Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil. Arte sobre foto da Keystone
OS BIOCOMBUSTÍVEIS para uso interno e para exportação – tanto o álcool como o etanol e o biodiesel – podem ser produzidos no Brasil, que tem know-how, terra, água, sol e mão-de-obra
18 Aproveite melhor sua ida a Malmö e Copenhague Nichole Accetolla
06 Brasil lucrará com os biocombustíveis Antônio Carlos de Mendes Thame
10 Coluna do diretor do Rotary International
24 Programa Intercâmbio de Jovens: uma avaliação Minoru Sakate
Cezar Faccioli
12 Brasil já se destaca no Terceiro Setor
Alfredo Castro Neto
30 Os esforços do Rotary pela paz e compreensão mundial Valdemar Lopes Armesto
Antenor Barros Leal
17 A família rotária é o terreno Alberto Bittencourt
26 Decoração 33 Rotarianos que são notícia 40 Informe do RI aos rotarianos 41 Livros 42 Autores rotarianos
28 O conteúdo ético da verdadeira amizade
14 Familiar, sim. E daí?
SEÇÕES 16 Interact e Rotaract
38 Informática
25 No rastro do Velho Mundo, uma nova América do Sul
Carlos Enrique Speroni
Lindoval de Oliveira
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22 Mulher
05 Mensagem do presidente Carl-Wilhelm Stenhammar
Pág.
34 O homem é a medida de todas as coisas Gerson Gonçalves Capa: fotos Keystone. Concepção digital: Ninja
43 Distritos em revista 53 Senhoras em ação 54 Novos Companheiros Paul Harris 57 Relax 58 Cartas e Recados Saudades 59 Convenção do RI: encomenda de ingressos
ROTARY INTERNATIONAL ONE ROTARY CENTER
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CONSELHO DIRETOR 2005-2006 Presidente Carl-Wilhelm Stenhammar
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Horst Heiner Hellge Jerry L. Hall José Antonio Salazar C. Kwang Tae Kim Masanobu Shigeta Noraseth Pathmanand Robert A. Stuart Jr. Sölve Kernell Yoshikazu Minamisono
Chairman Frank J. Devlyn Chairman eleito Luis Vicente Giay Vice-chairman Ray Klinginsmith Curadores Bhichai Rattakul Carolyn E. Jones
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Vice-presidente Serge Gouteyron Tesoureiro Jocelyn I. Bolante
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GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL 2005-2006 DISTRITO 4310 Paulo Gonçalves de Abreu RC Lençóis Paulista, SP
DISTRITO 4540 João Carlos Cazú RC São Carlos, SP
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ÉTICA 2
DISTRITO 4680 João Moacir Ferreira RC Venâncio Aires, RS DISTRITO 4700 Valtoir Clarêncio Perini RC Caxias do Sul-Imigrante, RS DISTRITO 4710 Álvaro Cláudio Amorim Brochado RC Londrina-Nordeste, PR DISTRITO 4720 Arno Voigt RC Rolim de Moura, RO DISTRITO 4730 Jaroslaw Hrebinnik RC Curitiba-Cidade Sorriso, PR DISTRITO 4740 Fernandes Luiz Andretta RC Chapecó-Leste, SC DISTRITO 4750 Marcus dos Santos Paes RC Guarus, RJ
Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais elevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil
FEVEREIRO DE 2006
Ano 81 Fevereiro, 2006 nº 1004
Leia
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Hipólito Sérgio Ferreira (Belo Horizonte-MG) EDRI 1999-01 Alceu Antimo Vezozzo (Curitiba-PR) EDRI 2001-03 Luiz Coelho de Oliveira (Limeira-SP) EDRI 2003-05 Carlos Enrique Speroni (Buenos Aires-Argentina) DRI 2005-07 José Augusto Bezerra (Nordeste) Leonel Nunes Salgueiro (Pessoal) Valério Figueiredo R. de Souza (Nordeste) CONSELHO FISCAL 2005-2006 Membros Efetivos: Abel Mendes Pinheiro Júnior (Coordenador do CF) Antônio Vilardo (Secretário) Waldenir de Bragança Membros Suplentes: Edirênio Altino Machado José Nelson Carrozzino Filho Shmuel Datum CONSELHO CONSULTIVO Membros Natos Efetivos: Governadores 2005-06. Suplentes: Governadores eleitos 2006-07. CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO Presidente: Roberto Petis Fernandes Secretário: Edson Avellar da Silva Lindoval de Oliveira Nuno Virgílio Neto Luiz Renato Dantas Coutinho CONSELHO EDITORIAL CONSULTIVO ● Roberto Petis Fernandes ● Carlos Henrique de Carvalho Fróes ● Carlos Jerônimo da Silva Gueiros ● Guilherme Arinos Lima Verde de Barroso Franco ● José Alves Fortes ● José Maria Meneses dos Santos ● Jorge Costa de Barros Franco ● Pedro Maes Castellain COMISSÃO DE INVESTIMENTOS Américo Matheus Florentino Jorge Costa de Barros Franco José Maria Meneses dos Santos (Vice-Coordenador) Pedro Maes Castellain (Coordenador) Roberto Petis Fernandes
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omecemos estes dois dedos de prosa com uma boa notícia: o Brasil adotou, definitivamente, sua participação no Terceiro Setor. É o que nos revela a pesquisa de âmbito mundial realizada pela Market Analisys e reproduzida em “O Globo”. Nas Américas, as empresas brasileiras lideram na percepção cidadã do que é ser socialmente responsável. Parte desse estudo está nas páginas 12 e 13, mas pela grande importância do tema recomendamos-lhe conhecer o trabalho na íntegra, como o fizemos, visitando o site www.marketanalisys.com.br ● Outra boa nova é que, a longo prazo – 30 a 40 anos – o Brasil vai se beneficiar enormemente com a produção e conseqüente exportação dos biocombustíveis. Após muitas discussões, agora não há mais dúvida: as reservas de petróleo estão acabando no mundo e, à medida que isso for ocorrendo, o destino do precioso óleo será para funções mais nobres, como a petroquímica, por exemplo, e não mais para a produção de gasolina, querosene etc. O nosso país, como sabemos, dispõe de todos os insumos para obter esse sucesso, como nos diz Antônio Carlos de Mendes Thame em Brasil lucrará com os biocombustíveis. ● Estamos sempre aprendendo com o EDRI Gerson Gonçalves. Mais recentemente, foi no seminário “Ética, um princípio que não pode ter fim”, quando ele dissecou a Prova Quádrupla e mostrou as analogias entre essa criação de Herbert Taylor e os Dez Mandamentos, concluindo que O homem é a medida de todas as coisas, matéria da página 34. ● O tema do mês no calendário do RI, Compreensão Mundial, é focalizado com muita propriedade pelo EGD Valdemar Lopes Armesto. Ele chama a atenção para o fato de que todos os dias são importantes para os rotarianos, mas os de fevereiro têm um significado especial, pois neste mês foi fundado o Rotary. ● Para você que vai à convenção internacional, entre 11 e 14 de junho: nas páginas 18 a 21, companheiros de Malmö e Copenhague dão dicas sobre o que ver e fazer nessas duas cidades. A revista presta-lhe outro serviço, publicando a partir da página 59 o formulário para a encomenda de ingressos dos muitos eventos que acontecerão antes, durante e depois do encontro. ● São sempre muito elucidativas e instrutivas as seções Mensagem do presidente e Coluna do diretor do RI. Na primeira, Carl-Wilhelm Stenhammar relaciona alguns projetos que ele conheceu em suas viagens, entre os quais destacamos o Um Milhão de Árvores Para Que o Saara Floresça Novamente, que contou com a participação de RCs do Senegal, Inglaterra e França e que resultou no plantio, até agora, de 85 mil árvores. Já o DRI Carlos Enrique Speroni, outro grande comunicador, mostra que o Rotary parece simples, mas é complexo. Não deixe de ler essas duas colunas. “Aquele que quiser chegar a um determinado fim deve seguir uma única estrada e não vagar por muitos caminhos”. SÊNECA
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A PLACA, escrita em português e inglês, traz uma reprodução da Prova Quádrupla NA CERIMÔNIA de descerramento, o casal governador Sebastião Porto e Ieda; o presidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário, Roberto Petis Fernandes; o presidente do RCRJ, Guilhermino Cunha; a rotariana e diretora presidente da Cia. Caminho Aéreo Pão de Açúcar, Maria Ercília Leite de Castro; e o secretário do RCRJ e vice-presidente de Planejamento e Controle da BR, Jorge de Barros Franco
Rotary também no Pão de Açúcar Nossa organização ganha placa em outro ponto turístico do Rio
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epois de ganhar um memorial no Corcovado (fato que virou notícia na seção World Press da The Rotarian de janeiro), o Rotary International foi homenageado em outro cartão postal da Cidade Maravilhosa: o Pão de Açúcar. No dia 14 de dezembro, a CCAPA – Cia. Caminho Aéreo Pão de Açúcar (empresa que construiu e opera o bondinho) inaugurou no Morro da Urca uma placa alusiva ao centenário do RI e aos serviços prestados pelos rotarianos à comunidade mundial. “O Rotary já chegou em quase todo o mundo, mas faltava também chegar aqui”, disse o governador do distrito 4570, Sebastião Porto. A homenagem foi prestada pela diretora presidente da CCAPA, Maria Ercília Leite de Castro, sócia do RC do Rio de Janeiro, RJ (D. 4570), clube parceiro nessa inicia4
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tiva ao lado da Brasil Rotário. “Muitos rotarianos de todo o mundo visitam o Pão de Açúcar. Eles vão ficar orgulhosos”, disse Maria Ercília. Além de reproduzir a Prova Quádrupla, o texto da placa (em português e inglês) menciona a atuação dos rotarianos nas áreas de educação, saneamento básico, meio ambiente e no combate à paralisia infantil. Uma coincidência marcou a inauguração: naquela tarde, o Pão de Açúcar recebia um grupo de 80 participantes do Programa de Intercâmbio de Jovens, originários de diversos países. Cerca de 720 mil turistas visitam o local todos os anos. A história do bondinho do Pão de Açúcar – um dos ícones do nosso país no exterior – começou a ser escrita em 1912, quando foi instalado o primeiro teleférico, que subia até o Morro da Urca. Muito desse sucesso se deve ao saudoso engenheiro e rotariano Cristóvão Leite de Castro, presidente da CCAPA por mais de 40 anos e principal responsável pela modernização do bondinho, na década de 70. Pai da companheira Maria Ercília, ele foi lembrado por Guilhermino Cunha, que lhe prestou uma homenagem.
Desconto no Cristo Redentor Os companheiros do Brasil e do exterior que visitarem o Cristo Redentor terão um desconto de 20% na compra do bilhete do trem que faz o trajeto até o alto do Corcovado. O desconto é extensivo aos familiares, desde que devidamente identificados. O convênio foi assinado pelo presidente do RCRJ Guilhermino Cunha, pelo diretor presidente da Companhia Trem do Corcovado e sócio do clube, Sávio Neves, e pelo presidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário, Roberto Petis Fernandes.
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Caros companheiros rotarianos evereiro é o mês da Compreensão Mundial, ocasião para que rotarianos, seus clubes e distritos façam uma reflexão sobre os projetos internacionais de prestação de serviços. Em minhas viagens pelo mundo, testemunhei vários projetos maravilhosos implementados em diversos países. Um deles é o Ciudad de los Niños, desenvolvido pelo RC de San Borja, no Peru, com 18 programas voltados para um orfanato que abriga 550 meninos. Órfãos que não têm casa nem comida podem ficar alojados até completarem 18 anos. Em outro projeto emparceirado, o RC de Hoensbroeck, Holanda, tem trabalhado em conjunto com o governo holandês na criação de uma oficina de costura e na construção de dormitórios. O clube contribuiu, ainda, com recursos para a compra de equipamentos de cozinha e de sala de jantar. O distrito 7950 (Massachusetts, EUA) participou da montagem de uma oficina de sapataria e de uma granja – sendo esta última com a colaboração do RC de Martha’s Vineyard (D.7950). Uma oficina de carpintaria e uma padaria foram construídas com o auxílio do RC de Saxmundham, Inglaterra (D.1080). Todos esses projetos atendem plenamente o objetivo para o qual foram concebidos – gerar receita para a Ciudad de los Niños, para que os jovens residentes aprendam um ofício. Um outro projeto que merece destaque localiza-se no Senegal, e chama-se Um Milhão de Árvores Para Que o Saara Floresça Novamente. Trata-se de uma iniciativa de longo prazo, apoiada por Rotary Clubs da Inglaterra, França, Senegal e outros países, que resultou no plantio de 85.000 árvores na região do Saara africano, até o final de 2003. Este é um projeto efetivamente internacional: Rotary na sua melhor expressão! Existe um outro projeto, este na Argentina – a Editora Nacional de Braille, em Buenos Aires. Essa organização fornece equipamentos a cegos e deficientes visuais. Um software especial é capaz de ler o que se encontra nos vídeos dos computadores e descreve, em palavras, o que está ali escrito, permitindo que o usuário processe o texto, transcreva correspondência eletrônica e navegue pela internet. O financiamento deste projeto foi o resultado de um esforço combinado da Fundação Rotária, do RC de Buenos Aires e do distrito 7000 (Porto Rico). Esses são apenas alguns dos exemplos da atuação do Rotary, que demonstram que o trabalho em cooperação é capaz de fazer a diferença nas comunidades e no mundo. Quando se trabalha para além das nossas comunidades e países, não importa o tamanho do seu Rotary Club, distrito ou projeto. Nosso lema é Dar de Si Antes de Pensar em Si. A cooperação em projetos de serviços faz a diferença no mundo.
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NA REDE Para ler os discursos e notícias do presidente de RI Carl-Wilhelm Stenhammar, visite sua página no endereço www.rotary.org/president
CARL-WILHELM STENHAMMAR Presidente 2005-06 do RI BRASIL ROTÁRIO
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Brasil lucrará com Com o fim das reservas de petróleo, essa deverá ser a melhor alternativa para o planeta e para a economia dos países pobres Antônio Carlos de Mendes Thame*
Iniciaremos a abordagem da questão dos biocombustíveis a partir de uma análise de Samuel Hunting, defensor da tese de que hoje nós estamos vivenciando um conflito de gerações no mundo, ou seja, os interesses de um mundo desenvolvido e mais velho se contrapõem aos interesses de um mundo jovem, em desenvolvimento e cada vez mais frustrado. Condições de vida A idéia de um conflito de gerações se baseia em dados demográficos. Hoje, metade da população mundial (cerca de 3 bilhões de pessoas) tem menos de 24 anos. Um bilhão desses jovens estão na África, e 75% desse total concentram-se na África e na Ásia. Eles precisarão de emprego na próxima década. Para eles, a opção é muito simples: ou terão trabalho e dignidade, ou inanição e desespero. Atualmente, já existem no mundo 180 milhões de pessoas desempregadas e outras 550 milhões vivendo com menos de um dólar por dia, o que demonstra que essa questão do desemprego e da necessidade de oferecer trabalho para mais de 1 bilhão de jovens não é um problema futuro, mas dos nossos dias. Por isso, segundo a tese do Samuel Hunting, o que deve mover a vida política de todos é saber se os governos dos países em desenvolvimento são capazes de garantir estabilidade doméstica. Em outras palavras, é preciso saber se esses governos terão a capacidade de promover um crescimento suficiente para dar emprego a dezenas de milhões de desempregados ou subempregados. Mas o desafio não é somente dos países em de6
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senvolvimento: o mundo rico também precisa prover condições para oferecer atendimento médico e aposentadoria para suas populações, que têm uma taxa de natalidade cada vez menor e uma expectativa de vida cada vez maior. Toda vez que um político fala em aumentar a idade para a aposentadoria, ele passa por um tremendo desgaste e perda de apoio político. Portanto, se no mundo em desenvolvimento é preciso criar empregos, no mundo desenvolvido há esse desafio de prover boas condições de vida para uma população cada vez mais idosa. Problemas A questão do desemprego está ligada à segurança do mundo. Se observarmos o caso dos terroristas, notadamente os suicidas, veremos que eles são recrutados em locais onde a crescente população jovem vê o termo “esperança” mais como um sarcasmo do que como esperança propriamente dita. E veremos que, independente dos objetivos políticos ou militares que eles tenham, todos atacam os ricos como os responsáveis por lhes negar as oportunidades. Por isso, para enfrentar de fato o terrorismo e para ofere-
os biocombustíveis sociada à escassez de água, falta de recursos para o saneamento básico e o aumento do efeito estufa. Essas questões dificultam a cooperação e acabam solapando a solidariedade e a paz mundial – e é exatamente esse ponto que inquieta a todos aqueles que estão preocupados não só com o presente, mas com a perspectiva das gerações futuras.
