Director: Hermínio Santos Trimestral Ano III N.º 12 Julho/Agosto/Setembro de 2014 8 euros n
A plataforma da distribuição e comércio moderno
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O que é nacional é bom
A prova de que “o que é nacional é bom” tem a assinatura das cadeias de distribuição que operam em Portugal, cuja estratégia passa pelo apoio aos fornecedores nacionais e pela exportação de produtos portugueses.
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Inês Valadas, administradora da Sonae MC
Há uma nova marca na papelaria
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Centros de logística na Azambuja e Alverca
NO “CORAÇÃO” DA DISTRIBUIÇÃO
Inês Valadas, administradora da Sonae MC, explica a criação da note!, a nova marca do grupo e especializada em papelaria, livraria e presentes.
ÍNDICE
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congresso O V Congresso da APED em imagens. Uma das principais presenças foi o Prémio Nobel 2013, Lars Peter Hansen. Neste congresso foram atribuídos, pela primeira vez, os Prémios Excelência Inovação no Retalho.
NOTÍCIAS
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LOGÍSTICA
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Uma visita aos centros de logística das principais empresas de distribuição localizadas na Azambuja e Alverca
OPINIÃO
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Paulo Monteiro, da Auchan, e Oi INEM escrevem sobre desfibrilhadores automáticos externos
EXPORTAÇÃO
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Lidl, Continente e Jerónimo Martins explicam as suas estratégias para exportar produtos portugueses. Um produtor dá o seu testemunho
INVESTIMENTO
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A aposta portuguesa da Conforama, que vai abrir seis novas lojas até 2017
INOVAÇÃO
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Um retrato dos projetos que venceram o Prémio Excelência Inovação no Retalho e onde também não faltam os que tiveram menções honrosas
PRÉMIOS
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O que vai ser a edição deste ano dos Food & Nutrition Awards
MARCA
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Inês Valadas, administradora da Sonae MC, apresenta note!
TENDÊNCIA
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Como vai ser o online em 2016 nos FMCG de acordo com um estudo da Kantar Worldpanel
OPINIÃO
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Filipe Barbosa, managing partner da Hama Portugal, escreve sobre pensar “fora da embalagem”
A atualidade das empresas e marcas que operam na Distribuição
Julho/Agosto/Setembro de 2014 3
4 Julho/Agosto/Setembro de 2014
STORE MAGAZINE
A sua pausa preferida Para conseguir o melhor equilíbrio entre sabor e nutrição, os especialistas da Proalimentar desenvolveram Proalimentar Nutrifibra. Deliciosas e saudáveis, ajudam a encontrar o equilíbrio no dia a dia, oferecendo-lhe bolachas ricas em Fibras e em Cereais integrais rigorosamente selecionados e com novos ingredientes como sementes de linhaça, sésamo ou girassol. Uma valiosa adição à variedade da gama Proalimentar.
notícias Jumbo lança clube para animais de companhia Uma plataforma online para os amigos e donos de animais de companhia é como se define o Jumbo Pet Club, um projeto lançado em parceria com a equipa técnica do centro veterinário MyVet e a BM Apoio, detentora de uma plataforma de cross-media e de personalização comunicacional. O Jumbo Pet Club assume-se como um clube para animais com vida social, que, “através de um tom divertido e descontraído, ajuda os consumidores a terem acesso a conteúdos especializados e certificados pela equipa de veterinários da MyVet e a serviços diferenciadores”, diz a empresa em comunicado.
Estante está de volta
700 mil marcaram presença no Mega Pic-Nic Continente Setecentas mil pessoas estiveram presentes na sexta edição do Mega Pic-Nic Continente que teve lugar em junho, na Av. da Liberdade, em Lisboa, visitado, nomeadamente, por uma comitiva da Comissão Europeia. Para a organização do evento, a visita da Comissão Europeia ao recinto é um sinal claro do reconhecimento internacional que o Mega Pic-Nic alcançou, tendo sido já premiado como o melhor evento público europeu, em 2011, e percebido como um exemplo a seguir por outras cidades europeias. 6 Julho/Agosto/Setembro de 2014
O segundo número da revista Estante, um projeto editorial da FNAC “para aqueles que são verdadeiramente apaixonados por livros”, está desde o dia 10 de julho à venda e tem a capa assinada por Ricardo Cabral. O editorial é da responsabilidade de Rui Zink. As viagens são tema de capa desta edição, que inclui também um dossier sobre a I Guerra Mundial e uma entrevista a Alexandra Lucas Coelho. A Estante está dividida em quatro secções: a vírgula (introdução, breves, etc), os parênteses (grande entrevista e temas de fundo), a reticência (novidades do mundo dos livros) e o ponto de interrogação (secção infantil). STORE MAGAZINE
PIRC: APED pede revisão imediata da lei
Ana Isabel Trigo Morais, Diretora-Geral da APED
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) alertou, durante uma audiência no ministério da Economia ocorrida em junho, para os impactos negativos do novo regime jurídico das práticas individuais restritivas do comércio (PIRC), tendo solicitado a revisão imediata do diploma para assegurar maior clareza, previsibilidade e o bom funcionamento do mercado. A posição da APED, que sempre manifestou preocupação pelo facto de a lei pôr em causa a competitividade do sector, prejudicando os consumidores e impedindo a transferência de valor para as famílias portuguesas, acaba de ser reforçada através de um Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que se pronunciou desfavoravelmente sobre a penalização de revenda com prejuízo, diz a associação em comunicado. O acórdão do STJ, ao contribuir expressivamente para a diminuição dos custos de transação, conflitua com as alterações introduzidas no novo regime das práticas PIRC, que penaliza os operadores económicos.
