Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.
CAPA 04 A febre da dança 05 Mensagem do Presidente
DAVID OLIVEIRA de Souza, do Rio de Janeiro, foi o primeiro bolsista brasileiro do Crei
William B. Boyd
06 Reconhecimento internacional 08 Logotipo do ano rotário 2007-08
Pág.
31
09 Visita do casal presidente Bill e Lorna Sérgio Afonso
Carlos Enrique Speroni
10 A vez da Amazônia Lindoval de Oliveira
Keystone
13 Tempo de revolução tributária Roberto Silveira
16 Conheça o novo Lar de Cáritas Alberto Bittencourt PASSEIE
20 Tire suas dúvidas sobre o cálcio Rebecca Voelker
PELOS igarapés
22 Regulamento do 14º Concurso de Monografias para Professores
da Amazônia
23 Grande arrancada para a vitória 24 Planos do PERI 2007-08
Pág.
10
Vince Aversano
28 Passatempo levado a sério Nuno Virgílio Neto
31 Os pacificadores Tiffany Woods
39 Tatuagem com diálogo Alfredo Castro Neto
40 O que está à sua espera em Salt Lake City
SEÇÕES JOVENS DO
07 Rotarianos que são notícia
Lar de
42 Interact e Rotaract
Cáritas na
43 Informe do RI aos rotarianos 44
aula de
Coluna do chairman da FR Os 50 mais
artesanato
45 Livros Pág.
46 Autores rotarianos 47 Distritos em revista 59 Senhoras em ação 60 Novos Companheiros Paul Harris 63 Relax 64
Cartas e Recados
Saudades
Capa: Foto The Rotarian
16
ROTARY INTERNATIONAL ONE ROTARY CENTER
CONSELHO DIRETOR 2006-2007 PRESIDENTE
William B. Boyd PRESIDENTE-ELEITO 2007-08
Wilfrid J. Wilkinson VICE-PRESIDENTE
Jerry L. Hall TESOUREIRO
Frank N. Goldberg DIRETORES
Anthony F. de St. Dalmas Barry Rassin Carlos E. Speroni Donald L. Mebus Horst Heiner Hellge Ian H. S. Riseley Kjell-Åke Åkesson Kwang Tae Kim Masanobu Shigeta Michael K. McGovern Noraseth Pathmanand Örsçelik Balkan Raffaele Pallotta d’Acquapendente Robert A. Stuart, Jr. Yoshimasa Watanabe
CURADORES DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA, 2006-07 CHAIRMAN
Luis Vicente Giay CHAIRMAN-ELEITO
Bhichai Rattakul VICE-CHAIRMAN
Mark Daniel Maloney
1560 SHERMAN AVENUE
EVANSTON, ILLINOIS, USA
GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL 2006-2007 DISTRITO 4310 José Domingos Zanco Rotary Club de Americana-Integração, SP
DISTRITO 4600 Marco Antonio Toledo Piza Rotary Club de Aparecida, SP
DISTRITO 4390 Carlos Fernandes de Melo Filho Rotary Club de Aracaju-Norte, SE
DISTRITO 4610 Clóvis Tharcísio Prada Rotary Club de São Paulo-República, SP
DISTRITO 4410 Pedro Carlos Sabadini Rotary Club de Colatina-São Silvano, ES
DISTRITO 4620 Valter Zamur Rotary Club de Sorocaba-Manchester, SP
DISTRITO 4420 Marcelo Demétrio Haick Rotary Club de Santos-Praia, SP
DISTRITO 4630 Maria da Penha Oliveira Surjus Rotary Club de Paranavaí-Moema, PR
DISTRITO 4430 Paulo Eduardo de Barros Fonseca Rotary Club de São Paulo-Liberdade, SP
DISTRITO 4640 Dalva Figueiredo dos Santos Rigoni Rotary Club de Cascavel-União, PR
DISTRITO 4440 Adão Alonço dos Reis Rotary Club de Várzea Grande-Centro, MT
DISTRITO 4650 Sergio dos Santos Correa Rotary Club de Herman Blumenau, SC
DISTRITO 4470 Gener Silva Rotary Club de Araçatuba-Oeste, SP
DISTRITO 4651 Eloir André Kuser Rotary Club de Araranguá, SC
DISTRITO 4480 Beninho Dalto Rotary Club de Catanduva, SP
DISTRITO 4660 Jayme Maia Pereira Rotary Club de Santa Maria-Sul, RS
DISTRITO 4490 Júlio Jorge D’Albuquerque Lóssio Rotary Club de Fortaleza-Meireles, CE
DISTRITO 4670 Ana Glenda Viezzer Brussius Rotary Club de Canela, RS
DISTRITO 4500 José Jorge Indrusiak da Rosa Rotary Club de João Pessoa, PB
DISTRITO 4680 Antonio Carlos Pereira de Souza Rotary Club de Porto Alegre, RS
DISTRITO 4510 Alonso Campoi Padilha Jr. Rotary Club de Bauru-Norte, SP
DISTRITO 4700 Eronilde Ribeiro Rotary Club de Passo Fundo-Norte, RS
DISTRITO 4520 Domingos Souto Rotary Club de Belo Horizonte-Cidade Jardim, MG
DISTRITO 4710 Oswaldo Aparecido Favaro Rotary Club de Bela Vista do Paraíso, PR
DISTRITO 4530 Luiz Gustavo Kuster Prado Rotary Club de Brasília-Lago Norte, DF
DISTRITO 4720 Adélio Mendes dos Santos Rotary Club de Ananindeua, PA
DISTRITO 4540 Nivaldo Donizete Alves Rotary Club de Franca-Imperador, SP
DISTRITO 4730 Paulo Augusto Zanardi Rotary Club de Curitiba-III Milênio, PR
DISTRITO 4550 Iracy Pereira Santos Rotary Club de Guanambi, BA
DISTRITO 4740 Clara Frida Pereira Rotary Club de Otacílio Costa, SC
DISTRITO 4560 Huáscar Soares Gomide Rotary Club de Itaúna-Cidade Universitária, MG
DISTRITO 4750 Joel Rodrigues Teixeira Rotary Club de Niterói-Pendotiba, RJ
DISTRITO 4570 Waldir Nunes Ribeiro Rotary Club de Nilópolis, RJ
DISTRITO 4760 Adauto Mansur Arabe Rotary Club de Belo Horizonte-Santo Agostinho, MG
DISTRITO 4580 José Eduardo Medeiros Rotary Club de Juiz de Fora, MG
DISTRITO 4770 Johannes Alphonsus Maria Kasbergen Rotary Club de Uberaba, MG
DISTRITO 4590 Anthony Kasenda Rotary Club de Atibaia, SP
DISTRITO 4780 Antonio Planella Rotary Club de Livramento, RS
CURADORES
Carolyn E. Jones Dong Kurn Lee Glenn E. Estess, Sr. Jayantilal K. Chande Jonathan B. Majiyagbe K.R. Ravindran Michael W. Abdalla Peter Bundgaard Robert S. Scott Ron D. Burton Rudolf Hörndler Sakuji Tanaka
ÉTICA 2
Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais elevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil
MARÇO DE 2007
Ano 82 Março, 2007 nº 1017
Leia
Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário CNPJ 33.266.784/0001-53
I
Inscrição Municipal 00.883.425
CARO LEITOR LEITOR,
Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria Rio de Janeiro – RJ I Tel: (21) 2509-8142 / FAX: (21) 2509-8130 E-mail: revista@brasil-rotario.com.br
CONSELHO EMÉRITO Archimedes Theodoro (Belo Horizonte-MG) EDRI 1980-82 Mário de Oliveira Antonino (Recife-PE) EDRI 1985-87 Gerson Gonçalves (Londrina-PR) EDRI 1993-95 José Alfredo Pretoni (São Paulo-SP) EDRI 1995-97 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2005-07 Diretoria Executiva Presidente: Roberto Petis Fernandes Vice-Presidente de Operações: Jorge Costa de Barros Franco Vice-Presidente de Administração: Guilherme Arinos Lima Verde de Barroso Franco Vice-Presidente de Finanças: José Maria Meneses dos Santos Vice-Presidente de Planejamento/ Controle: Ricardo Vieira L. M. Gondim Vice-Presidente de Marketing: José Alves Fortes Vice-Presidente de Relações Institucionais: Carlos Jerônimo da Silva Gueiros Vice-Presidente Jurídico: Carlos Henrique de Carvalho Fróes Membros Efetivos: Adelia Antonieta Villas Américo Matheus Florentino Antonio Hallage Fernando A. Quintella Ribeiro Fernando A. P. Magnus Flávio A. Queiroga Mendlovitz José Moutinho Duarte Membros Suplentes: Bemvindo Augusto Dias Pedro Maes Castellain Gerente Executivo: Edson Avellar da Silva ASSESSORES Abel Mendes Pinheiro Júnior Ary Pinto Dâmaso (Publicidade) Cleofas Paes de Santiago (CER) Edson Schettine de Aguiar (Cultural) Eduardo Álvares de S. Soares (Sul) Enrique Ramon Perez Irueta (Traduções) Geraldo Lopes de Oliveira (Especial) Jorge Bragança (Sudeste) José Augusto Bezerra (Nordeste) Valério Figueiredo R. de Souza (Nordeste) Waldenir de Bragança
Hipólito Sérgio Ferreira (Belo Horizonte-MG) EDRI 1999-01 Alceu Antimo Vezozzo (Curitiba-PR) EDRI 2001-03 Luiz Coelho de Oliveira (Limeira-SP) EDRI 2003-05 Carlos Enrique Speroni (Buenos Aires-Argentina) DRI 2005-07
CONSELHO FISCAL 2006-2007 Membros Efetivos: Jorge Manuel R. Monteiro (Coordenador do CF) Antônio Vilardo (Secretário) Haroldo Bezerra da Cunha Membros Suplentes: Dulce Grünewald Lopes de Oliveira Geraldo da Conceição CONSELHO CONSULTIVO Membros Natos Efetivos: Governadores 2006-07 Suplentes: Governadores eleitos 2007-08 CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO Presidente: Roberto Petis Fernandes Secretário: Edson Avellar da Silva Membros: Lindoval de Oliveira Nuno Virgílio Neto Luiz Renato Dantas Coutinho CONSELHO EDITORIAL CONSULTIVO ● Roberto Petis Fernandes ● Carlos Henrique de Carvalho Fróes ● Carlos Jerônimo da Silva Gueiros ● Guilherme Arinos Lima Verde de Barroso Franco ● Jorge Costa de Barros Franco ● José Alves Fortes ● José Maria Meneses dos Santos ● Ricardo Vieira L. M. Gondim COBRANÇA Para agilizar a comunicação com o Departamento de Cobrança, queiram utilizar o seguinte e-mail: cobranca@brasil-rotario.com.br
DIRETOR RESPONSÁVEL: Roberto Petis Fernandes EDITOR: Lindoval de Oliveira - Jorn. Prof. Mtb. 3.483/9/144 REDAÇÃO E DEPTO. DE MARKETING: Av. Rio Branco, 125 - 18º andar - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20040-006 - Tel: (21) 2509-8142; Fax: (21) 2509-8130. E-MAIL DA REDAÇÃO: redacao@brasil-rotario.com.br REDAÇÃO: Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, Maria Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré. DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira IMPRESSÃO: Gráfica Ediouro HOMEPAGE: http://www.brasil-rotario.com.br * As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.
E
stamos abrindo uma edição rica em matérias de grande interesse, daí a dificuldade para estabelecer os necessários destaques. Acredite. Vamos começar pelo princípio, isto é, pela capa: Os pacificadores. Você vai acompanhar o dia-a-dia de três bolsistas em dois Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos, nas Universidades de Duke e da Carolina do Norte, ambas nos EUA. Saiba que até o momento 194 estudantes de todas as partes do mundo concluíram o curso e 130 estão em sala de aula. Você vai sentir todo o valor e a importância dessa iniciativa da nossa Fundação Rotária através do relato da jornalista Tiffany Woods. ● Um magnífico exemplo da dedicação dos rotarianos, e com a participação da Fundação, é mostrado pelo EGD Alberto Bittencourt, do distrito 4500, em Conheça o novo Lar de Cáritas. Você vai se emocionar com o que foi realizado, pacientemente, para tornar digna e produtiva a vida de 200 crianças de uma creche na cidade do Recife. ● O mês de março no calendário do RI é dedicado à alfabetização, uma das ênfases do presidente Bill Boyd. Pois ele destina sua Mensagem do Presidente a esse tema, dizendo, entre outras afirmações felizes: “A alfabetização é o passo mais importante para a saída da condição de pobreza”. E mais adiante: “Temos de estar atentos para o fato de que o analfabetismo não é um problema exclusivo das nações em desenvolvimento. Mesmo naqueles países mais ricos, que contam com educação universal, há muitos analfabetos funcionais”. ● Outro assunto que vai despertar seu maior interesse é a primeira entrevista realizada com o próximo presidente do RI, Wilfrid (Wilf) J. Wilkinson, um canadense que demonstra ter uma visão muito realista e precisa da nossa organização. Questionado sobre a imagem pública do Rotary, respondeu: “Precisamos mostrar à comunidade local o que estamos fazendo e publicar as realizações do Rotary. As pessoas são bombardeadas todos os dias com notícias através da TV, dos e-mails e dos aparelhos celulares. O Rotary precisa se adaptar a este novo e conturbado ambiente para não correr o risco de ser engolido”. O autor da entrevista é o jornalista Vince Aversano, editor da The Rotarian. ● Já aqui, este modesto editor inicia a divulgação do XXX Instituto Rotário do Brasil, que ocorrerá em Belém, de 6 a 9 de setembro, e cujas inscrições estão abertas. As informações que recebemos é que tudo está sendo providenciado pela comissão organizadora, à frente o EGD Octávio Gomes de Souza, chairman do encontro, para que o evento se constitua em um êxito sem precedentes. ● Há muito o que ler nesta edição, inclusive o artigo de Roberto Silveira, do RC do Rio de Janeiro-Saúde, Tempo de Revolução Tributária, falando sobre a cobrança de impostos exorbitantes em nosso país.
“Determine que algo pode e deve ser feito e depois descubra uma maneira” – ABRAHAM LINCOLN L.O BRASIL ROTÁRIO
3
A febre da dança Mexa-se e faça um favor à sua saúde Rebecca Voelker*
N
ão importa se você gosta de ir a um salão de baile e deslizar ao som de uma boa valsa ou se prefere sacudir-se ao ritmo da salsa e do hip-hop: em qualquer hipótese, a dança pode tornar o seu corpo e a sua mente mais saudáveis e mais ágeis. Isso não é uma novidade para os médicos, que há décadas já afirmavam que a dança aeróbica de baixo impacto pode melhorar o desempenho cardiovascular e reduzir o teor de gordura corporal. No entanto, filmes recentes, como o documentário norte-americano “Vamos todos dançar”, a respeito de um bem-sucedido programa de dança de salão desenvolvido nas escolas públicas de Nova York, estão reacendendo o interesse das pessoas . “A dança melhora a coordenação, a flexibilidade, o equilíbrio, a postura e a amplitude dos movimentos, além de distender os ossos e músculos e reduzir o estresse e a tensão”, garante Janet Hamburg, professora de dança da Universidade do Kansas, nos EUA. Mas é preciso alertar as pessoas que desejam variar sua rotina de exercícios entrando numa pista de dança: os benefícios de curto prazo decorrentes da dança social ou das aulas de dança não devem ser comparados aos de um vigoroso programa de ginástica. “Dançar durante 45 ou 50 minutos contínuos não é um exercício que proporciona uma queima acelerada
de calorias”, diz Any Ernst, professora de dança associada da Universidade do Arizona. Ainda assim, a dança pode trazer outros benefícios, além de aperfeiçoar seu condicionamento físico e ser uma aliada do cérebro. De acordo com um estudo publicado no New England Journal of Medicine em 2003, a dança figura
ao lado de uma série de atividades de lazer apontadas como responsáveis por ajudar a reduzir o risco de desenvolver problemas degenerativos como a demência. “Quando dançamos, aprendemos novos movimentos e os memorizamos, o que consiste num excelente exercício para o cérebro”, afirma a professora Janet Hamburg. Cindy Ranger Balas, sócia do RC de Seattle, EUA (D.5030) constatou os efeitos positivos da dança sobre
um grupo de alunos da quinta série, muitos deles de famílias pobres. Ela foi a responsável por coordenar uma iniciativa do clube inspirada no projeto que deu origem ao documentário “Vamos todos dançar”. Dentre os benefícios gerados pela dança junto às crianças, Cindy observa, um dos mais relevantes é o aumento da auto-estima. A atenção e a capacidade de trabalho em grupo também melhoraram. O projeto foi desenvolvido na própria escola em aulas semanais, e teve a duração de três meses. “Algumas crianças normalmente dispersivas em sala de aula acabaram sendo as mais atentas durante o curso de dança”, observou Cindy Balas. Ela conta que um dos alunos – famoso por matar as aulas da escola – passou a ser um dos mais assíduos. “Ele quis garantir sua presença nas aulas de dança”. Além de ser um exercício físico de primeira, a dança também é uma expressão cultural e uma forma de comunicação com o próximo. “Em muitas regiões do mundo, a dança é uma forma de se dar as boas-vindas às pessoas”, observa Janet Hamburg. “É uma forma de dizer ‘queremos partilhar a nossa cultura com você’”. *A autora é uma escritora free-lancer que mora em Chicago e colabora com o Jama, o jornal da Associação Médica Norte-americana. Tradução de Eliseu Visconti Neto.
Entre outros benefícios, a dança melhora a flexibilidade, o equilíbrio e a postura 4
MARÇO DE 2007
Mensagem do Presidente CAROS COMPANHEIROS,
omos membros de uma família que ama os livros e, por isso, temos feito da alfabetização uma das mais altas prioridades das nossas vidas. A nossa casa está repleta de livros e tanto Lorna como eu não viajamos sem levar uns dois ou três. Encontramos muito prazer na leitura e passamos este gosto para os nossos filhos e netos. Mas infelizmente, este simples prazer parece estar longe do alcance de muitas pessoas no mundo. Para os analfabetos, todas as palavras escritas – não só nos livros, como em jornais, revistas, mapas, etiquetas, placas de ruas e cartazes – parecem misteriosas e representam obstáculos para a integração na sociedade. Ensinar alguém a ler constitui, para mim, uma das tarefas mais gratificantes. Os únicos custos são tempo e paciência, mas a recompensa é incalculável. A alfabetização é o passo mais importante para a saída da condição de pobreza. Representa a aquisição de autoconfiança, que pode ser passada de geração em geração. Se existir uma pessoa alfabetizada numa família, dificilmente o analfabetismo irá prosperar, pois pais alfabetizados criam filhos também alfabetizados. Pais alfabetizados são capazes de criar filhos mais saudáveis, cujos horizontes se alargarão além dos limites das suas casas ou cidades. A alfabetização abre novas fronteiras. Temos de estar atentos para o fato de que o analfabetismo não é um problema exclusivo das nações em desenvolvimento. Mesmo naqueles países mais ricos, que contam com educação universal, há muitos analfabetos funcionais. Nos locais onde o analfabetismo é um estigma, pode se tornar difícil a erradicação. De fato, nas sociedades altamente educadas, é crucial, para qualquer ocupação, a capacidade de ler e escrever. É só visitar uma prisão, ou hospital, para constatar a existência de um número desproporcional de analfabetos. Muitos trabalhadores não especializados precisam da ajuda dos seus companheiros de trabalho para ler. Mas Lorna e eu já vimos mulheres em Uganda aprenderem a ler em poucos dias. Vimos, ainda, crianças na África do Sul que foram apresentadas pela primeira vez a um livro, e viram um novo mundo abrir-se à sua frente. Assistimos a rotarianos na Índia, Nigéria e Turquia usar o método do encontro concentrado de linguagem (Lighthouse) para ensinar milhares de mulheres e crianças e alguns homens a ler. A questão não é inteligência, mas oportunidade. A alfabetização tem feito parte da agenda rotária há muitos anos, e deveria constar dos projetos de todos os clubes. Todas as formas de promover a educação e a alfabetização, tais como a doação de livros, as aulas de alfabetização, o fornecimento de material escolar, inclusive dicionários, ou até mesmo a ajuda aos alunos com as suas tarefas escolares, são capazes de garantir grandes retornos, com pequenos investimentos de dinheiro. Passei muito tempo sentado em cadeiras desconfortáveis, ouvindo as crianças ler, e posso garantir que os meus músculos cansados representam um preço muito pequeno a pagar por benefícios que se estenderão por toda a vida.
