Brasil Rotário - Março de 2009

BR ASIL R O T Á R I O

Março 2009

ANO 84

Este é o valor da nova parceria entre Bill Gates e o Rotary na luta contra a pólio

Nº1041

Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.

Sumário 05 Mensagem do Presidente Dong Kurn Lee

10 COLUNA DO DIRETOR DO RI Março, mês da alfabetização Themístocles A. C. Pinho

De 1986 a 1995 o Rotary ajudou oficialmente o governo brasileiro a livrar o país da pólio

12 Grande escocês Vince Aversano

17 A força da testosterona Eduardo Vasco

Pág.

30

18 Quando o meu Brasil estará repleto de Elisabetes Francisco Schlabitz

Rotary: força-tarefa contra o analfabetismo, que em alguns estados brasileiros atinge mais de 20% da população

22 “Minha cidade já tem Rotary” Waldenir de Bragança

24 As novas ideias de um acordo Luiz Renato Dantas Coutinho

Pág.

28 COLUNA DA ABTRF Rotarianos trabalham pela compreensão mundial

18

Sérgio Afonso

José Alfredo Pretoni

30 Reportagem especial sobre a pólio 36 A urgência de um assunto 38 COLUNA DOS COORDENADORES REGIONAIS DA FR Plano de Visão Futura da Fundação Rotária: fase experimental Aldair de Queiroz Franco e Altimar Augusto Fernandes

39 COLUNA DO CHAIR DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA Alfabetização: a chave para o sucesso

O escritor Antonio Olinto explica por que o novo acordo ortográfico é importante para a sobrevivência da nossa língua

Pág.

24

Jonathan Majiyagbe

SEÇÕES 04 06 08 16 40 41 42

Cartas & Recados Curtas Brasil Curtas Mundo Rotarianos que são notícia Os 50 mais Interact e Rotaract Cultura

44 Autores rotarianos G Saudades 46 Distritos em revista 56 Senhoras em ação 57 Novos Companheiros Paul Harris 63 Aconteceu na Brasil Rotário...

64 Relax

Capa: Bill Gates anunciando a nova doação ao Rotary durante a Assembleia Internacional de San Diego. Foto: The Rotarian

ROTARY INTERNATIONAL ONE ROTARY CENTER

CONSELHO DIRETOR 2008-09

1560 SHERMAN AVENUE

EVANSTON, ILLINOIS, USA

GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL EM 2008-09 DISTRITO 4310 Paulo Firmino de Oliveira Rotary Club de Botucatu, SP

DISTRITO 4600 Antonio Sergio Ferri da Silva Rotary Club de Santa Branca, SP

PRESIDENTE-ELEITO John Kenny

DISTRITO 4390 Geraldo Pimentel de Lima Rotary Club de Maceió-Leste, AL

DISTRITO 4610 Amilton Medeiros Silva Rotary Club de São Paulo-Lapa, SP

VICE-PRESIDENTE Monty J. Audenart

DISTRITO 4410 Celso Gonçalves Alves Rotary Club de Cachoeiro de Itapemirim, ES

DISTRITO 4620 Valdimir Forti Rotary Club de São Roque, SP

TESOUREIRO Bernard L. Rosen

DISTRITO 4420 Sérgio Lazzarini Rotary Club de Santo André, SP

DISTRITO 4630 Nivaldo Barbosa de Lima Rotary Club de Maringá-Horto, PR

DIRETORES Themístocles A. C. Pinho Ashok M. Mahajan Catherine Noyer-Riveau Eric E.L. Adamson Jackson San-Lien Hsieh John M. Lawrence José A. Sepúlveda Kauhiko Ozawa Lars-Olof Frederiksson Michael Colasurdo Sr. Michael J. Johns Paul A. Netzel Philip J. Silvers R. Gordon R. McInally Thomas A. Branum Sr.

DISTRITO 4430 João Freire d’Avila Neto Rotary Club de São Paulo-Alto da Mooca, SP

DISTRITO 4640 Stael Terezinha Sdroiewski Uba Rotary Club de Toledo-Integração, PR

DISTRITO 4440 Domingos Aparecido Marques Rotary Club de Mirassol D’Oeste, MT

DISTRITO 4650 Valdir Celso Fiedler Rotary Club de Penha, SC

DISTRITO 4470 Manoel Carlos Menezes Zaffalon Rotary Club de Araçatuba-Leste, SP

DISTRITO 4651 Miriam Marta Wojcikiewicz Caldas Rotary Club de Florianópolis-Leste, SC

DISTRITO 4480 Jair Pinto da Silva Rotary Club de São José do Rio Preto-Alvorada, SP

DISTRITO 4660 Mario César Portinho Vianna Rotary Club de Tupanciretã, RS

DISTRITO 4490 Eulália das Neves Ferreira Rotary Club de São Luís-João Paulo, MA

DISTRITO 4670 Eliseu Gonçalves da Silva Rotary Club de Cachoeirinha, RS

SECRETÁRIO-GERAL Edwin H. Futa

DISTRITO 4500 Eduardo Jorge Marinho de Queiroz Rotary Club de Recife-Brum, PE

DISTRITO 4680 Tirone Lemos Michelin Rotary Club de Porto Alegre-Beira Rio, RS

DISTRITO 4510 Régis Jorge Rotary Club de Presidente Venceslau, SP

DISTRITO 4700 Jaime Antonio Camassola Rotary Club de São Marcos, RS

DISTRITO 4520 Eduardo Luis de Souza Rotary Club de Acesita, MG

DISTRITO 4710 Pilar Álvares Gonzaga Rotary Club de Londrina, PR

DISTRITO 4530 Ronaldo Campos Carneiro Rotary Club de Brasília-Sudoeste, DF

DISTRITO 4720 João Petrolitano Gonçalves Rotary Club de Rio Branco, AC

DISTRITO 4540 Antônio Carlos Marchiori Rotary Club de Jaboticabal, SP

DISTRITO 4730 Evaldo Artur Hasselmann Rotary Club de Ponta Grossa-Sul, PR

DISTRITO 4550 Paulo Roberto Dacach Rotary Club da Bahia, BA

DISTRITO 4740 Ulmerindo Fernandes de Rotary Club de Curitibanos, SC

PRESIDENTE Dong Kurn Lee

CURADORES DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA 2008-09 CHAIR Jonathan B. Majiyagbe CHAIR-ELEITO Glenn E. Estess Sr. VICE-CHAIR Ron D. Burton CURADORES Carl-Wilhelm Stenhammar Carolyn E. Jones David D. Morgan Doh Bae John F. Germ José Antonio Salazar Cruz K. R. Ravindran Louis Piconi Peter Bundgaard Sakuji Tanaka Samuel A. Okudzeto William B. Boyd SECRETÁRIO-GERAL Edwin H. Futa

Leite

Vieira

de

Assis

Oliveira

DISTRITO 4560 Murillo Affonso Ferreira Rotary Club de Bom Sucesso, MG

DISTRITO 4750 Marcio Pereira Ribeiro Rotary Club de Niterói-Norte, RJ

DISTRITO 4570 José Roberto Lebeis Pires Rotary Club de Campo Grande, RJ

DISTRITO 4760 Javert Vivian Silva Rotary Club de Contagem-Cidade Industrial, MG

DISTRITO 4580 Juan Alejandro Tumba-Noe Rotary Club de Ponte Nova-Piranga, MG

DISTRITO 4770 Antonio José Oliveira Rotary Club de Uberaba-Norte, MG

DISTRITO 4590 Jesus Aldo Bellão Rotary Club de Santa Cruz das Palmeiras, SP

DISTRITO 4780 Dóris Sá de Moraes Vaz Rotary Club de Bagé-Pampa, RS

ÉTICA. Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais elevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil 2 MARÇO

DE

2009

Leia

Ano 84 Março, 2009 nº1041 Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário CNPJ 33.266.784/0001-53 I Inscrição Municipal 00.883.425 Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria Rio de Janeiro – RJ I Tel: (21) 2506-5600 / FAX: (21) 2506-5601 Site: www.brasil-rotario.com.br ■ E-mail: revista@brasil-rotario.com.br

CONSELHO SUPERIOR (Colégio de Diretores do RI – Zonas 19 A e 20 ) Mário de Oliveira Antonino (Recife-PE) EDRI 1985-87 Gerson Gonçalves (Londrina-PR) EDRI 1993-95 José Alfredo Pretoni (São Paulo-SP) EDRI 1995-97

Hipólito Sérgio Ferreira (Belo Horizonte-MG) EDRI 1999-01 Alceu Antimo Vezozzo (Curitiba-PR) EDRI 2001-03 Luiz Coelho de Oliveira (Limeira-SP) EDRI 2003-05

Themístocles A.C. Pinho (Niterói-RJ) DRI 2007-09 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2007-09 Diretoria Executiva Presidente Carlos Henrique de Carvalho Fróes Vice-Presidente de Operações Edson Avellar da Silva Vice-Presidente de Administração Waldenir de Bragança Vice-Presidente de Finanças Wilmar Garcia Barbosa Vice-Presidente de Planejamento/Controle Joper Padrão do Espírito Santo Vice-Presidente de Marketing José Alves Fortes Vice-Presidente de Relações Institucionais Carlos Jerônimo da Silva Gueiros Vice-Presidente Jurídico Jorge Bragança MEMBROS EFETIVOS Antonio Hallage Condorcet Pereira de Rezende Eduardo Álvares de Souza Soares Fernando Antonio Quintella Ribeiro Hertz Uderman José Roberto Lebeis Pires José Ubiracy Silva MEMBROS SUPLENTES Antônio Vilardo Bemvindo Augusto Dias Dulce Grünewald Lopes de Oliveira GERENTE EXECUTIVO Gilberto Geisselmann ASSESSORES Alberto de Freitas B. Bittencourt Antônio Lomanto Júnior Ary Pinto Dâmaso (Publicidade) Eduardo de Barros Pimentel Everton Jorge da Luz Fernando Teixeira Reis de Souza Flávio Antônio Queiroga Mendlovitz Gedson Junqueira Bersanete Ivo Arzua Pereira

José Augusto Bezerra José Maria de Souza Taketoshi Higuchi Vicente Herculano da Silva CONSELHO FISCAL Membros Efetivos Antonio Celso de Castro Gonçalves (D.4580) Fúlvio Abrami Stagi (D.4600) Justiniano Conhasca (D.4750) Suplentes Cleofas Paes de Santiago (D.4570) Fausto de Oliveira Campos (D.4570) Nilson Moura (D.4570) CONSELHO CONSULTIVO DE GOVERNADORES Membros natos efetivos Governadores 2008-09 Representante: José Roberto Lebeis Pires (D.4570) Suplentes Governadores eleitos 2009-10 COMISSÃO EDITORIAL EXECUTIVA Presidente: Carlos Henrique de Carvalho Fróes Membros: Edson Avellar da Silva Joper Padrão do Espírito Santo José Alves Fortes Luiz Renato Dantas Coutinho Nuno Virgílio Neto Secretário: Gilberto Geisselmann CONSELHO EDITORIAL C O N S U LT I V O Presidente: Carlos Henrique de Carvalho Fróes Membros: Edson Avellar da Silva Fernando Antonio Quintella Ribeiro Joper Padrão do Espírito Santo José Alves Fortes José Ubiracy Silva Mário César Camargo Secretário: Gilberto Geisselmann

EXPEDIENTE EDITOR: Carlos Henrique de Carvalho Fróes JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiz Renato D. Coutinho – Jorn. Prof. JP25583RJ REDATOR-CHEFE: Nuno Virgílio Neto REDAÇÃO: Alex Mendes, Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, Maria Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré.

DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira IMPRESSÃO: Log & Print Gráfica e Logística S/A ENDEREÇO: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro – RJ CEP 20040-006 – Tel.: (21) 2506-5600 E-MAIL DA REDAÇÃO: redacao@brasil-rotario.com.br HOMEPAGE: www.brasil-rotario.com.br *As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

A

reportagem de capa desta edição teve como ponto de partida uma cifra histórica: US$ 555 milhões, novo valor total da parceria estabelecida entre o Rotary e a Fundação Bill & Melinda Gates visando a erradicação mundial da pólio. Na reportagem especial que começa na página 30, vamos contar como essa novidade foi anunciada aos governadores entrantes durante a Assembleia Internacional de San Diego, nos EUA. Nossa reportagem segue pela Índia, país onde Bill Gates esteve no final de 2008 para conhecer pessoalmente os trabalhos de imunização. A última escala dessa viagem é o Brasil, país que venceu a pólio no final do século 20 com a ajuda dos rotarianos. Conheça os principais capítulos dessa história e alguns de seus heróis, como o presidente 198485 do Rotary International, Carlos Canseco, que nos deixou recentemente.

Esta edição traz também duas entrevistas. Na primeira delas, o próximo presidente do RI, o escocês John Kenny, fala de seus planos e expectativas para o ano rotário 2009-10. Na outra, o escritor Antonio Olinto, que é rotariano honorário e membro da Academia Brasileira de Letras, conta ao jornalista Luiz Renato Dantas Coutinho como a reforma ortográfica que entrou em vigor no dia 1o de janeiro é indispensável para unificar a língua portuguesa e aproximar os países que falam o idioma.

Março é o mês que o Rotary dedica à alfabetização. Por isso, estamos publicando um artigo em que o ex-governador do distrito 4530 Francisco Schlabitz, coordenador do Grupo de Recursos de Alfabetização da Zona 20, analisa o analfabetismo no Brasil e mostra como os Rotary Clubs podem ajudar a resolver esse problema.

Num outro artigo, o ex-governador do distrito 4750 Waldenir de Bragança, presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Municípios, sugere aos prefeitos recém-empossados dos municípios brasileiros onde ainda não há Rotary Clubs que ajudem suas cidades a fazer parte da grande rede mundial do Rotary.

Por fim, destacamos duas estreias: a coluna Cultura, assinada pela jornalista Renata Coré, e a seção Aconteceu na Brasil Rotário..., um mergulho nas edições antigas do vasto acervo de 84 anos da revista. Esperamos que vocês gostem.

B RASIL R OTÁRIO 3

COOPERATIVA EDITORA BRASIL ROTÁRIO LIMITADA AO. 001/2009

CNPJ 33.266.784/0001-53

EDIT AL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DE ASSOCIADOS EDITAL

O

Presidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário Limitada, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 20 do Estatuto Social, convoca os associados para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada na quarta-feira, dia 25 de março de 2009, às 14 horas, em sua sede social, na Avenida Rio Branco, nº 125/18º andar, em 1ª (primeira) convocação, com a presença de 2/3 (dois terços) do número de associados; em 2ª (segunda) convocação, às 15 horas, com a presença de metade mais um (1) dos associados; ou, ainda, em 3ª (terceira) e última convocação, às 16 horas, com a presença de, no mínimo,

10 (dez) associados, para apreciar e deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia: I. Prestação de contas do exercício social anterior, compreendendo: a. Relatório da gestão; Balanço do período encerrado em 31/12/2008 com Parecer dos Auditores Externos; Demonstrativo da conta de sobras e perdas; e Parecer do Conselho Fiscal. b. Destinação das sobras e perdas. c. Plano estratégico de trabalho e orçamento formulado pela Diretoria Executiva para o ano entrante.

II. Eleição do Conselho de Administração e de seu Presidente para o biênio 2009-2011, obedecido o

§ 4º do artigo 33 do Estatuto.

III. Eleição do Conselho Fiscal para o período de março de 2009 a março de 2010, obedecido o § 5º do referido artigo.

IV. Assuntos gerais.

Nota: Para efeitos legais e estatutários, declara-se que o número de associados da Cooperativa, nesta data, é de 1.196 (hum mil, cento e noventa e seis).

Rio de Janeiro, 02/03/2009.

Carlos Henrique de C. Fróes Presidente

Cartas & Recados E-mail enviado pelo ex-presidente do Rotary International Luis Vicente Giay ao presidente do Conselho Diretor da Cooperativa Editora Brasil Rotário e editor da revista, Carlos Henrique de Carvalho Fróes: Muy querido Fróes, Espero que al recibir la presente te encuentres disfrutando muy bien del verano y próximo a los carnavales que son siempre una atracción mayor. Mis felicitaciones por la magnifica website que tiene ahora Brasil Rotário y la calidad de la revista que día a día se supera muy bien. Estuve viajando por la web y la encuentro muy útil y a la vez muy bien utilizando los links posibles.

Felicitaciones.

Escribí algo sobre Carlos Canseco que me permito hacertelo llegar.

Era un gran amigo de todos los latinos a quienes nos quería y sostenía con gran lealtad. Si te sirve bien y sino guardalo en el rincón de los recuerdos a los buenos amigos.

Celia se une a mi para enviarte un afectuoso saludo y gran abrazo.

Correspondência recebida pelo vicepresidente de operações da Cooperativa Editora Brasil Rotário, Edson Avellar da Silva: Prezado Edson, Peço-lhe para estender a todos aqueles que integram a nossa revista Brasil Rotário, bem como à dileta com-

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DE

2009

panheira Carmelinda, presidente do RC do Rio de Janeiro-Saúde, o meu mais profundo pesar pelo falecimento prematuro do querido companheiro José Maria Meneses dos Santos. Pela sua simplicidade, pela sua determinação, pela sua bondade, graças ao seu caráter, logo se tornou admirado por todos e indispensável ao meio rotário. Por isso pedimos a Deus que o acolha no rotarismo celestial e que os que estão na terra possam se beneficiar do seu digno e abençoado exemplo.

Mário de Oliveira Antonino, ex-diretor do RI. Venho agradecer e parabenizar a Brasil Rotário pela belíssima matéria da jornalista Renata Coré sobre o nosso museu (edição nº 1.039). Sem dúvida, uma das melhores das centenas já produzidas sobre o Museu das Reduções. Impressionante, também, a repercussão da nossa Brasil Rotário, que já ensejou diversas manifestações de companheiros de todo o Brasil, inclusive com agendamentos de visitas. O meu muito obrigado pela atenção que nos dispensaram.

Carlos Alberto Xavier de Vilhena, presidente do Museu das Reduções e presidente do RC de Ouro Preto, MG (D.4580).

Excelente matéria de capa feita pelo jornalista Luiz Renato (edição nº 1.039). Pensando nos rumos da economia em 2009, me permitam: chamem o economista Alan Greenspan. Quem leu o seu livro “A Era da Turbulência”? Será que este autor previu esta crise por ter ficado 19 anos no Federal Reserve dos EUA? Pois bem, companheiros, estamos entrando em uma nova era, a era da informação globalizada full time. Não devemos mais pensar, devemos agir, e rápido. Devemos ter uma comunicação organizacional. Não temos mais o direito de ser pessimistas ou otimistas, devemos ser, sim, realistas. Dessa forma, tornaremos realmente o mundo mais ético.

Nelson Costa, associado do RC de Taguatinga-Leste, DF (D.4530).

ERRATA: Diferente do que foi publicado na página 52 da edição de dezembro, o clube a que se refere a nota sobre o intercambiado Rodrigo Antonioli é o RC de Itajaí-Porta do Vale, SC, cujo distrito é o 4651.

C AROS

Mensagem do Presidente

NA REDE

Leia os pronunciamentos e as notícias do presidente do RI D. K. Lee acessando o site <www.rotary.org/jump/lee>

COMPANHEIROS ,

a Assembleia Internacional, realizada no mês de janeiro nos EUA, tivemos o privilégio de receber um convidado especial: Bill Gates, que falou aos dirigentes rotários entrantes sobre o envolvimento da Fundação Bill & Melinda Gates com o programa Polio Plus. Assim que o fundador da Microsoft começou seu pronunciamento, o auditório encheu-se de aplausos, graças ao anúncio de que o Desafio de US$ 100 Milhões do Rotary havia se transformado num desafio de US$ 200 milhões. A Fundação Gates anunciou que se compromete a destinar mais US$ 255 milhões para o combate à poliomielite, além dos US$ 100 milhões doados no final de 2007; e o Rotary concorda em elevar sua contrapartida, inicialmente de US$ 100 milhões, para outros US$ 100 milhões até 30 de junho de 2012.

Isto representa um tremendo voto de confiança no nosso trabalho, e as suas implicações são espetaculares. Quando a nossa contrapartida tiver sido atingida, o Rotary e a Fundação Gates terão investido US$ 555 milhões no programa de erradicação mundial da pólio – e justamente no momento em que isso é mais necessário.

Atualmente, a poliomielite é endêmica em somente quatro países, mas isso representa, na prática, o maior desafio à campanha de erradicação. Estamos bem perto de finalmente ganhar essa corrida, mas o obstáculo final é o maior de todos os que foram superados até aqui, e exigirá o esforço de todos nós.

Estes recursos do Rotary e da Fundação Gates serão empregados em apoio operacional, supervisão e mobilização social – três aspectos vitais para o sucesso da campanha. Para livrarmos o mundo da pólio, temos que estar atentos para o surgimento de novos casos e precisamos coordenar dias de imunização bem planejados e executados, combinando nossos esforços para alcançarmos esse objetivo com eficiência e efetividade máximas. Graças a esse subsídiodesafio lançado em parceria com a Fundação Gates, tem sido possível recrutar pessoas para anunciar as campanhas de vacinação nas cidades onde estão sendo realizadas as ações de imunização, assim como a compra de megafones, o transporte de amostras de laboratório e de vacinas, e o mapeamento das aldeias. Tudo para termos a certeza de que nenhuma criança ficará de fora desta campanha.

Já estamos na metade do caminho de arrecadar os nossos US$ 100 milhões iniciais. Nos próximos três anos, precisaremos, e levantaremos, um total de US$ 200 milhões. Pedimos a todos os clubes que, nos próximos três anos, organizem pelo menos um evento anual voltado à arrecadação de fundos para a erradicação da pólio. E solicitamos, em especial, que este esforço seja redobrado no caso dos novos clubes e dos novos associados.

Estamos muito perto de erradicar mundialmente a poliomielite. Este sonho do Rotary logo se tornará uma realidade. Cabe a todos nós participar deste esforço que vai entrar para a história de nossa organização.

N

DONG KURN (D. K.) LEE Presidente do Rotary International B RASIL R OTÁRIO 5

Curtas

Brasil

Inscrições para as

Bolsas Rotary pela Paz A

Fundação Rotária aceitará até o dia 1º de julho as inscrições de bolsistas para a Bolsa Rotary pela Paz Mundial 2010-12.

Todos os distritos podem participar enviando o seu candidato para concorrer a uma das 110 bolsas, divididas em 60 para mestrado e 50 para cursos de aperfeiçoamento profissional. O distrito não precisa destinar fundos do Fundo Distrital de Utilização Controlada (FDUC) para patrocinar o bolsista.

Os Bolsistas Rotary pela Paz Mundial são líderes que promovem a paz, a cooperação naci-

Portal

redesenhado O site do Rotary International Brazil Office – a sucursal, no Brasil, do RI – está remodelado. A finalidade da mudança é tornar o seu acesso mais fácil e aumentar o nível de segurança das informações por ali transmitidas.