NINJA
Houve uma transferência líquida de recursos dos países pobres para os ricos no valor de US$ 1,2 trilhão cer segurança às futuras gerações, precisamos compreender e superar as tensões alimentadas e fermentadas pela absoluta falta de perspectivas dos pobres frustrados no mundo desenvolvido, o que fortalece o fanatismo e o fundamentalismo suicidas. Como resolver essas questões difíceis, intensificadas por outras que não estão contempladas na tese de Samuel Hunting sobre conflito de gerações? Temos pelo menos mais três gravíssimos problemas a enfrentar: o primeiro é a epidemia de Aids que devasta o continente africano; o segundo, o crescimento assustador do dinheiro ilegal, decorrente do tráfico de drogas, de armas e de suas desagregadoras tendências social e política, criando estados paralelos; e, em terceiro lugar, a degradação ambiental, as-
Sangria às avessas Mas onde os biocombustíveis entram nessa questão? Antes de mais nada, em vez de focalizarmos o assunto através de suas condições técnicas, é melhor nos determos em três propostas que vão ganhando espaço nos fóruns internacionais e que sugerem como minimizar os problemas dessas tensões e contribuir para a paz mundial. A primeira proposta é do próprio Samuel Hunting. Ele diz que esse conflito de gerações pode ser resolvido aproveitando-se o que falta e o que sobra no mundo rico e no mundo pobre. O mundo rico tem recursos, tem capital, precisa do rendimento desse capital, dos juros, da renda e da receita para pagar suas aposentadorias, pensões e seu sistema de saúde. Enquanto isso, o mundo pobre tem terras, recursos naturais e uma grande população que precisa de emprego. Por isso, as aplicações e investimentos do mundo rico no mundo pobre solucionariam esse dilema. Na prática, isso não funciona porque os investimentos são direcionados com base nas análises das agências de avaliação de risco, e o que nós estamos vendo nos últimos 15 anos é que houve 60 vezes mais investimentos estrangeiros diretos nos países já desenvolvidos do que nos países em desenvolvimento. E o que é mais grave: as Nações Unidas publicaram em 2004 um trabalho chamado “World Economic Outlook” que mostra que – somente entre 1998 e 2004 – houve uma transferência líquida de recursos dos países pobres para os ricos, em função principalmente do processo de globalização, no valor de US$ 1,2 trilhão. É uma sangria às avessas: quem precisa da transfusão (os países pobres) é que fornece o sangue (para os países ricos). Portanto podemos deixar a primeira tese de lado. Comércio justo A segunda hipótese é muito defendida pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. A tese baseia-se na melhor tradição de Montesquieu, que dizia que o comércio é o caminho para a paz entre os povos, e que o caminho mais rápido é o comércio justo – o fair trade, em inglês – e que, havendo essas condições, diminuem-se as tensões entre os países. Mas o que é um comércio justo? Os países riBRASIL ROTÁRIO
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Imagina-se que a energia que movimenta os veículos vai ser substituída por biocombustíveis, com uma mistura de 2,3% ou 3% de petróleo para, dessa forma, postergar o fim do precioso óleo cos abrirem suas fronteiras para receber produtos dos países pobres. Por exemplo: Burkina Fasso – país africano onde o desemprego é altís simo – não consegue vender seu algodão porque as barreiras são tantas que impossibilitam essa operação. Então, os países ricos que parem de pagar para os seus agricultores não produzirem, porque há países pobres que querem o contrário, querem produzir para pagar suas dívidas e então poder se desenvolver. No entanto, isso também não funciona, porque há lobbies fortíssimos de produtores que acabam privatizando as decisões de governo. Quando saiu o resultado da vitória do Brasil no painel do algodão e do açúcar da Organização Mundial do Comércio, a imprensa norte-americana aplaudiu a derrota dos EUA. Os americanos estão cansados de pagar vultosos subsídios a algumas centenas de grandes produtores, mas não conseguem livrar-se desse ônus porque o voto dos congressistas, representando suas bases, sofre a influência desses lobbies que não permitem a mudança. Se ficarmos imaginando que essa briga vai deixar de existir – porque essas concessões acabam não se baseando nos princípios do fair trade de Montesquieu – vamos assistir por muitas décadas à continuidade daquilo que estamos vendo: a dificuldade para negociarmos na OMC, na Alca, com a União Européia, o Mercosul... Não se consegue avançar porque os países ricos – reféns dos lobbies de produtores – não querem fazer nenhuma concessão. Os biocombustíveis parecem ser a única oportunidade de alterarmos esse horizonte a curto e médio prazos. Biocombustíveis Hoje não há mais dúvida: o petróleo vai acabar dentro de 30 ou 40 anos, dependendo da perspectiva da descoberta de novos poços. Isso não 8
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quer dizer que ele vai acabar de repente, mas que será destinado gradativamente a funções mais nobres, como a petroquímica. Imaginase que a energia que movimenta os veículos vai ser substituída por biocombustíveis, com uma mistura de 2,3% ou 3% de petróleo para, dessa forma, postergar o fim do precioso óleo. E, nesse sentido, nenhum país tem condições como o Brasil – principalmente agora, com os carros bicombustíveis, de motores flex – país que possui uma grande porcentagem da frota movida somente a álcool. Os biocombustíveis – tanto o álcool como o etanol e o biodiesel – podem ser produzidos nos países em desenvolvimento, que têm terra, água, sol e mão-de-obra – quatro condições que não costumam ser encontradas de uma só vez nos países ricos. Há países, como os Estados Unidos, que ainda têm grandes áreas para ocupar, mas seus aqüíferos estão comprometidos – o maior aqüífero norte-americano já está dando sinais de exaustão. Portanto, eles terão dificuldades para desenvolver um megaprojeto de biocombustíveis. Na Europa, não há mão-de-obra suficiente. Na Itália, por exemplo, muitas propriedades rurais estão abandonadas porque os filhos dos agricultores têm preferido trabalhar como bancários em vez de conduzir o difícil trabalho das fazendas de seus pais. É uma reforma agrária às avessas, porque falta mão-de-obra. Já os países emergentes têm todas as condições favoráveis para expandir esse setor. E por que essa alternativa se diferencia da segunda proposta? Porque não há lobbies suficientes para impedir o comércio internacional de biocombustíveis, já que os países ricos não têm condições de produzi-los – e então não há força política suficiente para impedir a entrada desses produtos, que se fazem necessários para substituir o petróleo. Como se vê, a oportunidade é excepcional.
Precisamos fazer um esforço mundial para incluir os biocombustíveis na Declaração de Doha – que rege a nova rodada da OMC, no capítulo chamado “Bens Ambientais” – para que eles fiquem isentos de tributação no comércio internacional Vantagens Quando uma determinada política pública tem duas vantagens, nós já devemos abraçá-la. Normalmente elas têm uma vantagem e um efeito colateral negativo, e então ficamos pesando se vale a pena ou não adotá-las. Os biocombustíveis têm seis vantagens – aquilo que os economistas chamam de externalidades: PRIMEIRA: produzir biocombustíveis em um determinado país tem uma vantagem social. Para o Brasil, cada vez que produzimos álcool ou biodiesel estamos criando empregos aqui, e não lá, no Oriente Médio. G SEGUNDA: uma vantagem macroeconômica: cada barril de biodiesel que produzimos é um barril a menos de petróleo para importar, o que ajuda nossa balança comercial. G
TERCEIRA: há uma vantagem ambiental, que está na esteira correta do Protocolo de Kyoto. Os biocombustíveis emitem muito menos CO2, e portanto não contribuem para o aquecimento global e para o efeito estufa.
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ção de Doha – que rege a nova rodada da OMC, no capítulo chamado “Bens Ambientais” – para que eles fiquem isentos de tributação no comércio internacional. Esse é um esforço pela paz mundial, para diminuir a distância que separa os países ricos dos países pobres. E nós podemos fazer esse esforço, que demanda uma pressão internacional, dos parlamentos do mundo inteiro, e que precisa da ajuda de uma instituição tão forte, tão querida e estimada como o Rotary International. O somatório do trabalho excepcional que esse clube de serviços faz é muito mais do que uma andorinha jogando uma gotinha de água no oceano, pois são centenas de milhares de andorinhas que procuram fazer o bem no mundo inteiro. E, no caso dos biocombustíveis, nós temos a oportunidade de construir a paz mundial de uma forma concreta. *O autor é deputado federal (PSDB-SP). Extraído do Boletim Servir nº 3.597, do RC de São Paulo, SP(D.4610).
QUARTA: diz respeito à saúde pública. Há pouco tempo, vimos que há uma chance de exportar álcool para a Venezuela, e que lá em Caracas a situação da poluição é muito grave porque eles ainda usam o chumbo de tetraetila, que é altamente cancerígeno. Eles ainda nem fizeram a passagem para o MTBE, um éter que substituiu, já na década de 80, o chumbo tetraetila. Só que esse MTBE é também muito negativo, porque compromete os aqüíferos. E não há tecnologia que separe esse éter da água, o que leva à perda dos aqüíferos. A Califórnia perdeu um grande aqüífero por causa do MTBE, e é por isso que o álcool, que é um aditivo excepcional, o melhor do mundo pra aumentar o poder combustível da gasolina, vem sendo apontado como o aditivo ideal.
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QUINTA: junto com a produção do álcool temos o bagaço, que pode ser queimado para produzir energia elétrica, afastando o risco de um novo apagão.
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G SEXTA: geopolítica: diminui a dependência do petróleo.
Por tudo isso, nós precisamos fazer um esforço mundial para incluir os biocombustíveis na DeclaraBRASIL ROTÁRIO
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Coluna do Diretor do
CARLOS ENRIQUE SPERONI
Rotary International
Rotary, tão simples e tão complexo
A
história nos conta que em 23 de fevereiro de 1905, há mais de um século, nasceu o Rotary. Da inteligência vivaz e do coração solidário de Paul Harris, surgiu a idéia de que um grupo formado por homens de negócio e outros profissionais se reunisse periodicamente para se conhecer melhor. E que talvez esses homens se ajudassem reciprocamente em suas atividades. Paul Harris nasceu logo após o término da Guerra de Secessão, que entre outras conseqüências deixou um legado de ressentimentos entre a população norteamericana. Isso o acompanhou em sua infância, mas não chegou a influenciá-lo – graças a Abraham Lincoln, que ao se dar conta do que acontecia nos EUA, tratou de providenciar uma herança de igualdade entre todos os homens, qualquer que fosse a sua origem, raça e religião. Esses conceitos acompanharam Paul Harris e foram ganhando força à medida que ele se familiarizava com o mundo do direito. Conseqüentemente, foram fundamentais para a concepção de sua “idéia” – aquela que deu origem ao Rotary. No início do século 20 Paul Harris estava em Chicago, àquela época um dos maiores centros criminosos dos EUA, uma cidade de pessoas inescrupulosas, delin“O Rotary é qüentes e corruptas. simples porque Foi lá que o criador do Rotary instalou seu não é uma escritório de advocacia utopia, nem e cimentou seu prestígio profissional, guiuma idéia ado pelos conselhos que pode ser de seu avô paterno, que lhe havia transmientendida tido o valor da conside formas deração e o respeito pelos seus semelhandiferentes” tes, descartando toda e qualquer forma de intolerância, desde a religiosa até a política. Daí surgiram os seus sonhos e o projeto de criar um clube de homens de negócio unidos por um sentimento de estima social e atitudes amistosas. O resto é a história que já conhecemos, que faz parte de nossas tradições e que no ano passado completou seus primeiros 100 anos. Simples e complexos 100 anos! 10
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Pessoas de valor Por que faço esta afirmação que parece ser antagônica? Simplesmente porque ela não é: o Rotary é simples porque não é uma utopia, nem uma idéia que pode ser entendida de formas diferentes. Assim somos todos e cada um de nós que atualmente integramos nossos clubes. Também o são, por suas ações e sentimentos, aqueles que ainda não ingressaram nas nossas fileiras e que cumprem suas missões no campo do serviço. O Rotary compreende também aquelas pessoas boas que, dentro de suas possibilidades, fazem alguma coisa por alguém com o intuito de conseguir um mundo melhor para todos. Gente que acredita que dar é simplesmente dar, sem esperar recompensas ou reciprocidades, porque é assim que deve ser. Gente que não dá bens materiais simplesmente por dar, mas porque isso representa um desprendimento inatingível para muitos. Gente que se doa em qualquer lugar a que vá, e a quem quer
que seja, presenteando com um bom pensa“Cada um mento, bons votos, um de nós deve abraço, uma oportunidade de escutar, uma oferecer palavra de alento ou, ensinamentos, simplesmente, um detalhe. Estamos fae não passar lando daquelas pessotodos os anos as que, como dizia Albert Einstein, “prode sua vida curam ser, mais que preocupado triunfadoras, pessoas de valor”. em colher louros” Meus amigos, o Rotary é simples como tentei explicar, mas também é complexo como queremos acreditar, se admitimos que é complexo tudo que se entrelaça e se multiplica – exatamente como a obra centenária de nossa organização. Agora é hora de definirmos nossas ações perante uma humanidade exigente, e não porque tenha como aspiração uma vida de conforto, mas principalmente porque necessita satisfazer – de forma imperiosa – suas necessidades básicas. Coincidindo com os desafios apresentados pela Unesco para o novo milênio, encontraremos aqueles que nos convocam, como rotarianos, para enfrentar as crueldades de um mundo em que a maioria das pessoas manifesta indiferença ou acredita que nunca será atingida por essa globalização da pobreza.
Isso é um enorme erro ou muita ignorância, pois caminhamos inexoravelmente em direção ao surgimento de uma nova sociedade, com um grupo ainda menor de pessoas tendo tudo ou quase tudo, e um universo de sofredores que, ao deitar-se a cada noite, terão dúvidas sobre seu amanhã imediato, vivendo sem ilusões, sem projetos e sem esperanças, e que seguirão sobrevivendo somente pelo fato de fazê-lo. Será que essa vida, assim vivida, é a que se merece viver? Os desafios são nossos Vocês concordarão comigo que é por isso que deveremos encarar como pessoais os desafios que temos pela frente nos próximos 100 anos, destinados a comprometer esforços em benefício de um mundo melhor, preservando o valor da vida humana em um marco de paz, progresso, solidariedade e serviço. Quem mais souber, quem mais tiver e quem mais puder deverá fazer por todos aqueles que menos sabem, menos têm e menos podem. Não será difícil concluir que deveremos continuar falando de outras etapas para os próximos anos. Mas elas serão, por acaso, a erradicação final da poliomielite? O primeiro bilhão de dólares do Fundo Permanente da Fundação Rotária destinado ao financiamento de nossos diversos programas? Os bolsistas dos Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos que, completando seus mestrados, poderão prevenir e reagir a conflitos de natureza local ou internacional que demandam o estímulo à democracia, o desenvolvimento e a cooperação internacional? Seguramente existirão muitas e transcendentais etapas cobrindo o caminho que nos levará à última delas, à mais ansiada de todas: a que nos permitirá dizer aos nossos irmãos que podemos conviver em um mundo de paz, habitantes da casa que todos anseiam. A respeito dessas minhas reflexões sobre o Rotary, quero recordar uma história: “Caminhando solitário por uma estrada, um ancião se viu diante de um grande obstáculo, bastante perigoso, que ele cruzou na penumbra do crepúsculo sem medo algum. Entretanto, assim que chegou ao outro lado, ele tratou de construir uma ponte para tornar mais segura a travessia. Outro peregrino estranhou aquela atitude e perguntou: ‘Por que o senhor perde tempo construindo essa ponte se o dia está acabando e você já cruzou aquele obstáculo?’ Continuando sua obra, o ancião respondeu: ‘Meu amigo, pelo caminho que acabo de percorrer vem um jovem que vai passar pelos mesmos lugares por onde passei. E quando ele chegar aqui já será noite, e por isso poderá ter dificuldades ou, quem sabe, sofrer algum acidente. Estou construindo essa ponte para ele’”. Esse conto descreve com muitíssima precisão a obra que o Rotary realiza, as razões que a inspiram e sob as quais nós, rotarianos, devemos assinar. Como o homem da história acima, cada um de nós deve oferecer ensinamentos, e não passar todos os anos de sua vida preocupado em colher louros, mas sim cumprindo com os seus deveres. E sempre dando o exemplo, pois o importante não é o alto da montanha, mas o caminho que escolhemos para chegar lá, demonstrando que, na verdade, quem serve não é um servente, mas um provedor. BRASIL ROTÁRIO
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Brasil já se destaca no Terceiro Setor Lindoval de Oliveira*
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esquisa mundial realizada pela Market Analysis aponta que a maioria dos brasileiros considera nossas empresas socialmente responsáveis. Este é um dos temas que serão abordados no 4º Seminário de Responsabilidade Social, promoção da Brasil Rotário, que ocorrerá em julho e no qual será entregue, mais uma vez, o cobiçado Prêmio Mário Henrique Simonsen – Excelência em Balanço Social, destinado às melhores ações no Terceiro Setor. Estamos fazendo nossa parte e aplaudimos o resultado da pesquisa divulgada pelo “O Globo”. Essa iniciativa da revista conta com as parcerias da Funager – Fundação Nacional de Apoio Gerencial; da ACRJ – Associação Comercial do Rio de Janeiro; e do jornal da cidadania, “Folha Dirigida”. Interesse A pesquisa foi realizada em 22 países dos cinco continentes e compreendeu 22.953 entrevistas. No Brasil, onde foram ouvidas 800 pessoas, de 18 a 69 anos, em oito cidades – Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Brasília – o levantamento trouxe dados impressionantes do interesse do brasileiro pelo tema, segundo informa o jornalista Paulo Ricardo Moreira. Em três anos, 78% da população deseja saber o que as empresas com as quais mantêm algum tipo de relação fazem para se tornarem socialmente responsáveis. Em 2002, esse número era de 75%. O objetivo do estudo é traçar um perfil sobre a importância do compromisso social na construção da imagem de uma empresa e na sua relação com o consumidor. Prioridade: o empregado Segundo o diretor do instituto Market Analysis, Fabian Echegaray, “o estudo funciona como um termômetro que nos permite ver até que ponto as ações e os investimentos das empresas estão surtindo efeito junto ao seu público”. O que uma empresa pode fazer 12
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para ser vista como socialmente responsável? No Brasil, a esta pergunta-chave da pesquisa, a maioria – 24% dos entrevistados – respondeu: tratar os empregados de forma mais justa. Echegaray interpreta o resultado como um alerta para algumas empresas que deveriam olhar mais a própria casa antes de se preocupar com ações externas. Em seguida foram citadas: doações e caridade – 19,3%; e criação de empregos e suporte para a economia – 17,5%. Concordam
Expectativa O trabalho mostra, também, que cresceu a expectativa dos brasileiros por uma postura mais efetiva das empresas para a solução de problemas sociais. Atualmente, 88% acham que as empresas devem estar mais envolvidas com essas questões. Outro dado interessante indica que 65% das pessoas acham que o trabalho das grandes corporações contribui para a construção de uma sociedade mais justa. Discordam
Indonésia
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China
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Filipinas
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Índia
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Brasil
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África do Sul
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Coréia do Sul
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EUA
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Canadá
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■ O cidadão brasileiro é um dos mais otimistas com relação ao comprometimento das empresas com a sociedade. Em quinto lugar entre 22 países, 65% dos brasileiros entrevistados dizem acreditar que as empresas estão fazendo um bom trabalho na construção de uma sociedade melhor.
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Filipinas
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Grã-Bretanha Argentina
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Chile 54 Canadá 53
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México
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Concordo 65
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EUA
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Canadá
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Chile
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México
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■ No continente americano, as empresas brasileiras lideram na percepção cidadã do que é ser socialmente responsável.
50
Indonésia
México
Chile
Brasil
África do Sul
Índia
Argentina
Filipinas
Discordo
Brasil
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Rússia
■ A pesquisa também revela que as empresas brasileiras estão entre as que mais se engajam em programas ou projetos sociais. Os números indicam que 54% delas se comprometem de alguma forma com o bem-estar da sociedade. O Brasil empata em números com a África do Sul e só perde para a Índia (55%), a Argentina (55%), as Filipinas (55%) e para a Rússia (60%).
Quando perguntados se o governo deveria criar leis que obrigassem as empresas a irem além do seu papel tradicional e contribuírem para uma sociedade melhor, mesmo que isso resultasse em aumento de preços, 59% dos brasileiros responderam que sim, e 39% discordaram.
43 32
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EUA
China Turquia
As empresas estão fazendo um bom trabalho para a construção de uma sociedade melhor?
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Canadá
Não
Nigéria
Sim
Conheça a íntegra da pesquisa ■ Devido à grande importância do tema para o nosso país tão carente de ações sociais, recomendamos conhecer esse trabalho em sua plenitude. Para tanto, basta acessar o site www.marketanalysis .com.br
Prêmio Mário Henrique Simonsen elo quarto ano consecutivo, o prêmio – uma homeP nagem ao inesquecível economista brasileiro Mário Henrique Simonsen – será outorgado às empresas e
organizações que mais investem em programas sociais, tanto as da iniciativa privada quanto as estatais. Para merecer o troféu, basta a empresa registrar em seus balanços as ações sociais desenvolvidas no último ano.
