Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.
04 O abraço da amizade
CAPA
Waldenir de Bragança
05 Mensagem do Presidente Wilfrid J. (Wilf) Wilkinson
06 Virtudes esquecidas Eliseu Visconti Neto
07 Coluna do Diretor do RI Themístocles A. C. Pinho
08 Destaques das deliberações do Conselho de Curadores da FR 09 O orgulho do Canadá Nancy Shepherdson
17 Destaques das votações do Conselho de Legislação de 2007 Carlos Jerônimo da Silva Gueiros
20 A conjuntura econômica brasileira Marcílio Marques Moreira
WILF WILKINSON: sempre envolvido com o seu Rotary Club, onde integra a comissão de Desenvolvimento do Quadro Social
Pág.
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24 Lidando com a diabetes Rebecca Voelker
26 Belém chama para o trabalho e o lazer
CASA DAS 11 Janelas e a Igreja da Sé, em Belém
Lindoval de Oliveira
30 Archimedes Theodoro, o globe-trotter antipólio João Amílcar Salgado
32 Participe dos Grupos de Companheirismo
Pág.
36 Mais vale um grama de prevenção que um quilo de cura Alfredo Castro Neto
41 Um passeio pela margem direita de Paris Janice S. Chambers
SEÇÕES 16 38 40 44 45 46 47 59 60 63 64
Interact e Rotaract Rotarianos que são notícia Informe do RI aos rotarianos Coluna do chairman da FR Exemplo a ser seguido Livros Autores rotarianos Distritos em revista Milionésimo Companheiro Paul Harris Novos Companheiros Paul Harris Relax Cartas e recados
ROTARIANOS, SEUS cônjuges e rotaractianos se unem para fazer amigos em todo o mundo
Pág.
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Capa: Foto Rotary International
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ROTARY INTERNATIONAL ONE ROTARY CENTER
CONSELHO DIRETOR 2007-08 PRESIDENTE Wilfrid J. Wilkinson PRESIDENTE-ELEITO Dong Kurn Lee
1560 SHERMAN AVENUE
GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL EM 2007-08 DISTRITO 4310 Pedro Albertini Rotary Club de Indaiatuba, SP
DISTRITO 4600 Antonio Carlos Sinhoreli Rinaldo Rotary Club de Resende-Agulhas Negras, RJ
DISTRITO 4390 Germínio Orlando Sampaio Braga Rotary Club de Feira-Leste, BA
DISTRITO 4610 Renato Figueiredo Rotary Club de São Paulo-Memorial da América Latina, SP
VICE-PRESIDENTE Michael K. McGovern
DISTRITO 4410 Maurício Alves Rotary Club de Vitória-Jucutuquara, ES
TESOUREIRO Ian H.S. Riseley
DISTRITO 4420 José Luiz Fonseca Rotary Club de São Paulo-Interlagos, SP
DIRETORES Themístocles A.C. Pinho Ashok M. Mahajan Barry Rassin Bernard L. Rosen Donald L. Mebus Kazuhiko Ozawa Kjell-åke åkesson Michael J. Johns Monty J. Audenart Örsçelik Balkan Paul A. Netzel Raffaele Pallotta d’Acquapendente R. Gordon R. McInally Thomas A. Branum Sr. Yoshimasa Watanabe SECRETÁRIO-GERAL Edwin H. Futa
CURADORES DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA 2007-08 CHAIRMAN Bhichai Rattakul CHAIRMAN-ELEITO Jonathan B. Majiyagbe VICE-CHAIRMAN Robert S. Scott CURADORES Carl-Wilhelm Stenhammar Carolyn E. Jones David D. Morgan Glenn E. Estess Sr. José Antonio Salazar Cruz Louis Piconi K.R. Ravindran Mark Daniel Maloney Peter Bundgaard Ron D. Burton Rudolf Hörndler Sakuji Tanaka SECRETÁRIO-GERAL Edwin H. Futa
EVANSTON, ILLINOIS, USA
DISTRITO 4430 Ronald D’Elia Rotary Club de São Paulo-Penha, SP DISTRITO 4440 Nildo Lima Queiroz Rotary Club de Tangará da Serra, MT
DISTRITO 4620 Maria José Duarte Goya Rotary Club de Sorocaba-Esplanada, SP DISTRITO 4630 Amaury Couto Rotary Club de Maringá-Norte, PR DISTRITO 4640 Maurício Alves Rotary Club de Francisco Beltrão, PR DISTRITO 4650 Militino Gregório Eising Rotary Club de Salete, SC
DISTRITO 4470 Carlos Alberto Vargas Freire Rotary Club de Ponta Porã-P.J. Caballero Fronteira Brasil-Paraguay, MS
DISTRITO 4651 Luiz Carlos Lopes Manhães Rotary Club de Florianópolis, SC
DISTRITO 4480 José Luiz Sanches Vargas Rotary Club de Votuporanga, SP
DISTRITO 4660 José Valdonei de Oliveira Pires Rotary Club de Santo Ângelo-Norte, RS
DISTRITO 4490 Antônio Henrique Barbosa de Vasconcelos Rotary Club de Fortaleza-Alagadiço, CE
DISTRITO 4670 Roni Gilberto Kuchenbäcker Horn Rotary Club de Porto Alegre-São João, RS
DISTRITO 4500 Dulcinéa Pereira da Costa de Oliveira Rotary Club de Recife-Casa Amarela, PE DISTRITO 4510 Cleuto José Magnani Rotary Club de Pederneiras, SP DISTRITO 4520 Aluízio Alberto da Cruz Quintão Rotary Club de Belo Horizonte, MG DISTRITO 4530 Moacir Lázaro de Melo Rotary Club de Anápolis-Oeste, GO DISTRITO 4540 Adalberto José Menegazzo Rotary Club de Ribeirão Preto-Jardim Paulista, SP DISTRITO 4550 Sebastião Gomes Brito Rotary Club de Salvador-Itapagipe, BA DISTRITO 4560 Luiz de Araújo Filho Rotary Club de Ouro Fino, MG
DISTRITO 4680 João Alberto Dutra Rotary Club de Pelotas, RS DISTRITO 4700 José Darci Pereira Soares Rotary Club de Bento Gonçalves-Planalto, RS DISTRITO 4710 Reinaldo Seleti Rotary Club de Cornélio Procópio, PR DISTRITO 4720 Vera Canto Bertagnoli Rotary Club de Santarém, PA DISTRITO 4730 Ilma Brandalize Machado Rotary Club de Curitiba, PR DISTRITO 4740 Jefferson José Benedet Rotary Club de Mafra, SC
Bittencourt
DISTRITO 4750 Dalton Carestiato Rotary Club de Nova Friburgo, RJ
DISTRITO 4570 José Nelson Carrozzino Filho Rotary Club do Rio de Janeiro-Jacarepaguá, RJ
DISTRITO 4760 Roberto Kfuri Rotary Club de Belo HorizontePadre Eustáquio, MG
DISTRITO 4580 Dirceu Rocha Pereira Rotary Club de Barbacena, MG
DISTRITO 4770 Araken Gondim Ávila Rotary Club de Goiânia, GO
DISTRITO 4590 Valério Delamanha Rotary Club de Jundiaí, SP
DISTRITO 4780 Cláudio Ernani Vasques Neves Rotary Club de Jaguarão, RS
ÉTICA. Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais elevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil 2
JULHO DE 2007
Ano 82 Julho, 2007 nº 1021
Leia
Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário CNPJ 33.266.784/0001-53 I Inscrição Municipal 00.883.425 Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria Rio de Janeiro – RJ I Tel: (21) 2509-8142 / FAX: (21) 2509-8130 E-mail: revista@brasil-rotario.com.br
CONSELHO SUPERIOR (Colégio de diretores do RI – Zonas 19 A e 20 ) Archimedes Theodoro (Belo Horizonte-MG) EDRI 1980-82 Mário de Oliveira Antonino (Recife-PE) EDRI 1985-87 Gerson Gonçalves (Londrina-PR) EDRI 1993-95 José Alfredo Pretoni (São Paulo-SP) EDRI 1995-97
Hipólito Sérgio Ferreira (Belo Horizonte-MG) EDRI 1999-01 Alceu Antimo Vezozzo (Curitiba-PR) EDRI 2001-03 Luiz Coelho de Oliveira (Limeira-SP) EDRI 2003-05 Themístocles A.C. Pinho (Niterói-Rio de Janeiro) DRI 2007-09
Ex-presidentes da Cooperativa Editora Brasil Rotário (*) Roberto Petis Fernandes – 01.08.1994 a 28.03.2007 (*) Alteração no estatuto da Cooperativa, aprovada em AGE de 02.03.2007
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2007-09 Diretoria Executiva Presidente Carlos Henrique de Carvalho Fróes Vice-Presidente de Operações Edson Avellar da Silva Vice-Presidente de Administração Waldenir de Bragança Vice-Presidente de Finanças José Maria Meneses dos Santos Vice-Presidente de Planejamento/Controle Joper Padrão do Espírito Santo Vice-Presidente de Marketing José Alves Fortes Vice-Presidente de Relações Institucionais Carlos Jerônimo da Silva Gueiros Vice-Presidente Jurídico Condorcet Pereira de Rezende MEMBROS EFETIVOS Antonio Hallage Eduardo Álvares de Souza Soares Fernando Antonio Quintella Ribeiro Hertz Uderman Jorge Bragança José Ubiracy Silva Wilmar Garcia Barbosa MEMBROS SUPLENTES Antônio Vilardo Bemvindo Augusto Dias Dulce Grünewald Lopes de Oliveira GERENTE EXECUTIVO Gilberto Geisselmann ASSESSORES Alberto de Freitas B. Bittencourt Antônio Lomanto Júnior Ary Pinto Dâmaso (Publicidade) Eduardo de Barros Pimentel Everton Jorge da Luz Fernando Teixeira Reis de Souza Flávio Antônio Queiroga Mendlovitz Gedson Junqueira Bersanete
Ivo Arzua Pereira José Augusto Bezerra José Maria de Souza Taketoshi Higuchi Vicente Herculano da Silva CONSELHO FISCAL Membros Efetivos Américo Matheus Florentino Geraldo Lopes de Oliveira José Moutinho Duarte Suplentes Cleofas Paes Santiago Fausto de Oliveira Campos Geraldo da Conceição CONSELHO CONSULTIVO DE GOVERNADORES Membros natos efetivos Governadores 2007-08 Suplentes Governadores eleitos 2008-09 CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO Presidente: Carlos Henrique de Carvalho Fróes Vice-presidente: Edson Avellar da Silva Membros Lindoval de Oliveira Luiz Renato Dantas Coutinho Nuno Virgílio Neto Renata Coré Secretário: Gilberto Geisselmann CONSELHO EDITORIAL CONSULTIVO Carlos Henrique de Carvalho Fróes (presidente) Carlos Jerônimo da Silva Gueiros Condorcet Pereira de Rezende Edson Avellar da Silva Joper Padrão do Espírito Santo José Alves Fortes José Maria Meneses dos Santos Waldenir de Bragança
EXPEDIENTE DIRETOR RESPONSÁVEL: Carlos Henrique de Carvalho Fróes EDITOR: Lindoval de Oliveira – Jorn. Prof. Mtb. 3.483/9/144 REDAÇÃO: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro – RJ CEP 20040-006 – Tel.: (21) 2509-8142 Ramal 7. E-MAIL DA REDAÇÃO: redacao@brasil-rotario.com.br EDITORAÇÃO: Armando Santos, Lindoval de Oliveira, Luiz Renato Dantas Coutinho, Maria Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré. DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira IMPRESSÃO: Gráfica Ediouro HOMEPAGE: http://www.brasil-rotario.com.br *As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.
CARO LEITOR LEITOR,
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ocê irá concordar conosco que após a leitura da matéria de capa desta edição – O orgulho do Canadá – o novo presidente do RI Wilf Wilkinson será o orgulho de todos os companheiros dos 200 países e regiões do Rotary. Sua biografia, repleta de desafios superados dentro da ética e graças à sua competência e tenacidade, mistura-se, ou foi inspirada, pelos postulados de nossa organização. O Estilo Wilkinson, com seus dez princípios éticos, poderia ser uma das ênfases, talvez a principal, na gestão desse notável canadense. ● O Conselho de Legislação de 2007, evento que ocorre de três em três anos, é relatado pelo EGD Carlos Gueiros, do RC de São Paulo. O encontro reuniu mais de 700 pessoas, entre as quais os representantes dos 530 distritos rotários, vindos de 162 países. O número de propostas e emendas chegou a 339. Os destaques das votações, que ocuparam sete dias de muito trabalho, estão na página 17. ● Por falar em destaque, recomendamos fortemente a leitura do artigo A conjuntura econômica brasileira, do companheiro do RC do Rio de Janeiro, Marcílio Marques Moreira, que foi ministro da Fazenda e nosso embaixador em Washington. Trata-se de uma análise séria, precisa e ampla sobre os desafios que deverão ser enfrentados pela nossa economia no contexto mundial contemporâneo. ● A BR orgulha-se em prestar merecida homenagem a uma das figuras mais queridas da nossa instituição – diríamos, mesmo, uma unanimidade nacional – o EDRI 1980-82, abrindo suas páginas para o artigo do também médico e diretor do Centro de História da Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, João Almicar Salgado: Archimedes Theodoro, o globe-trotter antipólio. Conheça um pouco da vida desse grande companheiro nas páginas 30 e 31. ● Veja como e por que foi escolhido pelo presidente Wilfrid Wilkinson o lema deste ano, Rotary Compartilha. As razões estão na sua primeira Mensagem do Presidente, página 5. ● Já o DRI Themístocles A. C. Pinho em sua Coluna do Diretor do RI faz um levantamento das quatro tarefas que ele espera ver cumpridas nestes dois anos de sua administração. Leia, companheiro, porque elas representam o norte de nossa bússola. Está na página 7. Esta edição se completa com várias outras boas matérias, com destaque para a que focaliza o Instituto Rotário de setembro na capital paraense: Belém chama para o trabalho e o lazer. Confira. “É uma estrada árida a que leva às alturas da grandeza” SÊNECA L. O. BRASIL ROTÁRIO
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O abraço da amizade 20 de julho Dia Mundial do Amigo Waldenir de Bragança*
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egundo Kathleen Keating, autora do livro “A Terapia do Abraço” (Editora Pensamento, 1983), o abraço não é apenas agradável; ele é necessário. Pesquisas cientificas respaldam a teoria de que a estimulação pelo abraço é necessária para o nosso bem-estar, tanto físico quanto emocional. O toque terapêutico do abraço, reconhecido como uma ferramenta para a cura, constitui parte do treinamento dos profissionais de saúde, em vários centros médicos. O abraço é usado para aliviar a dor, a depressão e a ansiedade. Vários experimentos demonstram que ele pode fazer-nos sentir melhor com nós mesmos e com o ambiente à nossa volta, além de provocar mudanças fisiológicas mensuráveis naquele que abraça e é abraçado. O abraço é oferta de Deus O companheirismo, que tem na amizade a sua essência, tem no abraço um gesto recomendável do melhor conviver em Rotary. É bom lembrar que foi o nosso companheiro Enrique Febbraro, do
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Os efeitos de um bom abraço: G
Faz a gente se sentir bem e afasta a solidão G Faz a gente superar o medo e provoca bons sentimentos G Estimula a auto-estima e fortalece o afeto G Retarda o envelhecimento e revigora a alma G Alivia a tensão e tranqüiliza o espírito G Combate a insônia e reduz o estresse G Torna os dias mais felizes e faz viáveis os dias impossíveis G Continua trazendo benefícios, mesmo depois de desfeito
Rodrigo Furtado
RC de Once, Argentina (D.4890) que no dia 20 de julho de 1969, quando o astronauta Neil Armstrong deu os primeiros passos na Lua, concebeu a idéia de colocar no calendário o Dia do Amigo, hoje comemorado por mais de 100 nações. Vamos celebrar o 20 de julho, por-
que a amizade é o sopro que sustenta a vida rotária. Vamos nos abraçar e desejar paz aos que nos rodeiam. * O autor é EGD, sócio do RC de Niterói-Norte, RJ(D.4750) e vicepresidente de Administração da Cooperativa Editora Brasil Rotário.
C AROS
Mensagem do Presidente
NA REDE
Leia os pronunciamentos e as notícias do presidente do RI Wilfrid Wilkinson acessando o site <www.rotary.org/jump/wilkinson>
COMPANHEIROS ,
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ODOS OS PRESIDENTES ENTRANTES DO ROTARY INTERNATIONAL TÊM o privilégio de escolher um lema para marcar seu ano rotário. O desafio deles está em encontrar uma frase que resuma seus sentimentos a respeito do Rotary, que traga sua mensagem e seja capaz de motivar os rotarianos de todo o mundo em torno de suas ênfases presidenciais. O lema Mostremos o Caminho, do meu antecessor Bill Boyd, foi muitíssimo apropriado. Sua mensagem motivou-nos a servir como “os heróis, e não as celebridades” que nossas comunidades precisavam, inspirando a todos nós. A liderança de Boyd deixou nossa organização mais forte. Julguei que o lema Rotary Compartilha seria uma escolha natural para 200708. Sempre achei que o verdadeiro espírito do Rotary consiste em compartilhar. Todos os dias, em todos os clubes, os rotarianos compartilham algo com os outros – e de muitas formas. Compartilhamos nosso tempo, nossas capacidades e nossos recursos. Compartilhamos a nossa generosidade e o nosso amor. No Rotary, compartilhar não é dar aos outros aquilo de que você não precisa, mas dar de si próprio, livremente, para o bem das pessoas. Significa empregar seu tempo para descobrir as necessidades da comunidade e decidir quais delas podemos atender com melhores resultados. Significa compartilhar o que temos com aqueles que nos cercam, mas também com pessoas que talvez nunca encontraremos. Todos nós viemos para o Rotary para compartilhar aquilo que temos, inclusive a nossa amizade e o nosso companheirismo com outros rotarianos. Compartilhamos o Rotary com outras pessoas no momento em que apadrinhamos novos sócios. Compartilhamos o Rotary com as gerações futuras apoiando a juventude. Os rotarianos têm muito o que compartilhar, e o mundo necessita bastante de nós. Nosso sistema de classificações garante que todos os clubes abriguem uma extensa gama de categorias profissionais, reunindo assim o potencial de superar quase todos os obstáculos – desde que exista um comprometimento em fazê-lo. Neste ano, peço a todos que respondam positivamente aos desafios que nos são impostos como rotarianos. Teremos um amplo espectro de oportunidades para servir através das ênfases deste ano, nas áreas de saúde, alfabetização, recursos hídricos e família rotária. Nos próximos meses, os projetos de serviço relacionados a esses temas representarão portas abertas para nós. Tudo que precisamos é responder sim: Sim, transformarei aquela idéia num projeto, e vou acompanhar sua realização até o final. Sim, compartilharei talento, tempo e recursos com meu clube e todos aqueles que precisam da minha ajuda. Sim, compartilharei o Rotary com os outros, trazendo um novo sócio para meu clube. Espero que este seja um ano em que possamos demonstrar que o Rotary Compartilha dividindo o melhor de nós com nossos clubes, comunidades e o mundo.