BREVES
Proalimentar Belvita com novo sabor A Proalimentar Belvita acaba de introduzir o sabor a fruta na sua gama recheada, ao incluir morango e iogurte, informa a marca em comunicado. As Belvita, comercializadas em saquetas individuais, são compostas por cereais integrais, constituem uma fonte de fibra e são enriquecidas com vitaminas e minerais, destaca.
Smint Chicle, as novas pastilhas sugar free Smint Chicle, uma pastilha sugar free, triangular e fresca, devido aos glitters que contém, está agora disponível com sabor a morango, uma variedade que se junta às tradicionais spearmint e peppermint, informa a Smint em comunicado. As Smint Chicle são comercializadas em embalagens metálicas, reutilizáveis, “para que o transporte seja o mais prático para o consumidor”, salienta a marca.
Daiquiri, Pina Colada e Mojito com Lipton Ice Tea
Intermarché premeia produção nacional O Intermarché lançou, um prémio de apoio à produção nacional que visa reconhecer e distinguir os melhores projetos implementados em Portugal nas áreas da inovação, sustentabilidade e respeito pelas origens no setor primário. Denominado Prémio Intermarché Produção Nacional, é aberto a todos os produtores e as candidaturas estão abertas até ao dia 25 de julho, em www.premiointermarche.pt, informa o Intermarché em comunicado. STORE MAGAZINE
A Lipton Ice Tea acaba de lançar, numa edição limitada e disponível até setembro, três novidades: Daiquiri, Pina Colada e Mojito. A marca diz que o Lipton Ice Tea Daiquiri “surpreende com o irresistível toque tropical de Morango e Pitaya; Lipton Ice Tea Pina Colada seduz com o inconfundível sabor exótico a ananás e coco; e Lipton Ice Tea Mojito combina na perfeição toda a leveza do chá verde com o poder refrescante de Lima e Menta”.
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notícias IKEA recruta sete mil pessoas em seis anos
Sport Zone abre primeiro franchising em Ceuta A Sport Zone, insígnia de desporto da Sonae SR, acaba de inaugurar a primeira loja em regime de franquia em Ceuta, cidade autónoma espanhola situada no Norte de África, no prosseguimento da sua estratégia de crescimento. A nova
loja da Sport Zone em Ceuta está localizada no centro da cidade e tem uma área de cerca de 300m2, disponibilizando uma oferta que inclui marcas desenvolvidas em Portugal como a Berg Outdoor (atividades outdoor), Berg Cycles
(ciclismo), Deeply (surf, outros desportos de água e surf wear), Outpace (corrida e marcha), Doone (ginástica e casual wear), Ankor (natação), New Fit (acessórios e aparelhos de fitness) e K-Open (ténis).
A IKEA vai recrutar sete mil pessoas, em todo o mundo, nos próximos seis anos. Em Portugal, o próximo recrutamento deverá abrir em breve para a futura loja de Loulé. Em entrevista ao Diário Económico Petra Hesser, diretora global de Recursos Humanos da Ikea, revelou que o objetivo do grupo “é chegara cada vez mais pessoas para que tenham bons produtos e se sintam bem em casa”.
