nacional de Relacionamento com a Mídia, integrado por profissionais da área, cujo trabalho seria tratar com profissionalismo as situações de crise. No grupo de discussão, 58 rotarianos de 24 distritos, inclusive um de Portugal, se fizeram presentes, e tomaram parte nos debates sob a presidência do EDRI José Alfredo Pretoni, tendo como moderador o EGD Naylor André C. Lima. Atuaram como secretários os EGDs Maura Amábile Queiroz e José Luiz Toro da Silva. Ficou claro que o Rotary goza de bom conceito perante a sociedade. Somos éticos e respeitados. No entanto, não somos bons vendedores e, por isso, será necessário recrutar novos sócios na área da comunicação social. Sem dúvida, uma boa imagem pública do Rotary propiciará um aumento do quadro social.


Decisões do grupo 1 – Convidar profissionais da área de comunicação para personalismo, pois deve ser dada mais ênfase às integrarem os quadros do Rotary ações da instituição em lugar das pessoas 2 – Criarmos nos distritos rotários um bureau de comuni- 5 – Estimular os clubes a serem eficazes, pois somencação local, preferencialmente com um jornalista conte eles podem produzir notícias que contribuam para tratado, e buscar acesso aos meios de comunicação a melhoria da imagem pública da nossa organiza3 – Aproveitar eventuais espaços oferecidos pela mídia, ção seja através de colunas em jornais, participações em 6 – Criarmos nos clubes e distritos uma vitrine de boas programas de rádio ou TV locais, a fim de divulgarmos realizações nossas ações 7 – Dar maior apoio à Comissão da Imagem Pública do 4 – Evitarmos que o Rotary esteja presente em colunas Rotary International e que seus membros tenham sociais ou em espaços que exacerbem o culto ao um mandato de três anos

ALFABETIZAÇÃO, UM CAMINHO PARA A PAZ Esse tema foi desenvolvido pelo EGD Jório Coelho, que tem se dedicado com afinco nessa área divulgando o método CLE, base do nosso conhecido Lighthouse. O palestrante começou dizendo que o problema da alfabetização é sério e preocupante, e toda vez que uma eleição se aproxima, um rosário de propostas vagas sobre educação aparece. Se algum dia o Rotay International pretender abraçar essa causa, que é gigantesca, necessitará estar bem preparado. Na sua opinião, “um programa de combate ao analfabetismo tem por base o princípio de que a alfabetização é, essencialmente, tornar-se capaz de ler e escrever textos e utilizá-los de maneira eficaz”. “Considero esse o primeiro e fundamental princípio que temos que adotar. Caso contrário, estaremos apenas aumentando as fileiras dos analfabetos funcionais”, disse. Em segundo lugar, pode-se afirmar que a maioria dos rotarianos desconhece a realidade educacional brasileira. Jório Coelho apresentou a pesquisa “A Escola Vista por Dentro”, realizada por João Batista Araújo e Oliveira, exsecretário-geral do ministério da Educação, e por Simon Schwartzman, ex-presidente do IBGE, que tentou descobrir o que é considerado normal entre professores, escolas e sistemas de ensino, destacando que:

no Brasil, é normal o aluno não cumprir o ano letivo,

como também é normal perder de 30% a 40% dos alunos sem que eles adquiram os conhecimentos para prosseguir os estudos; é normal colocar alunos em classes onde eles não conseguem acompanhar o conteúdo e o ritmo dos trabalhos, bem como passar dever de casa que necessite da ajuda dos pais, mesmo sabendo que eles não podem ajudar; é normal começar o ano letivo sem professores designados para as turmas, e culpar os alunos e os pais pelo fracasso na escola. Como vemos, essa é uma tarefa de difícil solução e que requer uma mudança dura e ampla, com uma abordagem técnica e específica por parte de quem atua do ramo da educação. Pesquisas mostram que 78% da população com 15 anos ou mais têm, no máximo, o ensino fundamental completo; que apenas 14% completaram algum ano do ensino médio, e que somente 7,5% cursaram (sem necessariamente completar) o ensino superior. Além de a média de estudo no Brasil – 4,9 anos – ser muito

baixa quando comparada com a de outros países. Com gráficos e tabelas, o EGD Jório Coelho apresentou resultados de pesquisas avançadas nesse campo, que definem os contornos do problema: “Ainda há muito o que se fazer no Brasil, pois tanto as escolas públicas como as privadas têm falhado no processo de alfabetização”. O livro “Teaching All The Children to Read” (“Ensinando Todas as Crianças a Ler”, em inglês), que apresenta a metodologia CLE, destaca o fato de que os altos índices de fracasso escolar se devem mais ao que ocorre na sala de aula do que à origem dos alunos e/ou à falta de contato prévio deles com a leitura e a escrita. É por isso que a primeira proposta da metodologia CLE é mudar a rotina tradicional da sala de aula, através do desenvolvimento de atividades em que os alunos aprendem a ler e a escrever ao mesmo tempo em que adquirem habilidades não-lingüísticas úteis para sua vida cotidiana. Dessa forma, eles adquirem gosto pela leitura e pela escrita e se tornam agentes da própria aprendizagem – este é o segredo. Ainda é pequeno o envolvimento de rotarianos nessa tarefa que exige muita dedicação e persistência para que os resultados apareçam. O total de projetos Lighthouse realizados ou em andamento é pequeno: apenas quatro.

Decisões do grupo 1 – Buscar parcerias e convênios com o MEC, com os governos estaduais e municipais, e as empresas 2 – Localizar os analfabetos adultos, usando a justiça eleitoral para obter a relação de analfabetos com mais de 16 anos 3 – Identificar o público-alvo 4 – Criar locais para a formação de professores e assistentes preparados para a aplicação do método CLE que possam funcionar como um centro para essas atividades 5 – Traduzir e divulgar o livro base da metologia CLE (o já citado “Teaching All the Children to Read) para que ele sirva de suporte técnico para os professores Foram essas as conclusões do grupo presidido pelo EDRI Mário de Oliveira Antonino, moderado pelo EGD Nadir Zacarias e secretariado pelos EGDs Raimundo Lobato e Alcides Serzedelo, que contou ainda com a participação especial do Coordenador da Área 19, da Argentina, EGD Daniel Gonzales.

* O autor é EGD, sócio do RC de São José dos CamposOeste, SP(D.4600) e foi diretor de Programas do XXIX Instituto Rotário do Brasil. BRASIL ROTÁRIO

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País precisa reduzir dívida interna, equilibrar as contas e priorizar investimentos em áreas como educação e infra-estrutura

Crescimento econômico e gasto público Edson Cordeiro da Silva*

Q

uando se pretende relacionar o crescimento do Brasil com o gasto público do país, é necessário considerar, pelo menos, quatro variáveis: o ônus tributário, que vem aumentando constantemente; a burocracia; os juros da dívida pública; e o desperdício e a má aplicação dos nossos recursos financeiros, parte dos quais envereda por caminhos indesejados. Grande parcela da renda nacional total, conhecida como PIB – o Produto Interno Bruto, que representa a soma de toda a riqueza produzida no país – tem sido utilizada diretamente pelo governo para custear seu funcionamento. Atualmente, 39% do nosso PIB (sob a forma de carga tributária) são despendidos para manter a máquina administrativa governamental em marcha. Consultando dados e informações sobre as despesas do governo, verificamos que elas equivalem a cerca de 42% do PIB. Ou seja: o governo gasta mais do que arrecada, e acaba cobrindo essa diferença com a emissão de títulos da dívida pública, e naturalmente pagando os respectivos juros. Assim, tem ocorrido o inevitável aumento da dívida e, como conseqüência, da dificuldade para contarmos com recursos destinados a investimentos na produção, infra-estrutura e logística do país. Falando em números, não podemos negar que a dívida pública brasileira decuplicou em pouco mais de dez anos, passando de R$ 96 bilhões em 1994 para R$ 1 trilhão recentemente – o equivalente a 50,3% do nosso PIB. Para o pagamento dos juros dessa dívida foram gastos, em 2005, R$ 160 bilhões, aproximadamente 8% do nosso PIB. Sabe-se que os juros nominais brasileiros, de acordo com o Banco Central, são atualmente de 13,75% ao ano, o que corresponde, em termos reais, descontando-se a inflação, a 9,3% ao ano. São juros bastante elevados em termos internacionais. Na verdade, embora seja divulgado que alguns setores do governo trabalham fortemente para desenvolver o processo de crescimento econômico do país, parece-nos da maior importância assinalar que este crescimento poderia ser muito mais rápido e eficaz na medida em que fosse possível promover o corte nos gastos correntes (como pessoal, custeio, terceirização e previdência), bem como um forte combate ao desperdício e à burocracia administrativa e fiscal. Com isso, estaríamos privilegiando um maior orçamento para in18

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vestimentos em educação, saúde, infra-estrutura e em políticas de geração de emprego e renda em massa para a população. Reforma tributária O atual modelo econômico, objeto das mais variadas considerações por parte de especialistas e não especialistas, leva a crer que o governo poderia estabelecer um plano de metas para a redução dos gastos públicos, de modo que o país pudesse contar com um aumento significativo de recursos financeiros para investir em produção, infra-estrutura, logística, segurança pública, habitação popular e transporte de massa. Muito ouvimos sobre a reforma tributária, uma providência tão discutida e solicitada pelos agentes que pode se responsabilizar pelo crescimento econômico com promoção de justiça social. O ajuste da ordem tributária, todos sabemos, deve contar necessariamente com um


grande esforço de autoridades, políticos e do setor empresarial. É preciso haver uma vontade coletiva nesse sentido. Parece-me que esta compreensão vem ocorrendo com maior ou menor intensidade nos últimos anos, confirmando a complexidade da melhor solução. Enquanto as discussões e negociações da reforma tributária prosseguem (e não se pode afirmar quando estarão concluídas), seria muito desejável se contássemos com um possível alívio na carga de impostos. Isso não é pedir muito às nossas autoridades e políticos. Seria apenas o reconhecimento que esse país merece. Continuando a destacar números importantes no contexto deste trabalho, lembro, por exemplo, que nossa carga tributária alcançou 39,8% do PIB no primeiro semestre de 2006, o que aumentou a arrecadação em R$ 33 bilhões em comparação ao mesmo período em 2005. Um estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário mostra que a arrecadação federal atingiu um crescimento real de 4,95% em 2005 (o equivalente a R$ 127 bilhões de reais), enquanto que a arrecadação dos estados apresentou um aumento real de 5,1% (R$ 5 bilhões) no mesmo ano. No primeiro semestre de 2006, os tributos federais

RODRIGO

totalizaram R$ 269,5 bilhões, representando 69% de toda a tributação arrecadada no país. Os tributos estaduais chegaram a um total de R$ 103 bilhões (26% do total), e os municipais, R$ 20,3 bilhões (5% do total). Constata-se, assim, que o crescimento real da arrecadação tributária tem sido superior ao crescimento do PIB, significando – como nos mostram os números citados – que cada cidadão brasileiro está trabalhando, em média, mais de quatro meses para pagar os tributos de sua responsabilidade. A possibilidade de se controlar as despesas governamentais, diminuir a carga tributária, atenuar a burocracia administrativa – tanto para o mercado interno como para o externo, quando o assunto é exportação – e a redução da nossa atual taxa básica de juros (que poderia estar em torno de 12% ao ano) permitiriam ao Brasil crescer com o vigor desejado. Em 2006, o Banco Central fez a estimativa de que terminaríamos o ano com uma taxa de inflação de 4,5%. No entanto, ela será inferior a 4% . O índice de crescimento nacional projetado, previsto para 4% em 2006, deverá ser de no máximo 3%. Apenas para efeito de comparação, levando-se em conta um relatório divulgado recentemente pelo Fundo Monetário Internacional, o crescimento médio mundial em 2006 deverá ser de 5,1%, e o crescimento dos chamados países emergentes deverá alcançar 6,4% no mesmo período. A China lidera a classificação geral, devendo crescer 9,5%; a Argentina, 7,5%; a Índia, 7,3%, e o Chile, 5,5% de crescimento. Lamentavelmente, concluímos que o Brasil não está numa situação favorável, em que pesem as notáveis condições de crescimento oferecidas pelo nosso país. Crescimento com educação Todos nós temos a convicção de que nosso país pode crescer muito mais. Para isso, basta trabalharmos bem e sempre. É da maior importância planejarmos adequadamente os nossos empreendimentos e executá-los a tempo e a hora, honrando com todo o cuidado os contratos firmados e administrando com seriedade os recursos públicos. A promoção e o incentivo às Parcerias Público-Privadas – ainda em compasso de espera, carecendo de um processo regulatório confiável – poderia significar um alento para o nosso desenvolvimento. É inquestionável que a educação (entendida como ensino fundamental, médio, técnico e superior) deverá ser sempre o objetivo primordial de qualquer governo. Prestigiá-la em toda sua extensão é a garantia segura de um bom futuro. Um grande país se constrói com um pesado e contínuo investimento em educação de qualidade. O estabelecimento de metas de crescimento para o país, com medidas práticas e imediatas para o indispensável corte de gastos e a instituição de objetivos claros na relação entre dívida líquida e PIB (que poderia estar em torno dos 40% do Produto Interno Bruto), seguramente possibilitaria muito mais desenvolvimento e criação de empregos e renda em massa (o que é fundamental para o atual momento do país), permitindo que o Brasil finalmente tivesse condições para decolar. O primeiro problema que precisamos resolver, e com urgência, é o do crescimento econômico com bases sustentáveis, sem que fiquemos na rabeira dos demais países da América Latina e de tantas outras nações em relação às taxas de crescimento. *O autor é economista e sócio do RC do Rio de Janeiro, RJ (D. 4570). BRASIL ROTÁRIO

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Aumenta de importância, a cada dia, a língua criada por Zamenhof no final do século 19

Esperanto é um anseio de paz José Alves Fortes*

E

m algum lugar de um passado longínquo, o poderoso rei Nemrod, para provar sua incomensurável força, mandou construir uma torre que, de tão alta – posto que infinita – haveria de ser o caminho para instalar seu reino no céu, de onde passaria a dominar os povos da Terra: a Torre de Babel. A certa altura, ele pegou seu arco e arremessou uma flecha de ouro contra Deus, desafiando o senhor de todas as coisas, aquele que arquitetou o Universo. Imediatamente, os raios cruzaram o firmamento e, como castigo a tamanha insanidade e desrespeito, o Criador fez com que as centenas de obreiros e escravos envolvidos na construção da torre começassem a falar línguas diferentes, impossibilitando assim qualquer compreensão entre eles. Os encarregados pediam água e lhes traziam pedra, pediam madeira e recebiam barro, e assim por diante, até que tudo se desmoronou. Desde então, a humanidade vem refletindo a Torre de Babel, tais os conflitos e divergências culturais enraizados há séculos nas mentes, nos espíritos e nos corações dos homens.