S NA REDE
Para ler os pronunciamentos e notícias do presidente do RI Bill Boyd, visite sua página no endereço www.rotary.org/president/boyd
WILLIAM B. BOYD Presidente 2006-07 do RI BRASIL ROTÁRIO
5
Polio Plus
Reconhecimento internacional Prezados rotarianos,
Tenho o grande prazer de anexar cópia da carta enviada a todos os membros da OMS ligados ao combate à pólio pela Dra. Margaret Chan, diretora-geral recémeleita da Organização Mundial da Saúde, no seu primeiro dia nessa importante função. No seu discurso de posse ela destacou a erradicação da pólio como uma das principais prioridades de sua gestão. O endosso da Dra. Chan ao combate à pólio tem grande significado, e eu lhes peço 4 de janeiro de 2007 Caros colegas,
Neste momento em que apresento o planejamento das minhas ações como diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, desejo que um dos meus primeiros atos seja expressar o melhor agradecimento pelos seus esforços em debelar a pólio. É do conhecimento geral que a erradicação da pólio tem sido uma das principais prioridades da OMS, desde 1988. Quero reafirmar que tal prioridade continua válida, até que concluamos nossa tarefa. Revisei com o maior cuidado os trabalhos referentes à erradicação da pólio, como parte da minha preparação para assumir este cargo. Ao considerar que em somente quatro regiões de quatro países a pólio ainda é endêmica, e avaliar a existência de novas e poderosas ferramentas, como a vacina oral monovalente, tenho a convicção de que é possível ter um mundo livre da paralisia infantil. Envidarei to6
MARÇO DE 2007
repercuti-lo nas reuniões rotárias, seja em palestras ou conversas informais, em especial perante aqueles clubes que parecem ter esmorecido no compromisso rotário de ajuda a todas as crianças do mundo. A erradicação da pólio é uma realidade. Sinceramente, Bob Scott Curador da Fundação Rotária, presidente do Comitê Internacional Polio Plus e vice-presidente 1997-98 do RI
dos os esforços, junto com os diretores regionais e os países ainda infectados, para que a erradicação total da doença seja alcançada nos próximos 24 meses. O sucesso neste empreendimento dependerá do engajamento permanente e continuado de todos, seja nas áreas afetadas ou não, mormente daqueles que se dedicam com tanta devoção nas frentes de trabalho, a quem garanto todo o meu apoio. No meu primeiro dia como diretora-geral da OMS, permitamme expressar mais uma vez a mais sincera gratidão pelo esforço despendido em favor da proteção das crianças contra essa terrível doença. O seu comprometimento permanente irá garantir que nenhuma criança jamais venha a sofrer dos males da poliomielite. Os sinceros agradecimentos de Dra. Margaret Chan Diretora-Geral da OMS
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
O COMPANHEIRO Cristóvão Maurício Mesquita Ferreira, sócio do Rotary Club de Visconde do Rio Branco, MG (D.4580) tomou posse como membro da Academia Riobranquense de Letras.
○
○
○
○
○
○
Rotarianos que são notícia ○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
O EGD Raimundo Medeiros Lobato (direita), do Rotary Club de São Luís, MA (D.4490) recebeu do deputado Aderson Lago o Título de Cidadão Maranhense, concedido pela Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão.
EM SESSÃO solene na Câmara de Vereadores local, Tulio Moreira, do Rotary Club de Canoas-Integração, RS (D.4670) foi homenageado pelos dez anos de fundação do jornal Correio de Notícias, de propriedade do companheiro. Na foto, ele está ladeado pelo autor do projeto, vereador José Carlos Patrício, e pelo presidente daquela Casa, vereador Nedy de Vargas Marques.
OS COMPANHEIROS Hélio Ribeiro da Silva, João Fernandes Mundim, Geraldo Rosa, Wilson de Oliveira, Halim Helou e João Abrahão, sócios do Rotary Club de Anápolis, GO (D.4530) foram homenageados com a Comenda Dr. Henrique Santillo, concedida pela Câmara Municipal local. Na foto, eles estão acompanhados do presidente do clube, Edvaldo Carlos Mundim, e do companheiro e presidente daquela Casa, vereador Achiles Mendes Ribeiro.
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
O EGD do distrito 4580 Haroldo Alves de Araújo foi homenageado com um diploma comemorativo pelo aniversário de 60 anos de sua formatura como engenheiro agrônomo, em sessão solene na Universidade Federal de Viçosa. A família do companheiro acompanhou a solenidade.
COMPANHEIRO DO Rotary Club de CaratingaLeste, MG (D.4520) Valter Cardoso de Paiva assumiu a presidência da Câmara Municipal local e entregou uma placa em homenagem ao presidente anterior daquela Casa e também rotariano, José do Carmo Fontes.
GILBERTO GARCIA, presidente do Rotary Club de São João de Meriti, RJ (D.4570) tomou posse como conselheiro estadual da Ordem dos Advogados do Brasil – Rio de Janeiro (OAB/RJ). Na foto, o companheiro está ao lado do novo presidente da OAB/RJ, Wadih Damous.
CARLOS MAURÍCIO Chaves Mendes, do Rotary Club de Curvelo, MG (D.4760) recebeu a placa de Engenheiro Destaque da Região CentroNorte de Minas.
O COMPANHEIRO Marques Nunes de Azevedo, do Rotary Club de Águas Lindas de Goiás, GO (D.4530) foi homenageado com a medalha Tiradentes pelo Governo do Estado de Goiás.
BRASIL ROTÁRIO
7
Caro leitor, Graças à ação do DERI Themístocles Pinho e da EGD Adélia Villas, você está vendo o logotipo com o lema do próximo ano rotário, gestão de Wilfrid (Wilf) J. Wilkinson, presidente 2007-08 do RI. Palavras do novo dirigente sobre o logotipo: “Nós compartilhamos tempo, talento, especialidades e dinheiro em prol de iniciativas para sanar uma miríade de questões sociais e humanitárias.”
Leia a primeira entrevista concedida pelo presidente 2007-08 do Rotary International, Wilf Wilkinson, na página 24 desta edição.
8
MARÇO DE 2007
Coluna do Diretor do
CARLOS ENRIQUE SPERONI
Rotary International VISITA DO CASAL PRESIDENTE BILL E LORNA uando esta edição d a Brasil Rotário chegar às mãos dos seus interessados leitores, o presidente do Rotary International Bill Boyd e a mulher dele, Lorna, estarão percorrendo parte do território brasileiro, admirados com todas as belezas naturais que só mesmo este país pode oferecer. Eu e Lilia também estaremos nessa viagem, uma vez que teremos a honra de acompanhálos e desfrutar da afabilidade e do trato simples e afetuoso do casal. Desde o dia 6 de março, quando chegam ao Recife, até o dia 12, quando partem de Porto Alegre em direção ao Chile e à Argentina, Bill e Lorna terão a oportunidade de apreciar tudo de belo, rico e imponente que existe na geografia brasileira, a pujança de suas atividades comerciais e industriais, o desenvolvimento das ciências, a arte e a cultura, os avanços tecnológicos e a permanente alegria de sua gente – tudo emoldurado por uma forte vivência de um movimento rotário que é líder nas Américas do Sul e Central, e um dos primeiros em todo o mundo. Além de Recife e Porto Alegre, o casal presidente será recebido em Brasília e no Rio de Janeiro. Durante a realização do XXIX Instituto Rotário, realizado em Atibaia no ano passado, além daquela região privilegiada Bill e Lorna tiveram a oportunidade de conhecer as cidades de Santos e São Paulo, quando surgiu o interesse deles em ampliar sua visão a respeito do Brasil, um país tão reputado e respeitado.
Q
As boas-vindas Em cada uma das quatro cidades anfitriãs foi criada uma Comissão de Recepção, presidida por destacados rotarianos locais, e que contam com um presidente de honra, como se pode ver no quadro ao final desta coluna. Essas comissões são equipes homogêneas e amplamente capacitadas, que prepararam a melhor recepção possível para que o presidente Boyd nos apresente sua mensagem inspiradora e motivadora, justamente num momento em que isso se faz tão necessário para que o nosso rotarismo possa compreender cabalmente – e tornar realidade – o lema deste ano rotário: Mostremos o Caminho. Mostremos o caminho para um amanhã que nós, rotarianos, desejamos que seja melhor, mas não apenas para nós – pois se assim pensássemos, nosso egoísmo nos afastaria do ideal do Rotary. Um amanhã que seja venturoso para todos: para os que são nossos amigos e para os que ainda não são; para os que nos querem bem e para os que nos criticam; para os que nos ajudam e para os que acreditam que podem enfraquecer a nossa caminha-
da; para o nosso vizinho e para aquele de quem não temos qualquer referência; para o nosso sócio e para o nosso concorrente. Enfim, para todos os seres humanos que vivem, sentem, se alegram e sofrem como nós. A visita de Bill e Lorna ao Brasil terá continuidade no Chile e na Argentina, onde presidirão a primeira Conferência Pentadistrital, que se realizará no período entre os dias 16 e 18 de março nas cidades de Buenos Aires, San Marín e Vicente López, que são vizinhas. A Conferência está sendo organizada em conjunto pelos distritos 4820, 4850, 4890, 4900 e 4910. Os rotarianos da América do Sul devem se sentir muito honrados e agradecidos ao casal presidente por dedicarem quase três semanas para melhor nos conhecerem e compartilharem conosco seu precioso tempo – e para nos deixarem experiências valiosas e sábios ensinamentos. Resumindo: para nos mostrarem que o mundo do Rotary é apenas um, acessível a todos, de acordo com o interesse genuíno de cada um que aspire a compreendêlo e integrá-lo.
COMISSÃO ANFITRIÃ DE RECEPÇÃO Recife 1) EDRI Mario Antonino (Celma) 2) EGD 4500 José Ubiracy (Maria Conceição) 3) Aldemar e Fátima Assunção Filho Brasília 1) EDRI Archimedes Theodoro (Yolanda) 2) EGD 4500 Bill O’Dwyer (Anne) 3) EGD 4770 César e Clara Márcia Reis Rio de Janeiro 1) EDRI José A. Pretoni (Magnólia) 2) DERI Themístocles Pinho (Gilda) 3) Pedro e Zélia Loureiro Durão Porto Alegre 1) EDRI Gerson Gonçalves (Irani) 2) EGD 4680 Fernando Magnus (Solange) 3) EGD 4680 Antonio e Lourdes Parissi Referências: 1) Presidente de honra 2) Presidente da Comissão de Recepção 3) Aides
BRASIL ROTÁRIO
9
10
MARÇO ARÇO DE DE 2007 2007 M
A vez da Amazônia Esta é a sua grande oportunidade para juntar o útil ao agradável: participar do maior evento do calendário regional de nossa organização, o XXX Instituto Rotário do Brasil, e conhecer a fascinante Amazônia. O encontro será realizado em Belém, de 6 a 9 de setembro.
Lindoval de Oliveira*
C
hegue uns dias antes à capital paraense, ou fique mais um pouco após o término do Instituto, e realize o acalentado sonho de visitar a região brasileira mais desejada pelos turistas, daqui e do exterior. Esse sonho, você sabe, é também da sua mulher e dos seus filhos. A Comissão Organizadora vem trabalhando muito para proporcionar aos rotarianos, junto com a reco-
AO LADO, a cabeça que amedronta: jacaré na espreita; logo acima, a Praça do Relógio, localizada na Cidade Velha. ABAIXO DA Arara, animal-símbolo da região, o Mercado do Ver-o-Peso, às margens da Baía de Guajará. O nome vem do posto fiscal criado em 1688 que deu origem ao mercado, pois era obrigatório ver o peso das mercadorias que saíam ou chegavam à Amazônia para a arrecadação dos impostos correspondentes.
BRASIL ROTÁRIO
11
nhecida hospitalidade do povo do Pará, a possibilidade de realizar a viagem em condições econômicas ao alcance do orçamento de cada um. Por exemplo: a Comissão já tem o compromisso assumido por vários hotéis com faixas diferenciadas de preço da diária para os participantes do grande evento.
foi palco da Revolta dos Cabanos (Cabanagem), que é considerada a de participação mais autenticamente popular da história do país, a única onde a população realmente derrubou o governo local.
Artesanato Você, companheiro, certamente não nos perdoará, mas a sua mulher vai nos agradecer por destacarmos o artesanato História do Pará. É significativa a diversidade do A região onde a cidade de Belém está artesanato que o grande estado do norte situada era habitada pelos índios possui. Os festejados artesãos paraenses Tupinambá. Belém foi fundada em 12 de vão buscar na fauna e na flora da Amajaneiro de 1616 pelo capitão Francisco zônia os elementos para produzir objeCaldeira Castelo Branco que, enviado tos diversos, peças, artefatos utilitários e pela coroa portuguesa para defender o decorativos. território contras as tentativas de conOs visitantes ficam maravilhados com quista da França, Holanda e Inglaterra, o que é feito em miriti (espécie de palergueu o Forte do Presépio, hoje Forte meira); com as cuias de Santarém e seus URNA MARAJOARA do Castelo. belíssimos grafismos; além de objetos Inicialmente, a cidade foi chamada de Feliz confeccionados com palha e galhos secos, cascas, Lusitânia; depois, de Santa Maria do Grão Pará, bem patchouli, balata, madeira, sementes, bambu, pedras como de Santa Maria de Belém do Grão Pará, até che- decorativas e areia, que dão origem a belas e origigar à denominação atual, de Belém. nais embalagens. Tudo isso e mais a conhecida cerâDistanciada do resto do país e fortemente ligada a mica marajoara, fruto do trabalho dos índios da Ilha Portugal, Belém reconheceu a Independência do Brasil de Marajó. apenas em 15 de agosto de 1823, quase um ano depois da declaração. *O autor é jornalista, sócio do RC do Rio de Janeiro, Entre os anos de 1835 e 1840, a capital paraense RJ (D.4570) e editor da Brasil Rotário. A você, companheiro, prometemos dedicar na próxima edição um capítulo sobre a imbatível, saborosa e inigualável culinária belenense. Aguarde.
Convite do DERI Themístocles A.C. Pinho, convocador do XXX Instituto Rotário do Brasil Companheiros rotarianos,
E
m setembro, entre os dias 06 e 09, estaremos realizando o XXX Instituto Rotário do Brasil, que terá sua sede na aprazível e acolhedora cidade de Belém, capital do Pará e porta de entrada da Amazônia. Assim, em meu nome, de Gilda, e dos companheiros e seus cônjuges do distrito 4720, formulamos este convite especial para que o casal rotário participe do maior evento do rotarismo brasileiro no ano de 2007-08, ocasião em que teremos a possibilidade de compartilhar nossos conhecimentos, a par da possibilidade de rever amigos e estreitar o companheirismo, pontos básicos de toda a nossa atividade. Devemos realçar que tudo está sendo feito para
que vocês desfrutem plenamente da hospitalidade que os nossos irmãos do norte do Brasil tão bem sabem propiciar. No entanto, o êxito do Instituto depende do seu necessário apoio e de sua indispensável cooperação, integrando-se ao evento com a sua inscrição prévia, além de colaborar para os trabalhos que serão realizados, e que terão como elemento fundamental a efetiva participação de todos. Certos de que contamos com sua simpatia e a acolhedora aceitação deste nosso convite, enviamos fraternas saudações rotárias.
Para mais informações e inscrições, acesse o site:
www.XXXinstitutorotario.org 12
MARÇO DE 2007
Economia Economia
Tempo de Revolução Tributária ○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
NINJA ○ ○
Mudanças devem ser profundas, com os impostos recaindo sobre o consumo e sendo cobrados e administrados pelos poderes municipais Roberto Silveira*
E
xiste um país gigantesco na América do Sul, com cerca de 190 milhões de habitantes, onde predomina um lema: “O Estado é maior que a nação”. Neste país, o PIB está composto por cerca de 40% de tributos, mas o povo não sabe que paga impostos. Nele existem cerca de 60 tributos diferentes, na maioria dos casos onerando as classes produtoras (leiam-se: empresas e empregados), dificultando o controle da arrecadação tributária e, evidentemente, aumentando os custos de produção. Adicionalmente, encontramos uma distribuição de renda perversa, que permite uma grande concentração da renda na menor parcela da população – cerca de 3% da população desse país detêm perto de 90% de toda a renda, enquanto a grande maioria tem que se contentar com os 10% restantes. A principal conseqüência disso é que a grande massa da população está inserida na faixa de renda da pobreza absoluta, o que faz com que o consumo de bens e serviços fique reduzido por absoluta falta de poder aquisitivo. Esse país, vocês já devem ter adivinhado, é o Brasil. Aqui falamos sistematicamente em Reforma Tributária, mas na maioria das vezes o tema é tratado por quem ignora como a composição dos tributos interfere nos preços dos bens e serviços – e quem sabe não dispõe da isenção necessária para assessorar cor-
retamente os que desconhecem, mas detêm o poder. Ao longo da minha vida, assisti a várias “reformas tributárias” no Brasil. Todas caíram sempre num velho erro: tributar quem produz. Na década de 1960, houve uma tentativa séria de se reformar nosso Sistema Tributário. Vários grupos de especialistas se formaram para estudar e apresentar uma proposta com o objetivo de melhorar o nosso sistema de tributação. Algumas alterações sensíveis foram efetivadas, como a introdução do Sistema de Tributação sobre o Valor Agregado (que marcou a extinção do ISVC – Imposto Sobre Vendas e Consignações – e a criação do ICM – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias). O princípio era bom, mas a aplicação foi perniciosa. Na implantação do novo imposto, foi majorada a alíquota incidente e, nas operações interestaduais, bitributada a parcela correspondente às operações anteriores. Na verdade, todas as vezes em que a Reforma Tributária foi assunto no Brasil, aconteceram basicamenBRASIL ROTÁRIO
13
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
te duas coisas: ou simplesmente foi criado um novo tributo ou aumentaram-se as alíquotas, resultando no aumento sensível da nossa carga tributária. Apesar das mudanças, o peso maior dos tributos continuou sendo exigido de quem produz, afastando-se a sanha arrecadadora do capital e do consumo. Produção penalizada Há um conceito básico em tributação que classifica os impostos em dois grandes grupos: os diretos e os indiretos. Os diretos são aqueles em que os contribuintes são os reais pagadores. Eles sabem quanto pagam e por que pagam. Os indiretos, ao contrário, estão embutidos nos preços dos produtos ou serviços – e quem paga desconhece o seu valor. A arrecadação se dá através das empresas, que passam a ser as contribuintes. A tributação indireta acaba fazendo com que sejam penalizados os que produzem, pois as mercadorias já chegam tributadas nas mãos dos consumidores finais, que acabam sem saber o quanto estão pagando de tributos. Com a voracidade atual do Fisco, aumenta a “necessidade” da sonegação, pois para o contribuinte passa a valer a pena correr riscos. A máquina do governo precisa, cada vez mais, de recursos para bancar os seus gastos, nem sempre prioritários e responsáveis. Ocorre que, como vimos anteriormente, a grande concentração da renda está com a menor parcela da população,
Aos pobres resta trabalhar e pagar impostos, na maioria das vezes sem saber que pagam e o quanto pagam 14
MARÇO DE 2007
○
○
○
○
○
○
○
○
Economia ○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Quadro demonstrativo dos impostos arrecadados Período: primeiro semestre de 2006 Fonte arrecadadora
Valores
%
Impostos federais
R$ 270 bilhões
68,7
Impostos estaduais
R$ 103 bilhões
26,2
Impostos municipais
R$
5,1
Total arrecadado:
R$ 393 bilhões
20 bilhões
N
uma rápida análise do quadro acima podemos concluir o quanto é terrível e injusta a arrecadação tributária no Brasil. Vejamos: os brasileiros vivem nos vários municípios do país (cerca de 5.600) e a esses governos municipais cabem, tão somente, 5% da arrecadação tributária. Ou seja, uma média de R$ 3,6 milhões por município. Um valor insignificante, na maioria das cidades com população acima de 10 mil habitantes, para que os prefeitos consigam disponibilizar os serviços essenciais básicos, como saúde pública, educação e segurança. Esse sistema impõe a necessidade de articulações políticas e a busca incessante de verbas junto aos governos federal e estaduais, facilitando acordos nem sempre convenientes aos interesses dos cidadãos, e permitindo a instalação de procedimentos antiéticos que beneficiam políticos e terceiros que têm pouca responsabilidade com o dinheiro público.