Empresa detentora do Lidl vai ser líder na Europa até 2018 A empresa proprietária do Lidl será o maior retalhista alimentar da Europa Ocidental até 2018, fruto do crescimento contínuo da política de descontos no continente europeu, indica um estudo elaborado para a empresa de consultoria Planet Retail. “Esta é uma mudança sem precedentes no retalho na Europa, alimentada pelo quase imparável crescimento do formato discount”, acrescenta David Gray, que assina o relatório, citado no The Guardian. David Gray prevê que o volume de negócios do grupo Schwarz, controlado por um multimilionário alemão que detém o Lidl juntamente com a rede de hipermercados Kaufland, superará os do Carrefour e Tesco até 2018. 8 Julho/Agosto/Setembro de 2014
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Pingo Doce faz nascer uma nova autora Joana Margarida Pires Lopes foi a vencedora da 1ª edição do Prémio de Literatura Infantil do Pingo Doce, na categoria de texto. A sua obra “De onde vêm as Bruxas?” foi a escolhida pelo Júri presidido pela Alêtheia Editores na pessoa de Zita Seabra e composto por Eduardo Sá, Isabel Stilwell, Isabel Zambujal e Sara Miranda. O diretor-geral do Pingo Doce, Luís Araújo, entregou o troféu à autora na Feira do Livro. O prémio monetário, no valor de 25 mil euros, será entregue aquando do lançamento do livro, previsto para novembro. A autora do texto vencedor tem 30 anos e reside na região Centro de Portugal, na Sertã. Professora na Escola Profissional da Sertã, sempre acalentou o sonhou de ser escritora. A resposta dos portugueses ao desafio lançado pelo Pingo Doce superou largamente as expectativas, não só pelo número de candidaturas mas também pela qualidade das obras a concurso. Com mais de 1.500 candidaturas oriundas de todas as regiões de Portugal Continental e das Ilhas foram, no entanto, as regiões da Grande Lisboa, Norte e Centro que reuniram maior número de candidaturas. As mulheres representaram 75% do total de candidatos e a faixa etária que mais obras submeteu à avaliação do Júri situou-se entre os 30 e os 50 anos. Luís Araújo, diretor-geral do Pingo Doce, e Joana Lopes
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Julho/Agosto/Setembro de 2014 9
Logística Hermínio Santos jornalista hs@briefing.pt
Na estrada que liga Vila Nova da Rainha à Azambuja concentram-se alguns dos principais centros de logística da distribuição moderna portuguesa. São milhões de produtos movimentados todos os dias por mais de 2000 trabalhadores e centenas de camiões. São operações vitais para o funcionamento do sector e que operam, em alguns casos, 363 dias por ano e 24 horas por dia e obrigam até à existência de uma creche e jardim de infância. A Store foi visitar o “coração” da distribuição, incluindo também o centro de logística da FNAC, em Alverca.
Operações vitais Passam poucos minutos das três da tarde e parece que é hora de ponta no armazém da Sonae MC na Azambuja. O movimento de empilhadores não pára e todos parecem saber de cor o caminho que têm de percorrer. Entram e saem com destreza de corredores que armazenam milhões de caixas, produtos “vitais” para a atividade da distribuição em Portugal. Enquanto uns tiram produtos das prateleiras, outros tratam de os acondicionar devidamente para seguirem viagem 10 Julho/Agosto/Setembro de 2014
em direção às lojas de todo o país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores. É na estrada entre Vila Nova da Rainha e a Azambuja que se situa o principal “coração” da logística da distribuição em Portugal. Auchan, Sonae MC e Sonae SR e Jerónimo Martins concentram aqui grande parte da sua atividade logística. A Fnac tem o seu armazém em Alverca. Todos os dias centenas de camiões asseguram que a cadeia de abastecimento da distribuição moderna não
falha. Só a frota de viaturas do centro logístico da Azambuja do grupo Jerónimo Martins é composta por cerca de 200 camiões. Neste centro, que emprega 1000 pessoas, até funcionam uma creche e um jardim de infância totalmente gratuitos e com horário alargado (segunda a sábado das 05h45 às 18h00) adaptado às necessidades específicas dos colaboradores da logística. Organização é a palavra-chave do sector da STORE MAGAZINE
logística. Por isso, quer se esteja nos corredores do centro da Sonae MC, do centro da Auchan ou no armazém da Fnac, todos sabem qual a sua missão e papel em armazéns de grandes dimensões onde, em alguns casos, se trabalha 24 horas por dia, 363 dias por ano. Desde o controlo de qualidade – essencial para assegurar que tudo chega em perfeitas condições ao consumidor – até à receção, armazenagem, preparação e expedição dos produtos há procedimentos e regras para assegurar o máximo de eficiência com o mínimo de riscos quer para a empresa quer para os próprios trabalhadores. Nos armazéns visitados pela equipa da Store abundam os apelos à segurança no trabalho e os incentivos para que os acidentes sejam evitados. As áreas sociais destas unidades de logística – onde existem refeitórios e áreas de lazer, por exemplo – não escapam a estas recomendações. Nos centros da Sonae MC e Sonae SR estas áreas têm um “look” muito colorido, claramente diferenciador dos restantes espaços. São elementos “friendly” que amenizam o cenário sempre igual de milhares de paletes. Claro que todos os números associados às operações de logística são de uma dimensão inima-
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ginável para quem não está familiarizado com estas operações. Alguns exemplos: a operação logística da Auchan envolve, na sua globalidade, mais de 40 milhões de caixas expedidas/ano; as operações de logística da FNAC gerem as cerca de 250.000 referências ativas que a empresa coloca à disposição dos seus clientes; no centro de logística do grupo Jerónimo Martins na Azambuja
são movimentadas, por ano, mais de 120 milhões de caixas e mais de 30 mil artigos, provenientes de mais de 1000 fornecedores; nos centros da Sonae no mesmo local movimentam-se mais de três milhões de paletes/ano, fazem-se 212.000 entregas/ano e há 230 viaturas. Toda a logística da Sonae MC expede, anualmente, 200 milhões de caixas.
