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Gestão
Dar ideias, conceitos e ferramentas às empresas e aos governos sobre como medir o valor criado pela organização de conferências e eventos é o trabalho de Elling Hamso, um norueguês de 57 anos, que já esteve várias vezes em Portugal para explicar a aplicação da metodologia ROI. A última foi a convite da Uppartner
Ramon de Melo
Apanhados no ROI
Traduzido à letra, o ROI é, na definição clássica de finanças, o retorno sobre investimento. Mas há um universo de projectos, soluções e programas cujo valor pode ser avaliado através da utilização da chamada metodologia ROI. É o caso, por exemplo, da área das conferências e dos eventos. Elling Hamso é um dos “intérpretes” mais conhecidos da metodologia ROI aplicada a este domínio e que é desenvolvida pelo ROI Institute (http://www.roiinstitute. net/). Uma das suas missões é convencer as empresas, as instituições e os governos a terem um plano para obter os melhores resultados com as conferências e os eventos que orga20
Março de 2011
nizam e provar que isso é importante para a gestão. Segundo Hamso, a metodologia aplica-se exactamente da mesma forma a empresas e instituições governamentais. Hamso trabalha com organizações sem fins lucrativos, associações, governos, empresas. “Todos devem, ter como objectivo melhorar os resultados obtidos com eventos e conferências”. A metodologia obriga e estabelecer objectivos inter-relacionados entre si e a diferentes níveis. O princípio fundamental é o de que “a única forma de criar valor num evento é saber o que os participantes farão em resultado da sua participação”, diz Hamso. As
Hamso considera que, com o mundo digital, se está perante a maior generation gap da Humanidade. Porquê? Porque esta é uma época em que adultos, gestores, pais e professores aprendem coisas importantes no mundo dos adultos mas que lhes são ensinadas pelos filhos
organizações têm de começar por definir exactamente esse objectivo: o que querem que os participantes façam depois de uma iniciativa. Para saber o que eles pensam sobre um determinado evento muitas vezes basta perguntar aos participantes para se pronunciarem sobre o mesmo nos seus vários aspectos. Normalmente é um “processo simples e inscreve-se numa prática de recolha de informação para análise própria. É barata e pragmática”, acrescenta Hamso. O mesmo interlocutor considera que muitas das empresas só medem o nível de satisfação dos participantes em eventos, se eles estão felizes e bem O agregador do marketing.