Conheça o novo site acessando <www.rotary.org.br>. Comentários e sugestões podem ser enviados para celso.fontanelli@rotary.org.

6 MARÇO

DE

2009

onal e internacional, e a resolução de conflitos em sua vida, carreira pessoal e em atividades de prestação de serviços. Eles podem fazer mestrado em relações internacionais, administração pública, estudos da paz e resolução de conflitos e desenvolvimento autossustentável. Os participantes ainda podem fazer a opção por aperfeiçoamento profissional em paz e resolução de conflitos.

Entre no site do RI <www.rotary.org> para saber mais informações e baixar o formulário de inscrição.

Conferências

Distritais

2008-09

Como o próprio nome sugere, elas são o evento mais importante no âmbito dos distritos do Rotary. Realizadas a cada ano rotário, estas conferências distritais têm a função de fomentar os programas institucionais por meio de companheirismo, palestras motivadoras e debates.

Acrescente-se que elas podem votar matérias a serem encaminhadas ao departamento legal do Rotary em Evanston, sede mundial da organização. Ao lado, em primeira mão, o calendário distrital completo do atual período rotário.

Distrito

Datas

Local

4310 4390 4410 4420 4430 4440 4470 4480 4490 4500 4510 4520 4530 4540 4550 4560 4570 4580 4590 4600 4610 4620 4630 4640 4650 4651 4660 4670 4680 4700 4710 4720 4730 4740 4750 4760 4770 4780

28 a 31 de maio 30 de abril a 02 de maio 15 a 17 de maio 28 a 31 de maio 05 a 09 de junho 28 a 30 de maio 05 a 07 de junho 15 a 17 de maio 28 a 30 de maio 22 a 24 de maio 14 a 17 de maio 18 a 21 de abril 30 de abril a 02 de maio 04 a 07 de junho 18 a 21 de abril 22 a 24 de maio 21 a 24 de maio 02 e 03 de maio 21 a 24 de maio 29 a 31 de maio 24 a 26 de abril 21 a 24 de maio 29 a 31 de maio 29 a 31 de maio 15 a 17 de maio 24 e 25 de abril 22 a 24 de maio 30 de abril a 03 de maio 29 a 31 de maio 15 a 17 de maio 24 a 26 de abril 30 de abril a 03 de maio 15 e 16 de maio 03 a 05 de maio 14 a 16 de maio 30 de abril a 03 de maio 14 a 16 de maio 29 a 31 de maio

Águas de São Pedro Maceió Domingos Martins Águas de Lindóia Campinas Cuiabá Araçatuba São José do Rio Preto São Luis João Pessoa Águas de São Pedro Poços de Caldas Pirenópolis Poços de Caldas Itapuã São Lourenço Poços de Caldas Ouro Preto Águas de Lindóia Caraguatatuba Atibaia Avaré Maringá Toledo Jaraguá do Sul São José Ijuí Tramandaí Porto Alegre São Marcos Londrina Rio Branco Ponta Grossa Lages Niterói Caxambu Caldas Novas Bagé

* Agradecimento ao companheiro Otoniel Santos Neto, do RC de Curitiba-Portão, PR (D.4730).

B RASIL R OTÁRIO 7

Mundo

Curtas

O lema de Kenny D

urante a Assembleia Internacional, realizada na cidade de San Diego, nos EUA, no mês de janeiro, o presidente-eleito do Rotary International, o escocês John Kenny, discursou para os governadores entrantes e demais autoridades rotárias que o ajudarão a conduzir nossa organização durante o ano rotário 2009-10. Na oportunidade, ele apresentou seu lema presidencial, O Futuro do Rotary está em Suas Mãos, inspirado, segundo ele, pela necessidade de devolver o Rotary aos rotarianos através do estímulo à realização de serviços voluntários. “É o serviço prestado individualmente pelos rotarianos que garantirá o progresso do Rotary neste século 21 e nos próximos”, diz o próximo presidente do RI, entre outras revelações sobre seus planos para 2009-10, na entrevista que estamos publicando nesta edição a partir da página 12.

Birmingham ainda com desconto

Acesse o site <www.rotary.org/ pt/Members/ Events/Convention> e faça logo sua inscrição para a 100 a convenção anual do Rotary International, que será realizada na cidade de Birmingham, na Inglaterra, entre os dias 21 e 24 de junho. Os inscritos até o dia 31/03 ganham um desconto. Principal evento do calendário internacional do Rotary, a convenção tem o objetivo de inspirar e manter informados todos os associados para que eles se dediquem ainda mais pelo progresso dos Rotary Clubs e dos distritos. A convenção internacional também é o encontro mundial da família rotária, oportunidade em que rotarianos de diversos países e culturas experimentam um companheirismo sem fronteiras.

8 MARÇO

DE

2009

Encontre seus parceiros O ProjectLINK é um banco de dados online do Rotary International que lista projetos rotários de clubes e distritos que necessitam de financiamento, voluntários, mercadorias ou da parceria em projetos de Subsídio Equivalente da Fundação Rotária. O banco também disponibiliza uma relação de projetos em andamento ou que já foram concluídos para servirem de exemplo. A busca pode ser especificada por critérios como país, tipo de projeto ou por palavras-chave. O conteúdo do banco de dados é atualizado mensalmente. Acesse o site <www.rotary.org> ou o link <www.rotary.org/RIdocuments/ pt_doc/projectlink_form_pt.doc> e saiba mais sobre essa nova ferramenta online.

Mark Pearson/The Rotarian

ShelterBox pede ajuda A

BARRACAS ERGUIDAS no Nepal depois de uma enchente no ano passado

$$ Q

crise financeira que vem preocupando o mundo também afetou o programa ShelterBox, que presta socorro a milhares de vítimas de catástrofes naturais e guerras em diversos países. Fundado pelo rotariano Tom Henderson, associado do Rotary Club de Helston-Lizard, na Inglaterra, este programa lançou no começo do ano um apelo por doações para que o projeto continue.

Recentemente, a ShelterBox socorreu vítimas de um terremoto no Paquistão, além de ter atuado na República Democrática do Congo, em Honduras e na Suazilândia. Estas ações levaram a capacidade de operações do programa ao limite, afirmam os representantes da organização. “Tratase de uma situação de vida ou morte. Famílias que perderam seus lares precisam desesperadamente de ajuda”, conta Sally Grint, gerente de comunicações e de arrecadação de recursos da organização. As doações podem ser feitas através do site <www.shelterbox.org>

Dúvidas sobre as finanças do RI?

uer saber como o Rotary International emprega seus recursos? Como a Fundação Rotária está investindo suas contribuições? Ou se o presidente do RI recebe alguma remuneração? A seção financeira do site do RI fornece informações sobre receitas e despesas, a filosofia de investimento do Rotary International, retorno sobre os investimentos, objetivo das reservas operacionais e respostas a outras perguntas frequentes. Além disso, você poderá encontrar os relatórios anuais, os relatórios financeiros auditados, e os arquivos regulares do RI e da Fundação Rotária de 2007-08 ou de anos anteriores. “Neste clima de tumulto econômico, acreditamos que a plena transparência é de especial importância para os nossos associados”, esclarece o tesoureiro do RI, Bernard Rosen. Frank Goldberg e Carl-Wilhelm Stenhammar, presidentes das Comissões de Finanças do RI e da Fundação Rotária, respectivamente, concordam com esse pensamento e observam que nos últimos meses o secretário-geral de nossa organização, Ed Futa, publicou atualizações da situação financeira do RI. Saiba mais acessando <www.rotary.org/financials>

BR

B RASIL R OTÁRIO 9

Coluna do Diretor do RRotary otary International Themístocles A. C. Pinho

Março, mês da alfabetização

N

este mês de março, o Rotary nos pede uma atenção especial para a alfabetização. Com efeito, um dos problemas mais cruciais que a sociedade enfrenta é o fato de que muita gente não sabe ler nem escrever, ou apenas consegue “rabiscar” o próprio nome.

São pessoas literalmente excluídas da vida política e social de seus países, a par da perda de oportunidades de trabalho, já que seus horizontes são sensivelmente restringidos.

Neste aspecto, é importante destacar que, se outrora o problema do analfabetismo se limitava ao conhecimento pessoal, relacionado a uma melhor qualidade de vida, na atualidade o problema é ainda mais amplo e perverso, pois muitas pessoas, teoricamente alfabetizadas, não são capazes de entender um manual de instruções que ensine, por exemplo, como funciona uma máquina.

E o que é pior: pessoas até com um nível de escolaridade mais elevado são excluídas do mercado de trabalho por falta de conhecimentos, reduzindo, sensivelmente, seu horizonte de emprego, pois normalmente toda atividade laboral e produtiva de melhor nível salarial depende da interpretação correta de textos técnicos sobre o funcionamento de equipamentos e de regras básicas de produção. Enfim: já não basta apenas saber escrever o nome ou ler algumas palavras; hoje o mundo, por sua competitividade, exige muito mais.

1 0 MARÇO

DE

2009

Sobre este assunto, li um interessante artigo na “Revista Exame”, entitulado “A nova face do operário” (edição de 14/02/2007), em que a jornalista Suzana Naiditch, dentre vários comentários sobre o tema, destacava: “A Natura acaba de eliminar 1.500 candidatos com ensino médio completo num processo de seleção – os testes mostraram que são analfabetos funcionais.

Ou seja, sabem ler, mas não entendem o que leem.”

EXPERIÊNCIAS DE SUCESSO Ao nos recomendar atenção para a alfabetização, o Rotary tem uma visão de futuro do benefício que as

O problema do analfabetismo é ainda mais amplo e perverso hoje em dia, pois muitas pessoas, teoricamente alfabetizadas, não são capazes de entender um manual de instruções ações desenvolvidas neste campo podem proporcionar. A linguagem é um fenômeno social intrinsecamente ligado ao ser humano. Saber ler e escrever equivale à faculdade de aproveitar e participar, verdadeiramente, da vida, das maiores realiza-

ções da humanidade. Através do conhecimento, especialmente através da literatura, vivemos quantas vidas quisermos, pois à medida que nos identificamos com os personagens da história, o autor nos põe em contato com experiências diversas. Se não sabemos ler, como vamos viver tal experiência?

Dentre as muitas atividades que exerci ao longo de minha vida rotária, tive a oportunidade de vivenciar uma experiência exemplar ao coordenar em nosso país a Força-tarefa de Alfabetização, juntamente com a companheira Sílvia Maria de Campos, ex-governadora do distrito 4730, quando tive um contato mais direto nesse campo, e não somente com as iniciativas do Rotary, mas também do Estado. Sem sombra de dúvidas, este foi um dos momentos mais gratificantes do meu trabalho no Rotary, pois pude sentir mais de perto a potencialidade das iniciativas desenvolvidas pelos rotarianos, como por exemplo o Projeto CLE (conhecido no Brasil como Lighthouse), patrocinado pela nossa Fundação Rotária a partir de experiências de sucesso levadas a efeito por companheiros australianos. O Lighthouse ganhou destaque em nosso país através de um Projeto 3-H realizado em Minas Gerais – mais especificamente, na cidade de Contagem – e que vem se expandindo por todos os distritos brasileiros, graças ao entusiasmo dos rotarianos e a sua indiscutível praticidade.

Na área pública, nossa experi-

ROTARY IMAGES/ALYCE HENSON

MENINAS DA cidade de Contagem, em Minas Gerais, sendo alfabetizadas através do método CLE: um futuro de novas oportunidades

ência também foi gratificante, recebendo a colaboração (e mais que isto: a confiança) das autoridades públicas federais, através do Ministério da Educação, que reconhecendo o trabalho do Rotary, mediante um protocolo firmado, deram à nossa organização o status de colaboradora e participante do Projeto Brasil Alfabetizado, permitindo que alavancássemos um trabalho direto com vários municípios brasileiros em parceria com os Rotary Clubs locais. Esta foi, certamente, uma experiência notável, e que revela uma das várias facetas e possibilidades de atuação dos rotarianos no campo da alfabetização.

VERDADEIRA INTEGRAÇÃO Realizemos os Sonhos, o lema deste ano rotário adotado pelo presidente D. K. Lee, traz em seu conteúdo uma ênfase especial na assistência ao menor carente. Ele engloba, prioritariamente, a alfabetização, pedindo que executemos ações concretas para minimizar o problema do analfabetismo.

O Rotary tem uma tradição de mais de 100 anos na busca das igualdades sociais. Seria impossível catalogarmos todas as ações convergentes que demonstram o quanto os rotarianos e rotarianas já fizeram

nesse sentido, entre pequenos e grandes projetos e programas.

As nações podem contar com o Rotary para ajudar na resolução de muitos problemas sociais, inclusive e particularmente o analfabetismo, sem receio de interferência em suas soberanias. Não nos imiscuímos em suas políticas nem discutimos princípios ideológicos. O que verdadeiramente pretendemos é Servir.

O lema Realizemos os Sonhos engloba, prioritariamente, a alfabetização, pedindo que executemos ações concretas Eu os exorto a considerar seriamente essas responsabilidades diante de nossas comunidades. Porque o Rotary é um bem. Porque o Rotary faz o bem. Por isso é essencial que, em qualquer comunidade, a ação benfazeja do Rotary seja sentida, não como uma ação de compaixão, mas como uma ação em prol do bem-estar de todos, na busca constante da paz e da compreensão mundiais.

Desta forma, neste mês de março eu convoco toda a Família Ro-

tária para que, de forma mais efetiva e direta, se envolva e se preocupe com a alfabetização em seu sentido mais amplo, não apenas atendendo ao analfabeto, na expressão literal da palavra, mas também tendo em mente que o mundo de hoje pede e exige maiores conhecimentos e melhores qualificações, especialmente no campo da educação, sendo o alargamento do conhecimento a única forma que permitirá uma verdadeira integração de todos em um mundo melhor.

Companheiros e companheiras: por ocasião da Assembleia Internacional deste ano, o ex-presidente do Rotary International Rajendra Saboo, em um pronunciamento, lembrou aos que lá estavam que “os frutos não caem muito longe da árvore que os produziu”, e é exatamente esta a ideia que eu gostaria de transmitir. Enquanto não dispensarmos a cada comunidade e a cada família uma atenção especial em relação à educação, atingindo todas as camadas sociais, nas mais diversas faixas etárias, esses “frutos” ficarão circunscritos a poucos, e limitados no espaço.

Assim, estimulo todos para que nos dediquemos, especialmente em março, e certamente ao longo do ano inteiro, a este trabalho, pois só dessa forma teremos condições de ver ampliadas as fronteiras do saber, em prol da plena e da consciente cidadania, nos moldes que a nossa organização centenária de prestação de serviços voluntários preconiza, permitindo assim que atinjamos os nossos objetivos. BR B RASIL R OTÁRIO 1 1

Entrevista

Grande escocês A

John Kenny quer devolver o Rotary aos rotarianos partir de julho, John Kenny será o primeiro presidente escocês do Rotary International. Associado do Rotary Club de Grangemouth desde 1970, no ano rotário 1992-93 ele foi presidente do Rotary International na GrãBretanha e na Irlanda (Ribi).

Além disso, Kenny já serviu à nossa organização em diversas ocasiões, atuando como diretor, curador da Fundação Rotária, delegado e parlamentar no Conselho de Legislação, moderador de Instituto, governador distrital, vice-presidente e líder de grupo de convenção, representante do presidente, membro e presidente de comissão.

Doador extraordinário da Fundação Rotária e membro da Sociedade de Legados, ele recebeu a Menção da Fundação Rotária por Serviço Meritório e o Prêmio por

Serviço Distinguido.

Ex-reitor da faculdade de direito local, John Kenny é juiz e notário.

Deão da Igreja da Escócia, ele foi clérigo e presbítero. Kenny também foi indicado deputado distrital pela Rainha Elizabeth 2a.

Ex-presidente da Câmara Jovem de Comércio de Forth Valley e da Federação das Câmaras Escocesas Jovens de Comércio, é ainda exconselheiro legal geral da Jaycees International.

Em seu discurso na Assembleia Internacional de San Diego, nos EUA, realizada em janeiro, John Kenny discorreu sobre a responsabilidade e o dever de todo rotariano em garantir o futuro do Rotary.

Vince Aversano, editor-chefe da The Rotarian, entrevistou Kenny no escritório central do RI em Evanston, Illinois, EUA. O presidente 2009-10 do RI diz que tem consciência do privilégio de servir ao Rotary, e afirma que confirmará a dignidade do cargo “mantendo os pés no chão”.

O que o presidente eleito do Rotary International espera alcançar no ano rotário 2009-10?

I É simples: ao deixar a presidência, espero que o Rotary esteja em condições ainda melhores do que aquelas que eu vou encontrar em julho.

I

Como você vai chegar à conclusão de que conseguiu isto?

1 2 MARÇO

DE

2009

Um dos meus critérios será o tamanho do quadro social. Estabeleci metas realistas. Não vale a pena trazer novos associados que não se sintam à vontade nos nossos clubes, e que por isso vão acabar indo embora. Para os próximos anos, é muito melhor empregarmos nos esforços de retenção a mesma quantidade de energia que estamos despendendo no re-

crutamento. É preciso instruir e treinar os novos associados para que eles se transformem em verdadeiros rotarianos.

Outro critério será avaliar o número de rotarianos que está se envolvendo em projetos, seja nas suas comunidades ou em outros países, e especialmente nas áreas de recursos hídricos, saúde, fome e alfabe-

pecto talvez tenha tido maior relevância, mas ambos são igualmente importantes.

O que você acha que o qualificou para se tornar presidente do RI? I Tive muita sorte. Como todos os demais presidentes de nossa organização, presidi o meu clube e fui governador distrital. Como todos eles, tornei-me diretor do Rotary International. Além disso, fui curador da Fundação Rotária. Adquiri, ainda, uma experiência muito ampla nas comissões de serviços e administrativas no âmbito dos clubes, dos distritos e internacional.

Como você se envolveu com o Rotary?

I Assim como todos os rotarianos, fui convidado para fazer parte do Rotary. Isto aconteceu em 1970, quando um colega de trabalho fez o convite, na cidade onde eu era advogado. Não entrei no Rotary por causa dos negócios, pois a maioria dos sócios do meu clube já era formada por meus clientes. Mas por causa do Rotary, eles se tornaram meus amigos.

tização. O Rotary é uma organização que se preocupa em ajudar as pessoas. Se pudermos aumentar esse nível de ajuda, nosso esforço terá valido a pena.

Como você encara o papel de presidente do RI, e como considera que essa função mudou ao longo do tempo?

I A presidência do Rotary In-

ternational envolve dois aspectos.

Primeiramente, o presidente é o dirigente mais graduado e o porta-voz de nossa organização. O presidente é o rosto do Rotary International. Mas ele desempenha também uma função administrativa, no que diz respeito ao relacionamento com o secretáriogeral e sua equipe. Acho que, em épocas recentes, o primeiro as-

Você demorou muito a se entrosar no clube?

I O fato de ser advogado, eu acho, levou-me rapidamente a ocupar a secretaria do clube.

Antes de me tornar presidente, em 1977-78, eu já participava das comissões de serviços.

Muitos associados novos hesitam em se engajar nos seus clubes. Por que a participação deles é tão importante?

I O padrinho deve participar das atividades iniciais de novos B RASIL R OTÁRIO 1 3

Entrevista rotarianos. Eu já apadrinhei muitos companheiros, e como eu gostava de visitar outros clubes, costumava levá-los comigo. Era importante que eles enxergassem o Rotary para além dos limites dos seus clubes. Eu também tentava garantir que novos associados fossem indicados para participar de comissões onde eles fossem solicitados a trabalhar. As pessoas ficam frustradas quando são chamadas para participar de uma organização onde elas não fazem nada. Muitos rotarianos deixaram seus clubes por esse motivo, e não porque tinham excesso de tarefas.

Um dos desafios que o Rotary enfrenta é a atração de jovens líderes de negócios para nossa organização.

Como o Rotary pode se tornar relevante para esse grupo de pessoas?

I Cada geração é diferente. Percebo que os jovens de hoje estão dispostos a apoiar alguma causa, mas não estão necessariamente inclinados a participar de uma organização. Para que os jovens queiram juntarse a nós, temos de tornar nossos clubes mais atrativos e suas reuniões mais interessantes.

Temos de ter cuidado, no entanto, para que as nossas reuniões não abordem em excesso os assuntos rotários.

Você acha que as reuniões semanais obrigatórias são um obstáculo para que os jovens venham para o Rotary?

I Não acho, desde que a exigência desse comparecimento seja devidamente explicada a eles. O horário da reunião, certamente, deve ser levado em consideração. Hoje em dia, é muito mais

1 4 MARÇO

DE

2009

“É o serviço prestado individualmente pelos rotarianos que garantirá o progresso do Rotary neste século 21 e nos próximos” difícil para um jovem de negócios encontrar tempo disponível no meio de um dia de trabalho. Sou de opinião de que deveríamos organizar as reuniões em horários atrativos para as pessoas da comunidade. Por exemplo: caso seja mais indicado, devemos ter reuniões no café da manhã. Em muitas partes do mundo, muitos clubes não se reúnem mais na hora do almoço. Antigamente, quase todos os clubes tinham suas reuniões no almoço.

Em que momento você sentiu: “Finalmente, agora sou realmente um rotariano?”

I Dois dos meus melhores momentos no Rotary aconteceram quando fui presidente e governador.

Como presidente, adquire-se a percepção do belo trabalho do Rotary na comunidade e além dela.

E esta percepção se alarga no desempenho da governadoria. Em 1992-93, quando fui presidente do Ribi, visitei a Tanzânia, onde os rotarianos britânicos, com o apoio de uma ONG, estavam construindo poços de água e melhorando as condições sanitárias de uma parte remota do país. Admirei o belo trabalho feito pelos rotarianos, e o muito que ainda restava por fazer. É isto o que nos faz perceber o quanto a organização a que pertencemos é magnífica.

O que o inspirou na escolha do lema de 2009-10, O Futuro do

Rotary está em Suas Mãos?

I Uma das minhas metas é devolver o Rotary aos rotarianos. E isto é muito simples: é o serviço prestado individualmente pelos rotarianos que garantirá o progresso do Rotary neste século 21 e nos próximos. Isto irá depender de cada um de nós, e de mais ninguém.

Nenhuma agência irá nos ajudar, precisamos fazer por nós mesmos. Acredito, também, que os Rotary Clubs, individualmente, são o sustentáculo do Rotary. Se alguma coisa no Rotary não funciona para os nossos clubes, é porque ela não vai funcionar mesmo.

Isto significa que você coloca a responsabilidade sobre os ombros dos nossos associados, individualmente?

I Eu tenho fé nos rotarianos.