CL 2004 e o Esperanto O Conselho de Legislação – que é o parlamento do Rotary International – é convocado a cada três anos. Em 2004, ele aconteceu na histórica cidade de Chicago, nos EUA, berço de nossa organização. Um dos delegados brasileiros, o EGD José Marques Zago, intérprete das aspirações do distrito 4530, defendeu um Projeto de Resolução propondo que a língua esperanto fosse reconhecida pelo board do RI como mais um instrumento de aproximação entre as nações rotárias. Decidi apoiá-lo, indo também à tribuna do conclave. Não lo20

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ZAMENHOF (1859-1917) CRESCEU na cidade de Bialystok, na qual se falavam muitas línguas, gerando dificuldades de compreensão entre as diversas comunidades

gramos o êxito esperado. Entretanto, jamais me arrependi daquele gesto por conhecer, em muitos distritos do nosso país, a crescente prática e simpatia por esse idioma, por insignes personalidades, rotárias ou não, e figuras públicas portadoras de inquestionável credibilidade. Em Minas Gerais, citaria o EDRI Hipólito Sérgio Ferreira, o ex-reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora José Passini, que oficializou o esperanto no Curso de Letras, o professor Maurício Santiago Couto, matemático de renome, e o líder esperantista Elio Lopes de Oliveira.


Para minha alegria de professor de inglês e simpatizante do esperanto, deparei com um excelente artigo na página 32 da The Rotarian de fevereiro, mês da compreensão mundial, parte de uma ampla reportagem sobre a necessidade de se aprender algum idioma, além do nativo, como instrumento capaz de aproximar as pessoas e as nações na busca da paz. O texto detalha o trabalho que rotarianos amantes do esperanto vêm desenvolvendo desde 1928, quando foi criado o Grupo de Companheirismo Mundial de Esperantistas. Meu grande interesse pelo assunto levou-me a traduzir este artigo para o português.

Uma língua comum Desde que foi criado em 1928, o Grupo de Companheirismo Mundial de Esperantistas tem trabalhado para favorecer o entendimento entre as pessoas de diferentes origens. Aproximadamente 100 membros desse grupo – o primeiro no Rotary – usam o esperanto para estabelecer amizades e cultivar a compreensão e a boavontade internacionais. Membros do grupo falam em Rotary Clubs, publicam um jornal informativo e organizam estandes nas convenções internacionais. O esperanto foi desenvolvido como idioma em 1887 pelo médico Ludwig Lazar Zamenhof, que estava transtornado pelo ódio racial entre os alemães, judeus, russos e poloneses em sua cidade natal, hoje conhecida como Bialystok, na Polônia. Zamenhof escreveu em uma carta: “Este lugar onde eu nasci e passei minha infância deu a direção para todos os meus esforços futuros. Nesta cidade, mais que em qualquer lugar, um indivíduo observador sente a forte carga das diferenças lingüísticas e é convencido, todo o tempo, de que a diversidade das línguas é a única ou, pelo menos, a principal causa que separa a família humana e a divide em grupos conflitantes. Eu continuei dizendo a mim mesmo que, quando fosse crescido o bastante, certamente lutaria para destruir esse mal”. Aos 19 anos de idade, Zamenhof tinha criado sua própria língua como uma forma de unir as pessoas de diferentes origens raciais. Com base no latim e nas línguas derivadas dele – as chamadas línguas românticas – no esperanto cada palavra é pronunciada exatamente da forma como é escrita, e não há letras surdas. Os substantivos não têm gênero e terminam em o; há somente uma conjugação verbal; todos os plurais são formados da mesma maneira; e um prefixo pode ser adicionado

No esperanto, a palavra é pronunciada exatamente da forma como é escrita, e não há letras surdas a qualquer palavra para transformá-la em seu oposto. O número de pessoas que falam o esperanto não é preciso. Estimativas oscilam entre 100 mil e 8 milhões, com um levantamento fixando o número em 2 milhões. Entre as pessoas notáveis que falam o esperanto, estão muitos vencedores do Prêmio Nobel, a campeã do Mundial Feminino de Xadrez, ZsuZsa Polgar, e Tivadas Soros, pai do financista George Soros. Em 1965, o astro da TV William Shatner – o Capitão Kirk do seriado norteamericano “Jornada nas Estrelas” – trouxe essa língua para a indústria cinematográfica ao protagonizar um filme de terror (que acabou tornando-se cult) todo falado em esperanto: “Incubus”. No front literário, livros como “O Senhor dos Anéis” e “Cem Anos de Solidão”, assim como as peças teatrais de Shakespeare, foram traduzidos para o idioma. E quase todo ano, desde 1905, um congresso internacional de esperanto tem sido realizado em alguma cidade do mundo – em 2006, o encontro aconteceu em Florença, na Itália. No primeiro congresso, ocorrido na França, Zamenhof discursou para 688 falantes de esperanto, oriundos de 20 países. “Nós mostraremos ao mundo que o entendimento entre as pessoas de diferentes nações é perfeitamente possível”, ele disse. “Deixemos que venham até nós aqueles que afirmam que uma língua neutra, produzida pela inteligência, não pode prosperar. Eles mudarão de idéia – e se converterão”. *O autor é EGD, sócio do RC de Além Paraíba, MG (D.4580), vice-presidente de Marketing da Cooperativa Editora Brasil Rotário e Country Representative do projeto-piloto Novos Modelos de Rotary Clubs no Brasil.

BRASIL ROTÁRIO

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NINJA

Mutirão pela alfabetização A alfabetização tem sido uma das ênfases de vários presidentes do Rotary International, entre eles o atual, William B. Boyd. O assunto é sério e o desafio é grande. Segundo a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), mais de 770 milhões de adultos no mundo são analfabetos, sendo a maioria mulheres. Acrescente-se a esse número cerca de 100 milhões de crianças. Posição incômoda Setenta e cinco por cento desses analfabetos adultos vivem em 12 países: Brasil, Bangladesh, China, Egito, Etiópia, Índia, Indonésia, Irã, Marrocos, Nigéria, Paquistão e República Democrática do Congo. Essa posição incômoda do nosso país – contribuindo com cerca de 16 milhões de adultos analfabetos – pode ser revertida. Aliás, isso pode começar agora com a escolha da alfabetização como tema do 14º Concurso de Monografias para Professores, promoção da revista em parceria com a Folha Dirigida, que está sendo lançado nesta edição. A largada “Todos sabemos da grande força multiplicadora dos professores e não poderíamos ter um início melhor para o nosso mutirão pela alfabetização”, declarou com o entusiasmo que lhe caracteriza o coordenador do con-

curso, EGD Edson Avellar da Silva, ao grupo de rotarianos que estão colaborando na promoção deste ano. “Convoco os companheiros de todos os Rotary Clubs do Brasil para se juntarem nesse esforço. O mutirão é de todos nós e sei que o nosso chamamento será atendido, pois conheço de perto a capacidade de ação e a determinação dos rotarianos desde 1993, quando exerci a go- “Conto com vocês – professor, vernadoria do distrito 4570”, acrescentou governador de distrito, Edson Avellar, que tam- presidente de clube e demais bém é o gerente-executivo da Cooperativa leitores – para o sucesso do Editora Brasil Rotário. Mutirão da Alfabetização. Avellar dá várias sugestões aos leitores Vamos ganhar essa guerra!” para a materialização MENSAGEM FINAL DO do mutirão, partindo EGD EDSON AVELLAR DA SILVA da divulgação do concurso de monografias junto a cada um dos professores das escolas das redes pública e privada de sua cidade, passando pela pesquisa de um local para reunir os adultos – pode ser até no local de trabalho deles – e distribuindo largamente o material de promoção nas entidades de classe e agremiações das comunidades. Esse material é constituído por cartazes e o regulamento do concurso, e deve ser solicitado à Brasil Rotário através de: e-mail: marketing@brasil-rotario.com.br fax: (21) 2509-8130 telefone: (21) 2509-8142, ramal 211 e pelo Correio: Av. Rio Branco, 125, 18º andar, Rio de Janeiro, RJ – CEP 20040-006

Coletânea Está em fase final de produção o livro que é uma coletânea de textos referenciais. A BR informará quando ele poderá ser solicitado. Lighthouse Edson concluiu sua exposição ao grupo de companheiros recomendando a aplicação da metodologia CLE (Concentrated Language Encounter) – base do nosso conhecido Lighthouse – na tarefa de alfabetização, por ser mais prática, econômica e rápida. Todos os passos da metodologia estão na matéria “CLE, proposta de alfabetização para países em desenvolvimento”, de autoria da professora Glória Maria Guiné de Mello, publicada na edição de junho deste ano, páginas 6 a 9. Não encontrando o exemplar em seu clube, solicite uma cópia à Brasil Rotário. 22

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14o Concurso de Monografias Brasil Rotário para Professores Período Rotário 2006-2007

REGULAMENTO I. OBJETIVO Correto entendimento, apreço e o apoio dos professores e da comunidade aos objetivos de Rotary e a seus projetos, programas e realizações. II. TEMA “ROTARY e a Alfabetização”. III.MATÉRIA A matéria deverá expressar o pensamento do autor sobre a contribuição do Rotary efetivada através de projetos, programas e realizações dos clubes rotários e seus parceiros. A matéria deverá, também, sugerir caminhos, posições e indicar projetos para os clubes rotários e seus parceiros, com ênfase para as áreas de alfabetização funcional. IV. PARTICIPANTES Professores em atividade ou que já tenham comprovadamente exercido o magistério, não podendo concorrer aqueles que sejam associados de clubes rotários. V. INFORMAÇÕES E SUBSÍDIOS Poderão ser obtidos nos clubes de Rotary ou em outras instituições rotárias como Rotaract, Interact e Casa da Amizade, locais. Se necessário, contatar a revista Brasil Rotário: Av. Rio Branco, 125/18º andar, Cep: 20040-006, Rio de Janeiro - RJ Telefone: (21) 2509-8142 - Fax: (21) 2509-8130 - e-mail: marketing@brasilrotario.com.br - que poderá fornecer os endereços das unidades rotárias e subsídios. VI. APRESENTAÇÃO Em língua portuguesa, gramaticalmente correta, datilografada ou digitada, em espaço simples, corpo 12, devidamente numeradas, com no mínimo 10 (dez) laudas e no máximo 20 (vinte) laudas (excluindo, às relacionadas com a bibliografia, tabelas, gráficos, ilustrações e anexos).

andar, Cep: 20040-006, Rio de Janeiro 2º Prêmio ........................ R$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais) – RJ, constando no envelope os dizeres: “14º Concurso de Monografias”. 3º Prêmio ........................ R$ 1.000,00 OBS: Qualquer ação que permita a iden(Hum mil reais) tificação do concorrente implicará na sua 4º Prêmio ........................ R$ 800,00 eliminação sumária do concurso. (Oitocentos reais) 5º Prêmio ........................ R$ 500,00 2 - Em um envelope grande, além das (Quinhentos reais) duas vias da monografia, deverá ser anexado outro envelope menor, devidamente lacrado, contendo um breve currículo Prêmio Governador José Alves Fortes do autor(a) da monografia com nome Será concedido um prêmio de R$ completo, endereço, telefones, e-mail e 2.000,00 (Dois mil reais) ao Rotary Club o seu pseudônimo; nome da pessoa que que tiver intermediado a remessa do maimotivou o autor(a) a participar do Con- or número de monografias. Ocorrendo curso, assessorou-o(a) ou intermediou a empate, a premiação se fará pelo critéremessa do trabalho, seu nome e ende- rio da qualidade dos trabalhos. reço. Sendo essa pessoa membro do Rotary, Rotaract, Interact ou Casa da Ami- IX. PRAZO zade, o nome da unidade rotária à qual 1 - Os trabalhos devem chegar a Brasil Rotário – ou serem postados – pertença. impreterivelmente, até o dia 30 de abril de 2007. VIII. PREMIAÇÃO 1º Lugar X. JULGAMENTO Prêmio Senador José Ermírio de Moraes Os trabalhos que atenderem aos requisiR$ 5.000,00 (Cinco mil reais) tos deste Regulamento serão registrados 2º Lugar e julgados por uma Comissão constituíPrêmio Doutor Guilherme Arinos da por rotarianos de todo o Brasil. O julR$ 3.000,00 (Três mil reais) gamento da Comissão é soberano, não 3º Lugar cabendo recurso. Prêmio Doutor Jorge Gertum Carneiro R$ 2.000,00 (Dois mil reais) XI. OUTORGA DOS PRÊMIOS 4º Lugar O resultado do Concurso será anunciado Prêmio Professora Neli Mendes até o dia 30 de maio de 2007. A outorR$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais) ga dos prêmios será realizada na institui5º Lugar ção onde o professor/a lecione e/ou em Prêmio Governador Luiz Murgel um evento distrital do Rotary, com a preR$ 1.000,00 (Hum mil reais) sença do governador do distrito e/ou representante da Brasil Rotário, do Diplomas prsidente do Rotary Club patrocinador, do Serão conferidos Diplomas a todos os tra- diretor do estabelecimento de ensino, alubalhos inscritos e que tiverem preenchi- nos, rotarianos, rotaractianos, interactiado todos os requisitos do Regulamento nos, meios de comunicação e, se possído Concurso. vel, em ato solene.

XII. DISPOSIÇÕES GERAIS Os trabalhos remetidos e destinados ao Concurso não serão devolvidos. A critério da direção da revista, eles poderão ser, oportunamente, publicados na Revista Brasil Rotário e na Folha Dirigida. Nesse sentido, os respectivos VII. SIGILO autores serão solicitados a preparar uma 1 - Os trabalhos deverão ser remetidos versão reduzida. em duas vias, sob pseudônimo, para: 1º Prêmio ................... R$ 2.000,00 Os casos omissos serão resolvidos pela (Dois mil reais) Comissão Julgadora. Brasil Rotário - Av. Rio Branco, 125/18º Prêmios para os Clubes Para cada um dos Rotary Clubs do qual façam parte os rotarianos que motivaram, assessoraram os candidatos e/ou intermediaram a remessa dos trabalhos classificados, serão concedidos prêmios para serem utilizados em projetos do clube.

Informações e subsídios no Rotary Club da sua cidade ou na Brasil Rotário: Av. Rio Branco, 125 - 18º andar, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20040-006 Tel.:(0XX) 21 2509-8142 Fax:(0XX) 21 2509-8130/e-mail:marketing@brasil-rotario.com.br APOIOS:

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O idioma da paz e do desenvolvimento Maior integração entre o Rotary e a CPLP vai criar benefícios para todos os países que compõem a comunidade de língua portuguesa Gunter W. Pollack e Ricardo Conte* Fotos: Sérgio Afonso

A

presença de autoridades diplomáticas no III Encontro de Rotarianos de Países de Língua Portuguesa, realizado simultaneamente ao Instituto Rotário de Atibaia, resultou no reconhecimento da convergência dos objetivos e do potencial do Rotary International com a CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa, órgão de cooperação sociocultural e político-econômica dos países onde o português é falado. Motivado pela determinação demonstrada por nossa organização em prol da melhoria das condições de vida nos países da comunidade lusofônica, o secretário executivo adjunto da CPLP, embaixador José Tadeu Soares, incentivou a candidatura da CIP/Plop – Comissão Interpaíses Brasil-Portugal e demais Países de Língua Oficial Portuguesa – ao estatuto de Observador Consultivo na CPLP. A FRSP – Fundação de Rotarianos de São Paulo, apoiadora da CIP/Plop, formalizou uma solicitação nesse sentido uma semana após a CPLP comentar tal parecer em sua homepage, no começo de setembro, destacando que a adesão poderá trazer “importantes contributos nos domínios da cooperação para o desenvolvimento e da língua portuguesa”. 24

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JOÃO INÁCIO Padilha, diretor da Divisão África II do ministério das Relações Exteriores, ao lado do cônsul-geral honorário de Cabo Verde, Aguinaldo Paulo da Silva Rocha

A declaração do embaixador inclui também o reconhecimento dos esforços do Rotary por meio de ações efetivas, concentradas principalmente nos atuais grandes desafios dos rotarianos: a alfabetização, o combate à fome e às doenças e o incentivo ao uso racional dos recursos hídricos. A essa importante declaração, somou-se a manifestação do diretor da Divisão África II do ministério das Relações Exteriores, ministro João Inácio Padilha, responsável pela área que inclui os países africanos de lín-

gua portuguesa, que destacou a importância do diálogo franco e interativo com a CPLP.