Categorias do prêmio Serão conferidos aos programas ou projetos que se enquadrem nas seguintes categorias: G que tenham maior amplitude social G que sejam mais originais G que beneficiem o maior número de pessoas deficientes ou carentes G que atendam a outras aspectos comunitários e/ou sociais louváveis O Prêmio Mário Henrique Simonsen consta de um troféu para cada uma das categorias vencedoras. A entrega do troféu será realizada em cerimônia pública, durante o 4º Seminário de Responsabilidade Social, no dia 10 de julho de 2006, na Associação Comercial do Rio de Janeiro. Como concorrer É muito simples: basta encaminhar até o dia 31 de maio uma cópia do balanço, preferencialmente um
recorte da publicação onde foi inserido, acompanhado do nome, endereço, telefone ou e-mail do diretor da empresa que receberá a confirmação da inscrição, para: Funager Rua Buenos Aires, 2 – 12º andar Rio de Janeiro – RJ CEP 20070-020 Tel.: (21) 2263-7694 Fax: (21) 2263-7849 ou para: Brasil Rotário Av. Rio Branco, 125 – 18º andar Rio de Janeiro – RJ CEP 20040-006 Tel.: (21) 2509-8142 Fax: (21) 2509-8130 E-mail: marketing@brasil-rotario.com.br
Comissão julgadora Será composta, como nos anos anteriores, por representantes da Funager, ACRJ e da diretoria da Cooperativa Editora Brasil Rotário. *O autor é sócio do RC do Rio de Janeiro, RJ(D.4570) e editor da Brasil Rotário. BRASIL ROTÁRIO
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Familiar, sim. E daí? Quando superam a crise da sucessão, empresas familiares mostram que ainda são o melhor modelo de empreendimento Antenor Barros Leal*
U
ma recente operação de crédito feita entre o BNDES e a Sadia produziu uma notícia nos jornais especializados dando conta de que “a empresa teve que fazer alteração na sua administração com vistas à profissionalização como condição para a realização do negócio”. A mensagem subliminar era: se a administração fosse familiar, o dinheiro não sairia. A carga de preconceito era visível. Na verdade, o BNDES – empresa pública ligada ao ministério do Desenvolvimento e atualmente ocupada por um membro da família que controla a Sadia – teve todos os cuidados, nesses tempos bicudos, para que a operação não transparecesse qualquer favorecimento. Não foi a primeira vez que a Sadia, até aqui um grande exemplo de empresa familiar, operou com o BNDES – e, certamente, não será a última. No entanto, a conclusão apressada, mas dominante no meio tecnocrata – e, infelizmente, na mídia – caracteriza-se por qualificar a empresa familiar como inferior às chamadas “profissionais”. Há uma espécie de orquestração nesse sentido, interessando provavelmente aos consultores “especializados”, aos invejosos de plantão ou aos incapazes de um estudo mais cuidadoso. Difundir tal conceito traduz desconhecimento da realidade, ledo engano e proposital conclusão. No Brasil, mais de 99% das empresas são familiares. E elas só deixam de ser exemplares quando perdem suas características. Enquanto a empresa familiar mantém sua trajetória inicial – com um líder, uma idéia fixa por crescer, um compromisso com o desenvolvimento, com o progresso e com o lucro, envolvimento absoluto e contínuo com o trabalho e os empregados, preocupação constante de como melhor servir ao cliente, produzir melhor e a menor custo, aumentando o faturamento, espalhando riquezas e criando oportunidades – ela é o modelo perfeito de empreendimento, e com futuro assegurado. Há, entretanto, um momento particular na trajetória dessas empresas: é quando a idade chega para seus fundadores, ou então eles ficam doentes, e aí é preciso passar o comando a alguém. O número de filhos define a parada: se for somente um, a decisão é fácil; se houver mais de um, é preciso decidir. A mãe sempre os acha melhores que o pai. O velho, como empresário, sabe julgar. Mas acaba agindo como pai e – sem força para fazer essa escolha – sucumbe à entrada de todos os filhos. Esse é um dos exemplos, mas existem vários – infelizmente, quase sempre negativos. 14
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“No Brasil, mais de 99% das empresas são familiares. E elas só deixam de ser exemplares quando perdem suas características”
“Enquanto a empresa familiar mantém sua trajetória inicial, ela é o modelo perfeito de empreendimento, e com futuro assegurado”
RODRIGO
se compara à visão de uma vida inteira do proprietário-fundador. Há exemplos para todos os gostos: a Ford, de empresa familiar, tornouse um “negócio de família”. Só a profissionalização retomou seu crescimento. Atualmente, um membro da família preside a companhia com competência. A Michelin é familiar há mais de 100 anos. A DuPont, também. A Firestone, de familiar, profissionalizou-se – e aí desapareceu. Por aqui, grupos como Votorantim, Unibanco, Gerdau, Edson Queiroz e a própria Sadia são alguns exemplos simbólicos de empresas familiares que tiveram suas trajetórias mantidas pelos herdeiros, mesmo depois do desaparecimento dos fundadores. O Bamerindus e o grupo Matarazzo são exemplos opostos. No caso da Perdigão, a profissionalização salvou o empreendimento. Não há verdade absoluta nas soluções de sucessão, e é desastrosa e desavisada a afirmação de que a empresa familiar não é boa. O que se deve medir nas empresas, familiares ou profissionais, é a sua história, sua capacidade de assumir riscos e de planejar seu futuro. O importante é identificar aquelas com habilidade de enfrentamento do mercado e de dar a seus acionistas perspectivas de ganhos e prosperidade. Condenar as empresas familiares e exaltar as profissionais, pura e simplesmente, é um desvio intelectual ou estupidez oportunista. *O autor é sócio do RC de Copacabana, RJ(D.4570), presidente do CIEE/RJ e vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro.
Doença grave A chamada “Síndrome da FMP – Fluxo Migratório de Parentes” marca esse grave momento em que a empresa familiar se transforma num “negócio de família”. É uma doença gravíssima, geralmente fatal, cujos principais sintomas são: distúrbios originados por multiplicidade de comando, ciumeiras administrativas, brigas pelo poder e formação de grupos de puxa-sacos e outros. Tais males são freqüentes e se relacionam, na maior parte das vezes, ao número de “diretores” que entram na empresa. E nesse caso, quantos mais, pior. Longe de falar mal das grandes empresas plenamente profissionalizadas, desde o CEO até o mais humilde dos funcionários – mas também sem esquecer as imensas fraudes causadas por gigantes internacionais – afirmo, numa comparação desapaixonada, que a empresa familiar leva vantagem em termos de sobrevida, de crescimento constante e de importância para a economia do país. A visão “profissional” – de resultados imediatos, correspondentes aos prazos do contrato e aos valores targets das ações para a realização de ganhos pessoais, ou a possibilidade sempre latente de uma proposta com melhores salários – não BRASIL ROTÁRIO
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Interact & Rotaract ○
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JUNTO COM o curso de enfermagem Doctum e com participação da banda marcial da Escola Presidente Costa e Silva, os integrantes do Rotaract Club de Guarapari, ES(D.4410) realizaram um evento no Dia Internacional de Combate ao Fumo. Em outra oportunidade, os rotaractianos e o presidente da Comissão da Juventude José Geraldo estiveram com o governador Antonio Canuto Neto, durante Visita Oficial. OS INTEGRANTES do Rotaract Club de Carmo da Mata, MG(D.4560) doaram à Casa de Recuperação de Alcoólatras Anônimos os recursos obtidos durante a terceira Noite do Caldo.
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O ROTARACT Club de São Paulo-Alto da Moóca, SP(D.4430) realizou a 2ª Moocarronada, em benefício da creche São Rafael, que atende a 120 crianças. Com a presença de 223 pessoas, o evento teve ainda show da banda AntiDepressom, bingo, bazar, venda de semi-jóias, doces e velas artesanais e um estande do Boticário.
APADRINHADO PELOS três Rotary Clubs locais, foi fundado o Interact Club de Barra Mansa, RJ(D.4600), cujo presidente é Douglas Muniz de Souza.
O ROTARACT Club de FlorianópolisTrindade, SC(D.4651) realizou o projeto Dia da Árvore.
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PARA AJUDAR o Fundo de Solidariedade Municipal e conscientizar a população local da necessidade de auxiliar o próximo, o Rotaract Club de Salto de Pirapora, SP(D.4620) realizou o evento beneficente 1º Encontro de DJ’s, em que foram recebidas doações de caixas de leite.
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A família rotária é o terreno Ela garante o nosso sucesso no caminho do serviço Alberto Bittencourt*
“Ser rotariano significa depositar confiança numa comunidade cujo convívio é sempre fonte de inspiração, de solidariedade e felicidade”
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posse de um novo sócio num Rotary Club é um momento solene, que pode ser comparado a um ritual de batismo ou aos momentos de devoção de uma cerimônia religiosa, cercada de motivos de alegria e festa. Em minhas Visitas Oficiais aos clubes como governador distrital, esse era um dos pontos de maior destaque: quando um novo companheiro, seu cônjuge e – não raro – a família compareciam à plenária festiva para sua consagração ao movimento rotário. Cumpridas as formalidades iniciais, eu e Helena, com grande entusiasmo, nos levantávamos para apor no casal o distintivo Celebremos Rotary, lema do presidente Glenn Estess Sr. para o ano do Centenário, e dizíamos: “Parabéns! Vocês agora integram o Rotary International. A partir deste momento, podem contar com o apoio da família rotária. Sejam bem-vindos.” Na ocasião, procurávamos sempre transmitir o conceito de que o Rotary é cada vez mais um movimento familiar. Uma grande família que recebe e acolhe em seu seio uma nova família. E repetíamos as palavras do presidente Glenn: “Não queremos que o Rotary seja visto como uma obrigação a ser cumprida, uma organização que afaste as pessoas das famílias. Os clubes devem promover um ambiente familiar onde prevaleçam a amizade e a confraternização para que todos possam participar dos seus eventos e projetos”. Com o apoio da família rotária, torna-se fácil nutrir o espírito rotário do novo sócio. Do contrário, se não há ninguém que o compreenda e o encoraje na trilha do serviço, seu empenho pode esmorecer. Os líderes e padrinhos são importantes, mas na prática, nossos irmãos e irmãs da família rotária são o principal ingrediente para que tenhamos sucesso. A família rotária é o terreno e o novo rotariano é a semente. Não importa o quanto a semente possa ser vigorosa: se o terreno não assegurar nutrição, a semente morrerá. No entanto, se o terreno for fértil, irá fornecer à semente os nutrientes essenciais de que ela precisa para germinar, crescer, desenvolver-se, florescer, dar frutos e multiplicar-se.
Companheirismo: finalmente, o mais importante nutriente é o ambiente de companheirismo e amizade. Ninguém pode crescer e desenvolver-se fechado em si mesmo. A transformação só é possível quando se está em contato com alguém. O novo sócio precisa saber que pode contar com os amigos que escolheu. Ser rotariano significa depositar confiança numa comunidade cujo convívio é sempre uma fonte de inspiração, de solidariedade e felicidade. Novos companheiros: sejam bem-vindos à nossa família rotária. Juntos, fortes e unidos como um feixe de varas, podemos vencer as dificuldades do nosso tempo e caminhar em direção à paz.
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* O autor é EGD e sócio do RC do Recife-Boa Viagem, PE(D.4500).
Formação do líder São três os nutrientes essenciais que transformarão o novo companheiro no verdadeiro líder rotário: ● Trabalho: o novo sócio que chega ao clube cheio de boa vontade, ansioso por ser útil e servir ao próximo, vem para trabalhar. Cumpre à família rotária integrálo, bem como ao cônjuge e à sua família, atribuindo-lhe funções, tarefas, missões, ajudando-o a desempenhá-las e estando sempre ao seu lado no caminho do serviço. ● Conhecimento: como ninguém ama aquilo que não conhece, é importante que o terreno da família rotária forneça à semente (o novo sócio) uma série de conhecimentos e informações rotárias para que ele não apenas conheça, mas compreenda o Rotary, adquirindo uma visão elevada do que representa esse clube de serviços na busca da paz e da compreensão entre os homens e as nações. BRASIL ROTÁRIO
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APROVEITE MELHOR SUA IDA A Malmö
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Copenhague Rotarianos dessas duas cidades dão dicas sobre o que ver e fazer durante a convenção internacional deste ano Nichole Accettolla*
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aqui a cinco meses, rotarianos de todo o mundo se reunirão em Malmö, na Suécia, e em Copenhague, na Dinamarca, para a convenção anual do Rotary International, que vai acontecer entre 11 e 14 de junho. Lá, eles poderão encontrar restaurantes acolhedores, parques tranqüilos, ruas calçadas com pedras, vitrines convidativas e séculos de história por todos os lados. Há muito o que se ver e fazer em tão pouco tempo. Assim, para facilitar a vida dos convencionais, pedimos a companheiros dessas duas cidades que nos dessem dicas sobre os lugares onde eles gostam de passear, fazer compras, comer, beber e onde acontecem os principais eventos culturais.
Passeio no parque Malmö – Não é à toa que ficou conhecida como “Cidade dos Parques”. O maior deles, o Pildammsparken – ou Parque do Lago dos Salgueiros – pode ser alcançado com uma caminhada de 15 minutos desde a Gamla Staden, a Cidade Velha. O lugar foi originalmente concebido para abrigar a Feira do Báltico, em 1914, da qual o belo Margaretapaviljongen (o Pavilhão da Princesa Margareta) ainda existe. Não deixe de passear ao longo de seu lindo lago e de ver o colorido Blomstergatan, onde mais de 10 mil flores são plantadas anualmente. Faça um piquenique nos seus gramados – e não se surpreenda se os passarinhos participarem – ou aproveite DE CIMA a sombra de uma árvore para ler um lipara baixo, vro. Se você estiver lá no fim da tarde, Restaurante espere mais um pouco: nas noites de Sturehof; verão acontecem espetáculos inesquechampanhe no cíveis de música e águas dançantes. Hotel d’Angleterre >> Limites do Pildammsvägen e e restaurante John Ericssons Väg; www.malmo.se Årstiderna 18 18
FEVEREIRO EVEREIRO DE DE 2006 2006 F
Copenhague – O castelo de Rosenborg é cercado por dois jardins: o Kongens Have (Jardins Reais) e Rosenborg Slotshave (Jardins do Castelo de Rosenborg). Eles formam o parque mais antigo de Copenhague e um dos locais mais populares da cidade, bastante freqüentado pelos moradores durante o verão – quando o sol brilha, os gramados do parque ficam lotados. Originalmente, essa área verde era a horta e o pomar de Christian 4º, o mais famoso monarca da Dinamarca, que morou no castelo de Rosenborg durante o século 17. Mais tarde o parque tornou-se público, cortado por românticas trilhas arborizadas, sebes cortadas à mão, estátuas e canteiros floridos. Nos dias em que a família real dinamarquesa está na cidade, a Guarda Real – trajada com seus uniformes azuis e seus chapéus de pele de urso – marcha pontualmente às 11h30, fazendo um percurso que vai do castelo de Rosenborg até Amalienborg (a residência da família real), onde diariamente é feita a troca da guarda. >> Øster Voldgade 4B; 0045 33 92 63 00; www.ses.dk/ 392055f0
O melhor das compras Malmö – “Experiências que ficam”: esse é o lema do Hansa, o maior shopping da cidade. Com seus quase 11 mil m2 de espaço inteiramente dedicado às compras, o lugar ocupa dois prédios de vários andares, ligados por um túnel envidraçado. Cerca de metade das suas 65 lojas é dedicada às roupas. A Elga’s e a Kriss são as mais famosas marcas suecas de moda feminina. A Slipsgossen, que vende gravatas e camisas, tem sempre algo que agrada aos homens elegantes. O Hansa ainda abriga uma filial da Duka, as famosas lojas dedicadas a porcelana fina, artigos de vidro e acessórios domésticos. O shopping também possui quatro restaurantes. >> Stora Nygatan; 0046 40-77000; www.mitthansa.se Copenhague – A reta é a menor distância entre dois pontos, mas isto não vale para o percurso entre a Rådhuspladsen (Praça da Prefeitura) e a Kongens Nytorv (Nova Praça Real), onde o caminho a ser percorrido é o calçadão da Strøget, o shopping a céu aberto mais conhecido da cidade. Você vai gostar dos cafés à beira da calçada, das butiques e das elegantes lojas de departamentos. Quanto mais próximas a Kongens Nytorv, as lojas vão ficando mais exclusivas. Para os que estiverem à procura de artigos de cristal, jóias, porcelanas ou peças de coleção, as lojas Illums Bolighus, Georg Jensen e Royal Copenhagen estão logo ali. >> A Strøget é formada pelas seguintes ruas: Frederiksberggade, Nygade, Vimmelskaftet, Amagertorv e Østergade.
