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Sindicatos
O megafone já não chega
“A comunicação sindical tem a fama de ser cinzenta por causa da complexidade dos assuntos veiculados. É nossa responsabilidade simplificar a informação, sem desvirtuar o seu sentido real e relevância”
“Quando o Primeiro-ministro apresenta na televisão uma iniciativa aos trabalhadores, não podemos responder com a distribuição de folhetos, senão nunca mais lá chegamos”
“Muitas vezes os jornalistas limitam-se a recorrer a um estereótipo da sua própria concepção de sindicalismo”
Lúcia Macau Departamento de Comunicação da UGT
Ulisses Garrido Membro da Comissão Executiva da CGTP
Maria da Conceição Cerdeira Professora Associada do ISCSP
O orçamento é ainda “demasiado curto”, queixa-se Ulisses Garrido, da Comissão Executiva da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN), que defende a necessidade da comunicação sindical se centrar 30
Lusa - Mário Cruz
Os sindicatos reconhecem que têm de se adaptar aos novos media, mas queixam-se da falta de dinheiro e da ignorância das redacções. Apesar disso, Carvalho da Silva, líder da CGTP, é o parceiro social mais presente na Comunicação Social. E João Proença, o seu homólogo da UGT, tem mais notoriedade que o patrão dos patrões
Junho de 2010
menos na distribuição “mão a mão”, para passar a recorrer de forma intensiva e eficaz aos mass media e aos meios online. Os sindicatos têm de acompanhar a mudança dos estilos de vida, da organização do trabalho e das empre-
sas, para conseguirem recorrer ao sound byte televisivo com a mesma expressão das entidades patronais e do Governo. “Quando o Primeiroministro apresenta na televisão uma iniciativa aos trabalhadores, não podemos responder com a distribui-
ção de folhetos, senão nunca mais lá chegamos”, comenta. Seria, por isso, importante ter “jornalistas que nos questionassem com pertinência e com saber”. Os meios de comunicação têm uma cultura dominante nas redacções, O novo agregador do marketing.