a quem são possíveis as melhores escolas e, conseqüentemente, aumentar seu nível cultural. Como num ciclo, com maior conhecimento essas pessoas acabam encaixando-se nos poderes constituídos, perpetuando-se como os membros da nossa classe dominante. Em razão do peso da nossa tributação estar focado nos impostos indiretos, aos pobres resta trabalhar e pagar impostos, na maioria das vezes sem saber que pagam e o quanto pagam. Recentemente, numa conversa informal com a gerente de um banco, ouvi que grande parte dos impostos arrecadados no Brasil saía, somente, dos componentes da classe média. Ela dizia
que no Brasil os pobres não pagam impostos, pois estão isentos do Imposto de Renda. Um conceito equivocado que está sendo introduzido e massificado pelo nosso sistema de ensino, que “analfabetiza” a grande massa da população para manter no poder os membros das nossas classes dominantes. Nosso Sistema Tributário está assim montado para permitir o continuísmo. Precisamos mudá-lo, fazendo com que a maior parcela da tributação incida sobre o consumo, e fazendo com que assim todos – ricos e pobres – paguem impostos e saibam que estão pagando. Precisamos de tributação direta para todos, já que, constitucionalmente,
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Economia ○
○
○
todos somos iguais perante a lei. Dentro do conceito tributário atual, trabalhamos para o governo cerca de 4 meses e 24 dias por ano, resultado de um ônus tributário que recai sobre nós, a maior parcela de forma indireta, sem que saibamos o que estamos pagando. A vez dos municípios O momento atual é de Reforma Tributária. Fala-se em eliminar o ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – e introduzir o IVA – Imposto sobre o Valor Agregado. Mas a técnica de se tributar sobre o valor agregado já está em uso, de forma indevida, em vários tributos atuais, como IPI, ICMS, PIS e Cofins. Que “reforma” será essa então? Na verdade, precisamos não de uma reforma, mas de uma “Revolução Tributária”, onde prevaleça o conceito básico de se transferir boa parte da arrecadação para os poderes municipais e responsabilizando-se as prefeituras pela efetiva prestação dos serviços públicos essenciais a cada município. Deverá prevalecer o princípio de que quem quer mais serviços públicos – e de melhor qualidade – deverá pagar mais impostos. Além disso, deveríamos eliminar a tributação sobre a produção e, com isso, reduzir o Custo Brasil, transferindo para o consumo a base da arrecadação, desonerando o máximo possível a tributação das exportações e melhorando nossas possibilidades de concorrência no mercado internacional. Com a redução dos encargos tributários da produção, poderá haver um aumento da renda dos trabalhadores e, conseqüentemente, do consumo interno. E como o consumo seria o foco principal da tributação, aumentaríamos também a arrecadação. É importante frisar que a renda dos trabalhadores somente pode ter três destinos: o consumo, o investimento ou a poupança. Qualquer uma das três possibilidades é benéfica para o país. Com o consumo, aumenta-se a necessidade de produção e, conseqüentemente, são gerados novos empregos, aumentando com isso a arrecadação. Com o investimento, contribui-se para o aumento da produção no setor investido, gerando-lhe diversos benefícios. Se a opção for a poupança, aumenta-se o capital, que é um dos fatores da produção e gera novos empregos e riquezas. Por todos esses motivos, concluímos que a política de redução de renda dos brasileiros, justamente a que vem sendo adotada ultimamente, em nada contribui para o crescimento do país. O arrocho salarial e a redução dos vencimentos dos aposentados gera uma distribuição invertida da renda, isto é, as classes de menor capacidade econômica transferem renda para as de maior capacidade através do pagamento de juros. Outro fator negativo dessa política é a redução dos postos de trabalho provocada pela aposentadoria. Como ao aposentar-se o trabalhador da classe média acaba perdendo renda, ele precisa voltar ao mercado de trabalho, dificultando o acesso dos mais jovens. Da mesma maneira, ao se aposentarem os trabalhadores de menor renda acabam permanecendo no emprego, reduzindo mais postos de trabalho.
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Com o aumento da renda, todos seComo o riam beneficiados. consumo Com o bolo maior, todos teriam direito seria a uma fatia maior, o foco inclusive o Estado. É preciso entender principal ainda que o aumenda tributação, to de preços provocado pelo aumento aumentaríamos da procura não é – também a nem gera – inflação. Ele é o resultado da arrecadação aplicação da Lei da Oferta e da Procura, um fato econômico normal e que pode ser corrigido com investimentos para aumentar a produção e a oferta, fazendo com que haja uma realocação dos preços, que poderá gerar até sua redução. O Estado brasileiro somente será forte se a nossa nação for vigorosa. O nosso povo deverá ter prazer de se sentir brasileiro, de ter deveres e cumpri-los, porque terá consciência de que seus direitos serão sempre respeitados. * O autor é sócio do RC do Rio de Janeiro-Saúde, RJ (D.4570).
BRASIL ROTÁRIO
15
AS CRIANÇAS agradecem: projeto é exemplo de como o Rotary tem o poder de criar parcerias e ampliar sua capacidade de realização
Conheça o novo Lar de Com a ajuda da Fundação Rotária, clube do Recife associa-se
e do exterior e ajuda a mudar a vida das crianças de uma co Alberto Bittencourt*
O RC do Recife-Boa Viagem, PE (D.4500) conheceu o Lar de Cáritas em 1995, através de seu Interact Club. Aquela casinha velha, com telhado em ruínas e chão de cimento, abrigava cerca de 200 crianças (120 moravam lá, 80 passavam apenas o dia). Tudo era 16
MARÇO DE 2007
precário e muito pobre: as crianças espalhavam-se pelo terreno, sujas, descalças, cheias de verminoses. O terreno vizinho era uma lagoa infecta, e o acesso tinha que ser feito a pé, pois não havia ruas no entorno. Para piorar a situação, não ha-
via fornecimento regular de água e a luz elétrica era puxada por meio de uma gambiarra. Algumas entidades religiosas faziam o que podiam para fornecer os alimentos, roupas, fraldas e os materiais de higiene e limpeza necessários à manutenção da obra. A situação de
A
parceria dos rotarianos do RC do Recife-Boa Viagem com o Lar de Cáritas mudou as condições de vida daquelas crianças. Entre as diversas ações feitas a partir desse trabalho conjunto, destacamos:
Eventos beneficentes para an-
gariar recursos e que promoveram a mobilização da sociedade, como chás, desfiles, jantares, leilões e rifas.
A
prefeitura da cidade pernambucana de Jaboatão dos Guararapes foi acionada para abrir, aterrar e melhorar os becos existentes na região, transformando-os em ruas de acesso e possibilitando a entrada de veículos. As obras contaram com o apoio financeiro de várias empresas localizadas na comunidade.
A Celpe – Companhia Energética de Pernambuco – providenciou energia elétrica trifásica, o que exigiu a instalação de 1 km de fios e cabos. E isso sem cobrar nada, graças ao expediente dos rotarianos de Boa Viagem.
PAVILHÃO COM as salas de aula, instaladas num prédio de dois pavimentos
Como mais de 80% das crian-
e Cáritas
e a parceiros do Brasil comunidade carente pobreza na comunidade era tanta que muitas mães deixavam seus filhos na creche e desapareciam. Só de tempos em tempos é que iam buscá-los. Apesar da carência de recursos, os pais tinham a certeza de que no Lar de Cáritas seus filhos recebiam o máximo de amor e carinho que se poderia dedicar a uma criança.
ças não podiam freqüentar escolas por não terem o registro de nascimento, o Rotary levou o Cartório de Registro Civil para dentro da creche. Todas as crianças da comunidade com menos de 12 anos de idade receberam suas certidões.
O GABINETE odontológico atende os alunos, seus familiares e moradores da região
Além disso, o RC do Recife-Boa
Viagem e o Lar de Cáritas firmaram um convênio com a Capemi – Caixa de Pecúlios, Pensões e Montepios – através de seu braço assistencial, o Lar Fabiano de Cristo, para garantir a cobertura de despesas operacionais como o pagamento dos salários de educadoras e auxiliares, fornecimento de alimentação para as crianças (e também de cestas básicas para as famílias e funcionários), uniformes e o pagamento de contas como luz e gás. Folia consciente Com a ajuda do Rotaract e do Interact Clubs de Boa Viagem, nos carnavais de 1997 e 98 distribuímos um folder nos principais hotéis da cidade. Com o título de “Let’s Take a Look Behind the Mask” (“Vamos Dar uma Olhada por Trás da
§ BRASIL ROTÁRIO
17
1
2
Máscara”, em inglês), o material dizia que apesar da alegria e da folia do carnaval há uma outra realidade – a das crianças carentes e sofridas – e convocava os turistas que estavam em Recife a ajudar o Lar de Cáritas. A experiência deu tão certo que nosso clube firmou parcerias importantes com algumas ONGs internacionais, e que são mantidas até hoje. São elas:
Association Enfants du Brésil (Associação das Crianças do Brasil): sediada em Neuchâtel, na Suíça, colabora conosco através do sistema de apadrinhamento, através do qual “pais adotivos” no exterior ajudam a custear a educação e os cuidados dos meninos e meninas do Lar de Cáritas. Stichting Straatkinderen Brazilië
(Fundação dos Menores de Rua do Brasil): sediada em Breda, na Holanda.
Kiwanis Club de Zürich-Höngg: clube de serviços suíço que integra uma organização internacional semelhante ao Rotary. Associação dos Funcionários da EDF – Eletricité de France, empresa de energia elétrica francesa. Consulado da Alemanha no Recife. Além de outros benfeitores isolados, que foram trazidos por esses e outros visitantes. 18
MARÇO DE 2007
Resultados O apoio desses parceiros permitiu o aporte de recursos substanciais, que permitiram uma série de realizações:
O terreno vizinho foi compra-
Em 2002, com um novo aporte de recursos da Association Enfants du Brésil, então comemorando seus 10 anos de fundação, duas casas vizinhas e um templo evangélico foram comprados e demolidos, dando espaço a um galpão com um grande salão para reuniões, festas, espetáculos e uma quadra poliesportiva, além de um playground com amplo jardim e outras dependências.
Foram construídas oito salas de aula, berçário, secretaria, enfermaria, banheiros, uma ampla e moderna cozinha e uma lavanderia industrial – tudo isso em um prédio com dois pavimentos.
O apoio da Fundação Rotária Como não poderia deixar de ser, uma parceira importante ao longo de todo esse processo foi a Fundação Rotária, presente ao nosso lado des-
do e aterrado. Os barracos da vizinhança foram aos poucos sendo comprados e demolidos, dando lugar a novas e modernas construções.
O RC do Recife-Boa Viagem construiu uma fossa séptica com filtro anaeróbico e um coletor para o esgoto sanitário, despejando o efluente da fossa num canal que fica a cerca de 600 metros de lá. Os recursos para a obra foram obtidos juntos à ONG francesa formada pelos funcionários da EDF, que também doou um sistema de aquecimento solar que fornece água quente para a cozinha, o berçário e os banheiros. A
Association Enfants du Brésil resolveu o problema de fornecimento de água com a perfuração de um poço tubular de 150 metros de profundidade.
Fotos Manoel Neto
3
de os primeiros momentos. Tudo começou durante o período em que estive à frente do RC do Recife-Boa Viagem, no ano rotário 1996-97, época em que foram realizados três projetos de Subsídios Equivalentes:
A doação de uma Kombi, feita
com a parceria do RC de Calgary, Canadá (D.5360).
A doação e instalação de uma cozinha industrial, em parceria com o RC de Edmonton, Canadá (D.5370).
A doação e a instalação de uma lavanderia industrial, num projeto que teve a parceria do RC de Eureka, EUA (D.5130). 4
1 BERÇÁRIO DA creche: reformas foram patrocinadas com recursos provenientes do Brasil e do exterior
2 ESPAÇO ONDE são realizadas as aulas de capoeira e artesanato e as atividades recreativas
3 O PLAYGROUND faz parte de uma área comprada e adaptada para receber as crianças
4 KOMBI COMPRADA através de um projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária
Posteriormente, o Kiwanis Club de Zürich-Höngg trocou a Kombi por uma outra, nova, e doou recursos para a construção de um ambulatório médico. Em seguida, novos projetos de Subsídios Equivalentes foram concretizados:
Doação e instalação de um gabinete odontológico, em nova parceria com o RC de Eureka, dos EUA.
Adaptação da Kombi para a uti-
lização de gás combustível, em outra parceria com o RC de Edmonton, que também doou diversos equipamentos, como bebedouros, freezer, fax, computador e telefone sem fio. Para operar o gabinete odontológico e o ambulatório médico do Lar de Cáritas, foi firmado um convênio com a secretaria de Saúde de Jaboatão dos Guararapes, que disponibiliza os profissionais de saú-
de que atendem não apenas as crianças, mas seus familiares e os moradores da região. Como as crianças não podem mais pernoitar na creche, a lavanderia industrial ficou ociosa. Por conta disso, seus equipamentos foram transferidos para o Abrigo Cristo Redentor, uma entidade do RC do Recife que cuida de idosos, numa operação de mútua cooperação entre os dois clubes da capital pernambucana. O trabalho não terminou, pois sempre há coisas a se fazer. Mas podemos afirmar – sem medo de errar – que as crianças do Lar de Cáritas estão crescendo com dignidade e aprendendo os valores fundamentais da vida humana. E que no futuro elas serão capazes de ganhar o pão de cada dia honestamente. * O autor é EGD e sócio do RC do Recife-Boa Viagem, PE (D.4500). BRASIL ROTÁRIO
19
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Saúde
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Tire suas dúvidas sobre o cálcio Estudos garantem que mulheres e idosos são os principais beneficiados pela ingestão regular desse nutriente Rebecca Voelker*
T
odo mundo sabe que o cálcio é o principal responsável para que tenhamos ossos mais fortes e saudáveis. Mas qual a quantidade adequada desse nutriente em nossa alimentação diária? Alguns estudos recentes encontraram a resposta para essa questão, mas ainda assim há muita gente com dúvidas. Uma das pesquisas mostra que as mulheres que ingerem suplementos diários de cálcio e vitamina D apresentam maior densidade óssea na região dos quadris em relação às que não fazem isso, mas nem por isso sofrem menos fraturas. Parte de um projeto que durou sete anos e integra uma iniciativa de longo prazo voltada à saúde feminina patrocinada pelo governo dos EUA, o estudo em questão avaliou 36 mil mulheres, divididas em dois grupos: as que ingeriram 1.000 mg de cálcio e 400 UI de vitamina D (substância que potencializa a absorção do cálcio) e as que tomaram um placebo, ou seja, uma substância inócua. Os resultados foram publicados na edição de fevereiro de 2006 do New England Journal of Medicine. Um segundo estudo conduziu a conclusões semelhantes. Pesquisadores na Austrália perceberam que, embora as mulheres que haviam tomado suplementos de 600g de cálcio duas vezes ao dia, durante cinco anos, apresentassem ossos mais fortes do que as que não foram submetidas ao tratamento, elas não tiveram menos fraturas. Esses estudos foram publicados na edição de abril de 2006 da revista Archives of Internal Medicine e parecem indicar que a ingestão de suplementos de cálcio não interfere na prevenção das fraturas. No entanto,
20
MARÇO DE 2007
os médicos concluíram que a ingestão de cálcio garante ossos mais fortes. No estudo norte-americano, que incluiu mulheres com idades entre 50 e 79 anos de idade, as participantes com mais de 60 anos submetidas à dieta tiveram menos 21% de fraturas de quadril do que as que só tomaram o placebo. Considerando-se toda a faixa etária abrangida pelo estudo, as mulheres que seguiram a dieta rigorosamente – ou seja: sem pular as doses diárias – mostraram um índice de fraturas de quadril 29% menor que as demais. O estudo australiano, que incluiu mulheres com mais de 70 anos, reforça a tese de que os suplementos de cálcio são benéficos, desde que tomados de forma regular. As mulheres que ingeriram 80% ou mais dos tabletes que lhes foram destinados ao longo do estudo apresentaram uma taxa de fraturas 34% inferior à das que só receberam placebos.
Herança perigosa Respeitar a quantidade de cálcio necessária em sua dieta é um dado vital para Nancy Shepherdson, sócia do RC de Lake Zurich, EUA (D.6440). “Minha mãe tem osteoporose, e hoje os médicos já sabem que isso pode ser hereditário”, ela explica. Além disso, por causa de um problema de saúde, a mãe de Nancy é obrigada a tomar corticóide, substância que pode provocar osteoporose. “Ela poderia ter contraído osteoporose de qualquer forma, mas os corticóides agravaram sua condição”. Para proteger sua ossatura, Nancy reforça a dieta com produtos derivados do leite, ingeridos de quatro a cinco porções diariamente. Ela também tem o excelente hábito de caminhar, um exercício que reforça a musculatura e ajuda a prevenir a perda óssea. “Se sua mãe, irmã ou alguma tia sofre com a osteoporose, os cuidados para prevenir o problema devem ser redobrados”, afirma Beth Grainger, pesquisadora do Laboratório de Nutrição e Prevenção da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA. Os especialistas sustentam que a deficiência de cálcio deve ser combatida. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde NorteAmericano, 55% dos homens e 78% das mulheres dos EUA não consomem as quantidades de cálcio recomendáveis. E de acordo
Suplementos alimentares devem ser tomados com supervisão médica com as duas pesquisas que foram feitas com australianas e norteamericanas, citadas anteriormente, as recomendações sobre o consumo de cálcio presente nos alimentos e nos suplementos vitamínicos requerem uma abordagem menos genérica do que as que vêm sendo divulgadas pelas autoridades sanitárias. “Precisamos determinar em que circunstâncias a ingestão de suplementos pode ser benéfica ou nociva, o que varia caso a caso”, explica a médica norte-americana Connie Weaver, chefe do Departamento de Alimentação e Nutrição da Purdue University. “Essa questão exige sempre um olhar mais detalhado”. Beth Grainger concorda: “É fato que pelo menos um grupo poderia se beneficiar com a ingestão de suplemento de cálcio: o das mulheres
Arte:Ninja
que estão acima dos 60 anos e que não obtêm uma quan- A tabela a seguir mostra as necessidades diárias de tidade suficien- cálcio e vitamina D recomendadas para homens e mute desse ele- lheres adultos pelos cientistas dos EUA e do Canadá. mento em sua dieta”. Ela diz Cálcio Vitamina D que, à medida Idade que as pesqui- 19-50 1.000 mg 200 UI sas avançam e 51-70 1.200 mg 400 UI reúnem mais Acima de 71 1.200 mg 600 UI informações sobre o impacto dos nutrienFonte: Instituto de Medicina da Academia tes na saúde Norte-Americana de Medicina humana, é cada vez mais necessário popularizar o aconse- *A autora é uma escritora lhamento sobre nutrição como uma freelancer que mora em Chicaprática corrente. “Uma resposta go e colabora com o JAMA – Jorpositiva sempre será obtida, pelo nal da Associação Médica Normenos para algumas pessoas”, ela te-Americana. Tradução: Eliseu Visconti Neto. garante.