Nosso maior patrimônio são os nossos associados. Temos a responsabilidade de prestar serviços em nossas comunidades e internacionalmente, e de expandir essa capacidade em nossos clubes convidando líderes profissionais e de negócios para que eles se juntem a nós nessa missão. Nossa responsabilidade como rotarianos exige, ainda, que nos tornemos modelos de ética profissional e pessoal, e que nos comportemos como líderes nos nossos clubes e comunidades.

Quais são as suas metas quanto ao quadro social?

I Reafirmo o que disse anteriormente: peço a cada clube que apresente, no fim de 2009-10, um número de sócios superior ao do início. O que precisamos é de novos sócios qualificados.

Enfatizo, também, a retenção.

Não é bom para uma organiza-

ção crescer num ano e diminuir no outro.

Você pretende prosseguir com algumas das iniciativas do presidente D. K. Lee? I Cada presidente tem suas ideias próprias sobre o movimento de uma organização. Mas algumas ênfases importantes têm predominado nos últimos anos, e eu darei continuidade a elas.

Peço aos rotarianos que prossigam nos seus esforços nas áreas de recursos hídricos, combate à fome e promoção da saúde e da alfabetização. Os recursos hídricos têm sido uma ênfase importante, pois são uma necessidade básica do ser humano. Poderíamos, hipoteticamente, viver sem petróleo, mas ninguém sobreviveria sem água. Acredito firmemente nisto, e por este motivo tenho trabalhado consistentemente nesta área nos últimos 20 anos.

Qual a visão dos escoceses sobre o Rotary?

I Na Escócia, como em muitos outros lugares, o Rotary tem sido percebido, ao longo dos anos, como uma organização de negócios que pratica o bem na comunidade, e uma organização em que o público confia. O público está mais informado a respeito do nosso alcance e os rotarianos têm dado mais publicidade aos serviços que prestam, o que aumentou a conscientização geral. E é claro, quando eu fui indicado como o primeiro escocês a se tornar presidente do Rotary International, o fato foi amplamente divulgado na mídia escocesa, o que ajuda a divulgar a imagem do Rotary no meu país.

Na Assembleia Internacional, você falou para os governadores entrantes sobre a responsabilidade de um rota-

riano. Explique isto melhor, por favor.

I Nós nos vemos como parte de uma grande tradição rotária: somos como elos de uma corrente que liga o nosso futuro ao nosso passado. Para que a corrente continue a existir, é preciso que cada elo seja forte. É nossa responsabilidade nos tornarmos mais fortes no próximo ano, e cada vez mais nos anos que se seguirem. A nossa responsabilidade é cumprir nossa promessa de um mundo livre da pólio, para que o Rotary possa, com credibilidade, assumir outros grandes desafios no futuro. O ônus que recai sobre cada um de nós é continuar a servir da melhor forma possível para que possamos fazer deste mundo um lugar melhor e mais seguro para todos.

BR

Tradução: Eliseu Visconti Neto.

O que distingue o Rotary de outras organizações?

I O serviço profissional, sem dúvida. E eu pretendo enfatizar este aspecto no próximo ano rotário.

Você acha que o serviço profissional foi posto de lado no Rotary?

I Talvez. Precisamos insistir na necessidade de manter altos padrões de ética no trabalho e em nossa vida particular. Isto continua a ser tão importante nos dias de hoje quanto era nos primeiros anos do Rotary. De fato, basta olhar para algumas práticas do mundo dos negócios reveladas recentemente e que contribuíram para as dificuldades financeiras que enfrentamos agora.

B RASIL R OTÁRIO 1 5

Rotarianos que são notícia

Associado do RC de Nova Odessa, SP (D.4310), Leonardo Blanco Costa assumiu a diretoria do Conselho Municipal de Segurança.

Carlos Henrique Verzano, do RC de Ibitinga, SP (D.4480), recebeu da Câmara Municipal local o título de Cidadão Ibitinguense.

Na foto, ele aparece ao lado da mulher, Eliana.

O rotariano Pedro Everling é o novo prefeito de São Miguel das Missões.

Ele é associado do RC de Santo Ângelo-Norte, RS (D.4660).

1 6 MARÇO

DE

2009

Em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à causa da imigração japonesa no Brasil, que comemorou 100 anos em 2008, e em prol da comunidade nipônica em nosso país, o EGD Taketoshi Higuchi, do RC de Valparaíso, SP (D.4470), recebeu a Comenda Kasato Maru. A entrega foi feita na Associação Nipo-Brasileira de São Paulo.

Em reconhecimento aos relevantes serviços que vêm prestando ao município, Aloísio Manzan e Gilvanildo Arantes, do RC d e Ta g u a t i n g a - O e s t e , DF (D.4530), são os novos Cidadãos Honorários de Taguatinga.

A presidência da Sociedade Brasileira de Fruticultura foi assumida pelo companheiro José Luiz Petri, do RC de Caçador, SC (D.4740).

Companheiros do RC de Andradina-Urubupungá, SP (D.4470), os rotarianos Marcelo Gimenez Bernardes da Silva, capitão da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP); Jamil Akio Ono, prefeito de Andradina; o advogado Fernando França Teixeira; e o segundo-tenente da PMESP Valdomiro Garcia Rafael Júnior foram homenageados com a Medalha MMDC, concedida pela Sociedade de Veteranos de 1932.

Euze Reginaldo Denófrio, companheiro do RC de Pirassununga, SP (D.4590), foi agraciado com o título de membro honorário da Força Aérea Brasileira, outorgado pelo 4o Comando Aéreo Regional e entregue em solenidade alusiva ao Dia do Aviador na Academia da Força Aérea.

O rotariano Lucas Campos de Siqueira, ex-presidente do RC de PatrocínioBrumado dos Pavões, MG (D.4770), assumiu no começo do ano a prefeitura da cidade.

Saúde

A força da testosterona Saiba o que é o distúrbio androgênico do envelhecimento masculino

Eduardo Vasco*

O

envelhecimento do homem é inevitável. Atualmente, com o avanço da medicina, podemos, no máximo, retardar este processo e prevenir algumas de suas consequências. Desta forma, a população de idosos masculinos cresce e os problemas de saúde física surgem natural e progressivamente ao longo da vida.

Dentre esses problemas está o Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (Daem), que é um conjunto de sinais e sintomas que se iniciam a partir dos 55 anos de idade, causados, basicamente, pela redução progressiva da testosterona no sangue.

QUAIS OS EFEITOS? A testosterona é o hormônio responsável pelo surgimento dos caracteres sexuais secundários masculinos (barba, pelos corporais, crescimento corporal etc), que acontece no início da adolescência.

Este hormônio tem influência também sobre outros tecidos: no sangue, estimulando a formação das hemácias (células vermelhas) na

medula óssea; nos músculos, estimulando a multiplicação das células musculares; no cérebro, estimulando o seu funcionamento normal e facilitando a ação dos neurotransmissores; nos vasos sanguí-

O Daem consiste em sintomas variados tais como perda da força muscular, da concentração, do raciocínio lógico, e depressão neos, reduzindo a formação dos depósitos de gordura nas artérias; no pâncreas, facilitando a ação da insulina nos tecidos; e nos ossos, estimulando a formação de tecido ósseo normal.

Além disso, a testosterona age sobre a gordura abdominal, induzindo a queima da gordura e reduzindo seu acúmulo, evitando doenças como a diabetes, a hiperten-

MODELO DE molécula de testosterona

são arterial, a dislipidemia (excesso de gordura no sangue) e a obesidade.

O Daem consiste em sintomas variados tais como perda da força muscular, da concentração, do raciocínio lógico, e alterações de humor (depressão) e perda de massa óssea, denominada de osteopenia ou osteoporose. Podem acontecer, ainda, anemia, dificuldades de memória e aumento de peso corporal.

Atualmente, esta síndrome pode ser diagnosticada por exames clínicos e laboratoriais.

O tratamento de reposição hormonal de testosterona pode ser feito por gel de testosterona, patchs cutâneos, implantes subcutâneos de testosterona ou aplicação intramuscular do hormônio, feita semanal ou trimestralmente.

O importante é que o homem procure o seu médico e converse com ele sobre a possibilidade de utilizar ou não este tratamento, segundo a sua necessidade.

BR

* O autor é médico urologista e associado do RC do Rio de Janeiro-Maracanã, RJ (D.4570).

B RASIL R OTÁRIO 1 7

Tema do mês stock.xchng

Quando o meu Brasil estará repleto de Elisabetes Rotary e ONGs são capazes de acelerar fim do analfabetismo no país 1 8 MARÇO

DE

2009

Francisco Schlabitz*

H

á alguns anos, uma menina, filha de pais de baixa renda, residente numa cidade satélite nas redondezas de Brasília, foi matriculada numa escola particular da localidade. Era o grito da busca de um futuro melhor para uma criança na qual estava sendo depositada muita esperança.

Um ano passou e a escola chamou os pais para informar que a estu-

dante, de nome Elisabete, não poderia ficar na segunda série, para a qual fora aprovada. Ocorrera que suas notas e seu comportamento eram tão excepcionais que o colégio propôs ao casal inscrever Elisabete no terceiro ano.

Passado o tempo regulamentar, Elisabete concluiu a quinta série do ensino fundamental e então novo drama chegou. Ela deveria mudar de instituição, porque naquela onde estava não havia sexta série. Foi

stock.xchng

quando os pais ficaram sabendo que uma renomada escola de orientação religiosa oferecia bolsa de estudos para estudantes carentes.

A família procurou a escola e dela recebeu o benefício de 50% de desconto nas mensalidades a título de bolsa de estudos. O casal, contente por um lado, ficou muito preocupado com os gastos, mas, por conta da esperança, o investimento foi feito. O ano terminou e a direção do colégio chamou os pais de Elisabete para conversar.

Mais uma vez a preocupação rondou a cabeça de todos, pois no início do período letivo o casal recebera a informação de que, se não correspondesse às exigências da escola, Elisabete não teria mais direito a bolsa e, portanto, o investimento estaria perdido.

No dia da reunião, após o encontro com a direção do colégio, os pais de Elisabete puseram-se a chorar copiosamente nos jardins da escola. Sem que eles pedissem ou implorassem, a direção informou que havia decidido aumentar a bolsa da estudante para 100%. “ É BOM SORRIR” Até aqui a esperança continua e Elisabete já disse a seus padrinhos que irá para a universidade, depois conseguirá o diploma de mestrado e só vai parar quando tiver nas mãos o doutorado.

Ah, se meu Brasil fosse assim, repleto de Elisabetes!

Por outro lado, posso afirmar que há milhares delas por aí, do Rio Grande do Sul ao Maranhão e do Acre a Pernambuco, muitas delas com padrinhos que são os Rotary Clubs estabelecidos no território brasileiro.

Ainda outro dia, li uma mensagem a mim encaminhada pelo governador do distrito 4750, companheiro Marcio Pereira Ribeiro, que chamou a minha atenção. Ele

A Pnad 2007 traz números que mostram ser possível sairmos da esperança e almejar a expectativa da erradicação do analfabetismo para breve escreveu: “É bom sorrir. Em todas as 48 visitas oficiais realizadas, temos premiado alunos, professoras e diretoras de colégios.” Disse ainda: “Várias professoras aproximam-se e, chorando, informam que, após muitos anos de magistério, nunca viram uma organização premiar alunos e mestres.” E, para finalizar a mensagem, o governador contou: “Outro dia, uma aluna também premiada, de nome Elisabete e aproximadamente 12 anos, chorando nos falou que agora, após a premiação, sentia-se com força para realizar seu sonho. Perguntada, ela,

em lágrimas, disse que irá alfabetizar seus pais.”

Ah, se meu Brasil fosse assim, repleto de Elisabetes!

Novamente, posso afirmar que há milhares delas por aí, do Rio de Janeiro ao Amapá e do Mato Grosso do Sul ao Rio Grande do Norte, e premiadas pelos Rotary Clubs em operação neste Brasil.

Mas ainda devemos responder à pergunta: quando nos constituiremos num país com analfabetismo erradicado, com mais de 96% do povo alfabetizado, índice estabelecido pelo governo brasileiro e reconhecido por organismos internacionais como denotativo de um país com luz nas letras para todos?

Para tentar responder, foram utilizados alguns dados que fazem parte do sistema de pesquisas domiciliares, implantado a partir de 1967, com a criação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na sua última edição, a Pnad 2007 traz números que mostram B RASIL R OTÁRIO 1 9

Tema do mês ser possível sairmos da esperança e almejar a expectativa da erradicação do analfabetismo para breve. A pesquisa demonstra que, há um ano, o Brasil possuía 159,3 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 10 anos. Dessa população, mais de 14,6 milhões eram analfabetos, correspondendo a 9,2%, enquanto, na pesquisa anterior, esse índice fora de 9,6%. Com o crescimento do número de municípios envolvidos na alfabetização de jovens e adultos, recebendo recursos da União para implantar cursos regulares de primeiras letras, levando a luz para aqueles que ainda são cegos na escrita, haverá uma aceleração na redução do referido índice.

Acrescente-se que, igualmente, muitas unidades da Federação estão estabelecendo forças-tarefa com o fito de zerar essa conta.

Mas a sociedade não pode ficar esperando que apenas o governo, em suas três esferas de atuação, faça a sua parte. É preciso que o segundo e terceiro setores da economia trabalhem como atores desse processo.

ORDEM DE GRANDEZA Para deixar todos entusiasmados com quão perto estamos de ter um Brasil com analfabetismo zero, seguem algumas contas que, embora simplistas, apontam à reflexão.

Parte-se do princípio de que todas as crianças em idade escolar participam do sistema educacional brasileiro. Restam os mais de 14,6 milhões a serem alfabetizados. A partir de 2009, podem aprender as primeiras letras aproximadamente 1,1 milhão de cidadãos brasileiros por ano. Se considerarmos apenas o Rotary como força-trabalho, com seus 2.300 clubes organizados e operando no Brasil, caberia a cada Rotary Club a alfabetização de 500 homens e mulheres por ano.

2 0 MARÇO

DE

2009

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E aí vem outra pergunta: será que algum clube tem capacidade de se envolver com um número dessa ordem de grandeza?

Para respondê-la, alguns exemplos dão um parâmetro da possibilidade de o Rotary tomar parte diretamente nesse assunto. Como trabalho de ação recente, os Rotary Clubs de Guarujá, Guarujá-Ilha de Santo Amaro e Guarujá-Vicente de Carvalho, no distrito 4420, têm conseguido, a cada oito meses, entregar mais de 550 certificados a recém-alfabetizados. Também deve ser lembrado o excepcional trabalho desenvolvido pelos Rotary Clubs dos distritos 4520, 4560 e 4760, que já promoveram a alfa-

betização de mais de 70 mil pessoas no curto espaço de três anos e para a qual foi utilizado o método da Abordagem Linguística Concentrada (CLE), introduzida no país em 2001. Esses projetos continuados são apenas dois de um sem-número que vinham e vêm sendo desenvolvidos por Rotary Clubs dos 38 distritos rotários de língua portuguesa da América do Sul. Mas, se ainda assim há dúvidas quanto à efetiva possibilidade de ser atingida a marca de analfabetismo zero no Brasil, ao Rotary juntam-se dezenas de organizações não-governamentais, que já há muito vêm atuando, fortalecendo o braço do terceiro setor na busca

incessante pela erradicação do analfabetismo. Entre elas encontram-se Todos pela Educação <http:// www.todospelaeducacao.org.br>, Semear Educação <http://www. semearsg.com.br> e Instituto Ayrton Senna <http://senna. globo.com/institutoayrtonsenna>, para mencionar apenas algumas.

TAXAS MUITO DIFERENTES Mais um exemplo que nos fortalece é o da Bolívia que, ao alfabetizar mais de 800 mil pessoas em apenas 33 meses, recentemente, declarou que a taxa de analfabetismo atingiu o nível internacional aceitável para ser considerado um país alfabetizado.

A este panorama, acrescenta-se quadro ao lado, que exibe quantitativos de analfabetos no Brasil, nos estados e no Distrito Federal.

Os dados destacam alguns estados com taxa de analfabetismo superior a 20%, nos quais deve ser impressa maior ênfase no exercício da erradicação, a qual requer ação imediata. Já outros, com taxas inferiores a 7%, dão a sensação de que o trabalho é menos árduo. Entretanto, pode-se afirmar que não importa se a taxa de analfabetismo é alta ou baixa, pois as ações devem começar já, para que se consiga não apenas deixar um país melhor para os nossos filhos e netos, mas deixar os nossos filhos e netos preparados para elevar o Brasil ao patamar em que ele merece estar.

Com essa força de labuta, não há dúvida de que podemos chegar às margens do Ipiranga, em 7 de setembro de 2022, uma quarta-feira, e, após 200 anos, dar o segundo grito de independência do Brasil.

Ah, e assim meu Brasil poderá estar repleto de Elisabetes! *O autor é EGD do distrito 4530 e coordenador do Grupo de Recursos de Alfabetização da Zona 20.

Número de analfabetos e taxa de analfabetismo no Brasil e nos estados, considerando-se duas amostragens: população com idade igual ou superior a 10 anos e população com 15 anos ou mais (em milhares).

10 anos ou +

%

15 anos ou +

%

14.689

9,2

14.138

10,0

Alagoas

579

22,9

548

25,1

Paraíba

646

21,5

621

23,5

Piauí

550

21,5

523

23,4

Maranhão

997

20,1

909

21,4

Rio Grande do Norte

455

18,0

437

19,6

Ceará

1.200

17,4

1.143

19,1

Pernambuco

1.203

17,0

1.154

18,5

Bahia

1.949

16,8

1.880

18,4

250

14,9

245

16,8

75

14,4

69

15,8

Tocantins

137

12,6

134

14,2

Pará

627

10,3

578

11,7

29

8,9

28

10,3

Mato Grosso

215

9,0

211

10,1

Rondônia

109

8,5

108

9,7

1.345

8,0

1.326

8,9

Goiás

395

8,0

385

8,8

Espírito Santo

231

7,8

225

8,5

Mato Grosso do Sul

147

7,5

144

8,3

Amazonas

190

7,2

176

7,9

Amapá

29

5,8

28

6,7

Paraná

528

5,9

519

6,5

Rio Grande do Sul

441

4,6

429

5,0

1.519

4,2

1.489

4,6

Santa Catarina

209

4,0

206

4,4

Rio de Janeiro

552

4,0

541

4,3

Distrito Federal

69

3,4

68

3,7

Brasil

Sergipe Acre

Roraima

Minas Gerais

São Paulo

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2007.

BR

B RASIL R OTÁRIO 2 1

Brasil

“Minha cidade já tem Rotary!”

Novo prefeito: ajude seu município a fazer parte desta rede internacional de mais de 200 países e regiões geográficas Ninja

Waldenir de Bragança*

F

azer com que o Rotary che- be disposto gue a uma cidade é um di- a ser o pareito dos cidadãos e um im- drinho de portante dever dos rotaria- um novo clunos, porque isso permite a inclusão be. Surge da disdesse município no mundo rotário, posição e do interesse de líonde poderá contar com 1,2 milhão deres locais, que encontram de pessoas dispostas a servi-lo. O Ro- outros com os mesmos ideais de tary precisa expandir-se, ampliar-se, servir. Líderes que descobrem com novas adesões e parcerias. To- que precisam estar juntos, com esdos reconhecemos ser cada vez mais perança de conseguir fazer mais em necessária sua presença atuante na favor das comunidades onde vivem. missão de servir.

Acreditam em seu potencial para Novos prefeitos e prefeitas foram conquistar o que, sozinhos, não aldemocraticamente eleitos e recente- cançariam. A cidade que possui Romente empossados nos 5.564 muni- tary revela que têm organização socípios brasileiros para o exercício de lidária voltada para o bem coletivo. suas atribuições no atendimento das Quando a roda denteada amarela aspirações das comunidades onde do Rotary é vista numa cidade, isso vivem, requerendo mostra que aqueserviços essenciais. la comunidade Quando a roda Muitos desses prefeiatingiu um novo tos não conhecem as denteada amarela do estágio. Aquela é ações do Rotary, e uma cidade que centenas de cidades Rotary é vista numa não está só: ela ainda não têm um encontrou seu lucidade, isso mostra clube rotário. A regar no mundo e que aquela vista Brasil Rotário revelou-se para tem como objetivo comunidade atingiu os que desejam promover o rotarisparticipar de seu um novo estágio mo. Para mostrar que desenvolvimeno Rotary é um camito. Os moradores nho para alcançar o bem comum, pro- de uma cidade que tem Rotary vão jetamos fazer chegar aos novos prefei- sentir-se integrados a outras cidades tos e prefeitas algumas informações. espalhadas por 207 países e regiões geográficas, com os mais diversos CONEXÃO COM O MUNDO costumes, culturas, raças, idiomas, O Rotary é um movimento de vo- tendências religiosas e políticas, mais luntários. Começa dentro de um clu- de 1,2 milhão de homens e mulheres

2 2 MARÇO

DE

2009

com os mesmos propósitos, que se ligam pelo companheirismo rotário, que se projetam e se identificam no universo rotário.

A partir da criação de um Rotary Club, sua cidade estará em conexão internacional, de forma distinta, catalogada no Official Directory, um catálogo com os nomes e informações do presidente e do secretário de todos os 33.000 Rotary Clubs do mundo, aproximando-os para mais servir.

O Rotary é o fio dourado que liga pessoas em todos os continentes.

Sua história de 104 anos o torna a mais antiga e difundida organização não-governamental do planeta, atuando permanentemente para aproximar os povos, estimular a compreensão e a tolerância, e construir a paz. Seus programas educacionais e humanitários vêm

criando amizades, entrelaçando famílias, profissio- esperar qualquer retorno. Cada dólar, euro ou iene, sonais, quebrando barreiras entre culturas, raças, reli- mado aos nossos reais, destina-se às crianças, pessoas portadoras de deficiências, idosos e a muitos outros cagiões e ideologias.

Com a larga visão social que possuem, os prefeitos e rentes. A meta, ao criar um novo clube, é expandir o prefeitas acabam interessando-se pelo Rotary quando espírito rotário e melhorar a vida dos que convivem nesconhecem os objetivos dessa organização internacio- ta aldeia global.

No decorrer dos anos, a Fundação Rotária transfornal. Daí em diante, eles estimulam, facilitam e pedem a criação de Rotary Clubs em suas cidades, associando- mou-se no mais poderoso instrumento de globalização se, eles próprios, aos clubes – e dando esse exemplo, humana da história. Se na criação de um Rotary Club há inteligentemente, pois conhecem o valor de um Rotary obstáculos, eles são superáveis. Para fundá-lo, bastam Club para dentro e fora da cidade. Os Rotary Clubs con- 20 dignos profissionais, empresários, cidadãos, homens gregam homens e mulheres solidários, de boa vontade, e mulheres de boa vontade, que possuem, sobretudo, as que sugerem idéias, estudam e propõem soluções, tra- riquezas do coração e a disposição em prestar serviços. balham e elaboram projetos para captação de recursos Eles sentem que serão pioneiros de um novo tempo de nacionais e internacionais. Eles querem alcançar o que esperança na cidade, de evolução na cultura do servir e um estímulo ao costume do trabaa cidade precisa.

