Brasil Rotário - Dezembro de 2009

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BR ASIL R O T Á R I O

DEZEMBRO 2009

ANO 85

É Natal! E a revista, junto à Família Rotária, celebra os ideais do servir e da paz

Nº1050



Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.

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 O GRUPO de IGE do distrito 4680 chega a Detroit, EUA, e é recepcionado pelo governador 2008-09 do distrito 6330, Carl Fotheringham (ao centro)

Pág.

25

 PLANO ESTRATÉGICO: como toda grande instituição, o RI precisa definir suas metas (alvos) e ser capaz de atingi-las

Sumário 05 Mensagem do presidente

29 Missão motivadora

10 COLUNA DO DIRETOR DO RI A Família Rotária no servir

32 O que o Natal nos ensina sobre relacionamentos

12 Doadores anônimos

35 Edwin Futa em São Paulo

17 Janelas para o mundo

38 COLUNA DOS COORDENADORES REGIONAIS DA FR Panorama Polio Plus

Raul Casanova Junior

John Kenny

Guilhermino Silva da Cunha

Antonio Hallage

Warren Kalbacker

Maurício Boff e Cristiane Soethe Zimmermann

22 COLUNA DA ABTRF A ABTRF como instrumento de apoio à FR e aos projetos rotários José Luiz Fonseca

24 Conselho de Legislação 25 Modernidade e oportunidades empresariais Mário César Martins de Camargo

28 O futuro é agora

Altimar Augusto Fernandes e Henrique Vasconcelos

39 COLUNA DO CHAIR DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA A Fundação apoia uma vigorosa Família Rotária Glenn Estess Sr.

40 MONOGRAFIA PREMIADA Unindo forças pelo bem das crianças José Antonio Carlos David Chagas

43 ABTRF: Balanço Ano Fiscal 2008

Márcio Pereira Ribeiro

SEÇÕES Capa: foto Stock.XCHNG

04 Cartas e recados  Saudades

59 Senhoras em ação

06 Curtas Brasil

60 Novos Companheiros Paul Harris

08 Curtas Mundo

62 Novos clubes, novos amigos

36 Cultura

Os 50 Mais

42 Interact e Rotaract

63 Aconteceu na Brasil Rotário...

44 Rotarianos que são notícia

64 Relax

46 Distritos em Revista


ROTARY INTERNATIONAL ONE ROTARY CENTER

CONSELHO DIRETOR 2009-10

1560 SHERMAN AVENUE

EVANSTON, ILLINOIS, USA

GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL EM 2009-10 DISTRITO 4310 Emilio Carlos Cassano Rotary Club de Piracicaba-Povoador, SP

DISTRITO 4600 Ettore Dalboni da Cunha Rotary Club de Volta Redonda, RJ

DISTRITO 4390 Elder Silveira Sobral Rotary Club de Itaporanga D’Ajuda, SE

DISTRITO 4610 Reinaldo Aparecido Domingos Rotary Club de São Paulo-Jabaquara, SP

VICE-PRESIDENTE Eric E. Lacoste Adamson

DISTRITO 4410 Almiro Schimidt Rotary Club de Colatina-São Silvano, ES

DISTRITO 4620 Clovis Rodrigues Felipe Rotary Club de Avaré, SP

TESOUREIRO Michael Colasurdo Sr.

DISTRITO 4420 Roberto Luiz Barroso Filho Rotary Club de Santos, SP

DISTRITO 4630 José Claudiney Rocco Rotary Club de Cianorte, PR

DISTRITO 4430 Juvenal Antonio da Silva Rotary Club de Suzano, SP

DISTRITO 4640 César Luis Scherer Rotary Club de Marechal Cândido Rondon-Beira Lago, PR

DISTRITO 4440 Nelson Pereira Lopes Rotary Club de Rondonópolis, MT

DISTRITO 4650 Ernoe Eger Rotary Club de Blumenau-Norte, SC

DISTRITO 4470 Sergio de Araújo Philbois Rotary Club de Corumbá, MS

DISTRITO 4651 Paulo Fernando Branco Rotary Club de Balneário Camboriú-Norte, SC

DISTRITO 4480 Sueli Noronha Kaiser Rotary Club de São José do Rio Preto, SP

DISTRITO 4660 Olandino Roberto Rotary Club de Ijuí, RS

DISTRITO 4490 Pedro Augusto Pedreira Martins Rotary Club de Teresina-Piçarra, PI

DISTRITO 4670 Paulo Meinhardt Rotary Club de Xangri-lá, RS

DISTRITO 4500 Francisco Leandro de Araujo Jr. Rotary Club do Recife, PE

DISTRITO 4680 Carlos Roberto Silveira Borges Rotary Club de Guaíba, RS

DISTRITO 4510 José Uracy Fontana Rotary Club de Cândido Mota, SP

DISTRITO 4700 Evaristo Andreolla Rotary Club de Sananduva, RS

DISTRITO 4520 Itamar Duarte Ferreira Rotary Club de Sete Lagoas, MG

DISTRITO 4710 José Machado Botelho Rotary Club de Londrina-Norte, PR

DISTRITO 4530 Adriano Jorge Souto Rotary Club de Brasília-Centenário, DF

DISTRITO 4720 Antônio Lopes Lourenço Rotary Club de Belém-Norte, PA

DISTRITO 4540 Osvaldo Pontes Rotary Club de Sertãozinho, SP

DISTRITO 4730 Alcino de Andrade Tigrinho Rotary Club de São José dos Pinhais-Afonso Pena, PR

DISTRITO 4550 Luiz Antonio Souza Coelho Rotary Club de Itabuna, BA

DISTRITO 4740 Estanislao Díaz Dávalos Rotary Club de Chapecó-Oeste, SC

DISTRITO 4560 Carlos Alberto Dias Coelho Rotary Club de Itajubá, MG

DISTRITO 4750 Luiz Oscar Spitz Rotary Club de Araruama, RJ

DISTRITO 4570 Alcio Augusto Carpes Athayde Rotary Club do Rio de Janeiro-Galeão, RJ

DISTRITO 4760 Maria Inês Silveira Carlos Rotary Club de Francisco Sá-Norte, MG

DISTRITO 4580 José Antonio Cúgula Guedes Rotary Club de Juiz de Fora-Norte, MG

DISTRITO 4770 Nelson Marra de Oliveira Rotary Club de Ipameri, GO

DISTRITO 4590 Antonio Ademir Bobice Rotary Club de Limeira-Leste, SP

DISTRITO 4780 Lia Silvia Souza Pereira Rotary Club de Caçapava do Sul-Sentinela, RS

PRESIDENTE John Kenny PRESIDENTE-ELEITO Ray Klinginsmith

DIRETORES Antonio Hallage Catherine Noyer-Riveau David Liddiatt Ekkehart Pandel Frederick Hahn Jr. Jackson San-Lien Hsieh John Blount John Lawrence José Alfredo Sepúlveda K. R. Ravindran Kyu Hang Lee Lars-Olof Fredriksson Masahiro Kuroda Philip Silvers Thomas Thorfinnson SECRETÁRIO-GERAL Edwin Futa

CURADORES DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA 2009-10 CHAIR Glenn Estess Sr. CHAIR ELEITO Carl-Wilhelm Stenhammar VICE-CHAIR John Germ CURADORES Ashok Mahajan David Morgan Doh Bae Gustavo Gross C. José Antonio Salazar Cruz Louis Piconi Lynn Hammond Ron Burton Sakuji Tanaka Samuel Okudzeto Wilfrid Wilkinson William Boyd SECRETÁRIO-GERAL Edwin Futa

ÉTICA. Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais elevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil 2 DEZEMBRO

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Ano 85 Dezembro, 2009 nº1050 Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário CNPJ 33.266.784/0001-53 I Inscrição Municipal 00.883.425 Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria Rio de Janeiro – RJ I Tel: (21) 2506-5600 / FAX: (21) 2506-5601 Site: www.brasil-rotario.com.br I E-mail: revista@brasil-rotario.com.br

CONSELHO SUPERIOR (Colégio de Diretores do RI – Zonas 22 e 23 A) Mário de Oliveira Antonino (Recife-PE) EDRI 1985-87 Gerson Gonçalves (Londrina-PR) EDRI 1993-95 José Alfredo Pretoni (São Paulo-SP) EDRI 1995-97 Hipólito Sérgio Ferreira (Belo Horizonte-MG) EDRI 1999-01

Alceu Antimo Vezozzo (Curitiba-PR) EDRI 2001-03 Luiz Coelho de Oliveira (Limeira-SP) EDRI 2003-05 Themístocles A. C. Pinho (Niterói-RJ) EDRI 2007-09 Antonio Hallage (Curitiba-PR) DRI 2009-11

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2009-11 Diretoria Executiva Presidente Carlos Henrique de Carvalho Fróes Vice-Presidente de Operações Edson Avellar da Silva Vice-Presidente de Administração Waldenir de Bragança Vice-Presidente de Finanças Wilmar Garcia Barbosa Vice-Presidente de Planejamento e Controle Bemvindo Augusto Dias Vice-Presidente de Marketing José Alves Fortes Vice-Presidente de Relações Institucionais Carlos Jerônimo da Silva Gueiros Vice-Presidente Jurídico Jorge Bragança

Joper Padrão do Espírito Santo Taketoshi Higuchi Vicente Herculano da Silva

MEMBROS EFETIVOS Adelia Antonieta Villas Fernando Antonio Quintella Ribeiro Hertz Uderman José Luiz Fonseca José Moutinho Duarte José Ubiracy Silva Nelson Pereira Lopes Ricardo Vieira Lima Magalhães Gondim MEMBROS SUPLENTES Antônio Vilardo Aroldo Mendes de Araújo Herlon Monteiro Fontes GERENTE EXECUTIVO Gilberto Geisselmann ASSESSORES Alberto de Freitas Brandão Bittencourt Dulce Grünewald Lopes de Oliveira Eduardo Alvares de Souza Soares Eduardo de Barros Pimentel Fausto de Oliveira Campos Fernando Teixeira Reis de Souza Flávio Antônio Queiroga Mendlovitz Gedson Junqueira Bersanete Geraldo da Conceição Ivo Arzua Pereira

CONSELHO FISCAL Membros efetivos Nilson Moura Ril Moura Sebastião Porto (coordenador) Suplentes Artur Vieira da Cruz Carmelinda Amália Maria Maliska Cleofas Paes de Santiago CONSELHO CONSULTIVO DE GOVERNADORES Membros natos efetivos Governadores 2009-10 Representante Nelson Pereira Lopes Suplentes Governadores eleitos 2010-11 COMISSÃO EDITORIAL EXECUTIVA Presidente Carlos Henrique de Carvalho Fróes Membros Bemvindo Augusto Dias Edson Avellar da Silva José Alves Fortes Luiz Renato Dantas Coutinho Nuno Virgílio Neto Secretário Gilberto Geisselmann CONSELHO EDITORIAL CONSULTIVO Presidente Carlos Henrique de Carvalho Fróes Membros Bemvindo Augusto Dias Edson Avellar da Silva Fernando Antonio Quintella Ribeiro José Alves Fortes José Ubiracy Silva Mário César de Camargo Secretário Gilberto Geisselmann

EXPEDIENTE EDITOR: Carlos Henrique de Carvalho Fróes JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiz Renato D. Coutinho – Jorn. Prof. 25583RJ REDATOR-CHEFE: Nuno Virgílio Neto REDAÇÃO: Alex Mendes, Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, Maria Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira IMPRESSÃO: Log & Print Gráfica e Logística S.A. TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 54.200 exemplares ENDEREÇO: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro – RJ CEP 20040-006 – Tel.: (21) 2506-5600 E-MAIL DA REDAÇÃO: redacao@brasil-rotario.com.br HOMEPAGE: www.brasil-rotario.com.br *As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

Leia ste é o primeiro Natal depois das grandes vagas da crise econômica que varreu o nosso planeta a partir de 2007 e atingiu o seu auge em outubro de 2008. Doze meses atrás, aquele panorama permeou de preocupação quase todas as famílias durante as festas de fim de ano. Enquanto isso, a imprensa indagava em largas matérias se teríamos algo parecido com o colapso de 1929. Muitos já se esqueceram daquele momento. No Brasil, em outubro último, por exemplo, o índice de expectativa da demanda interna para os próximos seis meses assinalou, de acordo com a Confederação Nacional das Indústrias, um patamar de 59,9 pontos (praticamente o nível anterior à crise global, quando o índice era de 60 pontos). E foi em outubro que o comércio cresceu 7,1% em relação ao mesmo período de 2008. Nos EUA, as projeções mais recentes projetam um crescimento anual de 3,5% do PIB. Graças a uma política financeira e de investimentos bastante prudente, o RI manteve seus projetos nas áreas da educação, do combate à mortalidade infantil, da erradicação da pólio, dos recursos hídricos e tantos outros. O primeiro Natal depois da crise é o último da primeira década do século 21. Trata-se do fim de um ciclo e o início de outro? Para os verdadeiros rotarianos todos os dias são dias de agir pensando no próximo. É o espírito de Natal presente o ano inteiro. No famoso conto de Natal de Charles Dickens, o personagem Ebenezer Scrooge é um senhor ranzinza e egoísta que as pessoas evitam. Ebenezer somente mudará sua forma de ser, de ver o mundo, de sentir as pessoas à sua volta, após ser visitado por três espíritos: o do Natal passado, o do Natal presente e o do Natal futuro (que revela seu fim solitário e triste). Ninguém que ingresse no Rotary precisa ser assustado por tais espectros. Além de promover um sentido à vida de cada associado, nossa organização aglutina 1,2 milhão de pessoas em uma grande família. E todos têm nela a oportunidade de fazer a diferença para pais, mães, filhos e filhas de comunidades espalhadas por toda a Terra. A data que celebra o nascimento de Jesus é igualmente um momento de celebrar o servir e a paz; dois valores que Ele propagou há mais de 2.000 anos e o Rotary, uma organização laica e planetária, compreende e pratica. Portanto, que este 25 de dezembro seja o início de uma era de metas concretizadas e contentamento para vocês. Feliz Natal!

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Cartas & Recados A Seu Serviço

FELICITAÇÕES

Grande Brasil Rotário: meus cumprimentos e continuem nesta trilha útil e vitoriosa. Daniel Viuniski, governador 2010-11 do distrito 4700.

Uma história do Rotary

Campo de Sonhos O

Crédito: Jason Dailey/DAILEYIMAGES.COM

ondeado dos girassóis em flor na fazenda Kill Creek, de Darrell Zimmerman, no último verão, não era estranho no Kansas – que é conhecido, afinal de contas, como o Estado do Girassol –, mas aquela beleza desempenha um papel mais grandioso do que iluminar o prado. Associado do Rotary Club de De Soto, nos EUA, Zimmerman, cuja esposa Ruth é uma sobrevivente da pólio, vendeu as flores para arrecadar recursos para o Desafio de US$ 200 Milhões do Rotary. (A semente da idéia foi lançada quando ele soube de um fazendeiro da Nova Inglaterra que vendia flores com fins caritativos). Companheiros rotarianos ajudaram-no no plantio, nos cuidados e no corte das flores, que apresentam tonalidades de amarelo limão, chocolate e morango, além do tradicional amarelo alaranjado. “Muitas pessoas não têm

ideia da existência de tal variedade de cores”, conta Zimmerman. A venda resultou em US$ 3.000 e motivou um fazendeiro vizinho, que também possui um campo de girassóis, a parar e dizer: “Se você precisar de mais flores, venha e sirva-se”. BR

Diana Schoberg. Tradução de Eliseu Visconti Neto.

Saudades Germano Reis do Valle, associado fundador do RC de SantarémAldeia, PA (D.4720).

Ramão Vilalva, companheiro do RC de Rondonópolis, MT (D.4440).

Errata A 2ª Caminhada Rotary, notícia publicada na seção “Distritos em Revista” da edição de novembro, na página 45, foi organizada e realizada pelo RC de Santos-Vila Belmiro, SP (D.4420). Os outros nove clubes da cidade participaram do evento.

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Escritório do RI no Brasil Home page: http://www.rotar y.org.br Endereço Rua Tagipuru, 209 São Paulo – SP – Brasil CEP: 01156-000 Tel: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Horário: 2ª a 6ª, de 8h às 17h Gerente Celso Fontanelli celso.fontanelli@rotar y.org Quadro Social (Assistência aos Governadores de Distrito e aos Clubes) Débora Watanabe <debora.watanabe@rotary.org> Supervisor da Fundação Rotária Edilson M. Gushiken <edilson.gushiken@rotary.org> Supervisor Financeiro Carlos A. Afonso <carlos.afonso@rotar y.org> Encomendas de Publicações, Materiais e Programas Audiovisuais Clarita Urey clarita.urey@rotar y.org Tel.: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Rotary International Secretaria (Sede Mundial) 1560 Sherman Avenue,Evanston, Il 60201 USA Phone: 00-21-1847 8663000 Fax: 00-21-1847 328-8554 Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)


Mensagem do Presidente M EUS

COMPANHEIROS ROTARIANOS ,

ideia de Família Rotária é simples e celebrada a cada dezembro, o Mês da Família no calendário do Rotary. Todo rotariano é membro da Família Rotária – mas nossa família é muito maior que os 1,2 milhão de associados do Rotary. Fazem parte dela todos os homens, mulheres e crianças envolvidos em nosso trabalho: nossos cônjuges e filhos, os atuais e exbolsistas da Fundação Rotária, e todos aqueles que participam dos nossos programas, em dezenas de milhares de comunidades onde o Rotary está presente em todo o mundo. A geração mais nova da Família Rotária é integrada pelos nossos Rotaract e Interact Clubs, pelos bolsistas da Fundação Rotária e os mais de 8.000 jovens que participam do Intercâmbio de Jovens todos os anos. A exemplo de qualquer família, nossos jovens são a nossa mais brilhante esperança para o futuro. Desejo sinceramente que muitos deles tornem-se rotarianos na época apropriada. Mas o Rotary já faz parte de suas vidas – e eles já são parte de nós. Minha mulher, June, e eu estamos casados há mais de 40 anos. Também sou rotariano há quase esse mesmo tempo. Embora as mulheres não fossem aceitas no Rotary àquela época, June começou a fazer parte da Família Rotária desde o dia em que eu me associei ao Rotary Club de Grangemouth. Sem dúvida, o serviço rotário exigiu muito de nós dois desde então, mas também não há dúvida de que colhemos mais do que plantamos. Acredito que a associação a um Rotary Club pode e deveria enriquecer nossa vida pessoal e nossas relações familiares. Quando trabalhamos para atrair mais jovens qualificados, deveríamos nos lembrar que os jovens profissionais de hoje tentam equilibrar, na maior parte das vezes, as responsabilidades profissionais e familiares. O comprometimento com o serviço rotário deve complementar essas responsabilidades, e nunca competir com elas. Se evitarmos reuniões durante o horário de trabalho, planejarmos atividades que envolvam os nossos familiares e os recebermos sempre que possível em nossos clubes, ajudaremos a família de todo rotariano a se sentir parte da grande Família Rotária. Cada clube deveria se empenhar em promover uma interação equilibrada entre os rotarianos, suas famílias e a Família Rotária. Somente o trabalho em conjunto, como em família, poderá garantir que o Rotary de hoje se transforme num Rotary ainda maior amanhã.

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NA REDE

Leia os pronunciamentos e as notícias do presidente do RI John Kenny acessando o site www.rotary.org/president

JOHN KENNY Presidente do Rotary International B RASIL R OTÁRIO 5


Curtas Brasil

Distritos recebem Troféu Paulo Viriato Na edição do mês passado (novembro, nº 1049), divulgamos a premiação do

primeiro lugar em arrecadações para a Fundação Rotária no período 2008-09, que foi para o distrito 4420. O evento ocorreu no Instituto Rotary do Brasil, em Gramado. Agora, publicamos os segundo e terceiro colocados. Distrito 4430: segundo lugar Na foto ao lado, o EGD Antônio José da Costa, decano do distrito 4430, exibe o Troféu Paulo Viriato Corrêa da Costa. A partir da esquerda, o coordenador regional da Fundação Rotária Altimar Augusto Fernandes; o diretor do RI, Antonio Hallage; o presidente do RI, John Kenny; o curador da Fundação Rotária Sakuzi Tanaka; a ex-coordenadora regional da Fundação Rotária Aldair Franco; e o atual coordenador, Henrique Vasconcelos .

Sérgio Afonso

Distrito 4610: terceiro lugar

O governador 2008-09, Amilton Medeiros da Silva, recebe a distinção. Seu distrito arrecadou US$ 257.789,70.

Quantos Somos

NO MUNDO

Rotarianos: 1.217.157; Clubes: 33.692; Distritos: 534; Países e regiões: 211; Rotaractianos: 180.274; Clubes: 7.838; Países: 164; Interactianos: 281.152; Clubes: 12.224; Países: 132; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 6.785; Voluntários: 156.055; Países: 78; Número de rotarianas: 197.392.

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Relações Públicas: habilitação é necessária

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fim da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da atividade, decidido pelo Supremo Tribunal Federal em 17 de junho, não afetou a profissão de relações públicas (RP). Dentre as mais conhecidas habilitações de Comunicação Social – jornalismo, publicidade e relações públicas –, esta é a única que mantém a exigência. Conforme lei federal nº 5.377 de 1967, um profissional de RP precisa ser formado em Comunicação Social, com habilitação na área, ou ter concluído curso equivalente no exterior, desde que o diploma seja validado pelo MEC. “O mercado pode proporcionar a prática, sem dúvida. Mas os conceitos técnicos essenciais, somados a uma formação humanística ampla e reflexiva somente podem ser obtidos por meio de cursos regulares de formação superior”, comentou Elaine Lina, presidente do Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas - 2ª Região, em entrevista para o Portal Imprensa.

NO BRASIL

Rotarianos: 53.024; Clubes: 2.332; Distritos: 38; Rotaractianos: 14.927; Clubes: 649; Interactianos: 16.445; Clubes: 715; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 268; Voluntários: 6.164; Número de rotarianas: 10.269. Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil (dados de outubro de 2009)


Reconhecimento

100% V

eja a lista completa dos clubes brasileiros com 100% de Companheiros Paul Harris no portal da Brasil Rotário. Basta acessar www.brasil-rotario.com.br. O reconhecimento é oferecido aos clubes em que todo sócio representativo é um Companheiro Paul Harris.

Três brasileiros na

Citação por Serviços Meritórios

Os agraciados com a Citação por Serviços Meritórios da Fundação Rotária do período rotário 200809 foram anunciados. Entre eles, três brasileiros: o ex-governador Paulo Eduardo de Barros Fonseca, do distrito 4430; Aldamira Ramalho Pereira S. Barreto, do 4500; e Dalva Figueiredo dos Santos Rigoni, do 4640. A Citação reconhece pessoas que prestaram serviço relevante e ativo à Fundação durante mais de um ano. Embora todos possam indicar um candidato para o prêmio, os governadores de distrito devem aprovar cada nomeação.