Esforços na área de saúde A segunda sessão do III Encontro de Rotarianos de Países de Língua Portuguesa foi aberta pelo presidente da CIP, o EGD Eduardo de Barros Pimentel. Ele apresentou um audiovisual abordando os grandes desafios do Rotary na atualidade e ensejou a discussão das experiências colhidas ao longo do período rotário de 2005-06. Dentre os trabalhos


de sucesso, foi destacada, na área da saúde, a participação da CIP/ Plop no I Encontro de Medicina Tropical dos Países de Língua Portuguesa, que aconteceu em março deste ano em Teresina, capital do Piauí [leia mais sobre o evento nas páginas 40 e 41 da edição 1008 da Brasil Rotário]. Como resultado, a CIP/Plop assinou um protocolo para a criação da Rides – Rede de Investigação e Desenvolvimento em Saúde Tropical – junto com um grupo de cientistas e pesquisadores. A CIP/Plop foi convidada para participar do próximo Congresso de Medicina Tropical, que vai acontecer em Campos do Jordão, em São Paulo, em março de 2007 – e assim conjugará esforços junto à CPLP para desenvolver projetos na área de saúde.

Somos mais de 220 milhões A mensagem da CIP/Plop foi endossada, em outubro, pela publicação de um artigo em um dos mais respeitados jornais do mundo, o The New York Times, intitulado “Finalmente, uma língua negligenciada vai para o pedestal”. Assinado pelo jornalista Larry Rohter, correspondente do jornal em São Paulo, o artigo começa destacando: “A língua portuguesa é mais utilizada como idioma materno do que o francês, alemão, italiano ou japonês. Para as 230 milhões de pessoas que falam português, deve ser irritante constatar que o resto do mundo freqüentemente considera o idioma que elas falam como uma língua menor, e que seus romancistas, poetas e compositores passem despercebidos aos olhos do mundo”. Outra publicação, a revista brasileira Língua Portuguesa, da Editora Segmento – visite <www.revista lingua.com.br> – acompanha de perto os passos da CIP/Plop. Em sua edição de outubro, a revista publicou uma reportagem intitulada “Um clube à luz do idioma”, sobre o encontro de Atibaia. Assinada pelo editor da revista, Luiz Costa, a reportagem explica que 54 mil dos 1,2 milhão de rotarianos espalhados pelo mundo (cerca de 5% do total) falam português, formando uma tropa respeitável de formadores de opinião. Criada em julho de 2005, a revista foi levada para o II Encontro de Rotarianos de Países de Língua Portuguesa,

REPRODUÇÃO DE trecho da matéria do The New York Times sobre a língua portuguesa

Mais falado que o francês, o alemão e o italiano como língua materna, o português merece ter sua importância reconhecida, assim como a obra de seus romancistas, poetas e compositores realizado na cidade de Tomar, em Portugal, em novembro do ano passado. Como os brasileiros constituem a maioria absoluta dos 220 milhões de pessoas que falam português, coube ao nosso país ser o

berço de uma publicação inovadora, espirituosa e criativa. A revista Língua Portuguesa oferece um desconto de 15% na assinatura para os rotarianos de todo o mundo. BRASIL ROTÁRIO

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§


Outros destaques do encontro

A

s quatro horas de intensas atividades da sessão vespertina do III Encontro de Rotarianos de Países de Língua Portuguesa deram lugar a uma seqüência extremamente rica de intervenções que mereceriam destaque. Porém, nossas limitações de espaço nos impõem mencionar somente algumas delas, com as nossas desculpas pelas prováveis omissões:

A troca de correspondências entre as escolas do Brasil e do Timor Leste, proposta pelo companheiro José Maria Meneses dos Santos, presidente do RC do Rio de Janeiro-Saúde, RJ (D.4570) e vice-presidente de Finanças da Cooperativa Editora Brasil Rotário. A proposta do EGD Edson Avellar da Silva, gerente executivo da cooperativa, de tornar a revista como o meio de comunicação entre todos os rotarianos dos países de língua portuguesa. A proposta do EGD português Frederico Nascimento para, em conjunto com a CIP Portugal-Brasil, somar esforços na realização de projetos como o Angola Agora, de autoria do EGD José Manoel Pereira e o apoio do governador Artur Almeida e Silva (ambos do D.1960, Portugal), e de fazer o mesmo com relação ao Timor Leste no ensino da língua portuguesa. A colaboração da Divisão África II e, eventualmente, da Agência Brasileira de Cooperação (ambas do ministério das Relações Exteriores) na interação com a CIP/Plop e o envio da newsletter da Divisão aos clubes e distritos interessados. A extrema boa vontade demonstrada pelo representante diplomático angolano, o ministro conselheiro Oliveira Francisco Joaquim Encoge, quanto à interação do Rotary com a CPLP, principalmente no que diz respeito às múltiplas demandas para o desenvolvimento de Angola. O reconhecimento expresso pelo cônsul-geral honorário de Cabo Verde, Aguinaldo Paulo da Silva Rocha, em relação às ações do Rotary em seu país, como o Lar Rotary, implantado na cidade de Praia, e outras atividades ligadas à educação. A encorajadora mensagem do EGD de Portugal José Carlos Estorninho, presidente da CIP Européia – englobando 18 países que também interagem com países africanos – que considera o Rotary uma grande CIP em escala mundial. 26

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A INTEGRAÇÃO pela cultura: máscaras e esculturas africanas expostas no estande Mundo Étnico, instalado no Pavilhão da Integração durante o encontro de Atibaia

A mensagem igualmente encorajadora do governador Artur Almeida e Silva (D.1960, Portugal), que deu uma importante contribuição e exemplos do funcionamento das Comissões Interpaíses. O destaque dado pelo EGD e vicepresidente de Marketing da Cooperativa Editora Brasil Rotário, José Alves Fortes, à valorização do cinema produzido nos países que compõem a CIP/Plop, expressa em eventos como o Cineport – Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa <www.festivalcineport.com> A abordagem do coordenador regional da Fundação Rotária e diretor da CIP/Plop, EGD Gedson Junqueira Bersanete, a respeito do papel e dos objetivos da Fundação em auxiliar os países em desenvolvimento da comunidade lusofônica através de projetos de Subsídios Equivalentes. A palavra do coordenador distrital da CIP/Plop, EGD Luiz Freire, no que diz respeito ao ensino profissional com o auxílio das escolas técnicas da Fatec, geridas pelo Centro Paula Souza. Freire também trouxe a oferta espontânea do companheiro e médicocirurgião Antonio Neto Bertolucci, criador de um processo cirúrgico e de uma prótese bucal laringectomiza-

dora, colocada à disposição dos países africanos de língua portuguesa. O EGD Salvador Strazzeri, que levantou a relevância do intercâmbio de jovens e dos IGEs entre os países de língua portuguesa, inclusive com os recursos do Fundo Distrital de Utilização Controlada. A relevância dos aspectos culturais (como artesanato, música e literatura) para integrar os países lusofônicos e a respectiva participação do rotariano exposta pela companheira Maria Stela Junqueira Gomide, sócia do RC de São Paulo-9 de julho, SP (D.4420). As palavras de estímulo do companheiro Luís Carlos Lenza, vice-presidente da Expo-Brasil Intercâmbio de Jovens e chairman do distrito 4610, focalizando o potencial do programa de intercâmbio com Portugal e mostrando o papel dos intercambiados como embaixadores entre os clubes e distritos brasileiros e portugueses. * Gunter é sócio do RC de São Paulo-Perdizes, SP (D.4610) e membro do Departamento de Relações Internacionais da Fundação de Rotarianos de São Paulo; Ricardo é jornalista.


Muito espaço e alta tecnologia para receber a Convenção de 2007

Bem-vindo ao

Salt Palace S

ituado bem no coração da capital do estado norte-americano de Utah, o Centro de Convenções Salt Palace é o local perfeito para reuniões de todos os tipos e platéias. Desde os seus lustres delicados, em forma de flocos de neve, passando pelo carpete em padrão de choupo canadense, até o pé direito do hall de entrada – que corresponde à altura de um prédio de cinco andares – o Salt Palace é a um só tempo um exemplo arquitetônico e uma escultura de arte moderna. É nesse majestoso local que vai acontecer a Convenção Internacional do RI, de 17 a 20 de junho de 2007.

dispõe de quase 10 mil m2 de espaço para reuniões, incluindo 53 salas, com cerca de 46 m2, e um grande salão com mais de 4.000 m2. O salão pode ser dividido em dez salas de reuniões, cada uma em forma de teatro, com capacidade para 448 pessoas. Uma parede de vidro, com 175 metros de comprimento, permite aos assistentes uma atraente visão do espaço de quase 34 mil m2 contínuos para feiras e exibições, que pode ser facilmente dividido em oito diferentes espaços, todos com pé direito de mais de 10 metros, para facilitar a exibição de objetos de variadas dimensões, de laptops a helicópteros.

Os módulos Não importa se você está planejando um evento para centenas de empregados ou para milhares de pessoas: a instalação modular do centro oferece espaços confortáveis para qualquer tamanho de evento. O Salt Palace

O salão Com seus 4.200 m2, e apoiado por uma cozinha com 1.200 m2, o grandioso salão é um dos maiores do Oeste norte-americano. As paredes são decoradas com delicados motivos que lembram flocos de neve, e o chão é

ACIMA, TUDO é muito amplo: o pé direito das paredes tem cinco metros. Abaixo: o majestoso Salt Palace Convention Center, em Salt Lake City

coberto por três exclusivos carpetes com imagens inspiradas no choupo canadense. Os lustres, também em forma de flocos de neve, poderão transformar qualquer evento numa pacífica noite de inverno.

Pontos de suspensão O salão dispõe de pontos de suspensão onde podem ser penduradas luzes de palco, plataformas suspensas ou qualquer outro arranjo parecido. Telecomunicações O Salt Palace dispõe de uma rede sem fios que permite a comunicação em qualquer parte, sem perda de qualidade nas conexões de voz e na transmissão de dados. O complexo de comunicação é provido de quilômetros de fibra ótica tipo T-1 e cabeamento CAT 5, assim como 44 linhas ISDN, para otimização de conexões de voz e dados de alta velocidade. Além disso, encontra-se disponível um equipamento de vídeo para todas as necessidades. BEM-VINDO À CONVENÇÃO DE SALT LAKE CITY – Você encontra o formulário para a reserva de hotel na página 60 desta edição.

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Sangue novo Por que o Rotary precisa dele e como vamos consegui-lo Vanessa N. Glavinskas* uando vou aos Rotary Clubs e vejo as fotos, eu penso: ‘O que foi que aconteceu para que não nos pareçamos mais com aqueles jovens homens de negócios do primeiro clube de Paul Harris?’”, conta Rosemary Barker Aragon, coordenadora regional do Quadro Social para a Zona 23 (EUA). Um estudo recente revela que a maioria dos rotarianos encontra-se na faixa que vai dos 50 aos 59 anos, e que somente 11% dos rotarianos têm menos de 40 anos de idade. “Caso não admitamos jovens em número suficiente, o Rotary vai acabar”, afirmou o presidente do RI, Bill Boyd, aos novos coordenadores regionais do Rotary International para o quadro social (os RRIMCs) durante o seminário de treinamento, em março. “Nós recrutamos os jovens, damos-lhes experiência através do Rotaract e então dizemos: ‘Vocês podem ir embora e voltar daqui a 10 anos’”.

“O

Os ex-bolsistas do Rotary raramente tornam-se rotarianos, o que pode ser considerado como uma oportunidade perdida. Afinal de contas, os participantes de programas como Interact, Rotaract, RYLA, Intercâmbio de Jovens e dos IGEs são escolhidos justamente por representarem o que há de melhor na sua faixa etária. Muitos deles recebem o patrocínio de Rotary Clubs ou da Fundação Rotária para viajar ao exterior, ocasião em que aprendem sobre a organização e desenvolvem técnicas excepcionais de liderança. Cerca de 84% dos participantes de programas do RI e da Fundação declaram que gostariam de se tornar rotarianos um dia, mas a maioria deles sequer é convidada para ingressar em algum clube. “Na Inglaterra, há muitos clubes que dizem: ‘Por que eles gostariam de se juntar a nós? Não trabalhamos mais, somos idosos e insistimos na nossa forma de ser’. Em vez disso, deveríamos tornar os

nossos clubes atrativos para os mais jovens”, diz o RRIMC John Hockin, sócio do RC de Woodhall Spa, Inglaterra (D.1270). Alguns rotarianos da Europa e do Japão acreditam que os jovens não têm a experiência profissional necessária para se tornarem rotarianos. “Existem clubes que afirmam que aos 25 anos ninguém está no ápice”, diz a RRIMC argentina Modesta Genesio de Stabio, rotariana de uma região que conta com uma porcentagem relativamente alta de jovens rotarianos. “Mas precisamos identificar os jovens líderes das nossas comunidades e convidá-los para se juntar a nós.” Em 2001, o RC de Birigui, SP(D.4470) fez exatamente isto. Depois de terem sido bem-sucedidos no recrutamento de jovens, os sócios resolveram criar um novo clube, e fizeram dos jovens líderes comunitários os seus fundadores. Maurício Barbeiro, analista de sistemas de 28 anos e sócio do novo clube, o RC

DEMOGRAFIA POR REGIÃO África Menos de 30 anos 30-39 40-49 2% 17% 28% Américas Central Menos de 30 anos 30-39 40-49 4% 14% 26% Austrália e Nova Menos de 30 anos 30-39 40-49 1% 6% 17% Coréia Menos de 30 anos 30-39 40-49 0% 11% 44% EUA e Canadá Menos de 30 anos 30-39 40-49 3% 11% 23%

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50-59 60-69 Mais de 70 anos 27% 17% 9% e do Sul 50-59 60-69 Mais de 70 anos 24% 18% 14% Zelândia 50-59 60-69 Mais de 70 anos 34% 26% 16%

Europa Menos de 30 anos 0% Filipinas Menos de 30 anos 6%

30-39 40-49 50-59 60-69 Mais de 70 anos 5% 18% 31% 26% 20% 30-39 40-49 50-59 60-69 Mais de 70 anos 15% 30% 30% 13% 6%

50-59 60-69 Mais de 70 anos 25% 15% 5%

Índia Menos de 30 anos 5% Japão Menos de 30 anos 0%

50-59 60-69 Mais de 70 anos 28% 19% 16%

As porcentagens estão baseadas na média dos clubes por região em 2002. Fonte: Pesquisa do Rotary International, 2002.