A dose certa para cada idade
BRASIL ROTÁRIO
21
14o Concurso de Monografias Brasil Rotário para Professores Período Rotário 2006-2007
REGULAMENTO I. OBJETIVO Correto entendimento, apreço e o apoio dos professores e da comunidade aos objetivos de Rotary e a seus projetos, programas e realizações. II. TEMA “ROTARY e a Alfabetização”. III. MATÉRIA A matéria deverá expressar o pensamento do autor sobre a contribuição do Rotary efetivada através de projetos, programas e realizações dos clubes rotários e seus parceiros. A matéria deverá, também, sugerir caminhos, posições e indicar projetos para os clubes rotários e seus parceiros, com ênfase para as áreas de alfabetização funcional. IV. PARTICIPANTES Professores em atividade ou que já tenham comprovadamente exercido o magistério, não podendo concorrer aqueles que sejam associados de clubes rotários. V. INFORMAÇÕES E SUBSÍDIOS Poderão ser obtidos nos clubes de Rotary ou em outras instituições rotárias como Rotaract, Interact e Casa da Amizade, locais. Se necessário, contatar a revista Brasil Rotário: Av. Rio Branco, 125/18º andar, Cep: 20040-006, Rio de Janeiro - RJ Telefone: (21) 2509-8142 - Fax: (21) 2509-8130 - e-mail: marketing@brasilrotario.com.br - que poderá fornecer os endereços das unidades rotárias e subsídios. VI. APRESENTAÇÃO Em língua portuguesa, gramaticalmente correta, datilografada ou digitada, em espaço simples, corpo 12, devidamente numeradas, com no mínimo 10 (dez) laudas e no máximo 20 (vinte) laudas (excluindo, às relacionadas com a bibliografia, tabelas, gráficos, ilustrações e anexos).
andar, Cep: 20040-006, Rio de Janeiro 2º Prêmio ..................... R$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais) – RJ, constando no envelope os dizeres: “14º Concurso de Monografias”. 3º Prêmio ..................... R$ 1.000,00 OBS: Qualquer ação que permita a iden(Hum mil reais) tificação do concorrente implicará na sua 4º Prêmio ..................... R$ 800,00 eliminação sumária do concurso. (Oitocentos reais) 5º Prêmio ..................... R$ 500,00 2 - Em um envelope grande, além das (Quinhentos reais) duas vias da monografia, deverá ser anexado outro envelope menor, devidamente lacrado, contendo um breve currículo Prêmio Governador José Alves Fortes do autor(a) da monografia com nome Será concedido um prêmio de R$ completo, endereço, telefones, e-mail e 2.000,00 (Dois mil reais) ao Rotary Club o seu pseudônimo; nome da pessoa que que tiver intermediado a remessa do maimotivou o autor(a) a participar do Con- or número de monografias. Ocorrendo curso, assessorou-o(a) ou intermediou a empate, a premiação se fará pelo critéremessa do trabalho, seu nome e ende- rio da qualidade dos trabalhos. reço. Sendo essa pessoa membro do Rotary, Rotaract, Interact ou Casa da Ami- IX. PRAZO zade, o nome da unidade rotária à qual 1 - Os trabalhos devem chegar a Brasil Rotário – ou serem postados – impertença. preterivelmente, até o dia 30 de abril de 2007. VIII. PREMIAÇÃO 1º Lugar X. JULGAMENTO Prêmio Senador José Ermírio de Moraes Os trabalhos que atenderem aos requisiR$ 5.000,00 (Cinco mil reais) tos deste Regulamento serão registrados 2º Lugar e julgados por uma Comissão constituíPrêmio Doutor Guilherme Arinos da por rotarianos de todo o Brasil. O julR$ 3.000,00 (Três mil reais) gamento da Comissão é soberano, não 3º Lugar cabendo recurso. Prêmio Doutor Jorge Gertum Carneiro R$ 2.000,00 (Dois mil reais) XI. OUTORGA DOS PRÊMIOS 4º Lugar O resultado do Concurso será anunciado Prêmio Professora Neli Mendes até o dia 30 de maio de 2007. A outorR$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais) ga dos prêmios será realizada na institui5º Lugar ção onde o professor/a lecione e/ou em Prêmio Governador Luiz Murgel um evento distrital do Rotary, com a preR$ 1.000,00 (Hum mil reais) sença do governador do distrito e/ou representante da Brasil Rotário, do Diplomas prsidente do Rotary Club patrocinador, do Serão conferidos Diplomas a todos os tra- diretor do estabelecimento de ensino, alubalhos inscritos e que tiverem preenchi- nos, rotarianos, rotaractianos, interactiado todos os requisitos do Regulamento nos, meios de comunicação e, se possído Concurso. vel, em ato solene.
XII. DISPOSIÇÕES GERAIS Os trabalhos remetidos e destinados ao Concurso não serão devolvidos. A critério da direção da revista, eles poderão ser, oportunamente, publicados na Revista Brasil Rotário e na Folha Dirigida. Nesse sentido, os respectivos VII. SIGILO autores serão solicitados a preparar uma 1 - Os trabalhos deverão ser remetidos versão reduzida. em duas vias, sob pseudônimo, para: 1º Prêmio ..................... R$ 2.000,00 Os casos omissos serão resolvidos pela (Dois mil reais) Comissão Julgadora. Brasil Rotário - Av. Rio Branco, 125/18º Prêmios para os Clubes Para cada um dos Rotary Clubs do qual façam parte os rotarianos que motivaram, assessoraram os candidatos e/ou intermediaram a remessa dos trabalhos classificados, serão concedidos prêmios para serem utilizados em projetos do clube.
Informações e subsídios no Rotary Club da sua cidade ou na Brasil Rotário: Av. Rio Branco, 125 - 18º andar, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20040-006 Tel.:(0XX) 21 2509-8142 Fax:(0XX) 21 2509-8130/e-mail:marketing@brasil-rotario.com.br APOIOS:
22
MARÇO DE 2007
Grande arrancada para a vitória Professor: agora em 30 de abril, termina o prazo para a entrega dos trabalhos do 14º Concurso de Monografias da Brasil Rotário. Apresse a redação de seu texto para habilitar-se aos prêmios relacionados aí na página ao lado, no Regulamento Ninja
Posição do Brasil O tema do concurso este ano é “Rotary e a Alfabetização”. Vocês, professor e professora, sabem que a alfabetização é a base de todas as formas de educação e um componente essencial à redução da pobreza, inclusão social e desenvolvimento econômico. A despeito da sua grande importância, ainda existem mais de 800 milhões de pessoas no mundo incapazes de ler e escrever, das quais 64% são mulheres e meninas. Cerca de 65% dos analfabetos adultos – mulheres e homens – vivem em 12 países: Brasil, Bangladesh, China, Egito, Etiópia, Índia, Indonésia, Irã, Marrocos, Nigéria, Paquistão e República Democrática do Congo. Essa posição incômoda do nosso país – contribuindo com cerca de 16 milhões de adultos analfabetos – pode ser revertida. Para tanto, precisamos de iniciativas na área de divulgação capazes de trazer o grave problema do analfabetismo para uma posição de destaque no elenco das prioridades das autoridades responsáveis pela educação. Companheiros rotarianos, contamos com o seu apoio na divulgação do 14º Concurso de Monografias em sua comunidade. Comissão Julgadora Como em anos anteriores, está composta por rotarianos ligados à área da educação, tendo como membros honorários o
Livro de apoio Para ajudá-lo na redação da monografia, consulte o livro Rotary e a Alfabetização, uma coletânea de textos referenciais de Edições Brasil Rotário, encontrado no Rotary Club de sua localidade. Ou acesse a homepage desta revista: www.brasil-rotario.com.br
imortal João de Scantimburgo (RC de São Paulo), Manoel Jairo Bezerra (RC do Rio de JaneiroMéier) e EGD Eduardo de Barros Pimentel (RC de São Paulo): Adélia Antonieta Villas, RCRJGuanabara; Alberto Gentile Filho, RC Maricá-Itaipuaçú; Antonio Eugenio Taulois, RC de Petrópolis; Antonio Olinto, RCRJBonsucesso; Antonio Vilardo, RCRJ-Ramos; Áurea Regina Sampaio Jaccoud, RC de Queimados; Carmelinda Amália Maria Maliska, RCRJ-Saúde; Célia Lobo Paulo, RC de Petrópolis; Dulce Grunewald Lopes de Oliveira, RC do Rio de Janeiro; Edson Avellar da Silva, coordenador do concurso, RCRJ-Ramos; Edson Schettine de Aguiar, RC do Rio de Janeiro; Helter Jeronymo Luiz Barcellos, RC de São Gonçalo; Ivonne Sachetto, RCRJ-Guanabara; Joper Padrão do Espírito Santo, RCRJ-Tijuca;
Maria Magnólia Pretoni, RCSPNove de Julho; Maria Regina de Andrade Corrêa da Câmara, RC do Rio de Janeiro; Mariângela Mello da Silva Cardoso, RCRJ-Méier; Marlene Manso da Costa Reis, RCRJBotafogo; Paulo César Milani Guimarães, RC do Rio de Janeiro; Paulo Roberto Lacerda Máximo, RCRJ-Braz de Pina; Regina Helena do Amaral Gaglianone, RCRJ-Bonsucesso; Rosa Maria Carrozino, RCRJJacarepaguá; Suely da Costa Velho Mendes de Almeida, RC do Rio de Janeiro; Therezinha Ferraz Filgueiras de Oliveira, RCRJ- Grajaú; Waldenir de Bragança, RC de Niterói-Norte, e Wilmar Garcia Barbosa, RCRJ-Jardim Botânico. BRASIL ROTÁRIO
23
Entrevista com Wilfrid Wilkinson
Planos do PERI 2007-08 Quando Wilfrid J. Wilkinson entrou para o RC de Trenton, Canadá (D.7070) em 1962, seu clube preocupava-se em servir à comunidade discretamente. Mas ele logo participou de sua primeira Convenção do Rl e foi imediatamente conquistado pela internacionalidade de nossa organização. Quatro décadas depois, ao longo das quais ocupou os mais diversos cargos e funções no Rotary, Wilfrid está às vésperas de ocupar o maior deles: o de presidente do Rotary Internartional durante o ano 2007-08. Em uma conversa com o editor-chefe da The Rotarian, Vince Aversano, ele fala sobre a importância de seu papel, suas ênfases como presidente e o lema para este ano, Rotary Compartilha. Sua presidência vai coincidir com a celebração de seus 45 anos como rotariano. Existem vantagens em pertencer por tanto tempo à mesma organização de serviços? Em primeiro lugar, minha mulher Joan e eu temos mantido contato com os amigos rotarianos que fizemos no Canadá e no resto do mundo. Existe também o sentimento de saber que fazemos a diferença, seja em nível pessoal, de clube ou mesmo internacional. Uma organização como o Rotary nos dá a chance de realizar grandes projetos de serviço, como é o caso da campanha de erradicação da pólio. Tudo isso nos deixa muito orgulhosos. Você será o primeiro canadense a presidir o Rotary International nos últimos 50 anos. Os rotarianos canadenses possuem uma identidade diferente de seus vizinhos norte-americanos? 24
MARÇO DE 2007
Sim, a identidade dos rotarianos canadenses é diferente, e de certa forma complementa a identidade dos norteamericanos, colaborando para o sonho deles de fazer do Rotary uma organização realmente internacional. Os rotarianos do Canadá e dos EUA parecem querer pertencer ao mesmo distrito, o que ocasiona alguns problemas administrativos. Dos 23 distritos existentes no Canadá, 16 são internacionais. Há pelo menos três clubes que se reúnem em semanas alternadas: uma nos EUA, outra em território canadense. Isso acontece porque eles estão na fronteira entre os dois países. Quais são as suas credenciais para se tornar presidente do RI? Os meus 44 anos de serviço rotário. No Rotary, a gente aprende trabalhando. Antes de completar dois anos como rotariano, eu e minha mulher tivemos a grande oportunidade de assistir à nossa primeira Convenção Internacional.
Naquela ocasião, enxergamos as diversas oportunidades que a organização oferecia. Numa Convenção Internacional, a internacionalidade do Rotary é plenamente sentida e causa um grande impacto. Quando vemos os rotarianos de todo o mundo usando seus trajes típicos durante a cerimônia da bandeira, ou quando ouvimos os palestrantes de altíssimo nível que se apresentam nesses eventos, não demoramos a concluir o porquê da importância e do significado do Rotary. Como você vê o seu papel como presidente? O meu papel é o de liderar e servir de elo de ligação entre o Conselho Diretor e a administração. Mas também serei o principal porta-voz de nossa organização durante o ano da minha presidência, e por isso tenho que estar a par de todas as ações e decisões tomadas pelo Rotary In-
ternational para comunicá-las de forma adequada. Você acabou de falar que se tornará a principal figura pública do RI durante seu ano à frente da organização. Isso significa que o papel do presidente mudou de uns tempos para cá? Não acho que as responsabilidades do presidente do RI tenham mudado. Mas hoje nós temos uma necessidade maior de envolvimento com a mídia, porque o Rotary concluiu, com acerto, que precisamos reforçar nossa imagem pública. Assim, é natural que o presidente possa identificar e enunciar essa política, colaborando para aumentar a exposição pública do Rotary em nível mundial. Como você vê a imagem pública do Rotary? E o que você acha que deve ser melhorado no período entre os próximos 5 e 10 anos? Desde que me tornei rotariano, assisti a enormes mudanças em nossa organização. Ao entrar para o meu clube, na pequena cidade de Ontário, nos preocupávamos prioritariamente com as questões locais, especialmente ligadas às crianças com deficiências físicas. Naquela época nossa intenção era servir às pessoas e à comunidade sem alardes, sem procurar notoriedade ou criar embaraço para as pessoas atendidas. Essa era uma atitude típica daquele tempo. Hoje em dia, temos que justificar aos sócios em potencial o porquê de se juntar a nós. Para isso, precisamos mostrar à comunidade local o que está sendo feito, e publicar as realizações do Rotary. As pessoas são bombardeadas todos os dias com notícias através da TV, dos e-mails e dos aparelhos celulares. O Rotary precisa se adaptar a este novo e conturbado ambiente para não correr o risco de ser engolido. Na convenção de Malmö e Copenhague, realizada no ano passado, o então presidente do RI CarlWilhelm Stenhammar falou sobre as mudanças que ele considerava necessárias ao Rotary. E você, quais apontaria? Essa é uma pergunta muito difícil para um presidente entrante, cuja função é se conduzir de acordo com as normas e procedimentos estabelecidos pelo Conselho Diretor. De qualquer forma, eu acredito que as maiores mudanças sempre são feitas pelos sócios. Agora nós temos a presença feminina em nosso quadro social, o que é um detalhe fundamental. Já temos uma mulher no Conse-
lho de Curadores da Fundação Rotária, brevemente teremos outra no Conselho Diretor e, esperamos, na presidência do RI. Mas há outras novidades. No meu clube, por exemplo, cuja presença nas reuniões sempre ficou em torno de 90%, considerávamos relaxado o sócio que não recuperava suas faltas. No entanto, para nos acomodarmos às necessidades dos nossos sócios mais jovens e suas agendas profissionais apertadas, modificamos as regras de comparecimento. As faltas eram dificilmente toleradas no meu tempo. Hoje, compreendemos que os sócios viajam mais a trabalho e passam mais tempo com suas famílias. Mas é importante não esquecer que o Rotary é companheirismo. Se os sócios perdem o hábito de freqüentar as reuniões, essa característica se perde.
“Hoje nós temos uma necessidade maior de envolvimento com a mídia, porque o Rotary concluiu, com acerto, que precisamos reforçar nossa imagem pública” O que deveria ser enfatizado em nossas campanhas de relações públicas para convencermos as pessoas de que o Rotary é efetivamente importante? A Humanidade em Movimento é um grande tema de campanha, assim como o nosso novo slogan, A Paz é Possível. Se compartilharmos essas idéias com o resto do mundo, tenho certeza de que seremos reconhecidos. Temos feito coisas maravilhosas em muitos lugares, e acredito que a nossa tarefa é levar mensagens positivas através de uma mídia que anda tão contaminada por notícias negativas. Este é o nosso desafio: alargar o alcance das nossas mensagens positivas e encorajar as pessoas a se juntarem a nós. O Rotary ainda é importante para os jovens e homens de negócio? Tinha acabado de completar 30 anos
quando entrei para o Rotary. Eu era um dos “meninos”, o segundo sócio mais jovem do meu clube. No ano passado, dois companheiros tiveram filhos, e assim voltamos a ser jovens outra vez. A verdade é que alguns clubes podem morrer se não recrutarem sócios mais jovens. Mas à medida que criarmos novos clubes, poderemos superar esse fato. Não vejo coisa melhor para um jovem do que se tornar rotariano, por isso fico feliz ao ver que meus filhos também estão aderindo a essa idéia. O Rotary oferece muitos atrativos aos jovens ao proporcionarlhes oportunidades que eles não encontrariam em outro lugar. O que os seus filhos acham do Rotary? Graças a Joan, meus filhos cresceram no Rotary. É claro que eles poderiam falar de algumas lembranças não muito boas, como a ocasião em que os envolvi numa campanha de arrecadação de fundos promovida pelo meu clube. Por outro lado, eles também vão contar coisas maravilhosas, como a ida deles às convenções do RI. Todos os nossos filhos já compareceram a pelo menos uma convenção. Em 1976, fomos juntos a Nova Orleans, nos EUA. Até hoje, toda vez que a família se reúne sai alguma coisa sobre aquela experiência. Dois dos meus filhos já são rotarianos, e um outro é Kiwanis! (N.E.: Um clube internacional de serviços fundado em Detroit em 1915 que se dedica prioritariamente às crianças) O que distingue o Rotary das outras organizações humanitárias? Nossa grande vantagem é a internacionalidade. Somos uma organização que conta com mais de 1,2 milhão de sócios em mais de 200 países e regiões geográficas, que promove a paz e a boa vontade, e incentiva a ajuda mútua. Desta forma, somos capazes de construir pontes que nos levam aos pontos onde existem problemas com maior velocidade do que outras entidades prestadoras de serviços. O que une os rotarianos? Acho que a nossa doutrina, espelhada na Prova Quádrupla, e o nosso engajamento muito especial com o serviço comunitário e o comportamento ético, em especial no mundo dos negócios. Nosso compromisso com o serviço profissional também é um ponto importante. Pretendo enfatizar essas virtudes no meu ano presidencial. O Rotary congrega pessoas que compartilham esses valores tão especiais. BRASIL ROTÁRIO
25
§
Isto significa que a Prova Quádrupla será um dos principais enfoques na difusão da imagem do Rotary? Sim. Queremos, com certeza, enfatizar o nosso trabalho humanitário, mas não podemos esquecer que os padrões éticos são igualmente importantes. A ênfase na melhoria dos padrões éticos nos negócios foi o que mais o atraiu no Rotary? Não exatamente. Eu vim para o Rotary principalmente porque, recém-chegado a uma pequena cidade, estava envolvido com a comunidade através dos escoteiros. O que me estimulou foi conhecer alguns rotarianos naquele meio. Jamais imaginei que o Rotary iria melhorar minha carreira, mas foi o que acabou acontecendo. Sempre que entrevistava rotarianos em potencial, contava-lhes que, quando fui presidente do meu clube, não tinha sócios no meu negócio. Ao me tornar governador do distrito, tinha três sócios, que já eram 14 quando me tornei diretor do RI – e minha firma já tinha se estendido para três comunidades. Descobri que muitas vezes as pessoas procuram conselheiros em quem possam confiar. Quem seria mais indicado do que alguém comprometido com os mesmos padrões de ética que você, como acontece com os rotarianos? Os negócios florescem de forma natural quando existe essa forma de ligação. Mas eu sempre alertei meus parceiros para não ingressarem num Rotary Club a menos que quisessem realmente participar e prestar serviços. Além da satisfação no ato em si, a prestação de serviços traz a certeza de que o negócio irá prosperar. Qual o seu relacionamento com o presidente Bill Boyd, que está terminando o mandato? Muito bom, até porque ele está realizando um mandato maravilhoso. Na ONU, Bill fez um ótimo discurso, e com duas peculiaridades: dentro do tempo disponível e sem consultar nenhum apontamento. Sei que qualquer EGD conseguiria falar com propriedade sem recorrer à consulta de notas, mas Bill fez isso dentro do tempo permitido (risos). Se investigarmos, talvez descubramos que Bill nunca foi EGD!! Você escolheu o lema Rotary Compartilha para o seu ano como presidente. O que o levou a essa decisão? Essa sempre foi a minha concep26
MARÇO DE 2007
ção do Rotary. Ao longo de todos esses anos em que pertenço à organização, sinto que o Rotary International sempre compartilhou as coisas com os outros de forma extraordinária. Os rotarianos trabalham lado a lado de outras organizações voltadas para a comunidade, como a Easter Seals, e de entidades internacionais como a Unesco e a ONU. E com a mesma competência. A maior prova disso são os nossos grandes projetos internacionais, como o Polio Plus. Somos uma organização que se baseia na participação, mas ainda temos muito o que realizar. Foi por essa razão que escolhi o lema 2007-08. Em primeiro lugar, para que ele seja uma afirmação. Em segundo, para que simbolize um ideal a ser indicado para os nossos sócios em
“Somos uma organização que se baseia na participação, mas ainda temos muito o que realizar. Foi por essa razão que escolhi Rotary Compartilha como lema para 2007-08” potencial; e em terceiro lugar, para que ele seja um desafio aos clubes que não estão compartilhando como deveriam. Sinto que o lema Rotary Compartilha tipifica a nossa organização, aquilo que deveríamos fazer, o que estamos fazendo agora e a nossa esperança no futuro. Quais serão as suas maiores ênfases, no ano que vem? Lendo o plano estratégico do RI, que ajudei a preparar em 2001-02, convenço-me de que o Rotary precisa manter um alvo consistente. Assim, as minhas ênfases serão similares às dos outros presidentes. Temos que cuidar dos recursos hídricos, promover a saúde e a alfabetização e combater a fome. Temos que continuar com a expansão da Família Rotária e nos concentrarmos, em especial, na juventude. Como presidente, criarei um novo grupo voltado aos nossos jovens.