Professora recebe prêmio armelinda Amália Maria Maliska, suplente do Conselho Fiscal da Brasil Rotário e presidente do RC do Rio de Janeiro-Saúde, entrega o diploma de terceira colocada à professora Edina Watfa Elid Duenhas pelo 16º Concurso de Monografias da Brasil Rotário. O prêmio de Edina leva o nome do presidente brasileiro do RI Paulo Viriato Corrêa da Costa e consiste também de um cheque de R$ 2.000. O tema deste ano foi uma das prioridades do presidente 200809 do RI, Dong Kurn Lee: Vencer a Mortalidade Infantil – Desafio da Humanidade. Na página 40 desta edição publicamos um resumo da monografia do segundo colocado, o professor José Antonio Carlos David Chagas.

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EDINA WATFA e Carmelinda Maliska, presidente do RC RJ-Saúde

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Curtas Mundo

A meio caminho do Desafio dos US$ 200 Milhões m reconhecimento ao Dia Mundial da Pólio – 24 de outubro –, rotarianos de todos os cantos do planeta comemoram um marco importante na campanha global de levantamento de fundos para a erradicação da doença: os quase US$ 100 milhões já alcançados do total de US$ 200 milhões que devem ser arrecadados até 2012, como parte da doação-desafio de US$ 355 milhões oferecida pela Fundação Bill & Melinda Gates. Os recursos servirão, inclusive, para levar uma vacina bivalente nova e mais eficaz, aprovada recentemente para uso nos próximos meses, a países que ainda lutam contra a poliomielite em partes da África e no sul da Ásia. “Percorremos um longo caminho”, afirmou o presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária, Glenn E. Estess, Sr. “Reduzimos o número de casos em mais de 90%, mas não é hora de dar trégua. O 1% restante tem se mostrado o mais problemático, pois o poliovírus persiste nas regiões mais incontroláveis do mundo.” A pólio poderá se tornar a primeira doença erra-

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Os países contra a pólio ara reforçar a conscientização e aumentar os recursos necessários ao impulso final de erradicação da poliomielite, Rotary Clubs de diferentes países conduziram atividades envolvendo o Dia Mundial da Pólio. Veja o que alguns deles fizeram: Alemanha – Cerca de 1.000 clubes trabalharam em uma campanha nacional de difusão. Rotarianos prepararam exibições do documentário indicado ao Oscar “The Final Inch” em Colônia e Berlim. A programação incluiu um painel de especialistas com a presença do produtor do filme, que mostra os desafios atuais para erradicar a pólio na Índia. Outras iniciativas locais foram a gravação de um CD beneficente com a participação de artistas internacionais, como o cantor Seal e o grupo REM (10 euros de cada venda serão destinados à erradicação da pólio), concertos beneficentes e eventos escolares.

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dicada pela humanidade no século 21, após um investimento internacional de US$ 6,22 bilhões e o bem-sucedido engajamento de mais de 200 países e 20 milhões de voluntários. Quem quiser apoiar essa iniciativa pode buscar informações nos endereços eletrônicos www.rotary.org/endpolio e www.polioeradication.org. Áustria – Rotary Clubs organizaram uma semana nacional de conscientização contra a pólio, quando venderam sementes de girassol em todo o país por cinco euros – custo aproximado de dez doses da vacina. Washington, EUA – Rotarianos da Virgínia coordenaram a Caminhada pela Polegada Final da Erradicação da Pólio, passeio de 32 quilômetros que terminou na Casa Branca. Califórnia, EUA – Como parte de uma conferência regional, rotarianos assistiram ao documentário “The Final Inch”. Colorado, EUA – Em um evento, o governador do Colorado, Bill Ritter, reconheceu a bemsucedida parceria entre os Rotary Clubs daquele estado e a Fundação Bill & Melinda Gates na luta contra a pólio. O evento incluiu uma apresentação sobre a pólio ministrada pelo médico Walt Orenstein, da Fundação Bill & Melinda Gates. * Tradução de Eliseu Visconti Neto.


Rotary Images

Escrito nas estrelas P

no Cabo Canaveral, Estado da Flórida, nos EUA, com a finalidade de investigar o cometa Wild 2 e o asteroide Annefrank e também recolher poeira interestelar. Por conta de uma promoção da National Space Society, a Stardust transportava, em seu interior, dois microchips aproximadamente do tamanho de uma moeda. Um deles levava inscritos 160 mil nomes de pessoas e o outro, 1 milhão. Entre os nomes, estava o de Paul P. Harris.

Convenção do RI terá fala de Dolly Parton

eu, então acredito de verdade que possamos fazer algo extraordinário juntos para ajudar ainda mais crianças a amarem os livros e serem bem-sucedidas”, disse Parton, em março. A cantora desenvolveu sua paixão pelos livros ao crescer na área rural do Estado do Tennessee, nos EUA, e testemunhar o preço alto pago pelas famílias em consequência do analfabetismo. Desde seu lançamento, em 1996, a Biblioteca da Imaginação conseguiu mais de 23 milhões de livros para crianças em idade pré-escolar.

aul Harris tem um homônimo no espaço. Tratase de um asteroide que está circundando os céus. O corpo celestial foi descoberto pela astrônoma Eleanor Helin, do Observatório Palomar, na cidade de San Diego, Estado da Califórnia, nos EUA, em 1995. Helin, que é uma vítima da pólio, quis homenagear o Rotary por seu esforço global para erradicar a doença e encontrou uma maneira inusitada de fazêlo batizando o asteroide com o nome do seu fundador. Graças à astrônoma, Paul Harris, que deu a volta ao mundo em diversas ocasiões durante a vida, continua sua peregrinação. O nome de Paul Harris esteve envolvido também em outro projeto no espaço. Em 1999, a sonda espacial Stardust, da Nasa, foi lançada pelo foguete Delta 2,

cantora americana de música country e filantropa Dolly Parton será uma das palestrantes centrais na Convenção de 2010 do Rotary International, a ser realizada entre 20 e 23 de junho, na cidade de Montreal, província de Quebec, no Canadá. Ela falará na sessão plenária na manhã de 23 de junho para inspirar o amor à leitura e aos livros entre as crianças em idade pré-escolar. Parton e o programa Biblioteca da Imaginação, iniciativa de sua Fundação Dollywood, se associaram ao Rotary International em março para ajudar a prover, todos os meses, livros apropriados para crianças menores de cinco anos de idade. Na Convenção do RI, a cantora falará aos rotarianos sobre a importância da leitura desde cedo na infância e contará como a colaboração com o Rotary aumentou o sucesso da Biblioteca da Imaginação. “Os rotarianos amam as crianças tanto quanto

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Coluna do Diretor do RRotary otary International Antonio Hallage

A Família Rotária no servir O Rotary somente será uma entidade vencedora no século 21 se souber atrair a família para o serviço. Mas quem é a Família Rotária? Quem a compõe? Seguramente, são os membros da família natural dos rotarianos e rotarianas, ou seja, cônjuges, filhos, pais e netos. Mas também são membros integrantes dessa família os participantes dos programas estruturados do Rotary International: Interact, Rotaract, Intercâmbio de Jovens e RYLA, bem como os bolsistas da Fundação Rotária atuais e anteriores. Igualmente, podemos considerar integrantes dessa grande família os beneficiários dos projetos humanitários do Rotary, subsidiados ou não pela nossa Fundação Rotária. Os envolvidos nesses projetos tiveram, sem dúvida, sua vida transformada para melhor e tiveram ampliada sua dignidade como cidadãos. Como toda família, a nossa Família Rotária deve ser nutrida e mantida coesa por meio do objetivo comum. Deve ser propagadora e garantidora de valores que defendemos, que entendemos valer a pena lutar e perpetuar. À Família Rotária cabe propagar os valores da integridade, diversidade, companheirismo, transparência e ética. É sua missão propagar o exercício da solidariedade como sentimento natural do ser humano, e que deve ser exercitado na direção dos menos favorecidos para a criação de uma sociedade de respeito e de responsabilidade de uns

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para com outros. Somos todos responsáveis pelos que conosco convivem na comunidade. TODOS SÃO VALIOSOS É esta nossa Família Rotária que, garantidora da convivência pacífica, construirá a reputação do Rotary e o conservará atuante no futuro, até mesmo por sua capacidade de gerar novos rotarianos e rotarianas. Portanto, é de fundamental importância a agregação de todos os componentes da Família Rotária ao serviço. Nenhum membro é dispensável, e colocar todos em ação colimada é fundamental para produzir o efeito tão desejado da compreensão e da paz. O Rotary deve ser capaz de manter ativos e úteis todos os componentes dessa família gerada e construída ao longo de mais de 104 anos, com esforço, dedicação, disponibilidade e até criatividade. Todos têm uma função. Todos, a seu modo, são necessários. E devem

ser lembrados disso; devem receber tarefas, ser chamados à ação e ter responsabilidades claras. E qual é o papel que cabe a cada um de nós? Cada qual deve, no seu âmbito de ação, no envolvimento com os projetos e programas: I Criar oportunidade de servir; I Agir com competência; I Cumprir seus compromissos. O Rotary não se transformou no que é hoje por ter em seus quadros pessoas com títulos impressionantes, mas porque pessoas comuns tinham dentro de si a paixão de fazer a diferença. Paul Harris, Arch Klumph e tantos outros foram um exemplo disso. Nosso fundador era esse tipo de pessoa. Ele não era rico, e muito longe de ser um famoso e importante advogado de Chicago, Paul era um jovem solitário. Vindo de uma família com problemas, foi criado por seus avós, mas com consistentes e simples valores familiares. Mas, 104 anos atrás, ao reunir-


se com três amigos, como se fossem eles seus parentes, no restaurante Madam Galli, Paul mudou o futuro da história da humanidade. A semente que eles plantaram germinou para influenciar: I A paz entre as nações; I Os direitos humanos; I Um código de conduta ético em todas as profissões;

I A mitigação, em escala mundial, da pobreza, do analfabetismo e de doenças terríveis como a pólio. Esses são a responsabilidade e o legado que se encontram em nossas mãos. Como uma grande família, temos que nos apossar desse legado, com a consciência de que o Rotary do futuro ficará como nós o deixarmos.

A

proveito o ensejo deste espaço para desejar a todos os integrantes da grande e crescente Família Rotária os votos de um muito Feliz Natal e de um Novo Ano repleto de profícuas realizações.

A Família Rotária construirá a reputação do Rotary e o conservará atuante no futuro, até mesmo por sua capacidade de gerar novos rotarianos e rotarianas

Sumário das decisões do Conselho Diretor do RI Reunião de novembro de 2009 Amplia a moratória para a revisão de novos Grupos de Ação Rotária (Rotarian Action Groups) até a próxima reunião de junho de 2010.

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I Aprova emenda ao Code of Polices, permitindo que líderes rotários publiquem livros relatando sua experiência no Rotary e, mesmo sem serem licenciados autorizados pelo RI, possam usar a logomarca do Rotary, desde que todo o resultado da venda da obra seja doado à Fundação Rotária e que tal publicação ateste, em lugar bem visível, que ela não é uma publicação oficial do Rotary International.

Em relação às finanças distritais do Programa de Intercâmbio de Jovens, o Conselho Diretor do Rotary International: G Concorda que, com a finalidade de assegurar transparência nos custos administrativos cobrados dos pais ou responsáveis dos estudantes no exterior, que os comitês distritais do Programa de Intercâmbio de Jovens encaminhem aos pais ou responsáveis proposta de custos, expostos em itens, informando como estes valores, a serem pagos para a participação no Programa de I

Intercâmbio de Jovens, serão utilizados. A cópia da proposta de custos será encaminhada ao clube patrocinador do estudante; G Concorda que o Comitê Distrital de Intercâmbio de Jovens encaminhe semestralmente um relatório financeiro ao governador do distrito, a todos os clubes do distrito e ao Comitê Distrital de Finanças. Com relação à Convenção Internacional de 2015 do RI, o Conselho Diretor orienta o secretário-geral a prosseguir os ajustes para a realização daquele evento. São Paulo continua sendo a cidade tentativamente escolhida. Nesse sentido, são solicitados providências e um relatório das ações realizadas, que deverá ser apresentado na reunião do Conselho em novembro de 2010.

I

Quanto ao desenvolvimento do quadro associativo e à retenção de associados, deverá ser promovida reunião entre o Comitê de Rotaract e o Comitê de Desenvolvimento do Quadro Associativo e Retenção para debate sobre melhorias no relacionamento dos clubes do Rotary com o Rotaract, com o intuito de motivar rotaractianos a ingressarem no Rotary.

I

I Alterado o escopo de atuação dos coordenadores regionais de Desen-

volvimento do Quadro Associativo, que passarão a ser chamados de RRCs (Regional Rotary Coordinators) – coordenadores regionais do Rotary. Eles terão como tarefas, além da promoção do desenvolvimento do quadro associativo, o desenvolvimento do quadro associativo pelo desenvolvimento de clubes e distritos mais fortes e representativos, a realização e desenvolvimento de projetos relacionados aos programas do Rotary, o relacionamento com a comunidade e a formação de lideranças. I O Conselho Diretor do RI, em função de recomendação encaminhada pelo Comitê de Redistritamento: G Orienta o diretor, o correspondente coordenador do Desenvolvimento do Quadro Associativo e Retenção, os governadores dos distritos 4450, 4460, 4520, 4651, 4835, 4890 e 4930 (das Zonas 22 e 23) e governadores de outras Zonas a que estudem com distritos vizinhos um plano regional de reorganização distrital, a ser submetido até 30 de junho de 2010. G Decide postergar até a reunião do Conselho de junho de 2010 qualquer ação de redistritamento em relação ao distrito 4360. BR

Para fazer comentários e sugestões sobre o tema deste artigo, escreva para a.hallage@hotmail.com.br B RASIL R OTÁRIO 1 1


Rotary e filantropia

Doadores anônimos Nem todos os que oferecem dinheiro querem crédito por isto. Eis a razão Warren Kalbacker*

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Polio Plus pode ser a face do empenho filantrópico do Rotary International, mas alguns dos rotarianos que contribuíram com milhões para este programa e outras iniciativas do Rotary mantêm o rosto oculto. São doadores que insistem no anonimato. Alguns deles falaram recentemente sobre suas doações, muitas das quais na casa dos sete dígitos. Eles pediram que seus nomes não fossem divulgados. Mas esses rotarianos não são excêntricos ou têm mania de segredo. Eles não se encaixam no perfil de John Beresford Tipton, o benfeitor imaginário do seriado The Millionaire, exibido na TV americana nos anos 50, que protegia a sua identidade inflexivelmente. Tampouco se parecem com Chuck Feeney, o magnata das vendas a varejo em aeroportos que fundou a Atlantic Philanthropies e interpôs uma legião de advogados entre ele e seus beneficiários. Esses rotarianos estão abertos à discussão das razões que os motivaram a se manter não identificados. E enquanto perseguem o anonimato, mantêm a paixão pelo ato de doar. Uma rotariana observa que ela e seu marido preferem, “de forma preponderante, a missão ou o propósito pelo qual a doação é oferecida do que estar no centro das atenções”. Ela expressa uma opinião comum entre os doadores que prezam o anonimato, observa Katherina Rosqueta, diretora executiva do Center for High Impact Philanthropy (fundado por doadores anônimos) da Faculdade de Política e Prática Social da Universidade da Pensilvânia. “Nós, como sociedade, somos totalmente obcecados

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Brad Holland

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Rotary e filantropia

por filantropos. Há organizações que disponibilizam listas dos maiores doadores”, diz ela. “Como muito da filantropia está focalizado nos doadores, a doação anônima reveste-se de muita nobreza, pois a ênfase é deslocada do doador para o objetivo, ao dedicar dinheiro para causar impacto na vida de terceiros.” O Center for High Impact Philanthropy (que não faz doações, mas realiza pesquisas e guias para os filantropos) estudou os hábitos de doação de indivíduos de alta renda. Rosqueta conta que os entrevistadores do centro ficaram surpresos ao constatar que cerca de um terço dos participantes da pesquisa nem ao menos se consideram filantropos, apesar de doar em média cerca de um milhão por ano. Um rotariano, doador anônimo, insiste: “De certa forma, minha doação de US$ 1 milhão é muito pequena. Estou só arranhando a superfície, se comparado a outros.” MOTIVOS DO ANONIMATO Rosqueta descreve “hábitos diversos e evolutivos” entre os doadores e nota que os filantropos alinham uma série de razões para se manter anônimos. “O reconhecimento não parece certo”, afirma o rotariano que assinou o cheque de US$ 1 milhão. “Batizamos prédios em homenagem aos Rockefellers. Se eu fosse doar um edifício, escolheria o nome em deferência a outra pessoa.” Um doador rotariano descreve o que chama de “momento eureka”: “Esta é a minha primeira doação anônima, assim como minha primeira dessa magnitude. Conheci, numa recente campanha política, jovens voluntários que trabalhavam 20 horas por dia sem buscar qualquer reconhecimento”. O filantropo recorda que, terminada a faculdade, estava em busca de uma carreira lucrativa. Ele rapidamente acrescenta que não lamenta ter escolhido aquele caminho, mas observa que alguns dos seus contemporâneos arriscaram a vida ao se voluntariar nas forças armadas, enquanto outros se engajaram na luta contra a pobreza e a doença na África. Ele tira sua própria conclusão: “Eu poderia doar todo o meu dinheiro e não chegar perto daqueles que dedicaram suas vidas àqueles chamamentos”. Muitas pessoas consideram suas crenças religiosas como assunto pessoal e confidencial e alguns doadores encaram a filantropia com o mesmo espírito. “Meu marido e eu pensamos que tudo o quanto pudermos doar é

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resultado das bênçãos que recebemos”, diz uma rotariana. “E nossas crenças religiosas e éticas são mantidas em absoluta privacidade e silêncio.” MUDANÇA DE PENSAMENTO Ocasionalmente, uma pessoa famosa estabelecerá uma zona de privacidade ao redor dela e de sua filantropia. “O nome de Lewis Rudin jamais constou em algum prédio daqui da Universidade de Nova York”, relata Naomi Levine, diretora executiva do Centro de Filantropia e Levantamento de Fundos George H. Heyman Jr, que oferece programas de graduação para executivos e voluntários de instituições recebedoras de beneficências. Levine conta que o proeminente incorporador imobiliário de Nova York (falecido em 2001) jamais autorizou qualquer publicidade envolvendo suas doações à universidade. “Mas quando ele finalmente criou o programa Bolsistas Rudin”, que patrocina os estudos de alunos de ensino médio da cidade de Nova York, “parecia não mais pensar daquela forma”, conta ela. “As pessoas mudam.” Um rotariano descreve a sua própria mudança de atitude, relembrando que, há alguns anos, não podia compreender por que um doador generoso não desejava ser conhecido. Com o passar do tempo, concluiu que preferia doar anonimamente. Dentre os motivos: manter o foco na missão ou propósito da doação, além de não apreciar ver recursos de doações usados para confeccionar “dispendiosos certificados de agradecimento, inúteis objetos gravados, lembranças emolduradas ou tacos de golfe”. Levine destaca que muitos doadores desejam que todos tomem conhecimento de suas doações. Ela observa que levantadores de recursos buscam avidamente o “selo de aprovação” implícito quando algum doador importante assina um cheque. Eles esperam que isso inspire outros a abrir suas carteiras. ANONIMATO NÃO É TOTAL Não obstante seus dedicados praticantes, a filantropia anônima consiste em uma forma atípica de doar. Filantropos em potencial devem ter em mente que doações anônimas não são feitas nem recebidas em total segredo. Advogados e contadores do doador estarão envolvidos. Alguns funcionários da organização beneficiada conhecerão a identidade do doa-


dor e serão obrigados a manter segredo. Mas as doações são feitas na era da informação. “Atualmente, as organizações beneficiadas têm de ser muito mais vigilantes do que antigamente na proteção da identidade dos doadores”, observa Rosqueta. Ela cita o uso crescente dos registros e comunicação eletrônicos (e-mails, por exemplo), a pressão por transparência nas entidades sem fins lucrativos e a maior atenção da mídia aos filantropos. Levine sustenta que doadores conscienciosos querem – e recebem – relatórios periódicos sobre o andamento de suas doações. Mas ela impõe um limite quanto a interferir na administração da doação. Um rotariano não hesitou em estipular uma condição para sua doação anônima: ele especificou que uma parcela de seu cheque de sete dígitos fosse aplicada para financiar projetos em âmbito distrital. Como um doador dotado de extensa experiência administrativa, ele observa: “A minha doação triplicou a renda do distrito por um ano e me tornei participante. Agora, eles me consultam”. CONTROLAR E PLANEJAR O anonimato é visto, algumas vezes, como uma forma de os doadores se esquivarem de pedidos de recursos. Mas o seu desejo de permanecer não identificados pode estar mais relacionado a seus objetivos filantrópicos do que a afastar entidades solicitantes. Segundo Rosqueta, “os filantropos desejam proteger sua privacidade porque tentam evitar outros questionamentos. Ao mesmo tempo, procuram manter o controle sobre suas doações e planejá-las, sem levantar expectativas de que assinarão um cheque. Evita-se muitos ‘nãos’ permanecendo anônimo”. Por exemplo, o doador dedicado ao patrocínio de atividades relacionadas à saúde e que é versado nesse ramo pode não querer levar em conta a solicitação de uma instituição educacional. Não causa surpresa a constatação de que doadores a universidades, faculdades e escolas secundárias privadas prefiram, muitas vezes, manter-se no anonimato caso tenham um filho matriculado na instituição de ensino beneficiada. Ele poderá se identificar depois que o estudante se graduar. Assim como investidores acompanham o desempenho anterior de um instrumento financeiro, muitos doadores observam os “resultados financeiros” das suas

“De certa forma, minha doação de US$ 1 milhão é muito pequena. Estou só arranhando a superfície, se comparado a outros.” doações – e baseiam contribuições adicionais no retorno prospectivo. Um doador explica: “Frequentemente, somos solicitados [por várias organizações] a doar novamente e a aumentar o valor da doação simplesmente porque doamos no passado, sem considerar o resultado da doação anterior, se o programa resolveu o problema ou atendeu a uma necessidade”. Ele acrescenta: “Nós (minha esposa e eu) procuramos avaliar a verdadeira diferença que nossas doações estão fazendo. Queremos doar a beneficiários com necessidades críticas ou que tenham executado uma missão histórica bem-sucedida, íntegra e tenham planos sólidos de prosseguir”. PREFERÊNCIA PELO ROTARY Os resultados dos investimentos no Rotary estão à altura dos filantropos que deram depoimentos para

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Rotary e filantropia este artigo. Um deles observa: “O Rotary é um dos meus receptores preferidos, pois sei que os beneficiários receberão a vacina ou os meios para purificar a água que utilizam para beber e cozinhar, assim como o treinamento e o equipamento adequados. Depois que o tsunami devastou Phuket, na Tailândia, há alguns anos, fizemos uma doação de seis dígitos de uma só vez ao Rotary International. O nosso pedido de permanecer anônimos foi atendido e nos sentimos honrados ao constatar que, juntamente com outros, fomos capazes de ajudar a população a sobreviver à devastação”. “O Rotary International é único”, afirma outro doador. “A organização pode fazer o melhor uso do dinheiro, por isso quis que uma vasta parcela da minha doação (US$ 1 milhão) tivesse destino internacional. Os rotarianos estão espalhados pelo mundo todo. Eles fornecem tendas contra mosquitos, providenciam poços, para que as crianças possam frequentar a escola, em vez de carregar água.” Rosqueta observa que o clima econômico atual fez com que alguns doadores evitassem publicidade sobre as suas doações. “Há muita sensibilidade sobre a posse de recursos”, afirma ela. Um casal, cujas doações permanecem anônimas, declara: “Não competimos para equivaler quantias oferecidas por doadores que podem ser reconhecidos por alcançar o mesmo sucesso financeiro”. A privacidade permite ao casal administrar cuidadosamente os seus investimentos: “Precisamos ter pulso firme sobre os fundos, de outra forma, não poderíamos manter o nosso envolvimento em doar todo ano”.

