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Entrevista
Hermínio Santos jornalista hs@briefing.pt
Para o sucesso do projecto da União Económica e Monetária é preciso “uma partilha de soberania por parte dos Estados-membros de uma forma mais acentuada”, diz José Luís da Cruz Vilaça, 67 anos, sócio da PLMJ e que, a partir de Outubro, será juiz no Tribunal de Justiça da União Europeia. Realista sobre os problemas que a União atravessa considera que se Portugal se limitar a políticas puras de austeridade “acabamos por agravar o problema da dívida”
Cruz Vilaça, sócio da PLMJ e futuro juiz do Tribunal de Justiça da UE
Ramon de Melo
Mais partilha de soberania
Advocatus | Quais são as funções que vai desempenhar no Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) e como é que encarou o convite do Governo para este cargo? José Luís da Cruz Vilaça | A função que vou exercer é a de juiz do Tribunal de Justiça da União Europeia, 30
Janeiro de 2012
que é o órgão jurisdicional supremo da justiça da UE. A instituição jurisdicional da União é o Tribunal de Justiça da UE, composto por três tipos de órgãos jurisdicionais: o Tribunal de Justiça, que é o tribunal supremo, o geral – que é o antigo Tribunal de Primeira Instância, ao qual
eu presidi quando foi constituído – e os tribunais especializados, dos quais até agora só está criado um, que é o da função pública europeia. O lugar para o qual fui indigitado e que aceitei com todo o gosto e muita honra é o de juiz no Tribunal de Justiça.
Advocatus | É um Tribunal de Justiça que intervém em todas as matérias da UE? JLCV | O Tribunal de Justiça da União Europeia tem por missão velar pelo respeito do Direito na interpretação e aplicação dos tratados e do Direito que deles O agregador da advocacia