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Entrevista
Conversas no Tivoli
Jorge Fiel Jornalista
Henrique Monteiro, director do Expresso
Via Visuals / Miguel Fernandes
“Os jornais não vão acabar”
“Os jornais não vão acabar. Não vão é existir tantos. Vão ser menos e diferentes. E não necessariamente em papel” - afirma Henrique Monteiro, 53 anos, director do Expresso, jornal onde trabalha há mais de 20 anos, após uma carreira iniciada na Voz do Povo e prosseguida no Jornal de Notícias e O Jornal. Licenciado em História, Henrique toca piano, é o autor das crónicas do Comendador Marques de Correia, e acha que a história prova que os meios antigos nunca são destruídos pelos novos, pois têm tendência a adaptar-se
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Briefing | No futuro vão continuar a existir jornais? Henrique Monteiro | Os jornais não vão acabar. Não vão é existir tantos. Vão ser menos e diferentes. No século XIX, o teatro era um espectáculo de massas. Depois apareceram os cinemas e o teatro foi-se tornando um nicho e objecto de culto. Com a massificação dos vídeos e DVD, as salas de cinemas ficaram mais pequenas, Os meios têm esta tendência: nunca são destruídos por um novo meio, mas O novo agregador do marketing.
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adaptam-se. Quanto mais targetizados os jornais forem, quanto melhor souberem a quem se dirigem, mais sobrevivem. Estou convencido de que alguns vão sobreviver - e o Expresso será um deles. Briefing | O online ainda é deficitário em Portugal. As empresas investem nele na esperança de que um dia ele dê dinheiro? HM | O online é deficitário em todo o mundo. Já foi uma bizarria e um sorvedouro de dinheiro. Hoje já gera receitas apreciáveis, que no Expresso andam à volta dos dois milhões de euros. O problema é que em percentagem não tem peso. Nem sequer paga o investimento que se faz no online. Briefing | Como é que se faz dinheiro no online? Vai ser preciso cobrar os conteúdos? HM | Para ser sincero, ainda não sei como se faz dinheiro no online. Provavelmente, terá de haver acordos. Alguns conteúdos poderão ser pagos, mas o mais importante é que haja acordos com os grandes motores de busca, que devem ser obrigados, ou pelo mercado ou pela regulação, a pagar pelos conteúdos que utilizam. Então sim, poderemos chegar a uma situação de equilíbrio, em que o online seja um negócio não ruinoso. Briefing | Em Portugal, as receitas publicitárias no online estão a crescer mais devagar do que se esperava? HM | Tudo está a crescer mais devagar do que era expectável. Mas enquanto as receitas de publicidade em papel estão a descer - e com a crise desceram bastante -, as do online continuam a crescer. Estão a subir mais devagar, mas sobem. Briefing | Até agora tem sido o papel a pagar o online. Acredita que num futuro próximo será ao contrário? HM | Num futuro em que eu ainda cá esteja não acredito. Mas pode ser. Às vezes as coisas são muito rápidas… De qualquer modo, penso que vai haver uma grande divergência entre o online e o papel. A O novo agregador do marketing.
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audiência que temos no online cerca de 50 mil pessoas a aceder por dia – não se deve sobrepor em mais do que 10% a 12% à audiência da edição em papel. São meios complementares. Para além disso, temos que pensar que qualquer dia poderá não haver papel e só teremos a edição online. Quando disse que os jornais vão continuar a existir, não quer dizer que seja necessariamente em papel. Briefing | Os jovens no escalão etário 18/25 passam muito mais tempo na internet do que a ver televisão. A televisão está ameaçada? HM | Sim, sobretudo as generalistas. Aquela ideia de que andámos anos a falar sobre cada espectador ser o programador já é uma realidade. Os adolescentes já não vêem canais mas programas, o Dr. House, que passa na Fox, o Sem Rasto que passa no AXN….
“Os jornais não têm de se adaptar ao estilo do Facebook. O papel de um jornal é cada vez mais dar valor acrescentado ao que já se conhece, o que pode ser feito de várias maneiras, antecipando a informação, explicando-a, organizando-a, dando notícias em exclusivo”.
Alguns capítulos da obra monumental “Declínio e queda do Império Romano”, de Edward Gibbon, foram o texto mais extenso que Henrique Monteiro leu no seu iPhone. O director do Expresso anda agora a ler, mas em papel, o “Manuscrito encontrado em Saragoça”, de Jan Potocki
Briefing | E mesmo as séries são muitas vezes vistas em frente ao ecrã de computador e não de televisão… HM | Passam a maior parte do tempo na internet e nas redes sociais, especialmente no Facebook, que está com uma força brutal. Aliás, o Hi5 está a morrer porque os adolescentes estão a passar para o Facebook. Briefing | Os meios tradicionais de Comunicação Social estão a adaptar-se bem às redes sociais? HM | A ópera também nunca se adaptou bem ao cinema. Uma pessoa que gosta de ir à ópera pode gostar de ver ópera no cinema, mas não é a mesma coisa. Continuam a ser coisas complementares. Os jornais não têm de se adaptar ao estilo do Facebook. O papel de um jornal é cada vez mais dar valor acrescentado ao que já se conhece, o que pode ser feito de várias maneiras, antecipando a informação, explicando-a, organizando-a, dando notícias em exclusivo... Briefing | O que é que o Expresso ganhou e perdeu com a saída dos jornalistas que fundaram o Público?