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Logística
AUCHAN
Duas plataformas da Auchan Na Azambuja a Auchan Portugal tem duas plataformas: uma para os produtos de grande consumo, bazar, têxtil e equipamentos para o lar e outra para os produtos de fruta e verdura. O tipo de operação nestes dois espaços é feito em regime de outsourcing. Globalmente, tem mais de 40 milhões de caixas expedidas por ano e cerca de 6,5 milhões de quilómetros percorridos. Direta e indiretamente tem mais de 600 postos de trabalho e trabalha com sete operadores logísticos. A Auchan Portugal dispõe ainda de plataformas logísticas em Peniche, Torres Novas e Póvoa de Santa Iria. Em Peniche é tratado o peixe fresco, em Torres Novas está localizada a plataforma do talho e na Póvoa de Santa Iria fica a de refrigerados e congelados.
Paletes a perder de vista
A importância da sinalética
12 Julho/Agosto/Setembro de 2014
O espaço de circulação é importante
STORE MAGAZINE
Auditar é uma tarefa relevante
O controlo de qualidade
Nas frutas e legumes
Circuito preparação do fluxo tenso
A rotina das caixas
STORE MAGAZINE
Leonor Afonso, responsável pelas cinco plataformas logísticas e transportes
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Logística
FNAC
11 milhões de unidades na FNAC
No reino dos empilhadores
A operação logística da FNAC está centralizada num único armazém de 8.000m2, que serve todas as 19 lojas (Continente e Madeira) e a Fnac.pt. Conta com uma equipa de mais de 40 pessoas, podendo quase duplicar conforme a sazonalidade e picos maiores de atividade. Neste armazém central em Alverca são rececionadas todas as encomendas e processadas de acordo com os fluxos definidos: cross-docking e stock central (PBL e PBS), incluindo serviços de valor acrescentado tais como etiquetagem de todos os artigos e procurement de
Uma vista panorâmica
14 Julho/Agosto/Setembro de 2014
Controlo automático das embalagens
pedidos de cliente urgentes. A receção de mercadorias funciona 5 dias por semana e a frequência de entregas dos fornecedores vária consoante a tipologia do seu produto, mas estrategicamente aposta por aumentar a sua frequência, tendo sempre em conta o custo/ benefício para ambas as partes. Esta operação logística gere as cerca de 250.000 referências ativas que a FNAC coloca à disposição dos seus clientes. O armazém da FNAC movimenta 11,1 milhões de unidades anuais, das quais 2,4 milhões são produtos técnicos e 8,7 milhões são produtos editoriais. STORE MAGAZINE
Embalagens no sítio certo
Zona de produtos da fnac.pt
Tudo preparado para as lojas
Conduzir com atenção
João Neves, diretor de logística e supply chain
STORE MAGAZINE
Trabalho atento
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Logística
JERÓNIMO MARTINS
A logística com uma creche O Centro Logístico do grupo Jerónimo Martins, na Azambuja, emprega cerca de 1000 colaboradores que trabalham nas seguintes áreas: Logística, Supply Chain, Sourcing (Comercial de produtos frescos), Controle da Qualidade, Ambiente e Higiene&Segurança no Trabalho. Os seis armazéns deste centro fornecem, diretamente, mais de 200 lojas Pingo Doce e Recheio, situadas na região centro do País. Além disso, abastecem também os restantes centros logísticos do grupo localizados no norte, no sul e na Madeira. Por ano, são movimentadas mais de 120 milhões de caixas e mais de 30 mil artigos, provenientes de mais de 1000 fornecedores. No Centro Logístico na Azambuja, funcionam uma creche e um jardim de infância totalmente gratuitos e com horário alargado (segunda a sábado das 05h45 às 18h00) adaptados às necessidades específicas dos colaboradores da logística. Atualmente são frequentados por 85 crianças, entre os 4 meses e os 5/6 anos.