Um pouco de cultura Malmö – A cultura está em toda parte do Castelo de Malmöhus, construção do século 17 em estilo renascentista. O lugar ainda abriga um museu, um aquário, um zoológico e variadas exposições. A visita ao complexo dura quase um dia inteiro e exige muita atenção. Mas não se acanhe e faça como os suecos: veja somente o que lhe interessa, mas com toda a calma do mundo. Uma das mostras permanentes é a Makt Over Människor NO ALTO, (“Poder Sobre o Povo”), que fala das per- parque sonalidades históricas que, através de seu Pildammsparken poder, influíram no destino das pessoas e, abaixo, mais pobres. Kongens Have >> Malmöhusvägen; 0046 40-341000; (Jardins Reais) www.malmo.se BRASIL RASIL R ROTÁRIO OTÁRIO B
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Copenhague – Quando um museu fecha – mesmo que parcialmente, para reformas – seus freqüentadores se sentem órfãos. Sabendo disso, os diretores de arte do Statens Museum for Kunst, o maior do gênero na Dinamarca, preferiram transformar o projeto de prevenção contra incêndio – com 20 meses de duração, e que será terminado neste semestre – em uma oportunidade para proporcionar aos visitantes uma forma inovadora e radical de ver a arte. Uma seleção abrangendo 700 anos de arte – e por isso denominada “Destaques” – foi transferida do prédio antigo para a ala mais moderna e iluminada (esta é a primeira vez em que obras antigas estão expostas nesse local). Agora as telas estão suspensas contra enormes paredes brancas, dispostas em múltiplas fileiras, formando assim uma espécie de mosaico com obras de Mantegna, Rubens, Abildgaard e Picasso. Essa maneira de expor as telas é, na verdade, a mesma que o público encontrou quando o museu abriu, em 1896, e traz uma nova vida a clássicos da pintura. O museu fecha às segundas-feiras. >> Sølvgade 48; 0045 33 74 84 94; www.smk.dk
Prato principal Malmö – Localizado numa rua entre a Praça Stortorget e a Estação Central, o Sturehof oferece a tradicional comida sueca, preparada com esmero e perfeição. De fato, os freqüentadores apreciam tanto a cozinha oferecida pelo mestre e proprietário Anders Hylin que muitos dos pratos do cardápio ainda são os mesmos que constavam do menu quando ele assumiu a casa, há 14 anos. Experimente o tradicional trio da culinária sueca, composto por frituras, arenque marinado com picles e cebolas vermelhas, e o västerbottenost, o parmesão sueco. Outro item da cozinha local é a ova de peixe miúdo, servido com panquecas de batata e creme fresco. Mas o campeão de popularidade é o Sturehof’s gravlax, um prato curtido no sal, açúcar, conhaque e óleo de azeite extra virgem. Embora as guarnições do salmão variem a cada estação, a carne do peixe está sempre tenra. Aberto para almoço e jantar. >> Adelgatan 13; 0046 40-121253; www.sturehof.nu Copenhague – O restaurante Ida Davidsen e seus sanduíches abertos – os smørrebrød – podem ser considerados como o equivalente local à Calçada da Fama, em Hollywood: você sabe que alcançou o estrelato quando Ida batiza um sanduíche com seu nome. Existem mais de 250 tipos diferentes de sanduíche no Ida Davidsen, razão pela qual é difícil destacar apenas alguns. O Príncipe Frederik, por exemplo, faz com que você se sinta, digamos, um rei, com seu patê quente de fígado, tomate, salada de pepino e cebolas sautê, tudo sobre o tradicional pão preto de centeio. Além disso, o serviço fará com que você se sinta em casa. Oscar, o filho de Ida, fica habitualmente atrás dos grandes balcões de vidro, de onde descreve as obras de arte da cozinha local. O restaurante abre somente para almoço, de segunda a sexta-feira. É aconselhável fazer reservas. >> Store Kongensgade 70; 0045 3391 3655; www.idadavidsen.dk
Um brinde à cidade MODA MASCULINA na Slipsgossen e na Georg Jensen, e o aquário do Castelo de Malmohüs
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Malmö – O prédio localizado a nordeste da praça Stortorget foi construído originalmente em 1524 para ser a residência particular do então prefeito Jörgen Kock. Atualmente, seu teto abobadado foi transformado no Årstiderna (“Estações”, em sueco), um luxuoso bar e
restaurante. Os tijolos aparentes, as esculturas em madeira escura e a tapeçaria de parede são os pontos de destaque da área do bar, mas o seu soberbo cardápio de aperitivos faz dele um lugar perfeito para um coquetel vespertino. O Jacquesson, champanhe produzido por uma das mais antigas casas francesas, é servido em taças e utilizado para preparar os diversos tipos de kir royale oferecidos pelo bar. Você ainda pode pedir a clássica groselha negra – mas, caso prefira algo mais moderno, acrescente lima, amora ou licor de pêra. >> Frans Suellsgatan 3; 0046 40-230910; www.arstiderna.se
Copenhague
– O Hotel d’Angleterre – que tem cinco estrelas e 250 anos – fica na Kongens Nytorv e mantém sua tradição de excelência entre os dinamarqueses, enriquecida ainda mais depois que o bar foi reformado, convidando a um drinque antes ou depois das refeições para apreciar seu novo visual. O ambiente acolhedor, com suas cores em tons de terra, proporciona uma atmosfera acolhedora, valorizada pelos tons dourados de candelabros italianos. Acomode-se ao longo do balcão para desfrutar da elaborada vitrine de scotches e uísques, ou sente-se numa das cadeiras em couro escuro com espaldar em forma de barril e aprecie a bela praça que fica em frente ao hotel, erguendo sua taça em um brinde a Malmö e Copenhague. >> Kongens Nytor v 34; 0045 33 12 00 95; www.remmen.dk/dangleterre/
<< NA REDE >> Para obter maiores informações sobre Malmö e Copenhague, visite www.rotary.org/convention Para se inscrever na convenção e reservar acomodações em hotel, consulte as edições de janeiro e fevereiro da Brasil Rotário ou acesse o site www.rotary.org/events
DE CIMA para baixo: restaurante Årstiderna e bar do Hotel D’Anglaterre
*A autora é norte-americana, mas vive em Copenhague desde 1999. Formada pelo Instituto de Culinária da América, ela escreve sobre gastronomia no “The New York Times”, no “Cleveland Plain Dealer”, no “Copenhagen Post” e faz visitas freqüentes aos seus amigos suecos em Malmö. Fotos: Jasmina Nielsen
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Programa Intercâmbio de Jovens: uma avaliação Minoru Sakate*
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m dos programas de maior sucesso do Rotary O gráfico 1 ilustra os dados apresentados. PreocuInternational é, sem dúvida, o Intercâmbio Inter- pados com essa tendência e pensando que isso estaria nacional de Jovens, que tem como objetivo pro- refletindo uma situação particular de nosso distrito, fizeporcionar aos seus participantes a experiência única de mos um outro levantamento, determinando o número desempenhar a importante missão de representar seu de inbounds por sexo. O resultado (gráfico 2) revelou país, aprender novas culturas e criar amizades, aproxi- o nítido predomínio do número de mulheres sobre o mando os homens. de homens – também entre os inbounds. Essa tendênOs jovens que participam do programa são unâ- cia não ocorre somente em nosso distrito, e mostra como nimes em reconhecer a importância que tal experiência as mulheres estão superando os homens em número e traz para as suas vidas. O que se pretende neste breve em qualidade, ocupando um maior número de vagas. espaço é relatar o trabalho de avaliação Num mundo em que as mulheres realizado pela Comissão Distrital de Invêm suplantando a milenar hegemonia dos tercâmbio de Jovens do distrito 4310, homens, não é de se estranhar os resulta“As mulheres na modalidade Longa Duração, durandos da presente avaliação. As mulheres este o período 1999-2005. Nesse espaço estão assumindo tão assumindo postos de comando nas emde tempo, o distrito 4310 enviou 141 presas, destacando-se nas ciências, nas arpostos de intercambiados (outbounds) e recebeu tes, nos esportes e na política. Agora elas 115 (inbounds). Nossos maiores parceitambém se tornam excelentes embaixadocomando nas ros foram os Estados Unidos, que acoras do Rotary International através do nosempresas, lheram 30 brasileiros e nos enviaram 20 so programa de intercâmbio. intercambiados. Em segundo lugar ficou destacando-se a Bélgica, com 21 e 17, respectivamenDiante desse panorama, surnas ciências, te; em terceiro, a Alemanha, com 13 e gem algumas questões: 9; e em quarto lugar, a Dinamarca, com ● O que o Rotary pode fazer para aproveinas artes, nos 11 outbounds e 7 inbounds. tar esse potencial feminino? esportes e na ● Não seria conveniente uma avaliação O que mais nos chamou a mundial semelhante a que fizemos em nospolítica” atenção foram estes dados: so distrito? ■ o elevado número de candidatos nes● Se for comprovada essa tendência, não seria se período; o caso de pensarmos em uma política naci■ o número de candidatas; onal de incentivo à criação de clubes predominantemen■ o número de candidatas que foram selecionadas em te femininos? decorrência do melhor desempenho no período de se- Afinal, as jovens intercambiadas de hoje são as potencileção; ais rotarianas de amanhã. E, possivelmente, muitos dos ■ o número de candidatas outbounds; nossos ex-intercambiados só não se tornaram rotarianos ■ o fato de 74% dos outbounds não serem filhos de por falta de convite. rotarianos. Em relação a isso, entendemos que os pais não-rotarianos deverão ser convidados para fazer parte *O autor é EGD e sócio do RC de Botucatu-Norte, SP do clube. (D.4310). 24
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No rastro do Velho Mundo, uma nova América do Sul Integração marca um novo ciclo de descobertas no continente Cezar Faccioli* overnar é abrir estradas”, decretou Washington Luís, o último presidente da chamada República Velha, deposto em 1930. Duas ditaduras e doze moedas distintas depois, os desafios da integração permanecem, tanto no plano físico-geográfico quanto na dimensão humanista, que escapou aos políticos da época. Os conflitos no interior do atual governo, em torno da execução orçamentária de 2005, refletem a permanência desses desafios. Os investimentos federais ficaram a menos da metade do planejado, mesmo com a arrecadação de impostos R$ 15 bilhões acima do previsto. As condições precárias de conservação das estradas federais inspiram um ambicioso programa de recuperação, mas as primeiras licitações, envolvendo oito trechos mais críticos e US$ 2,5 bilhões em obras, ficaram para 2006. A outra dimensão – social, da integração – tem uma batalha importante em curso no Congresso: a destinação de parte das verbas do Fundeb – Fundo Nacional de Educação Básica – para as creches e pré-escolas. A dotação inicial de R$ 430 milhões é insuficiente, mas a previsão é de aumentar esta cifra ano a ano, até bater nos R$ 2,4 bilhões necessários. O reforço é um raro consenso na agenda parlamentar, apimentada pela proximidade da disputa eleitoral. O acordo, mesmo dificultado pela polarização intensa da política, torna-se possível pela forte pressão de instituições educacionais e prefeituras de todos os matizes, convencidas de que a educação precoce é, cada vez mais, a chave para a formação de cidadãos e trabalhadores capazes.
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Redescoberta Integração evoca mais do que inclusão: remete a interdependência. Não é exagero dizer que, de exatos 20
anos para cá, a América do Sul vive um novo ciclo de descobertas. Desde a criação do Mercosul, de certo modo a culminância do processo de abertura econômica e política polinizado pela crise da dívida externa, o comércio intra-regional tem crescido ininterruptamente. A ponto, por exemplo, de o continente ter se tornado o principal destino das exportações brasileiras, à frente de blocos de maior relevância econômica, como a Ásia e o Nafta, puxado pelos Estados Unidos. Dado que se mostra particularmente relevan-
“O presidente boliviano Evo Morales, temido pelo radicalismo no trato dos investimentos estrangeiros, já envia sinais de que a Petrobras será poupada de mudanças mais drásticas” te no caso dos manufaturados, de maior valor agregado, em que a fatia sul-americana beira os 50%. Esse crescimento exponencial não se traduz com a mesma força no plano logístico. Os portos e estradas do Brasil ainda se mostram aquém do necessário para pavimentar o caminho para a integração regional. O mesmo diagnóstico aplica-se, com ligeiras variantes, para os principais parceiros. Deve-se saudar, contudo, os avanços recentes tanto no transporte como na energia, em que Argentina e Brasil passaram a partilhar os excedentes eventuais de geração, beneficiados pelo fato de os regimes pluviométricos serem complementares, com chuvas e secas alternando-se quase sempre de forma
sinérgica nos dois países. Esses potenciais e essas complementaridades nos enviam de volta às lições, voluntárias ou não, do presidente que construiu as primeiras rodovias asfaltadas do país. A aula voluntária é da importância das estradas para escoar a produção e aproximar pessoas, vendendo distâncias literal e metaforicamente.
A voz das ruas A lição involuntária, talvez mais importante, é a de não ignorar a voz das ruas, e estar atento ao fato de que só o crescimento da economia, por maior que seja, é pouco para incluir as grandes massas populares aos frutos do desenvolvimento se faltar firme decisão política para isso. A nota positiva dos novos tempos latino-americanos é a força que a integração assume para além das disputas domésticas: tantas vezes distintos e até antagônicos na postura com os organismos multilaterais, Lula, Hugo Chavez e Nestor Kirchner somaram esforços para a construção de um gasoduto de 6.000 quilômetros, atravessando o continente de Norte a Sul. E até o presidente boliviano Evo Morales, temido pelo radicalismo no trato dos investimentos estrangeiros – e responsável direto pelo aumento dos royalties sobre o gás natural de 18% para 50% – já envia sinais de que a Petrobras será poupada de mudanças mais drásticas pelo fato de beneficiar óleo e gás na própria região. Sintoma de que começa a prosperar, mesmo no país que combina recursos naturais riquíssimos e população pobre, o entendimento de que negócio só é bom quando é bom para os dois. “Se não deixa de ser business e se torna monkey business”, conforme ensina outro mestre da integração, o incansável Eliezer Batista, cuja trajetória se confunde com a da Vale do Rio Doce. *O autor é jornalista especializado em economia. BRASIL ROTÁRIO
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Decoração Angela Barquete & Cristiane Dornelles
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O estilo de cada um A decoração deve harmonizar as diferentes características de todos os moradores da casa
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o decorarmos uma casa devemos levar em conta vários aspectos, conciliando funcionalidade e beleza e harmonizando os diversos elementos envolvidos. Devemos saber usar os princípios de linhas, formas, proporção, escala, equilíbrio, harmonia e conhecer a influência psicológica exercida pelas cores, levando sempre em conta as qualidades e efeitos de luz e textura. Atualmente as idéias e os estilos passam rapidamente, acompanhando uma evolução incessante de valores que andam paralelos à renovação tecnológica, nos trazendo novas químicas de cores, lançamentos de madeiras, plásticos, tecidos, iluminação e todos os itens que integram uma casa. É muito importante harmonizar esses novos lançamentos sem cair num modismo que traga uma padronização cansativa e pouco criativa, pecando às vezes pela ostentação e custos altos. Devemos transformar nossa casa em algo acolhedor, vivo, cálido e com personalidade, usando soluções funcionais a todas as necessidades primordiais de nossa família. A decoração deve, acima de tudo, expressar 26
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um espírito e uma atmosfera, algo que seja tangível e apreciável em seu efeito, falando vivamente e acima de tudo dos integrantes que lhe serviram de inspiração: os moradores. Um lugar decorado com sentido, ordem, comodidade e beleza exerce uma atração tão forte que faz com que a casa se sobreponha a todas as seduções externas, fundindo a família em um amor comum pelo lugar, estimulando a comunicação e ajudando a vida a ser mais alegre e cordial. Formatando o todo Orçamento e planejamento devem ser estudados ao se construir uma casa. O decorador deve observar as características do grupo familiar, partindo da personalidade e dos gostos de cada indivíduo para conseguir a formação de um todo. Há de se formular uma série de perguntas:
Quantos membros a família possui e qual a sua posição social? Quais são os seus gostos e aspirações e qual o seu estilo de mobiliário preferido? Quais são as suas disponibilidades econômicas? Que atividades praticam? Recebem visitas constantemente?
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Quantos empregados possuem? Têm objetos de valor dos quais possa partir o esquema decorativo? A família tem algum animal doméstico?
A decoração atua como elemento de destaque da personalidade dos moradores – e o decorador deverá saber defini-la e classificá-la. Ainda que os diversos membros da família tenham características e atividades diferentes, há sempre um ponto em comum compartilhado por todos. Funcionando os interesses mútuos, todos podem viver satisfeitos. De um modo geral, as pessoas ativas gostam de vida ao ar livre, são esportivas e tendem a um ambiente mais informal e descontraído, que inspire vitalidade. Elas se enquadram bem dentro de linhas sólidas, cores mais vibrantes e ambientes espaçosos. Já as pessoas de tendência mais reflexiva e reservada preferem detalhes mais sóbrios e cores mais frias. Observem as fotos dessas cinco vitrines feitas por nós. Todas possuem exatamente o mesmo tamanho, mas representam estilos diferentes. As diversas propostas de decoração para um mesmo ambiente demonstram como a personalidade e as demandas do morador são fundamentais para definir o aproveitamento do espaço e as sensações provocadas por ele.
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1: vitrine zen 2: vitrine clássica 3: vitrine étnica 4: vitrine contemporânea 5: vitrine provençal francesa
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Angela Barquete (sócia do RC do Rio de Janeiro-Ipanema) e Cristiane Dornelles www.transitions-design.com Tels.: (21) 2259-7348 (21) 2239-3375 BRASIL ROTÁRIO
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O conteúdo ético da verdadeira amizade Como podemos ter amigos verdadeiros num mundo dominado pelas relações utilitárias? Alfredo Castro Neto* nfelizmente, hoje em dia a palavra “amizade” tem muito pouco a ver com aquilo que entendemos quando pensamos num verdadeiro amigo. Na verdade, a palavra amizade adquiriu um significado negativo de privilégio e recomendação. Você precisa ter um “bom QI” (o famoso “Quem Indique”) para conseguir determinados empregos e ter muitas vantagens. Dessa forma, a amizade é o meio para passar a frente dos outros e ter privilégios numa sociedade injusta, que transforma a virtude em préstimos e os ideais em serviços. A verdadeira amizade possui um forte conteúdo ético. A amizade não pode existir sem um comportamento moral recíproco. A verdadeira amizade é sempre uma aventura, a exploração dos mistérios da vida, uma busca. É assim que nasce a amizade na infância e na adolescência. Duas crianças tornam-se amigas inventando novas brincadeiras, soltando a fantasia, indo explorar o grande e misterioso mundo que as rodeia. Já os adolescentes são, em alguma medida, “psicólogos” que vasculham sua psique e a dos outros para compreender suas leis. Nessa busca da própria identidade – e, portanto, das diferenças entre eles e os demais – a pessoa mais próxima, a mais considerada, é o amigo. Assim, o amigo na adolescência não é o idêntico, mas o semelhante – e, ao mesmo tempo, o diferente, o extremamente diferente. É ele quem nos abre uma perspectiva diferente sobre o mundo, foi ele quem viu o que nós não vimos, que explorou e continua a explorar por nós regiões novas da experiência. Em alguma medida, todos os adolescentes também são filósofos, porque fazem perguntas cruciais: por que as coisas são dessa forma e não de outra totalmente diferente? Por que estou aqui e o que vim fazer? Para onde irei? A amizade tem a ver com
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essas perguntas. A relação com o amigo indica as possibilidades e os limites da pessoa. A amizade é a identificação e a diferenciação. O encontro com o amigo interrompe a trama compacta e aviltante da vida cotidiana. É um momento de paz e de serenidade olímpica, acima das intrigas e dos complôs. O amigo é aquele que nos compreende, que sabe apreciar algumas de nossas virtudes pouco visíveis. Encontro De fato, a amizade é o encontro de duas pessoas que resolvem colocar-se no mesmo plano, onde ninguém é superior ou inferior. Uma profunda amizade tende a não se mostrar. Quando alguém diz: “Aquele é um grande amigo!”, em geral é porque não estabeleceu um profundo relacionamento de amizade com aquela pessoa. Pode ser até que mantenha boas relações com ela, alguém que conhece bem, de quem pode obter um favor, com quem goza de um certo crédito, mas provavelmente não será nada mais que isso. O amigo é por definição aquele que não se comporta de maneira mesquinha conosco. Se alguém que consideramos amigo faz coisas que nos incomodam, ou observações que nos embaraçam, então podemos estar certos de que, diga o que disser, ele não é nosso amigo. Um amigo nunca falará mal a nosso respeito. E quem chega sempre para contar o que os outros disseram de mal a nosso respeito tem prazer em fazê-lo – e, portanto, não é nosso amigo. Ninguém pode dizer: “Sou modesto, generoso e altruísta com meus amigos!” Uma virtude ostentada não é uma virtude. Não existem livros que ensinem a arte de conquistar amigos. A amizade não se aprende. Aprendem-se as boas maneiras, a conviver com cortesia. Na amizade as pessoas se encontram sem saber o que querem. É no próprio encontro que se revela o fim. Portanto, quanto mais alguém procura, tanto mais se empenha em manipular a si mesmo e ao
“Amigo é aquele que nos compreende, que sabe apreciar algumas de nossas virtudes pouco visíveis” 28
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“Precisamos compreender que, mesmo havendo pouco espaço para as relações pessoais sinceras, a amizade continua a ser um componente essencial de nossa época” outro. Quanto mais calcula e seduz, acaba deteriorando a relação. A amizade requer em primeiro lugar a liberdade do outro e, se faz um esforço ainda que mínimo para cerceá-la, deixa instantaneamente de ser verdadeira amizade. O que confere à amizade seu caráter desinteressado e sublime é o fato de que o amigo reconhece e também dá valor àquelas nossas virtudes que não servem para coisa alguma. Em sua maioria, aquelas pessoas que consideramos nossas amigas são, na realidade, apenas conhecidas. Isto é, são pessoas que estão próximas a nós. Sabemos o que pensam, que problemas têm, seus sentimentos aflitos, recorremos a elas para pedir ajuda e as ajudamos com prazer. Mantemos com elas boas relações, mas não uma profunda liberdade, nem lhes falamos dos nossos anseios mais secretos. Não ficamos felizes quando as vemos, não somos espontâneos ao sorrir. As relações ostensivamente cordiais às vezes encobrem uma realidade conflitante, ou uma profunda ambivalência. Finalmente precisamos compreender que, mesmo havendo pouco espaço para as relações pessoais
sinceras, a amizade continua a ser um componente essencial de nossa época. * O autor é psiquiatra infantil, professor e membro do Conselho Consultivo da Abenepi – Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil/RJ.