WILFRID J. (WILF) WILKINSON Presidente 2007-08 do RI BRASIL ROTÁRIO
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Ninja
Virtudes esquecidas Eliseu Visconti Neto* into que muitas vezes o Rotary pode meter medo e causar falsa impressão nos leigos – e até mesmo nos rotarianos recentes – por falar muito em dinheiro, doações e rifas (em suma: filantropia) quando, no meu humílimo entender, todas as nossas ações humanitárias decorrem, ou deveriam decorrer, da profunda consciência (e do conseqüente engajamento) de que somos parte da raça humana, e que praticamos o bem não por sermos “bonzinhos” e merecermos medalhas, mas por um instinto de sobrevivência que desemboca na solidariedade. Nos meus 15 anos de Rotary, sempre senti falta da propalada liderança da instituição em ações doutrinárias, como campanhas em prol da cidadania, da ética, da valorização profissional e da conscientização das comunidades em favor da conduta solidária. A verdadeira liderança comunitária consiste, para mim, em incutir nos que nos cercam a noção de que vale a pena ser decente, ético e solidário. Estes valo-
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res valem mais do que um cheque em branco, embora não se prescinda da ajuda material. Niccolò Macchiavelli disse que não conheceu nenhum profeta que tivesse vencido desarmado. O RI já completou 100 anos e, estando em 205 países e regiões geográficas, compreendeu bem que a imagem do Rotary é o mais importante ativo que temos a oferecer. No Brasil, em particular, neste momento que é sem dúvida um dos piores da nossa história pela falência dos valores morais e éticos, em todos os níveis, penso que é chegado o momento de levantarmos a voz e pregar – reiteradamente e sem vergonha ou pudor – a pureza da verdade, a beleza do bom exemplo e a alegria da honestidade. Assim, como bandeira rotária, sugiro que pensemos em mostrar que um rotariano é, por princípio e doutrina, um ser humano que vale a pena conhecer e ter como companheiro de viagem. Isto pode ser útil, também, para o DQS. Na parte prática, julgo que deveríamos criar, organizar e realizar seminários, fóruns ou modalidades semelhantes nas nossas comunidades para enaltecer e incentivar a prática daquelas virtudes que se acham tão esquecidas nos vãos e desvãos da consciência nacional. A mídia, é claro, seria a nossa permanente convidada e parceira. * O autor é sócio do RC de São Paulo-Moema, SP (D.4610)
Coluna do Diretor do Rotary International Themistocles A. C. Pinho
Caríssimos rotarianos e rotarianas,
Neste mês, juntamente com o presidente
Wilfrid J. Wilkinson e os demais diretores do RI, estamos iniciando nossa missão, representada pela honrosa tarefa que nos foi outorgada pela liderança rotária mundial, de dirigir a mais antiga organização de prestação de serviços do planeta: o Rotary International. E nesta primeira coluna na Brasil Rotário – a nossa revista regional – à qual se seguirão outras mais nos próximos meses, numa prática já consolidada, procuraremos motivar e transmitir à família rotária de todo o Brasil o que sentimos e esperamos de cada rotariano e rotariana neste ano de 2007-2008, conclamandoos para que continuem empenhando-se em fortalecer nossa organização e lembrandolhes, desde já, quatro aspectos fundamentais: Primeiro – O aumento do número de associados Não ignoramos as dificuldades que enfrentamos. No entanto, quando a causa é nobre e o empenho do conjunto é harmônico, o resultado aparece. Os novos rotarianos são pessoas que obtiveram sucesso em suas atividades empresariais ou profissionais e que têm muito a oferecer para que o Rotary prossiga espalhando pelo mundo sua filosofia de paz através do serviço. Aumentar o quadro social depende do interesse de cada um de nós – mas somente de nós. G
Segundo – O Rotary surgiu sob a égide da tolerância, do companheirismo e da ética Esta trilogia sempre acompanhou a ação rotária, e é por isso G
ção de serviços voluntária por meio de atividades que beneficiem a coletividade. Assim, quando o novo presidente do RI afirma em seu lema que o Rotary Compartilha, ele nos lembra, de forma inspiradora, de todos os segmentos ativos da ação rotária: as atividades internas (compartilhando a administração do clube); atividades comunitárias locais e internacionais (compartilhando a execução O CASAL dos projetos); atividades prodiretor do RI, fissionais (compartilhando coGilda e nhecimentos); e as atividades Themistocles pró-juventude (compartilhanPinho do experiências). Neste nosso primeiro contato, mesmo que rapidamente, queremos abordar também a alfabetização, tema reservado no calendário do RI para o mês de julho. Sabemos que muitos clubes rotários administram projetos na área educacional, patrocinando Escolas que o Rotary mantém-se como Rotary e cursos de alfabetização uma organização acreditada e res- e profissionalização. Neste campeitada em todo o mundo. Prati- po, merece um destaque especicar e reforçar tais conceitos com a al o meritório trabalho desenvolmaior intensidade é um dever de vido pela Fundação de Rotarianos de São Paulo através do seu comtodo rotariano. plexo educacional, hoje abrangendo todos os níveis de formação inG Terceiro – Servir: esta é a palavra-chave que nos mo- telectual e profissional, e tendo como verdadeiro ícone o sempre tiva Cada clube deve envolver todos festejado Colégio Rio Branco, de os associados em seus projetos co- tradições gloriosas. O trabalho rotário em prol da munitários, pois todos têm algo a dar – basta descobrir seus talentos e ap- alfabetização inclui também a dotidões. Um texto de um autor des- ação de materiais e equipamenconhecido diz que “mesmo os igno- tos escolares, incentivando assim rantes podem nos transmitir valiosas o prosseguimento de projetos e idéias”. Imaginem então os rotaria- atividades nessa área tão impornos, que por formação são indivídu- tante para o desenvolvimento do país, não sendo nunca demais lemos pensantes e capazes. brar as palavras de Monteiro G Quarto – Divulgar o Rota- Lobato: “Quem mal lê mal ouve, mal fala e mal vê”. ry em suas comunidades Amigos todos: neste ano rotário É dever de todos nós divulgar junto ao público a imagem do Rotary, que se inicia devemos tornar públifazendo com que todos conheçam co que o Rotary Compartilha sua esnossos propósitos de paz e presta- perança num mundo melhor. BRASIL ROTÁRIO
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Destaques das Deliberações do Conselho de Curadores da FR
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Reunidos de 13 a 18 de abril em Evanston, Illinois, EUA, os curadores da Fundação Rotária do Rotary International deliberaram:
Heart of America Endowed Fund em apoio aos Crei, e decidiram expandir tal procedimento a todos os distritos até 1° de julho de 2008.
Salomão, Índia, Inglaterra, Itália, Japão, Marrocos, México, Nepal, Panamá, Quênia, Tanzânia, Turquia, Uganda e Uruguai.
Administração
Gerenciamento
A comissão Visão de Futuro da Fundação Rotária apresentou um panorama do progresso alcançado com relação à implementação dessa idéia. Um modelo de plano deverá ser apresentado aos curadores na reunião de outubro. Aprovaram as normas conjuntas do RI e da Fundação relacionadas à cooperação com outras organizações. Tais diretrizes deverão ser ratificadas pelo conselho diretor do RI em sua próxima reunião.
Agradeceram a clubes e distritos pelo progresso alcançado no cumprimento das normas relacionadas aos Subsídios Humanitários em 200607. Embora seja esperado que clubes e distritos obedeçam os 100% dos requisitos dos programas, em caráter excepcional os curadores decidiram não suspender aqueles que não estiverem obedecendo o mínimo de 70% dos requisitos.
Finanças
Captação de recursos
Analisaram estratégias de captação de recursos e solicitaram à Comissão Visão de Futuro que as considerassem à medida em que forem realizando seu planejamento. Como parte dos contínuos esforços para prover financiamento de longo prazo para os Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos, solicitaram um plano para a iniciativa Doações Extraordinárias para os Crei, objetivando angariar US$95 milhões em dotações até 30 de junho de 2015. Este plano será analisado pelos curadores em sua próxima reunião. Os curadores concordaram em continuar aceitando transferências do FDUC das zonas 29 e 30 ao fundo
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JULHO DE 2007
Programas Outorgaram o Prêmio por Atuação Internacional em Prol de um Mundo Livre da Pólio aos seguintes rotarianos: Frank J. Devlyn, G. Kenneth Morgan, Gaston Kaba, Ray Klinginsmith, Rhaman Bhatia, Terry Youlton, Viktor Prikazsky e William T. Sergeant.
Outras
aprovações
Treze Subsídios Equivalentes para RCs da Bélgica, Benin, Bolívia, Cabo Verde, Canadá, Estados Unidos, França, Gana, Holanda, Honduras, Índia, Madagascar, Nicarágua, Peru, Uganda e Zâmbia. Treze Subsídios 3-H contemplam RCs do Brasil, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Fiji, Filipinas, Gana, Ilhas
Aprovado o orçamento de US$104,635.300 para utilização em programas em 2007-08. Também foi adotado um orçamento de US$43,028.000 para despesas operacionais da Fundação Rotária com programas, captação de recursos, administração geral e Polio Plus em 2007-08.
DADOS SOBRE A FUNDAÇÃO Companheiros Paul Harris .............. 1.051.990 Benfeitores da Fundação ..................... 73.890 Doadores Extraordinários ................ 8.392 (Em 30 de abril de 2007)
O orgulho do Canadá
ma palavra que vem logo à cabeça quando se quer descrever Wilfrid J. Wilkinson é tenacidade. Basta aprofundar-se um pouco na história de vida do novo presidente do RI para perceber que ele é uma pessoa que não somente enfrentou tremendos desafios, mas conseguiu superá-los na maior parte das vezes. Tornaram-se legendárias, por exemplo, sua capacidade de levantar recursos e de parecer estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Sempre apaixonado pela prestação de serviços, ele é um voluntário dedicado ao Rotary e uma liderança comunitária importante em Trenton, cidade de Ontário, no Canadá, onde ele vive e apóia o hospital local, sua igreja e as artes. Wilkinson compartilha todo esse entusiasmo com seus companheiros rotarianos do Canadá, responsáveis por projetos desenvolvidos em distritos muito vastos, e em alguns casos tão remotos, que chegam a abranger idiomas e culturas diferentes. Nesta matéria, o companheiro Tom Wilkinson, irmão de Wilfrid, fala da intimidade do nosso novo presidente, revelando seu profundo compromisso com a família e a ética e seu enorme desejo de ver um mundo mais compreensivo.
U
BRASIL ROTÁRIO
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O estilo Wilkinson Novo presidente do RI acredita que os rotarianos podem mudar o mundo, nem que seja uma pessoa por vez Relato do EGD Tom Wilkinson a Nancy Shepherdson
Nós, rotarianos, somos idealistas e trabalhamos duro. Somos pessoas que se importam com as outras e que acreditam nos valores expressos na Prova Quádrupla. Muitos rotarianos são capazes de cometer atos de inacreditável generosidade. Eu sei que fazer previsões é algo bem arriscado, mas aqui vai uma: meu irmão, Wilf Wilkinson, surpreenderá a muitos no exercício da presidência do Rotary International por seu intenso devotamento ao nosso maior lema, Dar de Si Antes de Pensar em Si.
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ão imaginem que estou me vangloriando do meu irmão mais velho. Wilf e eu somos canadenses, e todos sabem que a maioria dos canadenses sente vergonha de se auto-elogiar. Então eu vou apenas apresentar Wilf a vocês, e deixar que tirem suas próprias conclusões. Mas devo dizer que uma pessoa que convenceu o governo canadense a doar mais de US$ 180 milhões à Iniciativa Global pela Erradicação da Pólio é muito especial. “O que levou o governo a liberar os recursos foi a combinação da persistência e da paciência extremas de Wilf”, afirma o EDRI John Eberhard, coordenador da Canadian Rotary Collaboration for International Development. “Ele é muito persuasivo quando se trata de uma causa em que realmente acredita. Wilkinson investiu um bocado de tempo no desenvolvimento das relações necessárias à execução dessa tarefa”. 10
JULHO DE 2007
Começo no Rotary Wilf era novo na cidade de Trenton, em Ontário, quando foi convidado a ingressar no Rotary Club local, em 1962. Logo na primeira reunião, ele se achou um homem de sorte: aquele era um grupo que compartilhava dos seus ideais. Peter, um dos quatro filhos de Wilfrid, contou-me que a filosofia de seu pai é: Daquele a quem muito se deu, muito se espera. Wilf vislumbra todas essas altas esperanças na Prova Quádrupla, que de acordo com seu filho é algo em que o pai realmente acredita. Na verdade, Wilf acredita tanto na Prova Quádrupla que criou com seus sócios a sua própria versão, para ser aplicada à firma Wilkinson and Company: o Estilo Wilkinson, uma lista de dez princípios éticos que está afixada na parede da recepção do escritório principal há algumas décadas. Wilf aposentou-se em 2001, mas o Estilo Wilkinson ainda está lá, na mesma parede, como
um tributo aos sólidos princípios éticos que conduziram a história da empresa, que evoluiu de um escritório administrado por apenas um homem a uma organização presente em três lugares diferentes e que emprega mais de 100 pessoas. Um observador privilegiado da postura de Wilf no trabalho é o premier de Ontário, Dalton McGuinty: “Eu já sabia que ele era um líder extraordinário mesmo antes de saber de sua ascensão no Rotary, do seu sucesso profissional e das suas muitas contribuições à comunidade”, ele declarou. “É também por isso que trabalho com dois dos seus filhos: John, membro eleito do nosso parlamento provincial, e Peter, chefe da minha equipe. Alguém já afirmou que se as suas ações inspiram os outros a sonharem mais, aprenderem mais, fazerem mais e serem mais capazes, então você é um líder”. O premier observa: “Se levarmos em conta o idealismo, o trabalho éti-
AO LONGO de seus 45 anos no Rotary, Wilf Wilkinson juntou uma boa coleção de lembranças: na sua casa em Trenton, no Canadá, ele relaxa com um suvenir de seu trabalho pela erradicação da paralisia infantil
§ BRASIL RASIL R ROTÁRIO OTÁRIO B
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co e o comprometimento de seus dois filhos em servir às outras pessoas, podemos concluir que Wilf e Joan são dois líderes extraordinários.” O desejo de Wilf em servir foi a chave para que ele se tornasse um líder rotário. Até hoje, ele acha que não se deve jamais procurar uma posição de liderança numa organização. Basta fazer o que se pede, e as oportunidades de serviço virão. Wilf tem ainda o hábito de nunca terminar o dia sem agradecer por escrito a quantas pessoas puder. Para mim não foi surpresa quando ele chegou à presidência de seu clube somente cinco anos depois de ingressar como sócio. Em 1971, ele foi governador do distrito 707 (atualmente, distrito 7070, que cobre partes de Ontário), começando assim a despontar como uma liderança no Rotary. Mas ele estava interessado principalmente em mudar vidas, e logo teria uma chance jamais imaginada.
Momento decisivo Wilf lembra até hoje de sua visita ao sul da Índia em 1982, onde ajudou a promover uma campanha de imunização contra o sarampo. Naquela época, a doença estava matando milhões de crianças na região. Numa reunião de seu clube, Wilf viu um médico embalando um bebê nos braços e ministrando a vacina. “Aquilo foi o tipo de experiência que muda a vida de uma pessoa”, recordou recentemente o novo presidente do RI. “Pude constatar aquelas enormes necessidades e a dedicação dos rotarianos em saná-las.” Ken Hobbs, sócio há muito tempo do RC de Whitby, em Ontário, é um médico que estabeleceu como meta pessoal erradicar o sarampo na Índia. Ele me contou como meu irmão envolveu-se com aquele sonho: “Em 1980, Wilf e outros EGDs de Ontário foram me procurar oferecendo ajuda. Dali em diante, Wilkinson passou a coordenar a parte financeira do projeto. Ele também 12
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ajudou a convencer o governo da Índia a providenciar a estrutura de resfriamento necessária para a conservação das vacinas, e conseguiu que o governo canadense custeasse o embarque da vacina para a Índia”. P. V. “Puru” Purushothaman, EGD do distrito 3230, na Índia, lembra muito bem da viagem de Wilf. “Em 45 dias, o grupo imunizou 150 mil crianças contra o sarampo”, Puru me contou. “Quando eles chegaram a Salem, destacava-se um jovem rotariano, amistoso e carismático, que facilitava a aproximação de todas as pessoas”. Era Wilf, recebido juntamente com os outros em uma festa com fogos de artifício. “Disse que a notícia de sua chegada havia viajado rápido”, relembra Puru. “Durante uma visita a uma aldeia remota, na ausência de um sistema de comunicação os aldeões tiveram uma idéia brilhante: soltar foguetes e fogos de artifício quando ele passava por certos cruzamentos para avisar às famílias da chegada da vacina. Aquilo tudo acabou tornando-se uma grande festa, com as crianças ao redor de Wilkinson querendo apertar suas mãos. Ele ficou muito emocionado com aquilo”. Antes mesmo da conclusão do projeto contra o sarampo, Wilf foi levado a aplicar seus dotes em outra iniciativa. Em 1986, Gerry Wooll, então presidente do Comitê Polio Plus no Canadá e ex-tesoureiro do RI, nomeou-o vice-presidente e tesoureiro do programa no país. A tarefa era desafiadora: levantar pouco mais de US$ 9 milhões entre os rotarianos canadenses. Menos de três anos depois, já haviam sido arrecadados US$ 12 milhões. Com base naquele sucesso, Wilf Wilkinson foi solicitado a liderar o grupo que conseguiu mais de US$ 180 milhões para o Polio Plus junto ao governo canadense.
UM EXEMPLO de escoteiro (na foto pequena, ao lado) e de cidadão, Wilf é uma presença querida e sempre bem-vinda na cidade – seja no hospital local, na nacionalmente conhecida escola de balé ou em seu Rotary Club
‘Peça sempre’ Para Wilf Wilkinson – um homem alto e elegante de 77 anos, cabelos brancos e que raramente é visto sem usar um terno leve, uma gravata sóbria e um lenço de bolso – essas incursões para
arrecadar fundos são encaradas como um dia normal de trabalho. “O segredo de se levantar recursos é estar convencido da necessidade, ter a coragem de pedir e não desanimar diante de um não. Em média, a cada qua-
tro pessoas uma fará uma doação. Por isso, peça sempre. É possível inclusive conseguir algo de alguém que se recusou na vez anterior – mas você somente saberá disso pedindo”, Wilf me contou. A tarefa seguinte é ter o cuidado de empregar sabiamente o dinheiro arrecadado. O primeiro projeto de levantamento de fundos capitaneado por Wilkinson foi feito nos anos 1960, e destinava-se a reconstruir a igreja freqüentada por ele, em Trenton, missão que ele cumpriu em tempo recorde. Desde então, meu irmão nunca participou de um projeto para o qual fossem negados recursos – como ocorreu com o hospital local, o Loyalist College, e a Cheshire Homes, entidade voltada a adultos com incapacidades físicas, apenas para citar alguns exemplos. Perito em contabilidade forense, Wilf está habituado a analisar problemas. Com a calma que lhe é característica, ele formula perguntas como “Você já pensou nessa possibilidade?” Em 2001, quando esteve nos campos de refugiados na fronteira do Afeganistão com o Paquistão depois do bombardeio americano, a questão não era dinheiro: os Rotary Clubs tinham levantado US$ 1,7 milhão em menos de quatro meses. O comitê que liderou a iniciativa era chefiado pelo EDRI Lynmar Brock. Wilf Wilkinson lembra: “Nossa tarefa era decidir como gastar aquela quantia. A maior parte foi utilizada na compra de cobertores, botas, casacos e todo tipo de roupas de inverno. O comitê determinou as especificações do que era necessário e promoveu uma concorrência entre as empresas locais. Restava achar uma forma de distribuir o material, evitando que ele fosse desviado para o mercado negro”. Numa viagem pela região do Khyber Pass, em 2002, onde foi inspecionar os campos e iniciar o processo de retorno dos refugiados às suas residências, Wilf constatou que muitos deles eram fazendeiros cujas pro-
priedades estavam cheias de minas terrestres. Diante disso, ele lançou juntamente com outros rotarianos um programa de treinamento em ofícios como encanador, eletricista e carpinteiro, permitindo aos refugiados um meio de sustento.
Conferência de sucesso Toda essa experiência internacional preparou Wilf para o desafio de dirigir o comitê organizador da Convenção de Chicago, em 2005, ano do Centenário. O evento reuniu cerca de 40 mil pessoas, de 200 regiões do mundo, e tornou-se uma das maiores freqüências já observadas numa convenção do RI. O curador da Fundação Rotária Louis Piconi, que coordenou o comitê de promoção da Convenção de Chicago, credita a Wilf muito do sucesso alcançado: “A maneira como ele valoriza todo tipo de esforço, não importando seu nível, é uma característica que não vemos com freqüência. Ele tem a capacidade de cativar pessoas do mundo todo”. Meu irmão deixou sua marca em diversos outros projetos. Há 10 anos, ele decidiu reativar um Rotary Club em Stirling, Ontário. Wilf chamou o editor de um jornal local e reuniu uma dúzia de pessoas. O clube foi reaberto poucos meses depois, e desde então já arrecadou mais de US$ 180 mil para transformar uma velha estação de trem num centro comunitário. Mas os serviços que Wilfrid Wilkinson presta vão além dos limites do Rotary. Em 2001, ele recebeu do papa João Paulo 2o a medalha Pro Ecclesia et Pontifice em reconhecimento às ações realizadas por ele em sua igreja. Na época em que tornou-se presidente-eleito do RI, Wilf era o diretor-executivo do Quinte Ballet School of Canada, uma das escolas de dança mais importantes do país. Apesar de todo esse envolvimento com a comunidade, meu irmão nunca deixou de priorizar a família. Wilf e a mulher, Joan, estão sempre perto de seus BRASIL ROTÁRIO
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quatro filhos e oito netos. Na época em que Bill, seu filho mais velho, saiu de casa para freqüentar a universidade, eles criaram o hábito de conversar por telefone todos os domingos à tarde. Uma rotina de comunicação semanal mantida até hoje com todos os filhos – além de Bill, Peter, John e Stephen, que é sócio do RC de Barrie-Huronia, Canadá (D.7010). Peter conta que seu pai era presença garantida nas arquibancadas na época em que ele jogava basquete pelo time da escola secundária. Mesmo que o jogo fosse a 300 km de distância ou na época de preparar as declarações de imposto, período do ano em que o pai mais trabalhava.