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EVITAR COMPARAÇÕES Uma outra razão que leva alguns doadores a manter o anonimato é a questão da justiça: eles não querem ser injustos com doadores de recursos inferiores. “As grandes doações recebem um grande reconhecimento da comunidade, mas doadores de muito menos recursos podem estar ultrapassando o limite das suas potencialidades”, revela um doador rotariano. “Se eu me mantenho anônimo, a minha doação muito maior não será embaraçosa para os outros doadores.” O rotariano acrescenta, ainda, um aspecto muito pessoal: ele não quer causar embaraços à sua mulher, tornando suas substanciais doações conhecidas por vizinhos e amigos. Outro rotariano concorda: “Parece-me inadequado que amigos e vizinhos conheçam a minha lista de doações. Não me agrada ver tal informação impressa em folhetos de reconhecimento. É matéria muito pessoal.” David Rockefeller falou de sua “satisfação” com a substancial doação que fez há alguns anos para a Universidade de Harvard, onde es-

tudou. O mesmo rotariano que declarou que “batizamos prédios em homenagem aos Rockefellers”, todavia, concorda com ele. “Tenho prazer em doar”, afirma. “Um amigo é curador da propriedade de uma pessoa muito rica, já falecida, e frequentemente conversamos sobre como é triste a pessoa não estar viva para ver os benefícios de seu legado. E é irônico que o curador obtenha o reconhecimento.” Ele observa que, originalmente, fizera sua doação anônima ao Rotary sob forma de herança, mas reconsiderou. Ele raciocinou: “Por que não agora?”. Outros rotarianos acostumados a doar anonimamente criaram o que denominam “um memorial pessoal” – em nome de outra pessoa, naturalmente. “Estabelecemos um pequeno fundo com as doações do nosso Rotary local. Ao longo dos anos, o fundo cresceu bem e hoje está na casa dos cinco dígitos. A pessoa em cujo nome foi instituído o fundo permanece entre nós como ente querido e o fundo atende a uma necessidade da nossa cidade, que era importante para aquela pessoa.” Esses rotarianos modestos dispensam o aplauso, embora certamente aplaudam outros que se disponham a contribuir. E mesmo sendo entusiasmados acerca das suas doações, eles também permanecem reflexivos. “Digo a mim mesmo que ser anônimo não é melhor”, afirma um doador de US$ 1 milhão. “Mas é a forma que mais se ajusta aos meus próprios valores. Doar desta maneira me faz sentir melhor em relação a mim mesmo.” BR *O autor é jornalista em Nova York. Tradução de Eliseu Visconti Neto.


Eu e o Rotary

Janelas para o mundo Dois jornalistas contam como o Intercâmbio de Grupos de Estudos mudou suas vidas Montagem; A. Mendes

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omo é participar de um Intercâmbio de Grupos de Estudos (IGE)? Em que medida e por que meios ele pode representar uma experiência radical? Qual é a exata importância desse programa? Nas próximas páginas você lerá o depoimento de dois jornalistas que participaram do IGE. A experiência bastante particular de cada um deles pode nos dar essas respostas. O primeiro passo para o IGE data de 1950, quando um grupo de seis rapazes da Grã-Bretanha, sob liderança de Geoff Morton e financiado por alguns clubes do Condado de Yorkshire, viajou para a Nova Zelândia. Lá, custeado pelos rotarianos neozelandeses anfitriões, o grupo percorreu o país. Em 1955, Ralph Vernon, associado do RC de Auckland, da Nova Zelândia, evocando a visita de cinco anos antes, propôs um projeto para celebrar o cinquentenário do Rotary. Ralph pensou em estabelecer um Prêmio Rotary de Viagens Internacionais. A guinada ocorreu quando um rotariano de Auckland tornou-se presidente do RI no período 1959-60. Seu nome: Harold T. Thomas. Harold era um entusiasta daquela ideia do companheiro Ralph Vernon. A partir daí, o projeto de viagens de estudo e intercâmbios começou a amadurecer e foi assumido pela Fundação Rotária. Finalmente batizado de Intercâmbio de Grupos de Estudos, entrou em operação em 1965. No 40º aniversário do IGE, no ano rotário de 2005-06, estimou-se que mais de 32 mil homens e mulheres já haviam se beneficiado desse programa da Fundação Rotária. BRASIL ROTÁRIO 17 Brasil Rotário 17


Eu e o Rotary

Atuações silenciosas

Uma pergunta feita em 2007 é respondida dois anos depois Maurício Boff*

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intada é uma das ilhas do arquipélago do Delta do Jacuí. A região está entre as menos favorecidas em toda Porto Alegre. Ali vivem perto de 7.000 ribeirinhos que têm na pesca nas águas turvas do lago Guaíba ou na reciclagem do lixo o sustento das famílias. A chefe de reportagem do Correio do Povo havia me conferido a missão de descobrir por que um mamógrafo de R$ 200 mil estava sendo doado para o posto de saúde da comunidade da Ilha da Pintada. A única informação que se tinha era que o Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama) estava envolvido na iniciativa. A Unidade Básica de Saúde da ilha seria a única na capital gaúcha, com exceção dos hospitais, a oferecer exames gratuitos para o diagnóstico do câncer da mama. O convite Foi numa manhã fria de um sábado qualquer do mês de julho de 2007 que tive meu primeiro contato com o Rotary International e tudo o que esta organização representa. Naquele dia, conheci Rudolf Nielsen, membro do Rotary Club de Porto Alegre-Bom Fim. Em quase meia hora de conversa – e entre centenas de fotos que ele tirava para registrar o evento – veio o esclarecimento das minhas dúvidas e da minha editora. O projeto idealizado pelo Imama para a compra do mamógrafo, a ser instalado numa das regiões mais pobres de Porto Alegre, fora financiado pelo RI. “Quanto dinheiro!”, pensei. Nunca havia imaginado que o emblema da roda nas cores azul e

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Integrantes do IGE, entre eles, Maurício, são entrevistados por Paul Dingeman na Community Television (CTV), em Saint Clair, Michigan, EUA 

amarelo tivesse a ver com tamanha contribuição social. Mal sabia que dois anos mais tarde veria que aquilo era apenas uma pequena parte de toda a ação global rotária. Nielsen me contou que fora líder de um time de jovens profissionais que participaram de um certo Intercâmbio de Grupos de Estudos (IGE) a Nova Jersey, nos EUA. Foi lá, durante o programa, que ele garantiu o recurso. “Há muita cooperação internacional

“Nunca havia imaginado que o emblema da roda tivesse a ver com tamanha contribuição social. Mal sabia que mais tarde veria que aquilo era apenas uma pequena parte de toda a ação global rotária.”

a ser estimulada, e nós (rotarianos) estamos sempre dispostos”, sentenciou Nielsen. Pouco a pouco, descobria mais o que era o RI, a presença da instituição no mundo e, especialmente, a ajuda às comunidades de países em desenvolvimento. Ao final da conversa, a pergunta que mudou minha vida: “Gostaria de ir para a Índia este ano?”. Confesso que sorri, porque achei que fosse brincadeira, e, sem tirar os olhos de minhas anotações no bloco de notas, respondi: “Claro. O que preciso fazer?”. “Tem meu telefone. Converse comigo na segunda-feira”, disse Nielsen, virandose para voltar a tirar fotos. Fiz isso. O Rotary Club de Porto Alegre-Bom Fim patrocinou-me como candidato depois de eu preencher um formulário em que atestei que não era rotariano e que não tinha parentes ligados à instituição. Colhi as assinaturas necessárias, entreguei a documentação ao clube, o que leva um tempo, e participei da seleção organizada pelo distrito 4680. Mas em 2007 fui o


“O IGE foi um prêmio para minha carreira e vida pessoal. Fiz novos amigos, aprendi com diferentes culturas. Aprendi o valor de querer bem a qualquer ser humano, sem importar a cor, a raça, a religião.” primeiro suplente. “Não se preocupe. Ano que vem o destino é o Canadá e os EUA”. O conselho do coordenador da Subcomissão do IGE no distrito, José Carlos Volcato, ofereceu esperança, o que sempre é bem-vindo.

Em seis meses, foram oito encontros preparatórios em que acertamos diversos detalhes quanto à viagem. Ao mesmo tempo, um grupo formado por americanos e canadenses também era selecionado para visitar o distrito 4680 no mesmo período em que estaríamos no exterior. Nós, brasileiros, vivíamos em diferentes cidades gaúchas, distantes pelo menos duas horas de carro uma das outras, de modo que os encontros eram no final de semana. Nesse tempo, o que mais me impressionou foi o quanto aprendi sobre o Brasil. Precisamos pesquisar muito sobre o nosso país para contar melhor nossa história. Na preparação, o único lamento foi a impossibilidade do Adriano. A menos de duas semanas do intercâmbio, ele foi requisitado para uma missão militar internacional. Adriano foi uma lição de solidariedade e companheirismo para todo o grupo.

descobri métodos diferentes de fazer jornalismo, noticiei fatos do exterior para o Brasil em um ensaio como correspondente internacional e compartilhei histórias. Aprendi o valor de querer bem a qualquer ser humano, sem importar a cor, a raça, a religião, os objetivos, os planos. Fazemos parte de um mesmo planeta, sendo o Rotary uma prova dessa integração global ao mover ações locais que repercutem para o mundo todo. Passado um mês do meu regresso (ainda viajei por 20 dias entre o Canadá e a França), vejo que a principal resposta que obtive na viagem veio em forma de pergunta. Um questionamento antigo, que surgiu lá na Ilha da Pintada, em 2007: “Como uma instituição internacional desse porte, com metas arrojadas como a erradicação da paralisia infantil no mundo ou o analfabetismo no Brasil, tinha uma atuação, por vezes, silenciosa?”. Com a palavra o então governador do distrito 7070, Michael T. Phelan, canadense que eu conhecera por algumas horas e que me oferecera voluntariamente, ao final do IGE, uma carona para Toronto, no Canadá, para iniciar minha viagem solitária após a Conferência Distrital do 6330, que aconteceu em Mildmay entre os dias de junho: “Para que se preocupar com isso, quando sabemos que ajudamos a mudar o mundo pra melhor?”.

Preparativos Durante um ano, esqueci da seleção. Trabalhava na reportagem da rádio BandNews FM, pensava em meu projeto de pesquisa para o mestrado, morava em meu próprio apartamento, quando o próprio Volcato me lembrou do IGE a três dias do fim do prazo de inscrição! Às pressas, conversei com Nielsen, que indicou meu nome ao Rotary Club de Porto Alegre-Independência (o Bom Fim havia selecionado um candidato). O então presidente do clube, Celino Bastos, aceitou-me de pronto em um gesto nobre e inesquecível. Participei da seleção em setembro e daquela vez fui selecionado. O intercâmbio profissional seria para o distrito binacional 6330 – parte o Estado de Michigan (EUA) e parte o Valores universais Estado de Ontário (Canadá). Um time O IGE, realizado entre maio e junho de alto nível foi selecionado: a líder do deste ano, foi um prêmio para minha IGE, a médica, pesquisadora e rota- carreira e vida pessoal. Fiz novos amiriana Maria Alice Dode; a professora gos, aprendi com diferentes culturas, de inglês Márcia Klee, de Pelotas (RS); a analista de comércio exterior Débora Marques, de Santa Cruz do Sul (RS); o engenheiro militar e professor Adriano de Paula Bandeira; e eu, de Porto Alegre (RS). Pessoas com diferentes características e habilidades, cada um na singularidade do ser, com suas próprias crenças e visões de mundo. Tudo l Encontro no Aeroporto Internacional Salgado isso contou a favor do grupo Filho, de Porto Alegre: A equipe de IGE do distrito 6330 chega e a do distrito 4680 parte durante o intercâmbio.

* O autor é jornalista e foi membro do grupo de IGE 2008-09 no distrito 4680. Brasil Rotário 19


Eu e o Rotary

O que a Holanda tem?

Uma aventura de quatro semanas abaixo do nível do mar e acima das expectativas Cristiane Soethe Zimmermann*

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que o país dos moinhos de vento e dos sapatos de madeira, daquele povo alto de olhos azuis, tem a nos mostrar? Essa era uma das perguntas que levamos na bagagem ao embarcar, no dia 17 de abril último, em uma aventura bem maior do que poderíamos imaginar. Nós, cinco jovens profissionais do interior de Santa Catarina, do distrito 4650, já tínhamos algumas experiências em viagens internacionais, mas – com exceção da nossa líder, que já havia participado de um IGE – não tínhamos noção do quanto cresceríamos quando começamos, no aeroporto de Navegantes, em Santa Catarina, essa jornada de um mês. Foram cerca de 30 horas entre carro, aviões e esperas em aeroportos, até sermos recepcionados com extrema simpatia pelos nossos primeiros anfitriões no aeroporto de Amsterdam. Confesso que o primeiro sentimento foi uma mistura de ansiedade e medo. “E se der um branco e eu não conseguir me comunicar?”, “E se a família tiver hábitos muito diferentes?”, “E se acontecer alguma coisa e eu não conseguir um jeito de falar com minha família no Brasil?”. Essas eram algumas das angústias que pairavam no meu cérebro ao mesmo tempo em que ele fazia um esforço redobrado para tentar forçar a saída

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das primeiras frases. Bastaram cerca de 20 minutos – percurso entre o aeroporto e a pequena cidade de Wormerveer, onde fiquei hospedada nos primeiros três dias , para eu relaxar e ver que as coisas iriam fluir normalmente. Nas quatro semanas, entre mais de duas dezenas de cidades e vilas no norte da Holanda, pudemos visitar empresas das mais diversas áreas: indústrias de embalagens plásticas e cobertores, companhias de comunicação e escritórios de advocacia, lojas de móveis e de artigos esportivos, fábri-

cas de chocolate e produtores de queijo. Também conhecemos um pouco como funcionam os serviços do governo, visitando a polícia, hospitais, a Marinha e o porto. Mais do que isso, tivemos inúmeras oportunidades para aprender em detalhes como os holandeses administram a questão da água, já que boa parte do país vive abaixo do nível do mar. Vimos de perto os diques, como é feito o bombeamento da água, os polders [pedaços de terra ligados ao mar e protegidos por comportas] e o sistema de prevenção de enchentes. Sem contar as paisagens deslumbrantes dos coloridos campos de tulipas, a arquitetura que nos dá a impressão de ter entrado em uma cidade de casas de bonecas, a organização das cidades e a amigável convivência entre veículos, bicicletas, trens e pedestres. No entanto, nada impressionou mais do que o maior patrimônio que a Holanda guarda: as pessoas. Ao contrário da imagem que o senso comum guarda dos europeus – um povo frio e sério –, os holandeses se mostraram abertos, receptivos e cordiais. Eles sem dúvida honram a fama de serem diretos, sem rodeios. Mas, ao mesmo tempo, são extremamente amigáveis e simpáticos, e fizeram de tudo para nos sentirmos em casa. Por outro lado, nós também os surpreendemos ao falar sobre o Brasil


Da esquerda para a direita, Jean Finger, Ramon Baridó, Luís Carlos Schmidt de Carvalho Filho, a líder da equipe, Adriana Zardo, e Cristiane Soethe 

Números do IGE Brasil-Holanda 2008-09 Duração do programa: quatro semanas 24 cidades ou vilas visitadas 14 reuniões com apresentações em Rotary Clubs Cinco integrantes: Adriana Zardo, de Jaraguá do Sul (líder da equipe de IGE), Cristiane Soethe Zimmermann e Luís Carlos Schmidt de Carvalho Filho, de Blumenau, Ramon Baridó, de Rio do Sul, e Jean Finger, de Indaial, todas cidades de Santa Catarina. e especialmente sobre nossa região, onde podemos encontrar gente falando alemão e italiano, comendo marreco e chucrute, e onde o povo se reúne todos os anos na segunda maior festa alemã do chope no mundo. Eles não imaginavam que existisse um pedacinho da Europa com a atmosfera tropical no sul do Brasil. CONQUISTAS Não foram apenas conquistas profissionais e pessoais que o IGE trouxe na volta da Holanda. Levamos conosco alguns projetos para nossa região, tentando sensibilizar os clubes do Rotary para as nossas necessidades: aparelhos para ala infantil de hospitais, biblioteca para um centro de educação infantil, computadores para uma entidade que assiste crianças órfãs e a reconstrução de uma creche destruída pela enchente e deslizamentos de terra que abalaram Santa Catarina no final de 2008. Este último pedido foi atendido prontamente. Na Conferência Distrital realizada no dia 9 de maio recebemos um cheque simbólico do então governador do distrito 1580, Joseph Hoffscholte, no valor de 5.000 euros. Os recursos foram entregues aqui no Brasil pelo grupo de IGE holandês, que passou quatro semanas na nossa região no mesmo período em que estivemos na Holanda. O dinheiro será utilizado para reequipar a creche destruída no Morro do Baú, na cidade de Ilhota. O governo local irá reconstruí-la em uma região segura e o Rotary irá adquirir móveis, brinquedos e equipamentos necessários para que ela volte a atender as crianças daquela região. BR

* A autora é jornalista e foi membro do grupo de IGE 2008-09 no distrito 4650.

Algumas curiosidades sobre a Holanda  Água As autoridades regionais holandesas da água, chamadas de waterschappen ou hoogheemraadschappen, tomam conta de toda a superfície da água. Desde o século 13, fazendeiros e donos de terra das áreas mais baixas da Holanda juntaram forças para lutar contra água. Foram construídos os diques e os moinhos de vento para bombear a água para trás dos primeiros e lá mantê-la. Os projetos cresceram e uma cooperativa de gerenciamento da água foi formada. Pelos anos 1850 havia 3.500 watterschappen no país, encarregados de cuidar da água e da segurança da população. Hoje são apenas 27. Atualmente, o bom manejo da água envolve muito mais do que apenas construir moinhos e diques. Administrar o nível da água, planejar o formato e o curso dos caminhos, dragar canais, tratar a água, entre outros assuntos, tudo isso ainda é função do waterschappen. Apenas a responsabilidade pela água potável, utilizada para beber, é das companhias de água. A existência da Holanda depende das dunas e diques. Sem essas defesas, a água do Mar do Norte iria inundar todas as cidades do oeste do país. Por isso, os holandeses tem de confiar nesse sistema.  Saúde

A saúde na Holanda é para todos, independentemente de a pessoa ter emprego ou seguro. Até existem planos privados, mas quem opta por eles não pode escolher, por exemplo, um quarto melhor no hospital. Visitamos o Spaarne Hospital, em Hoofddorp, e a TranSpaarne Holding, uma empresa privada de saúde. Com apenas 23 empregados e cooperação de sete especialidades médicas, esta fatura por ano 4 milhões de euros. A TranSpaarne oferece produtos em parceria com o Spaarne Hospital, como tratamento de diálise, tratamento a laser para problemas oftalmológicos, vasectomia e cirurgia plástica. Outra curiosidade é que os holandeses dão muita importância ao médico de família. Normalmente, antes de ir a qualquer especialista, é ele quem analisa e diagnostica o problema do paciente e o encaminha para outro médico.

 Polícia

Um fato que nos deixou perplexos ao visitar a polícia em Amsterdam é que lá existe muito lugar na cadeia e pouca gente presa. Eles até estão pensando em vender vagas nos presídios para a Bélgica porque há muito espaço livre. A policial Elly Forax, chefe de uma delegacia da cidade, disse que as penas são muito brandas, mas os índices de criminalidade também não são altos. Cada região tem seus próprios problemas. Na área em que ela atua, por exemplo, a maior dificuldade da polícia é com gangues de jovens estrangeiros, especialmente marroquinos, que perturbam a ordem e cometem pequenos delitos. BRASIL ROTÁRIO 21


ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation José Luiz Fonseca*

A ABTRF como instrumento de apoio à FR e aos projetos rotários A. Santos

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uando nós, 1.217.157 associados de 33.692 clubes, em 534 distritos, localizados em 211 países e regiões, nos tornamos rotarianos, aprendemos na história do Rotary que: G Paul Percy Harris, advogado nascido em 19 de abril de 1868, Silvester Schiele, comerciante de carvão, Gustavus Loehr, engenheiro de minas, e Hiram Shorey, alfaiate, fundaram em Chicago, nos EUA, em 23 de fevereiro de 1905, um dia de inverno, a primeira célula do Rotary que hoje conhecemos. G Três anos depois, o Rotary Club inaugural entregou à cidade de Chicago o primeiro de uma infindável série de projetos patrocinados pelo Rotary no mundo inteiro: banheiros públicos que custaram US$ 30. G Arch C. Klump criou um Fundo de Dotações, em 1917, com uma sobra de US$ 26,50, oriunda de Conferência do Rotary. Onze anos mais tarde, quando atingiu o valor de US$ 5.739,07, esse Fundo de Dotações transformou-se na Fundação Rotária. Em 1930, 13 anos após sua criação, apoiou o primeiro Projeto de Subsídios, atendendo a um projeto de US$ 500 da Associação Internacional para Crianças Deficientes. Quantos dos 53.024 associados dos 2.332 clubes dos 38 distritos brasileiros – que têm o pri-

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vilégio de contar com o braço direito da Fundação Rotária, a Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF), sediada em nosso país e pronta a colaborar com nossos projetos – a conhecem? Criada em 9 de março de 2004, a ABTRF já arrecadou, após apenas cinco anos de vida, cerca de US$ 900.000. Pelo programa de Subsídios Equivalentes participa, desde 2007, com recursos financeiros que já apoiaram 20 projetos de 19 clubes de 14 de nossos distritos. INTERESSE PÚBLICO A ABTRF tem como membros fundadores: o secretário-geral do Rotary International Ed Futa; o gerente geral da Fundação Rotária John

Osterlund e nosso companheiro José Alfredo Pretoni, atual presidente da ABTRF. Com a experiência que Pretoni obteve como curador da Fundação Rotária no período de 2000-04, vislumbrou as possibilidades que esta associação traria para o incremento de nossas arrecadações. A ABTRF é qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público desde 1º de junho de 2004 e, em razão da lei nº 9.249 em MP 2113-20, as pessoas jurídicas que utilizam o sistema chamado de Lucro Real têm a oportunidade de obter benefício fiscal, pois as contribuições para a ABTRF podem ser lançadas como despesas operacionais.