HM | Ganhou alguns jornalistas que depois foram decisivos no Expresso. Um deles é director e outro é director-adjunto. Ganhou uma renovação na direcção e uma reestruturação de graça. Curiosamente foi também isso que ganhou com a segunda saída, para o Sol. Ganhou uma redacção nova. E aí ganhou mais. Ganhou hábitos novos e um fluxo de trabalho diferente. Ganhou muita coisa e, naturalmente, também perdeu alguma. Perdeu alguns jornalistas interessantes, mas também perdeu alguns que não faziam falta. É como tudo na vida.
“O problema de haver mais ou menos política tem mais a ver com a política do que com os jornais. Durante os quatro anos da maioria absoluta do PS, a política era muito desinteressante, muito seca”
Briefing | Porque é que nos últimos 20 anos a política tem perdido espaço para a economia e a sociedade na primeira página do Expresso? HM | Ultimamente tem havido mais política outra vez. O problema de haver mais ou menos política tem mais a ver com a política do que com os jornais. Durante os quatro anos da maioria absoluta do PS, a política era muito desinteressante, >>>
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“Aflige-me ver jornais que dão prejuízo atrás de prejuízo. Eu penso que em Portugal só dois jornais em papel geram receitas suficientes para se manterem e progredirem. Estou a falar do Expresso e do Correio da Manhã. Talvez o JN também dê lucro, mas não apresenta contas separadas. Não sei de que é que vivem os outros jornais. É um mistério. Acho que teoricamente há aqui uma capacidade de intervenção não só dos proprietários, como até dos credores dos proprietários, que é muito para lá do desejável. O problema é que os credores dos proprietários, muitas vezes, também são credores da política. E esse é que é o problema. No limite é o que está a ser discutido agora”
muito seca. Nós já sabíamos que tudo o que o governo queria aprovar era aprovado e tudo o que o governo não queria era chumbado. O Parlamento não tinha existência própria. A política era muito maçadora e aí a economia tinha mais interesse. Briefing | Essa análise também é válida para as duas maiorias absolutas de Cavaco? HM | Penso que sim. No tempo do Guterres e agora, a política voltou a dominar. A política e os casos relacionados com a política. Infelizmente vivemos numa sociedade que é muito marcada por casos que não são exactamente de política, como está a acontecer com o caso “Face Oculta”. Do ponto de vista do Expresso, o caso é claramente político. Não me parece que haja um crime de atentado ao Estado de Direito, mas parece-me mais do que provável que há ali um conjunto de senhores que aproveitando-se das ligações políticas que têm e, quem sabe?, até com o beneplácito e incentivo do Governo, tentaram comprar um canal de televisão. Isso aí, para mim, é um caso de política que devia ser discutido politicamente. O Estado deve ter tanto poder das empresas? Deve ou não ter golden shares? O problema é que essas discussões em Portugal ficam quase sempre a meio caminho. Briefing | O jornalismo tem melhor qualidade agora do que quando entraste na profissão? HM | Sei que todos os velhos da minha geração dizem que “no meu tempo é que era bom” e, muitas vezes, respondo: “vocês têm é saudades de serem novos, que é uma coisa diferente”. A qualidade média do jornalismo melhorou. Sou do tempo em que ainda se viam jornalistas a aproveitar os restos dos cocktails, porque ganhavam miseravelmente. Briefing | Esse aumento da qualidade média tem a ver com o surgimento de cursos de Comunicação Social? HM | Acho que na classe temos demasiados licenciados em Comunicação Social e muito poucos licen-
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ciados noutros cursos. Para tratar de economia, por exemplo, mais vale ter pessoas com formação económica. Quanto mais as redacções reflectirem a sociedade, melhor é para o pluralismo e para o conhecimento da própria redacção. Acresce que as pessoas licenciadas em Comunicação Social foram colegas de muitos assessores. Costumo dizer que é a mesma coisa que a faculdade de Medicina formar cangalheiros e depois ter um colega que trata dos mortos. Briefing | Um dos fenómenos mais marcantes dos últimos anos têm sido a crescente profissionalização das fontes de informação? O acesso directo do jornalista a fonte primária de informação é muitas vezes coado. Isso é bom ou mau? HM | É mau, mas é como é. Não me estou a queixar. O pior – e não falo de empresas, nem de organizações privadas – é o facto de o Estado (o Governo mas também os tribunais, as autarquias…) fazer sistematicamente uma gestão política da uma informação que é devida aos cidadãos porque