A corrente rotária pode ir além do Dados do IBGE revelam lho conjunto.

O Rotary é um símbolo de amaque se imagina. Os rotarianos são líque centenas de durecimento social. Vale a pena. O deres em sinergia de ações. Centenas de milhares de localidades foram e têm municípios brasileiros Rotary é uma escola de convivência, de aprendizado de vida, de despersido beneficiadas pelo Rotary. Todo apresentam condições de tar de líderes. Requer participação esforço do movimento rotário se volde gente prestante, que não se omita para a pessoa humana, para os cipossuir um Rotary Club te. É a cidade se beneficiando. dadãos e suas famílias. Aí se encontra O termo “responsabilidade social a essência do Rotary, que possui credibilidade reconhecida mundialmente. O Rotary valoriza corporativa”, aplicado às atividades realizadas em prol da sua cidade e a fortalece com novas dimensões. O Rotary comunidade na qual uma empresa está inserida, é praticafaz a diferença, lutando por melhores padrões éticos nas do pelo Rotary há mais de um século. O Rotary mostra que profissões e negócios, empenhando-se em prestar servi- prosperidade e qualidade de vida dependem do bem-estar de todos. ços à comunidade local naquilo em que pode ser útil.

Aos companheiros governadores de distritos rotários e presidentes de Rotary Clubs, uma mensagem: há SUA CIDADE MERECE Muitos administradores públicos conhecem a Fundação muitos prefeitos e líderes municipalistas esperando o Rotária do Rotary International e já receberam sua aju- momento para criar um Rotary Club em suas cidades. da. Eles sabem que foi a Fundação que ajudou a acabar Dados do IBGE revelam que centenas dos 5.564 municom a paralisia infantil no Brasil, e que ela está próxima cípios brasileiros apresentam condições de possuir um de erradicá-la mundialmente. Neste esforço, a Funda- Rotary Club.

Ao senhor prefeito e à senhora prefeita, uma pergunta: ção Rotária já aplicou mais de US$ 600 milhões de dólares no combate à poliomielite, trabalho desenvolvido sua cidade já tem um Rotary Club? Se não, visitem o mais em parceria com a Organização Mundial da Saúde, o Uni- próximo e conheçam suas ações. Se desejarem criar um cef e o Centro Norte-americano para o Controle e a Pre- Rotary Club, façam contato, procurando o clube de alguvenção de Doenças. Eles comprovarão que o Rotary in- ma cidade vizinha. Falem de sua decisão para enriquecer e veste em programas e projetos como o Intercâmbio de projetar sua cidade. Em breve, com um orgulho sadio, voJovens, o Intercâmbio de Grupos de Estudos e os pro- cês poderão dizer: “Minha cidade já tem Rotary!” BR gramas de bolsas educacionais, disponibilizando mais * O autor é presidente do Conselho Deliberativo da Asde US$ 25 milhões por ano.

Os rotarianos e rotarianas de países mais desenvolvi- sociação Brasileira de Municípios, ex-prefeito de Nitedos entram com suporte financeiro, doando recursos sem rói, RJ, e ex-governador do distrito 4750.

B RASIL R OTÁRIO 2 3

Entrevista

As novas ideias de um acordo O premiado escritor Antonio Olinto fala sobre um assunto que ainda promete muita polêmica: a nova reforma ortográfica Luiz Renato Dantas Coutinho* Fotos: Sergio Afonso

T

odo dia, ao acordar, contrário ao acordo a primeira coisa que porque “o seu custo o escritor Antonio supera o seu suposto Olinto Marques da benefício”.

Rocha faz é Em meio a tantas exclamar: “Bom dia, vida!”. opiniões, a Brasil Nascido em Ubá, rotariano Rotário recorreu à do RC do Rio de Janeiroautoridade de Antonio Bonsucesso, RJ (D.4570), e Olinto para saber o real membro da comissão valor das mudanças julgadora do 16º Concurso de propostas e as suas Monografias da Brasil consequências. A obra Rotário, ele fará em maio 90 desse escritor abrange, anos. Muito lúcido, sempre entre tantos itens, poesia, atento, ele já passou por romance, crítica literária, diversas reformas ensaio, lexicografia ortográficas. Essa é a terceira (ciência que estuda os que presencia. vocábulos dicionarizados E ele mantém a serenidade, de uma língua). Eleito em típica de um mineiro 1997 para a Academia experiente, diante das Brasileira de Letras (ABL), polêmicas que oferecem Olinto é o quinto quaisquer mudanças na ocupante da cadeira língua portuguesa, por menor número oito, cujo patrono que sejam (no Brasil, serão é o poeta Cláudio Manuel alteradas apenas 0,5% das da Costa, (1729-1789). palavras; em Portugal, menos Em 1994, recebeu o G PRESTES A completar 90 anos, o imortal de 2%). Diogo Mainardi, Prêmio Machado de Assis Antonio Olinto assiste à terceira reforma colunista da revista Veja, pelo conjunto da obra, a ortográfica brasileira avisa que a atual reforma é mais alta homenagem mais um passo no literária brasileira. empobrecimento do nosso idioma. A consagrada No Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro, uma escritora portuguesa Inês Pedrosa, vencedora do construção de meados do século 19 que se tornou Prémio Máximo de Literatura, declarou, por sua a primeira sede do Ministério das Relações vez, que o novo acordo é “falso”, “pirata” e é “um Exteriores da República, o autor de “Trono de acordo em desacordo”. Enquanto isso, o professor Vidro” deu essa entrevista. Querido por todos, o de português e colunista da Folha de São Paulo, escritor era a todo momento cumprimentado. E Pasquale Cipro Neto, declara que continuará ele retribuía com um doce sorriso de quem parece usando a ortografia antiga até 2012 e que é fazer parte da nossa família.

2 4 MARÇO

DE

2009

BRASIL ROTÁRIO: Como o senhor analisa essa necessidade de alterar a grafia da língua portuguesa?

I ANTÔNIO OLINTO: Cada língua começou a tratar da sua escrita, da escrita correta. E as línguas foram tendo necessidade de usar sinais, daí os acentos.

Esse processo de uso de acentos foi se complicando, de tal modo, por exemplo, que o francês é cheio de coisinhas. O inglês, por outro lado, não tem nenhum acento. É um povo tranquilo, um povo que não quer complicação.

O português, que veio do latim, assim como o francês, herdou os acentos e eles foram crescendo. Também foi ficando difícil escrever em nossa língua.

E de vez em quando os governos se reúnem e acham que está exagerado; é preciso normalizar a escrita.

Então, a reforma veio no momento certo?

I Veja você: qual é a língua ecumênica mais falada no mundo? É o inglês. Em segundo lugar, o espanhol; em terceiro lugar, o português. Uma língua ecumênica tem que ter uma unificação. Nós fazemos questão de unificar o português. Temos de normalizar o modo de usá-lo.

Começamos a achar que tem coisa demais.

E há unanimidade dos países envolvidos em relação ao acordo?

I Portugal ainda tem certas dúvidas. Cada um dos países de língua portuguesa está tentando mudar coisinhas que não funcionam para eles. Em Moçambique a situação está praticamente discutida. Tudo isso é

normal. Para ser diferente era preciso que o nosso idioma fosse como o inglês, que não tem nenhum acento. O que se fala na Inglaterra, se fala nos EUA. Na realidade das línguas latinas tem de se discutir. E essa discussão continua. Nunca se chegará a uma conclusão.

Há algum item nas novas normas de que o senhor discorda?

I Eu tolero tudo no acordo, menos a retirada do trema. Eu o acho essencial. Não deveria ser tirado.

O “g” e o “u” são letras complicadas. Temos o caso ainda do “que” e do “qüe”. Todos esses movimen-

“Eu tolero tudo no acordo, menos a retirada do trema. Eu o acho essencial. Não deveria ser tirado.” tos de pronúncia são feitos de acordo com o som. O som está no movimento. A gente não pode falsear a pronúncia. Mas agora tiramos o trema.

O acordo está sendo obedecido?

I Se você não obedecer é erro.

Na ABL nós aconselhamos uma tolerância de mais ou menos um ano até que os livros sejam reimpressos.

A comunidade acadêmica está aceitando bem ou há muita polêmica?

I Por enquanto, não surgiu muita polêmica não. A comunidade tem a obrigação de aceitar o acordo.

Ela tem obrigação por ser a guardiã da língua.

Estou me lembrando aqui de um texto do colunista da Veja, Diogo Mainardi, que em outubro do ano passado debochou do novo acordo ortográfico e salientou que ele empobrece o nosso idioma escrito ao afastá-lo de sua origem, o latim. Como o senhor vê isso?

I É a opinião dele. Não tem a menor importância, ainda que seja bom haver isso. Em toda discussão, você aprende um pouco e ensina um pouco. Mas não há razão em querer se colocar contra uma coisa que deve existir. Deve existir uma unidade. Se não houver unidade, nós estamos perdidos. Quer dizer, ele está fugindo da unidade.

Mas, é descabido o que o Diogo Mainardi declarou sobre a perda da cultura latina clássica pelo nosso idioma?

I É. A retirada do ensino do latim, sim, é que representou uma perda, um empobrecimento.

Você tem de ter o latim, a mãe do português. Não vamos dizer que fosse dado em todo o ensino fundamental, mas por uns dois anos, para se aprender alguma coisa, entendê-lo. O latim é uma língua de uma beleza extraordinária, tem uma literatura maravilhosa. Uma língua que criou o mundo, a base da cultura. Conhecer o idioma de onde nós viemos nos ajuda em tudo.

E, ao mesmo tempo, saber latim, que é uma língua lógica, torna a nossa língua mais lógica.

Na Alemanha se estuda latim.

Na Inglaterra, outro país de idioma não latino, se estuda latim em B RASIL R OTÁRIO 2 5

Entrevista “Mas não há razão em querer se colocar contra uma coisa que deve existir. Deve existir uma unidade. Se não houver unidade, nós estamos perdidos.” todo o nível secundário das escolas. Aqui é um país de língua latina em que não se ensina latim. Por acaso, eu falo essa língua porque estudei em seminário. Quando eu saí, ganhei uma fortuna dando aula de latim a todo momento. E era uma beleza fazer a pessoa aprender a língua mater. De repente, um desses “gênios” da educação brasileira disse: “Para que latim?”. Tirou-se o latim.

A reforma anterior, de 1971, também gerou muita polêmica, não?

Muita gente discordou. E houve polêmica principalmente dentro dos jornais. Obrigaram os jornais a usar aquelas novas regras e a revisão tinha muito trabalho corrigindo o que os outros escreviam.

Havia, na época, principalmente, a questão dos acentos. A acentuação do “e” era um negócio...

Atualmente, ainda não está tudo resolvido não, mas a maioria dos problemas foi solucionada. Aceitamos as atuais mudanças porque é importante manter o português mais ou menos limpo, senão vão começar a fazer muita estripulia com ele. E agora o nosso idioma está limpo.

2 6 MARÇO

DE

2009

Uma reforma de 23 anos

A

nossa língua irmã, o espanhol, já estava codificada nos fins do século 15, tanto na grafia quanto na gramática.

Mesmo o italiano, considerando-se o processo conturbado de sua história territorial, recebeu sua forma gráfica definitiva entre os séculos 17 e 18. No caso da língua portuguesa, os impasses se mantiveram até o século 20, com uma variedade de grafias não normatizadas.

A recente reforma teve como um primeiro marco o Encontro para a Unificação Ortográfica da Língua Portuguesa, acontecido no Rio de Janeiro, em maio de 1986.

Seis países de língua oficial portuguesa (hoje eles são oito) fizeramse representar: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Princípe. Dessa reunião surgiu um projeto, posteriormente considerado muito radical. Ele previa, por exemplo, a retirada dos acentos nas palavras paroxítonas e proparoxítonas.

Quatro anos mais tarde, foi feita nova reunião, desta vez em Lisboa, e lavrado o chamado Acordo Ortográfico de 1990, tido como bem mais moderado. No entanto, a sua implementação ficou pendente. Portugal o ratificou em 1994, o Brasil em 1995, e Cabo Verde logo a seguir. Porém, somente em 2004, quando os chefes de Estado e de governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) aprovaram outras modificações ao acordo (já havia ocorrido um protocolo modificativo em 1998), a concordância de todos foi se tornando possível. Finalmente, o Brasil ratificou a versão final do acordo em 2004, Cabo Verde o fez em 2005, São Tomé e Príncipe em 2006 e Portugal o sancionou em maio de 2008.

O longo caminho dos acordos 1907 > A Academia Brasileira de Letras começa a simplificar a escrita em suas publicações.

1910 > Implantação da República em Portugal. É nomeada uma comissão para viabilizar uma ortografia mais eficiente.

1911 > Primeira reforma ortográfica portuguesa; tentativa de uniformizar e simplificar a escrita, movimento que é extensivo ao Brasil.

1915 > A ABL resolve coadunar a sua ortografia com a portuguesa.

1919 > A ABL revoga a sua resolução de 1915.

1924 > A Academia de Ciências de Lisboa e a ABL começam a procurar uma grafia comum.

1929 > A ABL lança um novo sistema gráfico.

1931 > É aprovado o primeiro acordo ortográfico entre Brasil e Portugal, que visa suprimir diferenças, unificar e simplificar o idioma. Contudo, ele acaba não sendo posto em prática.

1943 > É redigido, na primeira convenção ortográfica entre Brasil e Portugal, o Formulário Ortográfico de 1943.

1945 > O acordo ortográfico torna-se lei em Portugal, mas no Brasil não é ratificado pelo governo. Os brasileiros continuaram a regular-se pela ortografia anterior, reformulada em 1943.

1971 > Ocorre grande reforma ortográfica brasileira, reduzindo as divergências com a escrita de Portugal.

Como annunciar Notícias Rotárias (1925)

“Esta avida procura de compradores explica a metamorphose que nestas últimas dezenas de annos soffreram os systemas de venda. Arbitrarios e incertos foram taes methodos nas suas origens (...).

1973 > São promulgadas alterações em Portugal, reduzindo as divergências ortográficas com o Brasil.

“Quaes as origens scientifi-

1975 > A Academia das Ciências de Lisboa e a ABL elaboram novo projeto de acordo, que não é aprovado.

cas da reclame? Assim

1986 > O presidente brasileiro José Sarney promove encontro com seis países de língua portuguesa – Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe – no Rio de Janeiro. É apresentado o Memorando Sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

baseia-se na physica, a do

1990 > A Academia das Ciências de Lisboa convoca novo encontro para finalmente normatizar a grafia dos países de língua portuguesa.

da publicidade residem na

como a arte do engenheiro medico na chimica e na biologia, tambem os esteios psychologia.”

BR

1996 > O último acordo é ratificado apenas por Portugal, Brasil e Cabo Verde.

2004 > Os ministros da Educação da CPLP reúnem-se em Fortaleza para propor a entrada em vigor do Acordo Ortográfico, mesmo sem a ratificação de todos os membros.

1º de janeiro de 2009 > O novo acordo ortográfico entra em vigor.

* O autor é jornalista da Brasil Rotário.

B RASIL R OTÁRIO 2 7

ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation José Alfredo Pretoni* stock.xchng

Os rotarianos trabalham pela compreensão mundial Q

uanto mais conhecemos a doutrina rotária, melhor entendemos que o Rotary trabalha ardentemente pela compreensão mundial a cada instante, em todo o momento e estando seguro de suas perspectivas futuras. Sendo assim, pode parecer redundância o fato de, no mundo inteiro, os

2 8 MARÇO

DE

2009

Rotary Clubs comemorarem uma semana dedicada à compreensão mundial, já que esse sentimento está inserido de modo permanente em nossa organização.

Os filósofos desenvolviam seus pensamentos fixando-se na felicidade do gênero humano. Foi por isso que eles cantaram hinos à amizade, à tolerância, à coragem, à ho-

nestidade, ao altruísmo e a todas as faces iluminadas da virtude – valores eternos por cuja escada subiram os homens de alma grande. E com a mesma força com que destacavam esses elogios, eles condenavam fortemente a inveja, o egoísmo, a adulação, a avareza, a injustiça e outros vícios ou defeitos, pontos negros que

desabonam a personalidade do ser humano.

Desde a Antiguidade, os mestres falavam das virtudes cardiais, e neste quadro colocavam a força (ou fortaleza), a justiça e a tolerância, que se explicam por si só e servem de núcleo para todas as manifestações e atitudes da vida moral. Em contrapartida, não conhecemos uma síntese da negação desses valores, do negativismo que tende a ofuscar o esplendor daquelas luzes e que distorceria o ser e a obra de nossos semelhantes.

DOUTRINA DA SUPERAÇÃO Se compararmos com cuidado, frente a frente, uns com os outros, veremos claramente que o Rotary é um livro totalmente positivo que temos trazido a nossa formação humana. As Quatro Avenidas de seu objetivo medular são características inconfundíveis de desenvolvimento, estímulo e de fomento à boa vontade e às relações pacíficas entre os povos de todo o mundo. Características baseadas no Ideal do Servir – e nelas estão suas normas para conduzir relações internacionais, cujos pilares são justamente a liberdade, a justiça, a verdade, o valor da palavra empenhada e o respeito aos direitos

humanos. Da mesma maneira, não são aceitas de modo definitivo, sendo imperdoáveis, a ingratidão e a deslealdade.

O Rotary é a doutrina da superação do homem como marca da sociedade, a doutrina do progresso desta com a realização daquela.

Os aspectos negativos – as causas dos vícios e das taras morais que identificamos como antípodas do afirmativo – não cabem no campo desta organização de homens livres, descompromissados e com consciência da amizade autêntica e edificante, e da coesão internacional como ponto de chegada da felicidade humana.

O ser humano que não se une com outros para a realização de um objetivo comum não chega a nada, e isto se reflete nos povos, porque os conglomerados que não fazem a união de suas forças para defender os seus ganhos acabam fracassando. A amizade é a célula da or-

Quantos Somos NO MUNDO Rotarianos: 1.217.250; Clubes: 33.141; Distritos: 534; Países e regiões: 208; Rotaractianos: 169.855; Clubes: 7.385; Países: 164; Interactianos: 269.985; Clubes: 11.695; Países: 131; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 6.436; Voluntários: 148.028; Países: 77; Número de rotarianas: 190.830.

ganização rotária, e aqueles que são os pregadores da amizade amam indelevelmente a paz, entendida aqui como uma virtude integral. Assim o Rotary concebe as regras para os seus membros: para que eles atuem de modo digno e reto nas suas vidas pública e privada. Esta maneira adequada de trabalhar lhes dá o sossego de espírito.

“Hurra!” era o grito de guerra dos soldados eslavos, germânicos e anglo-saxões. Hoje, ela foi transformada em “Salve!”, uma saudação com um generoso conteúdo de paz, e com a qual compomos o entusiasmo por sublimes ações realizadas. “Salve!” é a voz do alento, do consenso, da homenagem que do fundo de nossos corações usamos para saudar os pacifistas. Portanto, “Salve, Paul Harris!”, o homem que fundou o Rotary há 104 anos, comemorados no mês passado, e que fez um chamado para o entendimento entre os homens, enaltecendo e propugnando o decoro e a dignidade do ser humano e incentivando a todos para a vitória da compreensão entre os povos – e, consequentemenBR te, dos rotarianos.

Da mesma maneira que a amizade é a célula do Rotary, a ingratidão e a deslealdade são imperdoáveis

* O autor é EDRI e presidente da ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation.

NO BRASIL Rotarianos: 51.973; Clubes: 2.296; Distritos: 38; Rotaractianos: 14.030; Clubes: 610; Interactianos: 15.893; Clubes: 691; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 256; Voluntários: 5.888; Número de rotarianas: 9.725.

Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil (dados de fevereiro de 2009)

B RASIL R OTÁRIO 2 9

Capa O ano começou com o anúncio de novos recursos para o combate mundial à poliomielite. Nesta reportagem especial, mostramos os obstáculos que ainda temos pela frente nessa campanha, o quanto já foi superado até aqui e contamos as histórias de alguns heróis dessa emocionante jornada.

Esperanças renovadas, desafio em dobro

Rotary Images

Depois de conhecer pessoalmente o trabalho de combate à pólio na Índia, Bill Gates anuncia mais uma parceria com o Rotary, que chega ao total histórico de US$ 555 milhões BILL GATES em San Diego, recebendo os aplausos do presidente-eleito do Rotary International, John Kenny Diana Schoberg e Dan Nixon* m novembro do ano passado, enquanto seus vizinhos, moradores de um bairro chique de Seattle, elegiam o novo presidente dos EUA, o fundador da Microsoft, Bill Gates, caminhava pelas ruas poeirentas de uma favela da Índia, onde ele também estava trabalhando por mudanças. Durante aquela viagem, o co-presidente da Fundação Bill & Melinda Gates visitou Seemapuri, uma área do subúrbio de Nova Déli, capital indiana. Acompanhado por agentes de saúde, Bill Gates conheceu pessoalmente o trabalho de combate à pólio na Índia, um dos quatro países onde o vírus da do-

E

3 0 MARÇO

DE

2009

ença ainda desafia os esforços de erradicação. “Estou impressionado com a dimensão deste trabalho”, ele declarou aos repórteres na Índia. “Apesar das dificuldades, estou cada vez mais convencido de que a Índia terá sucesso na tarefa de acabar com a poliomielite”.

A viagem de Bill Gates à Índia foi seguida por um anúncio que empolgou os rotarianos e todos aqueles que têm trabalhado para banir a poliomielite do planeta. Em janeiro, a Fundação Gates comunicou a injeção de mais US$ 255 milhões ao esforço global para erradicar a doença. Em contrapartida, o Rotary comprometeu-se a contribuir com mais US$ 100 milhões, a título de emparceiramento. Esta

nova doação soma-se aos outros US$ 100 milhões assumidos pelos rotarianos junto à Fundação Gates em resposta ao desafio lançado por Bill Gates em novembro de 2007.

Sendo assim, o valor total da parceria entre o Rotary International e a Fundação Gates chega a US$ 555 milhões, um mais que bem-vindo impulso para garantir que a reta final contra a poliomielite possa ser cumprida.