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Os esforços do Rotary pela paz e compreensão mundial Valdemar Lopes Armesto*
Para os rotarianos, todos os dias são importantes para a prestação de serviços e a divulgação dos ideais, mas os dias de fevereiro têm um significado especial.
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oi neste mês, mais precisamente no dia 23 de fevereiro de 1905, que Paul Harris e seus companheiros Gustavus Loehr, Hiram Shorey e Silvester Schiele reuniram-se pela primeira vez, iniciando a maravilhosa história do Rotary. Nos primeiros tempos, o propósito era reunir-se periodicamente com espírito de companheirismo, para desfrutar da companhia uns dos outros e aumentar o círculo de negócios e o relacionamento profissional. Mas logo aqueles pioneiros perceberam que seria egoísmo prenderse apenas a esse objetivo. Daí a desempenhar amplas funções cívicas de valor para toda a comunidade local foi um passo mais ou menos lógico e esperado. O ideal de servir começou a tomar forma durante esse período inicial, com a convicção de que os negócios poderiam ser encarados como um meio de servir à sociedade. Já na convenção de 1910 foi proposto o lema “Mais se beneficia quem melhor serve a seus companheiros”. No ano seguinte foi proposto que os clubes do Rotary deveriam organizar-se sob o princípio “Servir, porém não a si próprio”. Os dois lemas, modificados para “Mais se beneficia quem melhor serve” e “Dar de si antes de pensar em si”, foram rapidamente acolhidos por todos os rotarianos. Em 1911, com a fundação de um clube em Winnipeg, no Canadá, e outro em Dublin, na Ir30
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landa, o Rotary tornou-se internacional e o seu envolvimento no papel de pacificador foi uma conseqüência natural. Desde então, ao longo de quase um século de existência, o Rotary tem exercido esse papel com extremo afinco e regularidade. Vejamos alguns exemplos dessa atuação. Perto do início da Primeira Guerra Mundial, a convenção de 1914 adotou uma resolução chamando para uma conferência internacional pela paz e pedindo aos rotarianos que apoiassem movimentos pela paz internacional;
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Em 1917, no auge da guerra, na convenção de Atlanta, Arch Klumph propôs o estabelecimento de um fundo de dotações “para fazer o bem no mundo”, o que seria a semente da nossa Fundação Rotária;
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Na convenção de 1922, os delegados aprovaram a adição da paz ao objetivo do Rotary. Apesar de mais tarde o objetivo ter sido escrito de forma diferente, a linguagem original sobre a paz permanece inalterada até hoje;
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Na Guerra do Chaco (1932-35),
entre Bolívia e Paraguai, na qual morreram mais de 100.000 soldados e milhares foram feitos prisioneiros, rotarianos da Bolívia, do Paraguai e de outros países sulamericanos fizeram um enorme esforço para minorar o sofrimento dos soldados e de suas famílias. Eles ajudaram a repatriar os feridos, estabeleceram postos para troca de correspondência entre prisioneiros e suas famílias e distribuíram roupas, alimentos e remédios. ● Em 1939, assim que começou a Segunda Guerra Mundial, a revista The Rotarian iniciou a publicação de uma série de mais de 160 artigos sobre a paz, escritos por personalidades notáveis, como Henry Ford, Gandhi e George Bernard Shaw. ● Em 1942, rotarianos de Londres convocaram uma conferência para planejar um pacífico mundo pósguerra. Representantes de 21 nações compareceram ao encontro que serviu para desenvolver uma visão avançada sobre educação, ciência e cultura, e que resultou na criação da Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura.
“Em 1942, rotarianos de Londres promoveram uma conferência para planejar o mundo pós-guerra. O encontro, com a presença de 21 nações, resultou na criação da Unesco”
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Mas este não foi o único envolvimento de rotarianos no nascimento de organizações mundiais. Entre 1943 e 1945, eles participaram de uma série de reuniões que conduziram à constituição da ONU. O Rotary recebeu o status de conselheiro durante a conferência de São Francisco, em 1945, que resultou no lançamento da carta de constituição da ONU. Além disso, como ainda não tinha equipe própria, a ONU contou com rotarianos para diversos serviços como tradução, preparação de textos de resoluções e acordos para disputas entre os diversos delegados do mundo.
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Edward Stettinius Jr, secretário de Estado e líder da delegação norteamericana, disse na época: “O convite para o Rotary International participar não foi apenas um gesto de boa vontade e respeito perante essa grande organização... Foi um reconhecimento da parte prática que os membros do Rotary desempenharam e continuarão a desempenhar no desenvolvimento da compreensão entre as nações”.
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Poderíamos citar inúmeros outros exemplos de envolvimento do Rotary e de rotarianos em trabalhos dessa natureza. A verdade é que o Rotary converteu-se do que poderia ser apenas mais um clube social em uma grande organização internacional que merece o respeito dos mais poderosos líderes do mundo pelo trabalho que executa em prol da compreensão entre os povos e pela paz mundial. Na segunda metade do século 20, o Rotary focou a sua atuação em espalhar a harmonia internacional.
Para isso, o Rotary International e a Fundação Rotária estabeleceram uma série de programas que colocaram a instituição na vanguarda dos movimentos de paz entre os povos. São programas como o Serviços à Comunidade Mundial, Intercâmbio Internacional de Jovens, Bolsas Educacionais, Intercâmbio de Grupos de Estudos e Subsídios Equivalentes, que envolvem a participação de pessoas de diferentes culturas e nacionalidades e que certamente criam um vínculo de compreensão e paz entre elas. O Rotary sempre sonhou em ter a sua própria instituição de altos estudos para promover a boa vontade e a compreensão internacional. Este sonho foi recentemente concretizado com o lançamento dos Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos. Setenta bolsistas são selecionados anualmente, em competição de caráter global, para estudar nos seis centros existentes em universidades parceiras espalhadas pelo mundo.
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“Um dia os jovens aprenderão palavras que não compreenderão, como fome, segregação racial e bomba atômica”. MARTIN LUTHER KING São dois anos de curso de mestrado, no valor de US$50,000 cada bolsa, para a formação de especialistas em resolução de conflitos. Essa é mais uma grande contribuição do Rotary para a paz mundial. Portanto, muito embora vivamos momentos de incerteza frente à possibilidade de novos conflitos mundiais, não devemos abandonar os ideais dos nossos precursores. A paz, que nos parece um objetivo hoje inalcançável, um dia será realidade.
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Apesar da arrogância daqueles que detêm o poder bélico e que se julgam donos da verdade; apesar da ganância daqueles que detêm o poder econômico e que sempre querem aumentar as suas riquezas; apesar da intolerância daqueles que colocam fatores religiosos ou culturais acima do bem comum; apesar da ignorância das massas que são conduzidas por esses profetas do apocalipse... Nós, os homens de boa vontade, grupo ao qual os rotarianos pertencem – embora, graças a Deus não
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sejamos os únicos –, temos a esperança de um dia ver se concretizar a visão de futuro do Prêmio Nobel da Paz, Martin Luther King: “Um dia os jovens aprenderão palavras que não compreenderão. As crianças da Índia perguntarão: ‘O que é fome?’ As crianças do Alabama perguntarão: ‘O que é segregação racial?’ As crianças de Hiroshima se assombrarão: ‘O que é bomba atômica?’ E as crianças na escola perguntarão: ‘O que é guerra?’ E tu lhes responderás, tu lhes dirás: ‘São palavras que não se usam mais, como as diligências, as galeras ou a escravidão. São palavras que nada exprimem. Essa é a razão porque foram retiradas do dicionário’”. *O autor é EGD e sócio do RC de São Paulo-Vila Alpina, SP(D.4430).
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O COMPANHEIRO Octávio Cintra, do Rotary Club de Itú-Convenção, SP(D.4310), foi agraciado com a medalha e o diploma Padre Bento Dias Pacheco, entregues pela presidente da Câmara Municipal local, vereadora Balbina de Paula Santos.
O GOVERNADOR eleito Julio Lossio, companheiro do Rotary Club de Fortaleza-Meireles, CE(D.4490), recebeu do vereador Sérgio Novaes o título de Cidadão de Fortaleza. A homenagem foi proposta pelo vereador Luiz Arruda, também rotariano. OS COMPANHEIROS do Rotary Club de Pirassununga, SP(D.4590) Sílvia Binoti e Helder Correia Humberto foram homenageados pela Academia da Força Aérea com o diploma de Amigo da AFA.
MARCUS JOSÉ Fernandes de Oliveira, sócio do Rotary Club de FortalezaMeireles, CE(D.4490), recebeu do vereador e rotariano Luiz Arruda o título de Cidadão de Fortaleza.
JOÃO KLEIS, ex-presidente do Rotary Club de Balneário Camboriú, SC(D.4651), foi homenageado com um diploma e uma placa de bronze pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Santa Catarina, Adriano Zanotto, durante solenidade naquela Casa.
O COMPANHEIRO Roberto Antônio Lamas, do Rotary Club de Pelotas, RS(D.4680), recebeu do jornal local “Diário da Manhã” o troféu Obelisco, em reconhecimento aos serviços que vem prestando como provedor da Santa Casa de Misericórdia local, considerada o hospital referência da região sul do estado. Na foto, o homenageado está ladeado pela patronesse da festa e por membros da mesa administrativa da instituição.
EUZE REGINALDO Denófrio, do Rotary Club de Pirassununga, SP(D.4590), foi homenageado com o diploma de Amigo da AFA. A cerimônia foi prestigiada pelo comandante da Academia da Força Aérea, brigadeiro-do-ar Marco Aurélio Gonçalves Mendes. A CÂMARA Municipal local homenageou o presidente do Rotary Club de Presidente Prudente-Leste, SP(D.4510), Vílcio Caetano de Lima, com uma Moção de Congratulação de autoria do vereador Wladimir Cruz e aprovada por todos os vereadores daquela Casa. ■■■
Durante as comemorações de seus 15 anos, a Associação Brasileira de Franchising/RJ homenageou seu fundador – e atual diretor jurídico – Luiz Felizardo Barroso por sua atuação de mais de duas décadas neste setor. Ele é companheiro do Rotary Club do Rio de Janeiro, RJ(D.4570).
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O HOMEM É A MEDIDA DE TODAS AS COISAS Ratificando essa afirmação do filósofo Protágoras, os rotarianos com a sua Prova Quádrupla mostram que o caminho da ética pode ser trilhado em qualquer tempo e cultura Gerson Gonçalves*
Adotada pelo Rotary International como um instrumento para desenvolver a compreensão e o respeito entre os indivíduos e os povos, a Prova Quádrupla é provavelmente a maior contribuição dos rotarianos à promoção dos mais altos valores éticos, um dos principais objetivos de nossa organização. Criada por Herbert J. Taylor, presidente do RI em 1954-55, ela nos traz questionamentos a respeito da vida em sociedade que vão além das barreiras culturais e religiosas. Perguntas que são tão antigas quanto a própria civilização, como nos mostra o EDRI Gerson Gonçalves neste artigo, que traz o resumo de sua exposição no seminário “Ética, um princípio que não pode ter fim”, realizado pela Brasil Rotário em novembro do ano passado, no Rio. 34
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s fundamentos da moral e da ética fazem parte de nossa vida desde os primórdios da humanidade. Quando os judeus saíram do Egito, Deus entregou-lhes um código de ética: os Dez Mandamentos. É interessante observar que esse código está dividido em duas partes: os quatro primeiros mandamentos se referem ao relacionamento entre o homem e Deus – o chamado “relacionamento vertical”. Do quinto mandamento em diante, é feita referência ao “relacionamento horizontal”, ou seja, de homem para homem. Outro aspecto que chama a atenção é que a maioria dessas dez leis começa com o advérbio de negação “não”. Mas por que tanto “não”? Porque a ética é estabelecida quando se determina o que é certo e o que é errado. Nesse tempo o povo de Israel era uma criança que estava nascendo para uma nova vida, para uma nova terra e um novo rei, e por isso precisava saber o que era certo e o que era errado. Atualmente, os pais não estão sabendo mais dizer “não” para os filhos, não estabelecendo o limite entre o que é certo e o que é errado. Em seguida à Lei Moral, aquela que deve estar em nossos corações, a Bíblia estabelece a Lei Civil, que também é profundamente ética. Ela determina, por exemplo, que “Não oprimirás o teu próximo e nem o roubarás”; “A paga do jornaleiro [do trabalhador] não ficará contigo até pela manhã”; ou ainda que não carregaremos conosco pesos diversos, um grande e um pequeno. Essa é a ética da balança, a ética do peso, que estabelece a veracidade do que está escrito nos rótulos e nas embalagens.
A criação de Taylor O filósofo grego Protágoras (480-410 a.C.) disse que o homem é a medida de todas as coisas. Portanto, precisamos ter um comportamento moral e uma ética. Esse comportamento pode variar de uma socieda-
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de para outra, mas em todas elas haverá um código de ética, com normas estabelecidas que mostrem o que os indivíduos podem fazer e até onde lhes é permitido ir. Isso é elementar para todos nós na sociedade contemporânea. Em vez de um código de ética meramente profissional, o Rotary estimulou um outro, capaz de ser aplicado também em nosso cotidiano social e familiar: a Prova Quádrupla. Herbert J. Taylor – que mais tarde seria presidente do RI – criou o teste durante a Grande Depressão que entre 1929 e 1933 levou 9.025 bancos norte-americanos à falência, provocando um desemprego que chegou aos 25% da população ativa do país e conseqüências
“Em vez de um código de ética meramente profissional, o Rotary estimulou um outro, capaz de ser aplicado também em nosso cotidiano social e familiar”
drásticas para todo o mundo – o Brasil inclusive. Morando em Chicago, ele foi convidado por um banco para recuperar uma empresa com 500 funcionários e uma dívida de US$ 400 milhões de dólares. O salário de Herbert era quase nenhum, mas ainda assim ele aceitou o desafio. Em sua autobiografia, ele fala de sua luta para estimular os empregados com salários atrasados, em meio a um cenário econômico totalmente desanimador. Homem profundamente religioso, Herbert pediu a Deus: “Dá-me luz, dá-me algo para eu trabalhar e cumprir o compromisso que tenho com essa empresa”. Depois de algum tempo, Herbert escreveu a Prova Quádrupla, que nos leva a quatro perguntas sobre tudo aquilo que pensamos, dizemos e fazemos: G
É a verdade?
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É justo para todos os interessados?
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Criará boa vontade e melhores amizades?
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Será benéfico para todos os interessados? BRASIL ROTÁRIO
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Então, ele chamou um diretor da empresa que era católico, um outro que era ortodoxo, um judeu e um evangélico e mostrou a eles o teste, questionando-os em seguida: “Essas perguntas dizem alguma coisa para vocês?” Todos confirmaram: aquelas quatro sentenças eram válidas em suas diferentes denominações religiosas.
A ética na prática A pergunta “É a verdade?” é uma busca filosófica. Desde os tempos mais antigos, os filósofos gregos já indagavam a respeito dessa verdade. Os romanos diziam que a verdade era filha do tempo. Durante anos, a Igreja defendeu a tese de que a Terra era o centro do universo, até que Galileu Galilei, baseado em teorias passadas, disse: “Não, o centro do universo é o Sol”. Mas isso contrariava um código estabelecido pela religião. E então, aquilo seria a quebra de um paradigma? Mas a verdade, quando é verdade – como no caso dessa afirmação de Galileu – acaba aparecendo. Ela pode não estar sendo compreendida agora, no momento presente, mas no devido tempo vai aparecer. Herbert J. Taylor entendeu essa verdade. Ele perguntava aos homens que cuidavam da publicidade de sua empresa: “É verdade isso que estamos dizendo sobre o nosso produto? Ele é mesmo o melhor do mundo?” E aí o pessoal respondia: “É, talvez tenhamos que reconsiderar isso...” Eu sempre aprendi que um negócio só vale a pena quando é bom para os dois lados. Nessas condições, ele vai criar boa vontade e melhores amizades. Na empresa de Herbert J. Taylor ocorreu um caso interessan-
“Quando eu entro num escritório ou numa indústria e vejo afixada a Prova Quádrupla, com os objetivos do Rotary, eu confesso que me sinto mais seguro” te: um cliente quis fazer uma grande compra, mas para isso ele queria um grande desconto. Depois de aplicarem a Prova Quádrupla, eles “emperraram” na seguinte questão: “Mesmo que esse desconto seja a verdade e uma condição justa para nossa empresa e o cliente, será que vai criar boa vontade e melhores amizades com meus outros clientes para quem não estou dando esse desconto?” O fato é que três anos depois de começar a ser administrada de acordo com a Prova Quádrupla, e empresa de Herbert J. Taylor estava com todos os seus débitos pa-
Quant os Som os ntos omos NO MUNDO Rotarianos: 1.203.474; Clubes: 32.468; Distritos: 530; Países: 168. Rotaractianos: 184.509; Clubes: 8.022; Países: 158. Interactianos: 242.972; Clubes: 10.564; Países: 118. Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 6.045; Voluntários: 139.039; Países: 71. Número de Rotarianas: 161.042. G
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gos e suas ações valorizadas de maneira extraordinária. Em 1955, ele assumiu a presidência do Rotary International e fez a transferência dos direitos autorais desse teste para nossa organização. Atualmente estamos vivendo momentos muito difíceis em nossa sociedade. No Brasil e em muitos outros lugares, nos acostumamos a cultivar a mentira. É muito difícil acreditar nas pessoas. Mas eu gostaria de continuar acreditando nos rotarianos. Nós somos como quaisquer seres humanos, mas quando eu entro num escritório ou numa indústria e vejo afixada a Prova Quádrupla, com os objetivos do Rotary, eu confesso que me sinto mais seguro. Eu pergunto ao dono da empresa: “Companheiro, você concorda com isso aqui? Então eu confio em você”. Na Grécia Antiga, havia um tribunal chamado Areópago, formado por homens escolhidos na sociedade por seu comportamento ético e moral. Eles vestiam uma roupa branca. Era a roupa cândida, sem mancha, roupa que refletia o interior deles – daí o sentido da palavra “cândida”. Um dia o tribunal foi extinto, mas aqueles homens continuavam andando pelas ruas de Atenas com a sua túnica branca, e o pessoal apontava e dizia: “Lá vai um areopagita!” Que os rotarianos, com esse distintivo na lapela, também sejam reconhecidos em suas comunidades como alguém de comportamento ético. *O autor é EDRI, sócio do RC de Londrina-Norte, PR(D.4710) e membro do Conselho Emérito da Brasil Rotário.