é pública. Uma empresa pode fazer a gestão que entender porque é dos accionistas, mas não pode fazê-la para os accionistas. Um accionista pede uma informação e a administração tem de a dar. Nós somos os accionistas do Estado e, portanto, não pode haver uma gestão política da informação. Esse excesso de profissionalização preocupa-me. Lembro-me que em Inglaterra os ministros entram e levam um assessor de imprensa, mas já lá está o assessor de imprensa do ministério, a quem os jornais também recorrem. E esse não muda com os ministros. É uma carreira. É importante pensar e debater nestas matérias. É mais importante do que este “bruá” sobre se há ou não liberdade de expressão, que é discutido na maior das liberdades de expressão. Briefing | A relação dos jornais com a publicidade está a mudar? HM | Do meu ponto de vista enquanto director, não. Trabalho numa empresa que me faz o favor de não me dizer o que está a aumentar e o que está a diminuir, se alguém nos está penalizar ou não. Isso, sim, se-
Henrique Monteiro tem um iPhone admite comprar um iPad ou um Kindle: “É agradável para ler nos aviões ou no comboio quando uma pessoa não leva mais nada e já está farta de ler jornais. No entanto, confesso que normalmente leio em papel mas imagino as minhas filhas a lerem num suporte electrónico. E as minhas netas ainda mais”
“Ainda não sei como se faz dinheiro no online” O novo agregador do marketing.
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ria limitador. Se me perguntarem se o Estado investe mais ou menos, ou que banco investe mais, não faço ideia, nem quero saber. Não publico artigos para ser simpático ou antipático para o anunciante. É um problema que não existe na minha cabeça. Briefing | Na generalidade, as empresas jornalísticas em Portugal são bastante frágeis do ponto de vista económico. Isso faz com que sejam mais permeáveis à pressão dos anunciantes, do poder, ou dos bancos que as financiam? HM | Só posso responder a isso teoricamente. Trabalho aqui há 21 anos e nós demos sempre lucro. Não tenho esse problema. Teoricamente, acho que sim. A Entidade Reguladora para a Comunicação Social devia olhar mais para a propriedade dos órgãos de Comunicação Social. Há dois grupos cotados em bolsa (Cofina e Impresa) e um jornal (o Público, que pertence à Sonaecom) que têm as contas auditadas pela CMVM. Tudo o resto é um mundo de contas que não conhecemos. Nalguns casos, um mundo de proprietários que não conhecemos, ao contrário do que diz a lei, que diz que a propriedade dos órgãos de comunicação social tem de ser conhecida até à origem. Penso que isto é preocupante. Aflige-me ver jornais que dão prejuízo atrás de prejuízo. E não me refiro ao Público, porque sabemos que o engenheiro Belmiro diz que “isto é responsabilidade social, dá prejuízo, mas nós cobrimos”. Quatro milhões de euros de prejuízo é uma gota de água para a Sonae. Embora, já tenha ouvido um responsável da Sonae dizer que uma torneira de água a pingar também é sempre muito irritante. E é. No caso do Público, sabemos como é reposto o prejuízo. Noutros casos não. É a perplexidade total. Eu penso que em Portugal só dois jornais em papel geram receitas suficientes para se manterem e progredirem. Estou a falar do Expresso e do Correio da Manhã. Talvez o Jornal de Notícias também dê lucro mas não apresenta contas separadas. Não sei de que é que vivem os outros jornais. É um mistério. Acho que teoricamente há aqui uma capacidade de intervenção
DIRECÇÃO
Uma equipa oriunda de quatro continentes A direcção do Expresso é constituída por seis jornalistas, um director, quatro adjuntos e um subdirector), com formações diversas (de História a Engenharia, passando por Economia e Design). Não inclui nenhum
licenciado em Jornalismo ou Comunicação Social. Alberga gente oriunda de quatro continentes (África, Ásia, América e Europa). O Sporting está em maioria, mas há benfiquistas e um portista
Nicolau Santos
55 anos, licenciado em Economia. Nasceu e cresceu em Luanda e ainda se sente angolano. É o responsável pelas áreas de conferências e produtos associados da Exame e Expresso. Fez parte do núcleo fundador do Semanário Económico e foi director do Diário Económico. Escreve e diz poesia. Tal como o director, é sportinguista
Ricardo Costa
41 anos, é o único membro da direcção que não concluiu a licenciatura. Irmão do presidente da Câmara de Lisboa, é de origem indiana. É o responsável pela Política e Opinião, bem como com a articulação com a SIC, de que foi director e onde fez o essencial da carreira, iniciada com um estágio no Expresso
João Vieira Pereira
