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Passeio Público
É do Porto desde pequeno mas entregou o cartão de sócio quando foi para o jornalismo. Recuperou-o em Agosto de 2007, depois de ter assumido o cargo de director de comunicação do clube. Foi então que Rui Cerqueira, 39 anos, trocou a paixão dos relatos de futebol pelas emoções do balneário. Desde 1 de Julho que tem mais um desafio: os conteúdos de desporto do Porto Canal
nfactos
Coração de dragão
O melhor momento dos últimos quatro anos aconteceu nesta época de futebol. Era o Benfica-Porto e aos portistas bastava uma vitória para festejar o título na Luz. Rui Cerqueira assistiu ao jogo dentro do balneário e não esquece o ambiente que se viveu. Apesar de todas as emoções que havia para gerir, a 10 minutos do fim do jogo “lá esta22
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O jornalismo começou na Rádio Lidador, da Maia. Era o concretizar de um sonho que alimentava desde miúdo, altura em que se identificava com os relatores de futebol
va eu com o colete da flash interview no túnel, o único portista ali presente, mas sem qualquer problema”. Foi em Agosto de 2007 que Cerqueira deixou para trás uma carreira de 17 anos de jornalismo e assumiu o cargo de director de Comunicação do FC Porto. Estreou-se logo com um título, de Jesualdo Ferreira, e iniciou uma O agregador do marketing.
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Banco em Gelsenkirchen no dia em que narrou a final da Champions FC Porto/Mónaco 2004
etapa que, confessa, quer que dure por muito tempo. “Identifico-me com o clube, é um desafio constante e estou satisfeito”, remata. A ligação ao Porto é uma tradição familiar, aliás já garantida pelas duas filhas do próprio Rui. Porém, aos 18 anos, decidiu que tinha de entregar o cartão de sócio. Nessa altura prevaleceu a paixão do jornalismo e sobretudo dos relatos, do futebol ao hóquei em patins, em detrimento do fervor clubista. Recorda que queria ser um jornalista isento, “sem cartões”. Por causa disso hoje o seu número de sócio está acima dos 70.000. Se não tivesse desistido, estaria algures entre os 9000 e os 11000. Rui Cerqueira nasceu em Gaia. Estudou nas escolas da cidade e distinguiu-se enquanto praticante de basquetebol no Futebol Clube de Gaia e numa equipa de Oliveira do Douro. Foi aqui que, quando já estava no segundo ano do curso de Jornalismo da Escola Superior de Jornalismo do Porto, teve uma experiência de professor. Durou um ano lectivo e foi “fantástica”, apesar de ter aluO agregador do marketing.
Foi Antero Henrique, uma das traves-mestras na organização do Porto e que esteve ligado aos primórdios do departamento de comunicação do clube, que lhe fez o convite
Numa conferência com André Villas-Boas em 2011
nos mais velhos do que ele… O jornalismo começou na Rádio Lidador, da Maia. Era o concretizar de um sonho que alimentava desde miúdo, altura em que se identificava com os relatores de futebol. Nove meses depois da Lidador foi para a rádio Placard, que transmitia todos os jogos de quase todas as modalidades do FC Porto. Consolidou o gosto pelos relatos, que fazia “de manhã, à tarde e à noite”, de todas as modalidades. A qualidade dos seus relatos despertou a atenção da Antena Um, para onde entrou em 1 de Janeiro de 1991. Esteve oito anos na estação pública, sete dos quais em acumulação com a RTP. A primeira grande narração que fez para a televisão foi em 1993. Era um Barcelona-Porto, no tempo em que Bobby Robson treinava os dragões. Em 1998, surgiu a possibilidade de ficar só na televisão e Rui Cerqueira aceitou. Era uma oportunidade para estabilizar e apostar em definitivo na televisão, numa altura em que a rádio começava a perder fulgor. Chegou a apresentar programas de desporto e também de
informação geral mas nunca se deixou enfeitiçar “por aquela coisa de apresentar”. Com a experiência na informação geral conseguiu derrotar o estigma, muito acentuado nas redacções naquela época, de que o jornalista desportivo não tinha capacidades e conhecimentos para fazer outras coisas. Como jornalista e relatador cobriu centenas de jogos do FC Porto e embora fosse adepto procurou sempre a isenção. Ao contrário de outros colegas dos relatos, não tem histórias de gaffes para contar. Passou por alguns sustos em campos de futebol mas sem danos de maior. Até que um dia, inesperadamente, surgiu-lhe a comunicação do FC Porto. Foi Antero Henrique, uma das traves-mestras na organização do Porto e que esteve ligado aos primórdios do departamento de comunicação do clube, que lhe fez o convite. Era tempo de férias e o assunto levou um mês a ser resolvido. Para Rui Cerqueira era uma forma de “servir o clube” e concluir a página do jornalismo, 17 anos depois de ter começado a escrevê-la. Julho de 2011
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Passeio Público
Sobre o presidente diz que “respeita todas as pessoas que aqui trabalham e sentimos que é amigo. Motiva, orienta, agrupa”
Também era uma oportunidade para experimentar uma área de trabalho diferente. Fechou o acordo posteriormente também na presença de Adelino Caldeira e Pinto da Costa. Sobre o presidente diz que “respeita todas as pessoas que aqui trabalham e sentimos que é amigo. Motiva, orienta, agrupa. A marca Porto está ligada a Pinto da Costa”. Lidar com ele é facílimo e raramente está mal disposto, a não ser quando perde. Com uma vida profissional intensa – entre Janeiro e 26 de Março deste ano teve todos os fins-de-semana preenchidos – ocupa os momentos livres a 24
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descansar e a conhecer Portugal, principalmente os hotéis de charme do Douro e do Alentejo. Viaja muito com a equipa de futebol mas dessas viagens só fica a conhecer o aeroporto, o hotel, uma praça principal e pouco mais. A família já está habituada às andanças de Rui e às vezes até o acompanha, principalmente a filha mais velha, com 14 anos. Desde o dia 1 de Julho que tem mais um desafio pela frente: os conteúdos de desporto do Porto Canal. A estação vai ser geridapelo FC Porto e Rui Cerqueira é o director-geral. Quando foi para o clube já se falava nessa
Com uma vida profissional intensa – entre Janeiro e 26 de Março deste ano teve todos os fins-de-semana preenchidos – ocupa os momentos livres a descansar e a conhecer Portugal, principalmente os hotéis de charme do Douro e do Alentejo
hipótese e portanto não foi uma novidade. “É com naturalidade que surge esta ligação em acumulação com a direcção de comunicação”, diz. Mais do que uma estação do clube, o Porto Canal passará a ser um veículo de comunicação da marca Porto, não só do FC Porto mas também de outros interesses regionais. “Não vamos ser cópia de nenhuma televisão”, afirma.
O agregador do marketing.