DEZEMBRO DE 2006

30-39 40-49 50-59 60-69 Mais de 70 anos 27% 30% 22% 12% 4% 30-39 40-49 50-59 60-69 Mais de 70 anos 2% 17% 36% 28% 17%


Distribuição mundial dos rotarianos por faixa etária Menos de 30 anos

30-39

40-49

50-59

60-69

Mais de 70

2% 9% 21% 29% 22% 17%

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de Birigui-Cidade Pérola, foi convidado por ter demonstrado liderança quando ainda estava no Interact. “Atualmente, trabalhamos em parceria com nosso clube padrinho”, ele conta. “Podemos atingir outros grupos sociais se promovermos o Rotary em lugares onde as pessoas mais idosas normalmente não vão, como uma discoteca, por exemplo. Os moradores da minha cidade não relacionam o Rotary a pessoas idosas. Eles associam o Rotary a serviço.” Em outras partes do mundo, os jovens estão forjando uma nova realidade no mundo dos negócios, um grande incentivo para que eles sejam recrutados. “Na Índia, é crescente a entrada dos jovens no mundo dos negócios”, conta Ramachandran Ganapathi, membro do Comitê para o Desenvolvimento do Quadro Social e Retenção e sócio do RC de Madras-T. Nagar, Índia (D.3230). Ele observa que essa tendência – combinada com o rápido crescimento econômico – levará, no futuro, à existência de um maior número de jovens líderes. “À medida que o setor de Tecnologia da Informação se expande, procuramos fazer do Rotary um atrativo para os seus líderes.” Sam F. Owori, do RC de Kampala, Uganda (D.9200) afirma que os clubes do seu distrito encaram o Rotaract como uma ferramenta para o recrutamento. “Muitos rotaractianos conhecem o Rotary melhor que os próprios rotarianos”, ele garante. Os rotaractianos que chegam aos 30 anos de idade começam a visitar os A Divisão de Desenvolvimento do Quadro Social do RI é uma grande fonte de informações para suas apresentações e trabalho de assessoria. Veja o que existe disponível em <www.rotary.org/membership> e não se esqueça de baixar os novos resultados dos estudos sobre o assunto que foram realizados em dezembro de 2005. 30

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Rotary Clubs para escolher em qual deles se sentem melhor. “Eles entram para o Rotaract com a perspectiva de se tornarem rotarianos no futuro”, diz Sam Owori. Embora o recrutamento de jovens seja crucial para assegurar o futuro do Rotary, muitos RRIMCs ressaltam que os sócios maduros ainda constituem o cerne de nossa organização, contribuindo com sua experiência e recursos para os clubes. Além disso, os sócios mais idosos, especialmente os aposentados, dispõem de mais tempo que os jovens para tocar os projetos de serviços, sem falar na valiosa experiência que podem transmitir. Como a distribuição demográfica e as normas variam de região para região, não existe uma receita única para atrair os jovens. Mas se você está ligado no futuro do Rotary na sua região, examine as características de sua comunidade empresarial local e compare-a com o seu clube. Será que os dois têm o mesmo perfil? Se não, proponha aos seus companheiros a discussão deste assunto, e estudem a possibilidade de apoiar um dos programas do Rotary voltados para a juventude ou de dar mais atenção ao programa de bolsas de estudo, pensando num recrutamento futuro. Esteja atualizado em relação às tendências do voluntariado e às outras organizações não-governamentais de sua região. Existe algum grupo de jovens profissionais que poderia trazer rotarianos em potencial para o seu clube? Finalmente, tente imaginar o seu clube nos próximos 10 anos. Quem estará por lá? O seu clube ainda será um pilar em sua comunidade? Faça com que todos se envolvam para manter a relevância de seu clube. Afinal de contas, os próximos 100 anos dependem somente de você. *A autora é editora associada da The Rotarian.


Um Rotary com a cara deles Jovens rotarianos encontram uma forma de se adaptar à nossa organização Emily Hiser Lobdell* s jovens rotarianos costumam ser um tipo bem arisco. Você sempre quis saber o que os motiva? É só encontrar três deles reunidos e eles vão lhe explicar como aderiram ao Rotary, como encontraram o seu espaço nos clubes e o que acham que nossa organização pode oferecer à juventude. Se você quer ter uma conversa franca com a próxima geração, continue lendo esta matéria.

O

FRANK ROSENBERG

MÚLTIPLAS TAREFAS: Frank Rosenberg trabalha como enfermeiro, corretor de imóveis, agente de viagem e piloto de avião

Com pouco mais de 20 anos de idade, Frank já sabia que queria ser um rotariano. Afinal de contas, ele tinha passado uma grande parte de sua vida freqüentando o Rotary por causa do pai, um rotariano, e estudando na Suécia como intercambiado. “Eu queria entrar para um clube como o do meu pai, mas simplesmente não tinha tempo disponível para isso, não tinha como me comprometer a estar toda semana num mesmo lugar para participar das reuniões”, ele conta. Tendo que compatibilizar suas múltiplas atribuições diárias – Frank divide seu tempo trabalhando como enfermeiro, corretor de imóveis, agente de viagens autônomo e piloto de avião – este jovem de 30 anos acaba não tendo tempo para

nada. O pouco que lhe resta ele aproveita para passar ao lado da mulher e da filha de nove anos. Sendo assim, as tradicionais reuniões semanais do Rotary são inviáveis para ele. Por causa disso, Frank passou a se informar sobre os e-clubes – os clubes rotários virtuais, que se reúnem pela internet – depois de ter ouvido falar deles durante uma conferência do distrito 5510 (Arizona, EUA), à qual compareceu na companhia do pai. “Eles estavam entregando prêmios aos sócios dos clubes virtuais, e então eu perguntei como eles funcionavam”, conta Frank Rosenberg. “Quando a conferência terminou, procurei me informar um pouco mais a respeito dos e-clubes”. O resultado: ele acabou encontrando o Rotary E-club de Southwest, um clube virtual onde os sócios podem trocar idéias, traçar planos para projetos locais, conectar-se através de reuniões online e participar de discussões em qualquer parte do mundo. As reuniões do clube duram uma semana inteira, começando sempre às 8h das segundas-feiras. “Posso acessar a reunião nos momentos mais convenientes para mim, e ainda posso ir como convidado ao clube do meu pai”, ele explica. BRASIL ROTÁRIO

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“Depois de uma interessante experiência como intercambiada na Suécia, concluí que gostaria de me tornar uma cidadã do mundo”– MARIA STALLONE

Embora se reúna pela internet, o clube de Southwest mantém uma intensa atividade comunitária. “Os nossos fóruns comunitários prevêem algumas seções exclusivas para os sócios e outras abertas à comunidade,” conta Frank. “Na seção exclusiva para os sócios, incluímos a agenda mensal, as discussões em geral, anúncios do clube, projetos e temos acesso aos e-mails de todos os companheiros para fazer contatos”. Ao contrário dos clubes tradicionais, idade não é problema num Eclub. “Não sei a idade de ninguém. Sei apenas que muitos deles usam regularmente o computador”, diz Frank Rosenberg. Os sócios do Rotary Eclub de Southwest ajudam os clubes tradicionais nos seus projetos e já patrocinaram um intercambiado e um bolsista. Durante uma viagem de avião a Baton Rouge, na Lousiana, uma das áreas castigadas pelo furacão Katrina em agosto do ano passado, Frank aproveitou sua filiação ao clube virtual para utilizar recursos do Rotary no auxílio às vítimas. Após fazer contato com alguns clubes virtuais da Costa do Golfo, ele conseguiu falar com Janice Bradshaw, secretáriageral do distrito 6200, que cobre a região de Baton Rouge. Janice, que vive a cerca de 100 quilômetros dali, em Lafayette, hospedou Frank até que ele encontrasse um lugar para ficar e servir como voluntário. “Durante os oito dias em que estive na Louisiana trabalhando como volun32

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tário no Pete Maravich Assembly Center, abrigamos cerca de 15 mil pessoas, das quais mais de 6.000 receberam assistência médica”, conta. Embora o e-clube cumpra bem a sua agenda, Frank não deixa de se encontrar pessoalmente com outros rotarianos durante as reuniões do clube de seu pai. “Tenho muito a aprender com os rotarianos mais velhos”, ele admite. “Eles são um modelo para mim, e parecem estar bem animados em ver os jovens entrarem para o Rotary, mesmo que não seja para clubes tradicionais”. MARIA STALLONE

Quando ingressou no Rotary Club de Jaipur Mid Town, Índia (D.3050) em 2005, Maria Stallone sabia que iria se sentir deslocada. Hoje, com 35 anos de idade, ela é uma das mais jovens entre os cerca de 80 sócios do clube, além de ser a única norte-americana – e uma das duas mulheres. “Falando francamente, o quadro social não está bem equilibrado”, ela observa. Atualmente, Maria dirige as operações na Índia da World Learning, uma sociedade sem fins lucrativos que promove a compreensão mundial através da educação e de projetos de campo. “Por causa da cultura local e do perfil do clube, tenho uma função difícil e peculiar”. Ela confessa que não se sente “em casa”, mas diz que fica feliz ao desempenhar o papel de elo de ligação entre seu clube indiano e o RC de sua mãe, em Fairfield, no estado norte-americano de Iowa.

Quando o clube de Jaipur Mid Town desenvolve algum projeto – seja construindo casas em aldeias pobres ou oferecendo auxílio em operações de catarata – Maria trabalha para firmar parcerias em Subsídios Equivalentes que envolvam o distrito de sua mãe e a Fundação Rotária. “Todos os envolvidos no projeto ficam muito orgulhosos pelo emparceiramento entre dois clubes desconhecidos, mas com uma pessoa que viaja regularmente entre eles”, ela afirma. Ao contrário do que ocorre na maioria dos outros clubes rotários, os sócios do Jaipur Mid Town não se encontram num espaço fechado: as reuniões ocorrem no local dos projetos, seja numa campanha para doar sangue ou num projeto de construção – a cada semana os sócios desenvolvem um projeto diferente. Embora tenha um perfil bastante diferente dos demais companheiros, Maria Stallone não sente qualquer sentimento negativo por parte deles, mas apenas curiosidade. Ela já fez palestras em clubes de toda a Índia, Malásia, Paquistão e Tailândia para contar sua experiência como rotariana estrangeira. “Tenho dedicado a minha vida a construir pontes de entendimento entre diferentes culturas”, ela conta. “Depois de uma interessante experiência como intercambiada na Suécia, concluí que gostaria de me tornar uma cidadã do mundo. Em todos os lugares em que chego para morar, procuro logo um Rotary Club”.

ASSUMINDO A liderança: apesar de ser muito jovem para os padrões alemães, Heidrun Rosendorn ingressou no Rotary e abriu caminho para outros jovens

HEIDRUN ROSENDORN

Tornar-se rotariana não foi uma coisa simples para Heidrun Rosendorn. Aos 20 anos, ela era rotaractiana em Mainz, na Alemanha. Aos 30, estava pensando no que iria fazer: ela já estava velha para ser rotaractiana, mas na Alemanha não é comum alguém entrar para o Rotary antes dos 45 anos,


ainda mais sendo mulher. Ainda que Heidrun e alguns de seus amigos dos tempos de Rotaract se encontrassem regularmente com outros jovens da comunidade e executassem alguns projetos de serviços, eles não eram considerados como integrantes do movimento rotário. Essa realidade acabou provocando um debate entre

Rotary Clubs alemães. Alguns rotarianos defendiam a idéia de criar uma organização para abrigar aquele tipo de jovens em idade intermediária antes deles serem admitidos como rotarianos. Outros optavam por acolher os jovens nos clubes. Por fim, alguns rotarianos simplesmente preferiam ignorar a situação. Em 2000, o Conselho

Diretor do RI entrou na discussão e incentivou os Rotary Clubs a admitir rotaractianos qualificados em seus quadros sociais. Além disso, o Conselho reiterou a posição anterior de não permitir a criação de entidades não-oficiais entre os Rotaracts e os Rotary Clubs. Determinações à parte, Heidrun Rosendorn ainda desejava fazer parte da or-

ganização que tantas oportunidades lhe proporcionara como rotaractiana ou como intercambiada nos EUA. “Ficou claro que o Conselho Diretor não iria admitir a criação de uma organização intermediária, por isso a maioria de nós preferiu ingressar num Rotary Club”, ela conta. Em 2001, juntamente com outros ex-rotaractiaBRASIL ROTÁRIO

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nos e jovens membros da comunidade, Heidrun foi reconhecida como sócia em potencial de um novo clube localizado nos arredores da cidade alemã de Frankfurt, formando assim a base inicial de seu quadro social. O EGD Jules Schroeder fundou o clube e então passou a presidência para a jovem companheira. “Lutei para criar este novo clube por saber que outras unidades rotárias resistiam à idéia de admitir jovens – e estes ex-rotaractianos eram pessoas muito qualificadas”, disse o EGD. É normal que um sócio do clube padrinho seja o primeiro presidente de um RC. Naquele caso, porém, era mais do que justo que Heidrun assumisse essa função, já que ela desempenhou um papel fundamental ao liderar o processo de fundação do clube e ao recrutar os sócios. O clube de Heidrun Rosendorn – o RC de Kelsterbach-Rhein-Main International (D.1820) – é o que tem o perfil mais jovem entre todos os clubes rotários da Alemanha. A idade média de seus sócios é 38 anos. “Um terço do nosso quadro é formado por mulheres”, conta Heidrun, atualmente com 41 anos. Ela acredita que os clubes deveriam diversificar, misturando jovens e idosos, homens e mulheres que possam trabalhar ombro a ombro. “O que importa é o diálogo”, sentencia. “O que acontece muitas vezes é que vivemos em ambientes em que as pessoas têm a mesma idade, exercem as mesmas profissões e geralmente são do mesmo sexo. O segredo é olhar para fora dos seus próprios limites. Sempre que tivermos mais do que uma perspectiva, conseguiremos ir mais adiante do que se estivéssemos olhando as coisas somente por um ponto de vista”. *A autora é uma escritora freelancer que vive e trabalha em Chicago. 34

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Pergunte a Rosemary Coordenadora regional do RI para o Desenvolvimento do Quadro Social ensina como os clubes podem atrair sócios mais jovens