Como tudo começou Wilf sempre se emociona ao falar de nossos pais e sobre como eles ainda o inspiram, mesmo que já tenham se passado anos desde sua morte. Nosso pai ajudou a construir a igreja paroquial de Montreal, cidade onde crescemos, e presidiu algumas vezes a Holy Name Society, entidade relacionada à Arquidiocese de Montreal. “Meu pai me mostrou como uma pessoa comum pode fazer coisas importantes de maneira simples”, ele costuma dizer. Meu irmão sempre se lembra de uma reunião da Holy Name Society, da qual participou ao lado do nosso pai. Durante o encontro, alguns jovens comentavam que, apesar de terem se empenhado com tanto afinco na angariação de fundos, eles ainda assim tinham perdido dinheiro. Retirando a carteira do bolso, nosso pai disse: “Bom, aqui está: vou compensar metade dos prejuízos e veremos juntos o que pode ser feito com a outra metade”. Aquela foi uma lição sobre como reconhecer o esforço dos outros que Wilf jamais esqueceu. Naquela noite, ele aprendeu uma outra lição, dessa vez sobre liderança: nosso pai foi eleito vice-presidente da Holy Name Society naquela mesma reunião. Nessa época, Wilf recu14
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perava-se de uma experiência que mudou sua vida: por dois invernos consecutivos, ele ficou de cama com pleurisia e pneumonia. Enquanto os outros meninos corriam e brincavam na rua, meu irmão explorava o mundo através das páginas da revista National Geographic. Mas quando nossa irmãzinha morreu de pneumonia, Wilf ficou inconsolável. Tenho quase certeza de que aqueles dois terríveis anos alimentaram sua profunda necessidade de ajudar os outros. Assim que se recuperou, Wilf passou a se esforçar para voltar à forma física, fazendo caminhadas no colégio e jogando futebol – o empenho era tanto que ele chegou a se contundir diversas vezes. Apesar da agenda cheia, ele sempre encontrava tempo para ajudar os irmãos em suas tarefas escolares – e lá em casa éramos três homens e seis mulheres – e para se dedicar como escoteiro a ponto de receber o maior reconhecimento do escotismo canadense. Mais tarde, quem o convidou para tornar-se rotariano foi o comissário distrital dos escoteiros – o que demonstra que as boas ações são de fato recompensadas. Não causa surpresa que essa busca pela excelência viesse a se refletir na sua vida profissional. No início da carreira, Wilf dividia seu tempo entre o expediente em tempo integral numa firma de contabilidade de Montreal e as aulas na Universidade de McGill. Embora seus superiores tivessem dito que poucas pessoas casadas e com filhos, como ele, conseguissem passar nos exames para a função de contador juramentado logo na primeira tentativa, Wilf chegou lá em outubro de 1958. Posteriormente, ele especializou-se em inspeção de fraudes. Mas suas conquistas profissionais vão além de um negócio bem-sucedido. No Canadá, tornar-se membro da entidade que reúne os profissionais de contabilidade constitui-se numa honra especial. Wilf foi eleito
membro do FCA – Instituto de Contadores Juramentados de Ontário – em 1979. David Wilson, rotariano e exexecutivo-chefe daquela organização, conta que ele ainda recebeu certificados por mérito extraordinário dos Institutos de Contadores Juramentados de Ontário e do Canadá. “Ao longo do tempo”, David acrescenta, “Wilf recebeu diversas outras honrarias semelhantes à da FCA. Mas para nós sempre ficou claro que o reconhecimento pessoal jamais foi a razão pela qual ele empregou
É BEM provável que a maior inspiração para o lema deste ano – Rotary Compartilha – tenha vindo da experiência pessoal de Wilf, criado numa grande família. Em casa ou durante as viagens, o Rotary influencia cada passo da vida de Wilf ao lado de sua mulher, Joan
seu tempo e seu talento em tantas atividades. Wilf aceita esses prêmios com uma genuína humildade, e segue apenas fazendo o que ele considera ser a sua parte”. Joan sempre participou integralmente da vida rotária do marido, acompanhandoo ao escritório central do RI, em Evanston, nos EUA, em todos os seus compromissos como presidente-eleito do Rotary International – o que vai continuar fazendo durante todo ano presidencial de Wilf. Peter, filho do casal, é quem afirma: “Mi-
nha mãe uma vez disse que o hobby do meu pai é participar de reuniões”.
Um sócio por ano Embora suas atribuições de líder o obriguem a afastar-se por longos intervalos de sua cidade, Wilf Wilkinson planeja permanecer envolvido na vida do seu Rotary Club, onde continua a integrar a comissão de Desenvolvimento do Quadro Social. Isto talvez justifique uma de suas principais metas como presidente do RI, que ele mesmo explica: “Quero
que todos os rotarianos aceitem a responsabilidade de trazer um novo sócio para nossa organização todos os anos, apoiando esse novo companheiro até que ele se torne um rotariano atuante”. Wilf acredita realmente que um rotariano pode fazer a diferença. No início deste ano, ele retornou ao Paquistão para receber do presidente Pervez Musharraf um prêmio em nome do Rotary. Quando se encontraram, Wilf desafiou o presidente paquistanês: “Seu país foi o último a erradicar a varíola. O senhor se compromete a não permitir que o Paquistão seja o último país a erradicar a poliomielite?” Ele sugeriu a Musharraf que seu governo colabore com a erradicação promovendo as campanhas de vacinação e destinando recursos para a causa. O presidente ficou tão concentrado na conversa com Wilf que seus assistentes precisaram avisá-lo três vezes sobre o encerramento da reunião. O presidente paquistanês terminou o encontro prometendo fazer mais pela erradicação da paralisia infantil em seu país. A capacidade que meu irmão tem de persuadir tanto os grandes líderes como as pessoas comuns faz com que acreditemos em seus sonhos mais ambiciosos. “A paz mundial é possível, e o Rotary pode ajudar-nos a alcançá-la”, ele disse uma vez. Na verdade, eu aprendi uma lição: quando Wilf Wilkinson diz que é capaz de fazer que alguma coisa aconteça, somente um louco aposta contra ele. Tom Wilkinson é EGD do distrito 7820 (Canadá, SaintPierre e Miquelon), educador aposentado da Prince Edward Island e presidente fundador do RC de Charlottetown Royalty. Nancy Shepherdson é uma jornalista freelancer que vive em Illinois, nos EUA, e sócia do RC de Lake Zurich.
Destaques rotários Depois de sua mulher, sua família e de sua fé, o grande amor e a inspiração da vida de Wilfrid J. Wilkinson nos últimos 45 anos tem sido o Rotary. Ele foi presidente do RC de Trenton em 1967-68 e tornouse governador do distrito 707 (atual 7070) em 197172. Wilf foi diretor do RI entre 1992 e 1994, chegando à vice-presidência de nossa organização em 1993-94. Em 1997, foi indicado curador da Fundação Rotária para um mandato de quatro anos, e em 2002 foi solicitado a completar o mandato do curador Howard Vann, morto no início daquele ano. Por sua atuação, ele recebeu diversas homenagens do Rotary International, incluindo a Citação por Serviços Meritórios, o Prêmio por Serviço Distinguido, o Prêmio Internacional de Serviços por um Mundo Livre da Pólio e o Prêmio Dar de Si Antes de Pensar em Si. Durante todos esses anos, Wilf Wilkinson mantevese ativo também em seu clube – atualmente ele integra a comissão de Desenvolvimento do Quadro Social – e ocupou outras posições no RI e na Fundação Rotária.
Ele coordenou: I I I I
Comissão do Fundo para o Desenvolvimento da Fundação Rotária Comissão de Finanças da Fundação Rotária Força-tarefa para o Desenvolvimento dos Clubes Comissão Organizadora da Convenção Internacional de 2005
E integrou os seguintes grupos: I I I I I I I I I I I I I I I I
Consultores dos Assessores Nacionais do Polio Plus Escritório dos Porta-Vozes do Programa Polio Plus Comitê Internacional Polio Plus Força-Tarefa da Iniciativa do Setor Privado em Defesa do Polio Plus Força-Tarefa dos Parceiros Polio Plus Força-Tarefa para o Desenvolvimento do Quadro Social Comissão de Finanças do RI Grupo Assessor para Investimentos Força-Tarefa em Defesa das Causas Humanitárias Comitê Executivo da Fundação Rotária Grupo de Revisão do Fundo Anual de Programas Comitê da Fundação Rotária para Revisão do Código de Políticas Revisão do Fundo Mundial Ad Hoc Equipe de Liderança do Fundo Permanente Comissão de Indicação do Presidente 2004-05 do RI Comissão de Revisão do Código de Políticas do RI
Outros cargos: I I
Presidente da Fundação Rotária do Canadá Vice-Presidente da Comissão de Planejamento Estratégico
Tradução de Eliseu Visconti Neto. BRASIL ROTÁRIO
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NA SEMANA Mundial de Rotaract, os jovens do Rotaract Club de SalvadorPorto da Barra, BA (D.4550) visitaram a Escola Municipal Casa da Amizade para oferecer aos alunos um café da manhã especial. Os rotaractianos levaram sucos e frutas para as crianças e participaram de brincadeiras.
OS INTEGRANTES do Rotaract Club de MaringáInteração, PR (D.4630) realizaram um projeto de conscientização do problema da violência no trânsito, distribuindo panfletos e adesivos com o slogan Paz no Trânsito, Por Que Não?
A CARAVANA Cascavel Aliança, formada pelos três Interact Clubs de Cascavel, PR (D.4640) ganhou o troféu de caravana mais animada no 19º Encontro Interactiano Paranaense. O evento, realizado na cidade de Foz do Iguaçu, reuniu 343 jovens e contou ainda com a participação dos distritos 4630, 4710 e 4730.
● O INTERACT Club de Orlândia, SP (D.4540) organizou um ciclo de palestras sobre profissões, na sede do RC local, com o objetivo de ajudar os jovens na decisão do futuro profissional. Os interactianos convidaram executivos e profissionais liberais para proferir palestras para estudantes de ensino médio.
VOCÊ CONHECE A OMIR-BRASIL? Omir-Brasil – Organização Multidistrital de Informa ção de Rotaract Clubs – é a organização de âmbito nacional do Rotaract, fundada oficialmente em 1991, com o objetivo de reunir os distritos brasileiros e facilitar a troca de informações. Possuidora de uma visão global e de uma estrutura de auxílio aos distritos e clubes, a Omir-Brasil conta com representantes que contribuem em funções específicas, como internet, comunicação internacional e treinamento, entre outros, o que possibilita o tráfego de um volume maior de informações. Para conhecer melhor a organização acesse o site <www.omirbrasil.org.br>
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O INTERACT Club de Alto Taquari, MT (D.4770) apoiou a 6ª Noite da Pizza, realizada pelo RC e Casa da Amizade locais. Os jovens trabalharam servindo mesas no evento, promovido em benefício da campanha do agasalho.
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Renato Dantas
Empreenderemos programas de saneamento básico e água potável após a erradicação da pólio
Incluiremos os temas Fome e Pobreza no Plano Estratégico do programa de prestação de serviços
Destaques das votações do Conselho de Legislação de 2007
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Carlos Jerônimo da Silva Gueiros*
O principal acontecimento rotário deste começo de segundo século da nossa organização teve lugar no Hotel Marriott Downtown, em Chicago, entre os dias 22 e 27 de abril. Foi o Conselho de Legislação de 2007, do qual participei como delegado do distrito 4610 e representante da Brasil Rotário. Esse importante evento ocorre de três em três anos.
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o Marriott, encontravamse mais de 700 pessoas para discutir as propostas e emendas apresentadas pelos rotarianos, num total de 339. O ambiente era monumental: um salão com mais de 1.500 m2 abrigava os representantes dos 530 distritos rotários e quase todos os expresidentes do RI, que lá estavam como ouvintes. Era uma reunião dentro dos padrões da ONU, com BRASIL ROTÁRIO
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rotarianos vindos de 162 países e regiões – pessoas de diferentes línguas, nacionalidades e culturas, procurando sempre servir melhor ao Rotary. VISTA PARCIAL da reunião: mais de 700 rotarianos de 162 países e regiões
Plenárias As reuniões eram realizadas das 8h30 às 18h, com menos de uma hora de intervalo para o almoço e duas pausas para o café, uma pela manhã e outra à tarde. Era voz corrente que no Rotary se faziam necessárias as adaptações aos avanços da vida de hoje. A informática, por exemplo, trouxe grande agilidade para nossas atuações. Os E-clubs – clubes rotários virtuais – foram criados e já começam a ser revistos. Os choques entre o tradicional e o atual fizeram parte, ainda que subjetivamente, das discussões. A organização foi perfeita. Os votos, apesar de algumas pequenas interferências iniciais, eram dados através de um painel eletrônico. De quando em vez, as votações eram feitas com o uso de cartões coloridos – verde para aprovação, vermelho para desaprovação e amarelo para a apresentação de moções ou sugestões de ordem, tendo preferência sobre os outros. Os delegados aguardavam em fila, formada diante dos microfones, para oferecer sua opinião a favor ou contra o que se discutia no momento. Os cartões amarelos também serviam para sugerir o final das discussões quando já não mais apareciam novidades e começávamos a girar em torno de um mesmo ponto. Seria desnecessário mencionar a disciplina e o respeito entre os conselheiros. A voz vibrante do presidente do Conselho servia como perfeita condutora dos trabalhos, principalmente nas participações aos microfones. A secretaria também era impecável em seu trabalho, pois as moções e emendas eram propostas por escrito, às vésperas de sua apreciação, e na manhã seguinte já estavam impressas e distribuídas nas mesas.
Um dos aspectos mais interessantes, na minha maneira pessoal de ver, mostrava que os conselheiros estavam muito bem preparados e já haviam passado e repassado aqueles volumes enormes de papéis recebidos há mais de um ano, e pensavam, em sua grande maioria, na mesma direção. Pudemos verificar isso nas votações que necessitavam de mais de dois terços para sua aprovação e que foram seguidamente derrubadas por não alcançar esse nível. Na sua estrutura, os governadores ali presentes, representando seus distritos e convocados a votar dentro de suas convicções pessoais, apesar de isolados chegavam em larga maioria a aprovar ou desaprovar as propostas de emendas ou resoluções. Conseguimos sentir uma unidade de pensamento, demonstrando a força da nossa organização, modernizando-se aqui e ali, mas mantendo inabalável a nossa filosofia de Servir. Todos os destaques para o que traria impacto financeiro elevando os custos de operação foram, em sua grande maioria, rejeitados. Dentro do Plano Estratégico, brilhantemente apresentado, a platéia resolveu aprovar o aumento gradual das contribuições per capita, visando manter a eficiência de funcionamento e a saúde do Rotary International.
Vivendo Rotary A oportunidade de discutir e debater nossa instituição nas reuniões organizadas no final dos dias, envolvendo brasileiros, os rotarianos da América Latina e de outros continentes, nos faziam viver o Rotary de hoje em sua plenitude.
Planejando o futuro de nossa organização Registramos, aqui, o que consideramos merecedor de destaque nas votações do Conselho de Legislação de 2007: 01 Foi sugerida a alteração de 60% para 50%, no mínimo, da
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exigência de freqüência dos sócios às reuniões ordinárias em cada semestre rotário. Foi sugerida a alteração do dispositivo para o cálculo da freqüência. Foram incluídas as Quatro Avenidas de Serviços nos estatutos prescritos para os clubes. Foi aprovada a suspensão ou desativação, por parte do RI, do clube que não proceder à devida investigação de alegação de que algum sócio infringiu as normas de proteção aos jovens. Isentar o ex-rotaractiano do pagamento da jóia de admissão a um Rotary Club, desde que ele não tenha ultrapassado dois anos de seu desligamento do Rotaract. Aceitar sócios – ainda que não preenchendo as classificações abertas no clube – que tenham demonstrado interesse, através de envolvimento pessoal, em assuntos comunitários compromissados com o servir e com os objetivos do Rotary International. Endossar e confirmar a erradicação da pólio como a meta número um do Rotary International. Aumentar o enfoque em Recursos Hídricos. Empreender programas de saneamento básico e água potável após a erradicação da pólio. Incluir os temas Fome e Pobreza no Plano Estratégico do programa de prestação de serviços. Sugerir ao Conselho Diretor do RI a criação do mês da Água,
após o primeiro dia útil dos semestres iniciados em julho e janeiro, de acordo com a seguinte quota per capita rateada:
TRÊS EX-GOVERNADORES que fazem parte da Fundação de Rotarianos de São Paulo e que representaram seus distritos no Conselho de Legislação: Henrique de Lellis (D.4420), Valdemar Armesto (D.4430) e o autor desta matéria, Carlos Gueiros (D.4610)
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da Humanidade, do Meio Ambiente, da Mulher e da Amizade, entre outros. Sugerir ao Conselho Diretor a criação do Dia da Doação de Órgãos. Criação do hino do Rotary International. Solicitar aos curadores da Fundação Rotária o aumento de 20% para 30% do FDUC – Fundo Distrital de Utilização Controlada – para ser empregado nos Subsídios Simplificados. Solicitar aos curadores da Fundação a diminuição de US$ 5 mil para US$ 2,5 mil como a quantia mínima para os Subsídios Equivalentes. Solicitar aos curadores da Fundação Rotária que autorizem o uso nos projetos de Subsídios Equivalentes de projetos de construção civil, cuidando para que a propriedade do terreno e do prédio em si satisfaça aos propósitos estabelecidos. A publicação das decisões do Conselho Diretor do RI deverão ser publicadas até 30 dias após a realização das mesmas, assim como disponibilizadas aos rotarianos que as solicitarem. Criação de uma comissão para estudar o problema da pobreza. Fazer o realinhamento das zonas geográficas do RI. Solicitar que o representante do presidente do RI nas Conferências Distritais seja fluente na língua do país a ser visitado. Incluir o hindu e o russo como idiomas oficiais do RI. Recomendações para que as Convenções Internacionais se encerrem entre os dias 14 e
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16 de junho de cada ano, ensejando, assim, o retorno dos participantes aos seus distritos antes do final do exercício rotário. Foram apresentadas propostas de alterações para a eleição do presidente do RI, assim como o aumento de 17 para 34 no número de eleitores. Eles representarão as 34 zonas do RI. Além disso, todos os candidatos deverão ser entrevistados pela comissão. Foram aprovadas revisões para a indicação de diretores do RI. Alteração da data limite para a seleção de governadores indicados de 24 a 30 meses para 24 a 36 meses. Aumentar a per capita para o Rotary International da seguinte maneira: US$ 23,50 por semestre durante o ano 2007-08 US$ 24 por semestre durante o ano 2008-09 US$ 24,50 por semestre durante o ano 2009-10 US$ 25 por semestre durante o ano 2010-11 e em diante
Os clubes deverão pagar, no mínimo, os seguintes valores: I I I I
US$ 235 por semestre no ano 2007-08 US$ 240 por semestre no ano 2008-09 US$ 245 por semestre no ano 2009-10 US$ 250 por semestre a partir de 2010-11
Os clubes pagarão para cada sócio admitido em seu quadro social
US$ 11,75 para o ano de 2007-08 US$ 12 para o ano de 200809 US$ 12,25 para o ano de 2009-10 US$ 12,50 para o ano de 2010-11 e em diante
27 Autorização para que as quotas per capita rateadas sejam pagas mensalmente à taxa de 1/12 (um doze avos) da quota devida ao RI. 28 Foi autorizada a diminuição do nível do Fundo de Reserva do RI de 100% para 85%, observando o nível mais alto das despesas anuais durante o último triênio. 29 Autorizada a suspensão dos clubes que não tenham cumprido com as suas obrigações financeiras junto ao RI ou aos seus distritos. 30 Criação de uma comissão para estudar e propor um Programa de Redução de Custos na operação do RI. 31 Revisar o processo de indicação de representantes distritais ao Conselho de Legislação. 32 Revisar o cronograma de entrega de propostas ao Conselho de Legislação, bem como limitar a cinco o número de propostas por distrito. 33 Que as emendas de resolução aprovadas sejam reproduzidas exatamente como adotadas no Conselho de Legislação. Muitas propostas aprovadas ficaram sujeitas a emendas e adequações. Sua forma final será apresentada em breve no site do Rotary International. O autor se coloca à disposição para maiores esclarecimentos sobre a reunião do Conselho de Legislação através do e-mail <carlosgueiros@brasil-rotario. com.br>
*O autor é EGD, sócio do RC de São Paulo, SP (D.4610) e vice-presidente de Relações Institucionais da Brasil Rotário. BRASIL ROTÁRIO
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A conjuntura econômica brasileira Nossos desafios no contexto mundial contemporâneo Marcílio Marques Moreira*
Ao procurar compreender o contexto global em que atualmente se insere a economia brasileira, uma primeira impressão me assalta – um sentimento que se inscreve entre a ambigüidade e a perplexidade. Esse sentimento desconcertante se explica na medida em que a economia moderna, tanto em sua dimensão global quanto doméstica, embute uma enorme complexidade, promissoras oportunidades e uma assustadora incerteza.