Trânsito congestionado
Uniformização
16 Julho/Agosto/Setembro de 2014
A creche e jardim de infância
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Muito espaço para trabalhar
Tudo devidamente embalado
Armazéns de grande dimensão
Prontos para partir
A importância dos camiões
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1000 trabalhadores da JM na Azambuja
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Logística
SONAE
O grande polo logístico
O Parque Logístico da Azambuja
O Parque Logístico da Azambuja é responsável pelo abastecimento das lojas das regiões centro e sul de Portugal e Ilhas da área de retalho alimentar (Sonae MC) e de todas as lojas a nível nacional do retalho especializado (Sonae SR), bem como para o mercado internacional das insígnias Zippy, MO e Sport Zone. Nos últimos cinco anos, a Sonae centralizou nesta zona toda a sua operação logística da Sonae SR (antes repartia-se por mais de 4 entrepostos em 3 pontos distintos), que se juntou assim à zona onde estava
A zona da automação
18 Julho/Agosto/Setembro de 2014
Na área dos eletrodomésticos
a Sonae MC criando um grande polo logístico da Sonae. Entre as mais recentes inovações implementadas está a automação de processos no abastecimento das insígnias Zippy, MO e Sport Zone, como forma de responder ao desafio de melhoria contínua dos processos logísticos e de dotar o entreposto de capacidade de crescimento futuro. Existem mais de 1000 trabalhadores da Sonae neste parque logístico. STORE MAGAZINE
A gestão da qualidade
O factor humano é indispensável
Produtos prontos para partir
Sistema que facilita a distribuição
Proteção das embalagens
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Olhar atento sobre as referências
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Opinião
Os hipermercados Jumbo têm em desenvolvimento um projecto único na Moderna Distribuição: a venda B2B de Desfibrilhadores Automáticos Externos procurando responder às exigências da legislação recentemente publicada.
Um projeto único
Paulo Monteiro
Diretor de Nutrição, Saúde e Bem Estar da Auchan Portugal Hipermercados
“Esta oferta tem sido muito bem recebida pelo mercado tendo já sido concretizados vários projectos envolvendo Ministérios, cadeias de retalho não-alimentar e empresas privadas” 20 Julho/Agosto/Setembro de 2014
Segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia* a “Morte Súbita de causa cardíaca corresponde a 20% de todas as mortes, com uma incidência de cerca de 1 por 1000 habitantes/ano. Em 2/3 das situações é provocada pela doença coronária, e contribui para a mortalidade dos doentes coronários em mais de 50% dos casos. Para dar uma ideia da importância destes números, podemos dizer que a Morte Súbita Cardíaca apresenta uma mortalidade superior à provocada pela SIDA, Cancro da Mama e Cancro do Pulmão em conjunto. (…) É responsável por 95% da mortalidade pré-hospitalar das doenças cardíacas, e a única forma que temos para a reverter é através da aplicação imediata de um choque eléctrico, a chamada Desfibrilhação Eléctrica”. Em caso de paragem cardíaca, o tempo constitui um dos factores mais críticos para o sucesso de qualquer intervenção, sendo que, por cada minuto que decorre, as probabilidades de salvamento reduzem-se entre 7% e 10%. De acordo com os DL 188/2009 e 184/2012 é obrigatória, a partir de Setembro, a instalação de equipamentos de DAE (Desfibrilhador Automático Externo) nos locais de acesso público, com sig-
nificativos fluxos de pessoas, integrando aqueles o Plano Nacional de Desfibrilhação Automática Externa (PNDAE) e, em consequência, dispor nas instalações de equipamento DAE e pessoal formado para operar com os mesmos. Os Hipermercados Jumbo têm em desenvolvimento um projecto único na Moderna Distribuição: a venda B2B de Desfibrilhadores Automáticos Externos procurando responder às exigências da legislação recentemente publicada. Resulta da associação entre o Departamento de Nutrição Saúde e Bem-Estar e a Direcção de Segurança da Auchan Portugal Hipermercados em parceria com um fornecedor externo, disponibilizando, a valores 25-30% mais baratos que o standard do mercado, uma oferta integrada de Desfibrilhador + formação para 6 pessoas + tablet + controlo médico, a um preço imbatível (1.894,90€ com IVA incluído). Esta oferta inovadora procura igualmente responder a duas preocupações que acompanham muitos das entidades públicas e dos empresários portugueses: • Apesar dos desafios que as nossas empresas e os nossos clientes enfrentam, num ano de
*http://www.fpcardiologia.pt/a-morte-subita-cardiaca/ STORE MAGAZINE
particulares dificuldades, consideramos que o valor da Responsabilidade Social, no que o mesmo reflecte de partilha com a Comunidade, deve integrar, de forma permanente, a prática institucional das nossas empresas. • A disponibilização nos espaços públicos das empresas de um Desfibrilhador Automático Externo, para além do cumprimento de um requisito legal, pode constituir um elemento de diferenciação para os seus concorrentes directos, oferecendo aos seus clientes e colaboradores, uma garantia extra de segurança e conforto. Esta oferta tem sido muito bem recebida pelo mercado tendo já sido concretizados vários projectos envolvendo Ministérios, cadeias de retalho não-alimentar e empresas privadas, sendo que, em particular as acções de formação têm decorrido de forma muito dinâmica e participada, constituindo momentos de partilha e entrega a uma causa nobre.