É importante considerar que a ABTRF colabora com o comprometimento social que hoje norteia as ações de qualquer pessoa jurídica, independentemente do sistema de tributação que adote. Consequentemente, motiva todos nós, rotarianos, a contribuir por meio das empresas das quais somos proprietários ou com vínculos de trabalho, além da busca por pessoas jurídicas com preocupação social que possam apoiar e contribuir financeiramente para os programas do Rotary International. No apoio direto de rotarianos, tomo a liberdade de lembrar duas oportunidades: 1ª – a de possibilitar que a Porto Seguro doe 5% do valor do prêmio dos veículos de rotarianos, familiares, ascendentes e descendentes por ela segurados. Fazendo um cálculo rápido, com base nas estatísticas segundo as quais a Porto Seguro detêm 35% do mercado brasileiro de seguros veiculares, percebe-se que, em tese: G 35% de 53.024 associados = potencial de 18.558 rotarianos; G três veículos por rotariano (considerando família, ascendentes e descendentes) = potencial de 55.675 seguros; G valor médio da apólice de seguro de automóvel a R$ 1.800 – valor por apólice de R$ 90; G potencial de arrecadação anual de mais de R$ 5 milhões pelo Convênio Seguro Solidário firmado com a Porto Seguro. Lembre-se de que este convênio é retroativo a 12 meses, ou seja, se você fez seguro de veículo com a Porto Seguro a partir de 1º de novembro de 2008, basta informar a seguradora, por meio da ABTRF, de que o valor será creditado para seu clube e distrito.

Criada em 9 de março de 2004, a ABTRF já arrecadou, após apenas cinco anos de vida, cerca de US$ 900.000 2ª – a de seu clube ou distrito criar o programa de Empresa Cidadã. Com uma contribuição mensal variável entre R$ 100 e R$ 200, gerada, por exemplo, a partir da economia no consumo de três a seis cafezinhos expressos/dia útil. Considerando apenas, como média, a participação de quatro empresas por clube, teremos: G 2.332 clubes – participação de quatro empresas por clube – 9.328 empresas; G 50% (4.664 empresas) com contribuição de R$ 100/mês = R$ 5,6 milhões/ano; G 50% (4.664 empresas) com contribuição de R$ 200/mês = R$ 11,2 milhões/ano. Pelos dois exemplos apresentados, verificamos que as possibilidades de arrecadação disponibilizadas pela ABTRF são incontáveis, advenham elas de grandes,

Nosso compromisso, como rotarianos, é divulgar entre empresas e/ou empresários as atividades e programas do Rotary, com o objetivo de buscar contribuições de pessoas jurídicas para a ABTRF.

médias ou pequenas empresas. Apenas com os dois exemplos mencionados, temos a possibilidade imediata de arrecadação anual adicional de US$ 10 milhões, o que aumenta em duas vezes e meia nossa contribuição anual para a ABTRF/FR e por consequência, na mesma proporção, a disponibilidade de recursos financeiros para nossos projetos. TRABALHAR PELAS CONTRIBUIÇÕES Nosso compromisso, como rotarianos, é divulgar entre as empresas e/ou empresários as atividades e programas do Rotary, com o objetivo de buscar contribuições de pessoas jurídicas para a ABTRF. Não hesite em participar. Em seu distrito, busque informações com seu governador, com o presidente distrital da Comissão da Fundação Rotária, com o presidente da Subcomissão da Fundação Rotária ou com o ex-governador que faz parte do Conselho de Governadores de Apoio da ABTRF. Busque informações também com os coordenadores regionais Henrique Vasconcelos e Altimar Augusto Fernandes. Francisco Schlabitz (chicoch@terra.com.br), para os distritos que compõem a Zona 22B, e eu, José Luiz Fonseca (joselfon@amcham.com.br), para os distritos que compõem as Zonas 22A e 23A, apoiamos os respectivos coordenadores regionais da Fundação Rotária nos assuntos ligados à ABTRF. Como assistentes da diretoria da associação, estamos prontos a compartilhar informações a respeito das atividades e objetivos da Associação Brasileira da The Rotary Foundation. BR *O autor é assistente da diretoria da ABTRF para as Zonas 22A e 23A e ex-governador do distrito 4420. B RASIL R OTÁRIO 2 3


Rotary International

Conselho de Legislação Leia as propostas para 2010

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Conselho de Legislação irá se reunir de 25 a 30 de abril em Chicago. O grupo, conhecido como Parlamento do Rotary, é integrado por um representante de cada distrito e se encontra a cada três anos para discutir e votar as propostas de emendas e resoluções submetidas pelos clubes, distritos e pelo Conselho Diretor do RI, entre outros.

Algumas das mais importantes decisões do Rotary resultaram do Conselho de Legislação, inclusive a entrada de mulheres na nossa organização, instituída pelo Conselho de 1989. Este ano, o Conselho pautou mais de 200 itens para discussão, que podem ser baixados no endereço

www.rotary.org (palavra-chave para busca: 2010 Council).

Aprovados novos oficiais do RI

nificativamente para erradicar a doença. Embora o Paquistão ainda esteja entre os quatro países onde a poliomielite é Asif Ali Zardari endêmica, sob a liderança de Zardari o engajamento político direto e as atividades de vigilância na erradicação da pólio aumentaram substancialmente. Ele trabalhou em estreita colaboração com o primeiro-ministro Syed Yousaf Raza Gilani e o Ministério da Saúde do país para implementar medidas efetivas de combate à doença e garantir que as crianças sejam protegidas pela imunização. Em seus esforços para eliminar a pólio do país, Zardari, que recebeu o prêmio do presidente do Comitê Internacional Polio Plus, Robert S. Scott, em agosto, atuou no sentido de obter o apoio de grupos de anciões locais e dos ulemás (líderes políticos e religiosos especialistas na lei islâmica) em áreas tribais onde é difícil operar devido aos conflitos.

Ele também trabalhou para garantir a segurança das mães e crianças durante as atividades de vacinação. Luxemburgo tem demonstrado Jean-Claude repetidas vezes Juncker seu engajamento com a erradicação da pólio, por meio de compromissos multianuais de apoio à causa, além de contribuições adicionais. O investimento superior a US$ 10,5 milhões foi decisivo. “O apoio do governo de Luxemburgo, um país com menos de meio milhão de habitantes – mas com a mais alta contribuição per capita para a Iniciativa Global de Erradicação da Pólio – reforça o fato de que pequeno não quer dizer insignificante”, afirmou o presidente eleito do Conselho de Curadores da Fundação Rotária, Carl-Wilhelm Stenhammar, que entregou o prêmio a Juncker, numa cerimônia em junho. Esteve presente o grão-duque Henry de Luxemburgo, que fora reconhecido pelo Rotary International com a honraria em 2002. BR

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Na reunião de julho, o Conselho Diretor do Rotary International aprovou as escolhas do presidente John Kenny para oficiais do RI. Eric E. Lacoste Adamson, do Rotary Club de Front Royal, EUA, é o vicepresidente, e Michael Colasurdo Sr., do Rotary Club de Brick Township, também nos EUA, é o tesoureiro. José Alfredo Sepúlveda, do Rotary Club de Pachuca, México, foi nomeado presidente do Comitê Executivo.

Eliminemos a Pólio Já LÍDERES HOMENAGEADOS I O Rotary International homenageou recentemente dois líderes mundiais por seu comando e apoio de seus países a um mundo livre da pólio. Asif Ali Zardari, presidente do Paquistão, e Jean-Claude Juncker, primeiro-ministro de Luxemburgo, foram condecorados com o prêmio Campeão na Erradicação da Pólio, estabelecido pelo RI em 1995 para agraciar chefes de estado, líderes de agências de saúde e demais pessoas que tenham contribuído sig-

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Plano Estratégico

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oda grande empresa e toda grande instituição precisam definir alvos (metas) e ser capazes de atingi-los com precisão. Essa imagem remete ao conceito de Planejamento Estratégico, sem o qual nenhuma organização sobrevive. Um dos pontos altos do Instituto Rotary do Brasil de 2009 foram as palestras dos ex-governadores Márcio Pereira Ribeiro (D.4750), Mário César Martins de Camargo (D.4420) e Raul Casanova Junior (D.4610). Eles falaram sobre o Plano Estratégico do Rotary tanto no âmbito mundial quanto local a partir de suas experiências pessoais. A Brasil Rotário traz essas palestras ao leitor. Para reler, comentar, debater, guardar.

Modernidade e

oportunidades empresariais

Uma ONG planetária precisa enfrentar seus pontos fracos para atingir os objetivos Mário César Martins de Camargo*

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Rotary como instituição está numa encruzilhada: conciliar seus melhores valores – de solidariedade e companheirismo – com a necessidade de modernização de seus quadros. Um dos desafios reside no emparceiramento de seus clubes e programas com patrocinadores empresariais e profissionais. Um paradoxo, pois rotarianos muitas vezes lideram instituições empresariais, mas hesitam em estabelecer pontes entre o Rotary e as associações classistas. Nossa instituição pode estar perdendo oportunidades de financiamento inéditas na história empresarial. Isso porque, em substituição ao capitalismo selvagem e desregrado, muitas empresas perceberam que os investimentos sociais e ambientais têm retorno garantido. Não somente em termos da

produtividade interna e da imagem de bom-mocismo, mas também em termos de apreciação patrimonial. Recentemente, um estudo de fundos de investimento na Bovespa revelou que as companhias reconhecidas pelo público como as melhores empregadoras – com um ambiente de trabalho reconhecidamente positivo, programas sociais internos e externos, correta imagem e práticas ambientais – valem mais. Patrimonialmente, os consumidores, crescentemente conscientes das boas e más práticas empresariais, valorizam os produtos vindos de companhias com programas sócioambientais. E esses programas já não significam meros cosméticos de marketing e relações públicas e sim sólida imagem de respeito ao meio ambiente e de responsabilidade comunitária, que se traduzem em mais e melhores vendas, mais lucro e mais valorização dos ativos da empresa.

Ou seja, o mercado potencial de empresas em busca de bons programas sociais, comunitários e ambientais aumenta. O receio delas, todavia, é cair em mãos de entidades “pilantrópicas”; ONGs com passado difuso, imersas em contabilidades obscuras, com dirigentes pouco visíveis, um histórico de encrencas políticas e má governança de fundos. Aliar-se a tais ONGs geraria efeito contrário. E manchetes sensacionalistas de jornais ou páginas policiais não são propriamente o que as empresas procuram como meio de difundir suas políticas sóciocomunitário-ambientais. QUESTIONAMENTOS É nesse ponto que o Rotary deve atuar. Agindo de forma planejada, estrategicamente posicionada, com uma política vinda do Conselho Diretor, munido de normas claras para a associação de nossa imagem e da tradição às boas iniciativas de clubes emparceirados com empresas. Nos contatos que estabelecemos no último triênio, como chairman 2006-09 da Comissão Distrital da Fundação Rotária no distrito 4420, presenciamos, por diversas vezes, o interesse de empresas em se associarem aos programas dos clubes rotários de suas comunidades. Porém, que contrapartida podemos dar sem comprometer nossos procedimentos? Que tipo de risco corremos ao vincular nosso logotipo e nosso lema às iniciativas dos clubes feitas com patrocínio empresarial? B RASIL R OTÁRIO 2 5

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Plano Estratégico Por isso necessitamos de um plano estratégico para abordarmos o universo produtivo, bem como de associações empresariais e profissionais. Utilizemos o modelo de planejamento estratégico para balizar uma plataforma de trabalho. Primeiramente, devemos fazer uma avaliação sobre o estado atual da nossa relação com as entidades empresariais: Em que situação nos encontramos? Temos contato? Temos programas em andamento? Quais são nossos pontos fortes? Quais são nossos pontos fracos? Onde queremos chegar? Quais serão nossos objetivos trienais? Quem será responsabilizado pelo acompanhamento? Teremos recursos envolvidos? Temos pessoas, financistas? E, finalmente, quais ações devemos tomar para implementar o plano? Esta etapa do planejamento implica em envolvimento de todo o distrito. Comprometimento numa instituição de voluntários é chave para o sucesso. Vamos então aos nossos pontos fortes. NOSSA FORÇA G Tradição no servir Que outra instituição pode ombrear-se conosco em serviços ao longo de quase 105 anos de história? Desde a fundação em Chicago, em 1905, o Rotary tem se dedicado a causas grandes, como a fundação da ONU, e pequenas, como levantar fundos para adquirir cadeiras de rodas no interior do Maranhão. G

Capilaridade e internacionalidade Que outra instituição está presente com 33.692 clubes em 211 países e regiões? Além da cobertura global, um aspecto importantíssimo no mundo atual, temos presença marcante de Nova York à mais remota vila da África. Desconheço outra organização não governamental com essa penetração.

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Abrangência Que outra organização é flexível o suficiente para abrigar tamanha riqueza e diversidade de programas? Cuidamos da recuperação de drogados, bolsas em universidades, erradicação da pobreza, tratamento de deficientes, alfabetização, construção de poços de água, erradicação de doenças. Enfim, não há mazela do ser humano que o Rotary não contemple.

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Diversidade Que outro organismo representa tantas profissões, idades, credos, cores, raças? Algumas instituições são associadas à população jovem, outras aos negros, outras aos judeus ou muçulmanos, aos pobres, aos sindicatos profissionais. Nenhuma é uma colcha de retalhos da espécie humana tão diversificada quanto o Rotary.

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Contrapartida Que outra entidade apresenta possibilidade de emparceirar fundos com as empresas patrocinadoras? A esmagadora maioria das ONGs capta fundos de seus patrocinadores, mas não colabora com fundos de sua própria captação. Somos uma das poucas entidades com poder de empatar fundos com nossos patrocinadores, como ocorreu no processo de erradicação da pólio e, neste ano, com a Fundação Bill & Melinda Gates.

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Tamanho Que outra organização tem 1,2 milhão de voluntários ao redor do mundo? Isso é força de trabalho qualificada, potencialmente motivável, pronta a se dedicar a uma causa inspiradora. A erradicação da poliomielite, um programa rotário desde 1985, é a prova da capacidade de mobilização desse exército.

G

Conhecimento e Comprometimento Que outra instituição conhece tão

de perto a administração e as necessidades comunitárias? É comum os rotarianos participarem da administração das entidades comunitárias, num envolvimento prático e transformador. O Rotary não teoriza sobre a miséria ou prescreve fórmulas de gestão; os próprios rotarianos se engajam na condução dos programas para os quais reivindicam fundos. G Governança e prestação de contas Que outra organização é forçada a prestar contas em todos os níveis (global, distrital e no clube)? Rotarianos sabem que ética se pratica, não se prega. Qualquer desvio da conduta rotária – que deve ser inspiradora e baseada na ética – é severamente punido com o corte do custeamento dos projetos. O conceito de governança – do uso apropriado e econômico dos recursos – e a necessidade de prestação de contas ao fim dos programas são valores que permeiam toda a instituição. G

Relacionamento com entidades Que outro organismo tem tantas pessoas “infiltradas” nas organizações empresariais e profissionais? É comum que rotarianos, pessoas preocupadas com o bem-estar coletivo, integrem entidades de classe empresariais, conselhos profissionais, associações comunitárias. É um capital de relacionamento que pode construir pontes entre o Rotary e essas entidades,


tanto do ponto de vista da captação de recursos, como da destinação desses mesmos recursos. Além disso, rotarianos são, por definição, líderes empresariais e profissionais capitaneando empresas e entidades de sucesso. LADO NEGATIVO Agora, o outro lado da questão. Quais são nossos pontos fracos? Ambas as listas não são exaustivas. Um brainstorm entre líderes distritais certamente produzirá listas de pontos fortes e fracos mais completas do que essas. No entanto, o objetivo aqui é provocar o debate e a reflexão. Não nos iludamos: nossa vantagem, quando nos comparamos a outras instituições, é que o Rotary é uma poderosa ONG, mas na mente dos empresários ele concorre com outras entidades para a aplicação de investimento social. Temos que “vender” bem nossa capacidade, sob pena de sermos ultrapassados em imagem por instituições mais agressivas, mais modernas e mobilizadas. Vamos aos pontos fracos, então: G Idade média elevada É sabido que nossa organização faz um esforço tremendo para se renovar, com sucesso relativo. Apenas 2% de nossos membros têm menos de 30 anos e 89% têm mais de 40 anos. Trata-se de um desafio de renovação contínuo numa organização que se move mais lentamente do que outras concorrentes. G

Falta de foco É o outro lado da abrangência – que nos permite administrar programas de interesse variado. À exceção do programa de erradicação da pólio, corporativo e único – e por isso mesmo bandeira do movimento rotário mundial –, os clubes têm autonomia para adotar quaisquer programas que lhes pareçam mais consistentes com as necessidades locais. Isso gera falta de foco e experiência, pois a

multiplicidade de programas impede a rápida identificação de nosso principal objetivo. G

Descontinuidade A renovação anual de toda a administração rotária gera apreensão por parte dos potenciais “investidores”. Como garantir a uma determinada empresa a continuidade do programa comunitário se o próximo presidente de clube resolver descontinuá-lo? A empresa terá aplicado num fundo sem gestão, sem interesse, sem prioridade. Gestões anuais podem provocar rupturas em programas, periclitando a relação com empresas e associações com visão de longo prazo em projetos sociais.

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Imagem estagnada Nosso quadro social envelhece, somos percebidos ainda como clube de homens de negócios, brancos, saxões, cristãos ou protestantes, elitistas, interessados em participar de reuniões com objetivo social, não comunitário. Aparecemos mais nas colunas sociais do que nas comunitárias. Aparecemos mais nas fotos do que nossos beneficiados. A imprensa nos vê como entidade conservadora e pouco vibrante. PLANO DE AÇÃO A partir desse diagnóstico, temos que elaborar um plano de ação que cubra alguns pontos objetivos: Que entidades abordaremos? Federações, sindicatos patronais, associações comerciais e associações e conselhos regionais de profissionais, por exemplo. Em quanto tempo? Desenvolver relações empresariais e associativas leva tempo. Implica em comprometer várias gestões, em estabelecer contatos visando relações de longo prazo. No mínimo, um triênio. Que propostas faremos? Emparceiramento, por meio de programas, com a Fundação Rotária, a Associação Brasileira da The

Rotary Foundation, e nos níveis local, regional, nacional e corporativo do Rotary International? As empresas cobram precisão nas propostas. A elas temos que responder as questões sobre os investimentos e as possibilidades de associação do seu nome ao do Rotary, além de responder a questão da governança e das responsabilidades jurídicas e comerciais. PRODUZINDO RESULTADOS Por fim, uma amostra de que uma atitude profissional no trato pode produzir resultados: Sem empáfia ou arrogância, o distrito 4420 está trabalhando há anos no estreitamento dos laços com o mundo empresarial. Um processo de catequese que permeia várias gestões dos responsáveis pela Fundação Rotária e dos sucessivos governadores. Os resultados até aqui:

Ano 2004-05 > Contribuição total: US$ 242 mil > ABTRF : US$ 3 mil Ano 2005-06 > Contribuição total: US$ 287 mil > ABTRF: US$ 36 mil Ano 2006-07 > Contribuição total: US$ 688 mil > ABTRF: US$ 189 mil Ano 2007-08 > Contribuição total: US$ 429 mil > ABTRF: US$ 54 mil Ano 2008-09 > Contribuição total: US$ 444 mil > ABTRF: US$ 30 mil Total: US$ 2.090 mil > ABTRF: US$ 312 mil É o momento da ação. Como dizia padre Antônio Vieira: “Nós somos o que fazemos. O que não se faz não existe. Portanto, só existimos nos dias em que fazemos. Nos dias em que não fazemos apenas duramos.” Eu acrescentaria: façamos, pois o futuro do Rotary está em nossas mãos. BR

* O autor é governador 1999-00 do distrito 4420 e associado do RC de Santo André, SP. B RASIL R OTÁRIO 2 7


Plano Estratégico

O futuro é agora Desenvolvendo as ênfases presidenciais e cultivando a Imagem Pública do Rotary Márcio Pereira Ribeiro*

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Plano Estratégico do Rotary International teve por objetivo alcançar, a partir de 2005, as metas sugeridas pelos presidentes por meio das suas ênfases. Como o Rotary é uma organização sempre em evolução, em 2007 essas metas sofreram alterações. As prioridades presidenciais, porém, foram mantidas. Com o apoio da minha equipe e da minha esposa, resolvemos sacudir o distrito 4750 com novas ideias para a execução das ênfases do presidente 2008-09, Dong Kurn Lee. Eis o que realizamos: Apoio ao combate da poliomielite com a participação dos rotarianos nos postos de vacinação, o que, em diversos municípios, somente conseguimos após provar ter sido o Rotary International, por meio da Fundação Rotária, quem financiou a Campanha Nacional de Vacinação. Recorremos a dois documentos: uma carta do então ministro da Saúde Adib Jatene agradecendo aos rotarianos brasileiros a sua participação e um termo de doação do Rotary International, que concedia ao Brasil uma verba de US$ 6 milhões – pagos aos laboratórios para o envio das vacinas ao nosso país. O ROTARY E A EDUCAÇÃO Em relação à segunda ênfase presidencial – alfabetização e educação de crianças e adultos –, elaboramos uma homenagem aos alunos que apresentassem ótimo desempenho escolar, relacionamento ético com os colegas e excelente convivência familiar. Reunimos estes alunos com os professores, familiares e

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Não podemos nos considerar ex e sim colaboradores dos nossos sucessores. Devemos participar de forças tarefas rotárias, pois até hoje estamos visitando os Rotary Clubs, entregando diplomas de reconhecimento das metas atingidas demais colegas nos pátios das escolas, refeitórios, teatros. Após cantarem o Hino Nacional, eles eram esclarecidos sobre o objetivo da nossa organização – sempre vinculada ao combate da poliomielite –, e recebiam medalha e diploma alusivos ao evento. Para a terceira ênfase – recursos hídricos e meio ambiente –, fizemos plantio de árvores frutíferas e nativas e soltamos centenas de balões com sementes, ações estas que envolveram clubes, estudantes e profissionais. Assim, protegemos as nascentes locais com novas árvores, plantadas também em praças e jardins públicos. A iniciativa seguinte foi a proteção da criança, com a criação do Banco de Aleitamento Materno, graças a um Projeto de Subsídios Equivalentes, em parceira com um clube rotário da cidade de Illinois, nos EUA. Por meio de Subsídios

Simplificados, envolvendo os Rotary Clubs e a comunidade, desenvolvemos um sistema de distribuição de filtros para tornar a água potável. Com o apoio da Polícia Militar, criamos bandas musicais e fornecemos os instrumentos. MUDANDO A ROTINA Nós, governadores, devemos mudar a rotina, inovando nas visitas oficiais, participando de entrevistas na mídia local, apoiados no programa Polio Plus, e divulgando o que é o Rotary e quais as realizações dos clubes na comunidade. Não podemos nos considerar ex e sim colaboradores dos nossos sucessores. Devemos participar de forças tarefas rotárias, pois até hoje estamos visitando os Rotary Clubs, entregando diplomas de reconhecimento das metas atingidas, enviados pelo presidente do RI – tais reconhecimentos corresponderam a 30% dos clubes do distrito 4750. Devemos divulgar o Rotary tornando a Imagem Pública reconhecida por todos, o que trará frutos para a nossa instituição. Levar o clube a homenagear um profissional em seu local de trabalho, para reconhecimentos dos colegas e admiração dos parentes convidados, é um exemplo de divulgação. Finalmente, devemos ser gestores de criatividade e, cada vez mais, orgulhosos de ser rotarianos, porque assim faremos a diferença. O futuro, que é agora, também está em nossas mãos. BR

* O autor é governador 2008-09 do distrito 4750 e associado do RC de Niterói-Norte, RJ.