Espero que todos os clubes encontrem os meios de atender essas ênfases. Com a ajuda dos grupos de recursos e da comissão presidencial de assessoria, vamos oferecer-lhes novas idéias. Por exemplo: iremos desenvolver um enorme esforço em prol da alfabetização através do método Lighthouse. É impressionante o número de pessoas que ensinamos a ler e a escrever. Isto será feito, prioritariamente, nos países em desenvolvimento. Mas aqui na América do Norte, o analfabetismo ainda representa um grande problema. Espero que através de programas de alfabetização assistida, feita por meio de computadores, possamos tratar da questão com maior eficiência, com projetos de dicionários e o sistema canadense de alfabetização através de computadores. Espero ainda promover programas de microcrédito para ajudar a tirar mais pessoas da condição de pobreza, na África em especial. De uma maneira geral, as ênfases consistirão em dotar os clubes com mais sugestões sobre assistência. Todo mundo tem que participar, mas a liderança pode ser do Rotary. No entanto, o crescimento do quadro social é um item essencial. Não podemos examinar o que os rotarianos estão fazendo hoje sem nos preocuparmos com o que eles poderão fazer amanhã. Acredito que cada rotariano deve se sentir responsável por trazer pelo menos um novo sócio para seu clube. Um novo companheiro que eles assistirão e transformarão num rotariano comprometido. É assim que o Rotary compartilha. O que você espera da Convenção de Los Angeles? As perspectivas para a Convenção Internacional de 2008 me animam bastante. Há mais de 18 mil rotarianos somente na Califórnia, e eles estão ansiosos para abrigar esse evento. Esperamos poder saudar todos os clubes. Teremos a presença de muitos líderes rotários, como o EDRI e curador da Fundação Rotária Ray Klinginsmith, que será o coordenador-geral da Convenção, além de muitas pessoas qualificadas na comissão organizadora, como Gerry Turner. Um dos pontos altos será a ênfase dada à alfabetização. Com a parceria do jornal Los Angeles Times, esperamos formar uma pilha de 25.000 livros. Todos estão determinados a fazer desse evento um grande sucesso. Tradução de Eliseu Visconti Neto.
Capa
OS PACIFICADORES
P
repare-se para ficar inspirado: nas próximas páginas, você vai conhecer o dia-a-dia de três pessoas comprometidas com a paz mundial. Elas fazem parte da rede de bolsistas que vêm sendo formados todos os anos nos Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos. Até o momento, 194 estudantes de todo o mundo concluíram o curso, e outros 130 estão em sala de aula. Responsável pela seleção e pelo patrocínio dos bolsistas, a Fundação Rotária espera que num futuro bem próximo eles estejam ocupando posições estratégicas para a promoção da paz em governos e organizações de todo o mundo, e que possam – cada um à sua maneira – fazer a diferença. Pelo pouco que vai conhecer das histórias de vida, do esforço e dos sonhos desses três alunos, você terá a certeza de que o futuro será melhor para todos nós. BRASIL ROTÁRIO
31
§
Estudantes da paz Bolsistas dos Crei são alunos comuns com sonhos especiais
P
ara conhecer de perto a vida dos alunos dos Crei – Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos, a editora sênior da The Rotarian, Tiffany Woods, acompanhou a rotina de três deles ao longo de cinco dias. A reportagem foi feita nas Universidades de Duke e da Carolina do Norte, nos EUA, duas das seis instituições de ensino internacionais que abrigam o programa, e mostra um panorama das motivações, planos e da rotina desses bolsistas, dentro e fora das salas de aula.
de quinta-feira, 11h 28 de setembro
“Hoje nós só vamos conversar em árabe. Qualquer outro idioma está proibido nesta sala”, avisa o professor Nasser Isleem, da Universidade da Carolina do Norte, à sua turma de 23 alunos. Logo em seguida, ele começa a entregar as notas das provas semestrais. Aluno do primeiro ano, Shai Tamari marcou 94,5 pontos. “Agora sim, teremos paz no Oriente Médio!”, ele brinca. Judeu 32
MARÇO DE 2007
nascido em Jerusalém, Shai vê no estudo do árabe mais uma ferramenta para que ele esteja preparado para colaborar no processo de paz entre israelenses e palestinos. Aluno de história geral com especialização em resolução de conflitos e árabe, ele vem apresentando um bom progresso ao longo do curso. Um dos melhores amigos de Shai é o seu colega de classe Mohanned Mallah, um palestino que passou a maior parte da vida nos
TOMANDO NOTA: o israelense Shai Tamari está estudando árabe. Ele quer ajudar a resolver o conflito entre Israel e a Palestina. “Comunicação é a chave”, ele diz
EUA. Os dois têm muita coisa em comum, e o humor é a solução que eles encontram para diluir eventuais tensões. Durante um exercício de vocabulário, o professor distribui cartazes com palavras e expressões em árabe para que os alunos traduzam e formem frases com elas. A expressão sorteada para Mohanned significa pare-
ce. Na hora de ir até o quadro e formar sua frase, ele não pensa duas vezes e escreve: Shai Tamari parece uma garota maravilhosa. Os dois amigos seguram o riso enquanto esperam que o professor leia a frase para a turma. A amizade entre eles é de fato especial. Shai Tamari cresceu numa cultura que o ensinou a se sentir supe-
“
Descobri minha verdadeira paixão. Essa será a minha maneira de ajudar a mudar um pequeno pedaço do mundo
rior aos palestinos. Quando criança, ele jamais entendeu por que deveria nutrir aquele sentimento. “Achava que não era justo odiar os árabes por um motivo que eu simplesmente desconhecia”, ele recorda. de quinta-fei 16h45 ra, 28 de setembro
Uma porção de estudantes, incluindo a holandesa Stephanie Borsboom, aluna do segundo ano, reúnem-se em volta de
uma mesa para ouvir o orientador profissional Frank Webb, que ministra um curso sobre desenvolvimento de capacidades na Universidade de Duke, que fica perto da Universidade da Carolina do Norte. A primeira lição do dia: podemos assumir riscos quando jovens, pois teremos o resto da vida para corrigir qualquer erro. Aos 28 anos, Stephanie sabe o que é assumir riscos: em 2000, ela viajou ao Nepal para fazer um estágio em
”
seu mestrado de engenharia civil. A princípio, ela apenas construiria uma ponte no Nepal, mas quando experimentou pessoalmente os contrastes entre as condições de vida da próspera Holanda e a pobreza dos nepaleses, Stephanie decidiu mudar os rumos de sua carreira. Depois de voltar ao Nepal diversas vezes, ela fundou uma ONG que financiou a construção de 15 escolas e cerca de 1.000 sanitários em todo o país.
Apesar de tudo isso, Stephanie Borsboom ainda não está satisfeita. Ela quer trabalhar para uma organização internacional que ajude as populações de países em desenvolvimento a satisfazer algumas de suas necessidades básicas, como fornecimento de água, cuidados médicos e educação. É por esse motivo que ela está na Universidade de Duke, estudando políticas de desenvolvimento com especialização em paz e resoBRASIL ROTÁRIO
33
§
lução de conflitos. Dessa maneira, ela acredita, seu trabalho de ajuda humanitária poderá ser complementado, pois os conflitos internacionais muitas vezes estão relacionados ao fato de os povos não terem atendidas algumas de suas necessidades mais elementares. “Proporcionar o suprimento de serviços e infra-estrutura é uma forma de diminuir o risco de novas guerras”, explica. de sexta-feira, 3h 29 de setembro
Crisóstomo “Jun” Bas, aluno do primeiro ano, está dormindo no sofá de sua sala de estar com um livro aberto sobre o rosto e outro embaixo do braço. O laptop dele está sobre a mesa do café. Crisóstomo caiu no sono enquanto preparava uma apresentação sobre o conflito pela soberania das Ilhas Spratly, no Mar do Sul da China. Daqui a mais quatro horas, ele será despertado pela mulher, Lynne. Crisóstomo é major do Exército das Filipinas. Enquanto estavam em seu país, ele, a mulher e os dois filhos moravam numa vila militar e tinham direito a um motorista, dois carros e uma babá. Licenciado de seu posto para estudar nos EUA como bolsista dos Crei, atualmente ele mora com a família num apartamento modesto. Assim como a holandesa Stephanie Borsboom, ele está na Universidade de Duke para estudar política de desenvolvimento internacional com especialização em paz e resolução de conflitos. Seu objetivo é aplicar os conhecimentos adquiridos no Crei para ajudar o exército filipino a implementar novas estratégias de desenvolvimento para o país. Quase metade de sua vida foi passada no quartel. Em 1986, ele entrou para a Academia Militar das Filipinas, onde formou-se quatro anos depois. No começo de sua carreira, foi transferido para as áreas rurais com a missão de combater os comunistas que queriam derrubar o governo e fazer uma reforma agrária no país. Um dia, depois de uma batalha em que a divisão comandada por ele matou diversos rebeldes, Crisóstomo teve uma experiência que o marcaria para sempre. Durante o trabalho de retirada dos corpos do cenário da batalha, ele começou a passar mal. “Por que estamos fazendo isso?”, ele questionou. A resposta não demorou a chegar: Crisóstomo convenceu-se de que estava lutando contra seus próprios compatriotas, seus próprios irmãos. 34
MARÇO DE 2007
UMA AUDIÊNCIA atenta assiste à aula de administração de conflitos internacionais do professor Terry Barnett. À direita: parte do prédio do Instituto Terry Sanford de Políticas Públicas, na Universidade de Duke. Abaixo, a partir da esquerda: o filipino Crisóstomo Bas com o filho, Patrick; Stephanie Borsboom em seu apartamento; e Shai Tamari caminhando em frente ao prédio que abriga o escritório do Centro de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos na Universidade da Carolina do Norte
PARA CONTINUAR custeando 120 bolsistas da paz todos os anos, até junho de 2015 a Fundação Rotária precisa arrecadar US$ 95 milhões para os Centros Rotary. Se você quiser obter informações sobre as formas de colaborar financeiramente com o programa, escreva para <plannedgiving@rotary.org> ou telefone para 847-866-4458 e fale com Eric Schmelling, diretor para doações planejadas ou extraordinárias da Fundação.
Anos depois, ele continua no exército, mas hoje cria manuais doutrinários para os militares e acredita que as Forças Armadas de seu país deveriam envolver-se com as comunidades pobres através de ações voltadas ao desenvolvimento sustentável – o que, ele acredita, poderia evitar que novos grupos rebeldes surgissem. Ele diz que, na verdade, atualmente o exército filipino não se limita a conter os insurgentes, mas também a conduzir operações militares de caráter civil com o objetivo de instalar estações de bombeamento de água e construir escolas, por exemplo. Mas esses projetos, ele explica, ainda não estão integrados a todo o processo de planejamento comunitário. Em outras palavras, o que Crisóstomo Bas espera é que o exército filipino colabore com o processo de desenvolvimento do país. Ele acha que esse papel de assistência às necessidades comunitárias poderá ser feito através da canalização dos recursos obtidos junto às agências de desenvolvimento internacional. Crisóstomo afirma que seus estudos como bolsista dos Centros Rotary irão ajudá-lo a desenvolver as c o m petências necessárias para implementar seus planos. Ele e mais dois colegas já criaram um programa escolar para enviar 16 militares à Universidade das Filipinas para que eles obtenham o mestrado em desenvolvimento comunitário. “Mas afinal de contas”, pergunto a Crisóstomo, “qual é a motivação que existe por trás de tudo isso?” Ele responde com simplicidade: “Eu só quero fazer a diferença”. de sexta-feira, 16h 29 de setembro
A julgar pela bermuda amarrotada e pela camisa azul desbotada que está usando, ninguém imaginaria que Shai Tamari tem planos de se tornar consultor de resolução de conflitos e assessor do primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh. O jovem israelense está numa tribuna posicionada de frente para a turma de administração de conflitos internacionais, uma das quatro disciplinas obrigatórias a todos os bolsistas da paz nas universidades de Duke e da Carolina do Norte. A matéria foi planejada especificamente para os alunos dos Crei, mas está aberta a outros estudantes das duas instituições. Shai faz sua apresentação em Power Point, com o auxílio de um laptop, e é assistido por outros 21 alunos. A função deles é concluir se BRASIL ROTÁRIO
35
§
o colega deveria aconselhar Ismail Haniyeh a convencer o governo palestino sobre a legitimidade do estado de Israel. Depois de dar uma visão geral sobre o problema, Shai expõe os obstáculos que poderiam influenciar seu raciocínio. “Por ter nascido em Israel, fui criado com uma visão parcial da questão”, ele diz. “Por isso, é importante que eu faça essa apresentação para vocês, que não são judeus”. Criado em Jerusalém, ele não sabia muito sobre os árabes. Na verdade, Shai passava a maior parte do tempo de sua adolescência ocupado com programas de televisão como o seriado “Barrados no Baile”. “Eu só sabia que não deveria me relacionar com eles”, ele conta, lembrando que entre os 12 e os 13 anos chegou a fazer parte de um partido antiárabe. Aos 18, o jovem israelense ingressou no serviço militar obrigatório. “Eu queria me alistar. Fui para o grupo de pára-quedistas porque eles são considerados uma espécie de elite do exército israelense”, lembra. Mas Shai Tamari custou a se adaptar à nova vida. Filho único, era difícil para ele dividir o quarto com os outros soldados. “Minha antipatia fez de mim um sujeito impopular em toda a unidade”, ele admite. Mas seu desencantamento com a carreira militar acabou vindo de um aspecto bem mais sério: “Eu cheguei à conclusão de que não conseguiria ferir as pessoas. Não tenho a capacidade de enfrentar alguém com uma arma na mão”. Logo no primeiro mês de alistamento, sua unidade recebeu ordens de guarnecer um posto de controle fora da base. Os soldados foram instruídos a deixar passar todos os veículos. A uma certa altura, surgiu um carro com placa palestina. “Um dos meus colegas caminhou 36
MARÇO DE 2007
até o meio da estrada, levantou o rifle e apontou para o motorista”, lembra. “O homem freou, parando a poucos metros do soldado. Nenhum dos dois falou coisa alguma. Meu colega abaixou a arma e autorizou o carro a seguir viagem. Ao voltar para a beira da estrada, ele ria do susto que deu no palestino. O que mais me aborreceu foi o fato de eu não ter feito nada. Eu estava chocado. Até aquele dia, não imaginava que os soldados israelenses abusavam dos palestinos”. Depois de cumprir os três anos de serviço obrigatório, Shai retornou à vida civil, sem ter muita certeza do que faria dali em diante. Ele acabou se mudando para a Austrália, onde a mãe dele morava, e formou-se em jornalismo. Mas já no meio do curso resolveu mudar seu rumo, e começou a estudar literatura árabe e a tentar compreender, pela primeira vez, a perspectiva de seus vizinhos do Oriente Médio. O jovem israelense concluiu então que o seu desejo era trabalhar pelo fim do conflito entre seu país e os árabes. Em 2006, Shai concluiu seu mestrado em estudos sobre o Oriente Médio e o Oriente Próximo, feitos na Faculdade de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres. “Descobri minha verdadeira paixão”, ele conta. “Essa será a minha maneira de ajudar a mudar um pequeno pedaço do mundo”. de domingo, 15h50 1º de outubro
O apartamento de Stephanie Borsboom lembra uma padaria. Ela preparou sua famosa torta de maçã holandesa para levar a um encontro que vai reunir seus colegas de curso. Qualquer um deles é uma feliz testemunha de seus dotes culinários. Eles acham que Stephanie tem
um trabalhão para preparar tudo aquilo, mas na verdade ela apenas abre um pão tipo croissant, adiciona maçã e passas e cobre tudo com açúcar. Enquanto espera para tirar a torta do forno, ela con-
versa com sua colega de quarto, a estudante chinesa Carsyn Gu. “Meu irmão ligou. Disse a ele que estava fazendo torta de maçã, e ele perguntou assustado: ‘Você, na cozinha?’”, diverte-se Stephanie.
QUAL A RECEITA? Stephanie Borsboom mostra à sua companheira de quarto os segredos de suas famosas tortas de maçã. Abaixo, uma parte da biblioteca da bolsista holandesa: livros de Mahatma Gandhi, Nelson Mandela e Jeffrey Sachs
Quando as duas chegam para a reunião com os amigos, encontram Amr El-Gundi, um bolsista pela paz que nasceu no Kuait. Ele está de jejum por causa do Ramadã, o mês em que os muçulmanos não podem comer desde a hora em que acordam até o pôr-do-sol. Dá pra perceber que o encontro será uma prova de fogo para Amr. Quando vê Ste phanie, Fabiola Rueda – uma rotaractiana de Honduras e aluna da Universidade de Duke – vai diretamente ao assunto que mais preocupa a todos naquele domingo: “Então, cadê a torta de maçã?”
14h30 de segundafeira, 2 de outubro
OS CREI – Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos – são um programa de bolsas de estudo da Fundação Rotária que possibilita a alunos de todo o mundo a oportunidade de obter um mestrado em uma das seis universidades filiadas a essa iniciativa, situadas na Argentina, Austrália, EUA, Inglaterra e Japão. Desde que foi lançado, em 2002, o programa já contemplou, em média, 60 bolsistas todos os anos. OS ALUNOS podem especializar-se em qualquer área relacionada à promoção da paz e à resolução de conflitos, incluindo saneamento básico, nutrição, educação, direitos humanos, desenvolvimento e trabalho social. Fazem parte do currículo obrigatório quatro disciplinas específicas criadas para os Crei (os bolsistas precisam cursar pelo menos duas delas). Além disso, eles devem participar de um estágio ou de um projeto de pesquisa. OS CANDIDATOS às bolsas devem demonstrar seu engajamento com a paz e a compreensão internacional através de seu trabalho pessoal e comunitário, ou de suas realizações acadêmicas e profissionais. Informações adicionais e formulários sobre os Crei estão disponíveis na seção Downloads do site do RI: <www.rotary.org>
Enquanto pede a ajuda de Carsyn para terminar as tortas, ela diz: “Vamos fazer aquela brincadeira da terceirização?” A piada gira em torno de um longo argumento sobre a globalização, como ela expli-
ca em seguida: “Os holandeses estão transferindo suas indústrias para países onde a mão-de-obra é mais barata. É o que eu costumo fazer ao pedir a ajuda de Carsyn para cuidar das tortas”.