NO BRASIL Rotarianos: 50.596; Clubes: 2.306; Distritos: 38. Rotaractianos: 16.882; Clubes: 734. Interactianos: 15.847; Clubes: 689. Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 247; Número de Rotarianas: 7.627. G
Fontes: Escritório do Rotary International no Brasil.
Todos ganham com as monografias Ganham os professores – em exercício ou aposentados; as pessoas – rotarianas ou não – que assessorarem os professores na pesquisa e redação dos trabalhos ou intermediarem a remessa das monografias; os Rotary Clubs; e os leitores da BR com a publicação dos textos premiados
LIVRO DE textos referenciais à disposição dos candidatos nos clubes de Rotary, Rotaract e Interact, e nas Casas da Amizade
13o Concurso de Monografias Brasil Rotário para Professores - REGULAMENTO I. Objetivo Correto entendimento, apreço e o apoio dos professores e da comunidade aos objetivos de Rotary e a seus projetos, programas e realizações.
– RJ, constando no envelope os dizeres: “13º Concurso de Monografias”. OBS: Qualquer ação que permita a identificação do concorrente implicará na sua eliminação sumária do concurso.
II. Tema “ROTARY, Juventude e o Esporte”.
2 - Em um envelope grande, além das duas vias da monografia, anexar outro envelope menor, devidamente lacrado, com um breve currículo do autor(a) da monografia com nome completo, endereço completo, telefones, e-mail e o seu pseudônimo; nome da pessoa que motivou o autor(a) a participar do Concurso, assessorou-o(a) ou intermediou a remessa do trabalho, seu nome e endereço. Sendo essa pessoa membro do Rotary, Rotaract, Interact ou Casa da Amizade, o nome da unidade rotária à qual pertença. OBS: As monografias deverão ser entregues, também, em CD / disquete.
III. Matéria A matéria deverá expressar o pensamento do autor sobre a contribuição do Rotary efetivada através de projetos, programas e realizações dos clubes rotários e seus parceiros. A matéria deverá, também, sugerir caminhos, posições e indicar projetos para os clubes rotários e seus parceiros, com ênfase para as áreas da juventude e do esporte. IV. Participantes Professores em atividade ou que já tenham comprovadamente exercido o magistério, não podendo concorrer aqueles que sejam associados ou funcionários de clubes de Rotary e de instituições a ele ligadas. V. Informações e Subsídios Poderão ser obtidos nos clubes de Rotary ou em outras instituições rotárias como Rotaract, Interact e Casa da Amizade locais. Se necessário, contatar a revista Brasil Rotário: Av. Rio Branco, 125/18º andar, Cep: 20040-006, Rio de Janeiro - RJ Telefone: (21) 2509-8142 - Fax: (21) 2509-8130 - E-mail: marketing@bra sil-rotario.com.br - que poderá fornecer os endereços das unidades rotárias e subsídios. VI. Apresentação Em língua portuguesa, gramaticalmente correta, datilografada ou digitada, em espaço simples, corpo 12, devidamente numeradas, com no mínimo 10 (dez) laudas e no máximo 20 (vinte) laudas (excluindo as relacionadas com à bibliografia, tabelas, gráficos, ilustrações e anexos). Em consonância com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). VII. Sigilo 1 - Os trabalhos deverão ser remetidos em duas vias, sob pseudônimo, para: Brasil Rotário - Av. Rio Branco, 125/18º andar, Cep: 20040-006, Rio de Janeiro
VIII. Premiação 1º Prêmio ...................... R$ 5.000,00 (Cinco mil reais) 2º Prêmio ...................... R$ 3.000,00 (Três mil reais) 3º Prêmio ...................... R$ 2.000,00 (Dois mil reais) 4º Prêmio ...................... R$ 1.000,00 (Hum mil reais) 5º Prêmio ...................... R$ 500,00 (Quinhentos reais) Diplomas Serão conferidos Diplomas a todos os trabalhos inscritos e que tiverem preenchido todos os requisitos do Regulamento do Concurso.
Prêmios para os Intermediadores Serão agraciados com um título Companheiro Paul Harris as pessoas que motivarem, assessorarem e/ou intermediarem a remessa dos trabalhos dos professores classificados nos 1º e 2º lugares, sejam elas ligadas, ou não, a clubes de Rotary, Rotaract, Interact e Casa da Amizade.
Prêmios para os Clubes Para cada um dos Rotary Clubs do qual façam parte os rotarianos que motivarem, assessorarem os candidatos e/ou intermediarem a remessa dos trabalhos classificados, serão concedidos prêmios para serem utilizados em projetos do clube.
1º Prêmio.....................R$ 2.000,00 (Dois mil reais) 2º Prêmio.....................R$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais) 3º Prêmio.....................R$ 1.000,00 (Hum mil reais) 4º Prêmio....................R$ 800,00 (Oitocentos reais) 5º Prêmio.....................R$ 500,00 (Quinhentos reais) Prêmio Eficiência Será concedido um prêmio de R$ 2.000,00 ao Rotary Club que tiver intermediado a remessa do maior número de monografias. Ocorrendo empate, a premiação se fará pelo critério da qualidade dos trabalhos. IX. Prazo 1 - Os trabalhos devem chegar à Brasil Rotário – ou serem postados – impreterivelmente até o dia 31 de março de 2006. X. Julgamento Os trabalhos que atenderem aos requisitos deste Regulamento serão registrados e julgados por uma Comissão constituída por rotarianos de todo o Brasil. O julgamento da Comissão é soberano, não cabendo recurso. XI. Outorga dos Prêmios A outorga dos prêmios será realizada na instituição onde o professor lecione e/ou em um evento distrital do Rotary, com a presença de um representante da Brasil Rotário, do diretor do estabelecimento de ensino, governador do Distrito do Rotary, presidente do Rotary Club patrocinador, alunos, rotarianos, rotaractianos, interactianos, meios de comunicação e um representante do jornal “Folha Dirigida”, nosso parceiro no Concurso, se possível em ato solene. XII. Disposições Gerais Os trabalhos remetidos e destinados ao Concurso não serão devolvidos. A critério da direção da revista, eles poderão ser, oportunamente, publicados na Revista Brasil Rotário e na “Folha Dirigida”. Nesse sentido, os respectivos autores serão solicitados a preparar uma versão reduzida. Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Julgadora.
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Expansão do Rotary Na sua reunião de novembro de 2005, o Conselho Diretor do RI tomou 97 decisões. Entre elas, a da expansão nos seguintes países: G República Popular da China – O p r e s i d e n t e C a r l -W i l h e l m Stenhammar indicará um representante especial para servir de ligação com o governo chinês, cujas principais tarefas serão: obter o reconhecimento oficial do governo local e orientar o treinamento dos futuros líderes, em associação com o distrito 3450 (Hong Kong, Macau e Mongólia); G República de Cuba – A Comissão de Extensão deverá identificar rotarianos em potencial capazes de estabelecer um Rotary Club provisório nesse país. O Conselho decidiu, ainda, que os futuros clubes de Cuba serão agrupados no distrito 4200 (México); G Kosovo – Também está incluído na expansão rotária. Os futuros clubes, em atendimento à seção 15.010 dos estatutos do RI, farão parte do distrito 2480 (Bulgária e parte da Grécia, Macedônia, Sérvia e Montenegro). Paul Harris homenageado Um monumento nacional em honra de 20 líderes dos principais movimentos voluntários dos EUA, incluindo o fundador do Rotary Paul Harris, foi inaugurado em Washington, DC. A cerimônia foi comandada pelo ex-presidente George Bush, que inaugurou o Caminho da Milha Extra do Voluntário Nacional, uma série de marcadores colocados ao longo de uma milha (1600 metros) no passeio próximo à Casa Branca e ao Departamento do Tesouro americano. “A Milha Extra não só ensinará, mas também servirá de inspiração a todos os que por ela caminharem”, disse Bush. “Ela ensinará que a grandeza e a bondade não estão encerradas em livros de história ou confinadas em monumentos”, declarou. Os marcadores compreendem medalhões de bronze esculpidos à mão, colocados sobre granito e incrustados no calçamento. Cada medalhão tem cerca de 1 metro de diâmetro e contém uma imagem em baixo relevo do homenageado, uma descrição dos seus feitos como voluntário e uma citação.
Luta contra a cegueira dá prêmio A AAO – Academia Americana de Oftalmologia – concedeu o seu Prêmio de Reconhecimento Especial ao Rotary. Frank J. Devlyn, chairman do Conselho de Curadores da Fundação Rotária, recebeu o valioso prêmio em nome de nossa organização durante o encontro anual da AAO em Chicago. Notícias da convenção do RI Casa da Amizade – A abertura da Casa da Amizade, local de encontro e confraternização dos rotarianos, vai acontecer na véspera da cerimônia oficial do início do evento, isto é, no dia 10 de junho, às 11h, com a exibição da Danish Royal Life Guard. Na ocasião será revelada a mascote da Casa da Amizade. G Exibição dos vikings – Sinta a emoção de estar numa embarcação dos vikings que atravessou o Oceano Atlântico há 1.000 anos. Observe o trabalho de uma autêntica aldeia viking esculpindo a proa do barco e fabricando cordas. G Natal escandinavo – Respire a atmosfera de um autêntico Natal escandinavo. Aprecie as suas árvores e elfos e saboreie algumas iguarias típicas. E você ainda poderá adquirir belos ornamentos natalinos. G Companheirismo – Um dos principais objetivos da convenção é estimular o companheirismo “Construindo pontes”. Na segunda e na terça-feira haverá um almoço especial para estimular novas amizades. Para participar do evento é necessário que você leve seu cartão de visitas profissional, que o entregue aos seus companheiros de mesa e que prometa enviar-lhes um e-mail até, no máximo, 1º de agosto de 2006. Os ingressos estarão à venda desde a sexta-feira, 9 de junho. G
Reuniões de fevereiro: De 11 a 13 – Comissão Internacional do Polio Plus, San Diego, EUA; 13 a 15 – Orientação para os diretores-eleitos, em San Diego; 15 e 16 – Reunião dos Curadores da FR, San Diego; 16 a 23 – Assembléia Internacional, San Diego; 23 a 25 – Comissão de seleção de candidatos para os Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos, San Diego. Próxima convenção do RI: Malmö, Suécia, e Copenhague, Dinamarca, de 11 a 14 de junho de 2006.
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Quadro Social (Assistência aos Governadores de Distrito e aos Clubes) Carlos A. Afonso carlos.afonso@rotary.org
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O ROTARIANO Davi Hamod, o ex-governador de distrito Jack Blane, o secretário-geral do RI Ed Futa e o vice-presidente 2003-04 do RI, Frank C. Collins, posam junto ao medalhão de Paul Harris
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Gerente Celso Fontanelli celso.fontanelli@rotary.org
Supervisora Financeira Sueli F. Clemente sueli.clemente@rotary.org Encomendas de Publicações, Materiais e Programas Audiovisuais Elton dos Santos elton.santos@rotary.org Tel.: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575
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Endereço Rua Tagipuru, 209 São Paulo SP – Brasil – CEP 01156-000 Tel: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Horário: 2ª a 6ª, de 8h00 às 17h00
Supervisor da Fundação Rotária Edilson M. Gushiken edilson.gushiken@rotary.org
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Escritório do RI no Brasil Home page: http://www.rotary.org.br
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A Seu Serviço
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Futuras convenções: Salt Lake City, 2007; Los Angeles, 2008; Seul, 2009; Montreal, 2010; e New Orleans, 2011.
Rotary International Secretaria (Sede Mundial) 1560 Sherman Avenue,Evanston, Il 60201 USA Phone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554 Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)
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Ponto de impacto Dan Brown Sextante Quando um novo satélite da Nasa encontra um estranho objeto escondido nas profundezas do Ártico, a agência espacial aproveita o impacto da sua descoberta para contornar uma grave crise financeira e de credibilidade. O peso desta revelação acarreta sérias implicações para a política espacial norte-americana e, sobretudo, para a iminente eleição presidencial. Para verificar a autenticidade da descoberta, a Casa Branca envia a analista de inteligência Rachel Sexton para a desolada geleira Milne. Acompanhada por uma equipe de especialistas, incluindo o carismático pesquisador Michael Tolland, Rachel se depara com indícios de uma fraude científica que ameaça abalar o planeta. Antes que Rachel possa falar com o presidente dos Estados Unidos sobre suas suspeitas, ela e Michael são perseguidos por assassinos profissionais. Em uma fuga desesperada para salvar suas vidas, a única chance de sobrevivência para Rachel e Michael é desvendar a identidade de quem se esconde por trás da conspiração sem precedentes.
Mandrake: a Bíblia e a bengala Rubem Fonseca Companhia das Letras O autor faz nova investida no romance policial e traz de volta à cena Mandrake, um de seus mais célebres personagens. Desta vez, o cínico advogado criminalista é levado a investigar dois casos. No primeiro, é procurado por uma linda colecionadora de livros raros que deseja descobrir o paradeiro de um amigo desaparecido. Incapaz de resistir à beleza de uma mulher, Mandrake aceita dar uma de detetive e passa a desvendar uma trama complicada que envolve ricaços, bibliófilos, livreiros, um anão misterioso e, é claro, uma lista crescente de mortos. No segundo caso, um de seus ex-clientes é assassinado em um crime quase perfeito. Só que a
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Livros ○
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mulher da vítima é amante de Mandrake e a arma usada foi sua própria bengala de estoque, o que o torna um dos principais suspeitos.
Uma nova história do tempo Stephen Hawking e Leonard Mlodinow Ediouro Neste livro, Stephen Hawking amplia os temas abordados em “Uma Breve História do Tempo”, publicado em 1988, considerado um marco na literatura científica e que atingiu 10 milhões de exemplares. Durante anos, leitores de todas as profissões e do mundo inteiro pediram uma formulação mais acessível dos principais conceitos do livro. Daí, “Uma Nova História do Tempo”. Stephen e Leonard Mlodinow atualizaram o livro e incluíram novos resultados teóricos e observacionais, descrevendo o progresso recente feito na busca de uma teoria unificada completa de todas as forças da física. Trinta e oito ilustrações coloridas fortalecem o texto e fazem desta edição uma contribuição revigorante à literatura da ciência.
Vidas desperdiçadas Zygmunt Bauman Zahar Nesta obra, o autor compara o cenário sombrio do mundo em que vivemos ao programa “Big Brother”: quem está no comando decide quem vai ser eliminado. O resultado disso é que populações
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inteiras vivem à deriva, sem condições de sobreviver em seus lugares de origem. A produção deste “refugo humano” – seres humanos refugados, que não puderam ou não quiseram ser reconhecidos, ou não obtiveram permissão para ficar em determinados lugares – é o tema deste novo livro do sociólogo polonês. Um dos grandes teóricos da “era da globalização”, Bauman comemorou em novembro de 2005 seus 80 anos de idade como um dos mais produtivos autores contemporâneos.
Carmen Ruy Castro Companhia das Letras Nesta obra, o autor acompanha, ano a ano, a vida de uma das artistas mais famosas do século 20 – do nascimento da menina Maria do Carmo, numa aldeia em Portugal (e a vinda ao Rio de Janeiro, em 1909, com dez meses de idade), à consagração brasileira e internacional de Carmen Miranda e sua morte em Beverly Hills, aos 46 anos, vítima da carreira meteórica e dos muitos soníferos e estimulantes que massacraram seu organismo em pouco tempo. Mas “Carmen” não é apenas uma biografia. Enquanto entrelaça a intimidade e a vida pública da maior estrela do Brasil, Ruy Castro nos leva a um passeio pelo Rio dos anos 20 e 30, e por Nova York e Hollywood dos anos 40 e 50 – cenários em que é um especialista. E ainda resgata a história da música popular brasileira, da praia, do Carnaval, da juventude do passado, da Rádio Mayrink Veiga, do Cassino da Urca, da Broadway, do gangsterismo que dominava os nightclubs americanos e dos bastidores dos estúdios de cinema – numa época em que para estrelas como Carmen, as noites não tinham fim.
Vale a pena ler BERENICE PROCURA – Luiz Alfredo Garcia-Roza – Cia. das Letras O CORRETOR – John Grisham – Rocco ONDE ENCONTRAR A SABEDORIA – Harold Bloom – Objetiva FREAKONOMICS – J. Stephen Dubner e Steven Levitt – Campus QUASE TUDO – Danuza Leão – Cia. das Letras BRASIL ROTÁRIO
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Como administrar o fluxo de caixa das empresas Edson Cordeiro da Silva Atlas O fluxo de caixa é um instrumento de planejamento e controle financeiro que tem a capacidade de apresentar em valores e datas os inúmeros dados gerados pelos sistemas de informação da empresa. O seu processo de elaboração deve usar novas técnicas gerenciais. Este livro do sócio do RC do Rio de Janeiro, RJ (D.4570) fornece os passos para a boa elaboração do fluxo de caixa.
Os Tatim e os Cunha na história de Soledade Ruy Tatim, Toni Jochem e Paulo Ernani da Cunha Tatim Nova Letra Paulo Tatim – que, soubemos, é sócio do RC de Florianópolis, SC(D.4651) – realizou ao lado dos outros dois autores um paciente e profundo trabalho de pesquisa, como registra na apresentação da obra o conhecido membro da Academia Passo-fundense de Letras, Lindolfo Kurtz. A partir da pesquisa, identificaram pessoas, coletaram informações e mantiveram contato com centenas de descendentes, consangüíneos e afins, que se estabeleceram na cidade gaúcha de Soledade no final do século 19.
PLD, PE e PLC Roberto Carlos Monteiro Independente Prefaciado pelo diretor 2007-09 do RI Themístocles Pinho, este precioso trabalho do EGD do distrito 4750 é o resultado, como ele próprio informa, de uma coletânea de diversas publicações do RI e, tam42
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Autores rotarianos ○
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bém, de inúmeras contribuições de rotarianos ilustres de vários distritos brasileiros sobre o Plano de Liderança Distrital, o Plano Estratégico e Plano de Liderança de Clubes, aos quais ele acrescentou observações e sugestões, frutos da sua experiência rotária.
Um jornal, uma vida Mário Porfírio Rodrigues Fundação Pró-Memória Por conhecermos o exuberante talento jornalístico do autor, sócio do RC de São Paulo, SP (D.4610) nós da editoração da BR aguardávamos ansiosos esta obra, afinal lançada em fins de outubro de 2005. A expectativa foi atendida e, sob vários aspectos, até superada. O livro enfoca a história do “Jornal de São Caetano”, peça chave do movimento que levou esta cidade paulista da condição de subdistrito de Santo André a um município independente. Em 256 páginas, Porfírio conta a história de sua vida, desde a infância até quando fundou o jornal ao lado de dois amigos e iniciou o movimento autonomista.
