A Bahia de
A Bahia de
O SESC - Serviço Social do Comércio tem o prazer de apresentar a exposição ‘A Bahia de Carybé’ com acerco exclusivo arrecadado em parceria com o Espaço Carybé de Artes e do Museu Afro Brasil. A exposição viaja pela narrativa de uma Bahia dos mistérios, da magia, da sensualidade e do trabalho ricamente registradas pela autenticidade de um dos maiores artistas brasileiros de coração, alma e espírito.
uma realização:
apoio cultural:
Cidade de Salvador, capital do Estado da Bahia, Brasil. Ou simplesmente Bahia, como é chamada por seus habitantes e por todo aquele que a ela se refere. Durante mais de duzentos anos foi a capital do Brasil Colonial e quando perdeu esse privilégio, seguiu sendo uma cidade imperial; a mais nobre, a mais rica, a mais bela entre as capitais do Brasil. Ondulando-se sobre colinas, de cara para o mar, rodeada pelo próprio mar que a cerca por todos os lados, amiga do mar, noiva do mar, prometida do mar, sabe manter com ele uma comunhão, uma identidade, um perfeito entendimento como se ambos vivessem um para o outro. Se querem, se olham, trocam sorrisos, se entendem. Não é nenhuma cidade de veraneio em que a cidade explora o mar, como Miami, por exemplo. “Supunha que vinha a um desses paraísos dos quais estão tomadas as Antilhas”, me dizia um visitante, “e encontro uma cidade de nobreza, de autenticidade, de grandeza inimaginável. Feliz do povo que possui uma cidade assim, com a alma e o corpo da Bahia”. Quinhentos Anos de Misticismo, Força, Beleza e Sabedoria Glorificam a Bahia. Odorico Tavares
O Cruzeiro Internacional, 01 de dezembro de 1960
O ovo da ema 1976 Óleo sobre tela 109 x 149 cm Coleção particular Salvador, BA
Largo da Mariquita 1953 Óleo sobre tela 59 x 72 cm Coleção particular Salvador, BA
A mulata grande III 1980 Óleo s/ tela s/ papelão 61 x 45 cm Coleção Família Carybé
O Galista 1991 Óleo sobre tela Coleção Manoel Moreira Carrascal Gradin
Figuras na praia 1955 Têmpera s/ cartão s/ madeira 48,5 x 68,5 cm Coleção particular Salvador, BA
Bahia 1971 Óleo sobre tela 46 x 55 cm Coleção Norma e Renato Martins
Na praia 1997 Óleo sobre tela 70 x 38 cm Coleção Família Carybé
Papagaio fujão 1994 Óleo sobre tela 75 x 55,5 cm Coleção particular Salvador, BA
A feira 1989 Óleo sobre tela 55 x 85,5 cm Coleção particular Salvador, BA
Trabalhadores 1978 Óleo sobre tela 48 x 63 cm Coleção particular Salvador, BA
Em 1938, há quase quarenta anos, Carybé (Hector Bernabó) aportou na Bahia, vinha carregado de índios, sombreros, tangos. Na opinião de várias senhoras da zona do Maciel, era um janota elegantíssimo, trajava polainas, colete e paletó lascado atrás, moda audaciosa na época. Um inquieto, em busca de sua pátria perdida, do chão de sua sensibilidade, de seu porto de abrigo, de seu lar. Nos quarenta anos decorridos a partir do momento solene do encontro do artista com seu chão, com sua pátria, com seu lar, Carybé plantou raízes tão fundas na terra baiana como nenhum cidadão aqui nascido e amamentado. Carybé vem fixando há mais de um quarto de século, no quadro a óleo, no desenho, na gravura, na aguada, no mural, no painel, na madeira, no concreto, o viver baiano nesse fim de um tempo que não voltará (...) Fixou para sempre nossa vida de povo e nossa magia. Para sempre, a partir de seus quadros, desenhos e gravuras, os orixás repetirão as visitações, distribuirão justiça, salvarão enfermos, deitar-se-ão na cama das mulheres em dengue. Jorge Amado
In: Bahia de Todos os Santos, guia de ruas e mistérios Rio de Janeiro: Record, 1977, p. 193-195
Obá Onã Shokun | Hector Bernabó | Carybé