“O assunto da aula de hoje será cultura deliberativa”. Stephanie Borsboom escuta essa frase sentada numa cadeira, com o queixo apoiado na mão. Ela e outros dez estudantes, inclusive alguns bolsistas da paz, acomodam-se num semicírculo diante do professor Jürg Steiner, que leciona uma disciplina sobre democracia em sociedades divididas. “Deliberação é um tópico muito complexo”, ele observa. Stephanie inclina-se para a frente e escuta o professor. Durante o intervalo, ele pergunta se ela entendeu uma das tarefas de leitura. A aluna admite que ainda tem dúvidas em relação a alguns tópicos. de segunda 16h30 feira, 2 de outubro
A aula de Jürg Steiner terminou. Stephanie Borsboom caminha com os seus colegas bolsistas Ana Salazar Manzur e David Chick até um ponto de ônibus para pegar o trans-
porte especial que os levará a Duke. A estudante holandesa já está pensando nos trabalhos que precisa concluir para a aula de avaliação de despesas públicas, no dia seguinte. Para quarta, outra tarefa, dessa vez sobre a ação dos governos para o desenvolvimento deste novo século. Ela ainda vai ter que arrumar tempo para preparar o esboço do seu projeto do mestrado antes do encontro com seu orientador, na quinta. Enquanto caminham, Stephanie e David debatem um gráfico com dados sobre despesas públicas. Elas estão adiantando a tarefa de terça-feira. “O eixo à direita representa as porcentagens, e o da esquerda, o valor do dólar. Você só pode basear uma série no eixo da direita, e mais de uma no da esquerda”. Ainda brilhando sobre elas, o sol começa a espalhar sombras de fim de tarde pelo piso vermelho. As folhas das árvores já estão mudando com a chegada do outono. Com suas mochilas, os estudantes vêm e vão, falando aos celulares ou rindo com os colegas. Outros andam de bicicleta e sentam-se no gramado para ler. Sinais de que mais um dia está chegando ao fim, de que amanhã eles terão um dia a menos de prazo para as provas, mais um livro para ler, um outro relatório para entregar. Significa que eles estão um dia mais perto da formatura – e mais perto de ajudarem a tornar nosso mundo um lugar melhor para se viver. Fotos de Monika LozinskaLee. Tradução de Eliseu Visconti Neto. BRASIL ROTÁRIO
37
Curiosidade: TORRE DE BABEL
A
origem da palavra “Babel” pode ser encontrada no aramaico Babilu – “Portão de Deus” – , o local que os gregos denominavam Babilônia, onde se supõe ter sido construída a Torre de Babel original. Em hebraico, bilbel significa “confusão”, referência à dispersão das equipes de construtores que pretendiam atingir o céu provocada pelo surgimento de barreiras lingüísticas intransponíveis.
38
MARÇO DE 2007
O que está à sua espera em SALT LAKE CITY Chegue antes à capital do estado de Utah, nos EUA, cidade que vai abrigar a 98ª Conferência Internacional do RI, de 17 a 20 de junho, e aproveite para conhecer estes três cartões postais.
TABERNÁCULO DOS MÓRMONS Vá a uma audição do famoso coral, apreciado em todo o mundo. As apresentações são grátis e realizadas aos domingos, pela manhã. ESTÁDIO RICE ECCLES Foi o palco da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno realizados na cidade. Esta foto foi tirada no intervalo do jogo amistoso entre o Real Salt Lake e o Real Madrid. Pelo time espanhol jogaram suas grandes estrelas, entre elas os brasileiros Robinho e Roberto Carlos, e o craque David Beckham, hoje nos EUA.
G
INSCRIÇÕES PARA A CONVENÇÃO Faça a sua inscrição pela internet, acessando
<www.rotary.org/ events> 40
MARÇO DE 2007
SALT LAKE LDS Esta foto do templo, localizado na Main Street Plaza, foi tirada à época do Natal, e suas luzes são vibrantes exatamente como aparecem aqui.
Escritório Contábil Nova Visão Ltda. CONTABILIDADE – DESPACHANTES LEGALIZAÇÃO DE FIRMAS
Imp. de renda p/Física e Jurídica Rua Álvaro Alvim, 31 - 16º andar - Centro Fone: (21) 2533-3232 G Fax: (21) 2532-0748 Cep: 20031-010 - Rio de Janeiro - RJ Direção: Joaquim Silva e José Soares
BRASIL ROTÁRIO
41
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Interact & Rotaract ○
○
○
COM UM jantar de companheirismo, o clube local reativou o Rotaract Club de Jaguarari-Pilar, BA(D.4390) e os novos integrantes tomaram posse.
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
OS INTEGRANTES do Rotaract Club da Bahia-Norte, BA(D.4550) visitaram a creche Casa da Luz e realizaram atividades, serviram lanche e ofereceram presentes para as 62 crianças atendidas pela instituição.
DEPOIS DE dois anos paralisado, o Interact Club de São José do Rio Pardo, SP(D.4590) foi reaberto. Em suas primeiras atividades, os novos integrantes plantaram mais de cem mudas de árvores nativas às margens do Rio Fartura e participaram da Semana Mundial do Interact Club.
EM CONJUNTO, os Rotaract Clubs dos distritos 4650 e 4651 realizaram o projeto Não Vacile, Use Camisinha, na cidade de Balneário Camboriú. Na ocasião, também foi fundado o Rotaract Club de Balneário Camboriú-Cristo Luz, SC(D.4651), tendo como padrinhos os RCs de Balneário Camboriú-Norte e Balneário Camboriú-Praia, SC.
OS JOVENS do Interact Club de São José-Kobrasol, SC(D.4651) trabalharam no McDia Feliz e em outra ocasião participaram da Semana Mundial do Interact Club, quando promoveram uma campanha de doação de alimentos e produtos de higiene pessoal para o asilo Lar dos Velhinhos de Zulma (foto), junto com o clube padrinho, RC de São José Kobrasol.
COM O projeto Claro Como Água – Um Brinde à Sua Saúde, o Rotaract Club de São José dos PinhaisAfonso Pena, PR(D.4730) está ensinando alunos de um a cinco anos de idade das creches locais a utilizar apenas uma caneca de água durante a escovação bucal, com o objetivo de contribuir para a preservação dos recursos hídricos. Os jovens entregaram 1.104 canecas plásticas para os centros municipais de educação infantil.
4242
MM ARÇO ARÇO DEDE 2007 2007
Polio Plus reage no Quênia
significante da previsão de contribuições ao Fundo Permanente. Fundo de Doações Direcionadas Em 31.10.2006, o valor total das 76 contas do Fundo de Doações Direcionadas era de US$ 6,1 milhões. Para mais informações sobre o fundo, acesse http://daf.rotary.org
Informe do RI aos rotarianos
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Gerente Celso Fontanelli celso.fontanelli@rotary.org Quadro Social (Assistência aos Governadores de Distrito e aos Clubes) Carlos A. Afonso carlos.afonso@rotary.org
Supervisora Financeira Sueli F. Clemente sueli.clemente@rotary.org Encomendas de Publicações, Materiais e Programas Audiovisuais Elton dos Santos elton.santos@rotary.org Tel.: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575
○
○
Endereço Rua Tagipuru, 209 São Paulo SP – Brasil – CEP 01156-000 Tel: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Horário: 2ª a 6ª, de 8h00 às 17h00
Supervisor da Fundação Rotária Edilson M. Gushiken edilson.gushiken@rotary.org
○
○
Escritório do RI no Brasil Home page: http://www.rotary.org.br
○
○
○
A Seu Serviço
○
Destaques do capítulo Captação de Recursos da Carta dos Coordenadores Regionais da Fundação Rotária nas zonas 19A e 20, Sul e Norte, EGDs Gedson Junqueira Bersanete e Aldair de Queiroz Franco: Fundo Permanente O ativo líquido do Fundo Permanente em 30 de outubro de 2006 era de US$ 187,4 milhões, sendo US$ 324 milhões o total previsto para 31 de outubro. Doações Extraordinárias para os Centros Rotary O ex-coordenador regional da Fundação Rotária Edward “Eddie” Blender (RC de Edwards/Vail Down Valley, Colorado, EUA) e o ex-vice-presidente do RI John Germ (RC de Chattanooga, Tennessee, EUA) servirão, respectivamente, como presidente e vice-presidente da iniciativa Doações Extraordinárias para os Crei. Juntos, liderarão e coordenarão o trabalho de captar dotações que somem US$ 95 milhões em benefício dos Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos. Sociedade de Doadores Testamentários Em 31.10.2006, os 5.195 termos de compromisso para a Sociedade de Doadores Testamentários totalizavam US$ 215,6 milhões. Este valor representa um percentual
Em 15 de outubro, Barry Rassin (foto), do Rotary Club de East Nassau, nas Bahamas, substituiu Milton O. Jones, que abdicou do cargo de diretor do Rotary International por motivos de saúde. Rassin é CEO e chairman do Doctors Hospital Health System, das Bahamas, e rotariano desde 1980, tendo servido o RI como governador de distrito, instrutor distrital, presidente de comissões, representante do presidente do RI, líder de treinamento e coordenador zonal. Rassin foi, ainda, delegado no Conselho de Legislação e instrutor na assembléia internacional de treinamento. Recebeu o Prêmio Dar de Si Antes de Pensar em Si, é doador extraordinário e benfeitor da Fundação Rotária.
○
Carta dos Coordenadores da FR
Novo diretor do RI
○
No nordeste do Quênia, a contribuição do Rotary é auxiliar a Organização Mundial da Saúde na condução de dias regionais de imunização de emergência. Parminder Lotay, membro da Comissão Polio Plus local e sócio do RC de Nairóbi, diz que o país está preocupado com a transmissão de vírus provenientes do leste da África e Península Arábica, especialmente Etiópia, Iêmen, Somália e Sudão.“Nossas fronteiras com esses países são muito porosas, mas junto com o Unicef temos conseguido realizar os dias nacionais de imunização em nações vizinhas que enfrentam conflitos civis e onde há grande deslocamento da população”, comenta. “Temos mantido a pólio sob controle por mais de 20 anos e estamos compromissados a fazer o máximo possível para expulsá-la definitivamente da África”.
○
LOTAY: “TEMOS mantido a pólio sob controle por mais de 20 anos”
Reúnam-se em nome da paz O Simpósio Rotary sobre a Paz Mundial ocorrerá em Salt Lake City em junho próximo, o primeiro a ser realizado conjuntamente com uma Convenção do RI. O evento, planejado para 14 a 16 de junho, comemorará o 90º aniversário da Fundação Rotária e o 10º aniversário da decisão de lançar os Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos. A primeira turma de Bolsistas Rotary pela Paz Mundial se formou em 2004, e em junho, atuais e ex-participantes, representando mais de 50 nações, somarão 325. O programa oferece aos estudantes a oportunidade de obter um diploma de mestrado na área de resolução de conflitos, estudos da paz, relações internacionais e outras disciplinas relacionadas, em seis universidades internacionais.
○
Como um dos principais parceiros da iniciativa de Erradicação da Pólio, o Rotary International é chamado com freqüência para dar atendimento rápido em situações de emergência. Em outubro, por exemplo, quando o governo do Quênia registrou o primeiro caso de pólio desde 1984, o presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária, Luis Vicente Giay, liberou imediatamente um subsídio de US$ 350 mil para conter o risco da ocorrência de um surto nacional. O subsídio foi anunciado em 17 de outubro, poucos dias após a confirmação de que uma garota de três anos de um campo de refugiados perto da fronteira com a Somália tinha sido diagnosticada como portadora do vírus da pólio.
Rotary International Secretaria (Sede Mundial) 1560 Sherman Avenue,Evanston, Il 60201 USA Phone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554 Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)
BRASIL ROTÁRIO
43
Coluna do chairman da Fundação Rotária Rodrigo
Sonhos de um futuro melhor
E
mbora a Fundação Rotária tenha sido criada há 90 anos, muitos rotarianos ainda não compreendem seu verdadeiro valor. E o pior é o fato de que muitos clubes que não contribuem para o alcance das metas da entidade não hesitam em usufruir os benefícios por ela proporcionados. Nossa Fundação foi considerada “a mais abrangente e bem-sucedida iniciativa implementada no mundo rotário”. A Fundação envolve muito mais do que dinheiro, honrarias e títulos grandiloqüentes. Sua filosofia – ideais em ação – tem se mostrado uma força positiva na vida de milhões de pessoas. Por intermédio da Fundação podemos alcançar juntos o que não poderíamos atingir trabalhando individualmente. Com a ajuda da Fundação, fronteiras geográficas deixam de ser um obstáculo e nos tornamos capazes de construir um mundo melhor. Como foi dito certa vez: “O que fazemos em nosso próprio benefício morre conosco. O que fazemos pelos outros e pelo mundo sobrevive eternamente”. Durante o meu mandato como presidente do RI em 1996-97, estive em Belo Horizonte para o lançamento de um projeto patrocinado pela Fundação Rotária que visava o fornecimento de impressoras em braile à uma escola para crianças cegas. Rodeado pelos estudantes, escrevi duas ou três sentenças no computador. Guiando a mão de um dos meninos, coloquei seu dedo em cima da tecla de impressão. O pequeno pegou rapidamente a primeira página que saiu da impressora e começou a ler as palavras tocando as letras com seus dedinhos. Um sorriso iluminou sua face quando disse: “Agora poderei realmente me tornar um escritor!”. Embora o menino tivesse perdido a capacidade de enxergar, ele era dotado de visão. E foi a Fundação Rotária que lhe proporcionou – e a milhões de outros – a chance de transformar em realidade o sonho de um futuro melhor. LUIS VICENTE GIAY EPRI e presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária
44
MARÇO DE 2007
AOS 86 anos de idade, José Alvarenga, do RC de Osvaldo Cruz, SP (D.4510), tem 53 anos de vida rotária e, entre outras funções importantes, presidiu o seu clube em duas oportunidades e também a comissão de construção do Museu Municipal Max Wirth.
OUTRO COMPANHEIRO com 86 anos de idade, o paraibano Alcides Araújo tem 59 de Rotary. É sócio do RC de Natal, PB (D.4500) e em sua presidência – 1961-62 – fundou o RC de Natal-Alecrim e a Casa da Amizade. O Rotary Club de Cruz Alta, RS (D.4660) tem três sócios com mais de 56 anos de serviços prestados à instituição. São eles: SADI RODRIGUES, exerceu várias funções, inclusive a de presidente, e está sempre envolvido em projetos sociais. HÉLIO WERLANG é um remanescente da fundação do clube, assim como... ...ALZIR CORACIN. Ambos gozam de muito prestígio pelas suas realizações. AMÉRICO MARQUES DIAS, companheiro do RC de CuritibaMercês, PR (D.4730), começou a servir à organização no RC de Maringá, pertenceu ao RC de Curitiba e ao RC de CuritibaNorte. Tem 89 anos de idade e 52 de Rotary.
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Ela e outras mulheres Rubem Fonseca Companhia das Letras O estilo que consagrou o autor como um dos maiores escritores brasileiros contemporâneos se mantém intacto. Mas “Ela e Outras Mulheres” leva algumas das características de sua literatura a patamares extremos. A concisão e a dureza da linguagem, por exemplo, atingem o pico em contos como “Ela”, breve relato sobre o início e o fim de um relacionamento marcado pela carnalidade explícita. Um olhar que se aproxima da violência e das pequenas obsessões escondidas no dia-a-dia está presente em contos como “Miriam”, em que uma funcionária de banco, atormentada pela sensação de ter um corpo estranho preso na garganta, cultiva com satisfação seu poder de recusar empréstimos aos “pobre-diabos que têm que aprender a viver dentro de suas posses”. A temática dos matadores de aluguel, recorrente na obra de Rubem Fonseca, também figura numa série de contos protagonizados por um mesmo assassino.
Sobre viver Sofia Débora Levy (org.) Relume Dumará A importância de perpetuar os relatos pessoais dos que sobreviveram ao genocídio nazista é o objetivo maior deste livro que reúne depoimentos de oito sobreviventes do Holocausto: Leon Herog, Roza Rudnik, Lejbus Brener, Kurt Homburger, Maria Yefremov, Chaim Najman, Simone Goldring Soares e
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Livros ○
○
○
○
○
○
○
○
Edward Heuberger em entrevista a Sofia Débora Levy. “Vamos ocupar todos os espaços disponíveis e atingíveis para divulgar o capítulo mais dramático da vida judaica, transformando esta tarefa num verdadeiro compromisso: jamais esqueceremos”, diz Osias Wurman no prefácio.
A coroa, a cruz e a espada Eduardo Bueno Objetiva “Para mudar a história do Brasil, e parar de repeti-la, é preciso conhecê-la. Penso que essa é minha modesta contribuição na luta por um país menos atrasado”, diz o autor neste que é o quarto volume da série Terra Brasilis.
O Quarteto de Alexandria Lawrence Durrell Ediouro Considerada uma obra-prima da literatura contemporânea, essa tetralogia é publicada pela primeira vez no Brasil. Numa linguagem sofisticada e intertextual,
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Depois de narrar em detalhes os períodos do descobrimento em “A Viagem do Descobrimento”, a formação das capitanias hereditárias em “Náufragos, Traficantes e Degredados”, o doloroso fracasso de seus donatários em “Capitães do Brasil”, o jornalista Bueno traça agora um panorama dos primórdios da América portuguesa, ao resgatar o período da criação do Governo Geral, primeira tentativa de colonização feita com recursos da Coroa de Portugal.
a série narra a trajetória de um grupo de amigos, seus encontros e desencontros durante a Segunda Guerra Mundial. O pano de fundo é a cidade de Alexandria, no Egito, que mais do que um cenário, é também personagem da trama.
Vale a pena ler OS FILHOS DA MEIA-NOITE Salman Rushdie – Companhia das Letras
O LIVREIRO DE CABUL Asne Seierstad – Record
HISTÓRIA NATURAL DE PABLO NERUDA Vinicius de Moraes – Companhia das Letras
EDUCAÇÃO SUSTENTÁVEL Mozart Neves Ramos – Altana
EM OUTRAS PALAVRAS Lya Luft – Record
BRASIL ROTÁRIO
45
§
Autores rotarianos Versos e crônicas Leão Rechtman Ferdan “A cabeça pensa, as mãos escrevem e o coração nos aconselha a amarmos uns aos outros para podermos ser felizes”, assim consta da introdução deste livro do companheiro do RC do Rio de JaneiroTijuca, RJ (D.4570). No prefácio, uma homenagem à sua mulher Rosa, com quem está casado há 57 anos, e mais adiante, na página 25, por ocasião das Bodas de Ouro: “Faz cinqüenta anos que vi uma estrela brilhar/em meu caminho anunciando o início de um grande amor”.
Segunda Guerra Mundial – Sessenta anos depois Josué Mussalem Comunigraf Economista e administrador, esse companheiro do RC do Recife, PE (D.4500) há 27 anos é, também, professor de Política e Programação Econômica; e de Teoria do Desenvolvimento Econômico. A qualidade do texto desta obra leva-nos a ler, num fôlego só, as suas 265 páginas. Como o autor nos informa, o livro busca indicar aspectos diferenciados da importância hemisférica do Brasil para a defesa do flanco Sul dos EUA entre 1939 e 1943. Contextualiza o conflito e a economia brasileira antes, durante e depois da Segunda Guerra Mundial. Aborda, ainda, fatos que eram considerados secretos pelo Exército.
Mídia controlada Sérgio Mattos Paulus “A história da comunicação social em todos os países mostra constantes conflitos originados pela censura. No Brasil, o controle exercido sobre a mídia, seja ele econômico, político ou policial, existe desde o início do jornalismo e se mostrou mais agressivo em determinados momentos históricos, como no período da dita-
46
MARÇO DE 2007
dura militar.” Este texto de autoria do sócio do RC da Bahia, BA (D.4550) está na contracapa dessa obra que conta a história da censura no nosso país e no mundo. É ainda da lavra desse companheiro o livro de poemas “Fio Condutor”. O poema que empresta o nome ao livro é um dos muitos bem produzidos pelo talento desse jornalista com mestrado e doutorado pela Universidade do Texas, EUA: Entre versos/o sussurro dos fatos/ são fendas de lucidez./O poema absoluto/pode ser inalcançável,/mas todo poeta/almeja transmitir da vida a textura,/não a experiência do sofredor. Na cacofonia intelectual/quero ser o fio condutor/da poesia, transmitindo a textura da vida.