Introdução à sociologia da cultura Max Weber e Norbert Elias Avercamp Organizado por Alonso Bezerra de Carvalho, sócio do RC de Marília, SP (D.4510) e Carlos da Fonseca Brandão, o livro aborda temas ligados ao processo de formação
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da civilização ocidental, que se manifesta na conduta do homem moderno. Os textos dessa obra, enfatiza Alonso Bezerra, “poderão ser de grande utilidade para estudantes, professores, profissionais e pesquisadores da área de Ciências Humanas, principalmente sociólogos, cientistas políticos, educadores, historiadores e filósofos”.
Homo mundus minor Arthur Henrique Pereira Câmara Brasileira de Jovens Escritores A obra de estréia deste jovem psicólogo de 24 anos de idade, companheiro do RC de Unaí-Centenário, MG (D.4760) junta prosa e poesia. Segundo o autor, “o leitor interpreta o livro como quiser. É um espaço para refletir e divertir”. O título é uma expressão latina que significa “O homem é o mundo em miniatura”.
Mato Grosso no Centro Oeste Sul-Americano Serafim Carvalho Melo Independente Presidente do RC de Cuiabá, MT(D.4440) durante o último Instituto Rotário o autor pronunciou uma interessante palestra sobre o tema deste livro, no qual descreve as características geográficas do Centro Oeste SulAmericano, região que cobre o Norte da Argentina, Norte do Chile, Sul do Peru, o Centro-Oeste e Noroeste do Brasil, que contornam a Bolívia e o Paraguai, formando um grande mosaico de regiões periféricas. A área tem 5 milhões de quilômetros quadrados, cerca de 40 milhões de habitantes e um extraordinário potencial de mercado suplementar. Para obter este livro, escreva para <sermelo@terra.com.br>
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Numa única noite, clube doa US$ 34 mil à FFundação undação R otária Rotária
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C DE Santos, SP – A família rotária santista recebeu o casal governador Roberto Herrera e Ivete, em Visita Oficial, para um jantar no Mendes Plaza Hotel. O ponto alto da noite foi a doação de US$ 34 mil feita pelo clube à Fundação Rotária. Com isso, o casal presidente Roberto Luiz Barroso e Eliane recebeu o título de Grandes Colaboradores da Associação de Famílias de Rotarianos de Santos e o título de Major Donors, concedido também aos pais de Roberto, o ex-presidente do clube Roberto Barroso e Isa. A noite foi marcante para 26 sócios do clube, que receberam o título de Companheiro Paul Harris. Foram eles: Carlos Bernardes, Jorge Abrahão, Re-
O GOVERNADOR Roberto Herrera e o presidente Roberto Barroso Filho posaram para fotos com integrantes do Interact Club de Santos-Professor Fuschini
nato Peruch, João Magenta Neto, Fernando Gouvêa, Rosali de Toledo, Gabriel Bajer, Jorge de Souza, Soraya Sargi, Miguel Ferreira, Walney Silveira, Nelson Fernandes, Marcelo Jordão, David Cabral, José Simões Filho, Elizabeth Godinho, Karina Dreux, Débora de Oliveira, Irani Sanchez, Pablo Sanchez, Andréia Nery, José Alberto Claro, Moacir Brandelero, Marcelo Alvarenga, Pablo Estevez e Péricles de Lima. Também foi feita a entrega de uma safira à companheira Clarice Esteves e de um rubi a Jorge Augusto Corrêa da Costa, filho do saudoso presidente 1990-91 do RI Paulo Viriato Corrêa da Costa e de Rita Corrêa da Costa, que emocionou a todos com uma oração.
O CASAL presidente Roberto Barroso Filho e Eliane também foi homenageado
VINTE E seis sócios receberam o título de Companheiro Paul Harris
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RC DE Cerquilho, SP – O clube vem realizando inúmeras atividades: organizou um bazar beneficente com roupas e calçados novos e usados; participou com uma barraca de guloseimas, sacolas-surpresa e bebidas da festa junina promovida pela prefeitura; junto com a Academia Chamisso, visitou o Lar São José, onde vivem cerca de 60 idosos; em parceria com a Brinke Diversões, levou os moradores da Casa da Criança – que abriga menores de zero a 12 anos – para se divertirem nos brinquedos e serviu lanche; estabeleceu parceria com a Escola Cooperativa local para uma campanha de arrecadação de fralda descartável, sabonete, pasta de dentes, xampu, papel higiênico e material de limpeza, entregues à Casa da Criança e à creche Josefina De Nadai.
RC DE Santa Bárbara d’Oeste, SP – Com o evento Cesta Básica Solidária – Natal Sem Fome, os companheiros arrecadaram 511 cestas para famílias assistidas por instituições locais. A campanha contou com a colaboração das próprias entidades e com o suporte dos principais supermercados da cidade. O clube também promoveu uma recepção para casais que participaram do casamento comunitário realizado durante o Circuito Cidadão, liderado pela Escola Sesi e com apoio da prefeitura e dos clubes de serviços, além de voluntários. Em outra ocasião, junto com a Associação das Famílias dos Rotarianos, foi organizada a edição anual do Joelho de Porco, cuja renda foi destinada às obras de construção da Escola Profissionalizante Convênio Rotary – Senai – Prefeitura. ○
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D. 4390 RC DE Neópolis, SE – Por iniciativa da presidente do Conselho Estadual de Educação Marlene Alves Calumby, foi entregue uma moção de congratulações ao companheiro Manoel Humberto Gonzaga Lima, presidente do clube que realizou o 2º Seminário de Educação e Legislação.
D. 4430 RC DE São Paulo-Liberdade, SP – Os companheiros promoveram a 25ª Campanha de Prevenção da Hipertensão Arterial e Diabetes, atendendo 800 pessoas. Além das aferições de pressão arterial e medições de glicemia, foram realizados eletrocardiogramas, exames odontológicos, sessões de acupuntura e cursos de origami e ioga. O clube organizou ainda o 10º Projeto Rumo, Seminário de Informação Profissional e Orientação Vocacional, no Colégio Estadual Presidente Roosevelt, com a participação de alunos do nível médio de escolas públicas da comunidade.
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D. 4420 RC DE Santo André-Norte, SP – Com os recursos da 5ª Festa Alemã, o clube entregou 125 óculos às crianças assistidas pelo projeto Educando com Visão. A campanha é realizada anualmente, em parceria com a clínica oftalmológica da região, e atende aos alunos sem recursos financeiros das escolas estaduais da periferia. RC DE CubatãoJardim Casqueiro, SP – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Missoula, EUA (D.5390) – o clube doou uma máquina de lavar roupas, um aparelho de TV, um tanque para lavar roupas, um armário para medicamentos e dois inaladores para o Lar Fraterno. No dia da entrega, os companheiros levaram à instituição um grupo de seresteiros.
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D. 4430 RC DE Mairiporã, SP – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Vila Real, Portugal (D.1970) – o clube doou 108 conjuntos completos de uniformes escolares e material didático para a creche Menina Ulda.
RC DE São Paulo-Piqueri Novas Gerações, SP – Realizou em sua sede um debate sobre a comercialização de armas. Na foto, o presidente Leandro Januário cumprimenta o mediador Eduardo Nunes de Souza.
D. 4440 RC DE Várzea GrandePortal do Norte, MT – Apoiados por empresas e profissionais locais, os companheiros promoveram o 10º Porco no Rolete, com a participação de 400 pessoas. Como nos anos anteriores, a renda do evento foi utilizada na festa do Dia das Crianças. Foram realizadas brincadeiras e distribuídos lanches, balas, pirulitos, picolés e brinquedos a mais de 1.200 crianças, no bairro Serra Dourada.
RC DE SinopTarumã, MT – Promoveu a sua tradicional festa para o Clube dos Idosos, com um churrasco gratuito para mais de 500 participantes. Em outra ocasião, por meio de uma ação entre amigos, os companheiros sortearam um aparelho de DVD e os R$ 600 arrecadados foram entregues à Pastoral da Criança – Paróquia São Camilo.
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RC DE Dourados-Caiuás, MS – O clube, em parceria com o RC de Caarapó, MS, do mesmo distrito, realizou o Dia Ecológico, quando foram plantadas centenas de mudas de árvores nativas na margem do rio Dourados.
RC DE Paranaíba-Santana, MS – Com o objetivo de arrecadar fundos para a manutenção de seus programas junto à comunidade e entidades assistenciais locais, o clube promoveu o 2º Motoshow, encontro de motoclubes e motociclistas de diversas regiões do país. O Interact Club local, o Movimento Familiar Cristão e instituições como Apae e Lar Escola Joana d’Angelis também participaram do evento. O RC de Paranaíba esteve presente e realizou cadastro para a composição do banco de sangue da cidade.
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RC DE FernandópolisNova Era, SP – Por meio de uma parceria com a agência dos Correios local, o clube realizou seu primeiro projeto e entregou presentes para as crianças carentes do município que enviaram cartas para o Papai Noel.
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D. 4490 RC DE Fortaleza-Oeste, CE – O clube estabeleceu uma parceria com a instituição norteamericana Free Wheelchair Mission e conseguiu 550 cadeiras de rodas para serem distribuídas. Elaborado pela companheira Eneida Lustosa Madeira, o projeto contou com o apoio de um casal dos Estados Unidos. Para colaborar com outros RCs, os sócios encaminharam cadeiras a clubes do distrito. ○
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RC DE Esperança, PB – Recebeu a Visita Oficial da governadora Aldanira Ramalho Barreto, que foi conhecer um dos 27 pinheiros doados pela Emater para celebrar o aniversário de 27 anos de fundação do RC. O clube também recepcionou o intercambiado Omar Juarez, patrocinado pelo RC de Tepeaca, México (D.4180).
RC DO Recife, PE – Os jovens Mirlany Henrique dos Santos, Diogo Henrique dos Santos, Luiz Felipe e Gleiciane Barbosa Cavalcante estão entre os alunos da Escola Dom Helder Câmara, da Irmandade das Almas do Recife (entidade dirigida por rotarianos do clube), congratulados com taças e medalhas do Campeonato Pernambucano Escolar de Karatê e da Copa Inverno Interestilos de Gravatá.
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RC DE Pederneiras, SP – Promoveu a nona edição do evento Porco no Rolete, com a presença de 900 convidados e em prol de entidades beneficentes. Estiveram presentes o casal governador José Giometti e Lina, o casal EGD Raul Breves e Maria Inês, o presidente Lauro de Góes Maciel e o casal governador indicado Cleuto José Magnani e Adelina.
RC DE Marília-4 de Abril, SP – Os companheiros receberam a Visita Oficial do casal governador José Giometti e Lina; produziram 500 pizzas, vendidas em prol da Fundação Rotária (FR) e do Restaurante Infantil, que atende mais de cem crianças diariamente; e as mulheres dos rotarianos organizaram o Bazar da Pechincha, em benefício do Lar de Assistência à Criança e da FR.
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RC DE Sabará, MG – Como nos anos anteriores e com a participação da Casa da Amizade local, o clube organizou o Natal das Crianças, no bairro Palmital. Foram distribuídos presentes, brinquedos, balas, lanche e algodão-doce.
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RC DE GuaráÁguas Claras, DF – Junto com a Casa da Amizade local, os companheiros realizaram a campanha Natal Solidário Hoje e Sempre e arrecadaram duas toneladas de alimentos não-perecíveis, entregues a um total de quatro instituições das cidades de Guará e Recanto das Emas.
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RC DE Matão, SP – Por meio de uma parceria com a Ótica Carol, idealizadora do projeto, e com os oftalmologistas Luiz Fernando Pinotti, Marcelo Carom, Norival Jose Pazeto, Nelson Norio Miyazaki e Sonia Pazeto, o clube entregou mais de 40 óculos de grau a crianças carentes de até 14 anos.
RC DE Brasília-Lago Sul, DF – Os companheiros doaram 27 cadeiras de rodas para deficientes físicos do DF e cidades vizinhas e dez para a Associação dos Deficientes de Taguatinga.
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RC DE Itabuna, BA – Formou a primeira turma de alfabetização, em parceria com a iniciativa privada.
RC DE Jequié, BA – Com a participação de dentistas e professores, o clube promoveu nas escolas Rotary do município a campanha Sorrindo Para o Futuro. Na ocasião, foram distribuídos 300 kits de higiene bucal.
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RC DE Alfenas, MG – Os companheiros entregaram 240 cestas básicas à comunidade carente e totalizaram 700 cestas doadas em 2005.
RC DO Rio de JaneiroMéier, RJ – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Chalon Bourgogne, França (D.1750) – o clube inaugurou uma padaria-escola na comunidade Céu Azul, localizada no Complexo do Borel, na Tijuca. O projeto beneficiará 507 crianças, que terão aulas de panificação. A produção será vendida a comunidades vizinhas. O centro comunitário é administrado pela associação Roda Viva.
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RC DE Muriaé, MG – O clube homenageou com um diploma, entregue pelo companheiro Marco Pollo Araújo, o gerente da agência central de Correios local, José Geraldo Filippini, em comemoração ao Dia do Carteiro (foto). Em outra ocasião, para celebrar o Dia do Radialista, foi homenageado o vereador Evil Mendonça, que apresenta um programa diário na rádio local.
RC DE Santa Cruz das Palmeiras, SP – Promoveu mais uma vez a campanha Natal Sem Fome e arrecadou 12 toneladas de alimentos. Mais de cem pessoas trabalharam no evento, incluindo companheiros e integrantes do Interact e Rotaract Club locais, além da Guarda Mirim e pastorais, entre outros voluntários. Os alimentos arrecadados foram distribuídos entre a Pastoral dos Vicentinos, Asilo Dom Bosco e Santa Casa e Apae locais.
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RC DE São José dos Campos-Oeste, SP – O clube realizou a 4ª Noite da Bossa Nova, jantar dançante em prol da entidade beneficente Sorri, dedicada à reabilitação e integração de portadores de deficiências. O evento recebeu cerca de 170 convidados e a música ficou por conta do grupo Reencontro, que se apresentou voluntariamente, pelo quarto ano consecutivo.
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RC DE São PauloMemorial da América Latina, SP – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Hümmling zu Sögel, Alemanha (D.1850) – o clube entregou um automóvel para a Casa de Apoio a Crianças com Câncer, administrada pela Sociedade de Estudos Espíritas Renascer com Jesus. A entrega foi realizada no Memorial da América Latina, nas presenças do casal governador Darci Luiz Leite Kirst e Beth e do EGD Willy Gross, além de companheiros do clube e convidados.
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D. 4630 RC DE São Carlos do Ivaí, PR – Os companheiros receberam a Visita Oficial do casal governador Wilson Isolani e Ana Maria, que posaram ladeados pelo presidente do Rotaract Club local, Rafael Santini Dematte, pelo casal presidente Sônia Siley Trivilin Tessaro e Fiori e pelo governador assistente Ricardo David Melo. O clube realizou ainda outras atividades: junto com os rotaractianos, comemorou o aniversário de cinco anos de fundação do Recanto da 3ª Idade, promoveu o 6º Café Colonial, em prol da creche Valéria Ignacheviski Carminatti, e comemorou a aprovação da jovem Gisele Fornazero para o Intercâmbio de Grupo de Estudos, em Portugal.
RC DE Itapevi, SP – Inaugurou seu Marco Rotário. Estiveram presentes o presidente Paulo Silveira Ferolla, o casal governador Darci Luiz Leite Kirst e Maria Elizabeth e a prefeita Maria Ruth Banhosem, além de autoridades políticas locais e companheiros do clube. O marco faz referência à linha férrea, cuja chegada contribuiu para o crescimento da cidade.
D. 4640 RC DE Foz do Iguaçu, PR – O clube vem apoiando o Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos, que faz parte da Rede Cidadão, criada em parceria com prefeituras, governo do Estado do Paraná, Sesi, Fundação Banco do Brasil, Unifoz e Parque Tecnológico Itaipu. Com iniciativas como consultas oftalmológicas e doação de óculos de grau, acompanhamento em sala de aula, visitas permanentes às escolas e fornecimento de material escolar, o índice de evasão nas escolas da Rede Cidadão não ultrapassa 2,14%. O programa é desenvolvido em sete municípios da região Oeste do Paraná.
RC DE Chopinzinho, PR – Hospedado pelo clube, o intercambiado Luke Madzedze, patrocionado pelo RC de Msasa, Zimbábue (D.9210), visitou a capital do Paraná, onde ficou sob os cuidados do RC de CuritibaPortão, PR (D.4730), na residência do secretário Otoniel Santos Neto.
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RC DE Rio do Sul, SC – Junto com a Casa da Amizade local, o RC promoveu, durante seis meses, um curso preparatório para o primeiro emprego, no Senac, como parte do projeto Adolescente Pró-Cidadão. Durante o período, 24 jovens foram qualificados para o mercado de trabalho.
RC DE Florianópolis, SC – Aprovou os estatutos do Instituto João Eduardo Moritz, uma iniciativa dos RCs da Grande Florianópolis e que visa a captar recursos materiais e humanos para a realização dos programas rotários. Na assembléia, da qual participaram a governadora Marilene Souto, o companheiro homenageado, EGD João Eduardo Moritz, e o presidente eleito Luiz Carlos Lopes Manhães, também foi eleita a diretoria para os próximos três anos.
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RC DE FlorianópolisTrindade, SC – Homenageou três pessoas com certificados de Colaborador Comunitário. Foram laureados Ana Coraci Castanho da Silva, membro da Acojar – Associação Comunitária do Jardim Santa Mônica; Walter João Barcelos, atuante na Ação Social da Pastoral da Trindade e em creches da região; e Paulo Cezar Maciel da Silva, empresário que contribui com instituições como a Acojar, o Rotary Club e a Fundação Rotária e recebeu o certificado das mãos da governadora Marilene Vargas Souto. ○
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D. 4670 RC DE Montenegro, RS – Durante a Visita Oficial do governador Rubens Fernando Clamer dos Santos, foi inaugurada a piscina hidroterápica construída pelo clube na sede da Apae local. No projeto, desenvolvido de 2001 a 2005, foram investidos R$ 50 mil, obtidos por meio de ações promovidas pelo RC.
RC DE Imbé, RS – Junto com outros clubes de serviço, participou do Dia da Solidariedade Farroupilha, quando realizou testes de audiometria na comunidade. Os testes foram possíveis graças à parceria do RC com a Via Marte Calçados de Nova Hartz, que disponibilizou sua unidade móvel, e com a fonoaudióloga Luciana Grassi Matheus, que realizou os exames gratuitamente.
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RC DE Guarani das Missões, RS – Os companheiros doaram cem quilos de carne bovina para o centro comunitário local.