R

ARAGON TEM feito os clubes refletirem sobre trabalho comunitário e o recrutamento dos jovens

osemary Barker Aragon acredita que os Rotary Clubs que desejam ter vida longa precisam se planejar. Como coordenadora regional do Rotary International para Desenvolvimento do Quadro Social na Zona 23 (que cobre o estado de Washington e parte dos estados da Califórnia, Idaho, Nevada e Oregon, nos EUA), ela faz do lema Seja Jovem Outra Vez a sua cruzada pessoal. Depois de fazer uma pesquisa sobre as diferenças entre gerações, ela colocou a mão na massa, apresentando suas conclusões em seminários multidistritais, conferências distritais e seminários de DQS voltados ao treinamento de presidentes e governadores-eleitos. Em suas palestras, Rosemary desafia os clubes a conhecerem melhor suas comunidades e a promover a atração de sócios em potencial em variadas faixas etárias. É justamente nesse ponto que ela começa a fazer as perguntas mais instigantes: Será que você vai escutar os sócios mais novos depois de conquistá-los? Será que a rotina do seu clube vai sofrer alterações para se adaptar a esses rotarianos mais jovens? Quando não está escrevendo sobre o desenvolvimento do quadro social,

ela trata do recrutamento de pessoas mais jovens na coluna que mantém na carta mensal de um distrito. Representante da Geração Baby Boom [NE: o período entre o fim da Segunda Guerra e os anos 60 marcado por um grande aumento na taxa de natalidade nos EUA], Rosemary Aragon é sócia do RC de University District of Seattle, EUA (D.5030). A seguir, leia o que ela disse a rotarianos dos EUA e do Canadá sobre algumas questões relativas ao desafio de se recrutar sócios mais jovens. No nosso clube, parece que estamos tranqüilos demais em relação a essa situação. Como podemos motivar nossos sócios a recrutar pessoas mais novas? JOYCE CAMPBELL, 62, RC DE MIDLAND, CANADÁ Os números mostram que não podemos relaxar. No esporte, na vida profissional e nos negócios, é preciso ter um banco de reservas forte. Todos nós precisamos desenvolver a geração seguinte para que as nossas organizações possam continuar existindo. Para se ter uma idéia, pela primeira vez na história nós temos quatro gerações trabalhando lado a

lado no mercado de trabalho norte-americano: os tradicionalistas (como são chamadas as pessoas com 60 anos de idade ou mais), os filhos da Geração Baby Boom (que estão na casa dos 40 até os 60 anos), a Geração X (formada por aqueles que estão entre os 30 e os 40 anos) e a Geração do Milênio, ou Geração Y, das pessoas que estão no começo de sua segunda década de vida ou mais novas. Nos próximos 25 anos, 80 milhões de pessoas nascidas durante o Baby Boom vão se aposentar nos EUA, mas haverá somente 46 milhões de representantes da Geração X para ocupar seus lugares. Em outras palavras: teremos que recrutar tanta gente da Geração X quanto formos capazes para manter o quadro social de nossos Rotary Clubs nos níveis atuais. Por outro lado, os sucessores da Geração X – ou seja: da chamada Geração do Milênio – são em número semelhante ao da Geração Baby Boom. Por que ignoraríamos um grupo tão grande e importante? Não sei se a situação do quadro social no Canadá é parecida com a dos EUA, mas sugiro que vocês estudem a questão e submetam o resultado aos seus clubes. Para que o Rotary BRASIL ROTÁRIO

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mantenha sua importância nos próximos 100 anos, a solução passa pela juventude. Se isso não motivar o nosso esforço em relação ao recrutamento de pessoas mais novas, o que mais poderia fazê-lo? Vivo numa região onde as pessoas mais idosas são a maioria da população. Como vamos fazer para recrutar sócios mais jovens? PEGGY SCOTT, 53, RC DE BENSON, EUA A primeira coisa a fazer é examinar sua comunidade de negócios. Verifique como é a distribuição etária nela, procurando saber a idade daqueles que dirigem os restaurantes e os bancos, ou qual é a idade dos médicos e dos advogados de sua região. Quando me engajei nessa campanha para renovarmos nosso quadro social, comecei a prestar atenção

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Como o Rotary pode reter os sócios mais jovens se as prioridades pessoais deles não são as mesmas dos rotarianos mais idosos? LYDIA BENETT, 46, RC DE BELLINGHAM SUNRISE, EUA

simultânea de oito deles, e em seguida deixe-os desenvolver e implementar seus próprios projetos (com o apoio de todo o clube, é claro). Explique como o clube teria que mudar sua cultura para se adaptar ao seu ritmo e seus interesses. Essa estratégia pode ser útil, por exemplo, se a idade média do seu clube for de 60 anos e você estiver tentando admitir jovens com idades entre 20 e 30 anos. Sócios mais jovens correm o risco de deixar rapidamente o clube por não conseguirem estabelecer laços de companheirismo entre os demais rotarianos. O que precisamos, em suma, é proporcionar oportunidades de serviço que eles possam aproveitar. Para saber mais sobre essa alternativa do “clube dentro do clube”, acesse o site <www.clubinaclub.com> Existe uma outra opção, que é criar novos clubes que tenham por missão recrutar pessoas com menos de 35 anos de idade. Os jovens líderes e sócios saberão conduzir um clube que atenda melhor os seus interesses de tempo e motivação. Criados os clubes, nós – os “mais maduros” – poderemos nos juntar a eles e nos adaptar às suas características. Vamos pensar, finalmente, no processo de aconselhamento mútuo que pode haver entre os rotarianos mais jovens e os mais idosos. Um companheiro do Oregon, aqui nos EUA, contou-me que os sócios mais jovens do seu clube viam com bons olhos a possibilidade de receber assistência e conselhos dos mais idosos. Os sócios mais idosos, por sua vez, poderiam pedir ajuda aos mais jovens em assuntos como novas tecnologias e marketing voltado para a juventude.

A saída é: pense em criar um “clube dentro do seu clube” para os mais jovens. Promova a admissão

Como podemos equilibrar as prioridades dos mais idosos com as dos mais jovens? Alguns só-

“Conscientize sua comunidade para o fato de que o Rotary é uma organização formada por diversos tipos de pessoas” nos jornais e nos boletins das associações e entidades filantrópicas. Em Washington, por exemplo, o jornal “Puget Sound Business” publica uma coluna chamada “Quarentões abaixo dos 40”, que apresenta empresários que estão na casa dos 40 anos de idade. Eu sempre leio a coluna, e procuro saber se os empresários que aparecem nela são rotarianos. Portanto, sugiro que você examine, em primeiro lugar, a sua comunidade. Mas se no fim das contas você constatar que a maioria dela é realmente composta por idosos, bem: tomara que eles sejam ao menos jovens de espírito...

Acho que os sócios mais idosos deveriam conhecer melhor os problemas e os desafios enfrentados pelos jovens em seu dia-a-dia. Você poderia me ajudar nessa tarefa? JOHN BURPEE, 38, RC DE DALLAS, EUA Como estão no começo de suas carreiras, as pessoas mais jovens costumam dedicar muito tempo à sua vida profissional. Mas não existe apenas isso: elas também praticam esportes, dedicam tempo a suas famílias e outros interesses, e ainda assim desempenham atividades filantrópicas. Além disso, os jovens costumam dar muito valor ao equilíbrio entre vida e trabalho – e eles geralmente colocam a vida em primeiro lugar, à frente do trabalho. Tenho visto e lido que as pessoas, independentemente da idade, sempre reservam uma parcela do seu tempo para as coisas em que acreditam, mesmo que este tempo seja escasso. Tenha em mente que os clubes deveriam valorizar cada momento de uma reunião, de um projeto de serviços e de lazer. Se uma reunião se arrasta por muito tempo, você certamente está correndo o risco de perder seus companheiros mais jovens.


cios mais maduros gostam de cantar hinos patrióticos e recitar orações, mas acho que o pessoal mais novo não se emociona muito com isso... JAY VAUGHT, 53, RC DE EVANSTON LIGHTHOUSE, EUA Acredito que a música é um elo entre as gerações. O problema não está nas canções dos anos 30 ou 40, mas no fato de o clube somente cantar esse tipo de música. Há algum tempo, durante um seminário para treinamento de presidentes eleitos ao qual compareci, foram cantados alguns hinos rotários tradicionais. Quando fui à tribuna para falar sobre essas diferenças entre as gerações, pedi que tocassem a música “Gangsta’s paradise”, do cantor de rap Coolio. Terminado o encontro, um jovem presidente-eleito veio até mim e contou: “Sabe, na abertura do seminário, quando

as pessoas estavam cantan- pessoas de que o Rotary é do aquelas canções anti- um clube de velhos e ricos? JUDY BYRON, 60, gas, telefonei para minha mulher e disse: ‘Querida, RC DE SIDNEY, CANADÁ você acredita que estamos canEsse assunto NA REDE tando essas múpertence à esfeSaiba como entrar sicas?’, e coloquei ra das relações em contato com o celular sob a públicas. Portanseu coordenador regional para mesa para que to, é importante Desenvolvimento do ela escutasse”. que os clubes Quadro Social Bom, diante prestem atenção acessando o site de tudo isso, o na aparência <www.rotary.org/ que eu poderia que estão dando jump/rimc> sugerir? Que a aos seus folhetos, reação da plaescolham com téia fosse observada. Você cuidado quem dá palestras verá quem está se identifi- para o público em geral e cando ou não com as can- selecionem bem as fotograções. E há casos especiais, fias utilizadas em sua divulcomo o do “Pledge of gação. Conscientize sua coAllegiance” [NT: uma ora- munidade para o fato de ção patriótica norte-ame- que o Rotary é uma organiricana], que nós já costu- zação formada por diversos mamos recitar em uma tipos de pessoas. Quanto à série de ocasiões. O fato impressão de que só os rié que os clubes devem cos participam do Rotary, questionar quantos dos avalie como os seus projeseus sócios ainda se atêm tos de serviços são conduziàs velhas tradições. dos. As famílias estão envolvidas? O seu clube se limita Como desfazer a im- a assinar cheques ou tampressão da maioria das bém coloca a mão na mas-

sa? No meu clube, quando um sócio faz uma doação para se tornar Companheiro Paul Harris, nós costumamos perguntar-lhe qual a razão daquele ato. Um deles declarou: “Não sou capaz de executar pessoalmente muitos projetos por causa da minha idade e do meu estado de saúde, por isso faço doações em dinheiro”. Então ele apontou para algumas pessoas e disse: “Dôo para que outros companheiros possam trabalhar em projetos. Eles estão em condições de executar os projetos que o meu dinheiro ajuda a executar”. Achei aquela afirmação fabulosa. É o que poderíamos fazer. Este é um grande exemplo de como um clube pode reunir pessoas de diferentes idades e níveis de renda, permitindo que cada um encontre o seu nicho e a sua oportunidade para servir. Tradução de Eliseu Visconti Neto.

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Interact & Rotaract ○

EM PARCERIA com o RC local, o Rotaract Club de João PessoaBancários, PB(D.4500) promoveu uma feijoada em prol do bebê Lucas Bezerra Ávila, que teve de ser submetido a um transplante de medula. Com a renda obtida no evento, os jovens puderam auxiliar a família do menino na compra de medicamentos e do leite especial de que ele necessita.

PARA ALEGRAR os pacientes do hospital do município, os jovens do Rotaract Club de Cândido Mota, SP(D.4510) idealizaram o programa Doutor Alegria e realizaram uma visita animada. Em outra ocasião, os rotaractianos, na companhia do governador do distrito, Alonso Campoi Padilha Jr., entregaram uma gibiteca e biblioteca às crianças do centro vocacional Frei Paulino.

OS INTEGRANTES do Interact Club de Santa Rita do Araguaia, GO e Alto Araguaia, MT(D.4770) realizaram uma campanha contra as drogas, entregando adesivos para os carros.

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OS INTEGRANTES do Rotaract de Patos, PB(D.4500) instalaram uma barraca e trabalharam na festa em homenagem à padroeira da cidade, Nossa Senhora da Guia, com o objetivo de arrecadar fundos para o projeto Brinquedoteca, que funcionará na sede do RC e da Casa da Amizade locais.

COM A presença de companheiros dos clubes patrocinadores – os dois RCs locais – foi fundado o Interact Club de Cachoeirinha, RS(D.4670). Também estiveram presentes integrantes dos Interact Clubs de Canela, Taquara, Campo Bom e Porto Alegre-Aeroporto, RS. OS JOVENS do Rotaract Club de LivramentoSul, RS(D.4780) plantaram mais de cem mudas de árvores frutíferas e ornamentais no Parque Batuva. Na ocasião, também auxiliaram o RC padrinho em uma campanha de vacinação. Os rotaractianos vêm ainda se dedicando ao projeto Olhando Além de Si Mesmo, que visa a embelezar o portal de entrada da cidade e criar um pomar comunitário na vila Simón Bolívar, que beneficiará as famílias carentes daquela área.


Escritório Contábil Nova Visão Ltda. CONTABILIDADE – DESPACHANTES LEGALIZAÇÃO DE FIRMAS

Imp. de renda p/Física e Jurídica Rua Álvaro Alvim, 31 - 16º andar - Centro Fone: (21) 2533-3232 G Fax: (21) 2532-0748 Cep: 20031-010 - Rio de Janeiro - RJ Direção: Joaquim Silva e José Soares

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Pelo fundo da agulha Antônio Torres Record Totonhim, protagonista do livro, está sozinho no mundo. Embalado pela imagem da mãe velhinha, mas ainda com uma visão boa para enfiar a linha pelo fundo da agulha sem usar óculos, ele repassa vários lances de sua vida, como se a olhasse por esse buraco. Totonhim está em uma nova encruzilhada. O homem fora de combate deita na cama e pensa no sentido de tudo. Não há ninguém para consolá-lo e ele se sente perseguido pelas histórias de amigos e parentes que se suicidaram. Quer voltar para a sua cidade, mas ela não existe mais. “Tentei, neste livro, fazer uma reflexão sobre este crepúsculo do mundo em que vivemos. Um mundo pós-utópico, pós-modernista, pós-tudo. Entendo que por trás dos impasses do personagem Totonhim não estão apenas os meus próprios. Nem apenas da minha geração. O que me parece é que de repente nos vemos todos – jovens, adultos e velhos – numa espécie de encruzilhada do tempo, em busca de uma saída para o futuro. E onde está esta saída? Eis a questão”, conta o autor.

A fuga do Bremen Peter A. Huchthausen Record Na noite de 30 de agosto de 1939, o Bremen levantou âncora a oeste de Manhattan, seguindo para a Europa. A tripulação manteve-se na popa, entoando a marcha nazista “Horst Wessel”, o hino nacional, e a saudação Heil Hitler, enquanto passava pela Estátua da Liberdade. O navio rumou para uma grande aventura épica, na qual abandonou toda a prudência – renunciando aos alarmes de nevoeiro, radares, e às luzes de navegação – evadindo navios de guerra e submarinos britânicos que pretendiam interceptálo em disparada rumo à segurança. Para a Grã-Bretanha, vencer o Bremen seria a propaganda da vitória, cuja importância poderia prover à Marinha um necessário navio para transporte de tropas. Mas as manobras evasivas

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Livros ○

do navio se sobrepuseram à potência britânica, tornando-se o símbolo da esperança para uma nova Alemanha. O livro coloca o leitor em meio à ação e o conduz dos navios americanos e britânicos até o próprio Bremen.

O homem que sorria Henning Mankell Companhia das Letras Neste quarto romance protagonizado por Kurt Wallander, o autor confronta o inspetor-chefe da polícia de Ystad com o sempre sorridente Alfred Harderberg. Avesso à publicidade, Harderberg é dono de um imenso império em que bancos, indústrias farmacêuticas, sociedades de investimento, plantações de chá e de café, manufaturas, construtoras e até, quem sabe, tráfico de órgãos humanos se mesclam e se confundem. O pedido para investigar um acidente fatal que levou à morte uma pessoa que lhe pedira ajuda leva Wallander a desistir da aposentadoria e voltar à ativa. Após quase dezoito meses de afastamento, o inspetor retoma as atividades com ânimo renovado para empreender uma batalha emocionante contra o poderoso Alfred Harderberg. Narrada com ritmo impecável, a ação se condensa nos dois últimos meses do ano, sob intensas ventanias, muito nevoeiro e chuva incessante.