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ntre as principais características da nova economia mundial, três podem ser destacadas: a globalização; o fato de hoje vivermos em uma sociedade do conhecimento; e a tessitura em rede das atividades globais (network society), sejam elas econômicas, culturais ou mesmo criminais. E qual a manifestação mais eloqüente dessa nova realidade? A dos novos atores que passaram a exercer um papel crucial na economia global: a China, a Índia e uma plêiade de países médios e pequenos da periferia, sobretudo (mas não exclusivamente) asiáticos. De muitos modos, os últimos quatro anos e meio foram inéditos. Eles testemunharam um crescimento mundial, contínuo e sincronizado, de 5% ao ano. Como conseqüência, 20
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ocorreu a inversão de muitos paradigmas que haviam dominado os primeiros 50 anos de minha vida profissional, como a deterioração secular dos termos de intercâmbio, em detrimento dos países exportadores de commodities, já que seus preços tendiam a perder valor em relação aos dos produtos industrializados. Hoje, os preços das matérias-primas estão em alta, enquanto os dos produtos industrializados experimentam uma queda significativa. Os preços mais baixos das importações industriais da China, por exemplo, têm ajudado a inibir a inflação nos EUA e até no Brasil. Por sua vez, o fluxo de capitais inverteu sua direção. Antes, os capitais costumavam fluir do centro para a periferia. Hoje, há um excesso de poupança de capitais na
periferia (o savings glut), que passou a financiar o alto nível de gastos, sobretudo em consumo, dos países centrais, notadamente os EUA. Essa situação acaba deslocando para os países periféricos a produção, de maneira mais competitiva, de produtos manufaturados que serão comprados em boa parte pelos próprios países desenvolvidos – compra essa financiada pelo novo fluxo de capitais oriundos dos países emergentes. É o que ocorre, de maneira mais eloqüente, na relação entre EUA e China. As empresas norte-americanas deslocam seus centros produtores para o território chinês e lá produzem manufaturas mais baratas, que são então compradas pelo mercado americano. Na falta de recursos para fazê-lo, os EUA acabam fi-
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Armando Santos
Diferente do que acontecia no passado, hoje há um excesso de poupança de capitais nos países periféricos
nanciando-se na China, que utiliza as divisas geradas com o próprio comércio com os EUA. Isso gerou enormes oportunidades, tais como a saída de centenas de milhões de chineses, indianos e outros povos de países em desenvolvimento (que viviam às vezes abaixo do nível de subsistência) da condição de miséria ou pobreza, um processo ainda em andamento. Em contrapartida, esse processo implicou em fortes desequilíbrios financeiros globais. Os riscos e o Brasil Às grandes oportunidades da nova economia globalizada, justapuseram-se crescentes riscos. Um estudo apresentado no último mês de janeiro no Fórum Econômico de Davos (que além da equipe do próprio Fórum contou com o apoio do Citigroup, Marsh McLennan, Swiss Re e do Centro de Riscos da Wharton School) arrolou os 23 riscos globais mais relevantes e procu-
rou classificá-los por nível de probabilidade e potencial de danos, tanto em termos econômicos quanto ambientais e de vidas humanas. Por serem considerados os mais graves, quatro desses riscos globais mereceram uma análise mais aprofundada. São eles: ● Terrorismo internacional ● Choque de petróleo: nível de preços e continuidade de suprimento ● Mudanças climáticas ● Pandemias Tal como costuma ocorrer com outros fatores globais, o estudo enfatiza que os riscos não costumam surgir isoladamente, mas tendem a interagir entre si, o que potencializa seus efeitos. Além dos riscos acima apontados, transpareceram também os desequilíbrios financeiros globais. Por exemplo, a já referida relação “incestuosa” entre China e EUA e o risco de os espaços econômicos mundiais se adensarem em torno de algumas regiões, temas ou setores especializados, voltando a fragmentar a economia mundial, supostamente globalizada. BRASIL ROTÁRIO
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A força do setor privado O aprimoramento institucional que vai da extinção da Conta Movimento Bacen/BB até a Lei de Responsabilidade Fiscal é impressionante. Paralelamente, o país se abriu ao exterior (embora ainda em dimensões insuficientes) e o controle de preços foi abolido. Além disso, as reservas internacionais foram recuperadas – e mais recentemente expandidas a níveis inéditos – e os déficits comerciais e em conta-corrente foram substituídos por significativos superávits. O agronegócio se modernizou, firmando-se como um setor altamente competitivo na produção de alimentos e biocombustíveis. Em decorrência, a vulnerabilidade externa – que em parelha com a inflação, esta debelada pelo Plano Real, constituía fator de desequilíbrio detonador de crises cambiais recorrentes – foi superada por uma situação de razoável conforto externo. Simultaneamente, o processo de privatização, tão importante quanto mal compreendido, reduziu significativamente o inchaço do Estado brasileiro, embora este continue ainda demasiadamente balofo. Além disso, reformas estruturais importantes foram realizadas, infelizmente nem sempre complementadas por avanços correspondentes na área microeconômica. O setor privado, em contraste, revelou-se muito mais
Na nova divisão mundial do trabalho, como figurará a América Latina? Um retrato, em traços grosseiros, dessa nova divisão mundial do trabalho, apontaria a China como a fábrica do mundo; a Índia como seu escritório; os EUA como o shopping center mundial; a Europa como o museu; e a África como o hospital do mundo. Nesse mosaico simplificado, como figurará a América Latina? Virá a ser a fazenda alimentar-energética ou a jazida de produtos primários do planeta? Será que o Brasil estaria condenado a esse figurino? A ambigüidade (ou disjunção) que caracteriza o contexto global também pode ser encontrada na atual conjuntura econômica brasileira, caracterizada por contrastes marcantes entre avanços institucionais já alcançados e enormes desafios que ainda precisam ser superados se quisermos nos aproximar do status de uma sociedade moderna (competitiva, dinâmica e eficaz), inserida soberana e competitivamente num mundo que avança a galope.
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dinâmico do que o fiscalmente fragilizado e funcionalmente deteriorado setor estatal. De fato, o setor privado soube reinventar-se, renovar-se e reequipar-se de maneira muito mais marcante que o setor público. Exemplos eloqüentes disso são as empresas privadas que alcançaram status de empresas multinacionais ou globais, como a Vale, a Gerdau, Odebrecht, Ambev, Embraer e outras. Significativa também é a reengenharia do agronegócio, para a qual a Embrapa, empresa estatal, trouxe uma contribuição valiosa. A iniciativa privada reenergizada – utilizo dados anteriores à recente revisão das contas nacionais – controla cerca de 62% do produto nacional, investindo aproximadamente 18% do PIB (isto é, quase 30% de sua fatia no produto). Enquanto isso, o setor público, responsável por 38% do PIB, investe menos do que 2% do produto interno, ou seja, menos de 5% de sua fatia, puxando violentamente para baixo a taxa global de investimento para 20% do PIB (uma cifra agora revista para ainda mais magros 16%). O mercado de capitais, por sua vez, ultrapassou em 2005 e 2006 a contribuição do BNDES à mobilização de recursos para formação bruta de capital, invertendo uma longa tradição de predominância de nosso maior banco estatal de fomento. É preciso reagir Avançamos muito, mas isso foi feito num ritmo incompatível com os desafios que precisamos superar. Regredimos, portanto, em termos
relativos, num mundo que avança a passos mais largos. Mais: encontramo-nos no meio do caminho – uma situação sempre incômoda. A tarefa à frente, indispensável, é muito pesada. Mesmo assim, podemos afirmar com bastante tranqüilidade que não corremos mais o risco de despencar no abismo, até mesmo porque não deixamos ainda a planície. No bem-sucedido processo de superar crises recorrentes, tornamo-nos experts na administração de crises. Mas ao fazê-lo, acabamos nos desmobilizando, sem aproveitar o momento para empreender as reformas e correções indispensáveis para prevenir crises futuras. Por outro lado, não temos revelado a capacidade de aproveitar oportunidades em momentos propícios, como o foram os últimos quatro anos, com o céu de brigadeiro e o mar de almirante de inédita bonança da economia mundial, com liquidez praticamente ilimitada, matérias-primas com demanda e preços em alta, real valorizado (permitindo investimentos a menor custo)
e ausência de crises e abalos financeiros exógenos. Conseguimos escapar do perigo das quedas abruptas, mas nos ameaça um risco mais grave: o de, afastados os perigos catastróficos, acabarmos nos contentando com o mais ou menos. Nosso pior futuro seria o de, sem mesmo nos aperceber, resvalar, pouco a pouco, para o desvão da mediocridade, da obsolescência e da irrelevância no mundo. É preciso reagir e – com todas as forças, corações e mentes – resistir à tentação insidiosa do conformismo e da complacência. Para isso é indispensável resgatar a ética, combinada à eficiência (tanto na atividade pública quanto no setor privado), como fios condutores da convivência social e alicerces para a construção de um dinâmico capital social, indispensável para alcançarmos a modernidade com
justiça, eficiência e liberdade – liberdade para pensar, liberdade para empreender, liberdade para sonhar. * O autor, que foi ministro da Fazenda e embaixador do Brasil em Washington, é sócio do RC do Rio de Janeiro, RJ (D.4570).
Avançamos muito no Brasil, mas num ritmo incompatível com os desafios que precisamos superar
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Lidando com a diabetes Rotarianos perdem peso e ensinam como combater um problema crescente Rebecca Voelker* Ninja
e início, os sintomas não pareciam sérios – somente uma sensação na boca parecida com a maciez do algodão e o aumento das idas ao toalete. Aos 48 anos, Gerry Jackson preocupou-se, pensando que estava com algum problema na próstata. Ao mencionar aqueles sintomas durante uma conversa no escritório, um dos seus colegas disse que ele tinha motivos para se preocupar, mas não por causa da próstata. Depois de submeter-se a um checape, Gerry descobriu que era diabético. “Fiquei chocado com a notícia”, ele conta. Sócio do RC de Davisburg , nos EUA, esse rotariano empreendedor, governador 2006-07 do distrito 6380 (que cobre as regiões de Ontário, no Canadá, e de Michigan, nos EUA) logo encontrou uma forma de lidar com o diagnóstico apresentado. Depois de ouvir do seu médico que a melhor solução para o seu caso seria emagrecer, Gerry desafiou seu distrito a colaborar com ele. Com a meta de perder pelo
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Entre 1990 e 2000, os casos de diabetes aumentaram 49% nos EUA
menos 20 libras de peso (cerca de 10 quilos), Gerry Jackson pediu aos rotarianos que doassem US$ 5 à Fundação Rotária para cada libra que emagrecesse. Isso aconteceu no mês de julho do ano passado. Em dezembro, ele já havia emagrecido 47 libras (quase 21 quilos), o que rendeu mais de US$ 10 mil para a Fundação. “A arrecadação de fundos funcionou como uma grande motivação para que eu perdesse peso” revelou Gerry. “Eu estava assustado. São muito sérios os riscos das complicações da diabetes, como problemas cardíacos, perda de visão, derrames, amputação de membros e doenças renais.” Alimentada por uma obesidade quase epidêmica e a falta do hábito de exercícios físicos, as mais recentes estatísticas sobre a diabetes nos EUA mostram que a doença cresceu 49% entre 1990 e 2000, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde. Atualmente, cerca de 21 milhões de americanos sofrem com a doença, incluindo as 6 milhões de pessoas que são diabéticas e não sabem.
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Um aspecto alarmante desse surto de diabetes é o número crescente de jovens diagnosticados com a doença
Além disso, 54 milhões de americanos têm o que se chama de pré- diabetes, um teor de açúcar no sangue não-classificado como diabetes, mas alto o suficiente para provocar doenças cardíacas. Até 95% dos casos de diabetes nos EUA são do tipo 2, no qual o organismo produz, de forma gradual, menos insulina, ou torna-se resistente à capacidade da insulina de controlar o nível de açúcar no sangue. Nos casos do tipo 1 (também chamados de diabetes juvenil), o organismo não produz insulina. Ambos os casos podem ter origem hereditária, mas os do tipo 2 estão correlacionados com os hábitos de vida, como dieta e sedentarismo. Com o avanço da doença, os Rotary Clubs estão enfrentando o problema nas suas próprias fileiras. A campanha de Gerry inspirou o companheiro Rick Perry, expresidente do RC de Farmington (D.5960), a promover em seu clube um evento em que foram oferecidos à comunidade testes de glicemia. Dois sócios, o quiroprático Jason Ellis (especialista no tratamento de doenças através da manipulação das vértebras) e o especialista em medicina interna Raj Patil apresentaram-se como voluntários para sua organização. Testes preventivos “Esperamos que um dia as pessoas possam contar com exames gratuitos para analisar o teor de açúcar do sangue”, conta Jason Ellis. Ele explicou que o teste é feito com uma pequena amostra de sangue, coletada através de uma
picadinha no dedo, com o resultado fornecido em poucos minutos. O teste [N.E.: Feito nos moldes das feiras e mutirões de saúde realizados por diversos clubes e distritos brasileiros] fornece ainda a pressão do sangue e o teor de colesterol, o que permite uma orientação sobre os fatores de risco da diabetes, suas complicações e a forma de prevenção. “A orientação aos pacientes nos consultórios médicos tem sido insuficiente”, afirma Raj Patil. Na verdade, ele acrescenta, se a diabetes continuar crescendo no ritmo atual, em pouco tempo “não haverá enfermeiras, médicos e nem dinheiro suficientes para cuidar de todos os doentes”. Um aspecto alarmante desse surto de diabetes é o número crescente de jovens diagnosticados com a doença. A diabetes do tipo 2, conhecida antigamente como uma doença própria de indivíduos adultos, ataca atualmente crianças, adolescentes e jovens. “Temos tentado incutir nas escolas e nos pais de alunos a prática de um modo de vida saudável”, conta Franco Reyna, diretor de programas latino-americanos do escritório de Los Angeles da Associação Americana de Diabéticos (ADA). É uma mensagem importantíssima, afirma Rudy Salinas, presidente do RC de East Los Angeles (D.5300). Reyna e Salinas, amigos de longa data, resolveram somar os recursos do Rotary e da ADA para desenvolver um programa educativo bilíngüe voltado às crianças em idade escolar de East Los Angeles e seus pais. No ano passado, eles fizeram uma palestra na escola local, a Fourth Street Elementary
School. O programa, ministrado em inglês e espanhol, estabelece uma interação direta com a família dos alunos através de reuniões com a associação de pais de alunos e em outros eventos escolares. “Os alunos nascidos nos EUA são fluentes em inglês, mas muitos dos pais não são”, conta Rudy Salinas. Ele decidiu aderir ao programa depois de tomar conhecimento do impacto maior provocado pela diabetes entre os latino-americanos. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos EUA, os adultos descendentes de mexicanos e os residentes em Porto Rico apresentam o dobro da tendência de contrair a doença se comparados à população de origem caucasiana. Rudy espera que a prioridade dada às crianças e às escolas seja capaz de prevenir o mal e deter o crescente surto de diabetes. “Se não começarmos por nossos filhos”, ele diz, “por onde mais poderíamos começar?” *A autora é colaboradora do Jornal da Associação Médica Norte-Americana. Tradução de Eliseu Visconti Neto. ● As informações contidas neste artigo têm o único propósito de informar e e d u c a r, n ã o p o s s u i n d o , portanto, nenhum caráter de diagnóstico ou tratamento de problemas de saúde, ou de substituírem consultas junto a profissionais qualificados.
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Belém chama para Instituto de Belém oserá trabalho e o lazer históric Lindoval de Oliveira*
Aproveite a oportunidade de participar do maior evento regional do Rotary, o XXX Instituto Rotário do Brasil, de 06 a 09 de setembro na capital paraense, para atualizar seus conhecimentos sobre a nossa organização, rever amigos e fazer novas amizades e, a um só tempo, viver as atrações da Amazônia.
Aberto a todos os rotarianos
O
convocador do Instituto, DRI Themístocles A. C. Pinho, abriu esse importante encontro aos rotarianos que ele classifica de “lideranças emergentes”, isto é, os companheiros que têm se destacado em seus clubes. Antes, era dedicado apenas aos governadores de distrito – atuais, antigos e indicados. Para ser
convidado a participar do evento, faça contato com um governador, um membro da comissão organizadora do evento ou procure o “casal anfitrião” de seu distrito. A relação desses casais e a ficha de inscrição no Instituto estão no final desta matéria. Leve sua mulher e os filhos. Chegue antes do dia 06 ou fique mais uns dias após o Instituto.
Procure conhecer as opções de pacotes de viagem (passagens aéreas e hotel) com o EGD Altimar A. Fernandes através do email: <altimar@litoral.com.br> Esteja certo de que toda a família vai adorar esta sua iniciativa. Os fascínios da Amazônia começam em Belém. Acompanhe na revista as opções de hotéis e passeios na capital do Pará.
Instituto Light
Agência
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oficial
omo vimos noticiando, o grande evento já tem hora para começar e terminar: diariamente, as atividades começarão às 09h e terminarão às 14h, deixando o resto do dia para o lazer. Haverá apenas uma palestra por dia. Já estão confirmadas, entre outras, as presenças do presidente Wilfrid Wilkinson, dos palestrantes Robert S. Scott, curador e vice-chairman da Fundação Rotária; e de Izabela Pereira, bolsista (D.4530) do Centro Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos, da Universidade de El Salvador, Buenos Aires. Ela vem prestando serviços a organismos da ONU e da OEA em vários continentes. Para conhecê-la melhor, leia a edição de fevereiro da Brasil Rotário, página 25. 26
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oi escolhida a Valeverde Turismo, e-mail: lojavirtual@valeverdeturismo.com.br e telefone: (91) 3212-7333. Fax: (91) 3212-4333. Visite o site: www.valeverdeturismo.com.br
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*O autor é jornalista, sócio do RC do Rio de Janeiro, RJ (D.4570) e editor da Brasil Rotário.