TODOS ESTÃO CONVOCADOS Para emparceirar as contribuições feitas pela Fundação Gates (US$ 355 milhões, no total), o Rotary comprometeu-se a levantar US$ 200 milhões até 30 de junho de 2012, ou seja: os US$ 100 milhões que

VIAGEM À ÍNDIA Assim como acontece com os rotarianos, para a família Gates a derrota da pólio não se restringe a assinar um cheque: ela significa um engajamento. Aos 53 anos, Bill Gates, que deixou a presidência da Microsoft no ano passado para dedicar mais tempo ao trabalho filantrópico, encontrou na Índia uma família com uma criança de nove meses que havia sido diagnostica-

“O engajamento de cada um de vocês é impressionante, e especialmente o do Rotary International” BILL GATES

da recentemente como portadora de poliomielite. Gates viu de perto como se desenvolvem os trabalhos de vacinação e de supervisão, e reuniu-se com o primeiro-ministro indiano Manmohan Singh e com o ministro da Saúde, Anbumani Ramadoss, para discutir o progresso no combate à pólio e outras iniciativas no campo da saúde no país.

Gates, que viajou à Índia com suas duas irmãs e com o pai, William Gates Sr., que é co-presidente da Fundação Gates, encontrou-se também com rotarianos e representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Unicef. “O sucesso no combate à pólio é de inacreditável importância para a saúde pública mundial, por isso é importante que façamos todo o possível para acelerar a erradicação”, afirmou Bill Gates à imprensa.

A família Gates participou de um almoço para a arrecadação de fundos, organizado pelo Comitê Polio Plus da Índia e por Rajashree Birla, sócia honorária de dois Rotary Clubs, que se comprometeu em abril do ano passado a doar US$ 1 milhão para os esforços do Rotary contra a poliomielite. Durante o encontro, diversos rotarianos anunciaram doações para o desafio do Rotary. Além da própria Rajashree Birla, que prometeu mais US$ 1 milhão, Harshad Mehta, do

Rotary Club de Bombai, anunciou mais US$ 1,5 milhão adicionais aos US$ 2 milhões comprometidos em dezembro de 2007. Rajnikant D. Shroff, do Rotary Club de Vapi, comprometeu-se com US$ 250.000. “O engajamento de cada um de vocês é impressionante, e especialmente o do Rotary International, que lançou o programa de combate à poliomielite em âmbito mundial”, disse Bill Gates durante o almoço. “Sinto-me mais do que contente de estar aqui com vocês e de compartilhar sua visão de um mundo livre da pólio.”

A nova doação de US$ 255 milhões feita ao Rotary em janeiro representa um dos mais expressivos subsídios jamais concedidos pela Fundação Gates e o maior já recebido pelo Rotary em seus 104 anos de existência. O Rotary utilizará esses recursos no apoio direto às atividades de imunização conduzidas pela Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, uma parceria liderada pelo Rotary International ao lado da OMS, dos Centros Norteamericanos para o Controle e a Prevenção de Doenças, e do Unicef. O Rotary reverterá os recursos principalmente através de subsídios à OMS e ao Unicef.

“Esta parceria do Rotary e da Fundação Gates representa uma oportunidade histórica de livrarmos o mundo de uma doença que rouba o futuro das nossas crianças”, declarou o presidente do Rotary International, Dong Kurn Lee. “É um reforço significativo no sentido de tornarmos real o nosso sonho de um mundo livre da poliomielite”. * Diana Schoberg é editora associada da The Rotarian. Dan Nixon é supervisor de projetos editoriais do Departamento de Publicações do RI. Tradução de Eliseu Visconti Neto.

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haviam sido prometidos em novembro de 2007 somados aos outros US$ 100 milhões acertados no começo deste ano. O projeto, agora rebatizado como Desafio de US$ 200 milhões do Rotary, foi anunciado durante a Assembleia Internacional de San Diego, em janeiro.

“Graças ao apoio da Fundação Bill & Melinda Gates, estamos perto de erradicar uma das mais temidas doenças incapacitantes da história, às vezes fatal”, declarou o presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária, Jonathan Majiyagbe. “Este emparceiramento do Rotary e da Fundação Gates deveria servir de exemplo para que as demais organizações governamentais e não-governamentais também colaborem com os recursos necessários à eliminação da pólio de uma vez por todas.”

Para que o desafio lançado pela Fundação Gates (e agora dobrado) seja cumprido, é fundamental que os rotarianos participem. Nesse sentido, todos os Rotary Clubs do mundo estão desafiados a organizar um evento anual de arrecadação pública de recursos nos próximos três anos. Em outubro de 2008, os curadores da Fundação Rotária aprovaram um reconhecimento de Companheiro Paul Harris especial, cujo certificado trará o logo da campanha End Polio Now (Acabe com a Pólio Agora, em inglês).

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E a pólio desembarcou no Brasil...

A saga de uma terrível doença, de seus primeiros surtos à erradicação final Da Redação o primeiro dia do ano de 1953, o Correio da Manhã trazia a seguinte manchete: “Não há epidemia de paralisia infantil no Rio”. Já tinha se tornado um hábito das autoridades sanitárias negar a existência de surtos da doença. O Departamento de Higiene da Prefeitura afirmava que nem mesmo havia paralisia infantil endêmica, pois as notificações eram “pura e simplesmente casos esporádicos”. Semanas depois, as mesmas autoridades reconheciam o caráter endêmico da doença, mas explicavam que não havia motivo para alarde. A paralisia infantil havia desembarcado no Brasil há décadas e era normal um ou outro caso, disseram. Chegou-se a desdenhar do conhecimento científico da época: os dois casos ocorridos em Botafogo, bairro do Rio de Janeiro, eram, por exemplo, manifestações isoladas, uma vez que a doença era própria do frio, e justamente este tipo de clima faltava na então Capital Federal.

Diante das negativas das autoridades e do temor das famílias, a imprensa recorreu à opinião de médicos. Em sua maioria, as vozes ouvidas procuravam atenuar os acontecimentos. Entre elas, porém, uma se diferenciou.

O renomado ortopedista Oswaldo Pinheiro Campos foi categórico ao admitir a existência de uma epidemia na cidade. Segundo Campos, era “muito mais útil reconhecer e apontar uma verdade, embora desagradável, do que a encobrir com artifício de lógica.”

Algumas autoridades ouvidas culparam a água e o leite consumidos pela população carioca, outros lembraram o lixo deixado pelos piqueniques nas praias.

Enquanto isso, a incerteza conduzia às mais inusitadas formas de combate à progressão da doença. Assim é que todas as casas da Vila Ransard, no interior de São Paulo, foram dedetizadas.

Naquele ano de 1953, quando as pesquisas sobre a poliomielite avançavam nos EUA, ocorrera o maior surto da doença na cidade do Rio de Janeiro.

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SURTOS OFICIAIS E NÃO-OFICIAIS No Brasil, embora existam referências a casos esporádicos de poliomielite nas últimas décadas do século 19, a primeira descrição pormenorizada de um surto foi feita pelo pediatra carioca Fernandes Figueira em 1911. Desta forma, começava oficialmente a saga de uma estranha doença que já incapacitara, até então, milhões de pessoas pelo mundo todo desde a Antiguidade.

Em 1917, foi a vez do cirurgião e higienista Francisco de Salles Gomes Júnior descrever outro surto, agora em Vila Americana, São Paulo. Tal como havia defendido Fernandes Figueira, Salles Gomes afirmava que os casos de São Paulo deviam ser classificados como epidemia. Seus argumentos eram semelhantes aos do pediatra carioca: o número de casos crescia de forma constante e eles apresentavam os mesmos padrões observados lá fora.

Após estas epidemias no Rio de Janeiro e em Ame-

Arcoverde, chegou a declarar que “dados publicados pela OMS mostram que, depois da Índia, o Brasil foi o país que registrou o maior número de casos de poliomielite em todo o mundo, no período de A VIRADA DE MESA A pressão popular, o apoio da imprensa, a possibilida- 1976 a 1978.” A solução para o quadro: vacinação de de uma prevenção, com a descoberta de vacinas, em massa, em curtíssimo período de tempo, em todos estes fatores acabaram alterando a postura dos escala nacional.

Assim, nos dias 14 de junho e 16 de agosto de governos. Tanto assim que encontramos a situação no seguinte estágio em dezembro de 1960: os órgãos de 1980, aconteciam a primeira e a segunda etapas da saúde apelavam à população para que vacinassem seus vacinação contra a pólio, em todo o território brasifilhos contra a poliomielite, ressaltando que o público leiro. Como resultado, os casos da doença, que em não dava a merecida importância ao assunto. Naquele 1980 eram 1.290, passaram para 122, no ano seguinano, algumas capitais haviam assistido a um aumento te. Em 1982, outra vitória: apenas 45 confirmações.

Até que um dia, em 1989, no município de Souza, na da incidência da doença.

Um outro grande passo era dado logo depois. O Mi- Paraíba, o último caso de pólio aconteceu no país. nistério da Saúde adotava oficialmente a vacina Sabin Em 1994, o Brasil recebeu o Certificado de Erradie iniciava, em 16 de julho de 1961, a primeira experi- cação da Poliomielite, concedido por uma comissão ência de vacinação em massa, com a expectativa de internacional.

A estratégia dos Dias Nacionais de Vacinação, sevacinar 25 mil crianças dos municípios de Santo Anguindo o modelo inicial, com duas etapas anuais, hadré, São Bernardo e São Caetano.

Contudo, foi somente em 1979, no primeiro ano via se consolidado na rotina do país.

Uma preocupação surgiu no início deste século. do general João Baptista Figueiredo, que aconteceu a grande mudança nos rumos do enfrentamen- A partir de 2001, os índices de cobertura vinham to da pólio. A nova equipe do Ministério da Saúde caindo, e, em 2005, a meta de imunizar 95% dos se deparava com um novo surto no Paraná e em menores de 5 anos não foi atingida. O dado positiSanta Catarina. O então ministro da saúde, Waldir vo é que, no ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde, o percentual de cobertura da campanha foi de 97,32% na primeira etapa (15,4 milhões de criNÚMERO DE casos de poliomielite a partir anças vacinadas, de 0 a 4 anos) e de do ano da primeira campanha nacional de 94,29% na segunda (14,9 milhões de vacinação. Como se vê, os últimos casos da doença estão registrados em 1989 crianças vacinadas).

Durante todos esses anos de campanha, o país contou, e muito, com o apoio do Rotary. É importante lembrar, contudo, que a desmobilização da sociedade contra a poliomielite não é ainda possível. Mesmo estando a doença oficialmente erradicada aqui, o número de infecções em outros países continua significativo. Em quatro deles – Índia, Afeganistão, Nigéria e Paquistão – a doença é endêmica. Considerando-se a facilidade de trânsito de pessoas pelo mundo, a redução do número de crianças imunizadas aumentaria o risco de reintrodução da doença no nosso país. Por isso, o Zé Gotinha continuará fazendo parte do elenco de personagens que povoam o mundo das crianças brasileiras. ricana, outras de importante magnitude foram registradas apenas a partir das décadas de 1930 e 1940.

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Rotary combate a doença há três décadas Ação inicial nas Filipinas foi seguida de parceria com OMS e Unicef

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á 30 anos, a luta contra a poliomielite cruzava o caminho do Rotary. Tudo começou com a aprovação por parte da Fundação Rotária de um subsídio do Programa 3H no valor de US$ 770 mil, destinados a financiar a imunização de 6 milhões de crianças nas Filipinas. O sucesso do projeto pôde ser constatado estatisticamente: após as vacinações regulares, os casos de paralisia infantil foram reduzidos em 70%. Anualmente, a doença fazia 1.500 vítimas fatais naquele país. Em 1983, o número caiu para 43.

A partir da experiência nas Filipinas, surgiria a oportunidade de o Rotary unir forças à Organização Mundial da Saúde (OMS) e ao Unicef em direção a um esforço mais amplo. Entre os anos de 1979 e 1982, a Fundação Rotária destinou US$ 2 milhões para seis países. A verba foi utilizada na imunização de 13 milhões de crianças. Em 1983 e

1984, mais US$ 1,7 milhão foram designados para financiar a vacinação de 9 milhões de crianças em oito países.

O engajamento despertou no Rotary a necessidade de sistematizar suas ações de combate à doença e ampliar o compromisso com a OMS. Desta maneira, em 1985 nasceu o Programa Polio Plus, compromissado em promover uma campanha de arrecadação de fundos para a doação de vacinas aos países em desenvolvimento que aderissem ao Programa Ampliado de Imunizações, da OMS. Em sua primeira fase, a Campanha Polio Plus angariou US$ 240 milhões, o que possibilitou estender a ajuda a mais de 100 países, imunizando 700 milhões de crianças.

Os primeiros passos rotários do combate à pólio no Brasil foram empreendidos também em 1985, com a criação da Comissão Nacional Polio Plus, orientada por dirigentes internacionais do programa.

No ano seguinte, a comissão encaminhou à Fundação Rotária um projeto resultante de estudos desenvolvidos com técnicos do Ministério da Saúde. A resposta: os rotarianos brasileiros receberiam US$ 6 milhões em cinco anos para adquirir vacinas e combater a doença, lado a lado com o governo federal. No mês de maio, durante o mandato do então presidente da República José Sarney, uma solenidade no Palácio do Planalto formalizou a assinatura do compromisso entre a Fundação Rotária e o governo brasileiro. Estiveram presentes autoridades internacionais, políticas e rotárias.

No ano de 1994, o Brasil foi finalmente considerado livre da poliomielite. Na ocasião, o então ministro da Saúde, Adib Jatene, em carta destinada ao presidente da República à época, Fernando Henrique Cardoso, mencionou nominalmente o Rotary, agradecendo a colaboração decisiva na erradicação da doença.

O adeus a um dos heróis do Polio Plus No dia 14 de janeiro, uma semana antes do anúncio da nova parceria com a Fundação Gates, o Rotary perdeu uma de suas mais poderosas vozes no combate à pólio: o mexicano Carlos Canseco, presidente do Rotary International em 1984-85 e responsável por lançar mundialmente o Programa Polio Plus. Aos 87 anos, médico aposentado, Canseco era rotariano desde 1950, quando entrou para o Rotary Club de Monterrey, em seu país natal. Além de 3 4 MARÇO

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presidente do RI, ele foi presidente e vice-presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária, diretor do RI e membro do Comitê Internacional Polio Plus.

Professor de medicina na Universidade Autónoma de Nuevo León e um dos fundadores da Sociedade Mexicana de Alergologistas, no começo dos anos 1980 Carlos Canseco auxiliou Albert Sabin, descobridor da vacina oral contra a pólio, a desenvolver uma vacina contra o sarampo na forma de aerosol. Reconhecido pela Organização Pan-americana da Saúde como um dos Heróis da Saúde Pú-

blica das Américas, ele recebeu diversos prêmios em países como México, Brasil, Colômbia, Costa do Marfim, República Dominicana, Alemanha, Nicarágua, Paraguai, Peru e Turquia.

“O mundo rotário está triste”, declarou o diretor do RI José Alfredo Sepúlveda. “A herança de serviços prestados por Carlos Canseco através dos caminhos científicos e humanitários certamente continuará a melhorar a vida das crianças de todo o mundo.”

Carlos Canseco deixou a mulher, María Aurora, e nove filhos.

Eu e a pólio Plínio Vicente da Silva*

N

a comunidade da Mombuca, vale do médio rio Mogi Guaçu, região de Ribeirão Preto, em São Paulo, éramos não mais que 50 crianças no final do ano de 1945. O mundo convivia com as agruras da Segunda Grande Guerra. Entretanto, os horrores que se espalhavam nos teatros das batalhas não chegavam até nós. Filhos de campesinos, gente simples do interior, nosso universo fazia fronteiras entre a mata fechada, refúgio da natureza, e os perigos das águas ligeiras que corriam no vasto caudal de nosso rio.

Pois foi nesse cenário que a minha história acabou sendo escrita com as tintas do imponderável, numa aquarela que misturou angústia, sofrimento e uma incrível profissão de fé daqueles que me trouxeram ao mundo. Acordei chorando numa manhã de dezembro, pouco antes do Natal. Com febre alta e as dores da urina presa, já sem poder ficar em pé, fui levado ao médico, 16 km de estrada de terra mais adiante, percorridos a pé por minha mãe. Diagnóstico: paralisia infantil.

Era esse o nome que se dava na época à poliomielite. Conhecer, domar, combater e erradicar esse vírus eram ainda grandes desafios, enfrentados por alguns poucos cientistas.

Os mais conhecidos eram Jonas Salk, autor da primeira vacina, cujo uso mais tarde se revelaria impraticável, e Albert Sabin. Este sim alcançaria sucesso, iniciando a cruzada que o tornou imortal graças à descoberta que hoje salva milhões de crianças mundo afora.

Entretanto, naquela época eram estudos ainda em fase incipiente, longe de poderem me ajudar a escapar das garras da doença. Então, numa casa sem forro, de chão de terra ba-

tida, numa colônia de lavradores, a febre se foi e ficou a constatação: eu não mais voltaria a andar. Pelo menos não como uma criança normal.

Desse dia em diante mudou minha vida e por minha causa mudou também a vida de minha família.

Cresci cercado pelo amor dos meus pais e irmãos, que se viram obrigados a aprender a cuidar de mim.

Juntou-se a essa dedicação a preocupação de uma extensa legião de amigos. De forma natural, trataram-me sempre como um igual, uma criança e depois como um adolescente. Foi assim, nessa convivência, que atravessei a primeira infância. Ao entrar no sétimo ano comecei o tratamento que, oito anos depois, me poria novamente de pé.

Internado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, foram seis cirurgias pelas mãos do médico italiano Alberto Chiara. A cada uma se sucederam meses de dolorosa fisioterapia, ainda usando técnicas rudimentares, só interrompidas para períodos de recuperação ao lado da minha família num pequeno paraíso rural chamado Guatapará.

A vida seguiu seu curso e eu pude aprender, ensinado pelas limitações impostas pelas sequelas da pólio, que a natureza leva o ser humano a desenvolver novos mecanismos para superar dificuldades. Assim, descobri com o tempo que, se fisicamente não poderia ser um atleta, teria que me socorrer do desenvolvimento intelectual para alcançar algum objetivo.

Hoje, depois de quase 65 anos desde aquela manhã de dezembro de 1945, após percorrer uma trajetória de meio século de sucesso no jornalismo, a profissão que a pólio ajudoume a escolher, emociono-me quando vejo o esforço e a disposição desse exército de voluntários do Rota-

ry que salvam milhões de crianças, entre elas meus netos, salvas das garras do terrível mal que me abateu.

Fico a imaginar quais seriam minha vida, meu destino e meu futuro se tivesse tido a chance de receber duas simples gotinhas. Essas não são pessoas comuns. São anjos e soldados de um exército anônimo, protetores das pequenas almas, corpos ainda infantes, que Deus espalha pela terra para, à sua imagem, garantir a eternidade de sua criação.

BR

“Desse dia em diante mudou minha vida e por minha causa mudou também a vida de minha família”

*O autor é jornalista.

Trabalhou como chefe de reportagem e correspondente na Amazônia do jornal O Estado de S. Paulo.

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16 º Concurso de Monografias

A urgência de um assunto

Em sua primeira mensagem como presidente do RI, em junho do ano passado, D.K. Lee escreveu: “Mais de 26 mil meninos e meninas com menos de cinco anos morrem diariamente de causas que poderiam ser prevenidas.” E lançou o desafio: “E se os 1,2 milhão de rotarianos concentrassem seus esforços para salvar a vida de ainda mais crianças?”

Daí a explicação para a escolha do tema do concurso de monografias deste ano. Haveria, no entanto, motivo mais urgente?

“N

o Brasil, todas estas ênfases têm um significado muito especial, justamente pelo seu caráter de desafio. Nada mais oportuno, penso, do que este tema: a realidade perversa do nosso país acaba se convertendo em um alto índice de mortalidade infantil. E nós temos de resgatar nossa dívida social com a educação, a saúde, a alimentação”, diz o coordenador do concurso, o EGD Edson Avellar da Silva.

NÚMEROS SOMBRIOS A taxa de mortalidade infantil bra-

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sileira vem melhorando gradativamente, mas ainda se encontra em índices altos para os padrões internacionais. Nos países ricos, a mortalidade infantil é de seis crianças a cada mil nascidas. No Brasil, em levantamento de 2006, eram 25 mortes por mil crianças com menos de um ano de idade. Nesse aspecto, o nosso país ocupa situação pior do que a de vizinhos mais pobres, como o Suriname, o Equador e a Venezuela.

Por outro lado, o concurso, que tem um caráter multidisciplinar, afeta diretamente uma classe pro-

fissional estratégica no desenvolvimento social de um país, como lembra Edson Avellar: “Temos certeza de que ao oferecer esta oportunidade aos professores estamos contribuindo para a melhoria das condições dos educadores brasileiros, eles que também estão presos a um elo perverso que os submete a condições adversas de trabalho.”

Ele conclui com o apelo: “Gostaria que os rotarianos brasileiros se engajassem nesse concurso. É uma forma concreta de atender o lema Realizemos os Sonhos.”

A.Santos

Uma das grandes preocupações do Rotary, “Vencer a Mortalidade Infantil” é o tema mais dramático que o concurso já escolheu

Nos países ricos, a mortalidade infantil é de seis crianças a cada mil nascidas. No Brasil, são 25 mortes por mil crianças com menos de um ano de idade.

I O regulamento e a coletânea estão disponibilizados na homepage da Brasil Rotário: www.brasil-rotario.com.br I

Maiores informações na revista Brasil Rotário: Av. Rio Branco, 125/18º – Rio de Janeiro – RJ CEP: 20040-006 – Tel: (21) 2506-5610/ Fax: (21) 2506-5606 E-mail: marketing@brasil-rotario.com.br

Comissão Julgadora Lembramos ao leitor que seus integrantes são tradicionalmente rotarianos vinculados à área de educação. A comissão tem, inclusive, dois membros da Academia Brasileira de Letras, os companheiros Antonio Olinto e João de Scantimburgo. A relação completa é a seguinte: Adélia Villas, RC RJ-Guanabara; Alberto Gentile Filho, RC Maricá-Itaipuaçu; Antônio Eugênio Taulois, RC Petrópolis; Antonio Olinto, RC RJBonsucesso; Antonio Vilardo, RC RJ-Ramos; Áurea Regina Sampaio Jaccoud, RC Queimados; Carmelinda Amália Maria Maliska, RC RJ-Saúde; Célia Lobo Paulo, RC Petrópolis; Eduardo de Barros Pimentel (membro honorário da comissão), RC São Paulo; Edson Avellar da Silva, RC RJ-Ramos; Edson Schettine de Aguiar, RC Rio de Janeiro; Helter Jeronymo Luiz Barcellos, RC São Gonçalo; Ivonne Sachetto, RC RJ-Guanabara; João de Scantimburgo (membro honorário), RC São Paulo; Joper Padrão do Espírito Santo, RC RJ-Tijuca; Manoel Jairo Bezerra (membro honorário), RC RJMéier; Maria Magnólia Pretoni, RC SP-Nove de Julho; Mariângela Mello da Silva Cardoso, RC RJMéier; Marlene Manso da Costa Reis, RC RJBotafogo; Paulo César Milani Guimarães, RC Rio de Janeiro; Paulo Roberto Lacerda Máximo, RC RJBrás de Pina; Regina Helena do Amaral Gaglianone, RC RJ-Bonsucesso; Rosa Maria Carrozzino, RC RJJacarepaguá; Suely da Costa Velho Mendes de Almeida, RC Rio de Janeiro; Waldenir de Bragança, RC Niterói-Norte; Wilmar Garcia Barbosa, RC RJJardim Botânico.