Tamanho 42 não é gorda Meg Cabot Record Heather Wells, cantora pop que se transforma em detetive, é a nova heroína de Meg Cabot. Neste livro, Heather está no fundo do poço: perdeu seu namorado, nenhuma gravadora se interessa por suas músicas, ganhou peso e só entra em roupas tamanho 42, o pai está atrás das grades e a mãe fugiu para Buenos Aires com suas economias – e seu agente! Até que, aos poucos, as coisas parecem que vão se ajustar: ela conse-

gue um novo emprego como inspetora em uma faculdade de Nova York e está feliz com seu novo manequim. De uma hora para outra, porém, uma estudante morre misteriosamente no poço do elevador do campus. Os policiais e a diretoria estão prontos para declarar a morte como acidental, mas Heather conhece os adolescentes, e sabe que meninas não brincam com elevadores. Ainda que ninguém esteja muito interessado em ouvir suas suposições – mesmo que outras estudantes apareçam mortas de maneiras igualmente corriqueiras e sutilmente sinistras – Heather decide entrar numa enlouquecida caçada para descobrir a verdade.

Raro mar Armando Freitas Filho Companhia das Letras Os poemas que abrem o livro versam sobre a fatura literária: “Outra receita” fala do “resultado final da oficina” como um conserto de palavras, em que a carpintaria poética não tem hora para terminar. As influências do modernismo, na precisão construtiva e no lirismo, se fazem sentir em alusões a Mário de Andrade, Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto. Ao ideário modernista, o autor acrescenta o experimentalismo e o à-vontade estético aprendido no convívio com a poesia marginal e os poetas da nova geração. A transformação social e urbana do Rio de Janeiro também está presente no livro. O processo histórico fez com que o mar carioca se tornasse “raro”. O Rio se espraiou, e o mar que conserva o esplendor da cidade convive hoje com a multidão, o consumo, as armas, o tráfico, a automação.

Vale a pena ler O QUE TODA MULHER INTELIGENTE DEVE SABER – Steven Carter – Sextante A VOZ DO ESCRITOR – A. Alvarez – Civilização Brasileira ADORADA – Tilly Bagshawe – Record SEIS RAZÕES PARA CUIDAR BEM DA ÁGUA – Nilson José Machado e Silmara Cadesi – Escrituras

GOVERNANÇA CORPORATIVA NAS EMPRESAS – Edson Cordeiro da Silva – Atlas


Quantos Somos

NO MUNDO Rotarianos: 1.209.580; Clubes: 32.613; Distritos: 530; Países: 168. Rotaractianos: 162.679; Clubes: 7.073; Países: 157. Interactianos: 249.343; Clubes: 10.841; Países: 120. Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 6.206; Voluntários: 142.738; Países: 73. Número de Rotarianas: 169.758. NO BRASIL Rotarianos: 50.713; Clubes: 2.317; Distritos: 38. Rotaractianos: 15.203; Clubes: 661; Interactianos: 15.900; Clubes: 695; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 257; Voluntários: 5.865; Número de Rotarianas: 8.283. Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil.


Serviços ao alcance da população carente Dois Rotary Clubs do distrito promovem ações sociais

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OS RCs de João Pessoa-Norte, PB, e Petrolina, PE, organizaram mutirões de ação social em benefício de comunidades carentes. No município de Cabedelo, os companheiros paraibanos beneficiaram mais de cem pessoas, com serviços de clínica médica e prevenção da hipertensão arterial, dosagens de glicose, atendimento jurídico, cortes de cabelo e terapias naturais para trataOS PARTICImento de dores na coluna, musculares e estresse. PANTES tamFoi realizado também um bazar em que roupas, bém receberam calçados e outros utensílios foram vendidos pelo terapias preço simbólico de R$ 1. A ação contou com a naturais no parceria do Rotaract Club de João Pessoa-Norte e mutirão em Cabedelo dos maçons do Grande Oriente da Paraíba. O mutirão do RC de Petrolina aconteceu no bairro São Gonçalo. Os companheiros providenciaram atendimentos médico e odontológico, exames, assessoria jurídica, cortes de cabelo, distribuição de medicamentos e palestra para a comunidade. Para a ação, o clube fechou parcerias com a Pastoral Familiar do Bairro Santa Luiza, Senac, Sesi e Corpo de Bombeiros locais, e secretaria municipal de Saúde, en- OS CORTES de cabelo foram um dos servitre outros. ços oferecidos pelo RC de Petrolina

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O RC de João PessoaNorte realizou dosagens de glicose

O CORPO de Bombeiros local trabalhou na ação social no bairro São Gonçalo


D. 4310 QUARENTA E seis jovens e 22 companheiros participaram do Ryla realizado em Rafard, sob a coordenação da área nove do distrito. Além do clube local, o evento envolveu os RCs de Capivari, Elias Fausto, Rio das Pedras e Saltinho, SP. Estiveram presentes o prefeito municipal Vicente Sampaio de Almeida Prado Júnior e o governador do distrito, José Domingos Zanco.

D. 4420 RC DE Santos, SP – Junto com a academia Unique 1, lançou o projeto Esporte é Vida, com o objetivo de garantir vantagens terapêuticas e pedagógicas e incentivar o desenvolvimento das atividades motoras e respiratórias de alunos da Apae local, que farão aulas de hidroterapia. Os companheiros também promoveram o espetáculo cênico de moda Pérolas da Vida, no teatro Coliseu, para arrecadar fundos para o programa Polio Plus. RC DE São PauloSanto Amaro, SP – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de BerlimSchloss Köpenick, Alemanha (D.4420) – além do Sistema Municipal de Bibliotecas de São Paulo, o clube entregou as salas de pesquisa Rotary International e John F. Kennedy, reformadas e reequipadas, para a Biblioteca Municipal Prefeito Prestes Maia, que recebe diariamente cerca de 300 estudantes. O RC também organizou uma festa de Dia da Criança na creche municipal Jardim Maria Alice.

D. 4410 RC DE Guarapari, ES – Em parceria com o Senai, Petrobras e Organização Brava Gente, o clube pôs em prática o Projeto Capacitação Profissional e está oferecendo cursos a 500 jovens de comunidades carentes. A foto mostra uma das turmas de mecânica. Os companheiros vêm realizando ainda outras ações. Junto com a Pastoral da Terceira Idade e a Pastoral da Criança da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, proporcionaram uma tarde de lazer a mais de 150 crianças da comunidade Invasão do Lameirão, com brincadeiras, lanche e brinquedos.

D. 4430 RC DE São Paulo-Vila Carrão, SP – Em parceria com a Nossa Escola, os companheiros promoveram a encenação da peça “O Mágico de Oz”, em apoio ao projeto Integrar, da governadoria. A peça foi encenada por crianças portadoras de síndrome de Down, no teatro Paulo Setúbal, cedido pelo subprefeito municipal Vicente Marques, e foram arrecadados 66 brinquedos e 100 kg de alimentos, repassados às instituições Recanto Abraço da Águia e Lar Judite A. Paganini Corcelli. Em uma outra ocasião, o clube realizou nova edição do projeto Sorriso, junto com o Sepa Assistência Odontológica, e atendeu 230 crianças de seis a 11 anos.

RC DE São Paulo-Liberdade, SP – Companheiros, integrantes do Rotaract Club e do Rotakid locais doaram brinquedos para a Fundação Orsa, o que permitiu a criação de uma brinquedoteca. Em uma outra iniciativa, o clube, junto com os demais RCs do distrito, enviou uma equipe de IGE para o distrito 2620, no Japão.

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D. 4440 OS RCs de RondonópolisRondon e RondonópolisLeste, MT, trabalharam na campanha de vacinação contra a poliomielite. Os companheiros entregaram balas para as crianças.

D. 4470

RC DE Rondonópolis, MT – O clube inaugurou sua primeira biblioteca, que recebeu o nome de Luz do Saber e é destinada a crianças carentes do bairro Boa Esperança. Em outras oportunidades, os companheiros doaram tintas para o Hospital Psiquiátrico Paulo de Tarso, adquiridas com a verba do 1º Porco no Rolete, e trabalharam em uma barraca de pamonha, espetinho e bebidas no evento Liquidaqui, promovido pela Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis.

D. 4480

RC DE Andradina, SP – O RC vem realizando diversas ações: montou a praça de alimentação do dia de Ação Social, promovido pelo Grupo JBS-Friboi, e, com isso, conseguiu subsídios para atender a cinco entidades assistenciais locais (foto); participou da campanha de vacinação no município; e promoveu o Dia da Farinha, quando distribuiu à comunidade carente uma tonelada de farinha de mandioca, obtida junto a produtores.

RC DE Campo Grande-São Francisco, MS – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Dronfield, Inglaterra (D.1220) – o clube entregou um gabinete odontológico completo para o Lar das Crianças com Aids de Campo Grande. O casal governador Gener Silva e Rosa esteve presente.

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RC DE Fernandópolis, SP – Com a colaboração do Rotaract Club local e do RC de Fernandópolis-Nova Era, promoveu uma quermesse beneficente, em prol do orfanato Nosso Lar. Durante o evento, os companheiros leiloaram leitoas assadas.

EM VISITA Oficial aos clubes da cidade de Votuporanga, em São Paulo, o casal governador Beninho Dalto e Lourdinha participou da campanha de vacinação contra a poliomielite.


D. 4500 RC DE Campina GrandeSul, PB – Companheiros inauguraram, no Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário recém-fundado, instalações na reativação do poço tubular, localizado no Sítio Tambor.

RC DE João Pessoa, PB – Para comemorar o Dia do Jornalista e o Dia do Médico, o clube homenageou, respectivamente, os profissionais Giovanni Meireles (foto) e Gilson Espínola Guedes. Na foto, o jornalista recebe o Certificado de Excelência das mãos do presidente Luiz Gonzaga Guimarães Correia, na presença do companheiro Zenildo Bezerra.

RC DE Afogados da Ingazeira, PE – Junto com a Casa da Amizade local, o clube realizou um bazar beneficente e trabalhou na campanha de vacinação contra a paralisia infantil. Em outra ocasião, a família rotária participou das comemorações pelos dez anos do Grupo Renascer, celebrados com missa em ação de graças e feijoada dançante.

RC DE Esperança, PB – Trocou flâmulas com a intercambiada Karla Alejandra, do RC de Mérida-Nuevas Generaciones, México (D.4200).

D. 4510 RC DE Marília, SP – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Richland, EUA (D.5080) – o clube entregou dois caminhões destinados à coleta seletiva para a Cooperativa de Trabalho Cidade Limpa (Cotracil). A ação também contou com o apoio da Coca-Cola, que vendeu os veículos, reformados e preparados para atender às necessidades da cooperativa, a preço abaixo de mercado. Além de doar os caminhões, os companheiros viabilizaram a regularização da Cotracil como cooperativa.

RC DE Tupi Paulista, SP – Participou mais uma vez da Feira das Nações de Tupi Paulista, servindo seu tradicional macarrão. Os companheiros destinarqm a renda obtida no evento à Fundação Rotária e a instituições locais.

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D. 4520 RC DE Aimorés, MG – Em parceria com a Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Doce e a secretaria municipal de Ação Social, realizou o projeto Mãos à Obra, no distrito de Penha do Capim. Foram oferecidos serviços como emissão de carteiras de trabalho e identidade, aferição de pressão arterial, dosagem de glicose e assistência jurídica. Em outra ocasião, para comemorar o Dia do Soldado, o clube prestou homenagem a oito militares da 49ª Cia. de Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.

D. 4530

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D. 4540

RC DE Ceilândia, DF – Em Visita Oficial, o governador Luiz Gustavo Kuster Prado, junto com o presidente Amadeu Batista de Amorim e o governador assistente Aloísio Manzan, plantou uma carnaúba na sede do RC.

RC DE AraraquaraSanta Angelina, SP – Em nome do clube, o ex-presidente Ademir Antonio Travensolo (esquerda) entregou 150 fraldas geriátricas ao representante do Hospital Psiquiátrico Espírita Cairbar Schutel, Sergio Carrascosa. As fraldas foram confeccionadas pelo banco mantido pelo RC.

D. 4560

RC DE BebedouroSolidariedade, SP – O clube deu início ao projeto Trânsito, com o objetivo de salvar vidas, por meio da educação e conscientização de crianças e pré-adolescentes. O projeto visa a implantação do Espaço Rotary de Educação para o Trânsito, que terá uma cidade mirim permanente com mobiliário e sistema viário em escala reduzida, além de auditório para a realização de palestras.

RC DE Carmo do Cajuru, MG – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Rampart Range, EUA (D.5470) – o clube inaugurou a Escola de Costura da Casa do Menor Dona Hortência Aparecida Ribeiro. O espaço foi equipado com 17 máquinas de costura, mesas e acessórios.

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RC DE Coronel FabricianoNorte, MG – Para celebrar o Dia do Radialista, o clube homenageou Ademir Cunha, da Rádio Educadora. Ao lado da mulher, Fátima, o profissional recebeu a homenagem das mãos do presidente Gerson Soares Barbosa, na presença do companheiro Lúcio André.


Companheirismo no Dia de Fazer a Diferença Distrito de São Paulo adere à data que mobiliza voluntários em todo o Brasil

Desde 2003, voluntários de diversos pontos do país mobilizam-se em um mesmo dia e com um objetivo em comum: realizar ações sociais simultâneas. É o Dia de Fazer a Diferença no Brasil, que já foi abraçado por cerca de 1 milhão de participantes em mais de 300 cidades brasileiras, desde que começou a ser promovido. Este ano, clubes do distrito 4610, de São Paulo, aderiram à data. No Dia de Fazer a Diferença, os projetos realizados podem ser os mais variados possíveis, indo desde ações estruturais, como reforma, construção, revitalização e limpeza, a doações de alimentos e móveis, passando por atividades de recreação e campanhas de conscientização. O que importa é que, ao fim do dia, os voluntários tenham conseguido fazer a diferença na vida dos beneficiados. O Dia de Fazer a Diferença surgiu em 1992, quando foi idealizado pelo jornal americano USA Weekend e pela maior organização mundial voltada ao voluntariado, Points of Light Foundation (Fundação Pontos de Luz). Nos Estados Unidos, o evento acontece em outubro e, no ano passado, mobilizou 3 milhões de voluntários.

O RC de São Paulo-Itaim deu suporte ao projeto Asa Branca, em que mutirões de moradores trabalham no acabamento de casas de famílias carentes

D. 4610

O RC de Santana de Parnaíba-Centro Histórico organizou atividades lúdicas de recreação junto a entidades do município que atendem a pessoas com necessidades especiais

O RC de CotiaGranja Viana beneficiou os moradores da Vila Vicentina, que pertence à Sociedade São Vicente de Paulo e abriga 24 pessoas carentes. Os moradores ganharam pizzas, doações de alimentos não-perecíveis e puderam receber sessões de massagem, enquanto algumas reformas eram realizadas no local

O RC de São Paulo-Alto de Pinheiros promoveu o 1º Pedágio Solidário e arrecadou mais de 1,5 tonelada de alimentos não-perecíveis, brinquedos e roupas

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D. 4570 POR OCASIÃO da Visita Oficial do casal governador Waldir Nunes Ribeiro e Nelly aos RCs de Petrópolis, Petrópolis-Cidade Imperial e PetrópolisItaipava, RJ, companheiros dos três clubes se reuniram em frente ao monumento em homenagem a Paul Harris.