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Henrique Barbin Neto José Boa Sorte Farias Loadir Carlos Pazolini Altimar A. Fernandes Antonio José da Costa Reinaldo J. Della Pasqua Denizar C. Perusso Israel Antonio Alfonso Agerson Tabosa Pinto Kleber Carvalho Toscano Maura Queiroz Geraldo Eustáquio Alves Osvaldo Dias Carvalho João Carlos Cazú Maria Auxiliadora Vilas Boas Guaracy de C. Nogueira Sebastião Porto Ronaldo W.M.Valverde Rubismar Stolf Celso Rubens A. de Moura Darci Luiz Kirst
CASAIS ANFITRIÕES Ano de Cônjuge governadoria 2003-04 Célia 2001-02 Edna 1998-99 Maria Tereza 2004-05 Elizabeth 1987-88 Irene 2004-05 Ivone 2000-01 Edemercia 2005-06 Eula Maria 1984-85 Maria 2001-02 Leda 2004-05 Valdeir 2005-06 Manuela 2004-05 Maria Aparecida 2005-06 Magda 2003-04 Jaziel 1984-85 Yvette 2005-06 Leda 2004-05 Renata 2000-01 Munira 2000-01 Eda 2005-06 Maria Elizabeth
4620 4630 4640 4650 4651 4660 4670 4680 4700 4710
José Domingos V. Rabello Rubens Costa Monteiro Névio Iurio Alceu Eberhardt Renato Tadeu Rodolfo José V. Real de Andrade Rubens F. Clamer dos Santos Nei Bonora Coutinho Leonel Irio S.do Nascimento Naylor A.das Chagas Lima
2001-02 1984-85 1994-95 2004-05 2003-04 2002-03 2005-06 1997-98 2002-03 1994-95
Ana Maria Eugenia Bernadete Tânia Olga Ana Maria Íris Noveli Vilma Neiva
barbin@poliodonto.com.br jsorte@fsa.terra.com.br carlospazolini@uol.com.br altimar@litoral.com.br antoniojcosta@uol.com.br depasqua@terra.com.br denizar_perusso@uol.com.br iaalfonso@hotmail.com agerson@secrel.com.br ktosca@uol.com.br maura@eastroclinica.org geraldoalves@mail.cyberpl.com.br osvaldoucida@brturbo.com.br jcazu.gov@rotary4540.com.br torresvilasboas@bol.com.br guaranog@yan.com.br porto40@globo.com gerencia@hotelcataguases.com.br rubismar@cca.ufscar.br celso.moura@uol.com.br quality@uol.com.br darci@termoquality.com.br rabello@rbac.com.br rubensmonteiro@fornet.com.br nevio@wln.com.br aleceb@terra.com.br renato@renatorodolfo.com silvana@casism.com.br rubensrotary2005@hotmail.com coutinho@pro.via-rs.com.br leonelirio@malbanet.com.br naylor@sercomtel.com.br
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Algacyr Morgenstern Fernandes Luiz Andretta Ubirayr Ferreira Vaz Antonio Elias Nahas Jorge Coga Pedroso Neli Lúcia Coradini Abascal
1986-87 2005-06 1991-92 2004-05 2001-02 2000-01
Dalila Sandra Sonia Enice Cecília Luiz Carlos
algacyr@avalon.sul.com.br andretta@perfiaco.com.br ubirayr@ar.microlink.com.br eliasenicenahas@uol.com.br jpedroso@upconnect.com.br neli.abascal@farrapo.com.br
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Endereço eletrônico (e-mail)
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Archimedes Theodoro, o globe-trotter antipólio Arte sobre fotos de Sérgio Afonso e RI
A vida de um dos grandes nomes na política de saúde em Minas e no Brasil João Amílcar Salgado*
uando o pai lhe deu o nome, era um vaticínio, promovendo-lhe o perfil de cientista e sábio, no que acertou plenamente, pois esse ilustre pediatra mineiro ocupa um lugar de honra na história das realizações em saúde no Brasil. Foi colega de Osvaldo Gusmão (filho do professor Rivadávia Gusmão,
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que por feliz coincidência é o patrono da cadeira que viria a ocupar na Academia Mineira de Medicina) e de Ivo Pitangui no curso colegial em Belo Horizonte, mas transferiu-se para Niterói, no Rio, onde se diplomou médico em 1946. Teve formação especializada na aristocrática linhagem de pediatras criada por Fernandes Figueira – que chegou a clinicar em Minas – sendo interno de César
Pernetta e de Adamastor Barbosa, criador do primeiro banco de leite humano do país. Quando voltou a seus nativos sertões do Leste, foi o primeiro médico de completa formação pediátrica a atuar no Vale do Rio Doce e Leste de Minas. Com tanto cabedal, só poderia projetar-se como vanguardeiro em medicina coletiva, no que se conduziu como um autêntico cientista social. E
mais: mostrou-se verdadeiro estadista da saúde ao eleger cometimentos substantivos, numa carreira em que o asfixiante acúmulo de demandas conjunturais costuma adiar metas bem mais altas. Israel Pinheiro o fez dirigente do Departamento Estadual da Criança em 1966, e a seguir ele foi escalado para instalar e dirigir o Centro Metropolitano de Saúde. Já no governo Aureliano Chaves, atuando como secretário adjunto, fezse peça essencial na reorganização da saúde no estado, processo de que resultou a Fhemig – Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais, vindo a ser seu segundo superintendente. Nessa época, Theodoro e eu fomos colegas na modernização da saúde em Minas, pois atuei nos preparativos organizacionais relativos ao chamado Cuidado Progressivo do Doente, então em vias de implantação no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, com o apoio da Organização Pan-Americana e da OMS – Organização Mundial de Saúde. Todas as orientações cabíveis foram repassadas ao Hospital João XXIII, da Fhemig, por meu colega de equipe técnica Elmo Perez dos Santos. A luta contra a paralisia infantil Interrompidos aí, seus feitos já seriam suficientes para que seu lugar fosse muito especial em nossa memória médica. Mas o mais dignificante ainda estava por vir: Archimedes tornou-se um verdadeiro globe-trotter antipólio. Tudo começou quando foi guindado a presidente da Comissão Nacional do Programa Polio Plus, através da qual o Brasil participou do projeto mundial de erradicação da poliomielite, resultado da feliz integração entre várias entidades: duas agências multilaterais (a OMS e o Unicef), um organismo governamental – o Centro Norte-Americano de Controle de Doenças – e uma entidade humanitária não-governamental, o Rotary International. Com isso, em 1991 o Brasil realizou a formidável conquista de interromper a circulação do poliovírus selvagem, um triunfo his-
“No governo Aureliano Chaves, atuando como secretário adjunto, fez-se peça essencial na reorganização da saúde em Minas”
tórico de nível igual às vitórias de Osvaldo Cruz. Archimedes Theodoro trazia congênita a prontidão para ajudar e servir. Entre os frágeis pedicelos que apóiam seus generosos sonhos pela vida afora, mal sabia ele que defrontaria um poderoso tronco de sólidas raízes. Sim, o Rotary foi-lhe uma esplêndida dádiva, em virtude do potencial e do alcance que a própria organização talvez desconhecesse, com os quais Theodoro contribuiu para patentear e justamente ostentar. As organizações não-governamentais não são novas como parecem. Herdeiras das ordens religiosas do oriente e do ocidente, fizeram-se leigas após o Renascimento, principalmente como sociedades sábias e como associações humanitárias. Conhe-
“Theodoro, curador internacional da Fundação Rotária, encontra-se na merecida expectativa da vitória final contra a paralisia infantil, a acontecer em breve”
cer tal origem pode ser uma arma contra a atual (e contraditória) proliferação de ONGs parasitárias das finanças governamentais. E se houver dúvida sobre o modelo ético a seguir, o programa Polio Plus deve ser apontado como exemplar em seus meios e fins. Como feliz detentor dessa arquimédica alavanca capaz de mover o universo da saúde, nosso Theodoro, curador internacional da Fundação Rotária, encontra-se na merecida expectativa da vitória final contra a paralisia infantil, a acontecer em breve, quando o que já sucedeu em nosso país valerá para o mundo todo. Por sua participação nessa extraordinária vitória, ele recebeu prêmios no Brasil, EUA e em outros países. Foi levado a titular das Academias Mineira de Medicina e Mineira de Pediatria. E foi recentemente convidado a ministrar uma conferência no Curso de História da Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, intitulada “Odisséia Antipólio”, quando foi apresentado aos estudantes e aos historiadores de medicina pelo eminente Edward Tonelli, outro vencedor nas mesmas vitórias do conferencista. Vários foram os instantes de emoção que afloraram ao longo dessa marcante preleção. Neles foi possível perceber algo raro: o silêncio em volta, feito espontaneamente diante da voz embargada pela vibração íntima mais sincera, só partilhada por aqueles que se sentem autores de um bem incomensurável, oferecido a milhões de pessoas de todas as latitudes do planeta. E nesses belos minutos percebemos, sob aqueles cabelos de neve e aquelas hirsutas sobrancelhas, não o desejo do repouso heróico tão merecido, mas o ânimo alto de quem ainda quer realizar mais e mais. Eis um homem que é da mesma estirpe de um Vital Brasil, da mesma índole de um Carlos Chagas e da mesma têmpera de um Belisário Pena. De mineiros como tais, autênticos Quatro Cavaleiros da Saúde, é que construiremos a grandeza do nosso futuro. * O autor é diretor do Centro de História da Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. BRASIL ROTÁRIO
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Participe dos Grupos Saiba como eles funcionam e escolha o seu “O companheirismo é algo formidável, que ilumina os caminhos da vida, difunde a felicidade e é digno do maior valor” PAUL HARRIS
O que são? Os Grupos de Companheirismo são formados por rotarianos, seus cônjuges e também por rotaractianos, que se unem para: G Compartilhar interesses em comum em atividades recreativas, como esportes e hobbies G Promover seu desenvolvimento profissional através da interação com pessoas que exerçam a mesma profissão G Fazer novos amigos em todo o mundo G Encontrar novas maneiras de servir às comunidades G Divertir-se e aprofundar suas experiências rotárias Outros benefícios Proporcionam aos rotarianos a oportunidade de fazer novas e duradouras amizades (fora do âmbito de seu próprio clube, distrito ou país), contribuem para o progresso da compreensão e da paz mundiais e servem como incentivo à atração de novos sócios e à retenção dos atuais. História Os Grupos de Companheirismo começaram informalmente em 1928, quando alguns rotarianos interessados em esperanto passaram a se reunir. Em 1947, outros companheiros organizaram um grupo de amantes do remo, que mais tarde se tornaria o Grupo de Companheirismo do Iatismo. 32
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Com o tempo, esses grupos começaram a chamar a atenção, funcionando durante muitos anos como Grupos de Companheirismo Mundial, Grupos Internacionais de Contatos Profissionais, Grupos de Companheirismo Recreativos e Profissionais e, finalmente, como Grupos de Companheirismo. Atualmente, eles pertencem a uma categoria distinta, denominada Grupos de Relações Globais, e que inclui também os Grupos de Ação Rotária – organizados de forma semelhante aos dos Grupos de Companheirismo, mas enfocando atividades especificamente voltadas à prestação de serviços. Em 1º de julho de 2006, existiam 86 Grupos de Companheirismo e dez Grupos de Ação Rotária. Funcionamento dos grupos G Cada Grupo de Companheirismo funciona de forma independente em relação ao Rotary International, possuindo suas próprias regras, estrutura de contribuições e administração
s de Companheirismo A AVIAÇÃO é o tema de um dos grupos
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EM PARIS, encontro dos integrantes do Grupo de Companheirismo dos Maratonistas
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DESFILE DO Grupo de Companheirismo dedicado ao iatismo
OS AMANTES do motociclismo também têm um grupo
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A participação está aberta aos rotarianos, seus cônjuges e aos rotaractianos Cada grupo deve manter em seu quadro integrantes de pelo menos três países Cada grupo elege pelo menos três dirigentes para supervisionar as operações Os Grupos de Companheirismo devem facilitar a co municação entre seus membros e manter o Rotary International informado de sua atuação
ATÉ EMBAIXO d’água: rotarianos do Grupo de Companheirismo de Mergulho trocam flâmulas
das informações presentes na homepage do RI <www.rotary.org> ou no Catálogo Global dos Grupos de Relações Globais, ou preencha o formulário que está publicado na página ao lado e envie-o ao escritório central do RI, em Chicago, de onde ele será encaminhado ao grupo que você escolher. Você também pode entrar em contato com seu coordenador distrital dos Grupos de Companheirismo. Caso o grupo do qual você gostaria de participar ainda não exista, procure a equipe do RI em Chicago e saiba como criar um novo grupo. Saiba mais
Na Convenção Internacional Muitas vezes, durante as Convenções Internacionais, realizadas em junho, mês que o RI dedica aos Grupos de Companheirismo, seus integrantes reúnem-se para formular seus planos de ação, sempre com a presença de pessoas de diversas partes do mundo. Durante o evento, as exposições organizadas pelos Grupos de Companheirismo são parte vital da rotina das Casas da Amizade. Eles aproveitam a oportunidade para comemorar suas realizações, planejar o futuro e recrutar novos membros. Como participar Para saber mais informações, contate o Grupo de Companheirismo de seu interesse, valendo-se 34
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Visite o site dos Grupos de Companheirismo <www.rotaryfellowships.org> e participe do seu fórum de discussões, que pode ser acessado pelo endereço <http://forums.rotary.org/> Ou entre em contato com o RI: Rotary International Service Support & Awards Department Fone: 1-847-866-4494 Fax: 1-847-866-6116 E-mail: rotaryfellowships@rotary.org Rotary International 1560 Sherman Avenue Evanston, IL 60201-3698, USA
Grupos de Relações Globais Formulário de adesão Os Grupos de Relações Globais são formados por rotarianos de todo o mundo que se reúnem para compartilhar interesses em comum. Eles estão divididos em dois tipos: os Grupos de Companheirismo, que têm como foco uma mesma atividade profissional ou de lazer, abertos a todos os companheiros; e os Grupos Profissionais, organizados em torno de projetos humanitários e de serviços relacionados aos objetivos do Rotary. Para saber mais sobre eles, assinale suas preferências, de acordo com o tema – no máximo três – e preencha o formulário, que deve ser enviado para o endereço indicado. GRUPO DE COMPANHEIRISMO J Advocacia J Agentes de Viagem J Alpinismo e Montanhismo J Apreciadores de Vinho J Artes Performáticas J Artesanato J Assistência em Casos de Desastre e Calamidades J Automobilismo e Motores J Automóveis Antigos, Clássicos e Históricos J Aviação J Avicultura J Belas Artes e Antiguidades J Bocha J Bridge J Canoagem J Ciclismo J Cirurgiões Plásticos J Civilizações Pré-colombianas J Colecionadores de Bonecas J Colecionadores de Placas de Automóveis J Computadores J Contabilidade J Corredores de Maratona J Corretores de Ações e Seguros J Corrida e Boa Forma J Críquete J Cultura Latina J Curling (esporte semelhante à bocha) J Designers de Arranjos Florais J Editores J Educação Especial J Educação Secundária J Egiptologia
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Enfermeiros Engenharia e Ciências Aplicadas Equitação Escotismo Esperanto Esportes de Tiro Esqui Farmacologia Ferrovias (colecionadores de miniaturas) Finanças e Bancos Freqüentadores de Convenções do RI Futebol Genealogia e Heráldica Gerenciamento de Qualidade Go (jogo de tabuleiro) Golf Gourmets Herança e História Rotária História do Rotary (projeto na internet) Iatismo Indústria de Pneus Indústria de Papel Intercâmbio de Lares Internet Investimento de Capital Ioga Livros Antigos e Raros Mágicos e Ilusionistas Magna Grécia (apaixonados pela cultura grega clássica) Medicina Meio Ambiente Mergulho Militares Motociclistas
Nome:
E-mail:
Sobrenome:
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Motorhome Músicos Observação de Pássaros Paradas e Festivais Pesca Policiais e Agentes da Lei Prevenção ao Uso de Drogas Promotores da Alfabetização Proprietário de Cães Psiquiatria e Psicologia Radioamadorismo Selos Rotários Sobreviventes de Cirurgias Cardíacas Tecelagem e Arte em Tecido Tecnologia Digital Tênis Veterinária Viagens e Hospedagem Viagens em Trailers Xadrez
GRUPOS PROFISSIONAIS J Água e Saneamento Básico J AIDS J Doação de Sangue J Esclerose Múltipla J Feiras de Saúde J Malária J Microcrédito J População e Desenvolvimento J Prevenção à Cegueira J Regeneração da Audição J Remoção de Minas Terrestres J Serviços Humanitários J Sobreviventes da Pólio J Voluntários da Odontologia
Distrito:
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Endereço: Cidade:
Estado:
Telefone comercial:
CEP:
País:
Fax:
ENVIE PARA: Rotary International, Service Support and Awards (PD210), One Rotary Center, 1560 Sherman Avenue, Evanston, IL 60201-3698, USA. Fax: (847) 866-6116 BRASIL ROTÁRIO
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Preservativos e informação ainda
Alfredo Castro Neto*
são a melhor arma contra a Aids
No Brasil, apesar de a maioria dos adolescentes conhecer as vantagens da camisinha, isto não significa que todos tenham aderido ao seu uso. O fato é que o medo de contrair Aids, isoladamente, não encoraja os jovens a usar o preservativo. Alguns não conseguem pensar no futuro, e apenas valorizam o momento. Outros sentem vergonha, e ainda há um terceiro grupo, daqueles que acham que sexo espontâneo é mais importante que sexo planejado.
Mais vale um grama de prevenção que um quilo de cura 36
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As estatísticas comprovam: 81% dos jovens brasileiros têm informações básicas sobre os métodos anticoncepcionais e sobre como a camisinha protege contra o vírus HIV. No entanto, eles não acreditam que a pessoa ao seu lado, aquela por quem estão apaixonados, possa ter o vírus. Ou seja: quando se cria um vínculo afetivo, o preservativo é geralmente deixado de lado. Grande parte dos adolescentes acha que se fala muito da camisinha, mas se usa pouco. E infelizmente as pesquisas têm comprovado que as garotas deixam nas mãos dos rapazes a responsabilidade (e a decisão) de usar ou não a camisinha. Aparentemente o brasileiro não se sente reprimido para fazer sexo, contanto que não tenha que falar seriamente sobre esse assunto. De fato, em nosso país, o “Monstro da Ignorância” não dá sinais de trégua. Muitos desconhecem que as pessoas que têm múltiplos parceiros constituem um grupo de risco, não importando, por exemplo, a classe social a que pertençam. As pesquisas mostram outra verdade incontestável: os adolescentes estão começando a vida sexual cedo e desprotegidos, vulneráveis a doenças e à gravidez precoce. O que eles precisam saber é que basta uma única vez para se contrair Aids – experimentando, por exemplo, uma droga injetável. Existe ainda a fantasia romântica de que a paixão está acima de tudo. Nossa cultura alimenta a idéia de que ao apaixonar-se as pessoas tornam-se invulneráveis a qualquer perigo. Mas os adolescentes precisam compreender que nos tempos do HIV o amor requer uma responsabilidade compartilhada. Ninguém é tão atraente a ponto de nos fazer correr o risco de uma relação sexual sem camisinha. Os serviços de saúde e à comunidade são importantes. Sabe-se que quando os esclarecimentos sobre a Aids são
Os adolescentes estão começando a vida sexual cedo e desprotegidos. O que eles precisam saber é que basta uma única vez para se contrair Aids dados por um médico, o uso de preservativos aumenta consideravelmente em relação aos que não tiveram este diálogo. Numa pesquisa recente, feita numa escola urbana da Califórnia junto a 1.112 estudantes – todos na faixa etária de aquisição de preservativos, disponibilizados na própria escola – ficou demonstrado que essa disponibilidade fomenta sua utilização, familiarizando-os com práticas sexuais seguras. Esse estudo mostra que devem ser removidas as barreiras para a aquisição dos preservativos, e que sua disponibilidade deve ser aumentada. Sabe-se que os adolescentes que carregam preservativos têm 2,7 vezes mais chances de usá-los.
Nos EUA, de acordo com dados do Departamento de Saúde Americano, os casos de DSTs tiveram um aumento de 600% desde o final dos anos 60
Outros riscos Além disso, outras DSTs – Doenças Sexualmente Transmissíveis – que pareciam riscadas do mapa (como sífilis, gonorréia e herpes genital) têm aparecido com mais freqüência entre os adolescentes. Nos EUA, de acordo com dados do Departamento de Saúde Americano, os casos de DSTs tiveram um aumento de 600% desde o final dos anos 60. No Brasil, não existe uma estatística oficial, mas registros de hospitais públicos e de consultórios particulares comprovam esse crescimento. Sem contar que uma pessoa com alguma doença sexualmente transmissível tem 17 vezes mais chances de contrair Aids do que uma pessoa que não tem. Isso é explicado pelo fato de que uma lesão genital é uma porta aberta para o HIV, facilitando que se contraia e transmita a doença. Outro relatório recente, este do Banco Mundial e das Nações Unidas, revelou que os governos de todo o mundo investem pouco na prevenção à Aids. Somente o Brasil gasta mais com AZT para tratar os pacientes com Aids do que toda a comunidade internacional para prevenir a epidemia. O governo brasileiro precisa cada vez mais se envolver para garantir a prevenção. Chega a ser impressionante como, às vezes, medidas simples podem salvar inúmeras vidas. Por exemplo: em Nairóbi, capital do Quênia, a mera distribuição de preservativos femininos entre 500 prostitutas evitou que 10 mil homens fossem infectados. No caso da Aids, vale lembrar a frase do presidente americano John Kennedy: “Mais vale um grama de prevenção que um quilo de cura”. * O autor é psiquiatra infantil, professor e membro do Conselho Consultivo da Abenepi – Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil/RJ. BRASIL ROTÁRIO
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SÓCIO DO Rotary Club de São Bernardo do Campo-Rudge Ramos, SP (D.4420) Carlos Roberto Maciel assumiu a secretaria de Governo daquele município.
VALÉRIO CARVALHO, companheiro do Rotary Club de Floriano Médio-Parnaíba, PI (D.4490) renunciou ao mandato de vice-prefeito para ocupar a secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico.
O COMPANHEIRO Eurico Barros, sócio do Rotary Club do Recife, PE (D.4500) foi nomeado e tomou posse como desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.
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Rotarianos que são notícia ○
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O EGD e ex-presidente do Rotary Club de São Luís-Praia Grande, MA (D.4490) Pompilio de Albuquerque e seus irmãos, Daniel e Fernando, sócios honorários do clube, foram homenageados pela Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão com o título de Cidadão Maranhense.
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SÓCIO DO Rotary Club de Adamantina, SP (D.4510) Ananias Ruiz foi designado para integrar a 12ª Turma Disciplinar do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/SP, com sede em Presidente Prudente.
NO OITAVO andar do One Rotary Center, em Evanston, Illinois, sede da nossa organização, o casal EGD Carlos Henrique de Carvalho Fróes e Lícia, momentos antes da recepção oferecida pelo Rotary International a seus advogados, de diversos países, presentes ao Congresso Anual da INTA – International Trademark Association.
COMPANHEIRO DO Rotary Club de Duque de Caxias, RJ (D.4570) Antonio Joaquim Coelho da Cunha tomou posse na Academia de Letras e Artes de Duque de Caxias, ocupando a cadeira que tem José de Alencar como patrono.
O EGD Pasqual Satalino, sócio do Rotary Club de LimeiraLeste, SP (D.4590) foi eleito membro da Comissão Permanente de Orçamento e Tomada de Contas do Crea-SP – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo.
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WILSON DE Matos Silva, do Rotary Club de Maringá-Leste, PR (D.4630) é suplente do senador Álvaro Dias, do PSDB, e ocupará por quatro meses a vaga do titular, que se recupera de uma cirurgia.
JOSÉ HUMBERTO Quevedo Melo, ex-presidente do Rotary Club de Passo Fundo-Norte, RS (D.4700) foi agraciado pela Câmara de Vereadores local com a medalha Cacique Guaraé Mérito Empreendedor. Na foto, o companheiro recebe a homenagem das mãos do vereador Diógenes Basegio.
A COMPANHEIRA Maria Tereza Caldas Velasco, do Rotary Club de Pádua, RJ (D.4750) assumiu a presidência da Academia de Letras, Artes e Ciências de Santo Antônio de Pádua.
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A COMPANHEIRA Débora Maria Kehl Trierweiler, sócia do Rotary Club de Campo Bom, RS (D.4670) foi homenageada com a distinção Mulher Destaque 2007, oferecida pelo gabinete da primeira-dama de Novo Hamburgo, Iris Foscarini. Na foto, a rotariana está acompanhada do marido, Roberto, e da primeira-dama. SÓCIO DO Rotary Club de Bento GonçalvesPlanalto, RS (D.4700) Ivanir Foresti assumiu a presidência do Hospital Bartholomeu Tacchini para o biênio 2007/09, transmitida a ele pelo EGD Cláudio Ivanez João Pegoraro, que comandou a instituição no período 2005/07.
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O COMPANHEIRO Cilon Carlos Fialho da Silva, sócio do Rotary Club de ErechimTrês Vendas, RS (D. 4700) é o atual diretor administrativo da Emater-RS – Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural – e superintendente administrativo da Ascar – Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural.
SÓCIO DO Rotary Club de Paranavaí, PR (D.4630) o companheiro Aníbal Ajita foi eleito Empresário Personalidade pela Associação dos Representantes Comerciais de Calçados, Acessórios e Artigos Esportivos do Paraná em reconhecimento aos serviços prestados ao desenvolvimento do setor
SÓCIO DO Rotary Club de Jequié, BA (D.4550) Ivonildo Calheira recebeu o Prêmio Brasil de Medicina, em reconhecimento ao seu trabalho para o desenvolvimento da oftalmologia. ■■■
EYDER DA Silva Braga, ex-presidente do Rotary Club de João PinheiroParticipação, MG (D.4760) foi condecorado pelo Fórum de João Pinheiro com o Mérito Judiciário Pinheirense.
O COMPANHEIRO José Antônio Marques Fagundes, do Rotary Club de Uruguaiana, RS (D.4780) foi escolhido para assumir a secretaria municipal de Cultura, Juventude e Esportes.
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Crescimento com novos clubes De acordo com um estudo feito pelo RI no ano passado, o quadro social continua encolhendo nos clubes que já existiam, ao mesmo tempo em que o crescimento global de sócios é atribuído aos novos clubes. A média de sócios por clubes, que em 2002 era de 45, caiu para 40. Conduzido pela Divisão de Desenvolvimento do Quadro Social, o estudo mostrou que o tamanho típico dos clubes é de 20 sócios, atualmente o número mínimo exigido para se fundar uma nova unidade. Cerca de 20% dos clubes têm menos de 20 sócios, e 4%, menos de 11. Em contrapartida à diminuição de tamanho dos clubes, tem ocorrido a criação de novos clubes – 20% a mais entre 1995 e 2005 – o que tem resultado, em muitos casos, no aparecimento de distritos com mais clubes e menos sócios. Embora novos clubes representem uma expansão em relação ao alcance dos serviços prestados pelo Rotary, a tendência à perda de sócios nos clubes existentes continua nos desafiando com o problema da retenção. “Muitos clubes não têm dado a devida atenção ao DQS. Não é fácil recrutar novos sócios”, diz Chris Offer, presidente da comissão do RI voltada ao Desenvolvimento do Quadro Social. Ele recomenda que todas as unidades implementem o PLC – Plano de Liderança de Clubes. Uma comissão de DQS que se reporte diretamente ao Conselho Diretor é um instrumental para “manter o quadro social no topo da agenda do clube”.