Prêmios: patrocinadores e homenageados A boa repercussão que o concurso recebeu teve como resultado a adesão de algumas organizações. Esse fato explica o nome dado a algumas das premiações, como se verifica abaixo: 1º Lugar – Prêmio Senador Antonio Ermírio de Moraes: Patrocinado pela Fundação de Rotarianos de São Paulo, cujo fundador dá o nome a esta premiação.

2º Lugar – Prêmio Dr. Armando Monteiro Neto: Patrocinado pela Editora Brasileira de Guias Especiais, ganha o nome do presidente da Confederação Nacional da Indústria.

3º Lugar – Prêmio Paulo Viriato Corrêa da Costa: Patrocinado pelo distrito 4420. Paulo Viriato foi o terceiro brasileiro a presidir o Rotary International.

4º Lugar – Prêmio Edgar Carvalho de Mendonça: Patrocinado pela Editora Cop e pela revista “Suma Econômica”, dirigidas pelos companheiros Alexis Cavichini, do RC Rio de Janeiro, e pelo companheiro Wislay Teixeira de Siqueira, do RC RJ-Méier. Edgar Carvalho foi rotariano do RC RJ-Glória e irmão do EGD 1991-92 Jacy Carvalho de Mendonça. Vale ressaltar que o companheiro Edgar foi o maior contribuinte da Fundação Rotária no distrito 4570.

5º Lugar – Prêmio Archimedes Theodoro: Uma homenagem da Cooperativa Editora Brasil Rotário ao grande companheiro e diretor do RI 1980-82. BR

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Aldair de Queiroz FFranco ranco e Altimar Augusto Fernandes Coordenadores Regionais da Fundação Rotária para as Zonas 20 (Norte), e 19A e 20 (Sul), respectivamente

Plano de Visão Futura da Fundação Rotária: fase experimental gora é para valer: chegou a hora de decidirmos se candidatamos ou não o nosso distrito a ser um distritopiloto para testar a visão futura da nossa Fundação Rotária. Se nos candidatarmos, poderemos ser ou não escolhidos para estar entre os 100 distritos que experimentarão a nova maneira através da qual a Fundação Rotária irá Fazer o Bem no Mundo.

Este teste durará três anos. Depois de experimentado o novo modelo, todos os demais distritos se alinharão à nova forma.

Será uma honra estar entre os 100 distritos selecionados.

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Primeiro passo – Candidatar-se a ser um dos 100 distritos-piloto:

É fundamental que seu distrito não tenha relatórios de projetos de subsídios humanitários anteriores pendentes, já vencidos. É fundamental que 2/3 de seus clubes aprovem a decisão. É fundamental que seu distrito preencha o formulário de inscrição e o submeta à Fundação Rotária até as 17 horas (hora de Chicago) do dia 15 de maio de 2009.

os presidentes de cada Comissão Distrital da Fundação Rotária participarão de um treinamento custeado pelo Rotary International.

De fevereiro a junho de 2010, os governadores entrantes dos distritos que participarão da fase experimental irão treinar os dirigentes de clube de 2010-11 (no PETS, na Assembleia Distrital e na Conferência Distrital).

No próximo dia 15 de junho, a Fundação Rotária irá anunciar os distritos que participarão da fase experimental e os reconhecerá durante a Convenção Internacional de Birmingham.

IMPLANTAÇÃO DO NOVO MODELO: De fevereiro a junho de 2010, durante a fase de treinamento distrital, os distritos determinarão quais atividades de 2010-11 necessitarão de subsídios e submeterão os pedidos online.

A partir de 1º de julho de 2010, a Fundação Rotária começará a conceder subsídios

Segundo passo – O treinamento: Em janeiro de 2010, os governadores 2010-11 e

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Coluna do chair da Fundação Rotária distritais e globais aos distritos envolvidos na fase experimental. Estes distritos não mais poderão solicitar subsídios para os demais programas em vigência da Fundação (com exceção do Polio Plus e dos Centros Rotary de Estudos Internacionais).

PERÍODO DE TESTE: De 2010 a 2013, os distritos da fase experimental testam os subsídios distritais e globais e encerram quaisquer atividades que, porventura, estejam ainda em andamento sob a atual estrutura de subsídios.

ESTRUTURA DOS NOVOS SUBSÍDIOS: Os distritos que participarem da fase experimental executarão subsídios distritais ou globais durante um período de três anos.

SUBSÍDIOS DISTRITAIS: Permitirão aos distritos usar até 50% do Fundo Distrital de Utilização Controlada, oferecendo flexibilidade para o uso dos recursos. Este tipo de subsídio poderá apoiar projetos em parceria com clubes de distritos que não estejam participando da fase experimental.

Alfabetização: a chave para o sucesso

S

aber ler e escrever pode transformar a vida de uma pessoa. Para todos aqueles que lutam para fugir do círculo da pobreza, esses dois conhecimentos básicos podem significar um emprego, uma fonte de renda ou a esperança de um futuro melhor. Esta é a razão pela qual o Rotary, há mais de duas décadas, tem priorizado a promoção da alfabetização, tendo mobilizado milhões de dólares para isso através da Fundação Rotária.

Março é o Mês da Alfabetização no calendário rotário, época de refletirmos sobre o que nossos clubes poderiam fazer para elevarmos as taxas de alfabetização em nossas comunidades. Em algumas regiões do mundo, mais de 70% da população não sabem ler nem escrever. Muitas das pessoas que compõem esta estatística são mulheres e meninas que têm pouquíssimas oportunidades de acesso à educação, e que por isso são incapazes de ensinar os próprios filhos a ler. Mesmo nos países mais ricos, é possível encontrarmos escolas inadequadas, que não dispõem dos métodos didáticos corretos, e onde muitos adultos não conseguem ler ou escrever de maneira suficiente para cumprir satisfatoriamente o seu papel na sociedade. fotos: SXC arte: Alex

SUBSÍDIOS GLOBAIS: Para projetos de maior vulto, visando resultados autossustentáveis e que gerem alto impacto em uma das seis áreas de enfoque abordadas na Missão da Fundação Rotária:

Paz e prevenção/resolução de conflitos; Prevenção e tratamento de doenças; Recursos hídricos e saneamento; Saúde materno-infantil; Educação básica e alfabetização; Desenvolvimento econômico e comunitário.

Estes projetos poderão ser criados e executados por clubes e distritos dentro destas seis áreas de enfoque, e receberão uma equiparação do Fundo Mundial da Fundação Rotária. Além disso, clubes e distritos poderão participar de projetos executados pela Fundação Rotária em colaboração com parceiros estratégicos.

Os distritos da fase experimental não poderão financiar projetos de subsídios globais com clubes de distritos que não façam parte da fase BR de testes.

O Programa de Subsídios Humanitários da Fundação Rotária funciona em todo o mundo para alfabetizar os mais diversos grupos de pessoas, permitindoas adquirir conhecimentos capazes de mudar suas vidas. Os subsídios da Fundação têm servido para fornecer livros, material escolar, computadores e outros materiais didáticos. Com o patrocínio da Fundação, os Rotary Clubs estão apoiando as escolas que enfrentam deficiências e ajudando-as a ter sucesso no desenvolvimento de programas que se utilizem do método de alfabetização CLE, que se demonstrou tão efetivo na Tailândia e em outros países.

A alfabetização abre as portas para o emprego e para a segurança econômica. Vamos utilizar os recursos da Fundação Rotária para oferecer às nossas comunidades esse conhecimento indispensável.

JONATHAN MAJIYAGBE Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária B RASIL R OTÁRIO 3 9

Odersio Martinhão completou 50 anos de fidelidade ao RC de Indaiatuba, SP (D.4310).

Francisco Aigner é participante ativo do RC de Montenegro, RS (D.4670), do qual foi fundador em 1952.

Julio Verne, associado do RC de Taquara, RS (D.4670), está no Rotary há 52 anos.

4 0 MARÇO

DE

2009

O companheiro Ludovico Leonardo Molica, com 52 anos de Rotary, é fundador do RC de Volta Redonda, RJ (D.4600).

José Mario Marcondes Pereira é associado do RC de Novo Horizonte, SP (D.4480), desde 1955, tendo participado de sua fundação.

O companheiro Anis Salim Madi, do RC de Mirassol, SP (D.4480), completou 50 anos de vida rotária.

O EGD Hermírio Gomes da Silva, do RC de Governador Valadares, MG (D.4520), é associado há 53 anos.

S G

Lucidório Leite Bastos é rotariano há 55 anos. Ele é associado do RC de Mafra, SC (D.4740).

e você tem 50 anos de Rotary ou mais, envie sua foto sozinho para a Brasil Rotário: E-mail: redacao@brasil-rotario.com.br Endereço postal: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar – Centro – Rio de Janeiro – CEP: 20040-006

Interact & Rotaract

O Rotaract Club de Osório, RS (D.4670), realizou festa à fantasia para as crianças. Com a renda obtida, doou um oxímetro portátil ao Hospital São Vicente de Paulo.

Comemorando 10 anos de fundação, o Rotaract Club de Porto Alegre-Bom Fim, RS (D.4680), lançou o livro “Vivências – Fases da Vida”, editado com a participação de alunos da Escola Estadual Leopoldo Tietbohl.

O Rotaract Club de São Bento do Sul, SC (D.4650), promoveu reforma no piso da Associação São Francisco de Assis (Asfa), entidade de recuperação de dependentes químicos. Na mesma época, companheiros entregaram 70 livros infantis para uma escola municipal que atende à comunidade carente (foto). Outras iniciativas deste Rotaract: campanha de conscientização para doação de sangue e medula óssea, e tarde com recreação e distribuição de brinquedos para 200 crianças carentes.

Integrantes dos Rotaract Clubs de Magé , Guapimirim-Dedo de Deus, Niterói-Araribóia, RJ (D.4750) e do Rotaract Club do Corcovado, RJ (D.4570), participaram do McDia Feliz.

Coordenado nacionalmente pelo Instituto Ronald McDonald, o McDia Feliz é a principal fonte de arrecadação de recursos para o combate ao câncer infanto-juvenil no Brasil.

■ ■ ■

Na presença do governador do distrito 4660, Mario Cesar Vianna, foi fundado o Interact Club de Tupanciretã, RS. Composto por 17 jovens com idades entre 14 e 18 anos, e presidido por Ana Carolina Silva, o clube já está desenvolvendo projetos comunitários.

O Rotaract Club de Sorocaba-Vergueiro, SP (D.4620), com o apoio do seu clube padrinho, restaurou marco rotário em Sorocaba. Na foto, os EGDs Maria José Duarte Goya, Luiz Paes de Camargo, José Domingos Valarelli Rabello, e o governador do distrito, Valdimir Forti.

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Cultura

Renata Coré

Maysa remasterizada

No início do ano, a TV Globo relembrou de forma romanceada a vida e a carreira polêmicas de Maysa com uma minissérie assinada por Manoel Carlos e dirigida por Jayme Monjardim, filho da cantora e compositora. Aproveitando a deixa do programa, a Som Livre acaba de lançar em CD quatro discos daquela que chegou a ser chamada de “Edith Piaf dos Trópicos”. As cópias remasterizadas dos antigos LPs, gravados na época pela RGE, são de “Maysa é Maysa... É Maysa, é Maysa!”, de 1959, “Maysa canta sucessos” e “Voltei”, ambos datados de 1960, e “Maysa, amor... e Maysa”, do ano seguinte. Vistos em conjunto, os quatro CDs trazem um repertório variado – fossas lânguidas, canções que se tornariam clássicos da MPB, hits de outros cantores renomados, boleros, sambalanço, bossa nova e samba-canção – e cada um é acompanhado de um texto de apresentação preparado pelo pesquisador Rodrigo Faour.

Teatro Mágico em segundo ato

A história do Teatro Mágico começou quatro anos atrás, por iniciativa do ator, músico e compositor Fernando Anitelli, que desejava unir a música a elementos de poesia, teatro e circo. Com essa ideia, nasceu a banda ou trupe ou companhia artística que, desde então, realizou duas turnês pelo Nordeste, vendeu mais de 90 mil cópias de seu primeiro CD e viu seu show ser escolhido o melhor nacional de 2007 pelo “Guia da Folha de São Paulo”.

Após a bem-sucedida estreia, com “Entrada para Raros” – disponível em DVD –, o grupo começou seu novo show, “Segundo Ato”, já lançado em CD, ainda de maneira independente, por opção e convicção. Apesar de as propostas de diferentes gravadoras do país terem chegado, não foram aceitas por se distanciar das ideias propostas pelo criador do grupo. Com isso, o Teatro Mágico segue autoproduzindo suas apresentações, financiando as gravações em estúdio e mantendo os preços populares de seus produtos.

As composições escolhidas para o “Segundo Ato” procuram colocar em debate o homem e a sociedade em que ele vive. Para Anitelli, o primeiro espetáculo passava uma atmosfera de encantamento. A segunda fase, na análise do criador do projeto, é como se a trupe, ao chegar à cidade, se deparasse com questões urbanas, como o cotidiano dos cidadãos de rua e a problemática da mecanização do trabalho.

O Teatro Mágico <http://www.oteatromagico.mus.br>

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Destino da Terra decidido nos dados

A preocupação com o futuro do planeta foi parar nos jogos de tabuleiro. O tradicional “Banco Imobiliário” da Estrela foi acrescido de um sustentável no nome e lançado em versão ecologicamente correta. Com tabuleiro, caixa e cartas feitos em papel reciclado e peças fabricadas em plástico verde (material à base de cana-de-açúcar), o jogo agora tem sua temática ligada ao tema da sustentabilidade. Nas casas do tabuleiro, saem os bairros e ruas importantes e entram reservas naturais, como Pantanal, rio São Francisco, Chapada dos Veadeiros e Serra da Mantiqueira. As companhias de transporte, por sua vez, foram substituídas por empresas de reciclagem, reflorestamento e agricultura orgânica. Com os cartões de sorte ou revés, o jogador pode ser punido por ter poluído demais o meio-ambiente ou

premiado por possuir uma cadeia de restaurantes orgânicos que é um sucesso.

Além do “Banco Imobiliário Sustentável”, a fábrica de brinquedos lançou outro jogo com temática semelhante. Tratase do “Novo Mundo”, que também tem o tabuleiro fabricado com papel reciclado. Desenvolvido para estimular a responsabilidade ambiental, o “Novo Mundo” é voltado para adultos e crianças, que devem responder a perguntas sobre o meio-ambiente.

Livros O OLHAR ATENTO DE ELIANE BRUM Em seus 21 anos de carreira, Eliane Brum já coleciona quase 40 prêmios de reportagem. Atualmente escrevendo para a revista “Época”, a jornalista ficou conhecida por manter um olhar original sobre a realidade, guiando o leitor até às camadas ocultas pela banalidade cotidiana. O ângulo inesperado pelo qual ela opta para contar suas histórias está presente nas dez reportagens reunidas em seu mais novo livro, “O olho da rua”, que começa por um nascimento nos confins da Amazônia,

pelas mãos de parteiras da floresta, e se encerra com uma morte em São Paulo. A repórter acompanhou os 115 últimos dias de vida de uma merendeira de escola.

Em “O olho da rua”, Eliane faz também uma reflexão sobre o ofício de repórter. Um texto inédito acerca dos dilemas enfrentados, das escolhas que fez e dos erros que cometeu acompanha cada reportagem, resultando em uma análise do exercício do jornalismo.

SCOTT FITZGERALD NA ERA DO JAZZ Um dos mais importantes escritores da literatura norte-americana e um dos maiores do século 20, Scott Francis Fitzgerald fez fama e engordou sua conta bancária com a publicação de contos. Foram cerca de 160 histórias. Uma de suas obras clássicas, “Seis contos da Era do Jazz e outras histórias” reúne algumas, entre elas, “O curioso caso de Benjamin Button”, adaptado para o cinema em filme homônimo, recordista em indicações para o Oscar 2009.

A “Era do Jazz” do título foi um termo criado pelo escritor para batizar o período que se iniciou com o triunfo americano no pós-Guerra e terminaria com o crack da Bolsa de Nova York, em 1929. Mais do que música, significava uma época de euforia, em que os

jovens queriam se divertir e mergulhar na frenética sociedade internacional. É essa intensidade que marcou sua época, sua vida e sua literatura que Fitzgerald expõe nos contos reunidos no livro, em que narra as vidas de homens bem-sucedidos, de boas-vidas, maridos e mulheres insatisfeitos e os então recentes estudos de psicanálise. Escrita em 1922, a obra agora ganha uma nova edição, traduzida por Brenno Silveira, que assina também o estudo introdutório.

O olho da rua Uma repórter em busca da literatura da vida real

Eliane Brum Globo

Seis Contos da Era do Jazz e outras histórias F. Scott Fitzgerald José Olympio B RASIL R OTÁRIO 4 3

AutoresLivros rotarianos Livro diário do escritor 2009 Vários autores Litteris Editora Cada dia um poema para inspirar o leitor, nesta agenda literária que conta com a presença da poeta Claudete Sulzbacher. Associada do RC de Santa Cruz do Sul, RS (D.4680), ela colabora com a editora desde 2002, sempre colocando as edições à venda para alguma causa rotária. Neste ano, sua meta é concluir um complexo residencial erguido pela Associação de Amparo à Terceira Idade. Vale destacar que os móveis e equipamentos das moradias estão sendo adquiridos com os recursos de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária em uma parceria entre o clube de Claudete e o RC de Ragusa, Itália (D.2110).

Com a palavra os professores do Brasil Vários autores Litteris Editora Esta é mais uma das antologias na qual Claudete Sulzbacher participou. Já são 50. A autora comparece aqui com seu poema “Somos Ami-

gos”. A venda desta edição também reverterá em benefício do complexo residencial da Associação de Amparo à Terceira Idade.

Para comprar a agenda ou a coletânea acima, ligue para (51) 8131-4007 ou (51) 9916-8707. E-mail: csulzbacher1@yahoo.com.br

A potencialidade do semi-árido brasileiro Manoel Bomfim Ribeiro Editora Qualidade O autor tem como objetivo mostrar as riquezas do semi-árido, o seu potencial econômico e turístico. O texto faz ainda uma análise sobre a transposição das águas do rio São Francisco, que Bonfim, associado do RC de BrasíliaCruzeiro, DF (D.4530), considera desprovida de significado.

Família S.A. Gestão de Empresa Familiar e Solução de Conflitos Pedro Podboi Adachi Editora Atlas Este livro é resultado de uma experiência pessoal de Pedro Adachi como

membro de uma sociedade de cunho familiar, somada às diversas pesquisas e consultorias prestadas em empresas com tal perfil.

Adachi, presidente do RC de Ribeirão PretoEntre Rios, SP (D.4540), procura elucidar os principais aspectos que envolvem essa realidade empresarial. Indicado para empresários, seus familiares e gestores da área.

Sobre um certo Benedito De Ilhéus a Jequitinhonha Wilson da Cunha Benevides Editora Atlas Por meio de uma narrativa simples, a história irá agradar pelo retrato profundamente humano que o companheiro Wilson da Cunha obtém do personagem Benedito.

Amor, sofrimento, lealdade, humanismo, lutas, conquistas se unem para contar uma história que se mescla aos vultos que fizeram parte da saga da região do Jequitinhonha. O autor foi fundador do RC de Almenara, MG (D.4520), do qual foi presidente por duas vezes.

Saudades José Maria Meneses dos Santos, vice-presidente de Finanças da Brasil Rotário, morreu aos 59 anos, em 15 de janeiro último, deixando consternados companheiros e funcionários. Ele era um constante colaborador da revista desde julho de 1997, quando se tornou parte do conselho de administração.

José Maria nasceu no Ceará, e chegou ao Rio de Janeiro ainda garoto, com sua família. Matriculou-se na Casa do Pequeno Jornaleiro, instituição criada em 1940, e que tem como objetivo acolher, formar e orientar crianças e jovens das camadas sociais mais pobres.

Ali ele aprendeu muito sobre ci-

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dadania, uma lição que jamais esqueceria. Já na faculdade, formou-se em administração, posteriormente se especializando em informática.

“José Maria era um self-made man, um homem que se fez pelo próprio esforço. Era também alguém profundamente comprometido com as causas sociais”, salientou Edson Avellar, vice-presidente de Operações da Brasil Rotário.

Participava de inúmeras organizações prestadoras de serviço, tendo um carinho especial pelo Rotary.

Fundou o RC do Rio de Janeiro-Saúde, RJ (D.4570), onde foi presidente por duas vezes, nos períodos 1995-

96 e 2006-07. José Maria deixa mulher, Carmelinda Amália Maria Maliska, empresária e atual presidente do RC do Rio de Janeiro-Saúde, e dois filhos, Jonathan e Jonas Silva dos Santos.

Marcelino Chaves, diretor 19911993 do RI e governador 1975-76 do distrito 1970, de Portugal. Grande companheiro do Rotary no Brasil, Marcelino ocupou outros importantes cargos rotários: foi coordenador do Programa Polio Plus e membro da comissão Preserve o Planeta Terra.

Romualdo Fratin, associado do RC de Ipuã, SP (D.4540).

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Domingo de sol, saúde e cidadania Parceria do Rotary com o Exército atende 2.000 pessoas no Rio Fotos: Sérgio Afonso

No final de 2008, o Forte de Copacabana, na Zona Sul do Rio, foi palco da 1a Jornada Rotária de Saúde e Cidadania, uma grande ação social feita em parceria pelo Exército e o Rotary. Ao longo de oito horas, num belo domingo de sol, rotarianos de 14 clubes do distrito 4570, coordenados pela Comissão Distrital de Imagem Pública, ofereceram gratuitamente à população uma variedade de serviços nas áreas de saúde (incluindo aferição de pressão arterial, teste de glicose, atendimento em dermatologia e odontologia), assistência social, orientação jurídica, prevenção às drogas e combate à dengue.

Estima-se que cerca de 2.000 pessoas foram diretamente beneficiadas por essas ações.

O evento, que também contou com a parceria do Sesc, teve ainda números de canto, dança e música executados pelos jovens do Conjunto Musical da Escola Padre Dr. Francisco da Motta, do Colégio Sonja Kill e da Escola de Música da Rocinha, três projetos mantidos com a ajuda dos rotarianos.

A Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis foi outra convidada, comparecendo com 30 integrantes. Os rotarianos do Rio aproveitaram a oportunidade para coletar doações às vítimas das chuvas que atingiram Santa Catarina em novembro.