Dez dias floridos em Americana Sétima edição da Expoflor tem renda destinada à Fundação Rotária
de Americana-Integração, SP D. 4310 RC – Os companheiros do clube promoveram a 7ª edição da Americana Expoflor. Durante dez dias, sempre das 10h às 21h, flores e plantas dos mais diversos tipos estiveram à venda na praça Comendador Muller a preços acessíveis. O clube organiza a Expoflor anualmente com o objetivo de arrecadar fundos a serem doados. Na mais recente edição, a Fundação Rotária recebeu 70% da verba obtida com o evento. Os 30% restantes foram destinados à Promoção Social da Prefeitura Municipal de Americana e aos Bancos de Cadeira de Rodas e Camas Hospitalares mantidos pelo clube. A estimativa dos companheiros é de que a 7ª Expoflor tenha sido prestigiada por 50 mil pessoas em seus dez dias de realização. Com direito à entrada franca, os visitantes tiveram a chance de apreciar e levar para casa orquídeas, copos-de-leite, girassóis e lírios, além de bonsais, samambaias e plantas para jardins. O evento contou com o apoio da Secretaria da Cultura e Turismo de Americana e ofereceu plantas de Holambra, município paulista conhecido como Cidade das Flores.
ESTIMA-SE QUE 50 mil tenham visitado o evento
ALÉM DE girassóis, foram oferecidos copos-deleite, orquídeas e lírios
AS FLORES foram vendidas em prol da Fundação Rotária e de obras sociais do muncípio
OS COMPANHEIROS organizam a Expoflor há sete anos
BRASIL ROTÁRIO
47
D. 4310
D. 4410 RC DE Vitória-Praia Comprida, ES – Em parceria com o Sam’s Club, da rede Wal-Mart Brasil, realizou uma campanha de arrecadação de livros em benefício do projeto Cajun Santo André.
RC DE Saltinho, SP – Ofereceu o 4º Curso de Expressão Verbal para 16 alunos. A cerimônia de entrega de certificados contou com as presenças de familiares dos alunos, convidados e autoridades locais.
RC DE Itu, SP – Por meio do projeto Alfabetização de Adultos, formou a 10ª turma de alunos. Realizado desde 2002, o projeto já beneficiou 712 pessoas.
D. 4430 RC DE Guarulhos, SP – Os companheiros realizaram a Campanha da Saúde e Cidadania, na Escola Estadual Prefeito Rinaldo Poli, com a presença de 1.330 pessoas. Foram oferecidos serviços como teste de visão, aferição de pressão arterial e consulta jurídica, entre outros, o que totalizou 4.416 atendimentos. Em uma outra ocasião, o clube doou bandeiras do Brasil para quatro escolas do município.
D. 4440
RC DE Itu-Convenção, SP – Promoveu a terceira edição do Curso de Bartender, que formou 55 alunos. A cerimônia de formatura foi realizada na Escola Técnica Estadual Martinho Di Ciero.
48
MARÇO DE 2007
RC DE Cuiabá, MT – Para celebrar o aniversário de 65 anos do clube, os companheiros inauguraram uma placa comemorativa no atual prédio da Secretaria de Estado e Cultura de Mato Grosso, onde foi realizada a reunião de fundação do RC.
D. 4470
D. 4480
RC DE Campo Grande-Universidade, MS – Em nome do clube, o presidente Milton Miranda Soares entregou à fundadora da Comunidade Sagrada Família – Centro de Convivência para Idosos, Antonia Barrios, um cheque para ser utilizado na compra de cadeiras para idosos.
D. 4500
RC DO Recife-Espinheiro, PE – Acompanhada de integrantes e da presidente da Casa da Amizade local, Marta Júdice, a companheira Fernanda Lúcia Nicéas Pires doou à diretora do Abrigo São Vicente de Paulo, irmã Rita, a renda obtida com a venda do livro “Zoroastro e Zeferino”, escrito por ela.
RC DE Votuporanga, SP – Como parte do projeto Dia da Visão Infantil, os companheiros, com a participação das Óticas Carol e da diretoria regional de ensino de Votuporanga, entregaram óculos para cerca de cem crianças. Médicos oftalmologistas locais apoiaram a campanha, realizando atendimentos gratuitos.
RC DE Itajobi, SP – Por meio de Subsídio Distrital Simplificado, o clube adquiriu dez cadeiras higiênicas para a Família Camiliana de Itajobi, que desenvolve um trabalho assistencial em prol da saúde da comunidade.
D. 4510
RC DE João Pessoa-Sul, PB – O clube homenageou e entregou certificados a dez profissionais de diversas áreas que tiveram atuação destacada e, em outra ocasião, participou do 6º Encontro da Mulher Rotária, que reuniu cerca de 200 rotarianos de todo o distrito.
RC DE Palmital, SP – Junto com as Óticas Carol, realizou uma campanha de consultas e doação de óculos para crianças do município.
BRASIL ROTÁRIO
49
D. 4520 RC DE São Gonçalo do Rio Abaixo, MG – O clube trabalhou na Cavalgada, maior evento realizado na cidade, e destinou parte da renda obtida na festa para a compra de materiais de construção para a reforma da Sociedade São Vicente de Paula. O clube, fundado há um ano, também já realizou uma campanha do agasalho e conseguiu com o RC de João Monlevade, MG, o empréstimo de uma cadeira de rodas para uma senhora da comunidade.
RC DE Coronel Fabriciano, MG – Em parceria com a Superintendência Regional de Ensino de Coronel Fabriciano, o clube implantou o projeto Lighthouse em escolas públicas do município e, com a mobilização de professores e pedagogas, alfabetizou mais de 700 crianças em 2006.
RC DE Lagoa Santa, MG – O clube firmou convênio com a prefeitura e escolas do município e, com o apoio da secretaria municipal de Transportes, enviou três professoras à cidade de Contagem, em Minas Gerais, para serem treinadas na metodologia Lighthouse e se tornarem multiplicadoras do sistema de alfabetização.
50
MARÇO DE 2007
RC DE Sobradinho, DF – Ofereceu uma festa para crianças com distribuição de brinquedos e lanche.
D. 4530
RC DE Águas Lindas de Goiás, GO – O clube vem apoiando o projeto de uma horta, mantida pela Pastoral da Criança. Além disso, também distribuiu presentes para crianças do município.
RC DE Franca-Sul, SP – Os companheiros premiaram com um computador e uma impressora o estudante Jessé de Lacerda Paulino, escolhido o melhor aluno da rede pública de ensino do município. Em outra ocasião, realizaram a 1ª Noite Nordestina e destinaram a renda obtida com o evento à construção da cozinha da Chácara Sorriso.
D. 4540
D. 4540
RC DE Matão, SP – Junto com as Óticas Carol e seis oftalmologistas voluntários, o clube reeditou o Dia da Visão Infantil e entregou óculos a 70 crianças carentes.
RC DE Ipuã, SP – Os companheiros ofereceram uma festa, com direito a distribuição de lanche, picolés e brinquedos, às crianças da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Monir Néder. Em outra ocasião, homenagearam e entregaram certificados de reconhecimento a profissionais de dez áreas de atuação.
D. 4570 RC DE Nova Iguaçu, RJ – Em parceria com o Corpo de Bombeiros local, Ministério do Trabalho e Sesc, o clube ofereceu serviços como emissão de carteiras de trabalho, atendimentos médico e odontológico, consultoria jurídica e orientação sobre câncer de útero, entre outros, e atendeu aproximadamente mil pessoas, no centro de Nova Iguaçu. A banda do Colégio Novo Horizonte abriu o evento.
RC DE Petrópolis-Cidade Imperial, RJ – Os companheiros promoveram a 12ª Mostra de Arte, no Centro de Cultura Raul de Leoni, com pinturas e esculturas de artistas locais e regionais. Em outra oportunidade, junto com o RC de Petrópolis-Itaipava e a Casa da Amizade das Famílias dos Rotarianos, entregaram brinquedos para a ampliação da brinquedoteca do Hospital Alcides Carneiro.
D. 4590 RC DE Campinas, SP – Os companheiros trabalharam para reformar o parquinho da creche Adélia Zornig. Além disso, o RC vem se dedicando a diversas ações: selecionado pelo RI, recebeu um Subsídio Relações Públicas e instalou um painel em uma avenida da cidade, onde ficou por mais de 60 dias; ofereceu lanche para as crianças da creche Adélia Zornig; e comemorou o aniversário de 75 anos de fundação do clube, com a presença do casal governador Anthony Kasenda e Marina e de companheiros do clube afilhado, RC de São Carlos, SP (D.4540), além de outras autoridades rotárias.
RC DE Rio Claro-Sul, SP – O clube se associou ao RC de Rio Claro, ao Centro de Promoção Social da Prefeitura e às três filiais das Óticas Carol no município para realizar o Dia da Visão Infantil. Em uma festa com palhaços, algodão-doce e pipoca, os companheiros entregaram 200 pares de óculos para alunos da Escola Estadual Coronel Joaquim Salles, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Armando Grisi, e do projeto Presença Esperança do Sesi. O projeto foi apoiado por oftalmologistas, além de outros voluntários.
BRASIL ROTÁRIO
51
D. 4600
RC DE Miguel Pereira, RJ – Os companheiros homenagearam com Menção Honrosa os alunos do Colégio Cenecista Professor Miguel Pereira que foram destaque no ano letivo de 2006 e receberam o tenente Wilson de Paula Lessa, do Depósito Central de Munição de Paracambí, para proferir uma palestra.
DE Paranavaí-Fazenda D. 4630 RC Brasileira, PR – O presidente Cláudio Miguel de Souza recebeu o intercambiado sul-africano Michael Bower, recepcionado pelo clube.
RC DE Jandaia do Sul, PR – Em Visita Oficial ao clube, a governadora Maria da Penha Oliveira Surjus plantou uma muda de ipê, junto com o presidente Alfredo Barros, em área de fundo de vale, e conheceu a escola de informática montada na Unidade Pólo, para a qual o clube doou computadores e livros.
RC DE Mendes, RJ – Em nome do clube, o companheiro Agostinho da Silva Pereira entregou um diploma de competência e ética profissional ao barbeiro Osvaldino Alves Pereira.
RC DE Jacareí-Avarehy, SP – Pelo terceiro ano consecutivo, as companheiras Walcerly Peloggia Gimenez, Maria José Silvério e Elismara Perdum ministraram palestras de orientação profissional para alunos dos segundo e terceiro anos do ensino médio da rede pública de ensino.
52
MARÇO DE 2007
D. 4640
RC DE Realeza, PR – O RC fundou o primeiro Rotary Kid do distrito.
D. 4640 ESTE ANO, o distrito enviará estudantes para cumprir o Programa de Intercâmbio de Jovens na Dinamarca, Alemanha, Bélgica, Polônia, República Tcheca, Croácia, França, Áustria, EUA, Japão, Canadá, México, Zimbábue, Tailândia, Taiwan, Índia, Indonésia, Malásia e Rússia. Na foto, os intercambiados estão com a governadora Dalva Figueiredo Santos Rigoni e o chairman do intercâmbio no distrito, Irineu Antônio Feiten.
RC DE Foz do Iguaçu, PR – O clube mantém o Projeto Permanente de Alfabetização de Jovens e Adultos, com auxílio do poder público e de empresas locais, e já alfabetizou 7.994 pessoas desde 2004. Além disso, mais de 3.000 alfabetizados pelo projeto estão matriculados para concluir o ensino fundamental.
D. 4660 D. 4651 RC DE Capivari de Baixo, SC – Os companheiros recepcionaram o governador Eloir Kuser, em Visita Oficial, e o levaram ao Marco Rotário em homenagem ao centenário do RI. Em outras ocasiões, o clube realizou uma obra de iluminação no trajeto de acesso ao município de Cubatão e foi homenageado pela Câmara de Vereadores local.
RC DE Tupanciretã, RS – Depois de ter plantado 320 mudas de ipê na avenida Lourenço Gomes, em 2004, e de ter criado o Bosque do Centenário, em 2005, com o plantio de cem mudas de árvores nativas da região, o clube elaborou um projeto de longo prazo com o objetivo de formar um banco genético com espécies da flora regional. Apoiado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária e pelo Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, o clube plantou 325 mudas em uma reserva ecológica do município. Hoje dispõe de duas áreas onde pretende continuar o projeto, auxiliado pelo Instituto Regional de Desenvolvimento Rural. Em outras oportunidades, organizou o 9º Concurso de Redação e arrecadou 1.200 kg de alimentos em benefício de entidades assistenciais.
D. 4670
RC DE Santo Amaro da Imperatriz, SC – Depois de conseguir doações entre empresários locais, o clube entregou 18 lixeiras à prefeitura municipal.
RC DE Osório, RS – Em Visita Oficial ao clube, a governadora Ana Glenda Viezzer Brussius participou da inauguração do Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário do bairro Primavera, voltado para o atendimento a gestantes, hipertensos e diabéticos; visitou o projeto de alfabetização de crianças surdas realizado pela Escola Estadual Cônego Pedro, com o apoio do RC; o Parque Eólico local; e o Marco Rotário do clube.
BRASIL ROTÁRIO
53
D. 4680
O DISTRITO realizou o 1º Seminário Distrital sobre Fundação Rotária, com a presença de sócios de 11 clubes da região, nas dependências da Universidade de Santa Cruz do Sul.
RC DE Pelotas, RS – Entregou o título de Melhor Companheira às estudantes Gisele Nobre Duarte, Juliana Caetano Cardoso, Luana Cunha e Yasmim Carolina Silva, alunas do Instituto São Benedito. Na foto, as meninas estão acompanhadas do presidente Roberto dos Anjos, do presidente da entidade, Jorge Kratz, dos diretores Carlos Francisco Neutzling e Carlos Frederico Moura e Cunha e da diretora da escola, Irmã Julieta Bertuol. Em outra oportunidade, outorgou a Medalha Mérito Rotário Walter Bazarov Pinto ao promotor de Justiça José Olavo Passos, à companheira Martha Laeticia Pinto e, em homenagem póstuma, ao companheiro Francisco José Alves da Cunha.
D. 4700
OS TRÊS clubes do município de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, junto com o governador Eronilde Ribeiro, entregaram 500 kits escolares ao secretário municipal de Educação Elydo Alcides Guareschi, em prol do Programa Alfabetiza Rio Grande, que beneficia jovens e adultos.
DE Londrina-Norte, PR – Junto com os D. 4710 RC RCs de Londrina, Londrina-Alvorada e Londrina-Novas Gerações, o clube homenageou o EDRI Gerson Gonçalves (sentado e no centro da foto) pelos 40 anos de vida rotária. Na foto, ele está com seus companheiros de clube e ao lado do presidente Vicente de Paula Marques Filho (primeiro à esquerda do homenageado).
D. 4750
DE Curitiba-Norte, D. 4730 RC PR – Na presença da família e do presidente Carlos Henrique Tiemeki, o companheiro Luiz Pilotto (no centro da foto) foi homenageado pelo clube por serviços prestados.
54
MARÇO DE 2007
RC DE Campos, RJ – Em Visita Oficial, o governador Joel Rodrigues Teixeira conheceu a farmácia comunitária mantida pelo clube, desde 2004. Em uma outra oportunidade, os companheiros arrecadaram 200 kg de alimentos nãoperecíveis em benefício da campanha de ajuda humanitária às vítimas da Guerra no Líbano, realizada em parceria com a Federação das Entidades Libanesas do Estado do Rio de Janeiro.
D. 4770
DE Niterói-Praias Oceânicas, RJ – D. 4750 RC Forneceu todo o lanche para uma competição esportiva destinada a atletas com necessidades especiais promovida pela Apae na ABB de Piratininga. RC DE Conceição das Alagoanas, MG – Os integrantes do Rotary Kids plantaram 20 mudas de árvores próximo ao Marco Rotário do clube, que fica na entrada da cidade, e outras cinqüenta na Escola Municipal Governador Valadares.
DE Presidente Olegário, MG – D. 4760 RC Através da Avenida de Serviços Profissionais, homenageou oito cidadãos olegarenses, entre eles os ex-prefeitos Natal José Fernandes e Antonio Irineu Godinho. A cerimônia teve as participações do EGD Sebastião Simões da Cunha e do presidente do clube, Antonio José Pereira (ambos ao centro).
RC DE Belo Horizonte-Venda Nova, MG – Companheiros fantasiados durante o baile que eles organizaram para arrecadar fundos para as obras de melhoria da sede do clube.
RC DE Mineiros, GO – Integrantes do Rotary Kids, que no ano passado recebeu o certificado de organização entregue pelo governador Johaness Kasbergen.
RC DE Alto Taquari, MT – A 2a Festa do Porco à Paraguaia, feita em conjunto com a Casa da Amizade, teve apresentações de dança e bingo. A renda foi totalmente revertida à escolinha de futebol do projeto Bom de Bola, Bom de Escola, mantido pelo clube. Em outra ação, que teve o apoio da prefeitura, os companheiros levaram um grupo de idosos da cidade ao Hotel Pousada Mato Grosso Águas Quentes.
BRASIL ROTÁRIO
55
Parceria com Papai Noel Os companheiros investiram em ações de Natal no final de 2006 e realizaram projetos em benefício de crianças e famílias inteiras D. 4510 RC DE Assis, SP – Junto com o RC de Assis-Fraternal, os companheiros ofereceram um Jantar de Confraternização de Natal para os alunos da Escola Especial Rotary de Assis – Apae. Papai Noel participou da festa e entregou presentes.
RC DE Almenara, MG – As 150 crianças atendidas pela creche São José ganharam presentes e lanches dos companheiros do clube.
D. 4520
D. 4550
RC DE Itabela, BA – Os companheiros realizaram, mais uma vez, a campanha Natal Feliz, com a distribuição de cem cestas básicas, totalizando 2.800 kg de alimentos.
D. 4630 RC DE Tapejara, PR – Os companheiros distribuíram brinquedos e mais de 5.000 picolés para crianças carentes do município.
56
MARÇO DE 2007
DE Campo Belo, MG – Com a ajuD. 4560 RC da da Casa da Amizade local, o clube preparou uma festa de Natal para crianças, com lanche, brincadeiras, música, dança e a presença do Papai Noel. As famílias das crianças também foram presenteadas, levando filtros de água para casa.
D. 4650 RC DE Taió, SC – A cada fim de ano, o clube escolhe uma localidade carente do município para realizar uma ação. Desta vez, os companheiros alegraram o Natal de mais de 80 crianças carentes de Laranjeiras – a 40 km do centro da cidade – com entrega de presentes e cestas básicas para as famílias.
D. 4660 RC DE Cruz Alta, RS – Os companheiros e as integrantes da Casa da Amizade local se reuniram em um jantar de confraternização para celebrar o Natal. Com uma mensagem, o casal presidente Jovenir Trindade de Oliveira e Maria Lucia abriu o evento e cada casal recebeu um pinheirinho e um cartão.
D. 4670 RC DE Porto AlegreAeroporto, RS – O presidente do clube, Nolci Paulo Baptista dos Santos, viajou ao Chile como representante da governadora Ana Glenda Viezzer Brussius e, a convite do presidente do RC de Nuñoa, Chile (D.4340), Hector Rodriguez Villalobos, participou da festiva de Natal do clube chileno.
D. 4770 RC DE Alto Taquari, MT – A família rotária local se juntou em um mutirão para a Campanha Natal sem Fome e, junto com a prefeitura municipal e entidades do município, arrecadou alimentos para cestas natalinas destinadas a famílias carentes.
RC DE Itapoá, SC – Graças à realização de mais uma edição do projeto Dê uma Vida Nova ao Seu Brinquedo Velho e à arrecadação de alimentos nãoperecíveis, os companheiros fizeram mais feliz o Natal de crianças e famílias carentes, com a distribuição de brinquedos e gêneros alimentícios.
RC DE Cerro Largo, RS – Para comemorar o Natal eo aniversário de 30 anos de fundação do clube, os companheiros, em parceria com a agência local dos Correios, realizaram a campanha Natal Solidário – Nesse Natal Adote uma Cartinha. Por meio da iniciativa, o RC levou 420 cartas de crianças carentes do município ao conhecimento da população. Todas as crianças que escreveram tiveram a carta respondida e receberam algum presente no Natal.