Plano Estratégico

A experiência do distrito 4610 e dos seus clubes resulta em reflexões válidas para todos os distritos brasileiros Raul Casanova Junior*

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ntes de expormos a importância do planejamento estratégico para o Rotary e a experiência de sua implantação no distrito 4610, queremos salientar que todo o trabalho rotário deverá ter sempre como base os objetivos do Rotary, o “Manual de Procedimento”, o estatuto e seu regimento. O planejamento estratégico (PE), conforme Philip Kotler, “é o processo gerencial de desenvolver e manter uma direção estratégica que alinhe as metas e os recursos da organização, considerando seu ambiente atual e futuro”. O Rotary é, certamente, uma das entidades com objetivos mais completos e abrangentes para a evolução de nossa sociedade. Entretanto é essencial que cada rotariano saiba, de forma explicitada, qual é a missão de seu clube e de seu distrito, dentro dos objetivos da instituição como um todo, para que ele próprio possa se colocar como ferramenta da obtenção dessa missão e se comprometa com o rotarismo.

Missão

motivadora

O processo de realização do planejamento estratégico oferece: G Uma visão de conjunto e cria um consenso natural entre todos sobre o que é importante e qual direção o distrito e cada clube devem seguir; G O alinhamento dos esforços de todos para atingir os objetivos comuns, reforçando a motivação; G A possibilidade da real participação dos rotarianos nas decisões, obtendo, dessa forma, o comprometimento global; G Agilidade e fundamentação para a tomada de decisões; e G É a melhor forma de treinamento, pois nos leva a analisar nossos princípios e ações. Todo planejamento estratégico envolve a definição dos seguintes pontos:

1. 2. 3. 4.

Missão Visão Valores Diagnóstico estratégico - análise ambiental 5. Linha estratégica 6. Ações estratégicas

Montagem: A. Santos

NO DISTRITO 4610 O planejamento estratégico no nosso distrito começou a ser realizado em 2007 e terminou sua primeira fase em 2008. O nosso primeiro procedimento, antes de iniciarmos os trabalhos, foi decidir quem seriam os participantes da elaboração do Plano Estratégico Distrital, pois este não poderia ficar restrito a dois ou três governadores, ou mesmo ao Colégio de Governadores. Dessa forma, ele não teria a representatividade necessária para ser reconhecido por todos os rotarianos do distrito e não poderia reunir todos os rotarianos em torno dele. Por isso, foi decidido que os participantes seriam o Colégio de Governadores e as principais lideranças de cada clube, indicadas por cada um destes e pelos rotarianos interessados. A segunda decisão importante foi escolher quem iria presidir o planejamento estratégico. Teria que ser um rotariano respeitado por todos, jovens e antigos rotarianos; alguém que fosse dinâmico e estimulador dos trabalhos. Ultrapassadas essas duas primeiB RASIL R OTÁRIO 2 9

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Plano Estratégico ras etapas, a comissão decidiu utilizar-se de facilitadores que não fossem rotarianos e sim especialistas em PE, permitindo que as discussões não se polarizassem por preconceitos ou direcionamentos de qualquer tipo de liderança. IMPLANTAÇÃO Foram agendadas reuniões mensais, uma para cada um dos temas: Missão e Visão; Valores; Análise Ambiental (Ambiente Interno); Análise Ambiental (Ambiente Externo); Linha Estratégica e Ações Estratégicas. Em cada uma das reuniões o profissional em PE apresentava a teoria sobre o tema escolhido, com diversos exemplos de empresas e entidades. Em especial, ele apresentava a definição do RI para aquela matéria, pois as conclusões não poderiam ser conflitantes com a nossa organização. Na sequência, eram formados de cinco a seis grupos de discussão sobre o tema específico, e, após 20 minutos de trabalhos, cada um apresentava suas conclusões para os demais. As cinco ou seis conclusões dos grupos eram consolidadas pela comissão de PE e apresentadas para aprovação na reunião seguinte. Atuando dessa forma, foram discutidos e firmados os seguintes itens: 1. MISSÃO O que é: É o papel que a entidade desempenha em sua área de atuação; é a razão de sua existência. Deve abranger o propósito básico da organização e transmitir seus valores aos rotarianos e à sociedade. Perguntas que devemos responder: Qual a motivação básica que inspirou seus fundadores? Por que surgiu? Qual a necessidade básica que a organização pretende suprir? O que é e para que ela serve? Missão do distrito A missão do distrito 4610 é apoiar, orientar, motivar e acompanhar a atuação dos seus Rotary Clubs, de acordo com o Planejamento Estra-

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tégico, normas e objetivos do RI, considerando-se as necessidades, potencialidades e características de suas comunidades. Uma missão que deve ser posta em prática com criatividade, sinergia e continuidade. 2. VISÃO O que é: É um modelo mental, claro, de um estado ou situação altamente desejável. É um modelo de uma possível realidade futura. Perguntas que devemos responder: Como a organização deseja ser vista e percebida? Onde e como deseja estar? Visão do distrito A Visão do distrito 4610 é que ele seja reconhecido, por meio de seus Rotary Clubs, como referência nacional e internacional pela ética, excelência e eficácia de sua ação. 3. VALORES O que representam para o RI: Princípios norteadores da cultura da organização – inclusive o que direciona as prioridades e atitudes dos membros na organização. Os valores são um componente importante e sempre crescente no planejamento estratégico, pois conduzem o propósito e o direcionamento da liderança da organização.

interno e externo, identificando as forças e fraquezas, oportunidades e ameaças que afetam a organização no cumprimento da sua missão e no alcance da sua visão. A seguir, análises e reflexões feitas a partir da realidade do distrito 4610, mas que acreditamos poderem servir como referência aos demais distritos. Análise do ambiente interno É a análise da posição atual da organização, definindo suas forças e fraquezas. Pontos fortes Entidade mundial G Princípios basilares G Riqueza cultural e potencial humano G Concentração demográfica G Capilaridade G Projetos já validados no passado G Tradição de uma instituição centenária G Diversidade de formação profissional G Credibilidade do Rotary G Potencial econômico da região G Estrutura física do distrito G Integridade dos membros G

Valores do distrito 4610 O distrito 4610 adota integralmente os valores do RI e acrescenta para si: 6. Continuidade 7. Comprometimento social 8. Gestão 9. Trabalho em equipe

Pontos fracos Amplitude muito grande de objetivos G Falta de agenda G Má seleção de rotarianos G Falta de motivação G Falta de gestão profissional G Falta de continuidade G Grande quantidade de clubes pequenos G Comunicação interna e externa G Baixo comprometimento do rotariano G Posição geográfica (divisão do município) G Número de associados G Representatividade profissional, social e econômica G Liderança profissional G Enfraquecimento da qualidade do quadro associativo

4. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO É o processo de análise ambiental,

Ambiente externo Fatores que estão fora do controle da organização, mas, apesar disso,

Valores do Rotary International 1. Serviço 2. Companheirismo 3. Diversidade 4. Integridade 5. Liderança

G


devem ser conhecidos e monitorados habitualmente, de forma a se aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças. Ameaças Estresse da população G Excesso de informações G Violência G Dificuldade de locomoção G Concorrência de entidades mais focadas G Pressões familiares G Trânsito congestionado G Proliferação de ONGs G Desemprego e perda de poder aquisitivo G Distância das comunidades carentes

meio de uma governança corporativa e de continuidade baseada no compartilhamento. Também: promover o crescimento e a renovação, tendo como objetivo cumprir a missão e a visão do distrito.

G

Oportunidades G Situação geográfica G Potencial humano e corporativo da região G Riqueza cultural de São Paulo G Diversidade da cidade G Disponibilidade da sociedade para servir G Sustentabilidade ambiental G Ensino profissionalizante G Iniciativas com ONGs G Internacionalidade do distrito no Rotary G Parcerias 5. LINHA ESTRATÉGICA O que é? A linha estratégica estabelece o principal objetivo estratégico a ser alcançado pela instituição, permitindo que se consolidem as vantagens competitivas que devem ser implementadas em função da análise ambiental efetuada. Deve, além disso, viabilizar fortemente a missão e a visão institucionais. Embora tentador, não se deve estabelecer mais do que uma linha para a estratégia, contemplando o período de horizonte para o planejamento estratégico (no nosso caso, três anos). Linha estratégica do distrito 4610 Alcançar a excelência de gestão por

6. AÇÕES ESTRATÉGICAS O que são? Representam as macroações que propiciarão, ao final do período do planejamento, que a linha estratégica seja atingida. As ações são estabelecidas ano a ano e devem ser limitadas em quantidade (sugerese, no máximo, duas ações). As ações estratégicas do distrito 4610 G Implantar um modelo de gestão compartilhada pelos três governadores (em exercício, eleito e indicado); G Estimular e assegurar a implementação do Planejamento Estratégico nos clubes do distrito. Planejamento Estratégico nos clubes Iniciamos este ano contemplando uma das ações estratégicas definidas no PE distrital, e estamos hoje na fase cinco: definição da linha estratégica de cada clube. Nossa forma de implementação nos clubes consistiu em manter a Comissão Distrital que implantou o PE distrital, e os mesmos facilitadores profissionais. Em reuniões mensais, cada clube enviava seus representantes para serem treinados pela Comissão Distrital. Após a exposição de cada tema, os presentes à reunião distrital se organizavam em grupos e faziam simulações de treinamento. Um exemplo: uma das atividades era definir a missão de um clube hipotético. Após isso, cada grupo retornava para seu clube e tinha um mês para realizar reuniões específicas para o PE. Visava-se, assim, definir a missão do clube com a participação de todos os companheiros. Este é, aliás, um fator importantíssimo: a participação de todos.

Mesmo que tal não ocorra, todos devem ser convidados a participar e a dar sugestões, ainda que por e-mail. A decisão final do tema era aprovada em reunião do clube. As conclusões do mês eram enviadas para a Comissão Distrital, que se restringia à tarefa de avaliar se aquela decisão do clube estaria tecnicamente correta (a Comissão não influía nas decisões). Portanto, cada clube definiu sua missão, sua visão, seus valores e fez sua análise ambiental. Nos dois últimos meses trabalhou sua linha estratégica e suas ações estratégicas. Com base nesse planejamento, os membros do Rotary passam a ter a oportunidade de uma ação muito mais consciente. Uma consciência que se estende ao motivo de sermos rotarianos e à definição dos objetivos do nosso clube, do nosso distrito e do Rotary International. Ao fim, fiz duas reflexões, que não poderia intuir no início dos trabalhos. Julgo importantíssimo citálas aqui: 1. Foi o melhor treinamento rotário, a melhor atividade motivacional que eu e meus companheiros já tivemos, pois, para chegarmos às conclusões, tivemos que estudar e rever todos os princípios rotários, os manuais, estatutos e regimentos, e nos maravilhamos com a entidade da qual participamos e da qual nem sempre percebemos a grandeza; 2. Foi a maior integração já estabelecida entre os rotarianos do meu clube. Pudemos nos conhecer melhor e, juntos, traçar os objetivos da nossa unidade rotária. Os profissionais em planejamento estratégico que nos orientaram foram cedidos pela Fundação de Rotarianos de São Paulo. O presidente da Comissão de PE do distrito é o ex-governador e presidente daquela Fundação, Eduardo de Barros Pimentel. BR * O autor é governador 2002-03 do distrito 4610 e associado do RC de São Paulo-Avenida Paulista, SP. B RASIL R OTÁRIO 3 1


Tema do mês

O que o Natal

nos ensina sobre relacionamentos Guilhermino Silva da Cunha*

O

tempo do Advento, que significa vinda, chegada do Messias como Rei, Profeta e Salvador, é altamente relacional. O Natal é a celebração do nascimento definitivo de Deus entre os homens: Deus se fez carne em Jesus Cristo e habitou entre nós como Emanuel, e habita em nós como o Espírito da Verdade, o Espírito Santo. Deus intervém e interage com os seres humanos, estabelecendo e restabelecendo relacionamentos: entre o homem e Deus; entre o homem e seu próximo; entre o homem e a natureza. Natal é um tempo de alegria. Alegria que se extravasa e emociona os atores da História da Redenção, os alcançados por ela e os que a proclamaram e proclamam ao longo da história. As alegrias do Natal se firmam nas dimensões vertical e horizontal, ou seja: “glórias a Deus nas maiores alturas” – a transcendência de Deus no Natal – e “paz na terra entre os homens de boa vontade” ou boa vontade entre os homens de fé. Os milagres do Natal são todos notáveis, sendo o maior deles o nascimento virginal de Jesus, o Cristo, o Messias prometido que chegou. Eis o motivo para cantarmos: “Cantai! Exultai! O Messias chegou! Dissiparam-se as trevas, a aurora raiou! Cantai! Exultai! Jesus Cristo, nos céus, Pelos seus intercede à direita de Deus. Cantai! Exultai! O Senhor voltará! Triunfante, glorioso, nas nuvens virá!” (Hinário Novo Cântico nº 54, da Igreja Presbiteriana) Lucas é o evangelista que trata de detalhes sensíveis, transcendentes, lindos e emocionantes do nascimento de Jesus nos capítulos 1 e 2 do seu livro. Focalizaremos as predições pertinentes ao nascimento de Jesus: Lucas, capítulo 1, versículos 26 a 38. O contexto imediato refere-se ao nascimento, à infância e ao início da adolescência de Jesus aos 12 anos (Lucas 1.5 a 2.52). Como prólogo para o Ministério terreno de Jesus, Lucas relata os nascimentos de João Batista, o Precursor do Messias, e de Jesus Cristo, o

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stock. xching

Messias, que nasceu como Filho de Deus (Lucas 1.35). As narrativas do Natal são recheadas de alusões às profecias do Antigo Testamento, indicando uma ação constante de Deus na História da Redenção. O Novo Testamento é o cumprimento das promessas de Deus. Assim, o Novo está em consonância com o Antigo. São ricos e variados os elementos sobrenaturais que marcaram o nascimento desses dois meninos: João Batista, o servo de Deus, e Jesus Cristo, o Filho de Deus. Os pormenores das narrativas revelam acurada pesquisa por parte do historiador Lucas e também refletem as histórias das tradições familiares do sacerdote Zacarias e sua mulher Isabel (que nas traduções inglesas é chamada de Elizabeth) e

“Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas. Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela.” (Lucas 1.37 e 1.38)

das tradições da família do carpinteiro José e sua mulher Maria, da linhagem de Davi. Não poderia ser diferente. O Precursor nasceu de uma família sacerdotal e o Messias de uma família de operários-carpinteiros. Nazaré sempre foi e continua sendo um lugar de intensa atividade moveleira (marcenaria de móveis). Lucas narra com cores vivas o nascimento do primo de Jesus, João Batista, no capítulo 1, versículos 5 a 25, e o nascimento de Jesus – capítulo 1, versículos 26 a 38, conforme já dissemos. A narrativa do anúncio do nascimento de João centraliza a figura do pai. Já a narrativa do nascimento de Jesus Cristo gravita em torno da mãe Maria e é cercado de várias teofanias, que são as manifestações de B RASIL R OTÁRIO 3 3

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Tema do mês Deus, e de outros eventos extraordinários. É a estrela, é o anjo, é uma multidão deles louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na Terra entre os homens a quem ele quer bem.” (Lucas 2.14). Maria recebeu a visita do Anjo Gabriel, o mesmo anjo que visitara o sacerdote Zacarias (Lucas 1.19 e 1.26). Ambos temeram na presença do Anjo de Deus. O sacerdote duvidou; a jovem camponesa Maria creu e se humilhou. Foi chamada de bem-aventurada. É Maria, perplexa, que declara a sua virgindade quando diz: “Como será isto, pois não tenho relação com homem algum?” (Lucas 1.34). A explicação é simples. Visa não à discussão da virgindade e sim à origem divina do Messias: “Descerá

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sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.” (1.35). E lá nas regiões montanhosas da Judeia, em um vilarejo hoje chamado de Ein Karen, Maria visitou Isabel e ao saudá-la estremeceulhe no útero a criança e ela ficou possuída do Espírito Santo (1.41 e 1.44). Reciprocidade de emoções e de alegrias: relacionamentos que nascem, se firmam e se renovam no Natal desde sempre. Note bem: o mesmo Anjo Gabriel, o mesmo temor, as mesmas alegrias e o mesmo Espírito Santo, criando laços entre Deus e os homens, entre as famílias e entre as pessoas. E isto é o Natal! No Natal e no Ano Novo prometemos a Deus e a nós mesmos

não falar em crise, antes reafirmar a soberania de Deus sobre a nossa vida, a nossa família, a Igreja, a pátria e o mundo. Deus tem um plano em tudo isso que ocorre. Somos da escola dos que sabem afirmar com Jesus: “Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei a vossa cabeça porque a vossa redenção se aproxima!”. Feliz Natal a todos, com Cristo no coração. E lembre-se: no Ano Novo, alguma coisa boa acontecerá a você! BR * O autor é pastor presidente da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro, presidente da Academia Evangélica de Letras do Brasil, membro da Academia Brasileira de Ciências Econômicas, Políticas e Sociais e associado do RC do Rio de Janeiro, RJ (D.4570).


Em cima do fato

Edwin Futa em São Paulo Pensando na Convenção Internacional de 2015, a cidade recebeu a Comissão de Inspeção do RI G

ASSINATURA DO Protocolo de Intenções: a partir da esquerda, José Alfredo Pretoni, ex-diretor do RI; Edwin Futa, secretário-geral do RI; Antonio Hallage, diretor do RI; José Luiz Fonseca, secretárioexecutivo do Comitê de Organização; Carolina Negri, coordenadora de convenções da SP Turismo; Tasso Gadzanis, vice-presidente da SP Turismo; Alfredo Cotait Neto, secretário municipal de Relações Internacionais e rotariano do RC de São Paulo-Leste; e o prefeito Gilberto Kassab, rotariano do RC de São Paulo

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m 2014 o Brasil sediará a Copa do Mundo de Futebol. Em 2016, será a vez das Olimpíadas. E em 2015? Bem, tudo indica que a sequência não será quebrada e que o Brasil também estará em evidência entre os dois megaeventos do esporte. Como já anunciado pela Brasil Rotário, São Paulo foi definida como cidade tentativa para sediar a Convenção Internacional do Rotary de 2015. São esperados 40 mil rotarianos para a ocasião. De 12 a 17 de outubro, a Comissão de Inspeção do Rotary International esteve em São Paulo verificando a estrutura hoteleira, de transporte e o centro de convenções da cidade. A comissão, composta por Konda Sterret, Daryl Taylor e LJ Williams, e liderada pelo secretário-geral do Rotary International, Edwin Futa, teve a oportuni-

dade de conhecer a cidade em detalhes e visitar o Complexo do Anhembi, um dos maiores da América Latina, e que abrigará a Convenção do RI. O grupo reuniu-se com representantes da rede hoteleira, com representantes das empresas SP Turismo e São Paulo Convention and Visitors Bureau e esteve com o prefeito, Gilberto Kassab. E o ponto alto da visita foi justamente a assinatura do Protocolo de Intenções entre o Comitê Executivo da Convenção de 2015, presidida pelo ex-diretor do RI José Alfredo Pretoni, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que também é rotariano. Além destes encontros, foram realizadas reuniões com os governadores atuais, eleitos e indicados dos distritos 4420, 4430 e 4610. Estes distritos, por terem como sede a capital paulista, serão es-

tratégicos para a realização do evento. Edwin Futa também visitou as unidades do Colégio Rio Branco, as Faculdades Rio Branco, o Centro Profissionalizante e a Escola para Crianças Surdas. O contato com estas instituições, todas mantidas pela Fundação de Rotarianos de São Paulo, teve um impacto bastante positivo. A escolha de São Paulo ocorreu em maio deste ano durante reunião do Conselho de Diretores do Rotary International, em Dublin, Irlanda, graças à proposta apresentada pelo então diretor do RI, Themístocles A. C. Pinho. Planejada para a segunda semana de julho de 2015, essa será a terceira convenção internacional no Brasil. A primeira ocorreu em 1948, no Rio de Janeiro, e a segunda, em 1981, na capital paulista. BR

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Cultura

Renata Coré

Memórias de uma década com Parkinson A

impressão que se tem é de que os acontecimentos na vida de Michael J. Fox sempre tiveram ritmo acelerado. Ele começou a atuar aos 11 anos de idade e, na década de 1980, tornou-se um dos astros de Hollywood. Durante sete anos, trabalhou na série “Family ties” – conhecida no Brasil como “Caras & caretas” –, que por dois anos consecutivos obteve o segundo lugar na lista dos programas de TV mais assistidos nos EUA. Enquanto fazia o seriado, ganhou o papel de protagonista do longa “De volta para o futuro”, lançado em 1985 e que pouco tempo depois se transformaria em uma das mais bem-sucedidas trilogias do cinema americano. A carreira de Fox ia de vento em popa até que, em 2000, ele anunciou sua despedida do personagem principal da série “Spin city”, na qual atuava desde 1996. A aposentadoria precoce foi causada pela

Doença de Parkinson, diagnosticada no ator antes dos 40 anos de idade. “Tive de me esforçar para me adaptar a uma nova dinâmica, à mudança das minhas personalidades pública e privada. Eu era Mike, o ator, e depois Mike, o ator com Parkinson. E agora eu seria apenas Mike com DP?”, escreve Fox no livro “Um otimista incorrigível”. “Tinha de construir uma nova vida quando ainda era muito feliz com a vida antiga”, revela o ator, hoje com 48 anos de idade. O empenho na construção dessa nova maneira de viver, ao longo dos últimos dez anos, é o tema do segundo livro de memórias de Fox. Uma de suas primeiras iniciativas foi a criação da Fundação Michael J. Fox para pesquisas de Parkinson. Apesar de reunir as memórias de uma década, “Um otimista incorrigível” não é cronológico, mas temático. O livro está dividido em quatro partes – trabalho, política, fé e família –, cada uma ilustrada, em sua abertura, por uma foto em preto e branco. Fox explica na in-

trodução que são esses os pilares de sua existência, a base de sua vida e “juntos, formam uma proteção contra a destruição causada pela Doença de Parkinson”. I Um otimista incorrigível Michael J. Fox Planeta

Celso Furtado em edição comemorativa onsiderada obra fundamental do pensamento econômico e das ciências sociais no país, “Formação econômica do Brasil”, de Celso Furtado, completa cinco décadas de publicação este ano e, para celebrar a data, ganhou uma edição comemorativa da Companhia das Letras. Em capa dura e com um caderno de fotos de 32 páginas, a nova versão do livro traz introdução de Rosa Freire d’Aguiar Furtado (também organizadora da edição) sobre o economista e sua obra mais conhecida. Outros destaques são a apresentação assinada pelo historiador Luiz

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Felipe de Alencastro, titular da cátedra de história do Brasil em Sorbonne, críticas e artigos publicados desde 1950 por 21 renomados historiadores e economistas que, tanto no Brasil como no exterior, escreveram sobre a obra máxima de Furtado, uma cronologia da vida do economista e uma lista completa de suas obras publicadas. O historiador francês Fernand Braudel considerava “Formação econômica do Brasil” um dos gran-

des livros de história econômica do mundo. A originalidade do enfoque empreendido por Furtado está em buscar nos cinco séculos de nossa história as raízes dos problemas que dificultavam o desenvolvimento do país. Outra inovação foi combinar o método histórico com análise econômica. Formação econômica do Brasil Celso Furtado Companhia das Letras

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Partimpim Partimpim está está de de volta volta

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uando se aventurou a cantar para as crianças, Adriana Calcanhoto revigorou o universo da música infantil, que já tivera uma época dourada, com composições de artistas como Vinicius de Moraes, Toquinho e Chico Buarque, mas atravessava um momento de escassez, nas últimas décadas. Em 2004, a cantora e compositora lançou um álbum sob o heterônimo de Adriana Partimpim, seu apelido na infância. O trabalho foi bem recebido tanto pela crítica como pelo público e agora Adriana está de volta com o CD “Partimpim 2”, lançado pela gravadora Sony, já que o heterônimo surgiu para ser uma discografia e não um álbum único. O novo trabalho da cantora para o público infantil traz 11 faixas que vão desde uma canção de carnaval – “Baile partimcundum” – a um ringtone (tons e campainhas baixados no celular) – “Ringtone de amor” – , passando por uma versão de Zé Ramalho para música de Bob Dylan – “O homem deu nome a todos os animais” – e o samba-reggae “Alexandre”, composição de Caetano Veloso sobre a vida do rei macedônio. Está também no CD a faixa “As borboletas”, um dos poucos poemas não musicados da “Arca de Noé”, de Vinicius de Moraes.