“A idéia desta parceria com o Rotary foi muito boa”, elogiou o comandante do Forte de Copacabana, coronel Edson de Oliveira. “Acredito que, numa próxima edição, poderemos dobrar esse atendimento”.

D . 4570

PARCERIA DE sucesso: EGD Hertz Uderman, coordenador de Imagem Pública do Rotary no distrito 4570, e o coronel Edson de Oliveira, comandante do Forte de Copacabana AFERIÇÃO DE pressão arterial, um dos serviços prestados na área de saúde

ALGUMAS TENDAS onde foram prestados os serviços

O EVENTO foi animado com muita música

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CORTES DE cabelo: apoio da empresa Walter’s Coiffeur

D . 4310 Rotarianos dos sete Rotary Clubs de Piracicaba, SP, participaram de um desfile cívico nas ruas da cidade. Um dos aspectos do Rotary destacados por eles foram os projetos que nossa organização vem desenvolvendo para combater o analfabetismo. Na foto, aparecem o presidente do RC de PiracicabaPaulista, SP, Antonio Durval de Oliveira Dorta, a mulher dele, Maria Inês, e o companheiro Antonio Pedro Carvalho, do RC de Piracicaba-São Dimas.

RC de Saltinho, SP – Em parceria com o Departamento de Saúde de Saltinho, organizou o Curso de Gestantes do Grupo Bem Nascer, iniciativa que pretende ajudar a manter em zero o índice de mortalidade infantil do município. Ao final do curso, todas as mamães participantes ganharam um kit para seus bebês. Com o apoio do Senac, o clube também realizou uma série de palestras de orientação vocacional para mais de 50 jovens estudantes, e homenageou Maria Leonice Urbano, moradora de Saltinho, por suas ações voluntárias na cidade.

de Santos-Vila Belmiro, SP – A D . 4420 RC Manhã de Atividades, feita em benefício das crianças atendidas pelo Projeto Rumo ao Esporte, mantido pelo clube num colégio de Santos, teve uma programação cheia de atividades esportivas, sorteio de brinquedos, aulas de prevenção de acidentes domésticos com o Corpo de Bombeiros, apresentações do canil da Guarda Municipal, gincanas e lanches.

RC de São Paulo-Interlagos, SP – Em 2008, o clube celebrou os 25 anos de seu marco rotário, que passou por obras de manutenção e pintura. Estiveram presentes à cerimônia rotarianos que participaram da inauguração do monumento, ocorrida em 1983 com participação do então presidente do Rotary International, William E. Skelton.

D . 4390 RC de Arapiraca-Centro, AL – Com a ajuda do Mercadão das Miudezas, os companheiros organizaram uma grande festa para 60 meninos e meninas da creche João Lúcio, localizada na periferia da cidade. A garotada brincou com o palhaço Tripinha, ganhou presentes e se deliciou com lanches, doces e refrigerante. A festa foi completada dias depois com um passeio no Trem da Alegria, que percorreu os parques e praças de Arapiraca – uma experiência inédita para a maioria dos pequenos convidados.

RC de Santo AndréNorte, SP – Recordação da 9a Festa Alemã, evento beneficente realizado pelo clube com a participação de mais de 900 convidados e a adesão de 50 empresas patrocinadoras. A arrecadação foi dividida em quatro partes iguais e revertida à Fundação Rotária, à Asfar, ao Projeto Educando com Visão e às obras de expansão do Camp Piero Pollone, instituto que forma jovens aprendizes, uma iniciativa permanente do clube.

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D . 4430 RC de Mogi das CruzesOeste, SP – Em visita oficial ao clube, o governador João Freire d’Avila Neto entregou cadeiras de banho para a Santa Casa de Mogi das Cruzes, Hospital Doutor Arnaldo Pezzut e SUS. Na oportunidade, o governador foi agraciado pelo clube com o Prêmio de Reconhecimento Cruz do Mérito Rotário Governador José Arouche de Toleto.

A Área 1 do distrito – onde estão situados os RCs de São PauloLiberdade, São PauloLeste, São Paulo-Cambuci, São Paulo-Brás, São PauloAclimação e São Paulo-Norte, SP – realizou o 1o Rotary em Ação pela Saúde e Cidadania, no Parque da Aclimação, na capital paulista. Foram realizados mais de 2.000 atendimentos, nas áreas médica (incluindo oftalmologia, odontologia, dermatologia e realização de exames), de orientação jurídica, elaboração de currículos, além de ações de combate ao fumo. Outro destaque do evento foi a realização de uma caminhada saudável.

de Nova Andradina-Centenário, D . 4470 RC MS – Realizou o 2 Porconeiro, com porcos o

e carneiros assados, para mais de 700 pessoas. O lucro obtido com o evento, que recebeu o apoio de muitas empresas da região, foi totalmente revertido a entidades assistenciais do município, como Apae, associações voltadas a deficientes, creches e um asilo.

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D . 4440 RC de RondonópolisLeste, MT – Claudia Regina Souza dos Anjos (foto) foi uma das profissionais da cidade homenageadas com o Troféu Paul Percy Harris, concedido pelo clube em alusão aos Serviços Profissionais.

Débora César Alves e Vilma Ineis Rodrigues Fernandes da Silva também ganharam o troféu.

RC de RondonópolisRondon, MT – Durante sua segunda festiva de conscientização ecológica, o clube distribuiu uma cartilha à população que vive no vale do rio São Lourenço e realizou a soltura de 40.000 alevinos.

RC de Nova Alvorada do Sul, MS – Participou da 2a Festa do Leite, evento da prefeitura municipal que faz parte do calendário de comemorações do aniversário da cidade. Durante os três dias de festa, os rotarianos ficaram responsáveis pela barraca de bebidas e espetinhos. À Casa da Amizade coube a tarefa de cuidar da tradicional barraca de doces. A renda gerada com a iniciativa está sendo aplicada nos projetos desenvolvidos pelo clube e pela Casa da Amizade.

D . 4510

RC de Jahú-Norte, SP – Realizou noite italiana, um jantar festivo que reuniu vários clubes da região e contou com a presença do casal governador do distrito, Jair Pinto da Silva e Elza. O evento teve a parceria da Apae de Jaú.

D . 4480

RC de Presidente-Prudente-Rosa dos Ventos, SP – Vem desenvolvendo projetos junto à Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O intuito é melhorar o padrão de vida da comunidade local, ao mesmo tempo em que procura envolver os companheiros. O clube, por meio do seu Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário, também tem se empenhado na alfabetização de crianças e adultos. Na foto, entrega de material escolar pelo governador do distrito, Régis Jorge, e pela presidente do clube, Bia Marangoni (ambos no canto direito).

RC de Carpina, PE – Organizou a 1ª Feira da Cultura, que teve como finalidade incentivar a arte e a história populares. A renda obtida foi destinada à Fundação Rotária.

D . 4500

RC de Bauru-Vitória Régia, SP – Realizou o Fibrincando, evento para 1.500 crianças carentes, com direito a brincadeiras, sorteios e lanches.

RC do Recife-Espinheiro, PE – Na foto, a companheira Fernanda Lúcia Nicéas Pires participa da Festa Literária Internacional de Porto de Galinhas (Fliporto), contando para a meninada a história do seu livro “Zoroastro e Zeferino”. Na mesma época, o clube promoveu uma feira de usados para beneficiar a comunidade de Mangueira.

RC de Marília de Dirceu, SP – Patrocinou festa e doação de brinquedos para as crianças abrigadas no Centro de Apoio a Criança e Adolescente de Marília. Na foto, à direita, Hederaldo Benetti, presidente do clube e do centro de apoio.

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de Duartina, SP – D . 4510 RC Fundou o Rotakids com 22 componentes. Na foto, a coordenadora da comissão de Rotakids do distrito, Cláudia Lemos, a presidente do clube, Leila Mudeh Carvalho, o casal governador do distrito, Régis Jorge e Livia, e o casal EGD Cleuto Magnani e Adelina.

Enquanto isso, o clube entregou óculos aos alunos dos cursos de alfabetização de adultos, que é um dos projetos de destaque do clube.

RC de MaríliaPioneiro, SP – Homenageou o sapateiro José Torres, que completou 59 anos de profissão. Dentro do Programa Aniversário da Vida, que visa a arborização da área urbana de Marília, o clube plantou 25 mudas de ipês.

RC de Jardinópolis, SP – Em ação com o Rotaract local e em parceria com o hemocentro do Hospital São Lucas, realizou campanha de conscientização e coleta de sangue.

D . 4520

RC de Vespasiano, MG – Inaugurou uma biblioteca infantil na Creche Zulmira de Menezes, em Vespasiano, município da região metropolitana de Belo Horizonte. A instituição atende 85 crianças de até cinco anos. Agora, o objetivo do clube é ampliar a biblioteca.

Momento do encontro de membros do Intercâmbio de Grupos de Estudo (IGE) do distrito 4520 em parceria com o distrito 5490, que compreende parte do Arizona e da Califórnia. O fato se deu na Conferência Distrital em Reno, Nevada, EUA. Na foto, a partir da esquerda, Daniel Braga, Olemar Tibães, Graziela Souza, o ex-presidente do RI Frank Devlyn, o líder do IGE, Reginaldo Calixto, e Aldo Grossi.

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RC de DivinópolisOeste, MG – Apoiou campanha e participou de passeata contra a pedofilia na cidade.

D . 4560

D . 4570 O projeto Andando pelo Mundo, tendo à frente o governador do distrito, José Roberto Lebeis, arrecadou 5.500 euros em doações italianas. O objetivo é distribuir tênis novos às crianças de comunidades carentes da Barra da Tijuca, no Rio, sendo que até o momento 1.100 delas já foram atendidas. Tudo foi possível graças à parceria entre o RC do Rio de Janeiro-Barra da Tijuca e o RC de San Marino, Itália (D.2070).

Na foto, Pietro Terrosi Vagnoli (à esquerda), governador do distrito italiano, e José Lebeis celebram, em Rimini, Itália, o sucesso do projeto. A parceria prosseguirá com doações anuais. Também rendeu frutos a participação do governador Lebeis em conferência distrital em Nova York. O distrito norteamericano 7150 doou US$ 8.500,00, apoiando importantes projetos de três clubes do Rio de Janeiro.

RC de Miguel Pereira, RJ – Realizou, em sua sede, reunião festiva pelo Dia da Justiça. Na foto, o juiz Luiz Cláudio Rocha Rodrigues, o homenageado na data, entre o presidente do clube, Jorge Tavares (à esquerda), e o prefeito da cidade, Roberto de Almeida. Em outro momento, o clube homenageou o presidente da Associação Brasileira de Gado Guirolando, José Donato Dias Filho.

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RC do Rio de Janeiro-Tijuca, RJ – Levou as crianças da Creche Patinho Feio para lanchar.

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RC de Muriaé, MG – Prestou homenagem aos professores entregando diploma à companheira Helena Ferreira Araújo. Ela aparece aqui tendo à esquerda o marido, o EGD Haroldo Alves de Araújo, e à direita a filha, Maria Lúcia; ao fundo, a presidente do clube, Sebastiana Camargo.

Na mesma oportunidade, a professora Lília Pompei Graça foi homenageada.

RC de São PauloMoema, SP – Recebeu o treinador do São Paulo Futebol Clube, Muricy Ramalho (foto), em jantar festivo para ouvir sua palestra “Futebol-Paixão-Empresa”.

RC de São PauloPerdizes, SP – Em sua despedida da Austrália, a intercambiada Daniela Ades fez apresentação sobre o Brasil no clube hospedeiro de Narellan (D.9750). Daniela representou o RC paulista.

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D . 4620 RC de Sorocaba-Manchester, SP – Repartiu mais de 3.000 kg de arroz entre 13 entidades beneficentes da cidade. Os mantimentos foram arrecadados durante inscrição para uma seleção de candidatas a modelo, realizada por representantes do caça-talentos Dilson Stein, descobridor de tops como Gisele Bündchen e Alessandra Ambrósio. A entrega contou com a participação do governador Valdimir Forti.

RC de Planalto, PR – Os associados plantaram uma árvore na inauguração da praça central do município. O plantio também marcou o 7º Passeio Ciclístico, evento que o clube realiza em prol da preservação do rio Siemens e que reuniu centenas de planaltinos.

D . 4640

D . 4630 RC de Tapejara, PR – O clube recebeu o comandante do destacamento da Polícia Militar local, sargento José Pereira de Oliveira, para proferir uma palestra sobre segurança pública a uma audiência formada por companheiros e convidados. Na foto, ele recebe um certificado das mãos do rotariano Fernando Pereira da Silva.

RC de Terra Rica, PR – Os companheiros promoveram uma costelada, no salão paroquial da cidade, em benefício da Fundação Rotária. Em outra ocasião, os associados plantaram 32 mudas de árvores no bosque do portal Três Morrinhos.

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RC de São Miguel do Iguaçu, PR – Em visita oficial ao clube, a governadora Stael Uba esteve também na Sociedade Pestalozzi e participou de uma reunião festiva na Casa da Amizade, com a presença de lideranças locais e regionais e convidados.

RC de Navegantes, SC – Prestou sua homenagem anual aos estudantes que foram escolhidos os melhores da quarta série do ensino fundamental de diversas escolas da cidade. O presidente Osvaldo Boggiano entregou certificados para os 22 alunos, que também receberam prêmios como bicicletas, mochilas, bolsas de estudo, vales e brindes doados por comerciantes locais.

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RC de IjuíNova Geração, RS – Lançou o projeto Leia para Mim. Com o objetivo de incentivar a leitura já a partir do nascimento, os companheiros estão doando aos pais de recémnascidos um kit contendo folheto sobre o desenvolvimento sensório-motor da criança desde zero até três anos de idade, um livro de história infantil e uma pequena camiseta com o slogan do projeto e o símbolo do Rotary. Filho do casal Ravel Kummer e Cínara Heck, o bebê Tharick Gabriel foi o primeiro a ser presenteado com o kit, entregue pelas rotarianas Leonides Dupuy e Erotilda Girardi. O projeto está sendo desenvolvido nos três hospitais locais e beneficiará todos os bebês que nascerem nos próximos três anos.

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D . 4680 RC de Guaíba, RS – Repassou ao Banco de Alimentos do município 700 kg de gêneros alimentícios, arrecadados como entrada para o 19º Campeonato Brasileiro de Karate Kyokushin Oyama Masculino. Mais de 100 atletas brasileiros e estrangeiros participaram da competição, organizada pela Federação Gaúcha de Karate Kyokushin Oyama, com apoio do RC e da prefeitura municipal. Na foto, o presidente do clube, João Ranzan, o presidente da Confederação Brasileira de Karate Kyokushin Oyama, Francisco Filho, e o presidente da Federação Gaúcha, Henrique Martinecoren.

RC de Astorga, PR – O companheiro José dos Santos proferiu uma palestra sobre civismo e Rotary para alunos do ensino médio no Colégio Adolpho de Oliveira Franco. Estiveram presentes rotarianos e representantes do corpo docente da escola.

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D . 4670 RC de São LeopoldoLeste, RS – Os companheiros se reuniram para comemorar o jubileu de ouro do clube, na Sociedade Ginástica da cidade, onde receberam o casal governador Eliseu Gonçalves da Silva e Tânia e mais de 150 rotarianos e convidados. Na ocasião, houve o descerramento de uma placa em homenagem à Sociedade Ginástica, local de reunião dos associados, jantar, entrega de presentes para o governador e homenagens aos três sócios fundadores e a companheiros já falecidos, entre outras ações.

RC de Santa Cruz do SulOeste, RS – Entregou um desfibrilador portátil e um oxímetro para a unidade de socorro do Corpo de Bombeiros da cidade (foto). Os equipamentos foram adquiridos com parte da renda do Baile dos Destaques, promovido pelo clube em parceria com o jornal Gazeta do Sul. A entrega ocorreu durante jantar na corporação, com as presenças do presidente Marcos Thomas e do companheiro Emílio Hoeltgebaum, do representante do jornal local, Lau Ferreira, do comandante do Corpo de Bombeiros da cidade, coronel Henrique Lampert Silva, do major César Eduardo Bonfanti e do sargento Marilton Souto Marques. Em outra oportunidade, junto com o Lions Clube Santa Cruz-Centro, os companheiros entregaram à Unidade de Tratamento do Alcoolismo do Vale do Rio Pardo o lucro obtido com a 8ª Rotary-Lions Fest.

RC de Paragominas, PA – Associados do clube distribuíram água para os romeiros do Círio de Nazaré. A procissão reuniu aproximadamente 40 mil pessoas.

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RC de Nova Friburgo-Caledônia, RJ – Adquiriu 80 cadeiras de rodas para o banco mantido pelo clube, que agora totaliza 500 unidades. Entre os companheiros na foto, o presidente Edson Borges e o casal governador Márcio Pereira Ribeiro e Marlene.

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RC de Araguari-Café do Cerrado, MG – Com um Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Kalispell, EUA (D. 5390) –, o clube entregou uma Kombi para o prefeito municipal Marcos Antônio Alvim. O veículo será utilizado pelo conselho tutelar da cidade.

Estiveram presentes na entrega o presidente Humberto Nasciutti e o casal EGD Getúlio Nasciutti e Neusa.

D . 4760 RC de Patos de Minas-Guaratinga, MG – Junto com a Casa da Amizade local, os companheiros prestaram homenagem à educadora Déa Neto Fonseca, que leciona no Seminário Maior da cidade. Na foto, ela está ao lado do presidente Luís Antônio Moreira. Na mesma ocasião, também recebeu homenagem a educadora Silmar Maria Silva Cunha, que trabalha no Centro de Apoio Integrado à Criança e dedica-se também à educação de adultos.

RC de Abadia dos Dourados, MG – Realizou, pelo segundo ano consecutivo, o projeto Incentivo ao Estudo na Escola, tendo premiado com bicicletas e aparelhos de DVD e de som os estudantes escolhidos como melhores. A renda para o projeto foi obtida com a promoção do 3º Porco no Rolete.

RC de Curvelo-Norte, MG – Durante reunião festiva no clube, a educadora Myriam Perácio de Paula recebeu o prêmio pelo quinto lugar no 15º Concurso de Monografias para Professores. Na foto, ela está acompanhada do governador assistente Ricardo Magno Rodrigues, do casal EGD Roberto Kfuri e Ivone e do presidente Benigno Gomes Farias Júnior.

RC de Herval, RS – Os 21 alunos da primeira turma do curso de alfabetização de adultos, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sindicato Rural da cidade e pelo RC, receberam seus diplomas de conclusão. A solenidade de formatura foi realizada na sede do sindicato, com as presenças do EGD Cláudio Neves, do governador assistente Carlos Frederico, do presidente do clube, Jaime Aguilar, do presidente do sindicato, João Nilton Noda, e do representante do Senar Alcides Renato. Na foto, os alunos e a professora Helena Nobre, no momento da entrega dos certificados.

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A Seu Serviço

Siglas rotárias Conheça abaixo o significado de algumas siglas que você vai encontrar com freqüência na literatura sobre o Rotary e nas páginas da Brasil Rotário. Elas são uma tradução dos termos oficiais em inglês: ABTRF BR CDRI CFR Crei

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CRFR D. DERI DNI

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DRI DQS ECFR EDRI EGD EPRI FDUC FR GA Gats

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GD Gets IGE NRDC PERI Pets PLD RC RI Ribi Ribo Ryla 3-H

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Associação Brasileira da The Rotary Foundation Brasil Rotário Conselho Diretor do Rotary International Curador da Fundação Rotária Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos Coordenador Regional da Fundação Rotária Distrito Diretor eleito do Rotary International Dia Nacional de Imunização (campanha de combate à pólio) Diretor do Rotary International Desenvolvimento do Quadro Social Ex-curador da Fundação Rotária Ex-diretor do Rotary International Ex-governador de distrito Ex-presidente do Rotary International Fundo Distrital de Utilização Controlada Fundação Rotária Governador assistente Seminário de Treinamento para Governadores Assistentes Governador de distrito Seminário de Treinamento para Governadores Eleitos Intercâmbio de Grupos de Estudos Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário Presidente eleito do Rotary International Seminário de Treinamento para Presidentes Eleitos Plano de Liderança Distrital Rotary Club Rotary International Rotary na Grã-Bretanha e na Irlanda Rotary International Brazil Office Prêmios Rotários de Liderança Juvenil Subsídio Saúde, Fome e Humanidade

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Escritório do RI no Brasil Home page: h t t p : / / w w w. r o t a r y. o r g . b r Endereço Rua Tagipuru, 209 São Paulo SP – Brasil – CEP 01156-000 Te l : (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Horário: 2ª a 6ª, de 8h às 17h Gerente Celso Fontanelli c e l s o . f o n t a n e l l i @ r o t a r y. o r g Quadro Social (Assistência aos Governadores de Distrito e aos Clubes) Carlos A. Afonso c a r l o s . a f o n s o @ r o t a r y. o r g

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RC de Bagé, RS – Junto com o Interact Club e a Casa da Amizade locais, os companheiros arrecadaram 600 kg de alimentos, durante o Dia Solidário de Ação Comunitária, realizado nos supermercados. Os gêneros alimentícios foram doados a instituições da cidade.

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D . 4780

Supervisor da Fundação Rotária Edilson M. Gushiken < e d i l s o n . g u s h i k e n @ r o t a r y. o r g > Supervisora Financeira Sueli F. Clemente < s u e l i . c l e m e n t e @ r o t a r y. o r g > Encomendas de Publicações, Materiais e Programas Audiovisuais Clarita Urey c l a r i t a . u r e y @ r o t a r y. o r g Tel.: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Rotary International Secretaria (Sede Mundial) 1560 Sherman Avenue,Evanston, Il 60201 USA Phone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554 Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)

Como enviar material para a Brasil Rotário ara que os companheiros de todo o país P conheçam os projetos que

seu clube vem realizando, é importante que as notícias cheguem à redação contendo as seguintes informações: ● o nome completo e o distrito de seu clube ● a data e local em que foram realizadas as ações ● um breve relato sobre o projeto, explicando sua importância e o alcance dele junto à comunidade ● os nomes dos parceiros, no Brasil e no exterior ● e os nomes e sobrenomes de todos os que aparecerem nas fotos com até seis pessoas, relacionados a partir da esquerda.

FOTOS: as imagens digitais precisam ter pelo menos 300 DPI de resolução e 9 cm de largura. Na dúvida, selecione a opção alta resolução de sua câmera. Se o envio for feito por e-mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. A publicação é gratuita. Basta apenas que o assunto se encaixe em nosso perfil editorial e que seu clube esteja em dia com a assinatura da revista. A Brasil Rotário não publica posses ou outros fatos que possam obter o merecido destaque nos boletins de seu clube.

MUITO IMPORTANTE: informe também um telefone de contato (com o código de DDD) para que possamos falar com você no caso de qualquer dúvida.