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DAE obrigatórios em espaços públicos até setembro de 2014
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Aeroportos, bancos, casinos, centros comerciais, aeronaves, hipermercados e unidades hoteleiras são alguns dos locais onde é já habitual encontrar-se Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE). Portugal tem atualmente 670 DAE licenciados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) em locais públicos. A experiência internacional demonstra que, em ambiente extra-hospitalar, a utilização de DAE por pessoal não-médico aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas em paragem cardiorrespiratória de origem cardíaca. Desde 2010 que o INEM promove a adesão de espaços públicos ao Programa Nacional de DAE, tendo o decreto-lei que estabelece as regras a que se encontra sujeita esta prática –188/2009 de 12 de agosto - sido alterado em agosto de 2012. O novo Decreto-Lei - 184/2012 de 8 de agosto - veio tornar obrigatória, até setembro de 2014, a instalação de equipamentos de DAE em estabelecimentos comerciais de dimensão relevante, como são o caso de aeroportos e portos comerciais, estações ferroviárias, de metro e de camionagem, recintos desportivos
e de lazer com lotação superior a 5 mil pessoas, e estabelecimentos comerciais de grande dimensão. Esta alteração reforça o entendimento de que o acesso à desfibrilhação automática externa é uma importante mais-valia no reforço da Cadeia de Sobrevivência no nosso país. O DAE é um dispositivo portátil que permite, através de elétrodos adesivos colocados no tórax de uma vítima em paragem cardiorrespiratória, analisar o ritmo cardíaco e recomendar ou não um choque elétrico. Este equipamento regista som, eletrocardiograma, fornece indicações aos reanimadores, analisa os dados e indica o choque ou não, segundo o algoritmo pré-definido. No entanto, só a existência de uma Cadeia de Sobrevivência eficiente permite tornar o DAE um meio eficaz. Por “Cadeia de Sobrevivência” entende-se o conjunto de ações sequenciais realizadas de forma integrada por diferentes intervenientes, reunidas em quatro elos fundamentais: ligar 112, realizar manobras de Suporte Básico de Vida, se recomendado utilizar o DAE, e aguardar a chegada de socorro médico diferenciado – Suporte Avançado de Vida.
Julho/Agosto/Setembro de 2014 21
Exportação Fátima de Sousa jornalista fs@briefing.pt
A prova de que “o que é nacional é bom” tem a assinatura das cadeias de distribuição que operam em Portugal, cuja estratégia passa pelo apoio aos fornecedores nacionais e pela exportação de produtos portugueses. Assim acontece com o Continente, com o Grupo Jerónimo Martins e com o Lidl.
O que é nacional é bom
O apoio à produção nacional é um denominador comum às cadeias de distribuição que operam em Portugal, sejam portuguesas na génese, como o Continente e o Grupo Jerónimo Martins, ou não, como o Lidl, multinacional de origem alemã. No Continente, a estratégia assume a forma de um Clube de Produtores, cujo enfoque é o mercado interno mas que não descura a exportação, 22 Julho/Agosto/Setembro de 2014
dotando os fornecedores de competências que lhes permitam competir nos mercados externos. Já o Lidl incentiva a importação de produtos portugueses nos demais países em que está implantado, trabalhando igualmente com os fornecedores locais no sentido de os capacitar para a internacionalização. Quanto ao Grupo Jerónimo Martins, ainda que
não seja um exportador direto, estimula a exportação do que é nacional através das insígnias que detém noutras geografias, como a Biedronka, na Polónia, e a Ara, na Colômbia. Todos eles contribuem para as exportações de alguns dos produtos mais emblemáticos da indústria agroalimentar portuguesa, como os vinhos, os azeites e as frutas. STORE MAGAZINE
LIDL
Exportar Portugal Alemanha, França, Grécia e Itália. Estes são, de entre os 26 países em que o Lidl está implantado, aqueles que recebem a maior fatia de produtos portugueses exportados pela multinacional de origem alemã. É política do grupo apoiar a produção nacional, uma política que concretiza em várias dimensões: “Temos a mais evidente que é privilegiar o produtor nacional para consumo interno e depois temos uma segunda componente que potencia uma das nossas vantagens competitivas, o facto de sermos uma multinacional implantada em 26 países. Assim procuramos incentivar, a nível central e junto dos vários países, a importação de produtos portugueses”, sustenta fonte do Lidl Portugal. Sem falar em valores investidos, a mesma fonte diz apenas que se trata de um “investimento elevado do ponto de vista de capital humano e de conhecimento, na medida em que colabora “na íntegra” com os fornecedores locais de modo a
