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Entrevista
Fátima de Sousa jornalista fs@briefing.pt
“Temos obrigação de desorganizar o sistema, acho mesmo que temos a obrigação cívica de o fazer. São palavras agressivas, mas quando falo em destruir não é no sentido da destruição física, mas sim criativa”. É nisto que acredita Carlos Coelho, 47 anos, presidente da ivity brand corp. E defende mais: defende que se liberte a energia criativa dos portugueses, que se tirem as gravatas do cérebro e que se bombardeiem os dogmas. Tudo isto para reconstruir o País genial que é Portugal
Carlos Coelho, presidente da ivity brand corp
Ramon de Melo
Desorganizemos o sistema
Briefing | Anda sempre de gravata. Pode dizer-se que é a sua imagem de marca? Carlos Coelho | Eu faço muita ginástica mental e a gravata é uma forma de manter um certo equilíbrio, uma certa paridade. Mas também é qua32
Agosto de 2011
se um statement contra o facto de se achar que um criativo é alguém que anda de calças de ganga e de t-shirt. Há pouco tempo estava numa conferência em que intervinha também uma pessoa da Apple, marca admirável, e, como calcula, quando al-
guém da Apple fala os jovens ficam completamente atentos a todas as palavras, a todos os gestos. O grande discurso desse senhor era que trabalhar na Apple era fixe, porque andavam todos de ganga e t-shirt e que para criar era preciso ser assim.
Eu ia falar a seguir, de fato e gravata. E estive 20 minutos a argumentar contra essa ideia de se criar com a roupa. É claro que atrás de um fato e de uma gravata se esconde muita incompetência, mas imaginem a quantidade de incompetência que O agregador do marketing.