Comunicação
Tem contratos de exclusividade e de parceria com alguns dos principais anunciantes do mercado e faz a gestão da carreira de voz de mais de 90% dos locutores do mercado. Chama-se ZOV e a sua criação foi pensada durante mais de dois anos. Diz que não tem concorrência no setor. A sua administradora, Marta Correia, explica porquê.
Ramon de Melo
A agência da voz
Da esquerda para a direita: Sarah Broadbent, Céu Pinheiro, Marta Correia, Vera Oliveira
A missão era difícil mas não impossível. No início de fevereiro, por causa de um trabalho mais específico, houve a necessidade de encontrar várias meninas moçambicanas, com sotaque, com cinco anos. “Não foi fácil, pois a maior parte das crianças africanas que vivem cá já nasceram em Lisboa e não têm sotaque. Mas conseguimos”, diz Marta Correia, diretora da ZOV, a principal agência da voz em Portugal. Este episódio define a forma de trabalhar de uma agência que faz a gestão da carreira de 12
Fevereiro de 2013
voz de mais de 90% dos locutores do mercado e desbrava-o para o encontro de novos talentos nesta área. Segundo Marta Correia, a ideia de criar uma agência de voz foi pensada durante mais de dois anos antes de ser implementada e “foi moldada e adaptada dia a dia, com o objetivo de chegar à perfeição, e essa nunca se alcança. Lutamos diariamente para melhorar, para inovar. E todo este percurso deu muito trabalho”. A ZOV é o ressuscitar de um projeto que Marta tem desenvolvido ao longo dos últimos anos
e que nasceu “de uma continuada vontade de criar no mercado uma área de negócio única, pioneira e capaz de responder às necessidades dos clientes na área da locução”. Quando questionada sobre o lugar que ocupa no ranking do sector a diretora não hesita em afirmar que não há concorrência: “A ZOV está isolada no ranking porque considero que não há concorrência no sector. Houve, a meu ver, várias tentativas frustradas de criar agências de voz, mas efetivamente para se entrar neste mercado são necessários conhecimentos www.briefing.pt