Para não esquecer Jean Charles

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epois de ganhar os cinemas, a trágica história de Jean Charles, o eletricista mineiro morto pela polícia inglesa, em 2005, aos 27 anos de idade, por ter sido confundido com um terrorista, chega em DVD, pela Imagem Filmes. Dirigido pelo brasileiro radicado em Londres Henrique Goldman, o longa narra os últimos meses da vida do brasileiro, interpretado pelo ator Selton Mello. Também fazem parte do elenco Vanessa Giácomo, Daniel Oliveira e Luis Miranda. Além dos atores profissionais, tomaram parte na produção pessoas que conviveram com Jean Charles em Londres, como Patrícia Armani, prima do eletricista, que vive ela mesma na história. O filme é a primeira coprodução cinematográfica entre Brasil e Inglaterra. As filmagens aconteceram em 2008, em Londres, e tiveram o cineasta britânico Stephen Frears como produtor. “Jean Charles” tem duração de 93 minutos e a classificação indicativa é de 14 anos.

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Altimar Augusto Fernandes e Henrique VVasconcelos asconcelos Coordenadores Regionais da Fundação Rotária para as Zonas 22A e 23A, e para Zona 22B, respectivamente

Panorama Polio Plus E

ste mês, começo a coluna com um breve relato do que está acontecendo nos quatro países onde a poliomielite ainda é uma doença endêmica:

Afeganistão – O grande desafio para a erradicação da pólio no país continua relacionado aos problemas de segurança, que limitam o acesso à imunização das crianças moradoras de áreas de alto risco. Em 20 de setembro deste ano, foi feita uma campanha para promover o Dia Internacional da Paz, o que contribuiu para que a vacina chegasse até 880 mil crianças, o maior número registrado até hoje naquele país. A Fundação Rotária está ajudando nesses esforços pela segurança, financiando abrigos temporários na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão para criar um ambiente livre de perigo no qual as crianças possam ser vacinadas. Paquistão – O presidente do país, Asif Ali Zardari, recebeu em agosto último um prêmio da Fundação Rotária pelo seu comprometimento com a causa da erradicação da pólio. Zardari nomeou a filha mais nova, Assefa Bhutto Zardari, embaixadora da erradicação da poliomielite. Ela é filha do presidente com a ex-primeira ministra Benazir Bhutto (assassinada durante um atentado suicida, em 27 de dezembro de 2007) e foi a primeira criança a ser vacinada por sua mãe no lançamento da campanha de imunização, em 1994. Índia – O número de casos da doença registrados no país diminuiu e, dos três tipos de vírus da pólio existentes, resta erradicar apenas o tipo 1, justamente o mais perigoso. Nigéria – Graças ao suporte sem precedentes dos políticos e dos líderes religiosos, a Nigéria atravessa um ótimo momento em relação à luta contra o vírus da pólio. No ultimo ano, os casos da doença caíram de 692 para 382. CONTRIBUIÇÕES No primeiro trimestre, terminado em 30 de setembro, as contribuições para a Fundação Rotária atingiram mais de US$ 22 milhões.

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No ano rotário 2008-09, um total de 313.027 rotarianos contribuíram pessoalmente para a Fundação. Tal cifra corresponde a apenas 26% do total de rotarianos, o que significa que podemos crescer 74%, encorajando todo rotariano a contribuir para a nossa Fundação todos os anos. Quando os rotarianos contribuem para a nossa Fundação Rotária, eles estão oferecendo suporte aos programas e projetos identificados, desenvolvidos e gerenciados pelos companheiros rotarianos ao redor do mundo. Rotarianos envolvidos permanecem rotarianos por toda a vida. FUNDO PERMANENTE A Fundação Rotária tem como meta atingir US$ 1 bilhão até o ano de 2025. Até o dia 31 de agosto, possuíamos US$ 598,1 milhões em contribuições. DESAFIO DOS US$ 200 MILHÕES Até 24 de outubro, Dia Mundial da Pólio, US$ 99 milhões já haviam sido equiparados pelos rotarianos no Desafio dos US$ 200 Milhões proposto pela Fundação Bill e Melinda Gates. PROJETO EMPRESA CIDADÃ Observamos que vários clubes têm estabelecido parcerias com empresas de suas respectivas comunidades com o intuito de fazer o bem. Por isso, apresento a seguir um modelo de parceria que vem sendo realizado pelo distrito 4420. Por meio dele, alguns clubes já conseguiram atrair mais de 30 empresas. Ao participar do projeto Empresa Parceira ou


Coluna do chair da Fundação Rotária No ano rotário 2008-09, um

A Fundação apoia uma vigorosa Família Rotária

total de 313.027 rotarianos contribuíram pessoalmente para a Fundação. Tal cifra corresponde a apenas 26% do total de rotarianos Empresa Cidadã, a organização passa a colaborar mensalmente com a Associação Brasileira da The Rotary Foundation no fomento de ações de cunho social, ecológico, de saúde e educação. Há duas formas de a organização cooperar com o desenvolvimento de ações humanitárias: 1 – Com a contribuição de R$ 120 mensais, a empresa terá: Diploma de reconhecimento pela participação, oferecido pelo distrito 4420 por intermédio do Rotary Club pelo qual a empresa aderiu ao projeto; Aplicação da marca da empresa nas ações sociais e nos veículos informativos do clube parceiro; Veiculação de banner institucional durante as reuniões semanais do clube parceiro. 2 – Com a contribuição de R$ 200 mensais, a empresa terá: Diploma de reconhecimento pela participação, oferecido pelo distrito 4420 por intermédio do Rotary Club parceiro, em evento específico a ser realizado pela governadoria do distrito em data a ser definida; Aplicação da marca da empresa nas ações sociais e nos veículos informativos do clube parceiro; Veiculação de banner institucional durante as reuniões semanais do clube parceiro; Selo institucional que poderá ser utilizado pela empresa; Divulgação no endereço eletrônico: www.rotary4420.com.br da lista de empresas participantes com os links para os respectivos sites; Divulgação em duas edições da Carta Mensal do 4420 (revista editada pelo Distrito) da lista de empresas cidadãs. Para mais esclarecimentos acesse o site www.rotary4420.com.br. BR

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este ano, estou completando 50 anos como rotariano. Não lembro se, quando entrei para o Rotary, imaginava qual seria o meu envolvimento com a organização em 2009-10. Mas estou certo de que jamais pensei que o Rotary viria a se tornar uma parte tão importante da rotina doméstica dos Estess a ponto de sentirmos que o Rotary também faz parte da nossa família. Eu falo com frequência do apoio que a Fundação Rotária dá a toda a Família Rotária. O Rotary se parece com uma família em muitos aspectos, seja na forma pela qual nos incentivamos mutuamente e nos ajudamos a progredir até a maneira como realizamos coisas de que não seríamos capazes sozinhos. Com a ajuda da nossa Fundação, o Rotary nos permite assumir desafios que ninguém mais teria a capacidade, a disposição ou os recursos organizacionais para enfrentar. No Rotary, nós compartilhamos o que possuímos de uma forma única: com amor, bondade e generosidade. Justamente por causa disso, quando eu viajava como presidente do RI ao lado de minha mulher, Mary, no ano do centenário do Rotary, ela me dizia com frequência: “As melhores pessoas do mundo deveriam fazer farte do Rotary.” Nos últimos 50 anos, o que constatamos inúmeras vezes nos rotarianos foi um puro e impressionante desejo de servir – desejo este que, graças à Fundação Rotária, é suportado com recursos financeiros e práticos. Os rotarianos trabalham para atender necessidades aparentemente tão grandes e inatingíveis que ninguém se animaria a enfrentálas – ou algumas outras tão insignificantes que ninguém se importaria com elas. Em nossa Família Rotária, nós assumimos esses desafios por saber que podemos vencê-los – e por contar com a retaguarda e a força da nossa Fundação. GLENN ESTESS SR. Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária B RASIL R OTÁRIO 3 9


Monografia premiada

Unindo forças pelo bem das crianças Se trabalharmos juntos com o Rotary, não será difícil vencer a mortalidade infantil Este artigo é um resumo do trabalho classificado em segundo lugar no 16o Concurso de Monografias para Professores da Brasil Rotário, realizado pela revista em 2009 com a parceria do jornal Folha Dirigida e o apoio da Fundação de Rotarianos de São Paulo. O autor é o professor José Antonio Carlos David Chagas, premiado pela terceira vez no concurso. Ele teve seu trabalho novamente intermediado pelo RC de Rio Claro, SP (D. 4590), e ganhou o prêmio Armando Monteiro Neto, no valor de R$ 3.000.

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ara atender ao que determina o tema do Concurso de Monografias deste ano, eu, professor que sou – e desejoso de ver a educação transformada para transformar a realidade cultural do povo de minha terra e, por consequência disso, destruir mazelas que não existiriam se houvesse uma adequada mobilização de saberes, tanto na família quanto na escola – compungido escrevo sobre as causas que determinam a mortalidade infantil. Sei que vencê-las não é difícil. Entendo que, se unirmos forças, poderemos alcançar excelente resultado em curto espaço de tempo. O Rotary nos lidera. É a luz que nos permite ver feridas abertas e – mais importante: com companheirismo, vontade e coragem; denunciando, aprendendo e orientando – determinar o fim do mal e proclamar vitória sobre o desafio proposto. Seja esta a marca bendita do século 21. É PRECISO APOIAR O ROTARY Penso que é possível ter, após a leitura cuidadosa e a avaliação de alguns gráficos apresentados pela OMS, pelo Unicef e pelos Ministérios da Saúde de diferentes países, a ideia do que pretendia: apoiar a iniciativa do Rotary International, de seu presidente, de seus governadores distritais, de seus clubes de serviço, preservando com isso o ideal extraordinário de servir

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criado por Paul Harris há mais de um século. E se valorizo tanto a iniciativa do Rotary é porque sei que, graças a sua ação, foi possível diminuir as taxas de mortalidade infantil no norte da Nigéria, nas Filipinas, na Mauritânia, no Brasil e em tantos outros países. Não é por acaso que os diretores do Unicef se ocupam do Rotary em suas falas nas Nações Unidas. O mesmo acontece com a diretora do Programa Mundial de Alimentos e da ONG Save the Children – porque conhecem o trabalho, o idealismo e a força do Rotary. Junto-me a estas esperanças. Mais do que isso, procuro, com este trabalho de tanta pesquisa, entender melhor e mais o problema da mortalidade infantil – e juntar forças às minhas, propondo, apresentando e denunciando.


zes, como a doação em vilas e aldeias de mosquiteiros tratados com inseticida; de kits de maternidade, que oferecem produtos que auxiliam o parto doméstico e garantem um mínimo de privacidade,

A ENTREGA do prêmio ao professor José Antonio Carlos David Chagas (à esquerda) foi feita pelo presidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário e editor da revista, EGD Carlos Henrique de C. Fróes, durante uma reunião do RC de Rio Claro

O Brasil, o estado e a cidade onde vivo precisam incorporar-se a este esforço do Rotary International que leva adiante projetos simples, mas efica-

Se valorizo tanto a iniciativa do Rotary é porque sei que, graças a sua ação, foi possível diminuir as taxas de mortalidade infantil no norte da Nigéria, nas Filipinas, na Mauritânia, no Brasil e em tantos outros países respeito e higiene; até chegar à distribuição do leite materno, este alimento único que ajuda a impedir a morte de nossas crianças. E mais que impedir a morte, garantir o espetáculo da vida, a melhor resposta a todos estes males. BR

B RASIL R OTÁRIO 4 1


Interact & Rotaract

Por meio do projeto Doando Alegria, o pessoal do Interact Club de Barretos-Norte, SP (D. 4480), ajudou os rotarianos a vacinar as crianças da cidade contra a poliomielite.

Em parceria com o Rotary Club de Pindorama, os integrantes do Rotaract Club de Pindorama, SP (D. 4480), distribuíram 1.000 bolas e 100 bonecas entre as crianças carentes da cidade. Rotaractianos e rotarianos fantasiaram-se de palhaço para fazer a entrega dos brinquedos no Dia das Crianças. As bolas foram obtidas com a ajuda de empresários locais.

Às margens da BR-230, o Rotaract Club de PombalCentenário, PB (D. 4500), inaugurou seu marco rotaractário, uma homenagem a um ilustre pombalense: o economista Celso Furtado, morto em 2004. Além de rotarianos e convidados, participou da cerimônia a prefeita da cidade, Pollyana Feitosa.

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Ao lado dos rotarianos, o Rotaract Club de Serra Negra, SP (D. 4590), participou da segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Pólio. Os rotaractianos fizeram uma caixinha para arrecadar fundos para o Polio Plus e uns ímãs em formato de gotinha.

4 2 DEZEMBRO

DE

2009

A 36a Conferência Multidistrital de Rotaract (Conarc) acontece entre os dias 20 e 24 de janeiro no Hotel Fazenda Montanhês, na cidade de Miguel Pereira, no Rio de Janeiro. Realizada anualmente em diferentes estados do país, a Conarc é a reunião de todos os Rotaract Clubs do Brasil, e uma oportunidade em que os rotaractianos podem compartilhar ideias, experiências e participar de eventos culturais e artísticos. A expectativa dos organizadores é que o evento reúna aproximadamente 350 jovens. Sob o tema Liderança com Responsabilidade, a programação da Conarc 2010 terá palestras, dinâmicas, treinamentos e workshops – mas as festas também farão parte do calendário. Garanta sua presença acessando o site www.conarc.com.br ou escrevendo para secretaria@conarc.com.br

A Família Rotária do distrito ficou maior no começo de outubro com a criação do Interact Club de Iracemápolis, SP (D. 4590). Logo após a reunião festiva de posse, os 18 adolescentes que fazem parte do clube participaram, junto com os rotarianos do 7o Desperta Criança, uma festa organizada pela prefeitura de Iracemápolis e pelo Fundo Social de Solidariedade em comemoração ao Dia das Crianças. Os interactianos ajudaram nas barracas de doce, pipoca e suco.


ABTRF: BALANÇO ANO FISCAL 2008 N

as Assembleias Gerais da Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF), que se realizam anualmente nos Institutos Rotary do Brasil, são apresentados o Balanço Anual/Demonstração do Resultado do Exercício e todos os relatórios referentes àquela instituição. Tais documentos, que ficam à disposição de quaisquer rotarianos presentes aos Institutos, são exigidos em lei pelo Ministério da Justiça e pelo Ministério da Fazenda para que haja a renovação da licença da ABTRF como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Para efeito de informação geral, publicamos o balanço do ano fiscal 2008. Balanço Patrimonial findo em 31/12/2008 da Associação Brasileira da The Rotary Foundation (Valores em R$) Ativo

Passivo

Circulante Bancos conta movimento Banco Itaú S/A Banco Bradesco S/A Aplicações de liquidez imediata

6.477,08 401,61 503.584,23

Total do ativo

510.462,92

Patrimônio Superavit acumulado Ajuste de exercícios anteriores

500.723,70 9.739,22

Total do passivo

510.462,92

Demonstração do resultado do exercício findo em 31/12/2008 da Associação Brasileira da The Rotary Foundation (Valores em R$) Receita operacional ( - ) Despesas operacionais Tributos Divulgação institucional Honorários advocatícios Viagens Gerais Projetos de prestação de serviços Financeiras ( = ) Resultado operacional ( + ) Receitas não operacionais Deficit/superavit do exercício

266.776,74 (397.544,83) (87,20) (800,00) (20.294,75) (1.686,28) (943,00) (373.271,60) (462,00)

(130.768,09) 46.896,73 (83.871,36)

Nota explicativa: As receitas não operacionais referem-se às receitas de aplicações financeiras, deduzidos os impostos incidentes sobre as mesmas. Jose Alfredo Pretoni Presidente

Lyodegar Cantor Marques Contador B RASIL R OTÁRIO 4 3


Rotarianos que são notícia

N

esta seção abrimos espaço para os rotarianos que foram eleitos ou nomeados para cargos de governo, da administração direta ou indireta, ou que ainda receberam homenagens ou assumiram função em organizações da sociedade civil nas esferas federal (1o, 2 o e 3 o escalões), estadual (1o e 2o escalões) e municipal (1o escalão).

Elói Ângelo Lorenzon, companheiro do RC de Vitória-Praia Comprida, ES (D. 4410), foi homenageado com o título de Cidadão Vitoriense.

Alberto Henrique Barbosa, associado do RC de Brasília-Lago Sul, DF (D. 4530), recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília.

Élvio da Silva Araújo, associado do RC de Campos-São Salvador, RJ (D. 4750), recebeu a Medalha do Pacificador pelos serviços prestados ao Exército.

Eduardo O. Uskokovich e Nelson Simonatto, fundadores do RC de Medianeira, PR (D. 4640), receberam o título de Cidadão Honorário de Medianeira.

Serafim Carvalho Melo, governador eleito 2010-11 do distrito 4440, recebeu o título de Cidadão Mato-grossense.

Vera Lúcia Correia Lima, associada do RC de Fortaleza-Centenário, CE (D. 4490), ingressou no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará pelo quinto Constitucional, destinado a membros do Ministério Público de notório merecimento e reputação ilibada. Da lista tríplice enviada ao governador do estado pelo tribunal constava ainda o nome do procurador José Valdo Silva, também associado do RC de Fortaleza-Centenário.

O ex-combatente da 2ª Guerra Mundial Leônidas Macedo Filho, associado do RC de Campos Altos, MG (D. 4760), recebeu o título de Cidadão Honorário do município.

4 4 DEZEMBRO

DE

2009

Felix Schiavano, ex-presidente do RC de Porto Feliz, SP (D. 4310), é presidente pela segunda vez da Associação Comercial e Empresarial de Porto Feliz.



Distritos

EM

Revista

O Projeto Memorial de um clube pioneiro D. 4500 RC do Recife, PE – Inau-

gurou o Espaço Luís Oiticica para celebrar o 78º aniversário do clube. O novo endereço tem como objetivo abrigar a memória do RC do Recife, a primeira unidade rotária do Norte e Nordeste do Brasil, por meio de documentos, publicações, troféus, diplomas, fotografias e banco de dados. A ação é parte do Projeto Memorial, concebido pelo presidente 2008-09 Silvio Neves Baptista. O nome do espaço é uma homenagem a Luiz Pereira da Rosa Oiticica, governador distrital e duas vezes presidente do clube. PESQUISADORES DEDICADOS O rotariano Fernando Reis de Souza, coordenador do projeto, relata que a história do seu clube há muito vem sendo pesquisada por companheiros dedicados. Já em 1956, Luis Salazar, Joseph Turton e Pedro Cahú publicavam um precioso relato dos 25 anos de história do clube, o mesmo fazendo Luis Oiticica em 1961, quando das festividades dos 30 anos. Na presidência de José Ubiracy, em 1991, a jornalista Ceça Brito registrou os 60 anos do RC. Em 2002 foi publicado, sob o patrocínio do EGD José Ubiracy Silva, o “Livro dos 70 Anos”. “Lembremo-nos que somente o passado nos pertence verdadeiramente e dele devemos cuidar com cautela”, explica Fernando. O coordenador também destaca uma importante característica histórica do clube: os diversos projetos de prevenção e tratamento de doenças voltados à população mais carente.

46 DEZEMBRO DE 2009

O ENTÃO presidente Silvio Neves Baptista e Aldara Oiticica, filha do patrono do Espaço, ladeados pelos ex-presidentes Isaltino Bezerra, EGD Eudes de Souza Leão Pinto, Fernando Reis de Souza, Clóvis Pacheco, Armando Cairutas e Miguel Doherty 

FERNANDO REIS e parte do acervo do Espaço Luís Oiticica


Distritos

EM

Revista

D. 4410

RC de Santa Bárbara d’Oeste, SP – Realizou mais uma edição do seu tradicional Joelho de Porco, com a oferta de pratos típicos alemães. A preparação, a venda e a entrega dos convites foram feitas pelos rotarianos e pela Associação das Famílias dos Rotarianos de Santa Bárbara d’Oeste. A renda do encontro foi destinada a projetos sociais do clube, dentre eles a Escola Rotary de Ajustagem Mecânica para jovens carentes.

RC de Guarapari, ES – Vem atuando nas comunidades carentes, com especial atenção às crianças. Entre as iniciativas adotadas, destacam-se palestra sobre saúde bucal (foto), com parceria da Secretaria de Saúde, e pesagem de crianças até sete anos, distribuição de escovas de dente, material escolar, leite, legumes, verduras e cestas básicas, com parceria da Pastoral da Criança. O clube se fez presente na solenidade de implantação do campus do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Espírito Santo, que oferece cursos destinados à capacitação de jovens ao mercado de trabalho.

RC de Boituva, SP – Entregou 17 toneladas de alimentos a entidades carentes, tais como Esquadrão Vida, Fundação Crescer Criança, Nova Vida, Apae, Nosso Lar São Vicente de Paula, Associação Viver Livre e Casa de Refúgio.

RC de Piúma-Monte Aghá, ES – Organizou evento com direito a rodízio de pizza. O convidado entregava dois quilos de alimentos não perecíveis, os quais foram doados à população carente atendida pela Pastoral da Família. Ao todo foram 180 kg de alimentos. O clube pede destaque para a criação de um pin pelos seus 10 anos de existência (foto), concebido pela rotariana Rita de Cássia Bertolin, mulher do presidente do clube, Luiz Antonio Moterani.

D. 4310

D. 4420

RC de Saltinho, SP – Está à frente do projeto Higiene Bucal para Todos. Nesse sentido, o clube promoveu encontro de conscientização de saúde bucal envolvendo as famílias assistidas pela Sociedade São Vicente de Paulo, que congrega os vicentinos.

