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Férias
Cláudia Köver Jornalista ck@briefing.pt
Criatividade sem fronteiras Fomos saber a opinião de profissionais das áreas da comunicação e da criatividade sobre o apelo “forte e veemente” de Cavaco para fazermos férias cá dentro. E se o pessoal da comunicação cerra fileiras numa obediência patriótica ao apelo presidencial, já o povo criativo chama a atenção para facto das férias com fronteiras serem um travão à criatividade
O apelo foi claro. “Forte e veemente”, nas palavras do próprio. “Neste tempo difícil que atravessamos, os portugueses devem fazer turismo no seu país”, disse o Presidente da República, acrescentando que as “férias passadas no estrangeiro são importações e aumentam a dívida externa portuguesa. Rapidamente choveram críticas e apoios. A primeira crítica veio do interior do Governo socialista. “Só espero que os presidentes dos outros países não façam o mesmo apelo, caso contrário perdemos uma fonte de receitas importante. Há muitos turistas estrangeiros que vêm a Portugal”, avisou o ministro da Economia, Vieira da Silva. O Briefing foi saber a opinião de profissionais das áreas da comu14
Julho de 2010
nicação e da criatividade sobre o apelo de Cavaco. E se o pessoal da comunicação se une numa obediência patriótica, já o povo criativo chama a atenção para o facto de as férias com fronteiras serem um travão à criatividade . “O segredo está entre Braga e Nova Iorque”, sintetiza Filipa Serpa Soares, acrescentando que não é à toa que se utilizam expressões como “abrir os horizontes” ou “refrescar as ideias”: ”Mudar de cenário e ver coisas diferentes costuma ser uma forma bastante eficaz de o conseguir. Já o contrário poderia tornar-se empobrecedor para quem vive da criatividade e, consequentemente, para quem a diversidade é uma fonte de inspiração”. A directora de Planeamento Estratégico e New Business da
17,5% era quanto diminuiria o défice externo se os portugueses deixassem de fazer férias no estrangeiro
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