37 anos, licenciado em Economia. É o responsável pela Economia e pela revista Exame. Foi director do Semanário Económico. Joga golfe
João Garcia
56 anos, licenciado em Engenharia Electrotécnica (correntes fracas, precisa o director, seu amigo de longa data). É o responsável pela Sociedade, Internacional, Única e o director do Courrier. Brilhou no Diário Popular e esteve em O Jornal antes de ir para o Expresso. É benfiquista
Marco Grieco
34 anos, licenciado em Design pela Universidade de Guanabara, Rio de Janeiro. Subdirector do Expresso, é o director de Arte. Veio do Jornal de Notícias, onde desempenhava as mesmas funções. É portista
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não só dos proprietários, como até dos credores dos proprietários, que é muito para lá do desejável. O problema é que os credores dos proprietários, muitas vezes, também são credores da política. E esse é que é o problema. No limite é o que está a ser discutido agora. Briefing | Há um estudo que diz que a marca Expresso podia ser usada para um banco ou para uma companhia de aviação. Não te parece que não estão a tirar todo o partido dela para atenuar a dependência superior a 70% que a empresa tem das receitas publicitárias? HM | Não sou especialista nessa matéria e até sou bastante nabo a pensar estrategicamente esse tipo de coisas. Percebo que a marca Expresso é rigor, credibilidade e confiança. É uma marca que foi construída ao longo de 37 anos. Nem sequer é mérito meu. Acho que a marca pode ser potenciada e associada a muitas outras coisas, mas eu talvez não seja a melhor pessoa para discutir isso…
Como estava numa semana recheada com compromissos extraordinários (almoço com grandes anunciantes do Expresso, audição na AR), Henrique Monteiro, o director do Expresso, pediu que a entrevista decorresse em Laveiras, no meio da redacção do Expresso, que, por decisão dele, funciona em open space – nem o próprio director tem um gabinete próprio
Briefing | Os produtos associados foram uma tentativa de arranjar receitas complementares. Ainda têm peso nas receitas? HM | Os produtos associados já foram… Continuam, mas numa escala menor. As pessoas encheram as prateleiras de vídeos, enciclopédias, livros e de CD’s. Neste momento, há um problema da prateleira. As pessoas já não têm mais prateleiras para encher. Lembro-me que fui responsável aqui no Expresso por vender os Lusíadas e vendemos 60 e tal mil livros. Foi de doidos e uma receita fabulosa. Briefing | A redacção da Exame foi incorporada na do Expresso, mas a Visão e a SIC continuam com redacções autónomas. Num futuro próximo vai haver uma redacção comum do grupo Impresa? HM | Redacção comum é uma expressão um bocado tricky. Se digo que sim, parece que vamos fundir tudo. Se digo que não, as pessoas pensam que vamos continuar todos separados como agora. 20
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“A qualidade média do jornalismo melhorou. Sou do tempo em que ainda se viam jornalistas a aproveitar os restos dos cocktails, porque ganhavam miseravelmente”
Briefing | Como vai ser no novo edifício que vai juntar em Carnaxide todos os órgãos do grupo Impresa? Já está pensado? HM | Eu tenho uma opinião, mas não quer dizer que ela vá prevalecer. A minha opinião é que cada marca tem de ter uma redacção. Só que essa redacção é sobretudo uma redacção de editores. Quando digo editores não estou a dizer que sejam só os editores, mas também pessoas com muita experiência. Deixa de haver a necessidade de cada meio ter os seus rookies. Há tarefas que podem ser comuns, mas não é o caso das centrais. Nunca posso dizer que a manchete do Expresso vem da redacção comum. Não me parece que possa chegar à sinergia do redactor principal do Expresso ser também pivot da SIC e, ao mesmo tempo, escrever uma crónica na Visão. Além de tudo, porque estávamos a matálo. A fazer isso tudo ele não durava muito tempo.
Briefing | O jornalismo é caro? HM | É. E o bom jornalismo é mais caro do que o mau. Isso é que é o problema. Briefing | Não te parece que há uma tendência para o jornalismo low cost? HM | Nós fizemos cortes brutais, mas nunca fizemos cortes em despesa de reportagem. Nem em reportagem no país, nem no estrangeiro. Foi uma área na qual nunca fizemos cortes. Briefing | Essa atitude compensa? HM | Acho que sim, que no longo prazo compensa. Somos o único grupo que vive só e exclusivamente da Comunicação Social. Com o acidente na Madeira, por exemplo, foi uma equipa para lá do Expresso, outra da SIC e outra da Visão. Haver sinergias não significa que, quando chegamos a momentos como este, nos pomos a pensar nos custos e decidamos mandar uma só equipa para escrever para todos. O novo agregador do marketing.