Nova revista rotária Rotarianin/Glos Rotary (ou simplesmente R/GR) é a mais recente adição ao conjunto de revistas que compõem a Rotary World Magazine Press. Segundo seu editor, Maciej Mazur, o atraente layout é “o primeiro sinal de que a revista deve ser lida”. A R/GR é produzida pelo distrito 2230 – BieloRússia, Polônia e Ucrânia – o primeiro estabelecido em uma região pós-comunista. Mazur, sócio do RC de Wroclaw, informou que o distrito se estende por quase 2.000 km, de Yalta, na Ucrânia, até Szczecin, na Polônia, e é composto por cerca de 2.700 rotarianos que falam polonês, ucraniano, bielo-russo e russo. A revista é fruto da fusão entre a publicação oficial anterior, Glos Rotary, e o boletim do distrito 2230.
Informe do RI aos rotarianos
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Quadro Social (Assistência aos Governadores de Distrito e aos Clubes) Carlos A. Afonso carlos.afonso@rotary.org
Supervisora Financeira Sueli F. Clemente sueli.clemente@rotary.org
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Gerente Celso Fontanelli celso.fontanelli@rotary.org
Supervisor da Fundação Rotária Edilson M. Gushiken edilson.gushiken@rotary.org
Encomendas de Publicações, Materiais e Programas Audiovisuais Elton dos Santos elton.santos@rotary.org Tel.: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575
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Endereço Rua Tagipuru, 209 São Paulo SP – Brasil – CEP 01156-000 Tel: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Horário: 2ª a 6ª, de 8h00 às 17h00
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Plano de Liderança de Clubes Informações sobre o PLC podem ser obtidas no site: <http://www.rotary.org/newsroom/downloadcenter/ pdfs/memb_comparison_0704.pdf>
Escritório do RI no Brasil Home page: http://www.rotary.org.br
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(*) As estatísticas de 2006 tomaram por base o número de clubes (29.164), sem contar o RIBI. Fonte: Divisão de Desenvolvimento do Quadro Social do RI.
A Seu Serviço
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TAMANHO DOS CLUBES POR NÚMERO DE SÓCIOS (*) SÓCIOS PORCENTAGEM 10 ou menos .............................. 5% 11 a 20 ..................................... 22% 21 a 45 ..................................... 48% 46 a 75 ..................................... 19% 76 a 100 ..................................... 4% 101 a 150 ................................. 2%
(Extraído do Rotary World ano 13, nº 4)
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Rodrigo Furtado
Uso do nome e do emblema do Rotary O nome e emblema do Rotary são reconhecidos no mundo inteiro e associados a inúmeros projetos comunitários. As insígnias e marcas do RI incluem as palavras Rotary, RI, Interact, Rotaract e muitas outras, bem como os emblemas e logotipos dos programas e iniciativas do Rotary International e da Fundação Rotária. Com o intuito de proteger o valor e a integridade das insígnias rotárias, o Conselho Diretor do RI definiu as seguintes normas: G Reproduza o emblema inteiro. Exemplos para download estão disponíveis no site <www.rotary.org> G Ao utilizar o nome e o emblema do Rotary em projetos do seu clube, inclua o nome do Rotary Club. G Caso o clube planeje arrecadar fundos vendendo produtos com o nome e o emblema do Rotary, contate o departamento de licenciamento do RI através do email <rilicensingservices@rotary.org> G Compre mercadorias com insígnias do Rotary somente de fornecedores autorizados. Ao seguir essas normas, você estará ajudando a proteger as marcas do Rotary e a garantir que elas continuem a representar os valiosos esforços humanitários dos rotarianos. Para consultar a lista das marcas registradas do Rotary, acesse o site <www.rotary.org/resources/copyright.html> A relação de fornecedores licenciados do RI pode ser encontrada em <www.rotary.org/support/licensee>
Rotary International Secretaria (Sede Mundial) 1560 Sherman Avenue,Evanston, Il 60201 USA Phone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554 Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)
Um passeio pela margem direita de Paris O rotariano Cyril Noirtin mostra que Paris não é só a Rive Gauche, a Margem Esquerda do rio Sena Janice S. Chambers*
É
um dia enregelante de março na Praça da Bastilha, de onde avisto Cyril Noirtin. Ali perto, um casal se abraça com paixão. Ele usa um blazer cinza muito limpo, e tem um cachecol branco, preto e cinza jogado sobre o ombro. Ela veste uma calça jeans bem passada e um casaco branco muito bem cortado. Eles se beijam, conversam, discutem e se beijam novamente, enquanto a chuva cessa e o sol aparece em sua glória. Sim, com certeza estou em Paris. Noirtin acena, do outro lado da rua. Ele se ofereceu para me mostrar alguns dos seus locais favoritos. Ele inicia a minha turnê da cidade pela Margem Direita (NE: a chamada Rive Droite), ao norte do rio Sena, local da ultramoderna e controvertida Ópera da Bastilha, que se destaca nesta área rica em história. Entusiasta da arquitetura e da cultura, e viajante freqüente como consultor, Noirtin é representante da Unesco. Ele quer me mostrar os muitos contrastes de Paris, através das cercanias da cidade, cada qual uma cidade, com o seu próprio caráter.
O coração da Paris histórica A Ópera da Bastilha, moderno prédio inaugurado em 1989, tinha o objetivo de levar os clássicos ao povo, conta-me ele. “Em termos técnicos, todos apreciam o interior,” diz. “A atmosfera é fantástica, e o palco, magnífico. Mas, pessoalmente, não gosto do exterior. A antiga ópera, do outro lado da cidade, a Ópera Garnier, tem 130 anos de idade. Gosto muito mais dela.” Também conhecida como Palácio Garnier, ela foi o cenário do “Fantasma da Ópera”, de Gaston Leroux. Estamos iniciando o nosso passeio pelo bairro de Marais, moderno e eclético, que é o coração da Paris
histórica. “O que mais gosto é caminhar,” diz ele. “Você vai reparar que se anda de um ponto a outro e tudo se passa como se tivéssemos mudado de cidade e de época.” Na Place des Vosges, a mais antiga de Paris, ele me mostra casas do século 17, onde moraram personalidades como Victor Hugo, o cardeal Richelieu e Madame de Sévigné, que dirigia um salão literário para a alta sociedade. “Este ponto foi conhecido como ‘local selvagem’. O rei Henrique 2º morreu durante um torneio, neste local, e sua mulher, Catarina de Médicis, fechou-o para o povo. Abandonado, ele levou esse nome.” BRASIL ROTÁRIO
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Apesar do frio e da chuva intermitente, muitas famílias e casais passeiam pelo parque, todos de braços dados. Paris é maravilhosa, mesmo sob a chuva. Até mesmo mais do que isso, acho. Num dia sombrio como este observam-se mais detidamente do que se faria em dias mais luminosos os detalhes românticos da cidade, como as gravuras e pinturas nos prédios, os trabalhos de arte em virtualmente cada vitrina, as conversas nos cafés que chamam a atenção apesar da garoa. Felizmente, estou em companhia de Noirtin. Originário de Nancy, no nordeste da França, ele cultiva por Paris o entusiasmo de um estrangeiro, mas exibe o olho crítico de um nascido localmente. “Tenho uma pintura deste jardim na minha sala de estar,” conta ele. A área é o local preferido de Noirtin nos fins de semana, da sua filhinha, Constance, e de sua mulher, Aude, que ele conheceu graças ao Rotaract. Atualmente, ele é sócio do Rotary Club de Paris Ágora, fundado em 2001, cujos sócios têm, em média, 35 anos de idade.
Rotary em Paris O Rotary Club de Paris, o mais antigo da cidade, foi fundado em 1921 e tem cerca de 250 sócios. Existem outros 13 clubes na cidade. O Rotary Club Paris Ágora reúne-se às 20h das primeiras e terceiras quintas-feiras do mês, no Cercle Suédois. Passeamos pela arcada que circunda a praça, explorando suas galerias e lojas. “Tem-se a impressão de estar numa aldeia, e não numa cidade,” afirma ele, quando paramos no Café Hugo. As cadeiras estão amontoadas, para uso ao ar livre. Mesmo em março, os parisienses acorrem aos cafés, que rece-
bem coberturas plásticas e aquecedores altos. Noirtin ri, enquanto esperamos um pouco, até que o garçom anote os nossos pedidos. “Em Paris não temos o costume da gorjeta e, por isso, esperamos o que pedimos eternamente.” Prosseguimos no nosso passeio pelo Marais e passamos por diversos locais, como o Museu Picasso e o dedicado à história de Paris, o Museu Carnavalet. “Sempre há alguma mostra interessante, algo por fazer,” exclama ele, perscrutando um cartaz do museu. “Gosto deste bairro pela atmosfera,” acrescenta. “Basta caminhar que sempre se encontrará algo interessante como isto,” diz ele apontando para um arranjo artístico de embalagens de chá de todas as partes do mundo. Mergulhamos numa passagem e vamos parar num pátio lindamente decorado, invisível da rua. “Você está sujeito a muitas surpresas em Paris.”
Modernidade radical Minutos depois, trocamos subitamente o ambiente medieval pelo moderno, com a radical mudança na arquitetura, na região de Beaubourg. Passamos por butiques de alto luxo e confeitarias, e chegamos ao futurista Centre Pompidou, museu cultural construído para proporcionar o maior espaço possível a mostras de artes. Os elevadores em cores brilhantes, e a tubulação de ar quente estão fixados à fachada. “Quando eu era pequeno, meus pais me traziam aqui muitas vezes,” conta ele. “Eu ficava na biblioteca, lendo revistas em quadrinhos. Quando o tempo está bom, há espetáculos, como os dos comedores de fogo.” Em seguida, fomos de metrô até a região das Tuileries, limitada pela Place de la Concorde e pelo Louvre, um dos locais mais visitados da cidade. Noirtin diz que jamais dirige em Paris, para não ter que enfrentar o seu tráfego pesado. “Sabe-se a hora em que se sai, mas jamais a hora em que se irá chegar,” ele diz rindo. Noirtin quer, também, que cheguemos ao Louvre por baixo, uma perspectiva que nem todos os turistas têm. Da elegante estação subterrânea, a luz dança nos padrões intricados da pirâmide de vidro do museu, projetada por I. M. Pei. “Não costumo vir por aqui freqüentemente, mas gosto muito da seção egípcia,” conta ele. “O Louvre é, sem dúvida, uma visita obrigatória. Recentemente, o filme ‘Código Da Vinci’ foi realizado aqui. Para tanto, eles fecharam o museu.” Na Place de la Madeleine, ali perto, ele mostra uma mansão elegante, o restaurante Senderens, onde ele e a mulher comemoraram seu aniversário. “Cada ano vamos a um local diferente. No ano que vem, iremos ao restaurante da Torre Eiffel.” Tomamos novamente o metrô e nos dirigimos à rua da Bastille, para jantar no restaurante mais antigo da cidade, o Bofinger, um local repleto de gente, mas agradável, com mesas próximas umas das outras, e muito bronze. Tudo é maravilhoso, e eu, cheia de ousadia, pedi salsicha com tripas de porco. É uma iguaria bastante forte, que se constituiu na minha única decepção do dia. Noirtin dá de ombros. “Bem, em Paris, ninguém se aborrece.” * Janice S. Chambers é editora sênior da The Rotarian. Tradução de Eliseu Visconti Neto.
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Coluna do chairman da Fundação Rotária
Resoluções de Ano Novo
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EXEMPLO A SER SEGUIDO Em uma mensagem que circulou pelo distrito 4570, o EGD José Moutinho Duarte elogiou a postura do governador 2006-07, Waldir Nunes Ribeiro, que convidou o companheiro Sebastião Cony Dantas, concorrente dele à gover nadoria, para organizar a última Conferência Distrital:
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o iniciar este ano rotário, reflitamos por um momento sobre os últimos 12 meses e sobre as importantes metas fixadas pelo ex-presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária, Luis Vicente Giay, para o ano 2006-07. Mas atentemos para o tempo empregado nesta reflexão. O ano mal começou, e o tempo voa, por isso, temos que iniciar rapidamente o trabalho para mostrar que o Rotary Compartilha e que a Fundação Rotária se junta nesse esforço. Temos quatro metas para o ano 2007-08: encerrar a campanha pela erradicação da pólio e mostrar que isso não é um mero sonho; cumprir a meta de Todos os Rotarianos, Todos os Anos, através das contribuições individuais que tornarão possível mudar vidas; mostrar que a paz é possível com o nosso apoio aos Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos; e retomar os contatos com a Fundação dos Ex-Bolsistas do Rotary, que é um dos nossos mais preciosos – porém muitas vezes esquecidos – tesouros. Espero que vocês se juntem a mim na busca dessas metas, pois elas não são alcançáveis de cima para baixo. O mundo melhor, objetivo da nossa Fundação, só acontecerá se houver o apoio e a dedicação de baixo para cima. Comecemos agora, hoje mesmo, para demonstrar como o Rotary Compartilha o seu amor e recursos através da Fundação Rotária. BHICHAI RATTAKUL
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cabamos de assistir no último fim de semana (17 a 20/05) a um extraordinário exemplo para os dias de hoje (...) Os concorrentes de pouco tempo atrás nos deram uma lição de vida e de comportamento rotário quando o governador Waldir reconheceu os méritos de organização de seu ex-concorrente e convidou Sebastião Cony Dantas para repetir o êxito de seus trabalhos anteriores. E foi com muita alegria que assistimos ao Cony e a sua mulher, Guida, liderando uma grande equipe de colaboradores (...) e fazer funcionar a excelente 78a Conferência do Distrito 4570, nos enchendo de esperanças de que nem tudo está perdido (...) e que ainda existem raízes em nosso meio fazendo-nos, os veteranos românticos, lembrar de como era bonito o nosso relacionamento pessoal em outros tempos”. O EGD Moutinho encerra sua mensagem dizendo que “a esperança continua e que todos sejam inoculados pelo vírus do companheirismo, amizade e respeito em todos os momentos de nossas atividades”. Ninja
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O novo mundo digital Você já está nele Ricardo Neves Relume Dumará Este livro é uma janela para o futuro. Em suas páginas, o autor reúne lampejos do que o novo milênio nos reserva e sinaliza quais são as mudanças necessárias para não nos tornarmos fósseis de uma civilização que agoniza. “Se a natureza do homem é imutável, é no estilo de vida que encontraremos as maiores e mais absolutas transformações. Será preciso mudar nossas organizações e estruturas de governo, e encarar esse período de rupturas drásticas sem procurar iludir as pessoas com respostas fáceis”, escreve o autor. Ao analisar a transição entre eras, ele fala dos visionários que estão conduzindo o mundo de uma sociedade pós-industrial para uma sociedade digital global. Não dominar a web será comparável a desconhecer o mais simples dos instrumentos. A tecnologia acarretará o aumento do tempo livre, e a qualidade de vida trará longevidade.
A Guerra das Coroas: a Rainha Liberdade - Vol. 2 Christian Jacq Bertrand Brasil Este é o segundo volume de “A Rainha Liberdade”, do autor que já vendeu mais de 11 milhões de exemplares em todo o mundo com a série Ramsés. Acompanha a história incrível, mas verdadeira, de Ahotep, a Joana d’Arc egípcia. O autor apresenta um Egito fabuloso, prestes a desaparecer, mas que renasce das cinzas, liderado pela coragem e pela paixão dessa jovem mulher. Sem a rainha Ahotep, o Vale dos Reis não teria existido, o Egito não teria conhecido o período de esplendor do Novo Império, nem seus mais gloriosos faraós – como Ramsés, o Grande. À frente de um exército que se impôs, Ahotep – que após a morte do marido em combate começa a preparar o filho para torná-lo faraó – reconquista as cidades sitiadas pelos hicsos.
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A distância entre nós Thrity Umrigar Nova Fronteira Na Bombaim contemporânea, a empregada doméstica Bhima deixa seu barraco na favela onde mora para cuidar da casa de Sera Dubash, onde trabalha há mais de 20 anos. No apartamento de classe média alta onde a patroa viúva vive com a filha, Dinah, que está grávida, e o genro Viraf, Bhima lava a louça, esfrega o chão e corta as cebolas para a omelete matinal do clã, lutando contra a dor nas mãos causada pela artrite e também contra a preocupação que toma de seu pensamento: sua neta, Maya, também está grávida. Mas, ao contrário de Dinah, ela não é casada e se recusa a revelar a identidade do pai da criança. Neste romance, a jornalista Thrity mostra como é complexa a encruzilhada de semelhanças e diferenças entre Bhima, a empregada, e Sera, a patroa.
O debate global sobre a Terceira Via Anthony Giddens Unesp Para além da banalização do termo, e longe de se constituir num produto político anglo-americano, a Terceira Via é uma construção teórica que busca práticas políticas para o desenvolvimento global em resposta à globalização, à emergência da economia do conhecimento (incluindo a internet) e às mudanças na vida cotidiana (como a inserção da mulher no mercado de trabalho). Para dar conta do amplo espectro de análises que este trabalho exige, Giddens reuniu vários autores como Joseph Nye, Michael Allen, Joseph Stiglitz, Thomas Meyer e Michael Edwards. O brasileiro Luiz Carlos Bresser comparece com o artigo “A nova esquerda: uma visão a partir do sul”. Eles discutem temas como reforma do Estado, erradicação da corrupção, meio ambiente, compreensão do papel da sociedade civil, pleno em-
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prego, conexão entre as políticas econômica e social, redistribuição econômica e elaboração de um novo contrato social.
As caravanas da lua Fernanda de Camargo-Moro Record A rainha de Sabah está impressa de forma indelével no imaginário universal. Sua beleza e inteligência habitam não apenas fábulas e narrativas populares, mas também a criação literária, sobretudo a poética. Mas como teria nascido o mito da rainha de Sabah? A autora une fatos, lenda e culinária para compor o mosaico de uma das personagens mais enigmáticas da história. Rainha de um país de mil fragrâncias, a trajetória da soberana está intimamente ligada à rota do incenso e dos aromas. De tal forma arraigada que é preciso penetrar nesses sinuosos caminhos desérticos para se aproximar dela. O livro analisa essa criatura multifacetada e seus muitos aspectos. O imenso legendário ora a faz aparecer com poderes de necromancia, uma outra interpretação da deusa Hécate, a Mágica, ora como filha dos djinns, isto é, dos demônios, metade mulher, metade animal.
Vale a pena ler O SOL SE PÕE EM
SÃO PAULO Bernardo Carvalho Companhia das Letras
O GOVERNO DO FUTURO Noam Chomsky Record
UM
NATAL EM WASHINGTON David Bercuson e Holger Herwig Ediouro
VOU-ME
EMBORA PRA PASÁRGADA Manuel Bandeira José Olympio
TERRORISTA John Updike Companhia das Letras
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A potencialidade do semi-árido brasileiro O rio São Francisco, transposição e revitalização: uma análise Manoel Bomfim Ribeiro Fubrás Engenheiro civil e sócio do RC de Brasília-Cruzeiro, DF (D.4530) o autor analisa neste livro a potencialidade hídrica do semi-árido brasileiro, com seus 37 bilhões de m3 de água acumulados nos 70 mil açudes de todas as dimensões – isto é, um cubo de 37 km3, mais de 1/3 do que o São Francisco despeja no Atlântico, volume equivalente a 15 Baías da Guanabara.
Ensaios de Direito Civil Sílvio Neves Baptista Método Chegou às mãos da redação esta obra do presidente eleito 2008-09 do RC do Recife, PE (D.4500) e professor da Faculdade de Direito do Recife, da Universidade Federal de Pernambuco e da Faculdade de Direito de Olinda. Trata-se de uma coletânea de escritos inéditos e ensaios já publicados, todos revistos e adaptados de acordo com as normas jurídicas em vigor.
Elogios à vida Terezinha Teixeira Santos Independente Este é mais um livro da sócia do RC de Guanambi, BA (D.4550) com inspiradoras poesias. “Lua Cheia” é um bom exemplo: “A noite calma dormia/Nos braços da lua cheia/ Que iluminava a terra/E espelhava o mar.// No meio de um profundo si46
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Autores rotarianos ○
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lêncio/ Só uma voz se ouvia/Eram as ondas rasgando o mar/Enquanto a noite calma dormia// Dedos de espumas brancas subiam/ Apontando para o céu estrelado,/O mar ficava mais lindo/E o luar mais prateado.// As águas num constante vai-e-vem/ Banhavam com carinho a areia,/Cantavam, pulavam, corriam,/Naquela noite de lua cheia.”
A força da gratidão (Pújá) Sérgio Santos Nobel O autor, secretário do RC de Belo HorizonteNovas Gerações, MG (D.4760), apresenta a obra, impressa em papel 100% reciclado: “Diz respeito à minha área profissional, pois sou o presidente da Federação de Yôga do Estado de Minas Gerais, e também tem muito a ver com as propostas rotárias. Pújá é um termo sânscrito, um comportamento universal de gratidão, reverência e lealdade.”
Alimentos Estanislau Henrique da Cunha Ícone Diz o companheiro do RC de Guarulhos, SP (D.4430): “Acredito que o alimento seja o fator mais importante para o homem viver e exercer bem qualquer atividade física e mental. É o ingrediente fundamental para ativar a máquina biológica e dela retirar todo o subsídio necessário para o seu bom funcionamento. Saiba como classificá-lo, o quanto se alimentar, onde encontrá-lo e conheça sua função no organismo.”