D. 4680 RC DE Santa Cruz do SulAvenida, RS – Junto com o CTG Rincão da Alegria e o seminarista da Faap Clésio dos Santos, organizou um jantar de Natal com presentes para crianças carentes. O clube desenvolveu mais atividades, em outras ocasiões: em parceria com o Lions Club de Santa Cruz do Sul Raio de Sol, realizou um chá beneficente para adquirir uma cadeira de rodas para um menino da comunidade; entregou o Kit Cidadania e doou alimentos pela Blue Ville para a Escola Alfredo Kliemann; e entregou óleo comestível para a Apae local.
RC DE Santa Cruz do SulOeste, RS – Na companhia do governador João Moacir Ferreira, os companheiros entregaram um total de 126 equipamentos, entre cadeiras de rodas, andadores e mesas higiênicas, à Casa de Saúde Ignez Moraes, Comunidade Evangélica Apóstolo Paulo, Comunidade Monte Alverne, Associação Santacruzense de Pessoas com Deficiência, Hospital Ana Nery, Hospital Santa Cruz, Igreja Luterana do Brasil e SUS. O custo dos equipamentos foi de R$ 80 mil, quantia arrecadada nas últimas edições do Baile dos Destaques, realizado em parceria com a Gazeta Grupo de Comunicações. Durante Visita Oficial, em outra ocasião, o governador recebeu o título de Sócio-Honorário e, acompanhado da mulher Liani, foi presenteado pelo casal presidente Silvino Schmechel e Elenir com uma cesta de café da manhã.
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RC DE São Marcos, RS – Realizou o 3º Costelão. Seiscentas pessoas da comunidade participaram do almoço em prol de instituições assistidas pelo clube.
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RC DE Ananindeua, PA – Realizou a 8º Olimpíada Estudantil, com três dias de duração e a participação de 14 colégios. Em outra oportunidade, elegeu 17 profissionais do ano e os homenageou com a comenda Ideal de Servir.
D. 4740 RC DE Dionísio CerqueiraBarracão, SC – O presidente Ijair Filipini recebeu das mãos do governador Fernandes Luiz Andretta o Diploma de Reconhecimento do clube como novo membro do RI. Em outra oportunidade, os companheiros organizaram a festa Natal das Crianças, no estádio Jacob Maran. Foram doados 3.500 pães, 150 kg de salsichas e 35 kg de balas e refrigerantes para o evento, em parceria com a prefeitura local e a de Barracão. Copos descartáveis foram cedidos pela Sicredi. As crianças tiveram a oportunidade de se divertir em brinquedos como cama elástica, escorregador e piscina de bolas.
D. 4710 RC DE Sertanópolis, PR – Os companheiros organizaram um desfile com banners de lemas rotários, o personagem Zé Gotinha e as bandeiras do clube e da Associação de Senhoras de Rotarianos, no dia do aniversário do RC.
D. 4730 RC DE Curitiba-Cristo Rei, PR – Com recursos da Fundação Julio Moreira complementados com arrecadações do clube, os companheiros doaram equipamentos de informática para a Escola Rural Municipal Prefeito Herculano Schimaleski. Em parceria com o Departamento de Oftalmologia do Hospital de Clínicas da UFPR e com a prefeitura de Campina Grande do Sul, vem realizando o projeto Criança com Saúde, coordenado pelo rotariano e oftalmologista Kenji Sakata. O objetivo é fazer com que todos os alunos da rede municipal sejam submetidos a um diagnóstico oftalmológico completo. Em dois mutirões, mil crianças de sete a 15 anos já foram observadas, para que sejam identificados possíveis problemas de glaucoma, diabetes e estrabismo e verificada a necessidade de lentes, entre outros exames.
D. 4750 RC DE São Fidélis, RJ – No Festival de Comidas Típicas, os companheiros montaram uma barraca de canjiquinha com carne seca e trabalharam em benefício da Apae local. Na Casa da Amizade, o presidente do RC, Nauberto Viana, recebeu o desembargador Siro Darlan, autor do projeto Escola de Pais, além de juízes da comarca local. O clube apóia a implantação do projeto, voltado para a orientação de pais e responsáveis por crianças e adolescentes no município.
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D. 4760 RC DE Presidente Olegário, MG – Em parceria com a comunidade, o clube construiu uma casa popular para uma família carente.
Como usar a BR
D. 4770 RC DE Alto Taquari, MT – O clube vem desenvolvendo inúmeras atividades: na sede da Pastoral da Criança, que atende os menores do projeto Aplausos, formou um coral infantil mantido pelo RC e pela Casa da Amizade local; criou uma escola de futebol para 140 crianças carentes e realizou um campeonato, com premiação para os times e almoço de confraternização; na Escola Municipal Professora Elzinha Lizardo Nunes e na Escola Estadual Carlos Irigaray Filho, entregou certificados de Honra ao Mérito para alunos que se destacaram; doou aparelhos para o Hospital Municipal; recebeu o governador Napoleão Neto, em Visita Oficial, com uma apresentação do coral infantil do projeto Aplausos; e celebrou o Dia dos Idosos com entrega de prêmios e lanches, doação de cestas básicas e realização de bingo.
D. 4780 RC DE Bagé, RS – Em conjunto com as secretarias Estadual e Municipal de Saúde, os companheiros participaram da campanha de vacinação contra a pólio, que conseguiu imunizar 87% das crianças.
D. 4550 RC DE Porto Seguro, BA – Em Visita Oficial, o governador José Antônio da Cunha inaugurou o Marco Rotário do clube.
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ara que os projetos de seu clube ou distrito virem notícia na Brasil Rotário, é fundamental que as cartas e e-mails enviados à redação incluam o nome completo do clube, o local e a data onde foram realizadas as ações e um breve relato sobre a importância delas para a comunidade. Não esqueça de informar o nome completo dos parceiros – clubes, entidades ou empresas do Brasil ou do exterior – que tenham participado dos projetos. Para que possamos entrar em contato com você no caso de qualquer dúvida, forneça também um telefone de contato. Dê preferência às fotos que demonstrem ação. As imagens precisam ser coloridas, ter foco e devem estar bem identificadas, trazendo o nome completo de todos os fotografados. Não escreva no verso das fotografias, protegendo-as bem ao enviá-las pelo correio. Quando o evento for muito importante, uma boa dica é contratar um fotógrafo profissional para fazer a cobertura. No caso das fotos digitalizadas – enviadas por e-mail, disquete ou CD – é indispensável que elas tenham pelo menos 300 DPIs de resolução. Não publicamos fotos com resolução inferior a essa. Salve suas imagens em TIF ou JPG. O nosso e-mail é redacao@brasilrotario.com.br e o endereço da revista é Av. Rio Branco, 125 – 18º andar, CEP: 20040-006, Rio de Janeiro, RJ.
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RC DE Resende-Campos Elíseos, RJ – Doou uma cadeira de rodas para uma criança da Sociedade Pestalozzi local.
RC DE Santa Rita do Araguaia, GO e Alto Araguaia, MT – O Rotakids local doou fraldas para a Apae do Alto Araguaia.
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AS DAMAS da Casa da Amizade de Salto, SP(D.4310) promoveram o chá beneficente anual em prol da campanha das bolsas educacionais da Fundação Rotária. Em outra oportunidade, a presidente Maria Lucia Mazzonetto Mestieri entregou armações de óculos ao secretário de Saúde do município, José Carlos Servilha.
AS SENHORAS da Casa da Amizade de Santa Rita do Passa Quatro, SP(D.4540) realizaram confraternizações e levaram bolos para os alunos da Apae local e para os internos do Colégio das Madres (foto). A verba para as duas atividades foi obtida em um bazar da pechincha organizado pelas damas.
NA OCASIÃO da Visita Oficial do governador Wilson Isolani, a Associação de Senhoras de Rotarianos de Cianorte, PR(D.4630), em parceria com o Interact Club local, presenteou a creche João e Maria com uma estante com livros infantis.
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COM APOIO do clube local, a Casa da Amizade de Três Lagoas, MS(D.4470) promoveu o seu tradicional Jantar Italiano (foto), cuja renda foi destinada à Festa da Criança Carente, em Vila Piloto. As senhoras também organizaram a 2ª Feijoada e com o lucro obtido ofereceram um almoço para 200 alunos da Apae local.
A ASSOCIAÇÃO de Senhoras de Rotarianos de Divinópolis-Oeste, MG(D.4560) doou um equipamento para máquina de fazer fraldas ao Lar dos Idosos, além de um total de 2.000 fraldas geriátricas para a mesma instituição e também para os asilos Frederico Ozanan e Maria Pacidônio. A CASA da Amizade de Paranaguá, PR(D.4730) promoveu em sua sede um café colonial, com o objetivo de angariar fundos para o desenvolvimento de um projeto de artesanato voltado para meninas abrigadas no Complexo da Solidariedade. As senhoras também têm realizado oficinas de pães, bolachas e bombons e curso de culinária à base de soja para a comunidade carente.
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D. 4480
AGRACIADA: CECÍLIA Maria Rodrigues Rebelo, ex-presidente da Casa da Amizade de Três Lagoas, MS, com um título doado pelas demais integrantes do grupo.
AGRACIADOS: WALTER Palharini e José Luiz Tedesco, respectivamente presidente e sócio do RC de Presidente Epitácio, SP. ENTREGUE POR: governador José Giometti.
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AGRACIADO: PAULO Roberto Menezes, companheiro do RC de São Cristóvão, SE, na presença da mulher, Marly. ENTREGUE POR: governador José Firmino de Oliveira, acompanhado da mulher, Dira.
D. 4470
D. 4510
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D. 4390
AGRACIADO: RONALDO Fernando Placca, ex-presidente do RC de Lençóis Paulista, SP, nas presenças da mulher, Carmen, e do casal ex-presidente Nelson Travain Zorzeto e Adelaide.
AGRACIADO: HÉLIO Tadao Nakata, expresidente do RC do RecifeFrei Caneca, PE. ENTREGUE POR: presidente Telma Maria Barreto Biscontini.
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AGRACIADO: MILTON Cassiano Sant’Anna, companheiro do RC de Monte Aprazível, SP, nas presenças do governador Israel Antonio Alfonso e da presidente Sílvia Paschoalli.
D. 4500
AGRACIADA: REJANE de Sá Vilar de Lucena, presidente eleita do RC de Cabedelo, PB. ENTREGUE POR: governadora Aldanira Barreto.
D. 4520 AGRACIADO: CARLOS de Matos Ferreira Chaves, expresidente do RC de Belo HorizonteCidade Nova, MG. ENTREGUE POR: ex-presidente Evonilda Mendes Barbosa.
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D. 4560
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AGRACIADO: JAIR Floriano Barbosa, expresidente do RC de Pouso Alegre-Das Geraes, MG. ENTREGUE POR: EGD Aroldo Ribeiro Campos, por ocasião da Visita Oficial do governador Antônio Élcio Sarto.
AGRACIADO: NELSON Andreghetto, companheiro do RC de Santa Rita do Passa Quatro, SP. ENTREGUE POR: presidente Carlos Romero Cardenas. AGRACIADA: FRANCISCA de Paula Fratin, expresidente da Casa da Amizade de Ipuã, SP, presenteada pelas demais integrantes do grupo, nas presenças do presidente José Natal Peixoto, do marido da homenageada, Romualdo, e da presidente da Casa da Amizade local, Maria Cecília.
D. 4580 AGRACIADA: RAÍSA Araujo da Mata, presenteada pelos avós, o casal EGD Haroldo Alves de Araujo e Helena, durante a Visita Oficial do governador Roberto Kamil e na presença da governadora assistente Luzia Farage Barbosa.
D. 4620 AGRACIADA: IRENE Bassi D’Andrea, presenteada pelas integrantes da Casa da Amizade de Ourinhos, SP, na presença do marido, Armando. ENTREGUE POR: casal governador Gilberto Carvalho de Oliveira e Eloiza.
AGRACIADO: ÂNGELO Marcos do Vale, companheiro do RC de Juiz de Fora-São Mateus, MG, na presença da mulher, Milma. ENTREGUE POR: presidente Waldir Mattoso.
D. 4630
AGRACIADO: CARLOS Cesar Domingues Mendes, companheiro do RC de MaringáColombo, PR, na presença da mulher, Mariza. ENTREGUE POR: governador Wilson Isolani.
AGRACIADO: LOURENÇO Fadel Filho, presidente do RC de Maringá-Colombo, PR, com uma safira. ENTREGUE POR: EGD João Marin Mechia.
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D. 4660 AGRACIADO: AZIR Costa Beber, expresidente do RC de São Luiz Gonzaga, RS. ENTREGUE POR: governador assistente João Laci Finger e presidente Ari Francisco Brigo.
D. 4680 AGRACIADO: DORIVAL de Sá Chaves, sócio do RC de Rio GrandeCassino, RS. ENTREGUE POR: expresidente Maurício Loch.
D. 4700 AGRACIADO: ILDO João Salvadori, do RC de Estrela, RS, na companhia da mulher, Marga Helena. ENTREGUE POR: casal expresidente João Francisco Carvalho e Irle.
D. 4730 AGRACIADO: JULIO Jacob, do RC de Curitiba-Portão, PR, na presença da mulher, Helena, e também do governador assistente George Bettini, do casal governador Jaroslaw Hrebinnik e Lhuba e do casal presidente Laércio Alfredo Thomé e Regina.
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D. 4670 AGRACIADOS: ELISEU Gonçalves da Silva, chairman da Fundação Rotária, com uma safira, e a mulher, Tânia Jacira da Silva, com um título Paul Harris. AGRACIADO: TARCÍSIO Docílio Borba, do RC de Cachoeirinha, RS, nas presenças da mulher, Alice Maria, e do filho José Ricardo. ENTREGUE POR: companheiro Luiz Gonçales Borba, padrinho no clube e irmão do homenageado.
D. 4710 AGRACIADO: KARLHEINZ Hosp, companheiro do RC de ApucaranaCidade Alta, PR. ENTREGUE POR: governador Álvaro Amorim Brochado, durante Visita Oficial ao clube, quando também foi ampliado o Banco de Cadeiras de Rodas. AGRACIADO: MATHEUS Franco dos Santos Hirata, sobrinho de Ercília dos Santos, companheira do RC de ApucaranaCidade Alta, PR, e doadora do título. ENTREGUE POR: EGDs Fahed Daher e José Pelayo Sanches, na presença da mulher do último, Sonia.
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RODRIGO
☺ O médico se queixa ao paciente: – O cheque que você me deu para pagar o tratamento voltou. – Minha artrite também.
☺ Conversa entre marido e mulher: – Você diz que a bebedeira me deixa bonita, mas eu não estou bêbada! – Eu sei. Eu é que estou.
☺ – Qual é a data do seu nascimento? – Quinze de julho. – De que ano? – Todo ano.
☺ – Que idade tem o seu filho? – Não me lembro, uns 35 ou 38... – E há quanto tempo ele mora com a senhora? – Há 45 anos.
☺ – Qual foi a primeira coisa que seu marido disse quando acordou naquela manhã? – Ele disse: “Onde estou, Bete?” – E por que a senhora se aborreceu? – Por que meu nome é Susana!
☺ – Me diga, doutor: não é verdade que, ao morrer enquanto dorme, a pessoa só saberá que morreu na manhã seguinte?
☺ – E seu filho mais novo, o de 20 anos... – Sim. – Que idade ele tem?
☺ Preenchendo
o questionário:
— Vá logo dizendo: o quê, onde, quando e por quê?
– Por que acabou seu primeiro casamento, senhor Wilson? – Por morte do cônjuge. – E por morte de que cônjuge ele acabou?
☺ – Aqui na Corte, para cada pergunta que lhe for feita a resposta deverá ser oral. Certo? – Sim. – Que escola você freqüenta? – Oral. ☺ O médico pergunta a um paciente que deveria fazer um transplante: – O senhor prefere receber o coração de um homem de 30 anos, o de um atleta ou o de um banqueiro? – Sem dúvida, o coração do banqueiro. Esse nunca foi usado... Colaboração do EGD Hertz Uderman. ☺ Ao descer do avião, o passageiro agradece a tripulação:
– Obrigado pelos dois passeios que me foram proporcionados. – Mas como assim, “dois”? Foi apenas um. – Foram dois: o primeiro e o último.
☺ O médico para o doente:
– Tome este remédio e volte daqui a uma semana. Enquanto isso, fume somente 10 cigarros por dia. Uma semana depois, o paciente volta ao consultório. – E aí, melhorou? – pergunta o médico. – Passei a sentir enjôos, tontura e dor de cabeça. – Mas tem fumado somente 10 cigarros por dia? – Sim, com sacrifício. – Quantos cigarros o senhor fumava antes? – Nenhum. Nunca fumei, tenho horror a cigarro... Extraída do livro “Parque de Diversões”. BRASIL ROTÁRIO
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Alcides Vieira
Cartas & Recados
Co r r e s p o n d ê n c i a s r e c e bidas pelo presidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário, Roberto Petis Fernandes:
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Homenagem a Marino
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amiliares, amigos e rotarianos estiveram presentes à inauguração da Praça Marino Gomes Ferreira, na Muda, zona Norte do Rio, batizada em homenagem ao saudoso governador 1968-69 do então distrito 457. Médico e diretor do Instituto Benjamin Constant, que atua na educação de deficientes visuais há mais de 150 anos, Marino foi sócio-fundador do RC do Rio de Janeiro-Tijuca e vicepresidente da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro.
A viúva dele, Elza, participou da cerimônia ao lado dos filhos do casal, Levi e Elmar, e dos netos e bisnetos. Além do governador do distrito, Sebastião Porto, e do vereador Humberto Côrtes de Barros, autor da homenagem, estiveram presentes, entre outros, os EGDs Bemvindo Augusto Dias e Joper Padrão do Espírito Santo, acompanhados por uma caravana do RCRJ-Tijuca, liderada pelo presidente do clube, José Gonçalves Araújo.
milésima edição da Brasil Rotário comprova mais uma vez a excelente qualidade da revista. Gostaria de parabenizar os diretores e todos os que colaboram com sua publicação e fazem chegar a milhares de pessoas a filosofia e as ações do Rotary. Como integrantes da mídia rotária mundial, temos a tarefa de levar nossas revistas aos pontos mais distantes de nossas regiões. A Brasil Rotário é um exemplo do profissionalismo que essa tarefa exige. Diego Esmoriz, diretor-editor da revista “Vida Rotaria” (Argentina).
A revista fica melhor a cada
Escritório Contábil Nova Visão Ltda. CONTABILIDADE – DESPACHANTES LEGALIZAÇÃO DE FIRMAS
Imp. de renda p/Física e Jurídica Rua Álvaro Alvim, 31 - 16º andar - Centro Fone: (21) 2533-3232 G Fax: (21) 2532-0748 Cep: 20031-010 - Rio de Janeiro - RJ Direção: Joaquim Silva e José Soares 58
FEVEREIRO DE 2006
dia e brilha nos clubes e distritos. Parabéns! EDG Boulivar Penha (D.4630).
Saudades Geraldo José Rodrigues Ávila, sócio do Rotary Club de Taguatinga-Oeste, DF (D.4530).
EGD Mario Pilotto, sócio do Rotary Club de Curitiba, PR (D. 4730).