D. 4590 OS DISTRITOS 4590 e 4310 promoveram, na cidade de Piracicaba, em São Paulo, o Seminário Multidistrital da Fundação Rotária e do Desenvolvimento do Quadro Social. Na foto, o diretor do RI, Carlos Henrique Speroni (2º à direita), está acompanhado do EDRI Luiz Coelho de Oliveira, do EGD do distrito 4590 Rubismar Stolf e do casal presidente eleito do RC de Santa Cruz das Palmeiras, SP, Natal Aparecido Del Santo e Rosângela.

RC DE GuaratinguetáNorte, SP – O grupo escoteiro Sarça Ardente, mantido pelo clube, participou de desfile cívico na cidade.

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RC DE Campo Grande, RJ – Os companheiros têm desenvolvido diversas ações, entre elas: realizaram uma campanha de saúde bucal com a comunidade, em Santíssimo (foto); confeccionaram um outdoor para divulgar o clube; doaram alimentos e material de higiene pessoal e limpeza para a Associação Aliança dos Cegos; reinauguraram seu Marco Rotário; e receberam o coordenador de educação do Detran local, Gilberto Cetrin, para proferir uma palestra sobre educação no trânsito.

D. 4600 RC DE Volta Redonda, RJ – O clube completou 50 anos de fundação e a data foi comemorada com festiva, Sessão Solene na Câmara Municipal local, e um baile. Os companheiros aproveitaram a ocasião para homenagear os sócios fundadores Ludovico Leonardo Molica, Renato Frota Rodrigues de Azevedo e Francisco Cruz Júnior, acompanhados de suas respectivas mulheres, Maria, Emmy e Adélia.

RC DE Engenheiro Paulo de Frontin, RJ – Em parceria com o Rotaract Club local e a Associação Ciclística de Engenheiro Paulo de Frontin, o clube realizou o Dia D Brincar, com atividades como corrida do saco, dança da cadeira, cabo de guerra, corrida com ovo e amarelinha, entre outras. O evento foi aberto com queima de fogos e, para o encerramento, os participantes assistiram a uma apresentação da fanfarra Comag. Para o lanche, os companheiros distribuíram cachorros-quentes, refrigerantes, pipoca e doces. O Dia D Brincar também teve como parceiros instituições e comerciantes locais, além de moradores do município.


D. 4620 RC DE AvaréJurumirim, SP – Entregou cestinhas de doces para as 150 crianças atendidas pela instituição Voluntários Anônimos de Avaré. Em outra ocasião, o clube, em comemoração ao mês das Novas Gerações, premiou os líderes de sete escolas da rede estadual de ensino.

D. 4640

RC DE Ivaiporã, PR – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Arida, Japão (D. 2640) – o clube adquiriu e doou um desfibrilador portátil para o Corpo de Bombeiros local. Os companheiros também promoveram a 8ª Costelada Rotary, em prol da creche Comunidade Infantil Rotary, mantida pela Associação de Senhoras de Rotarianos local, e participaram da campanha de vacinação contra a poliomielite.

RC DE Cafelândia, PR – O clube deu início a um projeto de clorificação a baixo custo da água de pequenas comunidades rurais, com o objetivo de torná-la própria para consumo.

D. 4630 RC DE Moreira Sales, PR – Em homenagem ao Dia do Agricultor, os companheiros entregaram um Certificado de Reconhecimento Profissional a Antonio Perandré. Os rotarianos do clube também celebraram o Dia do Psicólogo, o Dia do Funcionário Público e o Dia da Vovó.

RC DE Salto do Lontra, PR – Promoveu, mais uma vez, o já tradicional Passeio Ciclístico, em comemoração ao Dia das Crianças. O evento ocorreu paralelamente ao projeto Ação Criança, realizado em parceria com a Associação de Senhoras de Rotarianos local e o Sesc de Francisco Beltrão, com apoio da secretaria municipal de Educação, Cultura e Esportes. Este ano, o passeio recebeu 411 inscrições e foram arrecadadas mais de quatro toneladas de alimentos, repassadas a creches dos bairros Olaria e Itaipu. Em outra ocasião, os companheiros entregaram uniformes e material escolar aos alunos da Escola Municipal Estudante Luiz José Penso Baggio.

D. 4650 RC DE Timbó, SC – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de LohrMarktheidenfeld, Alemanha (D.1950) – o clube doou uma tesoura hidráulica importada para o Corpo de Bombeiros local. O equipamento é utilizado no resgate a vítimas de acidentes automobilísticos. O ex-presidente Ingo Rubens Gütz, o prefeito municipal Oscar Schneider, o EGD Ernesto Bremer e o companheiro Horst Günther Gütz participaram da entrega ao sargento Gilmar Korc.

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D. 4670

RC DE Palmitinho, RS – Companheiros do clube na Câmara de Vereadores, onde homenagearam com uma comenda os educadores mais antigos do município.

D. 4660

RC DE Porto Alegre-Glória Teresópolis, RS – Realizou a 4a Caravana de Comunicação Social, projeto que visa dar publicidade às causas e obras sociais assistidas pelos Rotary Clubs da capital gaúcha, e que teve apoio de entidades como a Associação Médica e a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul e a OAB do estado. Durante o jantar em que aconteceu o evento, foram arrecadados R$ 800, revertidos à Apae e à Casa de Passagem do Idoso.

RC DE Canela, RS – A governadora Ana Glenda Viezzer, sócia do clube, ajudou os companheiros na campanha de vacinação contra a paralisia infantil. Ao lado da Casa da Amizade e do Interact, eles também participaram do desfile em comemoração ao Sete de Setembro; organizaram uma reunião dedicada ao mês das Novas Gerações, com a participação de lideranças juvenis da cidade; e homenagearam o delegado Luis Rogério Carvalho de Lima como Profissional Destaque de 2006.

D. 4680

O DISTRITO recebeu a visita de um grupo de intercambiados portugueses, que encerraram sua viagem participando da 1a Conferência Bidistrital do Rio Grande do Sul.

D. 4700

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RC DE Montenegro, RS – O clube construiu e entregou uma capela mortuária à comunidade de Vila Esperança, região carente do município.

RC DE Astorga-Rainha da Amizade, PR – Comemorando a Semana da Pátria, distribuiu kits entre as escolas da cidade contendo um CD e as letras dos hinos Nacional, da Bandeira e do município, entre outros.

D. 4710


D. 4710 RC DE Primeiro de Maio, PR – Durante as comemorações do Dia da Independência, o clube organizou um passeio ciclístico e sorteou duas bicicletas entre as crianças da cidade. Leandro Silva foi um dos premiados. A iniciativa contou com o apoio de empresas locais e da Polícia Militar. Durante a festa, também foi divulgado o resultado do concurso de redação promovido pelo RC nas escolas da cidade. O tema deste ano foi “Como mostrar um caminho para um Brasil melhor”.

D. 4730

RC DE São José dos Pinhais, PR – Os companheiros divulgaram sua atuação na comunidade instalando um outdoor em comemoração aos 60 anos do clube.

RC DE Belo Horizonte-Venda Nova, MG – Companheiros que participaram do desfile de Sete de Setembro na capital mineira. À direita, o presidente da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, Silvinho Rezende.

D. 4760

RC DE Ananindeua, PA – Todos os sábados, o clube oferece um curso de orientação vocacional para 180 alunos da rede pública, com palestras de profissionais em diversas áreas e encaminhamento para o mercado de trabalho. Os participantes ganham material e uniforme.

D. 4720

RC DE Maricá, RJ – Com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, que cedeu uma de suas unidades móveis, os companheiros fizeram aplicações de flúor em mais de 120 crianças da comunidade. Elas ganharam escovas de dente e assistiram, ao lado dos pais, a palestras sobre a saúde bucal.

D. 4750

JUNTAMENTE COM a OAB da cidade, os RCs de Niterói-Praias Oceânicas, Niterói-Leste e Niterói-Icaraí, RJ, realizaram o Dia da Cidadania.

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Mutirão de Catarata chega à quinta edição Projeto de sete clubes atendeu 21 mil pacientes este ano SETE CLUBES de São Paulo se reuniram para combater a catarata na quinta edição do Mutirão de Cirurgia. O evento recebeu mais de 6.000 inscrições prévias e foi realizado no estacionamento do Centro Comercial Leste Aricanduva, sob a coordenação do companheiro Gilson Barreto, do RC de São Paulo-Tatuapé. De acordo com a estimativa da Polícia Militar do Estado de São Paulo, mais de 21 mil pessoas estiveram presentes. Após os exames, 1.825 cirurgias foram agendadas. Além do clube citado, também trabalharam no mutirão os RCs de São Paulo-Água Rasa, São Paulo-Artur Alvim, São Paulo-Itaquera, São Paulo-Piqueri Novas Gerações, São Paulo-Vila Formosa, e São Paulo-Vila Matilde Centenário. O evento mobilizou 1.100 voluntários, entre médicos oftalmologistas e técnicos da área, auxiliares de enfermagem, estudantes de medicina e de cursos profissionalizantes da área de saúde, e movimento escoteiro, entre outros. A ação contou também com o apoio de 30 empresas e instituições públicas e privadas locais, como Asa Remoções, Associação Liga das Senhoras Muçulmanas para o Centro Cultural Árabe Islâmico do Brasil, Associação dos Delegados da Polícia Federal em São Paulo, Centro Universitário Metropolitano de São Paulo e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Desde o primeiro mutirão, em 2002, o projeto recebeu 45.994 inscrições, que resultaram em 1.990 cirurgias realizadas e no diagnóstico de 4.805 casos de outras doenças oculares. Considerado a maior ação de saúde ocular da região, o projeto do Mutirão de Cirurgia de Catarata já recebeu três prêmios de responsabilidade social.

D. 4430

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FILA PARA o atendimento: o mutirão é o maior do gênero na região

O EVENTO foi apoiado por 1.100 voluntários

APÓS OS exames, 1.825 pacientes tiveram cirurgias agendadas


D. 4770 RC DE Alto Taquari, MT – Com a torcida dos familiares e de integrantes do Interact – que formaram a Caravana Mais Numerosa e ganharam um troféu – os companheiros jogaram futebol durante o encontro interclubes realizado na cidade de Mineiros, GO. Essa união tem ajudado a Família Rotária de Alto Taquari a desenvolver diversos projetos comunitários, como as visitas mensais feitas às escolas da cidade para incentivar a freqüência às aulas, inclusive com a entrega de prêmios aos alunos mais assíduos. O clube participou da última etapa de vacinação contra a paralisia infantil, organizou o 3o Festival de Massas com Vinhos (que teve a renda revertida à Festa das Crianças, organizada em parceria com a prefeitura) e deu a partida em um projeto que fornece verduras a uma entidade assistida pela Pastoral da Criança. RC DE Rio Verde, GO – O companheiro Geraldo Martins e o presidente Magnaldo de Rezende ao lado das 50 novas cadeiras de rodas adquiridas com a venda de chaveiros promocionais.

D. 4780 RC DE Bagé-Sul, RS – A Santa Casa de Caridade foi um dos hospitais e escolas da cidade que receberam as lixeiras destinadas à coleta seletiva que vêm sendo doadas pelo clube. Os companheiros também trabalharam na última etapa da Campanha Nacional de Vacinação. RC DE Bagé-Campanha, RS – Com a renda do 1o Jantar Campeiro, doou catorze mesas-de-cabeceira ao Instituto Geriátrico José e Auta Gomes. O Instituto Caminho da Luz também foi beneficiado pela ação.

D. 4390

RC DE Aracaju-Novas Gerações, SE – Doou três estantes com livros à Casa de Apoio O Bom Samaritano, que cuida de pacientes soropositivos. A iniciativa faz parte do projeto Multiplicando Conhecimento. RCs DE São Paulo-Novas Gerações e São Paulo-Sudeste , SP – Fizeram uma festa para cerca de 800 crianças alunas de 18 Escolas da Família. O evento teve atividades recreativas, shows e distribuição de lanches.

D. 4420

VEJA SEU CLUBE NA BRASIL ROTÁRIO BR é uma das A revistas rotárias que mais dedicam

espaço às ações realizadas pelos clubes e distritos. Todos os meses, publicamos diversas páginas com fotos que ilustram o que vem acontecendo nos Rotary Clubs, Casas da Amizade, Rotaracts e Interacts de todo o país. Para que isso aconteça, nós contamos com a sua colaboração, leitor. É fundamental que suas cartas e e-mails sejam enviados à redação de forma correta, incluindo o nome completo do clube, o local e a data em que foram realizados os projetos e um breve relato sobre a importância deles para sua comunidade. Lembramos que a Brasil Rotário não publica posses ou fatos que possam obter o merecido destaque no boletim do clube. Se o seu projeto foi feito com a ajuda de parceiros, envie seu nome completo – sejam eles outros Rotary Clubs, entidades ou empresas públicas e privadas do Brasil e do exterior. No caso das siglas, explique-nos o que elas significam. Um detalhe muito importante: envie um telefone de contato (com o código de DDD) para que possamos falar com você em caso de dúvida. FOTOS Dê preferência às imagens que demonstrem movimento. Quanto menos posada a foto, melhor. É indispensável que as fotos tenham foco e nitidez (cuidado com a contraluz!) e estejam completamente identificadas, contendo o nome e o sobrenome de todos os fotografados (no caso dos grupos de até seis pessoas, nominados a partir da esquerda). Uma boa dica é que seja contratado um fotógrafo profissional para fazer a cobertura dos eventos mais importantes. Se a sua foto for de papel, não escreva nada no verso, e tenha o cuidado de protegê-la bem ao enviar pelo correio. Quando as fotos forem digitais – enviadas por e-mail, disquete ou CD – é necessário que elas tenham pelo menos 300 DPIs de resolução. Se o envio for feito por e-mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. Se você tiver alguma dúvida, entre em contato com a redação: e-mail: redacao@brasil-rotario.com.br telefone: 21-2509-8142 endereço: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar CEP: 20040-006 Rio de Janeiro – RJ

Nós e os rotarianos de todo o Brasil estamos esperando para ver o seu clube na revista. BRASIL ROTÁRIO

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Senhoras em Ação ○

AS SENHORAS da Casa da Amizade de Salto, SP(D.4310) promoveram o jantar beneficente Primavera Luso-Brasileira – Lembranças de Portugal para 200 participantes. Na celebração, além da comida e música típicas, houve a presença do Corpo de Baile Cidade de Salto, que apresentou a dança corridinho português. A renda obtida com o evento será destinada à Casa de Belém. AS INTEGRANTES da Casa da Amizade de Santa Rita do Passa Quatro, SP(D.4540) realizaram um chá colonial com direito a sorteio de brindes. Na foto, a presidente Glaucia Delsin Cassago ao lado de Tereza Cristina Stocco Giaretta, que ganhou um aparelho de DVD.

EM PARCERIA com os RCs de Porto Alegre-São João, RS (D.4670), Porto Alegre-Glória Teresópolis, Colégio Salesiano Dom Bosco e Centro de Integração EmpresaEscola local, a Casa da Amizade de Porto Alegre, RS(D.4680) deu início ao Curso para Alfabetização de Adultos. A iniciativa já beneficiou uma turma de 17 alunos de 21 a 75 anos de idade.