Anote os nossos endereços Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar Rio de Janeiro, RJ CEP: 20040-006 e-mail: redacao@brasil-rotario.com.br O telefone da redação é (21) 2506-5600.

Estamos esperando para ver seu clube na revista!

B RASIL R OTÁRIO 5 5

Senhoras em Ação

A Casa da Amizade de OlímpiaIntegração, SP (D.4480), entregou 102 jogos de toalhas para a Santa Casa de Misericórdia da cidade. Cada jogo é composto por duas toalhas de banho e uma de rosto, o que totaliza 306 peças.

Com o objetivo de arrecadar recursos para o seu Projeto Sorriso, a Associação de Senhoras de Rotarianos de Chapecó, SC (D.4740), serviu um café colonial. Por meio do projeto, as integrantes mantêm na sede da associação um consultório dentário para atender crianças carentes.

Aa integrantes comemoraram com um bolo os 65 anos de atividades ininterruptas da Associação das Senhoras de Rotarianos de Londrina, PR (D.4710).

A foto registra a inauguração do Espaço Cultural Núbia Lafaiete, pertencente à Família Rotária da cidade. Em parceria com o RC, a Casa da Amizade de Maricá, RJ (D.4750), promoveu um espetáculo do humorista Chico Anysio no local. O espaço tem sido utilizado para a realização de shows com renda destinada à Fundação Rotária e às ações de apoio à comunidade carente do município.

Aa senhoras da Casa da Amizade de Paranaguá, PR (D.4730), ofereceram novas edições do projeto Oficinas de Culinária. Em uma delas, a integrante Laércia de Moraes ensinou as alunas a preparar panetones (foto). Em uma outra aula, a vicepresidente Maria Salete Ribeiro Canarin, auxiliada pela integrante Aurora Bornancin, mostrou como é o preparo de biscoitos.

Em nome da Casa da Amizade de Rosário do Sul, RS (D.4780), a presidente Valeria dos Santos Preto e a integrante Segundina Pajés de Vasconcelos entregaram um reanimador manual para o Corpo de Bombeiros local. O sargento Julio César Lemos Vidal e o capitão Gerson Luis da Silva Rodrigues, comandante da corporação no município, receberam a doação, na companhia de bombeiros mirins. Em outra oportunidade, com o apoio do supermercado Nacional, as senhoras, junto à direção e aos funcionários da Creche Nadir Medina Monte, entregaram presentes para as 42 crianças atendidas pela instituição e, depois, serviram lanche.

5 6 MARÇO

DE

2009

Novos Companheiros Paul Harris D . 4310

G Agraciado: Mário Ronconi de Oliveira, do RC de Itú-Terras de São Paulo, SP. G Entregue por: presidente do clube, João Sampaio Góes.

D . 4430 G Agraciado: Ariovaldo Torresson, companheiro do RC de Mogi das CruzesOeste, SP. G Entregue por: governador do distrito, João Freire D’Avila Neto.

G Agraciado: Antônio Cipullo, do RC de Mogi das Cruzes-Oeste, SP. G Entregue por: Ivan Muniz de Melo, presidente do clube.

G Agraciado: Luiz Carlos Assalim, do RC de Piracicaba, SP. G Entregue por: Sérgio Minniti Igreja, também Companheiro Paul Harris e associado do clube.

Agraciados: Maria Claudia Cesquini Boso, da Casa da Amizade de Lençóis Paulista, José Roberto Baptistella, presidente do RC de Lençóis Paulista, SP, (ambos na foto), e Iara de Oliveira Batistella (com uma safira), também da Casa da Amizade local.

G

G Agraciado: Alexandre Rodini, do RC de Mogi das Cruzes-Oeste, SP. G Entregue por: governador João Freire D’Avila Neto.

D . 4420 G Agraciado: João Batista de Oliveira, do RC de São PauloInterlagos, SP. G Entregue por: governador do distrito, Sérgio Lazzarini.

G Agraciado: Fernando Colacioppo, associado do RC de São Paulo-Interlagos, SP.

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B RASIL R OTÁRIO 5 7

Novos Companheiros Paul Harris D . 4430

G

Agraciado: Antônio Luiz Ribeiro Machado, do RC de São Paulo-Liberdade, SP. G Entregue por: EGD Ruy Cardoso de Mello Tucunduva.

Agraciada: Kátia Peruccini.

G Entregue por: Wlamir Peruccini, seu marido e associado do RC de São Paulo-Liberdade, SP.

G Agraciado: João Cadengue, do RC de São Paulo-Liberdade, SP. G Entregue por: governador do distrito, João Freire D’Avila Neto .

G Agraciado: Wlamir Peruccini, do RC de São Paulo-Liberdade, SP. G Entregue por: presidente do clube, Sueli Maeda.

G

Agraciado: Regis Shimanoe, do RC de São Paulo-Liberdade, SP. G Entregue por: presidente do clube, Sueli Maeda, na presença do governador João Freire.

Agraciado: Marcos Prado Horta, também companheiro do RC de São Paulo-Liberdade, com o título de Benfeitor da Fundação Rotária.

G Entregue por: presidente do clube, Sueli Maeda.

G

G

D . 4500

Agraciado: José Geraldo de Medeiros, companheiro do RC de NatalSul, RN. G Entregue por: governador do distrito, Eduardo Jorge Marinho de Queiroz, e pela presidente do clube, Maria Selma Porpino de Araújo.

G

5 8 MARÇO

DE

2009

Agraciado: José de Arimatéia Ferreira Fontes, do RC de Natal-Sul, RN. G Entregue por: governador Eduardo Jorge e pela presidente do clube, Maria Selma.

G

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Novos Companheiros Paul Harris D . 4500

D . 4550

Agraciado: David Fernandes, associado do RC de Caicó, RN. G Entregue por: governador Eduardo Jorge Marinho de Queiroz, por ocasião das festividades de comemoração pelos 60 anos de fundação do clube.

G Agraciado: Edvaldo Santiago, sócio fundador do RC de Ipiaú, BA. G Entregue por: casal ex-presidente Vivaldo Oliveira e Letícia.

G

D . 4570 Agraciada: Márcia Lebeis, por ocasião do Seminário da Fundação Rotária do distrito 4570.

G Entregue por: companheiro EGD Gedson Junqueira Bersanete, ex-coordenador regional da Fundação Rotária, e pelo governador José Roberto Lebeis Pires, marido da agraciada.

G Agraciado: Tarcísio Araújo, companheiro do RC de Caicó, RN. G Entregue por: governador Eduardo Jorge Marinho de Queiroz, por ocasião das festividades de comemoração pelos 60 anos de fundação do clube.

G

D . 4540

D . 4580

Agraciados: Antonio Luis Garutti, Márcio Antonio Corrêa, Damiano Barbiero Neto, Wilson de Jesus Moraes, Armando Zanin e Jeannette de Lourdes Laurini Zanin, nas presenças do EGD Valter Merlos, da ex-presidente do RC de Araraquara-Carmo, SP, Célia de Freitas Merlos e do casal EGD Adalberto José Menegazzo e Sueli.

G

Agraciada: Denise Freitas Car valho.

G Entregue por: presidente do RC de Ribeirão Preto-Jardim Paulista, SP, Maria Augusta Freitas Carvalho, e pelo EGD Oswaldo Pinto de Carvalho, pais da agraciada.

G

G Agraciados: Janete Pardini Steigleder, com um título Companheiro Paul Harris, Ulisses Alves de Faria, com uma safira, Christiano Edviges Rodrigues, Regina Maria Faria Ávila e Carlos do Carmo Rodrigues, também com títulos Companheiro Paul Harris, todos ladeados pelo casal governador Juan Alejandro Tumba-Noé e Nancy, em visita oficial ao RC de São João del Rey, MG.

D . 4590 G Agraciados: Cleuber Pereira dos Santos, sócio fundador do RC de São João da Boa Vista-Sul, SP, com um título Companheiro Paul Harris, Sônia Sueli de Souza Zerbetto, com a primeira safira, e Antônio Celso Zerbetto, também com um título Companheiro Paul Harris.

G Entregues por: casal presidente Mateo Cotic e Lourdes.

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B RASIL R OTÁRIO 5 9

Novos Companheiros Paul Harris D . 4600 Agraciados: o exgovernador distrital Benedito Olegário Resende Nogueira de Sá, associado do RC de Taubaté, SP, e a mulher dele, Maria Emília, receberam o título de Major Donor durante o Instituto Rotary de Belo Horizonte, no ano passado.

Entregues por: Dong Kurn Lee, presidente do RI, nas presenças de David D. Morgan, curador da Fundação Rotária, e do ex-diretor do RI Mario Antonino .

D . 4620 Agraciados: Neusa Maria Israel Rocha e Solange Maria Comineli Beltrame, com o título Companheiro Paul Harris; e Neide Cristina Ramos Honna e Carlos Alberto Nossa de Freitas, cada um com uma safira. Os quatro são associados do RC de Cerqueira César, SP.

Agraciados: José Evanildo da Silva e a mulher dele, Wilma Conceição de Freitas Clementino. Eles são associados do RC de São Sebastião, SP. Entregues por: Antônio Sérgio Ferri da Silva, governador do distrito, e pela presidente do clube, Olga Hon Viganó.

D . 4610 Agraciados: Fábio Cardoso, companheiro do RC de Registro-Ouro, SP, e Kátia Jussara Calixtro, expresidente da Casa da Amizade. Na foto, aparecem também o presidente do clube, Rogério Ramponi, e o governador Amilton Medeiros da Silva.

Agraciado: Eduardo Santos, judoca que representou o Brasil nas Olimpíadas de Pequim, no ano passado. O título foi entregue pelo RC de São Paulo-Jabaquara, SP, representado pela presidente Maria Aparecida Porfírio e pelo rotariano Fernando Calderon.

6 0 MARÇO

DE

2009

Agraciado: José Nunes dos Santos Costa, secretário do RC de Itapetinga, SP, acompanhado da mulher, Creusa. O título foi entregue por Juarez Luizeto dos Santos Silva.

D . 4630 Agraciados: Artur Hara, Rafael Raniero e Laércio Lessa, companheiros do RC de MaringáColombo, PR.

Agraciado: Marcelo Favoreto , do RC de MaringáColombo, PR, ao lado da mulher, Rosa.

Entregue por: Waldecir Delalibera, acompanhado da mulher, Edna.

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Novos Companheiros Paul Harris D . 4630

D . 4651

G Agraciado: Gilnei Bertoncin, associado do RC de Maringá-Colombo, que recebeu a segunda safira ao lado da mulher, Sandra.

G Entregue por: EGD João Marin Mecchia, acompanhado da mulher, Ivonete.

Agraciado: Rubens Spernau, prefeito do município de Balneário Camboriú, SC. A entrega foi feita nas presenças da mulher do agraciado, Lígia; da governadora do distrito, Miriam Marta Caldas; e do companheiro Aldo Maia Júnior, presidente do RC de Balneário Camboriú.

G

Agraciada: Silvania Maia, presidente da Casa da Amizade de Balneário Camboriú, SC. O título foi entregue nas presenças da governadora Miriam Marta Caldas; do presidente do RC de Balneário Camboriú, Aldo Maia Júnior; do EGD Ottokar Hagemann; e do governador distrital eleito Paulo Branco.

G Agraciados: Cézare Isolani e João Kleis, dois rotarianos que receberam safiras. Na foto, aparecem também a governadora Miriam Marta Caldas e o presidente do RC de Balneário Camboriú, SC, Aldo Maia Júnior.

G

Agraciado: José Vanderlei Santana, companheiro do RC de MaringáColombo, PR, recebeu a segunda safira.

G Entregue por: Nivaldo Barbosa de Lima, governador do distrito.

G

Agraciado: Amilton Capristo, com a segunda safira. Ele é associado do RC de Maringá-Colombo, PR. G Entregue por: EGD Nery Simm.

G

D . 4650 Durante um Seminário Distrital da Fundação Rotária realizado na cidade de Blumenau, SC, no ano passado, foram feitos reconhecimentos a diversos rotarianos. Eles contribuíram com 50% do título, e o restante foi completado com a transferência de pontos de reconhecimento feita pelo rotariano Virgílio Pina, associado do RC de Santos-José Bonifácio, SP (D.4420), num desafio lançado durante a Conferência do distrito 4650, no ano passado.

Foram agraciados os companheiros Edson Luiz Fischer e João Alberto Prim (uma safira cada); Ernoe Eger, governador eleito do distrito, e EGD Militino Eising (com duas safiras cada); e os companheiros Sérgio da Silva, Antonio Ribeiro, Rogério Alves de Andrade, Daniele Cristine Maske, Leonora Alves Eising e Ângela Morastoni, todos com o título Companheiro Paul Harris. A entrega foi feita nas presenças do governador Valdir Celso Fiedler e do EGD Alceu Eberhardt, presidente da Comissão Distrital da Fundação Rotária.

G

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Agraciados: Claudir Martins, Tarcísio Zermiani, Egon Soni Ern, Aníbel de Tofol, Edson Kopsch, Gilberto Luiz de Azevedo, Heribert Lange e Demerval Mafra, associados do RC de Timbó-Pérola do Vale, SC. A entrega foi feita na presença do casal presidente do clube, Marcos Ricardo Klitzke e Alexandra.

G

B RASIL R OTÁRIO 6 1

Novos Companheiros Paul Harris D . 4660 G Agraciado: Nelson Burkard, presidente do RC de Santo Ângelo, RS, acompanhado da mulher, Neuza.

G Entregue por: governador Mario Cesar Portinho Vianna, acompanhado da mulher, Geisa.

Agraciado: EGD Jayme Maia Pereira, acompanhado da mulher, Ana Maria.

G Entregue por: governador Mario Cesar Portinho Vianna, na presença do presidente do RC de Santa MariaSul, RS, Julio César Monteiro Flores.

G

Agraciado: Albino Libório Soder.

G Entregue por: governador Mario Cesar Portinho Vianna, na presença do expresidente do RC de Palmeira das Missões, RS, Adauto Zanete.

G Agraciado: Gilmar Rodrigues Martin, associado do RC de Santo Ângelo-Norte, RS, na companhia da mulher, Márcia.

G Entregue por: governador Mario Cesar Portinho Vianna, na presença do presidente Ney Rocha.

G

D . 4770 G Agraciado: Néviton Mattos Filho.

G Entregue por: governador Mario Cesar Portinho Vianna, na presença do presidente do RC de Tupanciretã, RS, Hélvio Paz.

D . 4740 G Agraciado: Cesar Faccina de Carvalho, companheiro do RC de Lages-Norte, SC, por ocasião das comemorações pelos 49 anos de fundação do clube.

G Entregue por: companheiro Antonio Locatelli.

6 2 MARÇO

DE

2009

Agraciado: Rerivaldo de Souza Marques, sócio fundador do RC de Ituiutaba-16 de Setembro, MG. G Entregue por: ex-presidente Edilson Carone Lapera.

G

D . 4780

Agraciados: Roberto dos Santos Custódio, Eleni da Costa Gomes e Salvador Severo, associados do RC de UruguaianaCruzeiro do Sul, RS.

G

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Aconteceu na Brasil Rotário...

...em março de 1974

No Brasil, exatamente no mês desta edição de 1974, o general Ernesto Geisel substituía o general Emílio Garrastazu Médici no cargo de presidente. No dia 4, era inaugurada a ponte Rio-Niterói. Quanto aos hits nacionais, Ivan Lins fazia sucesso cantando “Abre Alas” e a dupla Antonio Carlos e Jocafi trazia “Toró de Lágrimas”. Naquele ano, o país dispunha de 940 clubes rotários, reunidos em 20 distritos. A Brasil Rotário era publicada com 48 páginas e tinha uma tiragem de quase 20 mil exemplares.

I

A revista lembra, logo em sua abertura, o centenário de nascimento de Guglielmo Marconi, inventor do telégrafo sem fio. Nascido em Bolonha, na Itália, em 1874, Marconi foi associado do RC daquela cidade entre 1932 e 1937, ano em que morreu.

I

O presidente do RI Bill Carter vem ao Brasil e visita o seu sucessor, Ernesto Imbassahy de Mello, que será presidente no período 1975-76. O momento vira foto de capa desta edição.

I

Em artigo, Nuno Batalha, companheiro do RC de Uberlândia, MG (D.453), ressalta os incentivos à industrialização no país, classificando-a como meta prioritária. “Quanto mais indústrias, mais riquezas são geradas e, consequentemente, uma gama de condições giram em torno desse pólo desenvolvimentista (...) que determina um melhor nível de vida humana.” Vibrante com os rumos econômicos daquele momento, acrescenta: “Este esforço não foi esquecido pelo Brasil e hoje notamos um sistemático objetivo nesse sentido, onde máquinas e homens se integram enfocando o enriquecimento nacional.”

I

No curioso “A dúvida”, de Odo Cazzulo, companheiro do RC de Porto Alegre-Norte, RS (D.467), temos um relato de sua recente viagem por diversos países e os questionamentos que ela produziu.

Dos Estados Unidos ele garante que “já nos consideram um país adulto e com um bom desenvolvimento” e menciona o “momento extraordinário” de 1974, com a suposta “manutenção da democracia da América Latina”.

Na Inglaterra, procurou, em vão, entender o movimento hippie, sentindo-se perplexo diante dessa geração que “se veste esquisitamente, usa muito pouca água em sua higiente pessoal e vive ao léu, nas praças, em grupos, sob o lema ‘Paz e Amor, Bicho’”.

Em Marrocos, diante da força do petróleo, faz a pergunta: “Onde está o lado humano da ajuda do capital estrangeiro, se o povo marroquino vive apenas miseravelmente?”

I

Já naquela época surgia um texto sobre a crise mundial da água. “Segundo estimativas das Nações Unidas, a população mundial, hoje de 3,5 bilhões, deverá duplicar no ano 2000. Essa população, que cresce tão acentuadamente, precisa de água doce para sobreviver.” A reflexão é assinada por Nelson Gandur Dacach, do RC da Bahia-Leste, D.455. “Em Nova Iorque, nos períodos difíceis, apelos são feitos à população para reduzir o consumo, por diversos meios, inclusi-

ve através de dirigíveis conduzindo faixas com a inscrição save water.”

“O desequilíbrio entre a população mundial e as reservas de água doce avulta com o passar dos anos e já preocupa vários países, não somente os que seriam as primeiras vítimas, mas sobretudo aqueles que se julgam responsáveis pelo destino da humanidade.”

BR

B RASIL R OTÁRIO 6 3

Relax

o

perguntou a mãe.

– Papai levantou todos eles e olhou por baixo – respondeu o menino – Acho que ali estava a etiqueta.

Na creche, a professora

perguntou a uma menininha de quatro anos que estava sentada num canto: – O que é isso que você está desenhando?

– Estou desenhando Deus – respondeu a pequena.

– Mas ninguém sabe como é Deus, meu amor – explicou a professora.

E a menina disse, com toda a seriedade do mundo: – Mas vocês saberão dentro de um minuto.

N

Pequenos brilhantes

A professora está explican-

do a uma aluna que é impossível uma baleia engolir um ser humano porque, apesar de ser um animal gigantesco, a garganta dela é muito pequena.

Mas a menina afirma que Jonas foi engolido por uma baleia. Irritada, a professora repete que uma baleia não poderia engolir nenhum ser humano, pois isso é fisicamente impossível. A aluna insiste: – Quando eu morrer e for pro céu, vou perguntar ao Jonas!

– E o que vai acontecer se Jonas tiver ido pro inferno? – pergunta a professora.

– Então é a senhora quem vai perguntar!

Levado pelo pai, um menino de três anos foi até a casa da vizinha ver uma ninhada de gatinhos que tinha acabado de nascer. De novo em casa, o garotinho contou para a mãe, todo empolgado, que havia gatinhos e gatinhas.

– Como você sabe disso? – 6 4 MARÇO

DE

2009

a mesa do jantar, Ana Lúcia, de sete anos, resolveu confessar aos pais que Luis Miguel, seu coleguinha de turma, havia lhe dado um beijo depois da aula.

– E como isso aconteceu? – perguntou a mãe, assustada.

– Não foi fácil – admitiu a filha – Mas três meninas me ajudaram a segurá-lo.

V

ção por alguns instantes e logo em seguida indaga: – Então por que todos os cabelos da vovó estão brancos?

U

m fotógrafo vai até a escola, leva as crianças para o pátio e tira uma foto da turma.

Dias depois, em sala de aula, a professora mostra o resultado para os alunos: – Não é ótimo guardarmos isso de recordação? – ela diz – Imaginem que bonito será quando vocês forem grandes, olharem para essa foto e disserem: “Ali está a Catarina, que hoje é advogada! E vejam só, aquele ali é o Miguel, que agora é médico...”

E uma pequena voz, vinda do fundo da sala, completa o raciocínio: – “...e ali está a professora, que já morreu!” *Colaboração de Paulo César Branquinho, associado do RC de Dourados, MS (D.4470).

Ninja

Rodrig

endo que a mãe começa a ficar com um monte de Balada dos loucos cabelos branUm paciente chama o outro num cos, a menina canto e sussurra: pergunta: – Você não vai acreditar. Sabe o que – Mamãe, por encontraram debaixo de um tapete que você está aqui do hospício? ficando com – Não! tantos cabe– Um doido varrido. los brancos?

------E a mãe resDois pacientes conversam: ponde: – Quem é você?

– Funciona – Eu sou Napoleão Bonaparte! assim: toda vez – E quem foi que te disse isso? que você faz – Foi Deus, ora! alguma coisa – Quem? EU?! errada e isso me deixa triste ou *Colaborações aborrecida, um dos do EGD Hertz Uderman meus cabelos fica branco.

(D. 4570).

A menina digere a revela-

Professores, participem do 16º Concurso de Monografias da Brasil Rotário

Vencer a Mortalidade Infantil Desafio da Humanidade Entrega: até o dia 30 de maio de 2009 Realização: Cooperativa Editora Brasil Rotário Regulamento nos clubes de Rotary, Rotaract, Interact e na Brasil Rotário Informações e subsídios no Rotary Club da sua cidade ou na Brasil Rotário: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro - RJ CEP 20040-006 – Tel:(0XX) 21 2506-5610 Fax:(0XX)21 2506-5606 E-mail: marketing@brasil-rotario.com.br

Premiação 1º Lugar Prêmio Senador José Ermírio de Moraes 2º Lugar Prêmio Dr. Armando Monteiro Neto 3º Lugar Prêmio Paulo Viriato Corrêa da Costa 4º Lugar Prêmio Edgar Carvalho de Mendonça 5º Lugar Prêmio Archimedes Theodoro Prêmio Eficiência Prêmio Governador José Alves Fortes

Apoio institucional e patrocínio: Suma E conomica WWW.SUMA.COM.BR

RI- Rotary International

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Distrito 4420

EBGE – Editora Brasileira de Guias Especiais