CONTINENTE
A portugalidade no ADN
O apoio à produção nacional e a promoção dos valores da portugalidade e da proximidade estão no ADN do Continente. Sensibilizar os consumidores nacionais para a importância de consumirem o que é nosso é, de igual modo, uma preocupação da marca. Uma estratégia que é materializada através do Clube de Produtores Continente, que, segundo fonte da cadeia de distribuição do grupo Sonae, tem permitido apoiar os produtores nacionais do setor agroalimentar no desenvolvimento dos seus negócios e de processos de inovação, ao mesmo tempo que contribui para “o desenvolvimento de uma indústria agroalimentar competitiva e geradora de valor para o País”. Esta união ao mundo agrícola nacional – reforça a fonte - cria emprego, fomenta o desenvolvimento regional e potencia
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capacitá-los com as competências necessárias para o fornecimento de produtos nacionais para outros países Lidl. Assim, o Lidl Portugal tem conseguido promover exportações para praticamente todos os mercados onde está implantado. Sem quantificar essas exportações, em volume ou valor, a mesma fonte adianta apenas que entre os produtos exportados predominam as frutas e os vinhos, ainda que haja sempre a preocupação de adequar a oferta ao mercado. E, além da exportação de produtos de sortido, a estratégia passa também pelo desenvolvimento de semanas temáticas que dão a conhecer o que é nacional. O último exemplo foi a Semana Sol e Mar, dedicada à Península Ibérica em 23 outros países. Portugal esteve em destaque e para esta iniciativa o Lidl exportou produtos como azeite, vinho, queijos e leguminosas, nomeadamente grão de bico e feijão frade. A marca sublinha, a propósito, que, além da exportação de produtos, iniciativas como esta significam também a exportação de valores gastronómicos nacionais. Esta é uma estratégia para continuar. Diz o Lidl Portugal que tem toda a intenção de reforçar
projetos ambiciosos, inovadores e de indiscutível valia económica e social. O Continente entende, aliás, que, “numa altura em que o país enfrenta grandes desafios, a nível económico e social, é responsabilidade das marcas se pronunciarem sobre temas de relevância pública, neste caso, o apoio aos produtores nacionais”. Criado há 16 anos, o Clube de Produtores tem como objetivos a seleção e promoção de produtos nacionais de elevada qualidade, através do acompanhamento técnico prestado aos associados, garantido simultaneamente uma via para o escoamento da produção. A estratégia assenta no planeamento de produções locais baseado nas projeções de consumo, logo com garantia de escoamento. Ao longo destes 16 anos, sublinha a mesma fonte, “o foco tem sido sempre o consumidor e o desenvolvimento de produtos portugueses competitivos, fruto do conhecimento e da otimização de toda a cadeia de valor, com benefícios claros para o consumidor e portanto para a produção e distribuição nacionais”. É no quadro do Clube de Produtores que o Continente promove a exportação de produtos nacionais. Fá-lo através da implementação de “processos de certificações e métodos de produção rigorosos” que dotam os produtores
esta aposta, em especial nas frutas e legumes, onde o país tem produtos únicos no panorama europeu e de qualidade reconhecida, como o caso da pera rocha. Uma estratégia que passa pela diversificação da oferta e também pela quantidade. Promover a produção nacional independentemente da geografia faz parte da filosofia da multinacional: “No Lidl procuramos adequar a nossa oferta à procura e sabemos que o que é nacional é valorizado. Assim, sempre que possível, privilegiamos o nacional. A título de exemplo, temos uma oferta de carne fresca 100% nacional e cerca de 50% dos nossos fornecedores são nacionais. Entendemos que, tendo ao dispor os meios para ajudar a promover a produção nacional no mercado externo, devemos procurar ser facilitadores e aceleradores, apesar de não ser esse o nosso core business”. “Acima de tudo encaramos isto como uma responsabilidade, a responsabilidade de contribuirmos para a economia do país onde operamos. Já o fazemos diretamente, como é o caso dos investimentos e da criação de postos de trabalho, esta é mais uma forma”, conclui a mesma fonte do Lidl Portugal.