D. 4760 RC DE CurveloNorte, MG – Com uma campanha de cartas a Papai Noel, os companheiros alegraram o Natal de crianças carentes. Além dos pedidos de brinquedos, o bom velhinho atendeu a alguns pedidos inusitados, como o de um menino que pediu um caminhão de areia para ajudar os pais na construção da casa. Os companheiros responderam a todas as cartinhas, mesmo aquelas com desejos que não puderam ser realizados. Também doaram alimentos e roupas para a Central de Acolhida e Promoção Social.
RC DE Uruguaiana, RS – Distribuiu 400 brinquedos a crianças de um a sete anos de idade, atendidas pelo Projeto Ilha da Esperança, do qual o clube é parceiro. Na ocasião, foi realizada uma festa com jantar para as crianças, na sede da Escola de Samba Ilha do Marduque, onde funciona o projeto, que conta com ambulatórios médico e dentário, biblioteca, brinquedoteca e quadra poliesportiva. Companheiros de outros clubes do município também participaram do evento.
D. 4780
BRASIL ROTÁRIO
57
D. 4780 RC DE São Francisco de Assis, RS – No Dia Mundial do Diabetes, o clube realizou uma caminhada que reuniu mais de 2.000 pessoas. O evento foi coordenado pela companheira Adriana Cunha, da ONG Unite for Diabetes, e pelo EGD José Pedro Bellagamba. RC DE Cachoeira do Sul, RS – Através de um projeto de Subsídio Equivalente da Fundação Rotária, e que teve a parceria do RC de Market Drayton, Inglaterra (D. 1210), os companheiros doaram uma Kombi ao Asilo Nossa Senhora Medianeira. A entrega foi feita com as participações do governador distrital Antônio Planella e da ex-intercambiada Mariê Cabral, que firmou a parceria entre os rotarianos gaúchos e ingleses durante o ano em que morou na Inglaterra.
Siglas rotárias Conheça abaixo o significado de algumas siglas que você vai encontrar com freqüência na literatura sobre o Rotary e nas páginas da Brasil Rotário: Apar – Associação Patrulha Jovem B R – Brasil Rotário CCFR – Conselho de Curadores da Fundação Rotária CDRI – Conselho Diretor do Rotary International CIEE – Centro de Integração Empresa-Escola Crei – Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos CRFR – Coordenador Regional da Fundação Rotária D. – Distrito DERI – Diretor eleito do Rotary International DNI – Dia Nacional de Imunização (campanha de combate à pólio) DRI – Diretor do Rotary International EDRI – Ex-diretor do Rotary International EGD – Ex-governador de distrito EPRI – Ex-presidente do Rotary International EVPRI– Ex-vice-presidente do Rotary International FDUC – Fundo Distrital de Utilização Controlada FR – Fundação Rotária GA – Governador assistente Gats – Seminário de Treinamento para Governadores Assistentes Gets – Seminário de Treinamento para Governadores Eleitos IGE – Intercâmbio de Grupos de Estudos NRDC – Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário PERI – Presidente eleito do Rotary International Pets – Seminário de Treinamento para Presidentes Eleitos PLD – Plano de Liderança Distrital R C – Rotary Club RI – Rotary International Ribi – Rotary na Grã-Bretanha e na Irlanda Ryla – Prêmios Rotários de Liderança Juvenil 3-H – Subsídio Saúde, Fome e Humanidade
58
MARÇO DE 2007
VEJA SEU CLUBE NA BRASIL ROTÁRIO BR é uma das A revistas rotárias que mais dedicam
espaço às ações realizadas pelos clubes e distritos. Todos os meses, publicamos diversas páginas com fotos que ilustram o que vem acontecendo nos Rotary Clubs, Casas da Amizade, Rotaracts e Interacts de todo o país. Para que isso aconteça, nós contamos com a sua colaboração, leitor. É fundamental que suas cartas e e-mails sejam enviados à redação de forma correta, incluindo o nome completo do clube, o local e a data em que foram realizados os projetos e um breve relato sobre a importância deles para sua comunidade. Lembramos que a Brasil Rotário não publica posses ou fatos que possam obter o merecido destaque no boletim do clube. Se o seu projeto foi feito com a ajuda de parceiros, envie seu nome completo – sejam eles outros Rotary Clubs, entidades ou empresas públicas e privadas do Brasil e do exterior. No caso das siglas, explique-nos o que elas significam. Um detalhe muito importante: envie um telefone de contato (com o código de DDD) para que possamos falar com você em caso de dúvida. FOTOS Dê preferência às imagens que demonstrem movimento. Quanto menos posada a foto, melhor. É indispensável que as fotos tenham foco e nitidez (cuidado com a contraluz!) e estejam completamente identificadas, contendo o nome e o sobrenome de todos os fotografados (no caso dos grupos de até seis pessoas, nominados a partir da esquerda). Uma boa dica é que seja contratado um fotógrafo profissional para fazer a cobertura dos eventos mais importantes. Se a sua foto for de papel, não escreva nada no verso, e tenha o cuidado de protegê-la bem ao enviar pelo correio. Quando as fotos forem digitais – enviadas por e-mail, disquete ou CD – é necessário que elas tenham pelo menos 300 DPIs de resolução. Se o envio for feito por e-mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. Se você tiver alguma dúvida, entre em contato com a redação: e-mail: redacao@brasil-rotario.com.br telefone: 21-2509-8142 endereço: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar CEP: 20040-006 Rio de Janeiro – RJ
Nós e os rotarianos de todo o Brasil estamos esperando para ver o seu clube na revista.
Senhoras em Ação ○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
AS SENHORAS promoveram a festa Boneca Viva em prol de obras sociais e da creche escola Santo Antonio, construída e mantida pela Casa da Amizade de Barbacena, MG(D.4580). Também contribuíram com a reforma e fizeram doações para o Lar das Velhinhas.
EM DUAS oportunidades, a Casa da Amizade de Nova Friburgo, RJ(D.4750) entregou enxovais e materiais diversos para 25 entidades assistenciais do município.
JUNTO COM a família rotária local, as integrantes da Casa da Amizade de Santa Rita do Araguaia, GO, e Alto Araguaia, MT(D.4770) entregaram 1.500 brinquedos e serviram lanche para crianças nas duas cidades. Em outras ocasiões, as senhoras também serviram lanche na Pastoral da Criança, festejaram o Dia do Idoso em asilos dos dois municípios e, em parceria com o Rotary Kids local, realizaram a Campanha do Lixo no Carro, distribuindo sacolinhas para lixo.
AS SENHORAS da Associação das Esposas de Rotarianos de Vila Carrão, SP(D.4430) presentearam as 13 crianças atendidas pela instituição Recanto Abraço da Águia com sacolas de Natal contendo roupa, calçado, presente, doces e artigos de higiene pessoal.
A CASA da Amizade das Senhoras dos Rotarianos de Campos, RJ(D.4750) entregou enxovais e cestas básicas e ofereceu lanche para 50 gestantes previamente cadastradas. Em uma outra oportunidade, as senhoras também entregaram 50 vestidos e 30 pijamas e serviram lanche para internos do asilo Monsenhor Severino.
BRASIL ROTÁRIO 59
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Novos Companheiros Paul Harris ○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
D. 4420 AGRACIADO: RICARDO Yoshikawa, ex-presidente do Rotaract Club de São Paulo-Liberdade, SP, nas presenças do pai, o companheiro Takashi Yoshikawa, do governador Paulo Eduardo Fonseca, da companheira Emi Tokonami Mori e do presidente eleito do Rotaract Club local, Ricardo Shimabukuro.
D. 4480 AGRACIADO: FERNANDO Tarsitano Neto, companheiro do RC de Ilha Solteira, SP, na presença da mulher, Maria Aparecida. ENTREGUE POR: governador Beninho Dalto.
D. 4490 AGRACIADO: LUIS Luciano Arruda, sócio do RC de Fortaleza-Barra, CE, com a primeira safira. ENTREGUE POR: governador Júlio D’Albuquerque Lóssio. AGRACIADO: JOSÉ Edilson Soares Frota, sócio do RC de FortalezaBarra, CE. ENTREGUE POR: governador Júlio D’Albuquerque Lóssio.
60
MARÇO DE 2007
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
D. 4440 AGRACIADO: WILSON Santos, prefeito municipal de Cuiabá. O título foi entregue pelo RC de Cuiabá-CPA, MT.
AGRACIADO: ANTÔNIO João de Arruda Cebalho, companheiro do RC de Cuiabá-CPA, MT. ENTREGUE POR: governador Adão Alonço dos Reis e pelo presidente Joelcirney Santos Klimaschewsk.
AGRACIADA: HELIODORA Marques de Arruda, companheira do RC de Fortaleza-Barra, CE. ENTREGUE POR: companheiro e marido da agraciada, Luis Luciano Arruda, e pelo governador Júlio D’Albuquerque Lóssio. AGRACIADO: ROMEU Cysne Prado, sócio do RC de FortalezaCentenário, CE. ENTREGUE POR: casal governador Júlio D’Albuquerque Lóssio e Arlete.
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Novos Companheiros Paul Harris ○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
D. 4510 AGRACIADA: SYBELLE Neme Gregório, presenteada pelo RC de Marília de Dirceu, SP e nas presenças do marido, o companheiro Éden Gregório Junior, e do casal presidente
D. 4630 AGRACIADO: MAURÍCIO Ghelen, do RC de Paranavaí-Fazenda Brasileira, PR. ENTREGUE POR: governadora Maria da Penha Oliveira Surjus.
Hederaldo Benetti e Patrícia.
D. 4540 AGRACIADO: CARLOS Roberto Alves Pinheiro (direita), expresidente do RC de FrancaNovas Gerações, SP. ENTREGUE POR: Moisés Nunes Pereira e Delzio Marques Soares, ex-presidentes e agraciados em anos anteriores.
AGRACIADOS: JOSÉ Florivaldo Vanderlei, Enio Walter Lima, Abraão José Franco Jr. e Moacir Tasinafo, companheiros do RC de Ipuã, SP. ENTREGUE POR: governador Nivaldo Donizete Alves, nas presenças do EGD Gilberto da Rocha e do governador assistente Vanderlei Francelin.
AGRACIADOS: IVO Pierin Júnior, companheiro do RC de ParanavaíFazenda Brasileira, PR, recebeu uma safira e presenteou a mãe, Idalba Abreu Pierin, com um título Paul Harris. ENTREGUE POR: ex-presidente José Antônio Volpi da Silva, na presença da governadora Maria da Penha Oliveira Surjus. AGRACIADO: CELSO Ottersbach, companheiro do RC de ParanavaíFazenda Brasileira, PR. ENTREGUE POR: companheiro José Carlos Beckhauser e pelo presidente Cláudio Miguel de Souza.
D. 4600 AGRACIADO: MARJAN Kozlowski (esquerda), sócio do RC de São Sebastião, SP. ENTREGUE POR: governador Marco Antônio Toledo de Piza, na presença do presidente Ivan de Carvalho.
AGRACIADA: OLGA Hon Viganó, companheira do RC de São Sebastião, SP. ENTREGUE POR: companheiro Darly Viganó (ao lado da agraciada), nas presenças do presidente Ivan de Carvalho e do governador Marco Antônio Toledo de Piza.
BRASIL ROTÁRIO
61
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Novos Companheiros Paul Harris ○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
D. 4640 AGRACIADA: ALDAISA Alves, companheira do RC de Francisco BeltrãoMarrecas, PR. ENTREGUE POR: Maurício Alves, governador eleito e marido da agraciada, durante a Visita Oficial do casal governador Dalva Figueiredo Santos Rigoni e Airton.
AGRACIADO: ÁLVARO Rabelo. ENTREGUE POR: Airton Rigoni, companheiro do RC de Foz do Iguaçu-Ponte, PR, e marido da governadora Dalva Rigoni.
D. 4650 AGRACIADOS: IVO Petri e João Francisco, sócios do RC de JoinvilleColon, durante a Visita Oficial do governador Sergio Correa e na presença do presidente Guilherme Rios Pereira.
D. 4710 AGRACIADO: ABIMAEL Baldani, sócio do RC de Jaguapitã, PR, nas presenças da mulher, Lenice, e do expresidente José Batista Filho.
D. 4750 AGRACIADOS: ANTONIO Jorge de Carvalho e Elça Edina Batista, companheiros do RC de São Gonçalo-Alcântara, RJ, ex-presidente Eliézio Henrique Pereira e Odair Siqueira Soares, rotariano do mesmo clube, nas presenças do governador indicado para 2008/ 09 Márcio Pereira Ribeiro e do governador Joel Teixeira.
AGRACIADO: WAGNER Roberto Faraco, companheiro do RC de Taió, SC. ENTREGUE POR: Siegfried José Seemann, padrinho do agraciado.
D. 4730 AGRACIADA: SILVANETE Freitas, presidente eleita do RC de Curitiba-Bom Retiro, PR, nas presenças do marido, Joécio, do governador Paulo Zanardi e do presidente Cândido Dembiski.
D. 4760 AGRACIADOS: ALAÉRCIO Fonseca, do RC de Patos de Minas, Valdemar Cunha, do RC de Patos de Minas-Paranaíba, João Miranda, do RC de Patos de Minas, e Ezio Delor, do RC de Patos de MinasGuaratinga, MG, na presença do governador Adauto Mansur Arabe.
Faça sua doação à Fundação Rotária do Brasil 62
MARÇO DE 2007
○
○
vo de toda aquela euforia. – Acabamos de completar um quebra-cabeças de 100 peças, em menos de seis meses! – Mas tudo isto? – comentaram os amigos. – É, foi um recorde, claro, pois na caixa do jogo estava escrito, de 3 a 5 anos!
☺ A vendedora diz à cliente da loja: – Desculpe-me, senhora, mas seu dinheiro está um pouco úmido. – É que meu marido chorou quando me deu.
☺ Madre Teresa de Calcu-
☺ De início, Eva não queria co-
mer a maçã. – Coma! – ordenou a serpente – e você será como os anjos. – Não! – respondeu Eva. – Saberá tudo sobre a ciência do bem e do mal – insistiu a serpente. – Não! – Você será imortal. – Não. – Você será como Deus em todos os aspectos. – Não. A serpente estava desesperada e não sabia mais o que fazer para que Eva começasse a comer a maçã. Finalmente, teve uma idéia. Ofereceu-lhe mais uma vez a fruta e disse: – Coma! Juro que não engorda! E o resto todos conhecem.
☺ O caipira desce do ônibus na
rodoviária de São Paulo e começa a andar, deslumbrado com a cidade grande. Ao passar por uma lixeira, lê em uma placa: Colabore com a limpeza pública. Sem pensar, ele enfia a mão no bolso, saca uma nota de R$ 10,00 e enfia na lixeira. Colaborações do EGD Hertz Uderman.
☺ O psiquiatra incentiva o paciente: – Pode me contar desde o princípio... – Pois bem, doutor! No princípio, eu criei o Céu e a Terra...
☺ Psiquiatra X paciente:
– Sabe como diferenciar o psiquiatra do seu paciente?
– O psiquiatra é aquele que tem a chave do consultório.
☺ Professor:
– O que devo fazer para repartir 11 batatas por sete pessoas? Aluno: – Purê de batata, professor!
☺ O professor ao ensinar os verbos:
– Se és tu a cantar, dizes: “eu canto”. Ora bem, se é o teu irmão que canta, como é que dizes? – Cala a boca, desafinado. Colaborações do Companheiro Marcos Buim, do RC de São Caetano do Sul-Olímpico, SP(D.4420).
☺ Dois caipiras entraram no bar, muito alegres, e pediram a melhor pinga disponível. Os amigos perguntaram o moti-
tá chega ao Céu. – Tens fome? – pergunta Deus. Madre Teresa acena afirmativamente com a cabeça. Deus prepara para cada um um sanduíche de atum de conserva em pão de centeio. Entretanto, a virtuosa mulher olha lá para baixo e vê os glutões no Inferno a devorarem bifes, lagostas, doces e vinho. No dia seguinte, Deus convida-a para outra refeição. Uma vez mais, o pão de centeio seco com atum de lata... Uma vez mais, ela vê os do Inferno a regalarem-se numa verdadeira orgia gastronômica. No dia a seguir, ao ser aberta a terceira lata de atum, Madre Teresa pergunta humildemente: – Senhor, estou grata por me encontrar aqui Convosco como recompensa pela vida casta, regrada e devotada que levei. Mas não compreendo: só comemos pão com atum, enquanto do outro lado comem como reis. – Ó Teresinha, sejamos realistas – diz Deus com um suspiro – achas que vale a pena cozinhar só para duas pessoas? Colaborações do companheiro Eliseu Visconti Neto, do RC de Presidente Prudente-Leste, SP(D.4510).
☺ Durante a aula de matemática, a professora perguntou: – Maria, minha mão tem cinco dedos. Se eu arrancar um, o que acontece? – Ora, professora, a senhora fica aleijada. Extraída da internet. BRASIL ROTÁRIO
63
Cartas & Recados Carta recebida do governador 2007-08 do distrito 4740, Jefferson Bittencourt, sócio do RC de Mafra, SC, com o pedido para a publicação desta sua iniciativa:
CALENDÁRIO DO ano rotário
Tendo como objetivo angariar fun-
dos para a Conferência Distrital do 4740, o governador-eleito está oferecendo o calendário de mesa para o ano rotário de sua administração, impresso em papel reciclado (foto), pelo preço de R$ 5,00. Pedidos pelo e-mail: fifo.bitt@hotmail.com e pelos telefones: (47) 3642-3611 e (47) 8419-3914. (N.E. Ilustração retirada da edição da Brasil Rotário de Janeiro/2006)
Carta que o EDRI Alceu A.Vezozzo enviou ao presidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário, Roberto Petis Fernandes, encerrada com estas palavras: “Sempre e sempre o admirei, juntamente com toda sua excelente equipe da Brasil Rotário. Sua liderança tem culminado com o orgulho que hoje todos nós, rotarianos brasileiros, temos de possuir religiosamente, todos os meses, uma edição da Brasil Rotário. Sempre muito agradá64
MARÇO DE 2007
vel de ser lida e que cumpre sua primordial missão de ser um elo importante da comunicação rotária em nosso país.”
Neste mês dedicado pelo RI à alfabetização, alegra-nos registrar a chegada de CLE – Educação para todos, em tradução da profª Glória Maria Guiné de Mello, ela própria aluna dos autores e uma grande incentivadora, junto com o EGD Jório Coelho, do projeto Lighthouse em nosso país. Diz a profª Glória no prefácio da obra: “Procurei conservar as diferenças, o estilo mais enxuto e acadêmico de Saowalak Rattanavich e Richard Walker e os longos períodos e inúmeros parênteses de John Oller Jr, não só por uma questão de fidelidade aos textos, mas a um princípio que permeia a metodologia contida nesse livro: o respeito ao outro. (...) Essa tradução é mais uma etapa de nossa caminha-
da. Podemos, finalmente, entregar aos nossos colegas de profissão toda a riqueza da Abordagem Lingüística Concentrada (Concentratad Language Encounter), metodologia abraçada pelos autores desse livro”. Para informações sobre CLE – Educação para todos, escreva para jorio@rem.com.br
A revista rece-
beu correspondência do Clube Esperantista de Além Paraíba, assinada pelo presidente Élio Lopes de Oliveira, parabenizando a Brasil Rotário pela pu- Ludwig Lazaro blicação do ar- Zamenhof, inventor do t igo d o E GD Esperanto José Alves Fortes – Esperanto é um anseio de paz (edição de dezembro de 2006) – na qual destaca a importância da divulgação junto à comunidade rotária da língua neutra internacional Esperanto.
Saudades José Tanuri, sócio fundador do RC do Rio de Janeiro-Ramos, (D.4570).
Jader Charles Malafaia, sócio do RC Rio do Janeiro-Rio Comprido, (D.4570).
EGD Júrio Koguishi, sócio do RC de Assaí, PR (D.4710).
EGD Andral Nunes Tavares, sócio do RC de Campos-São Salvador, RJ (D.4750).