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A ASSOCIAÇÃO de Famílias de Rotarianos de Santo André-Norte, SP(D.4420) realizou sua tradicional feijoada beneficente, em prol das entidades por ela assistidas. APROXIMADAMENTE 300 pessoas compareceram à 16ª edição do chá anual beneficente oferecido pela Associação de Rotarianos de Salto do Lontra, PR(D.4640). Música ao vivo, números teatrais e de dança do ventre animaram o evento, em que também foram exibidos vídeos de projetos mantidos ou apoiados pelas senhoras ou pelo RC local, e material enviado pela intercambiada Suellen Warmling, que está na Turquia. A mãe da jovem, Arlete, ofereceu pratos típicos daquele país para serem degustados no chá.

A CASA da Amizade de Cachoeira do Sul, RS(D.4780) ofereceu mais uma vez seu tradicional Café Colonial. As próprias senhoras prepararam todos os quitutes do evento e destinaram a renda obtida a entidades assistenciais.


Novos Companheiros Paul Harris ○

D. 4430 AGRACIADO: RICARDO Rastrello, sócio do RC de São PauloFreguesia do Ó, SP. ENTREGUE POR: expresidente Roseli Buonano e presidente Vera Lucia Penteado Borges.

D. 4470 AGRACIADOS: JOSÉ Carlos Salgado e Wlamir Pontes, ex-presidentes do RC de BirigüiXIX de Abril, SP.

AGRACIADO: PAULO Cezar Tamanini, exgovernador assistente e ex-presidente do RC de Ivinhema, MS. ENTREGUE POR: EGD Oswaldo Casarotti.

D. 4490 AGRACIADO: MAXIMILIANO Loureiro, do RC de Imperatriz-Entroncamento, MA. ENTREGUE POR: governador Júlio D’Albuquerque Lóssio, na presença do presidente Ronaldo Tomaz de Aquino. AGRACIADA: VALÉRIA Carvalho Weyne, mulher do EGD José Háteras e Silva. ENTREGUE POR: governador Júlio D’Albuquerque Lóssio. AGRACIADO: MARCOS Pina, companheiro do RC de FortalezaOeste, CE. ENTREGUE POR: governador Júlio D’Albuquerque Lóssio.

AGRACIADA: ZÉLIA Corrêa de Oliveira Moraes, companheira do RC do Recife-Espinheiro, PE. ENTREGUE POR: casal EGD e ex-presidente José Albert Van Drunen e Liana.

D. 4500

AGRACIADA: TELMA Maria Barreto Biscontini, ex-presidente do RC do Recife-Frei Caneca, PE. ENTREGUE POR: EGD Alberto de Freitas Brandão Bittencourt.

Faça sua doação à Fundação Rotária do Brasil B BRASIL RASIL R ROTÁRIO OTÁRIO

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Novos Companheiros Paul Harris ○

D. 4500 AGRACIADO: MANOEL Ribeiro Varejão, companheiro do RC do Recife-Espinheiro, PE. ENTREGUE POR: casal EGD e expresidente José Albert Van Drunen e Liana.

D. 4580 AGRACIADO: JOSÉ Carlos Dias, sócio do RC de Ponte Nova-Piranga, MG, ladeado pelos companheiros Marília Fialho Gomes, Maura Maria da Silveira Salgado e Juan Tumba Noé.

D. 4510 AGRACIADO: RICARDO Aparecido dos Reis, governador assistente e companheiro do RC de Tupi Paulista, SP, na presença do presidente Rogério Calazans Plazza. AGRACIADO: ALON, filho do governador Alonso Campoi Padilha Jr. ENTREGUE POR: Vania, mãe do agraciado e mulher do governador.

D. 4620 AGRACIADOS: JOSÉ Basilio Beltrame e Beatriz Terezinha Coradi, sócios do RC de Cerqueira César, SP, com uma safira e um título Paul Harris, respectivamente. ENTREGUE POR: casal governador Valter Zamur e Márcia. AGRACIADA: MARIA Luiza Moechel Milano, companheira do RC de Sorocaba, SP, acompanhada do marido, Carlos Milano, também rotariano, e nas presenças do EGD Gilberto Carvalho de Oliveira, do ex-presidente Hélio Sola Aro e do companheiro Vanderlei Duarte.

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D. 4660 AGRACIADO: MARIO Antonio Ribas Alegretti, companheiro do RC de Santa Maria-Dores, RS. ENTREGUE POR: Themístocles A. C. Pinho, diretor 2007-09 do RI, na presença do ex-presidente Nelson Greff.

D. 4670 AGRACIADO: SILVÉRIO Utzig, sócio do RC de Montenegro, RS, na companhia da mulher, Elira. ENTREGUE POR: governadora Ana Glenda Viezzer Brussius, na presença do governador assistente e ex-presidente Adelírio Faleiro.


Novos Companheiros Paul Harris ○

D. 4700 AGRACIADO: LUIZ Antonio Colussi, companheiro do RC de Passo Fundo, RS. ENTREGUE POR: expresidente Jones Gabriel Guedes, afilhado do agraciado.

D. 4770 AGRACIADOS: LORENA Gouvêa Gonçalves Rodrigues e Valdir Antonio Niedermeier, com safiras, e Milton Pessoa Morbeck, Maria Alice Ribeiro e Jardel Adonis Niedermeier, com títulos Paul Harris, no RC de Santa Rita do Araguaia, GO-Alto Araguaia, MT. AGRACIADA: SHIRLEY Carnielo Louzada Lunardi, integrante da Casa da Amizade de Alto Taquari, MT e coordenadora assistente das Casas da Amizade da área IX do distrito. ENTREGUE POR: Viviane Joice Briancini Machado, ex-coordenadora assistente das Casas da Amizade da área IX do distrito.

AGRACIADO: ROBERTO Carlos Lunardi, governador assistente e companheiro do RC de Alto Taquari, MT. ENTREGUE POR: ex-governador assistente Zulmiel Barbosa Machado.

D. 4740 AGRACIADO: HERMINDO Orsatto, do RC de Xanxerê, SC, ladeado por Vanessa e Mateus Zanella e pelo casal presidente Sergio Luiz Zanella e Vânia.

D. 4780 AGRACIADO: PAULO Roberto Farias, expresidente do RC de LivramentoIntegração, RS. ENTREGUE POR: presidente José Zart.

AGRACIADO: EDUARDO Domingues, acompanhado da mulher, Claudia, e nas presenças do casal presidente do RC de Uruguaiana, RS, Renato Carpes da Costa e Izabel, de Eliane Flores e do governador assistente Roberto Custodio.

AGRACIADOS: DELVEAUX Vieira Prudente e Maria Mont’Serrat, casal ex-presidente do RC de Goiânia, GO. ENTREGUE POR: casal presidente Paulo Tadeu Machado e Elisa.

BRASIL ROTÁRIO

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Coluna do chairman da Fundação Rotária

Cartas & Recados ALFABETIZAÇÃO Parabéns pelas matérias sobre alfabetização que foram publicadas este ano. Isso mostra que nós, rotarianos, estamos cada vez mais conscientes que é de nossa responsabilidade cobrar das autoridades ações concretas para educar o povo brasileiro. Nelia Menezes Tortorelli, sócia do Rotary Club de Campo Grande-Pantanal, MS (D.4470). ● ● ●

HISTÓRIA RECONTADA Nunca é tarde para aprender, diz um adágio popular. Já ultrapassando a casa dos 70 anos, ao ler a edição 1011 da Brasil Rotário chamou-me a atenção o artigo “Data da Independência: 7 de setembro ou 2 de julho?” (do historiador e rotariano Francisco de Souza Brasil). Até então, não sabia que a Bahia comemora a Independência em outra data... Parabéns ao autor e à revista. Hernani José de Castro, sócio do Rotary Club de São Gonçalo do Rio Abaixo, MG (D.4520) ● ● ●

IGE Fiquei muito feliz ao ler a matéria sobre a viagem do grupo de IGE do distrito 4600 à Colômbia (“O IGE e as lições sociais aprendidas na Colômbia”, edição 1011). O jornalista Roberto Bretanha descreveu exatamente aquilo que senti em relação ao povo colombiano quando participei do mesmo intercâmbio em 2005. Ricardo Witte, sócio do Rotary Club de Carapicuíba, SP (D.4610) ● ● ●

OUTRAS CORRESPONDÊNCIAS A revista recebeu mais correspondências cumprimentando o companheiro Roberto Paraíso Rocha, sócio do Rotary Club do Rio de Janeiro, RJ (D.4570) pelo artigo “Advocacia no século 21”, publicado na edição de agosto. Entre elas, destacamse as cartas do jurista e professor Alberto Venâncio Filho, membro da Academia Brasileira de Letras, e do advogado Francisco Massá Filho. ● ● ●

Parabenizo a todos pela excelente qualidade da revista. Fábio Almeida, sócio do Rotary Club de Presidente Prudente-Sudoeste, SP (D.4510) 58

DEZEMBRO DE 2006

Como agradecemos

S

ão muitas as razões que levam as pessoas a contribuir com a Fundação Rotária. Mesmo que elas não tenham a intenção de serem reconhecidas, ainda assim é importante divulgar o seu ato. O programa de reconhecimento formal da Fundação teve início em 1957, com a criação do título Companheiro Paul Harris. O primeiro agraciado foi Allison G. Brush, um EDRI norte-americano que doou US$ 1.000 à Fundação Rotária naquele ano. Atualmente, já existem mais de 1 milhão de Companheiros Paul Harris em todo o mundo – e o prêmio tem sido uma das mais poderosas fontes de contribuição à nossa entidade. Em 1983, foi criado o Companheiro Paul Harris por Doações Múltiplas, destinado aos que já têm o título mas pretendem elevar o seu nível de contribuição. Em 1987, criamos a categoria Major Donor – ou Doador Extraordinário – voltada às contribuições ao Fundo Anual de Programas, que incluiu outros fundos, como o Fundo Permanente, criado em 1991, quando também foi criada a categoria de Benfeitor. Em 1999, foi a vez de lançarmos a Sociedade de Legados, que tem o objetivo de assegurar doações futuras e possui hoje, surpreendentemente, a marca de mais de 5.000 membros. No entanto, muitos doadores não desejam que suas doações sejam publicadas, o que é respeitado pelo Rotary, uma organização internacional que congrega pessoas de diferentes culturas e, por isso mesmo, respeita hábitos e costumes diferentes. Poucas entidades ostentam um sistema de reconhecimento aos seus doadores tão completo e bem administrado como a Fundação Rotária. Nós gostaríamos de agradecer profundamente todos aqueles que vêm nos apoiando. LUIS VICENTE GIAY EPRI e presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária

ROTARIANO DESDE 1949, o companheiro José Silvano Portes, de 96 anos de idade, é sócio do RC de Taguatinga, DF (D.4530). Companheiro Paul Harris, nestes 57 anos de vida rotária ele foi presidente de clube por duas vezes e ajudou na fundação de quatro RCs. Portes é o autor da “Cartilha Rotária”, hoje em sua 10a edição.

COM A presença das filhas, do genro e dos netos, o EGD Ary Adreazza, sócio do RC de Porto AlegreLeste, RS (D.4670) ganhou dos companheiros de clube uma festa em homenagem aos seus 90 anos de idade e 63 de vida rotária. Em um discurso inesquecível, ele agradeceu o presente: “É um dos momentos mais emocionantes da minha vida”.

Companheiro, se você tem 50 anos de Rotary ou mais, envie sua foto para a Brasil Rotário: ● E-mail: redacao@brasil-rotario.com.br Endereço postal: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar Centro – Rio de Janeiro – CEP: 20040-006


Rodrigo

em 2007 QQue 2007 venhamos a colher um mundo melhor.

☺A velhinha entra no quartel e vai

direto para o escritório dos oficiais. – Capitão, eu vim visitar meu neto, Sérgio Ricardo. Ele serve no seu regimento, não é? – Até ontem, sim! – Por que só até ontem? – Porque hoje ele pediu licença para ir ao enterro da senhora...

☺ Durante o jantar, a patricinha anuncia para toda a família: – Mamãe... papai... estou grávida! – Como?! – pergunta o pai, preocupado. – Estou grávida! – repete a menina. – E quem é o pai? – pergunta a mãe, atônita. – Eu sei lá! Vocês nunca me deixaram namorar firme! ☺Mais de meio século de harmonia

total naquele casamento. Aí ele morre, e não demora muito, ela também vai para o céu. Lá encontra o marido e corre até ele: – Querido! Que bom te encontrar. – Não vem não, assombração! O trato foi: “Até que a morte nos separe”.

☺O Quim, o Zé e o Joca estavam

trabalhando numa obra, quando o Quim caiu do 15º andar e morreu.

O Zé disse: – Alguém devia ir dizer à mulher dele. Ao que o Joca respondeu: – Eu sou bom com essas coisas, eu vou. Passada uma hora, o Joca estava de volta com um engradado de cerveja. O Zé perguntou: – Onde arranjou isso? – Foi a viúva do Quim que me deu – respondeu o Joca. – Como? Você fala que o marido morreu e ela te dá uma caixa de cerveja? – pergunta o Zé. Então o Joca começa a explicar: – Não foi bem assim. Quando ela abriu a porta eu disse: – Você deve ser a viúva do Quim. E ela respondeu: – Não, eu não sou viúva. E eu disse: – Quer apostar um engradado de cerveja? Colaboração do companheiro Hertz Uderman.

☺Desesperado, o chefe olha para o

relógio, e já não acreditando que um funcionário chegaria a tempo de fornecer uma informação importantíssima para uma reunião, liga no celular para o tal: – Alô! – atende uma voz de criança, quase sussurrando. – Alô. Seu papai está? – Tá... – ainda sussurrando. – Posso falar com ele? – Não – diz a criança bem baixinho. Meio sem graça, o chefe tenta falar com algum outro adulto: – E a sua mamãe? Está aí? – Tá. – Ela pode falar comigo?

– Não. Ela tá ocupada. – Tem mais alguém aí? – Tem... – sussurra. – Quem? – O “puliça”. Um pouco surpreso, o chefe continua: – O que ele está fazendo aí? – Ele tá conversando com o papai, com a mamãe e com o “bombelo”. Ouvindo um grande barulho do outro lado da linha, o chefe pergunta assustado: – Que barulho é esse? – É o “licópito”. – Um helicóptero!? – É. Ele “tlosse” uma equipe de busca. – Minha nossa! O que está acontecendo aí? – o chefe pergunta, já desesperado. E a voz sussurra com um risinho: – Eles tão me “puculando”.

☺ Joãozinho,

ao descobrir que nasceu no Brasil, seu pai na Alemanha e sua mãe no Japão, pergunta: – Nossa, e como foi que nos conhecemos?

☺Joãozinho estava vendo um anti-

go álbum de fotografias, quando viu uma foto e foi perguntar para sua mãe: – Mãe, quem é esse homem bonitão ao seu lado? A mãe respondeu: – É o seu pai. E Joãozinho disse: – Então quem é aquele gordo careca sentado ali no sofá? Extraídas da internet. BRASIL ROTÁRIO

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