Parnaso oftálmico Levi Torres Madeira Independente O médico e sócio do RC de Fortaleza-Oeste, CE (D.4490) trata dos principais problemas da visão em forma
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de poesia, mas com todo o rigor científico, como em “Visão do Escolar”: “Vinte por cento dos escolares vivem nesta situação/Tentando ler ou escrever, mas lhes faltando a visão/ Fica com nota vermelha em quase toda avaliação/ Podendo receber no fim do ano a sua reprovação.” Parte das vendas do livro será destinada à Associação de Mulheres Mastectomizadas do Ceará. Para adquiri-lo, telefone para (85) 3486-6363.
Ao redor da mesa Cyro Armando Catta Preta Independente Coletânea de trabalhos deste conhecido autor, sócio do RC de Orlândia, SP (D.4540), prefaciada pelo acadêmico ribeirão-pretano EGD José de Magalhães Navarro. Numa iniciativa do RC de Elizabethtown, EUA, o clube ganhou o troféu de Melhor Projeto em Nível Internacional pela versão do livro para o inglês.
A vida em verso e prosa: São Luis do Paraitinga Regina Célia Marques de Moraes Revida Independente A autora, professora pós-graduada em história, é sócia do RC de São Luis, MA (D.4490) e também se dedica à Casa da Amizade. Parte da venda deste livro será destinada à Fundação Rotária. A obra está dividida em três partes: poemas dedicados à cidade e às pessoas da zona rural; poemas diversos, dedicados à família e à natureza; e antigas histórias ocorridas em São Luis do Paraitinga, que formam um resgate cultural.
Ação social em Sete Colinas Clube oferece serviços à população e realiza trabalhos em prol da comunidade RC DE Garanhuns-Sete Colinas, PE – O Dia Nacional de Ação Voluntária da Fundação Bradesco foi de dedicação e trabalho no Colégio José Brasileiro Vila Nova. Em parceria com entidades e secretarias municipais e estaduais, entre elas, a própria escola, a prefeitura municipal e a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Estado de Pernambuco, os companheiros viabilizaram 8.147 atendimentos, envolvendo as áreas de saúde, lazer, cidadania, esportes e meio ambiente. Foram oferecidos serviços como emissão de CPF e carteira de identidade, cortes de cabelo, vacinação e atendimentos médico, jurídico e veterinário, além de recreação para crianças e entrega de mudas de árvores frutíferas e verduras acompanhadas de sacos de adubos orgânicos. Os trabalhos não pararam por aí. Em uma outra oportunidade, os rotarianos do clube, a comunidade local, alunos do curso técnico em agropecuária da Fundação Bradesco e funcionários da Compesa – Companhia Pernambucana de Saneamento – plantaram 350 eucaliptos e 150 árvores frutíferas nas lagoas de decantação da companhia, com o objetivo de formar uma barreira de vento em benefício da população dos bairros de Vila Lacerdópolis e Vila do Quartel. Outra atividade realizada pelo clube, em parceria com o curso profissionalizante Microlins, foi a distribuição a instituições assistenciais de gêneros alimentícios e roupas adquiridos por doação. Em parceria com a Fundação Bradesco, distribuiu alimentos derivados de leite.
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MAIS DE 8.000 atendimentos foram realizados durante a ação voluntária
AS CRIANÇAS participaram de atividades recreativas
UM DOS serviços prestados foi a distribuição de mudas de árvores frutíferas
A SECRETARIA de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Estado de Pernambuco cadastrou participantes para a emissão de carteira de identidade
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RC DE Agudos, SP – Com a parceria e em benefício de entidades assistenciais locais, o clube realizou o 1º Festival do Frango. O evento contou com a participação de mais de 400 pessoas da cidade e recebeu o apoio de comerciantes locais, que fizeram doações para a compra dos mantimentos e também dos brindes sorteados.
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RC DE Ferraz de Vasconcelos, SP – Em parceria com o Sebrae-SP, Associação Comercial e Industrial de Ferraz de Vasconcelos e prefeitura municipal, o clube reinaugurou o Posto de Atendimento ao Empreendedor.
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OS RCs de São Paulo-Itaquera, São Paulo-Artur Alvim, São Paulo-São Mateus, São Paulo-Vila Matilde, São Paulo-Vale do Aricanduva, São Paulo-São Miguel Paulista e São Paulo-Vila Carrão, SP organizaram o 6º Boi no Rolete. A festa ofereceu shows musicais e a renda obtida foi destinada à Associação Pró-Excepcionais Kodomo-No-Sono, que cuida de cem crianças.
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RC DE Santos, SP – Junto com o Grupo PromoFair, inaugurou no Instituto de Educação Infantil São José a biblioteca João Paulo II. A iniciativa faz parte do projeto de responsabilidade social da PromoFair e é resultado da arrecadação realizada durante a 5ª Feira Nacional do Livro da Baixada Santista, quando foram reunidos 1.600 exemplares de livros infantis.
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RC DE Caarapó, MS – O clube promoveu o Jantar Dançante de tema Noite Italiana e a Festa do Quentão, em benefício de instituições assistenciais locais. Os companheiros também entregaram uma máquina de lavar roupas para Aparecida de Lurdes Santos.
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O DISTRITO promoveu um evento rotário binacional no Paraguai. Convidado para proferir uma palestra, o EGD Denizar Clacir Perusso recebeu do presidente do RC de Ponta Porã-Pedro Juan Caballero, Brasil-Paraguai, MS, Aldo Rodrigues da Silva, o troféu Cerro Corá.
D. 4470 D . 4470 RC DE Chapadão do Sul, MS – Por meio de uma parceria com a prefeitura municipal e o governo do Estado do Mato Grosso do Sul, os companheiros entregaram uma ambulância para a Rede Feminina de Combate ao Câncer da cidade.
RC DE Monte Aprazível, SP – O interactiano Bruno Maset, filho do então casal presidente Marco Aurélio Maset e Claudia, viabilizou o primeiro projeto internacional para o clube. Cumprindo Intercâmbio de Jovens no estado norte-americano do Texas, ele apresentou um projeto de Subsídios Equivalentes ao RC de Laredo Gateway, EUA (D.5930) e, junto com a Fundação Rotária, o clube estrangeiro e o clube brasileiro comprarão equipamentos para uma Unidade Básica de Saúde da Família, que beneficiará 40% da população da cidade.
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RC DE Campo Grande-Universidade, MS – Entregou à Associação de Pais e Amigos do Autista um cheque referente à quantia arrecadada com a 2ª Bacalhoada.
O DISTRITO recepcionou um grupo de Intercâmbio da Amizade vindo do distrito 5100, nos EUA. Os americanos de Oregon desembarcaram no município de São José do Rio Preto e foram recebidos por companheiros e pelo casal governador à época Beninho Dalto e Lourdinha.
APOIADA PELOS clubes da capital e do interior do estado, a Ferce – Fundação Educativa de Rotarianos do Ceará – lançou o projeto educativo cultural As Vaquinhas da Ferce na Cidade. Na Praça do Ferreira, as esculturas moldadas em fibra de vidro e pintadas com tinta automobilística receberam mensagens publicitárias, com o objetivo de angariar fundos para projetos educacionais da Sociedade de Assistência aos Cegos. Na foto, estão presentes o casal presidente da Fundação de Rotarianos de São Paulo, EGD Eduardo de Barros Pimentel e Maria Thereza; o secretário municipal Extraordinário do Centro, Paulo de Tarso Melo Lima; o casal presidente da Ferce, Augusto Mendonça e Mara, e o rotariano Aluisio Sousa Lima.
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RC DE São José do Rio PretoSul, SP – O companheiro Edvaldo Resende foi homenageado com o título de Rotariano do Ano. Ele recebeu a homenagem das mãos do então governador Beninho Dalto e do presidente à época Pedro Paschoal Aun Bachiega.
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RC DE Guararapes-Piedade, PE – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de PotenzaOvest, Itália (D. 2120) – o clube doou uma sala odontológica para a Fundação Giacomo e Lucia Perrone.
RC DE Osvaldo Cruz, SP – Desde que a Santa Casa de Misericórdia de Osvaldo Cruz foi construída e fundada, há 50 anos, por iniciativa dos rotarianos Hermínio Elorza e José Alvarenga, o clube vem servindo a instituição, que presta assistência médico-hospitalar a quatro municípios.
RC DE Afogados da Ingazeira, PE – Para celebrar o companheirismo, os sócios do clube organizaram uma festa de tema Anos 60 (foto) na boate Marquise. Em um outro momento, montaram a Tenda Cigana.
O DISTRITO recebeu a visita de um grupo de IGE do distrito 2330, na Suécia, formado por Stig Forsling, Camilla Nyman, Elizabeth Gahn, Erika Wall e Torbjörn Zars. Na foto, eles estão acompanhados do então presidente do RC de Marília-Alto Cafezal, SP, Wilson Alves Damasceno.
OS INTERCAMBIADOS outbounds 2007-08 do distrito organizaram uma festa, com a participação de intercambiados inbounds, quando compartilharam a expectativa e trocaram impressões sobre o Programa de Intercâmbio de Jovens.
RC DE Caratinga, MG – Os companheiros do clube doaram colchões ortopédicos para a Associação de Amparo aos Doentes Mentais. Em uma outra oportunidade, comemoraram os 60 anos de fundação do RC.
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D. 4520 RC DE Jequitinhonha, MG – Em nome do clube, os companheiros Francisco Martins Lage e José das Neves Couto, o então presidente Heitor André Pereira e o também rotariano Cláudio Rodrigues Chaves entregaram um cheque ao diretor presidente do Hospital São Miguel, João Bosco de Alcântara Botelho (segundo à direita). RC DE Serrana, SP – O clube utilizou o dinheiro arrecadado em uma campanha de pizzas, realizada junto com a Casa da Amizade local, para doar uma lavadora de roupas, colchões e camas ao Lar Santo André de Serrana.
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D. 4530 RC DE GoiâniaCampinas, GO – O companheiro Irany dos Santos Teodoro foi homenageado com a Menção Quatro Avenidas de Serviços, emitida pelo RI. Na foto, ele está ladeado pelo companheiro Ilson Pereira de Ávila e pelo então presidente Fernando Georgeo de Paulo Soares.
foto: Yuki
RC DE Ribeirão Preto-Leste, SP – A convite do clube, o grupo Roupa Nova visitou o Hemocentro de Ribeirão Preto. Posteriormente, durante o show apresentado na cidade, os músicos pediram ao público que doasse sangue. Em uma outra oportunidade, os companheiros organizaram a Festa Italiana na sede do RC, que recebeu mais de 300 pessoas. O evento contou com a participação do Consulado da Itália no município.
RC DE GoiâniaAnhangüera, GO – O clube vem administrando um estacionamento de veículos, próximo ao Estádio Serra Dourada. Desde o ano rotário 2005-06 até o mês de março deste ano, foram arrecadados R$ 57.610, destinados a ações voltadas para a comunidade.
RC DE MatãoTerra da Saudade, SP – O companheiro Aurazil Angelo Troli (à esquerda) recebeu do então governador Nivaldo Donizete Alves a carta constitutiva do novo clube. A cerimônia de admissão do RC foi realizada no salão de festas do Matão Palace Hotel, reunindo cerca de 160 pessoas da cidade e região, incluindo companheiros de 12 clubes de sete municípios e quatro EGDs.
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Idosos ganharão residencial Clube colabora com construção de morada e realiza ações em escolas e presídio do município DE Santa Cruz do Sul, RS – VoD. 4680 RC vôs e vovós do município de Santa Cruz
do Sul ganharão uma morada onde terão a oportunidade de viver cercados de amigos. Trata-se do Residencial Bem Viver, que está sendo erguido pela AATI – Associação de Amparo à Terceira Idade – e em boa hora recebeu uma ajuda do clube. Os companheiros destinaram à obra de construção do residencial os R$ 20 mil obtidos com o 15º Baile da Comenda – em que 34 pessoas foram homenageadas –, tendo doado também material elétrico. Em visita às obras, rotarianos do clube foram recebidos pela presidente e pelo tesoureiro da AATI, Janine Griebel e Odalcyr Tybusch, respectivamente, e puderam ver de perto os avanços alcançados, graças ao apoio da comunidade. O objetivo da associação é proporcionar a idosos um espaço digno e agradável para morar. Além de colaborar com a construção do residencial, os companheiros se dedicaram ainda a outras ações, em diferentes oportunidades. Visitaram a Escola Municipal de Ensino Fundamental São Canísio, onde estudam 320 alunos, em dois turnos, e entregaram jogos pedagógicos destinados às séries iniciais. Os visitantes foram recepcionados por alunos da primeira série do ensino fundamental, que aproveitaram para conferir as novidades a serem utilizadas nas aulas. Os rotarianos levaram jogos e brinquedos também para os alunos da Escola Municipal de Educação Infantil Vovô Albino, que atende a mais de cem crianças, também em dois turnos. Por fim, estiveram no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, onde entregaram dez galões de tintas para a pintura das galerias internas da instituição. 52
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MAQUETE DO Residencial Bem Viver, que está sendo construído pela Associação de Amparo à Terceira Idade
A RENDA obtida com o 15º Baile da Comenda foi destinada à construção do residencial
EM OUTRA oportunidade, entregaram jogos pedagógicos na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Canísio
COMPANHEIROS CONHECERAM as obras de construção do Residencial Bem Viver
D. 4550 OS RCs de Jequié, JequiéCidade do Sol e JequiéNorte, BA planejaram conjuntamente uma campanha de combate às drogas, com duração de dois meses e meio. Durante o período, os companheiros instalaram 30 outdoors na cidade, distribuíram 25 mil panfletos, visitaram escolas, promoveram palestras e reuniramse com representantes de órgãos públicos com o objetivo de gerar um documento de combate e prevenção ao uso de drogas no município.
RC DE Itaúna-Cidade Universitária, MG – Com a verba proveniente do Subsídio de Relações Públicas do RI, o clube mandou confeccionar dois outdoors para instalar na cidade, sendo um sobre promoção da paz e o outro de tema água potável.
RC DE Além Paraíba, MG – Beneficiado pelo Subsídio de Relações Públicas do RI, o clube instalou no município um outdoor que expressa a preocupação com a água potável. Os companheiros também estão desenvolvendo o Projeto Refloresta, em parceria com a Empresa Atacadista Zamboni, com o objetivo de despertar a consciência para a importância de proteger a Mata Atlântica. O projeto já conta com viveiros de mudas de 11 espécies de árvores nativas da Mata Altântica, semeadas em um terreno pertencente à empresa. Outro objetivo da iniciativa é criar uma biblioteca voltada para o meio ambiente.
RC DE Itajubá-Oeste, MG – Liderou a reforma da Casa da Criança, instituição filantrópica que há 46 anos presta serviços de creche a 120 crianças e que foi destruída por uma enchente, em 2000. As obras duraram seis anos e tiveram a parceria do distrito 7490, nos EUA, e da empresa AFL do Brasil. Junto com a empresa, o RC também reformou 20 banheiros do Lar da Providência, que abriga 55 idosos.
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D. 4590 RC DE Águas de Lindóia, SP – Depois de cumprir o Intercâmbio de Jovens, a norueguesa Ellen Broste voltou ao país a passeio, acompanhada da família, e retornou ao clube, onde foi homenageada.
RC DE MogiMirim, SP – Junto com o Rotaract Club de MogiMirim, o clube promoveu a 4ª Noite do Reconhecimento, na Associação Comercial e Industrial local. O evento homenageou pessoas e entidades que se destacaram em 2006.
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OS CLUBES de São José dos Campos, a Casa da Amizade e o Rotaract Club locais, além de RCs de Caçapava, Cruzeiro e Santa Branca, SP, reuniram-se pela compreensão mundial, no plenário da Câmara Municipal de São José dos Campos. Na ocasião, o EGD do distrito 4610 José Antônio Antiório ministrou uma palestra sobre o objetivo e as realizações do Rotary e lembrou a Prova Quádrupla e o 102º aniversário do RI.
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RC DE São Sebastião, SP – Os companheiros realizaram o Macarrão ao Vivo e a Cores, em prol da ONG Companhia das Patas, que cuida de animas de rua, realizando castrações e vacinações e os encaminhando para adoção.
RC DE Lorena, SP – Em nome do clube, o então presidente Domingos Sebastião Ferraz Fortes, o companheiro Orlando Madázio e o atual presidente Francisco Pereira de Oliveira entregaram ao tesoureiro da Apae local, Vladenilton José da Silva (segundo a partir da esquerda), o cheque referente à renda obtida com o Jantar Dançante organizado pelo RC.
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MEMBRO DE uma equipe de IGE que visitou o distrito 7190, nos EUA, em 2005, Eliane Martins conheceu o RC de Glenville, clube norte-americano que tem desenvolvido projetos no distrito 3270, referente a parte do Afeganistão e Paquistão. A partir desse contato, a jovem, professora de inglês, trabalhou como voluntária no Paquistão.
RC DE Tapejara, PR – Cerca de 700 cavaleiros participaram da 1ª Cavalgada de Tapejara, promovida pelo clube e pela Associação das Senhoras de Rotarianos local. Após a cavalgada, foi servido churrasco para 1.300 pessoas, com a renda destinada à Pastoral do Menor da cidade. O evento também comemorou o aniversário do município.
RC DE Dois Vizinhos-Amizade, PR – Apoiado pelo Núcleo Regional da Educação e pela secretaria municipal de Educação, o clube promoveu palestras ministradas por companheiros e direcionadas a professores das redes municipal e estadual de ensino. O evento foi realizado no Centro Cultural Arte e Vida e abordou os temas Estatuto da Criança e do Adolescente, drogas e educação financeira.
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RC DE Guarapuava-Lagoa, PR – Junto com o 26º Grupo de Artilharia de Campanha do Exército e a secretaria municipal de Assistência Social, o clube realizou a 11ª Campanha de Arrecadação Solidária. Os 4.135 kg de gêneros alimentícios, as 28.039 peças de roupas e os 2.130 pares de calçados obtidos serão distribuídos pelo Provopar Ação Social.
RC DE Alvorada, RS – Os companheiros celebraram o aniversário de 25 anos de fundação do clube com uma missa na Paróquia Santo Antônio. O evento foi voltado também para o Dia Mundial da Confraternização Universal e da Paz.
RC DE Itapoá, SC – Promoveu a 9ª Noite das Massas, evento que faz parte do calendário oficial do município. O jantar anual do clube reuniu mais de 500 pessoas, entre elas, companheiros das cidades de Guaratuba e Joinville. Como lembrança, os participantes receberam um prato alusivo ao evento. A arrecadação obtida com o jantar será destinada à Fundação Rotária e a projetos sociais do RC.
RC DE Canoas, RS – O clube comemorou 50 anos de fundação com as presenças do atual casal governador Roni Horn e Sueli e da então governadora Ana Glenda Viezzer, em uma festiva para mais de 120 pessoas, entre elas, EGDs, ex-presidentes e o fundador Otto Emílio Kaminski. O RC também recebeu uma homenagem da Câmara de Vereadores local pelo aniversário.
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RC DE FlorianópolisIngleses, SC – O clube foi homenageado pela Câmara de Vereadores local com uma moção de autoria do vereador Dalmo Menezes.
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RC DE Canela, RS – Recepcionou uma equipe de IGE do distrito 3000, na Índia, com a presença da então governadora Ana Glenda Viezzer. Os visitantes conheceram pontos turísticos da cidade e falaram sobre seu país de origem em uma reunião do clube. Na mesma reunião, o juiz Franklin de Oliveira Netto falou sobre segurança pública para os companheiros.
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RC DE Rio Pardo-Tranqueira Invicta, RS – Acompanhados de sócios dos RCs de Santa Cruz do Sul-Arroio Grande e Venâncio Aires-Chimarrão, 29 rotarianos do clube viajaram para participar do 5º Encuentro Rotário Internacional, na cidade de Chuy, no Uruguai, tendo sido a maior delegação presente ao evento. O encontro foi organizado pelos RCs de Chuy Frontera, Uruguai (D.4980) e Santa Vitória do Palmar, RS.
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RC DE Bento Gonçalves-Planalto, RS – Acompanhado de sócios do clube, o então presidente Joaquim dos Santos (à direita) entregou um projeto de segurança pública à governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, durante uma visita dela ao município.
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RC DE Astorga, PR – Promoveu uma campanha contra o câncer de próstata, distribuindo panfletos informativos para a população. Na foto, o companheiro Noel Davi de Barros, caracterizado como estátua viva, e o também rotariano Osvaldo Carmo dos Santos (ao fundo) entregando os panfletos.
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RC DE Arapongas-Beija Flor, PR – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Monroe, EUA (D. 6400) – o clube equipou o Centro de Atendimento aos Deficientes Visuais do Colégio Estadual Marquês de Caravelas. Em uma outra oportunidade, os companheiros visitaram o Colégio Antonio Moraes de Barros.
D. 4740 JUNTO COM o Rotaract Club de CuritibanosSul e instituições locais, os RCs de Curitibanos e Curitibanos-Sul, SC, mobilizaram a comunidade para conseguir com o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Lúcio José Botelho, a instalação de um campus no município. A expectativa é de que o campus esteja em funcionamento até 2010.
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RC DE Pádua, RJ – Doou uma placa comemorativa pelos 90 anos do Colégio de Pádua, fundado pelo EGD José Lavaquial Biosca. Na foto, o então presidente João Soares discursa durante a comemoração.