RC de SantosPorto, SP – Registra a participação de Nathalia Esteves, filha dos companheiros Ricardo e Fabiana Esteves – presidente indicada 2010-11 –, em reunião do clube. Nathalia falou de sua experiência de estudo em Vancouver, Canadá, e da festa junina organizada por ela (na foto, de rosa) e sua irmã Thaís, que permitiu a arrecadação de dinheiro para o Projeto Esculpir, de autoria do RC de Santos-Porto. O projeto atende cerca de 80 crianças e adolescentes, oferecendo espaço para atividades recreativas e culturais.

BRASIL ROTÁRIO 47


Distritos

D. 4420

EM

Revista

D. 4430

RC de São Vicente-Antônio Emmerich, SP – Realizou o 6º Almoço com Massas (foto), destinado a arrecadar fundos para o Banco de Cadeira de Rodas e Andadores e para a Fundação Rotária. O clube também vem se dedicando ao projeto Empresa Cidadã, que visa coletar fundos para a Associação Brasileira da The Rotary Foundation.

RC de São Paulo Nordeste-Vila Maria, SP – Realizou a Festa Black Tie, evento que contou com a presença de rotarianos, empresários da Zona Norte da cidade e do governador do distrito, Juvenal Antonio da Silva (na foto, ao centro). O evento arrecadou R$ 147 mil, destinados ao projeto Ambulatório Itinerante, que levará dois ambulatórios médicos e um odontológico às comunidades carentes.

RC de Santos, SP – Durante a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, o clube montou seus próprios postos de vacinação, com várias atrações, tais como bandas, equipes de animação e apresentação de cachorros da Polícia Militar.

RC de Mogi das CruzesOeste, SP – Fez diversas doações: cestas básicas para crianças carentes que integram uma banda sinfônica, cadeiras de rodas e de banho para a Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes e mais de 200 mochilas para a Escola Municipal da cidade. Além disso, o clube realizou a 7ª Festa Italiana (foto), que contou com a presença do governador do distrito.

D. 4440

RC de Alta Floresta-Centro, MT – Outro exemplo de mobilização na segunda etapa da luta nacional contra a pólio. Juntamente com o Interact Club local, o clube promoveu panfletagem, motivando pais e responsáveis pelas crianças de até cinco anos a levá-las aos postos de vacinação.

48 DEZEMBRO DE 2009

RC de RondonópolisRondon, MT – Realizou o 17º Costelão em prol da Apae local. Outro destaque é a parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, que beneficiará as famílias carentes de Vila Olinda. Para isso, o clube está desenvolvendo o projeto Mais Vida, que objetiva diminuir os índices de mortalidades fetal, perinatal e infantil naquela comunidade.


Distritos

EM

Revista

D. 4470 D. 4490 RC de Naviraí, MS – Durante a segunda etapa da Campanha Nacional Contra a Pólio, acompanhou os trabalhos de vacinação dos agentes de saúde. Para completar a iniciativa, os companheiros sortearam 13 bicicletas, uma em cada posto de saúde, entre a garotada vacinada. RC de Paranaíba-Santana, MS – Comemorou a Semana da Pátria com uma corrida ciclística e minimaratona em que atletas de todo o país participaram. O hasteamento da bandeira, com a presença da banda marcial do município e dos alunos da rede pública, foi outro ponto alto. As iniciativas tiveram o apoio das diversas secretarias municipais, do Corpo de Bombeiros e do Batalhão da Polícia Militar de Paranaíba, além da Confederação Estadual de Ciclismo.

D. 4480

Registramos o 4º Intercâmbio Rotário da Amizade-Rio Preto, que ocorreu em São José do Rio Preto nos dias 28 e 29 de agosto. O objetivo do encontro era divulgar os ideais do Rotary e os projetos e atividades dos clubes da região e promover o companheirismo entre rotarianos de todos os distritos. Alguns destaques foram: carreata, palestras para novos rotarianos e plantio de ipê branco na Praça Rotary da cidade. Diversos membros do grupo de companheirismo Motociclistas Rotarianos estiveram presentes para prestigiar o evento.

RC de Floriano, PI – Marcou presença na Unidade Básica de Saúde Dr. João Elias Oka durante a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite.

D. 4500 RC de Cabo de Santo Agostinho, PE – Também participou da segunda fase da luta nacional contra a pólio. Outro destaque: o clube promoveu sete palestras, oferecidas aos companheiros e visitantes. Dentre elas, “Web 2.0 e as Novas Mídias Sociais”, do jornalista Jorge Lemos, e “A Arte do Desengancho”, ministrada pelo administrador de empresas Tarcísio Loureano dos Santos. RC de João PessoaBancários, PB – Esteve à frente do projeto Domingo com Arte, Cultura e Saúde na Praça, dedicado à terceira idade. Já o projeto Final de Semana no Rotary permitiu a confraternização entre os rotarianos e a população. Por meio da campanha Doe Medicamentos, lançada em setembro em parceria com a Paróquia Menino Jesus de Praga, o clube entregou lote de medicamentos ao Hospital Padre Zé, de João Pessoa, que atende à população carente. Outras iniciativas: no Dia da Árvore, o clube distribuiu mudas, e, na segunda etapa da Campanha Nacional contra a Pólio, viabilizou uma unidade de vacinação para as crianças de até cinco anos no bairro Jardim Cidade Universitária, que não dispõe de postos de saúde. Companheiros passaram o dia no local distribuindo bombons e máscaras do Zé Gotinha para os pequenos vacinados.

BRASIL ROTÁRIO 49


Distritos

EM

Revista

D. 4510 RC de MaríliaPioneiro, SP – Participou de mutirão de limpeza da Represa Cascata, responsável por parte do abastecimento local. O clube também esteve à frente do Programa Domingo de Alegria, que forneceu lanches e brinquedos para a garotada durante o Dia das Crianças (foto). Em outubro, os companheiros também prestaram apoio à Amei, Asti e Lar da Criança, três entidades assistenciais de Marília. Merece registro a conclusão de mais uma etapa da Vila Rotária, construída na Zona Norte da cidade. Trata-se de um projeto que envolveu os seis clubes de Marília. Abrigando famílias desde 2004, as 20 residências foram concluídas graças a um Projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária, que contou com a parceria de dois RCs da Coréia do Sul: o Seoul-Bukbu e o Seoul Mapo (distrito 3650).

RC de Marília de Dirceu e RC de Marília-Tradição, SP – Entregaram 30 colchões hospitalares à maternidade local.

RC de BauruParque das Nações, SP – Promoveu a formação de um Rotakids, o primeiro de Bauru. “Considero importante os filhos dos rotarianos acompanharem os pais, e irem compreendendo o Rotary e estudando a respeito”, comentou o governador do distrito, José Uracy Fontana.

RC de Duartina, SP – Os rotakidianos de Duartina, patrocinados pelo clube local, coletaram material de limpeza para doação a uma creche da cidade. Na foto, rotakidianos e sua coordenadora Leila Mudeh Carvalho. Em março, Leila, então presidente do clube, inaugurou a Praça Rotary em Duartina.

D. 4530

D. 4520

RC de Lagoa Santa, MG – Promoveu a 1ª Noite do Sussurro, evento que contou com o grupo de seresta Canta Minas, composto, em sua maioria, por rotarianos do RC de Ipatinga. A noite de saudosismo, música suave, dança e companheirismo reuniu 350 pessoas.

50 DEZEMBRO DE 2009

RC de Taguatinga, DF – Todos os anos, os companheiros, sob liderança do associado Carlos de Laet, tem marcado presença nos postos de saúde e hospitais durante as Campanhas Nacionais de Vacinação. Destacamos a participação do atual presidente, Joaquim de Matos Branquinho, e de cinco ex-presidentes do clube na segunda fase da luta contra a pólio.


Distritos

D. 4530

EM

Revista

D. 4540

A foto mostra parte do grupo de rotarianos goianienses que, em nome de todos os Rotary Clubs de Goiânia, visitaram o jornal Diário da Manhã, um dos mais importantes de Goiás, para oficializar seu apoio à campanha do veículo contra o garimpo de diamantes, que, segundo ambientalistas, está destruindo o rio Araguaia. Eles foram recebidos pelo editor-geral do jornal, Batista Custódio. Um dos objetivos da campanha é a retirada das dragas e balsas que fazem o garimpo no rio.

RC de Santa Rita do Passa Quatro, SP – Os associados do clube visitaram a Irmandade Santa Casa de Misericórdia para fazer a entrega das camisetas de divulgação da Semana do Aleitamento Materno, promovida pela entidade entre agosto e setembro com o apoio do Rotary. Foram realizadas palestras na sede do clube sobre a importância do leite materno.

RC de Guará-Águas Claras, DF – Em mais uma ação social que contou com a presença do governador Adriano Souto e a parceria da Casa da Amizade, o clube doou livros e colchonetes às crianças de duas escolas localizadas nas proximidades de Brasília. A iniciativa faz parte de um projeto de longo prazo do clube que objetiva melhorar as condições físicas das escolas da região.

RC de Morro Agudo, SP – Comemorando o Dia da Árvore pelo segundo ano consecutivo, o clube realizou o projeto Cultivar Vidas, que realiza o plantio de árvores na cidade. Desta vez foram 62 mudas, plantadas no bairro Jardim Marina com a participação das crianças da Apae, do Rotary Kids, do Interact e do Rotaract. Os moradores assumiram o compromisso de cuidar das mudas, tarefa em que terão a ajuda do Rotary. Aproveitando a oportunidade, a Casa da Amizade presenteou a Apae com um aparelho de som.

D. 4550 Os associados dos RCs baianos de SalvadorPituba, Salvador-Barra, Salvador-Itapoã e do RC da Bahia realizaram a 2a Campanha de Arrecadação de Alimentos junto aos clientes de quatro grandes supermercados. Foram arrecadados quase 3.000 quilos de alimentos, doados a entidades carentes como o Abrigo dos Idosos São Gabriel, o Núcleo de Apoio à Criança com Câncer e o Lar Irmã Maria Luiza, entre outras.

RC de Lauro de Freitas, BA – Promove há oito anos um encontro recreativo direcionado a 100 idosos da Associação Pró Lar do Idoso, que abriga 1.600 pessoas na cidade. Em 2009, o evento aconteceu no Restaurante D’Meg, e teve apresentação de peça teatral, recital de poesias, musical e samba de roda, além de sorteio de brindes. No final, foram distribuídas cestas básicas a todos os participantes. BRASIL ROTÁRIO 51


Distritos

EM

Revista

D. 4560

RC de Campo Belo, MG – As crianças do Rotary Kids patrocinado pelo clube mineiro. Elas plantaram uma árvore no jardim da sede.

RC de Monte Sião, MG – Realizou a 4a Trilha das Malhas, novamente com a parceria da Turma da Pracinha (um grupo de jipeiros, gaioleiros e motoqueiros de Monte Sião), o apoio da prefeitura e de mais de 70 empresários e comerciantes da região, além de voluntários. O evento deste ano foi dedicado ao falecido rotariano Narciso da Costa, um dos maiores idealizadores e colaboradores do evento, que hoje é a maior atração do calendário de festas da cidade. Os recursos arrecadados estão sendo empregados na construção da cobertura da quadra esportiva multiuso da Apae local.

D. 4570 RC do Rio de JaneiroJacarepaguá, RJ – Ajudou a imunizar cerca de 700 crianças contra a pólio na segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação, no dia 19 de setembro. O local de atuação foi o posto onde o clube trabalha em todas as etapas da vacinação desde 1985, ano em que o Rotary International assumiu o desafio de erradicar a poliomielite do planeta. Nestes quase 25 anos de trabalho ininterrupto, o clube chegou a imunizar mais de 1.200 crianças em apenas um dia de vacinação.

RC do Rio de Janeiro-Galeão, RJ – Depois de receberem o médico Maurício Telles Filho, responsável pela vacinação no Posto de Saúde Necker Pinto, que fez uma palestra no clube, os companheiros participaram mais uma vez da campanha de imunização contra a pólio. Quem aparece na foto vacinando uma criança (e usando seu tradicional colete amarelo, como a Brasil Rotário mostrou na reportagem de capa da edição de agosto deste ano) é o companheiro Walter Villas, que também distribuiu frutas nos postos de vacinação da região.

D. 4580 RC de Bicas, MG – Comemorando seu 40o aniversário, inaugurou sua sede própria, um antigo sonho de todos os companheiros. A cerimônia de inauguração foi prestigiada pelo EGD Juan Tumba-Noé.

52 DEZEMBRO DE 2009

RC de Manhuaçu, MG – Em sua sede própria, foi construída uma sala de aula para o curso de alfabetização de adultos que o clube mantém há cinco anos. A inauguração do espaço ocorreu durante a visita do governador distrital José Antônio Cúgula Guedes.


Distritos

D. 4590 RC de São João da Boa Vista-Sul, SP – Levou um grupo de intercambiados de vários países para conhecer a Academia da Força Aérea de Pirassununga, onde foram recepcionados por rotarianos do RC de Pirassununga. O roteiro incluiu visitas ao Museu Histórico e às dependências do Esquadrão de Demonstração Aérea, onde assistiram a um vídeo institucional e depois entraram em uma aeronave da Esquadrilha da Fumaça.

RC de Limeira-Tatuibi, SP – No Dia da Árvore, fez sua parte no projeto Plantemos 1 Bilhão de Árvores, desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, e plantou ipês na cidade.

EM

Revista

D. 4600 RC de Volta Redonda, RJ – Em 19 de setembro, data da segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Pólio em 2009, o clube foi para as ruas com o projeto O Rotary e as Gotinhas que Salvam Vidas, divulgando a participação dos rotarianos no combate mundial a essa doença. Foram distribuídos centenas de folhetos e ímãs de geladeira com a ajuda do Interact Club de Volta Redonda-Capital Sul e de intercambiados. Em outra ação, feita em comemoração ao Dia da Árvore, o clube plantou centenas de mudas de árvore às margens do rio Paraíba do Sul. A iniciativa, abraçada por muitos rotarianos e pelo governador distrital Ettore Dalboni da Cunha, contou com o apoio de uma rede de supermercados da cidade, dos alunos da rede municipal de ensino e do Instituto Mata Atlântica.

RC de São José dos Campos-Satélite, SP – Por iniciativa do clube, dias antes de embarcarem, respectivamente, para a Alemanha e os EUA, as intercambiadas Juliana Diniz e Gabriela Ruiz receberam da prefeitura o título de Embaixadoras Mirins de São José dos Campos. A cerimônia contou com a participação do vice-prefeito Luiz Antônio Ângelo da Silva (ao centro).

D. 4610 RC de São Paulo-Bu-

RC de São Paulo, SP – A jornalista Soninha Francine, subprefeita do bairro da Lapa, em São Paulo, fez uma palestra no clube sobre a importância das ciclovias para o transporte na capital paulista. Custódio Pereira, diretor geral das Faculdades Integradas Rio Branco, foi um dos que prestigiaram o evento. O clube também realizou, pelo nono ano consecutivo, seu Seminário sobre Drogas, Gravidez na Adolescência e Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids, realizado em parceria com o Espro e a Fundação de Rotarianos de São Paulo. Aproximadamente 500 jovens estudantes de 14 a 18 anos participaram do evento, desenvolvido por meio de palestras e debates, coordenados por médicos, professores e psicólogos.

tantã, SP – O vencedor do concurso de redação promovido pelo clube nas duas salas de alfabetização de adultos que mantém na Favela do Lago, uma comunidade carente da Zona Oeste de São Paulo, foi Luiz Cassiano Barbosa. Ele ganhou um computador doado pela Planac. Outras pessoas foram premiadas com livros, assim como a biblioteca da Associação da Favela do Lago. O concurso foi realizado em comemoração ao Dia Internacional da Alfabetização, em 10 de setembro. Na foto, Luiz Cassiano lê a redação vencedora diante da presidente do clube, Ana Elvira, e da secretária Anna Stoianov. BRASIL ROTÁRIO 53


Distritos

EM

Revista

D. 4620 RC de SorocabaGranja Olga, SP – Companheiros do clube e a secretária estadual de Educação, Iara Bernardi (4a a partir da esquerda), na implantação de um projeto de alfabetização de adultos mantido pelo clube e baseado no método Lighthouse. O clube também doou 60 quilos de feijão para a CIM-Mulher, entidade que cuida de mulheres vítimas da violência doméstica e seus filhos.

D. 4630 RC de Campo Mourão-Lago Azul, PR – Lançou uma campanha para divulgar entre a população os símbolos da cidade, como o Hino e a Bandeira de Campo Mourão. A divulgação está sendo feita por meio de cartazes, distribuídos nas escolas, órgãos púbicos e empresas da cidade. Durante o lançamento dos cartazes, foi feita uma homenagem ao ex-vereador Ephigênio José Carneiro (ao centro na foto), que em 1964 liderou o movimento para a criação da bandeira de Campo Mourão. Ele recebeu uma placa e uma miniatura da bandeira das mãos da presidente do clube, Roberta Barco Lopes, e do secretário Jair Elias dos Santos Júnior. A campanha Conheça os Símbolos da Nossa Terra tem o apoio do Rotaract Club de Campo Mourão, da Via Car, Auto Peças Cometa, A Estudantil e Auto Mecânica Brasil. O clube também repassou a três municípios da região as cadeiras de rodas que foram adquiridas por meio de um projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária com parceria do RC de Cianorte-Furquim de Castro, PR, e do RC de Santa Bárbara Sunrise, EUA (D. 5240). RC de Jandaia do Sul, PR – Comemorando a Semana da Pátria, em setembro, o clube paranaense plantou 100 mudas de árvores nativas, como pau-brasil, ipê e araucária. Nessa tarefa, os rotarianos contaram com a ajuda da turminha do RotaKids. As mudas foram doadas ao clube pelos RCs de Arapongas-Maracanã e ArapongasGralha Azul, do distrito 4710.

54 DEZEMBRO DE 2009

RC de OurinhosIntegração, SP – Engajado na luta do Rotary contra a pólio, participou da última etapa da Campanha de Vacinação ajudando a imunizar as crianças de Ourinhos.

D. 4640 RC de Cafelândia, PR – Realizou seu primeiro passeio ciclístico, que teve uma grande participação dos moradores da cidade. Ao final da jornada, mais de 200 ciclistas se deslocaram até a zona rural, onde foram plantadas mais de 1.700 mudas de árvores nativas, com o objetivo de ajudar na recuperação da mata ciliar do rio Iguaçuzinho. O plantio foi feito pelos rotarianos com a parceria da Emater e da prefeitura.

RC de São Miguel do Iguaçu, PR – Com a colaboração de estudantes, o clube realizou uma blitz no centro da cidade para mostrar aos motoristas a importância de se dirigir com atenção e respeitando as leis de trânsito. Aos motoristas foi entregue um adesivo com os dizeres: “Dirigindo? CALMA!”. A campanha foi motivada pelos quase 100 acidentes de trânsito registrados pela Polícia Militar em São Miguel do Iguaçu entre janeiro e agosto deste ano – e que vitimaram 89 pessoas.


Distritos

EM

Revista

D. 4650 RC de Jaraguá do Sul, SC – Os companheiros participaram da 11ª Feira de Ponta de Estoque. Durante dois dias, o evento reuniu lojistas da região em um mesmo espaço onde foram comercializados roupas, calçados e acessórios. Os rotarianos utilizaram R$ 32 mil obtidos com o trabalho na feira para adquirir dois leitos pré-natais e quatro oxímetros para a UTI neonatal do Hospital Jaraguá. Outro clube também presente no evento dos lojistas foi o RC de Jaraguá do Sul-Vale do Itapocu, além do Interact e Rotaract Club locais.

RC de Blumenau-Garcia, SC – Para comemorar o aniversário da cidade, a Família Rotária local – representada pelo Rotaract e Interact Clubs, Rotary Kids e jovens intercambiados – participou de um desfile cívico.

D. 4651 RC de Capivari de Baixo, SC – Os companheiros divulgaram no programa de rádio Hora do Rotary o trabalho desenvolvido pela instituição para combater a pólio no mundo. Também utilizaram os spots feitos pelo Comitê de Imagem Pública para promover a segunda etapa da campanha de vacinação. Outra iniciativa recente do clube foi a ampliação de seu Banco de Cadeiras de Rodas, que atingiu 160 unidades. Deste total, 10 foram cedidas ao Hospital Nossa Senhora da Conceição de Tubarão e 65 estão emprestadas para a comunidade, assim como muletas, andadores e cadeiras higiênicas.

D. 4660

RC de São Miguel das Missões, RS – O clube trabalhou na segunda etapa da campanha de vacinação contra a pólio. Os companheiros montaram um QG no Centro de Tradições Nativistas-Sinos de São Miguel para incentivar a participação na campanha.

RC de São JoséKobrasol, SC – Para comemorar os 44 anos da profissão de administrador no Brasil, promoveu uma palestra sobre essa carreira profissional, ministrada por companheiros do próprio RC. Na foto, o presidente José Delmar Gésser (centro) está ladeado por José Rosnei de Oliveira Rosa, Júlio Cesar Moraes, Zuleica Mendes Farcili e Luiz Antônio Lehmkuhl. Os RCs de Tupanciretã e TupanciretãMãe de Deus, no Rio Grande do Sul, atuaram na segunda etapa da campanha de vacinação contra a pólio, junto com o Rotaract e Interact Club locais (foto). Para convocar a população, os companheiros divulgaram chamadas no rádio. No dia da vacinação, disponibilizaram uma cama elástica para as crianças e distribuíram mudas de plantas do horto Hélvio Paz para os pais que levaram os filhos para imunização. BRASIL ROTÁRIO 55


Distritos

D. 4670 RC de Porto AlegreAnchieta, RS – Com a presença de autoridades rotárias e de companheiros de outros clubes, inclusive do distrito vizinho 4680, inaugurou seu marco rotário, localizado no cruzamento das avenidas Fernando Ferrari e Jaime Vignoli. Com altura total de 2,8 metros e ocupando uma área de 15m2, o monumento foi projetado pelo arquiteto Edson Vasconcelos.

D. 4680 RC de Santa Cruz do Sul-Oeste, RS – Os companheiros inauguraram o marco rotário alusivo ao aniversário de 50 anos de fundação do clube. Autoridades rotárias locais estiveram presentes, além de companheiros do clube. O marco está instalado na rótula da avenida Independência com as ruas Coronel Oscar Jost e Carlos Trein Filho.

EM

Revista

RC de São Leopoldo-Leste, RS – Na segunda etapa da campanha de vacinação contra a poliomielite, os companheiros ajudaram a imunizar centenas de crianças menores de cinco anos de idade no posto de saúde central daquele município. A Turma do Algodão Doce divertiu os meninos e meninas que foram receber a vacina. Em outra oportunidade, o clube ofereceu um diploma à Universidade do Vale do Rio dos Sinos, por ocasião do aniversário de 40 anos de fundação daquela instituição de ensino. Pela passagem do Dia do Soldado, os companheiros homenagearam também o Exército Nacional e entregaram diplomas para o coronel Israel Guimarães Martins e o tenente-coronel Ricardo Canhaci, comandantes, respectivamente, do 19º Batalhão de Infantaria Motorizado e do 16º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado. RC de Passo do Sobrado, RS – O clube apoiou ação da secretaria de Saúde do município para conscientizar a população acerca da gripe A (H1N1). Ao longo de um dia, por meio de pedágios, caminhadas e diretamente nas residências, servidores, agentes comunitários de saúde e companheiros distribuíram folders com informações sobre a gripe. Em outra ocasião, os associados participaram da 14ª Semana Cultural do município, cujo tema foi Só Quem Tem Ideais Pode Contar Suas Façanhas.