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RC DE Campos Altos, MG – Vem realizando o projeto Plantando Solidariedade, que tem o objetivo de buscar fontes alternativas de renda para famílias carentes, durante o período de entresafra de café. Por meio de doações da comunidade, apoio logístico da prefeitura municipal e empréstimo de implementos agrícolas, o projeto tem possibilitado a cerca de cem trabalhadores rurais beneficiar-se do plantio de arroz, milho, feijão e mandioca.
EM CONJUNTO, os RCs de Contagem, Contagem-Cidade Industrial, Contagem-Eldorado, Contagem-Cinco, Contagem-Sede e Belo HorizonteBarreiro, MG, utilizaram verba recebida do RI para instalar 20 outdoors nas principais vias de trânsito do município de Contagem.
RC DE Belo Horizonte-Oeste, MG – Para divulgar o RI, o clube fechou com o América Futebol Clube uma parceria para a instalação de placas em jogos nos quais o time mineiro possuía o mando de campo.
RC DE Carmo do Paranaíba, MG – Vem desenvolvendo o Projeto Meio Ambiente na Escola Estadual Leôncio Ferreira de Melo. A iniciativa inclui ações de coleta seletiva de lixo, plantio de árvores e horta escolar, com o objetivo de conscientizar os alunos da importância da preservação do meio ambiente, boa nutrição e alimentação correta. O clube também participou do projeto de imagem pública do RI, tendo instalado um painel no município.
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RC DE Santa Helena de Goiás, GO – O clube realizou o Bazar da Pechincha e, em parceria com a Universidade do Estado de Goiás, organizou um simpósio.
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RC DE BagéSul, RS – Doou à Escola Estadual de Ensino Fundamental Artur Damé 177 camisetas com o nome do colégio e o símbolo do RI. Em outra oportunidade, o clube promoveu o 5º Simpósio Rotário, que teve como tema O Rotary em Bagé: Ontem, Hoje e Amanhã. Ao fim dos debates, foi servido um jantar de confraternização para os rotarianos.
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DE Macatuba, SP – Os companheiD. 4310 RC ros doaram 200 kg de arroz para o Recanto dos Velhinhos. RC DE São Paulo-Vila Matilde Centenário, SP – O clube obteve junto à Fundação Banco do Brasil um financiamento para o Centro de Ação Social Espaço Livre. Os recursos serão utilizados na instalação de oficinas semiprofissionalizantes de reciclagem e papelaria.
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RC DE Dourados-Centenário, MS – Ajudou a promover o desfile beneficente que as lojas Maisa, Lilica & Tigor e Marta Campos realizaram em prol da Fundação Rotária. Em uma outra oportunidade, participou da campanha Segurança Cidadã.
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RC DO Recife-Largo da Paz, PE – Em diferentes oportunidades, homenageou os EGDs Inácio Cavalcante, Luiz Priori Sobrinho e Francisco Carneiro Braga pela dedicação à vida rotária.
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Siglas rotárias Conheça abaixo o significado de algumas siglas que você vai encontrar com freqüência na literatura sobre o Rotary e nas páginas da Brasil Rotário: Apar BR CCFR CDRI CIEE Crei CRFR D. DERI DNI DRI DQS EDRI EGD EPRI EVPRI FDUC FR GA Gats Gets IGE NRDC PERI Pets PLD RC RI Ribi Ryla 3-H
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– Associação Patrulha Jovem – Brasil Rotário – Conselho de Curadores da Fundação Rotária – Conselho Diretor do Rotary International – Centro de Integração Empresa-Escola – Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos – Coordenador Regional da Fundação Rotária – Distrito – Diretor eleito do Rotary International – Dia Nacional de Imunização (campanha de combate à pólio) – Diretor do Rotary International – Desenvolvimento do Quadro Social – Ex-diretor do Rotary International – Ex-governador de distrito – Ex-presidente do Rotary International – Ex-vice-presidente do Rotary International – Fundo Distrital de Utilização Controlada – Fundação Rotária – Governador assistente – Seminário de Treinamento para Governadores Assistentes – Seminário de Treinamento para Governadores Eleitos – Intercâmbio de Grupos de Estudos – Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário – Presidente eleito do Rotary International – Seminário de Treinamento para Presidentes Eleitos – Plano de Liderança Distrital – Rotary Club – Rotary International – Rotary na Grã-Bretanha e na Irlanda – Prêmios Rotários de Liderança Juvenil – Subsídio Saúde, Fome e Humanidade
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VEJA SEU CLUBE NA BRASIL ROTÁRIO
A
BR é uma das revistas rotárias que mais dedicam espaço às ações realizadas pelos clubes e distritos. Todos os meses, publicamos diversas páginas com fotos que ilustram o que vem acontecendo nos Rotary Clubs, Casas da Amizade, Rotaracts e Interacts de todo o país. Para que isso aconteça, nós contamos com sua colaboração, leitor. É fundamental que suas cartas e e-mails sejam enviados à redação de forma correta, incluindo o nome completo do clube, o local e a data em que foram realizados os projetos e um breve relato sobre a importância deles para sua comunidade. Lembramos que a Brasil Rotário não publica posses ou fatos que possam obter o merecido destaque nos boletins do clube. Se o seu projeto foi feito com a ajuda de parceiros, envie seu nome completo – sejam eles outros Rotary Clubs, entidades ou empresas públicas e privadas do Brasil e do exterior. No caso das siglas, explique-nos o que elas significam. Um detalhe importante: a Brasil Rotário não extrai matérias nem fotos de boletins e informativos enviados à redação pelos clubes. Envie os textos e imagens que você quer ver publicado por e-mail, seguindo as recomendações desta página. Não esqueça de enviar também um telefone de contato do seu clube (com o código de DDD) para que possamos falar com você em caso de dúvida. As matérias são publicadas na revista por ordem de chegada, e às vezes é preciso ter um pouco de paciência até a publicação, pois há mais de 2.200 Rotary Clubs no Brasil que também esperam ver seus projetos estampados em nossas páginas. FOTOS Dê preferência às imagens que demonstrem movimento. Quanto menos posada a foto, melhor. É indispensável que as fotos tenham foco e nitidez (cuidado com a contraluz!) e estejam completamente identificadas, contendo o nome e o sobrenome de todos os fotografados (no caso dos grupos de até seis pessoas, nominados a partir da esquerda). Uma boa dica é que seja contratado um fotógrafo profissional para fazer a cobertura dos eventos mais importantes. Se a sua foto for de papel, não escreva nada no verso, e tenha o cuidado de protegê-la bem ao enviar pelo correio. Quando as fotos forem digitais – enviadas por e-mail, disquete ou CD – é necessário que elas tenham pelo menos 300 DPIs de resolução e 9 cm. de largura. Na dúvida, selecione a opção alta resolução da sua câmera. Se o envio for feito por e-mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. Se você tiver alguma dúvida, entre em contato com a redação: e-mail:redacao@brasil-rotario.com.br telefone: 21-2509-8142 endereço: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar CEP: 20040-006 / Rio de Janeiro – RJ Nós e os rotarianos de todo o Brasil estamos esperando para ver o seu clube na revista.
Novos Companheiros Paul Harris
Milionésimo Companheiro Paul Harris Dois rotarianos brasileiros foram agraciados com o título
P
ara celebrar a entrega de 1 milhão de títulos Companheiro Paul Harris em todo o mundo, a Fundação Rotária agraciou um rotariano em cada uma das 34 zonas rotárias com um título comemorativo. A honra coube a sócios que fizeram suas contribuições próximas à data em que a histórica marca foi atingida. Como os distritos do Brasil estão reunidos em duas dessas zonas – 19 A e 20 – dois companheiros brasileiros tiveram direito ao título. Emiliana Siqueira, sócia do RC de São Paulo-Nove de Julho, SP (D.4420), recebeu o dela numa festiva que reuniu diversas autoridades rotárias, como o EDRI José Alfredo Pretoni, presidente da Associação Brasileira da The Rotary Foundation, e o pai dela, o EGD Helvécio Siqueira. O segundo título foi entregue ao companheiro Mauro Callegari, do RC de CuritibaRebouças, PR (D.4730) durante a última Conferência Distrital, realizada na capital paranaense. O Companheiro Paul Harris é um reconhecimento àqueles que contribuem com US$ 1 mil ou mais à Fundação Rotária do RI, ajudando a financiar os projetos humanitários da entidade em diversas comunidades do mundo. As doações feitas à Associação Brasileira da The Rotary Foundation também dão direito ao título. Para saber mais, acesse o site <www.rotary.org.br> clique na área Associação Brasileira da TRF e veja como as empresas podem contribuir.
EMILIANA SIQUEIRA nas presenças do EGD Mário César Camargo, presidente da Comissão Distrital da FR; da presidente 2006-07 do RCSP-Nove de Julho, Martha Abdala; do então governador Marcelo Haick; e do EGD Gedson Junqueira Bersanete, coordenador regional da FR para as zonas 19 A e 20 Sul
MAURO CALLEGARI foi agraciado pelo EGD Francisco Schalibtz (à esquerda) e pelo então governador Paulo Zanardi durante a conferência do distrito 4730
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D. 4430 AGRACIADO: JOÃO Raful, companheiro do RC de Suzano, SP, representado pela mulher, Letícia Maria. ENTREGUE POR: então governador Paulo Eduardo Fonseca.
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D. 4540 AGRACIADO: JOSÉ Tessari, companheiro do RC de Guariba, SP, com o primeiro título Paul Harris do clube.
D. 4500 AGRACIADO: FRANCISCO Troccoli, do RC de João Pessoa-Norte, PB. ENTREGUE POR: então presidente do RI, Bill Boyd, nas presenças do governador à época José Jorge da Rosa e do então presidente Ivanaldo Correia Guedes. AGRACIADO: JOÃO Pereira Alves, companheiro do RC de João Pessoa-Norte, PB. ENTREGUE POR: presidente do RI à época, Bill Boyd, nas presenças do então governador José Jorge da Rosa e do então presidente Ivanaldo Correia Guedes. AGRACIADO: JOÃO Manoel Farias, sócio do RC de João Pessoa-Norte, PB. ENTREGUE POR: presidente do RI à época, Bill Boyd, na presença do então governador José Jorge da Rosa.
AGRACIADOS: ADEMIR Carvalho Leite, Antônio José Vieira, Antônio Eduardo Hermeto, Jorge Batista Carnavez, Manoel Luiz Martinez, este com a primeira safira, e Carlos Barreira Martinez, pelo RC de Itajubá-Oeste, MG.
D. 4560
D. 4560 AGRACIADOS: ROBERTO José de Carvalho e Moacyr Luiz, então presidente e ex-presidente do RC de Itaúna-Cidade Universitária, MG, respectivamente.
D. 4570 AGRACIADOS: JUAREZ Machado Garcia, com duas safiras, Klaus Juergen Wolfring, com quatro safiras, e Eduardo Costa Garcia, com título Paul Harris, todos companheiros do RC do Rio de Janeiro, RJ. ENTREGUE POR: ex-presidente Christa Bohnhof-Grühn.
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D. 4600 AGRACIADO: ARTHUR Haasis, companheiro do RC de Volta RedondaLeste, RJ, acompanhado da mulher, Solange. ENTREGUE POR: governador à época Marco Antonio de Toledo Piza, nas presenças do então casal presidente Coriolano de Oliveira Brito Filho e Marilda e dos EGDs Léia Lelé e Costa e Alkindar Cândido da Costa.
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AGRACIADO: EDSON Thomaz dos Santos, companheiro do RC de Volta Redonda, RJ, entregue pelo então governador Marco Antonio de Toledo Piza.
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D. 4620 AGRACIADOS: JOSÉ Carlos Miguel e o então governador Valter Zamur, companheiros do RC de SorocabaManchester, SP, com quatro safiras. José Carlos também recebeu o título de Benfeitor da Fundação Rotária. AGRACIADOS: JOSÉ Alberto Cépil, Osmar Bras Perilo Jr., Carlos Eduardo Ribeiro de Moura e José Robélio Belote,companheiros do RC de SorocabaManchester, SP.
AGRACIADOS: LUÍS Guilherme de Ataíde Cruz e Maria Aparecida Fillipi, sócios do RC de Barra Mansa-Sul, RJ. ENTREGUE POR: então governador Marco Antonio de Toledo Piza, acompanhado da mulher, Neusa, e na presença da presidente à época Lucia da Silva Costa. AGRACIADO: TONIATO de Jesus Rodrigues, companheiro do RC de Volta Redonda, RJ. ENTREGUE POR: então governador Marco Antonio de Toledo Piza.
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AGRACIADOS: ÁLVARO Vioti Vieira, Cláudia Rosália Torres, Alexandre Miguel, Fernando Russo, Mara Junqueira da Cunha, Roberta Tavolaro, Maria Julieta Sannazzaro e Nilda Orsi, no RC de SorocabaManchester, SP. AGRACIADOS: CÍCERO Augusto Silva, Antonio Carlos Torres e Moises Benedito Cunha, do RC de SorocabaManchester, SP, com a primeira safira. ENTREGUE POR: então presidente Ovidio Corrêa Jr. e governador à época Valter Zamur.
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D. 4620 AGRACIADOS: CÉSAR Tavolaro, Eduardo Álvaro Vieira, Luiz Orsi, Cícero Augusto Silva, Clemente Sannazzaro, Sérgio Bernuncio e Sérgio Costa, sócios do RC de Sorocaba-Manchester, SP, com a segunda safira.
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D. 4670 AGRACIADOS: JORGE Raupp e Teresinha Farias, companheiros do RC de Canoas, RS.
AGRACIADAS: ISAURA Arruda Costa e Márcia Madureira Zamur, no RC de SorocabaManchester, SP.
D. 4700 AGRACIADO: JOSÉ Darci Pereira Soares, atual governador e expresidente do RC de Bento GonçalvesPlanalto, RS. ENTREGUE POR: então presidente Joaquim Alves dos Santos Filho.
D. 4630 AGRACIADOS: ALCINDO de Souza Franco, companheiro do RC de ParanavaíFazenda Brasileira, PR, com uma safira, e a mulher dele, Lindamir, com um título Companheiro Paul Harris. ENTREGUE POR: Cláudio Miguel de Souza (ao centro), presidente do clube.
D. 4760 AGRACIADOS: RONAN Resende Carvalho, o prefeito municipal Geraldo Barbosa Leão Jr., Helvio Donizeti de Oliveira, Roberto Almeida, Joaquim Taveira de Souza, Roberto Ribeiro Lima representado por Marcelo Macedo, Reinaldo Sérgio Garcia, Adriano de Senna Ramos e Alessandro Ferreira de Carvalho, nas presenças do governador à época Adauto Mansur Arabe e do então presidente do RC de Campos Altos, Clarimundo de Paula Netto.
D. 4710 AGRACIADOS: EGD do distrito 4710 Otávio Scandelae (à direita), com uma safira, e sua mulher, Terezinha, com um título Paul Harris. ENTREGUE POR: governador à época Oswaldo Fávaro (à esquerda), na presença do EGD José Pelayo Sanchez.
D. 4780 AGRACIADO: PAULO Prates Filho, então presidente do RC de BagéMinuano, RS.
Faça sua doação à Fundação Rotária do Brasil 62
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☺O caipira estava sentado num
barranco, pitando o seu cigarrinho de palha e apreciando a paisagem, quando pára um carro e descem dois sujeitos com um monte de tralhas. O caipira fica um tempão observando-os. Mede daqui, mede dali, torna a conferir, até que o caipira não resiste e pergunta: – Me adescurpe a intromissão, mas o que é que ocêis tão fazeno cum estes trecos tudo aí? Ao que um deles respondeu, todo educado: – É que nós somos engenheiros! Estamos fazendo as medições para construir uma estrada! E o caipira: – Ah! bão! É que aqui nóis num faiz istrada deste jeito não! E o engenheiro, em tom desafiador: – Ah, não? Então como é que vocês fazem estradas por aqui? – A gente sórta um burro e vai seguindo ele, por onde o bicho passa é sempre o mió caminho pra se fazê a istrada...
☺ Um
professor de matemática quis pregar uma peça em seus alunos e lhes disse: – Meninos, aqui vai um problema: Um avião saiu de Amsterdã com uma velocidade de 800 km/h, à pressão de 1.004,5 milibares; a umidade relativa era de 66% e a temperatura 20,4 graus C. A tripulação era composta por 5 pessoas, a capacidade era de 45 assentos para passageiros, o banheiro estava ocupado e havia 5 aeromoças (mas uma estava de folga). A pergunta é: quantos anos eu tenho? Os alunos ficam assombrados. O silêncio é total. Então o Joãozinho, lá no fundo da sala e sem levantar a mão, diz de pronto: – Quarenta e quatro anos, professor! O professor, muito surpreso, o olha e diz: – Caramba, você está certo. Eu tenho 44 anos. Mas como você adivinhou?
☺Duas velhinhas, bem velhinhas,
E Joãozinho: – Bem, eu deduzi, porque eu tenho um primo que só é meio idiota, e ele tem 22 anos. Colaboração de Marcos Buim (RC de São Caetano do Sul-Olímpico, SP – D.4420).
☺Dois amigos se encontram depois de muitos anos. – Casei, separei e já fizemos a partilha dos bens. – E as crianças? – O juiz decidiu que ficariam com aquele que mais bens recebeu. – Então ficaram com a mãe? – Não, ficaram com nosso advogado.
☺Um imigrante polonês está fazen-
do exame de vista para obter carteira de motorista.O examinador lhe mostra um cartão com as seguintes letras: CZJWINOSTACZ O examinador pergunta: – Você consegue ler isso? E o polonês: – Ler?! Eu conheço esse cara!!
estão jogando sua canastra semanal. Uma delas olha para a outra e diz: – Por favor, não me leve a mal. Nós somos amigas há tanto tempo e agora eu não consigo me lembrar do seu nome, veja só a minha cabeça. Qual é o seu nome, querida? A outra olha fixamente para a amiga, por uns dois minutos, coça a testa e diz: – Você precisa dessa informação para quando?
☺ A filha entra no escritório do pai,
com o marido a tiracolo, e indaga sem rodeios: – Papai, por que você não coloca meu marido no lugar do seu sócio que acaba de morrer? O pai responde de pronto: – Conversa com o pessoal da funerária. Por mim, tudo bem. Colaboração de Isaltino Bezerra (RC do Recife, PE – D.4500).
☺– Como é possível? – pergunta
o juiz ao acusado – O senhor matou sua sogra com nada menos que 37 facadas! – Senhor juiz – responde o réu – é que eu não sabia desligar a faca elétrica. Colaboração de Enrique Perez Irueta (RC do Rio de Janeiro, RJ – D.4570).
☺Certo construtor era conhecido
como homem que cumpria rigorosamente os prazos Rodrigo Furtado de entrega de suas obras. Era conhecido como o “senhor bota mais homens para trabalhar”. Num mês de outubro ele reuniu a família, mulher e filhos para que cada um fizesse o seu pedido de Natal. Sua filha mais nova, de três anos, pediu um irmãozinho para brincar com ela, mas o pai explicou que esse tipo de pedido não poderia ser atendido por falta de tempo, ao que a criança replicou: “Bota mais homens para trabalhar...” Colaboração do EGD Flavio de Mattos (RC de São Gonçalo, RJ – D.4750).
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Cartas & Recados A Brasil Rotário recebeu em junho várias correspondências de congratulações pelo serviço jornalístico que presta à nossa organização, entre elas as de José Geraldo Esteves, do RC de Guarapari, ES (D.4410); da presidente do Rotaract Club de Itapecerica, MG (D.4560), Aline Souza
Sales; do presidente da Instituição Maria de Nazareth, Aurílio Moraes de Mendonça, agradecendo a publicação de matéria; e dos participantes do 3º Seminário dos Rotários de Língua Oficial Portuguesa, realizado na cidade do Porto, Portugal, de 23 a 25 de março.
Seminário no Porto A partir da esquerda: EGD Manuel Eugênio Cepeda, (D.1970), Centro-Norte de Portugal; Maria Aparecida M.G. Pereira “Cidinha”, do RC São Paulo-Nove de Julho (D.4420); Vera Lúcia Lopes Pitoni, do RC de Porto Alegre-Moinhos de Vento (D.4670) e o chefe da delegação e secretário executivo da Coordenação da Seção Brasileira da Comissão Interpaíses Brasil-Portugal e Demais Países de Língua Portuguesa, Gunter W. Pollack, do RC São Paulo-Perdizes (D.4610).
Reclamação - Através de e-mail, a senhora Elizene Bomfim de Araújo, “Lize”, mulher do governador 2007-08 do distrito 4560, inicialmente destaca as “excelentes reportagens contidas nas páginas da Brasil Rotário” e, em seguida, registra sua insatisfação com o reduzido tamanho da foto publicada no Informe do RI aos rotarianos, pág. 36 da edição de maio/2007. Diz ela: “(...) a foto dos governadores brasileiros junto com diretores e o presidente do Rotary International Wilfrid Wilkinson é uma foto sem destaque, e que para poder enxergar os fotografados precisei de uma lupa”. A senhora está certa. Ocorre que a foto chegou sem alta resolução e o seu apro●
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veitamento só foi possível naquele formato. Estamos aguardando o envio pelo RI de outra foto. Vale registrar que a revista tem publicado com destaque essas fotos de governadores e dos cônjuges, tiradas por fotógrafo próprio nos Institutos Rotários, à exceção do de Atibaia, quando a Redação não esteve representada no evento. Para ilustrar o que acabamos de afirmar, reproduzimos, no tamanho devido, a foto dos governadores 2005-06 e seus cônjuges, inserta na edição de outubro de 2005. Finalizando, este editor formula votos de absoluto êxito na gestão do casal governador Elizene e Luiz de Araújo Filho, distrito 4560, iniciada este mês.