D. 4710 Associados e associadas dos RCs de Astorga e AstorgaRainha da Amizade, no Paraná, trabalharam como voluntários na segunda etapa da campanha de vacinação contra a poliomielite.

56 DEZEMBRO DE 2009

RC de Faxinal, PR – Companheiros do clube venderam espetinhos no 1º Enduro de Faxinal. O lucro obtido com a ação foi destinado ao Asilo São Vicente de Paula.


Distritos

EM

Revista

D. 4720 RC de Boa Vista-Caçari, RR – Os companheiros do clube se dedicaram de diversas maneiras à segunda etapa da campanha de vacinação contra a poliomielite. Estiveram presentes no ato público em que o governo do estado e a prefeitura municipal abriram a campanha, imunizaram crianças e levaram para emissoras de TV locais e para as principais estações de rádio as mensagens de vídeo e os spots gravados por personalidades a convite do Rotary no Brasil para convocar as famílias aos postos de vacinação.

RC de Ananindeua, PA – Junto com a Casa da Amizade local, os associados homenagearam representantes da melhor idade com um café da manhã e distribuição de presentes. A comemoração foi organizada no salão nobre do clube. Na foto, os companheiros, as integrantes da Casa da Amizade e os idosos homenageados.

D. 4730 RC de Curitiba-Leste, PR – O clube recebeu a visita do rota-

riano Nabor Urzúa, companheiro do RC de Temuco-Frontera, Chile (D. 4350), acompanhado da mulher, Paulina. A foto registra a presença dos visitantes em uma reunião do clube, quando foram recebidos por diversas autoridades rotárias do distrito, como o diretor 2009-11 do RI, Antonio Hallage, e presidentes também de outros clubes.

RC de CuritibaPortão, PR – Na segunda etapa da campanha de vacinação contra a pólio, os companheiros mantiveram um posto de vacinação nas dependências do Shopping Total, localizado no bairro do Portão. Em outra oportunidade, os associados doaram à Biblioteca Osíris Del Corso, do RC de Curitiba-Avenida das Torres, todos os volumes que compõem o “Atlas National Geographic”.

D. 4740

RC de Chapecó, SC – Realizou o 1º Pedágio da Árvore, como parte do projeto Túnel Verde, mantido pelo clube. Na ocasião, foram comercializadas cerca de 700 mudas de árvores frutíferas nativas da região. O objetivo do projeto é plantar árvores nativas nas estradas do interior do município e na nascente do lajeado São José, riacho que abastece a cidade. Com a realização do pedágio, os companheiros pretenderam incentivar e conscientizar a comunidade da importância do reflorestamento e da preservação das espécies nativas.

RC de Chapecó-Leste, SC – Pelo quarto ano consecutivo, os com panheiros or ganizaram o varal da pintura na Escola Básica Municipal Vila Rica. Com o tema Preservação da Natureza, as crianças produziram 130 cartazes. Os rotarianos aproveitaram a ação para incentivar o compartilhamento de material para pintura, a limpeza do local e o acondicionamento correto do lixo. Após a atividade, foi servido lanche de cachorro-quente e refrigerante. Em seguida, foram sorteados cerca de 60 brinquedos e brindes doados pelos companheiros. Além disso, duas crianças e a diretora da escola foram contempladas com um passeio aéreo oferecido pelo presidente Edir Duz.

BRASIL ROTÁRIO 57


Distritos

D. 4750 RC de São Gonçalo, RJ – Junto com o RC de São Gonçalo-Paraíso e o Rotaract Club local, os companheiros trabalharam na segunda etapa da campanha de vacinação contra a poliomielite. Os grupos se dividiram entre o Posto de Saúde Washington Luiz e a Escola Municipal Rotary, construída pelo clube e administrada pela prefeitura. Em outra oportunidade, o clube celebrou o Dia Mundial da Alfabetização com duas ações. Uma delas foi o estabelecimento de parceria para que a Biblioteca Comunitária Visconde de Sabugosa passe a ser pólo do Programa Brasil Alfabetizado, em convênio com o governo do estado. A outra ação foi uma palestra da secretária de Educação daquele município, Keyla Nícia Dias.

D. 4760 RC de Paracatu, MG – Mais de 180 cavaleiros participaram da cavalgada promovida pelo clube com direito a churrasco de costela gaúcha, porco no rolete, bingo, leilão e música ao vivo. No total, 600 convidados prestigiaram o almoço de confraternização. Os recursos arrecadados com a realização da cavalgada serão destinados às ações sociais apoiadas pelo clube.

D. 4770 RC de Monte Carmelo, MG – Para divulgar a segunda etapa da campanha de vacinação contra a pólio, o clube mandou confeccionar outdoors e os instalou nos principais pontos da cidade.

D. 4780 RC de Uruguaiana, RS – Com o intuito de comemorar o aniversário de 70 anos de fundação do clube, os rotarianos organizaram uma feira de saúde no mesmo dia da segunda etapa da campanha de vacinação contra a pólio. Além de imunizar centenas de crianças, os companheiros promoveram atendimentos clínicos e odontológicos, aferiram pressão arterial e realizaram testes de acuidade visual e de hemoglicose. Pela passagem do aniversário, o clube foi homenageado com uma sessão solene na Câmara Municipal. Houve também o lançamento de selo comemorativo pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

58 Dezembro de 2009

EM

Revista

Como enviar material para a Brasil Rotário

P

ara que os companheiros de todo o país conheçam os projetos que seu clube vem realizando, é importante que as notícias cheguem à redação contendo as seguintes informações:  o nome completo e o distrito de seu clube  a data e local em que foram realizadas as ações  um breve relato sobre o projeto, explicando sua importância e o alcance dele junto à comunidade  os nomes dos parceiros, no Brasil e no exterior  e os nomes e sobrenomes de todos os que aparecerem nas fotos com até seis pessoas, relacionados a partir da esquerda. FOTOS: as imagens digitais precisam ter pelo menos 300 DPI de resolução e 9 cm de largura. Na dúvida, selecione a opção alta resolução de sua câmera. Se o envio for feito por e-mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. Não cole suas imagens em documentos de Word: anexe-as ao e-mail. A publicação é gratuita. Basta apenas que o assunto se encaixe em nosso perfil editorial e que seu clube esteja em dia com a assinatura da revista. A Brasil Rotário não publica posses ou outros fatos que possam obter o merecido destaque nos boletins de seu clube. MUITO IMPORTANTE: informe também um telefone de contato (com o código de DDD) para que possamos falar com você no caso de qualquer dúvida.

Anote os nossos endereços: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar Rio de Janeiro, RJ CEP: 20040-006 e-mail: redacao@brasil-rotario.com.br O telefone da redação é (21) 2506-5600.

Estamos esperando para ver seu clube na revista!


Senhoras em Ação

As integrantes da Associação das Famílias de Rotarianos de Campo Grande, MS (D. 4470), inauguraram o salão social da instituição. Na oportunidade, homenagearam Maria Olga Mandetta (foto), em reconhecimento aos mais de 45 anos de contribuição com a Casa da Amizade.

Junto com companheiros do clube local, as senhoras da Casa da Amizade de Espera Feliz, MG (D. 4580), entregaram mais de 500 peças de vestuário e acessórios para a Apae da cidade. O material será comercializado em um brechó na Festa da Paz, em comemoração ao aniversário de 20 anos da Apae local.

Por meio do projeto Tecendo a Vida, a Associação das Famílias de Rotarianos de Itapevi, SP (D. 4610), doou lãs, linhas e agulhas para beneficiar gestantes carentes e solteiras atendidas pelo Hospital Geral de Itapevi.

A Associação das Famílias de Rotarianos de Sorocaba, SP (D. 4620), é mantenedora da Casa Comunitária Maria José Rosa da Cunha, onde desenvolve em caráter permanente o projeto Arco Íris, para orientar e apoiar gestantes carentes, que recebem enxoval para o bebê. As senhoras entregam os kits também em hospitais da cidade, como a Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba (foto), Hospital Regional, Hospital Santa Lucinda e Centro de Saúde Municipal Lopes de Oliveira.

Em parceria com os companheiros do clube local, as integrantes da Casa da Amizade de Ananindeua, PA (D. 4720), serviram um café da manhã e distribuíram brindes para comemorar o dia do idoso.

As senhoras da Casa da Amizade de Paranaguá, PR (D. 4730), organizaram uma noite beneficente de bingo com sopa. BRASIL ROTÁRIO 59


Novos Companheiros Paul Harris

O que significa essa distinção? Uma pessoa, rotariana ou não, que contribui com o valor de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou em cujo nome é feita tal contribuição, recebe como reconhecimento o título de Companheiro Paul Harris, que consiste de certificado e distintivo – com a opção de medalha, ao custo de 15 dólares rotários.

Safiras, rubis e cristais O Companheiro Paul Harris que faz contribuições múltiplas de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou em cujo nome elas são feitas, recebe safiras, rubis ou cristais, de acordo com o valor do aporte acumulado.

Os fundos Tais doações formam diversos fundos. São eles: o Fundo Anual de Programas, o Fundo Polio Plus ou Parceiros Polio Plus e o Fundo Permanente. As contribuições ainda podem servir aos Projetos de Subsídios Humanitários ou, se vierem de empresas, à Associação Brasileira da The Rotary Foundation.

D. 4420

RC de Santos-José Bonifácio, SP

Adriana Abreu da Silva Alecio Antonio Bressan Alonso dos Reis Pina Antonio Bento Junior Antonio Braz Filho Arlindo Salgueiro Carolina Zanethi Christiano Carvalho Dias Bello Dalberto Feijó Esteves Edison Monteiro da Silva Eduardo Antonio Miguel Elias Elias Francisco da Silva Jr. João Luiz Zanethi Jorge Antonio Coelho de Mello Jorge da Silva José Moreira da Silva Luiz Coimbra Corrêa Maria Christina Harding Guastelli Maria Helena Ng Mounir Zeitouni Jr. Nelson Lisa Ferreira, com o título de Major Donors Paulo César dos Reis Oscar Castro Cabral Rodrigo Luiz Zanethi Sergio Luiz da Motta Zorovich Valdir Alves de Araújo Vanessa Gonçalves Pina Kaneda Vinicius Gonçalves Pina Virgilio Gonçalves Pina, com o título de Major Donors

6 0 DEZEMBRO

DE

2009

Viviane dos Reis Pina Wagner Aparecido de Souza Wagner Miyahira Ynel Alves de Camargo

RC de São Paulo-Ipiranga, SP

Antonio Rossi Bruno Teremussi Neto Glória Leão Klayton Munehiro Furuguem Mário Alves Rodrigues Nilson José Figlie Róger Augusto Morcelli

D. 4430 RC de São Paulo-Tremembé, SP

Claudio Mosquetti Filho Fabio Luís Mastroeni Franzé José Antonio Davanzzo Osni Ribeiro Pires

D. 4500 RC de Caicó, RN

José Maurício Batista Dantas Lindbergh Carneiro de Almeida Maria Augusta Vale

D. 4510 RC de Duartina, SP

Leila Mudeh Carvalho, presidente do clube

MILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FR


RC de Marília de Dirceu, SP

Hederaldo Benetti e a mulher dele, Patrícia Benetti, com o título de Major Donors

D. 4540 Em 2008-09, a companheira Rita Marchiori, mulher do então governador distrital Antônio Carlos Marchiori e coordenadora das Casas da Amizade, entregou títulos de Companheiro Paul Harris a 46 integrantes da Casa da Amizade que se destacaram por seu trabalho no período passado. Foram elas:

Aline Cristina Rodrigues de Souza Ana Claudia Pontes Sader Armelin Gomes Carla Andreza Kelade Carmen Asse da Costa Cristiane Maria Santarelli Souza Cristina Martinelli Denize Benez Ornellas Graciano Dirce Sartori Francisco Edméia Marcontonio Elaine Cristina Fernandes Deberaldini Esther Mendes Soares Fátima Aparecida Carvalho de Andrade Gisela Mazer Hedwirges Barreiro Villas Boas Helena Hochleitner Lourenço Hilda Silveira Mendonça Isabelle Gamper Vergamini Lúcia Elena Geraldini Machiko Motomura Yamaguti Maria Augusta Nascimento de Carvalho Maria Cappatto Maria Cristina Oliveira Lucato Maria Cristina Panosso Delphino Maria de Fátima Scarelea Falchetti Maria do Carmo Souza Almeida Maria do Socorro Gomes Maria dos Anjos Rohrer Zeraik Maria Helena Louro Wagner Maria José Leoni Penharbel Maria Lúcia Lourenço Zalpa Maria Madalena de Jesus Ferreira

Maria Valquíria Bardella de Oliveira Marine Gaudiosi Martho Mariza Morgado Neide Maria Bastos Nerci de Lourdes Stori Liporati Noêmia de Assis Ribeiro Samira Miguel Campos de Araújo Sandra Aparecida de Freitas Hatano Basso Sirlane Aparecida Pereira Queiroz Thereza de Lourdes Cardoso Sbalia Vanda Aparecida da Silva Kawagoe Vera Maria Dezza Gomes dos Santos Wanda Aparecida Ferreira Queiroz Zilda Cárnio Custódio

D. 4560 RC de Alfenas, MG

Antônio Carlos Silvério José Osvaldo de Oliveira Osmar da Silva Bastos

RC de Campo Belo, MG

Eucélio Vilela Joel Moreira

D. 4590 RC de Campinas, SP

Suze Frizzi Waldemar Pierro

D. 4730 RC de Cruzeiro do Sul-Curitiba, PR

Sueli Raimundo de Oliveira Lopes, mulher de Roberto Lopes, associado do clube

RC de Curitiba, PR Mariana

Gonçalves Lemos, ex-intercambiada da Fundação Rotária no Canadá e neta do ex-diretor do RI Gerson Gonçalves

D. 4780 RC de Uruguaiana, RS

Luiz Canaparro Codorniz Santo Pittella Vidal Faria Ferreira

FAÇA SUA DOAÇÃO PARA A ERRADIC AÇÃO DA PÓLIO

B RASIL R OTÁRIO 6 1


Novos Novos Companheiros clubes, novosPaul amigos Harris

A

RC de Botucatu-Cidade Alta, SP (D.4310)

qui damos as boas-vindas aos Rotary Clubs recentemente fundados. É a oportunidade de saudarmos novos amigos, que certamente terão

Admissão: 09/10/2009 E-mail: jlnegocios@ig.com.br Presidente: Plínio Victor Romagnoli

muito a contribuir.

Clubes padrinhos: RCs de Botucatu, Botucatu-Bons Ares, Botucatu-Norte e Botucatu-Cuesta, SP (D.4310)

RC de Porto Real, RJ (D.4600)

RC de Pratápolis, MG (D.4540)

Admissão: 08/10/2009 E-mail: imbviana@terra.com.br Presidente: Luis Cláudio Silva Clube padrinho: RC de Volta Redonda, RJ (D.4600)

Admissão: 27/10/2009 E-mail: dineiamalaguti@hotmail.com Presidente: Romero Machado Campos Junior Clubes padrinhos: RCs de Cássia e Itaú de Minas, MG (D.4540)

Os

50 Mais

G O rotariano Alcides Araújo está no RC de Natal, RN (D.4500), há 61 anos. Alcides, com 88 anos, levou quatro de seus bisnetos para tomar a segunda dose da vacina contra a pólio, em setembro.

G O governador 1993-94 do distrito 4680, Benito Boni, completou 50 anos de associação ao RC de Porto Alegre, RS. Benito coordena projeto ambiental de restauro das matas ciliares e recebeu o prêmio Responsabilidade Ambiental, conferido pelo Estado do Rio Grande do Sul e pelo Instituto Borboleta Azul.

G O RC de Balneário CamboriúAtlântico, SC (D.4651), realizou jantar festivo para comemorar os 50 anos de vida rotária de um ilustre associado, Dario Maciel, governador 1980-81 do distrito 4651.

6 2 DEZEMBRO

DE

2009

G O companheiro Eliseu Fedri continua colaborando com o clube que ajudou a fundar há mais de 50 anos, o RC de Santo André-Norte, SP (D.4420). Rotariano assíduo, ele exerceu todos os cargos do Conselho Diretor do clube, tendo sido presidente por duas vezes.

Getúlio Lima comemorou 50 anos de vida rotária pelo RC de Itumbiara, GO (D.4770). Escritor, recentemente foi empossado na Academia Itumbiarense de Letras e Artes. G

S G

Silvio Coelho, proprietário das Indústrias Granfino, é associado do RC de Nova Iguaçu, RJ (D.4570), desde 1959.

G

e você tem 50 anos de Rotary ou mais, envie para a Brasil Rotário uma foto em que apareça sozinho: E-mail: redacao@brasil-rotario.com.br Endereço postal: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar – Centro – Rio de Janeiro – CEP: 20040-006


Aconteceu na Brasil Rotário... Luiz Renato D. Coutinho

P

ara muitos parece que foi ontem, mas meio século se passou. Inserido em um período conhecido como Anos Dourados – e retratado na minissérie homônima, de Gilberto Braga, em 1986 –, o ano de 1959 evoca um Brasil desenvolvimentista e confiante, embalado pela bossa nova. O então presidente Juscelino Kubitschek, do Plano de Metas, aquele dos “50 Anos em Cinco”, seria o último a ocupar o Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Algumas curiosidades do ano seguinte ao da primeira conquista da Copa pelo Brasil: em 9 de março é lançada a boneca Barbie nos EUA; a ponte aérea Rio-São Paulo é inaugurada em 6 de julho; no final de dezembro, o metrô de Lisboa começa a funcionar; Dolores Duran, intérprete e compositora de canções famosas como “A Noite do Meu Bem”, morre aos 29 anos; Maurício de Sousa, repórter policial que tinha como hobby o desenho, cria os primeiros personagens da Turma da Mônica. Enquanto isso, a televisão se firma no país: as séries americanas desembarcaram em 1958, e o teleteatro ainda é uma grande atração (até o surgimento, em 1963, das telenovelas diárias).

...em dezembro de 1959

SÃO PAULO a todo vapor no final da década de 50. Naquela época, a cidade tinha nove milhões de habitantes 

O ex-governador Raymundo de Oliveira Filho escrevia: “Para desenvolver, em seu mais alto grau, êste inabalavel espírito de ‘ser útil sempre’, é necessário que, desde o seu ingresso no clube, o rotariano seja bem informado sobre a profundidade do objetivo da sua Instituição e sôbre o que dêle se espera, dentro e fóra do clube.” 

CAPA DA edição de dezembro de 1959

Orbis Clube

“Os Rotary Clubs, no Brasil, estão desatentos ao movimento iniciado em Fortaleza, Estado do Ceará, pelo eficiente ex-governador Fran Martirs, que ali instalou o 1º Orbis Clube, cuja boa semente floresceu em São Luís, Natal, Manaus, Belém e Pôrto Alegre.” “Tenha-se em atenção que o Orbis Clube é, em síntese, uma escola preparatória para o Rotary. Seus quadros devem impôr-se de gente nova, recolhida nos cursos superiores, incluindo-se nêles os de alto comércio, contabilidade, economia etc., ou seja, tudo quanto abranja estudos nas diferentes atividades da juventude.”   

No artigo “Fundação Rotária”, Hermes Fernandes de Queiróz, companheiro do RC do Rio de Janeiro, traz os seguintes dados: “Desde a inauguração do programa Intercâmbio de Jovens, em 1947, 1.202 bôlsas já foram concedidas a estudantes provenientes de 67 nações, para estudos em 44 outros países, com abonos, em média, de Cr$ 2.600,00 por aluno, num total de mais de Cr$ 3.000.000,00.” “No período rotário de 1º de julho de 1958 a 14 de agôsto de 1959, a Fundação Rotária recebeu contribuições no montante de US$ 623.633,00.”

A

palestra de Valdir da Rocha, associado do RC do Rio de Janeiro-Botafogo, intitulada “Nações Unidas”, não só continua atual como se mostra profética: “O mundo não poderá mais prescindir de um grande organismo internacional. Nesse sentido, a ONU é uma criatura que se sobrepõe aos seus criadores.” “Entramos numa nova era da evolução humana: a era tecnológica, com os seus engenhos poderosos. Mas, provàvelmente, teleguiados, bombas atômicas, satélites artificiais não serão usados em guerra porque o seu poder destruidor será excessivo para as conveniências dos beligerantes. Talvez mesmo sejam caminhos aceleradores de paz, porque comprometem a invulnerabilidade do agressor e, sobretudo, porque criarão um clima de opinião pública extremamente hostil à guerra.” Citando o historiador inglês Arnold Toynbee, para quem o choque entre o Ocidente e o Oriente se deslocará do campo tecnológico para o cultural, Valdir define o principal papel do Rotary. Para ele, é o compromisso com a paz universal. BR BRASIL ROTÁRIO 63


Relax G O sujeito vai ao hospital, caindo de bêbado. Durante a consulta, vêm as perguntas de praxe: – Nome? – Juvenal dos Santos! – Idade? – Trinta e dois anos. – O senhor bebe? – Vou aceitar um gole, mas só pra acompanhar o doutor! Colaboração de José William Rezende Silva, do RC de Jales, SP (D.4480). G – O que eu devo fazer para repartir 11 batatas por sete pessoas? – pergunta o professor. E o aluno: – Purê de batata, professor! G Numa daquelas cidades do Velho Oeste, o sujeito amarra o cavalo em frente ao saloon e vai tomar um drinque, mas na volta descobre que seu cavalo foi roubado. Furioso, ele saca o revólver e entra no bar atirando para o alto. – Quem foi o desgraçado que roubou o meu cavalo? Silêncio... – Tudo bem! Eu vou tomar outro drinque e, se meu cavalo não estiver lá fora quando eu terminar, vou fazer aqui o que eu fiz no Texas... – ameaça.

6 4 DEZEMBRO

DE

2009

“É, a cada ano os pedidos estão mais ‘sofisticados’: – Quero uma casa de veraneio; – Filhos obedientes; – Netos obedientes; – Passar no concurso; – Casa própria; – Emprego em multinacional; – Ganhar na mega-sena; – Peça para ela voltar; – Uma colocação na sua fábrica de brinquedos; – O senhor é solteiro?”

Rod

rigo

O sujeito pede um uísque e bebe num gole, debaixo de uma dúzia de olhares amedrontados. Quando sai do saloon, lá está o cavalo, amarradinho no lugar onde havia sido deixado. – Só por curiosidade: o que você fez no Texas? – pergunta o dono do saloon. – Voltei para casa a pé! Colaboração de Paulo César Branquinho, do RC de Dourados, MS (D.4470).




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