Um clube nacional • 267 membros, que correspondem a 4 mil • • •
produtores individuais e cerca de 12.800 mil postos de trabalho; Mais de um milhão de toneladas compradas à produção nacional desde 1998; Mais de mil milhões de euros em valor; 76% das compras realizadas em 2013 pelo Continente foram a produtores nacionais de perecíveis, num valor superior a 670 milhões de euros.
de mais competências, permitindo-lhes posteriormente “abordar o mercado externo de uma forma mais consistente”. O Continente contribui, assim, para “fortalecer” e tornar os produtores nacionais “mais competitivos” em mercados que são, regra geral, “muito exigentes”. Embora o foco seja o mercado interno, “o Continente tem-se destacado pela exportação de vinhos nacionais”, uma estratégia corporizada nomeadamente nos vinhos Contemporal. Estes vinhos “têm sido alvo de grande sucesso, tendo algumas das referências sido distinguidas em alguns dos mais conceituados concursos” da especialidade.
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Exportação
GRUPO JERÓNIMO MARTINS
Uma parceria de sucesso
A construir pontes
É através das insígnias que detém a nível internacional que a Jerónimo Martins promove a exportação de produtos portugueses. Não exportando-os diretamente, mas sim, como define uma fonte do grupo, construindo pontes entre essas marcas e os fornecedores nacionais que sejam facilitadoras da sua entrada em mercados relevantes e de grande dimensão. Acontece assim com a Biedronka, na Polónia, e com a Ara, na Colômbia. A compra maioritariamente local é uma prática do grupo em todos os países onde opera. No seu mais recente mercado, a Colômbia, não está a ser diferente, tanto
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mais que – adianta a mesma fonte - o país possui uma indústria de grande qualidade, bem como um setor agropecuário forte. Ainda assim, a Ara importa de Portugal produtos específicos como o vinho e o azeite. Já a Biedronka tem vindo “consistentemente” a aumentar as importações de produtos agroalimentares portugueses, entre eles pontuando também os vinhos e os azeites, a par de queijos, tostas, frutas e vegetais. A insígnia do grupo na Polónia conta já com mais de meia centena de fornecedores portugueses na sua cadeia de abastecimento.
Há mais de 20 anos que a Bucelfrutas é fornecedor exclusivo da Jerónimo Martins. Não admira, pois, que seguisse o caminho de internacionalização. E há oito que fornece para a Biedronka. “O cliente tem-nos dado a oportunidade de crescer e temos crescido com eles”, afirma à Store Aires Alves, o proprietário da empresa que explora 180 hectares entre Ribatejo e Alentejo. E crescer é palavra de ordem quando se fala desta parceria. Há dois anos que o volume de negócio levou a Bucelfrutas a dar mais um passo na Polónia, com um investimento de cerca de 250 mil euros num armazém de 1.800 m2 em Poznan. “É diferente estarmos a três mil quilómetros de distância ou estarmos lá com uma central que permite dar resposta na hora. A proximidade ao cliente permite um melhor serviço e isso é importante”, sustenta. Para a Polónia deslocou o filho, David Alves, que lidera uma equipa fixa de seis pessoas, sendo os demais de nacionalidade polaca. Ameixa, pêssego e nectarina são os produtos que a empresa exporta nesta altura do ano e que se juntam aos que não sofrem de sazonalidade, como a pera rocha, a laranja e a clementina. No total, este ano, a Bucelfrutas prevê exportar para a Polónia 10 milhões de quilos, volume superior ao de 2013 e com um valor estimado de oito milhões de euros. A Polónia representa já 25% a 30% da faturação da empresa. A abertura de um entreposto na Polónia teve o aval da cadeia de distribuição, tal como a expansão da área de cultivo para mais 80 hectares de fruta numa quinta em Montargil. Tudo produção dedicada ao Grupo Jerónimo Martins.
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Direcção: Cabo de Gata, 1-3, Sector 2 Área empresarial Andaluzia. 28320 Pinto Madrid. Espanha. Outubro/Novembro/Dezembro de 2013 25
Jet Marketing
Distribuição em congresso
Passos Coelho, Luís Reis, presidente da APED, e Ana Isabel Trigo Morais, diretora-geral da APED
Lars Peter Hansen e David Lopes, presidente da área internacional da Daymon Wolrdwide
Lars Peter Hansen, Prémio Nobel 2013
26 Julho/Agosto/Setembro de 2014
Os principais nomes nacionais e internacionais do sector da distribuição, entre os quais se contou o Prémio Nobel 2013, Lars Peter Hansen, na sua primeira visita a Portugal, estiveram presentes no V Congresso da Distribuição Moderna, promovido pela APED, e que decorreu nos dias 25 e 26 de março de 2014, no Museu do Oriente, em Lisboa. Interpretar as tendências do retalho e da distribuição moderna e responder à preocupação da APED em promover e aprofundar o estudo e conhecimento do sector no que diz respeito à sua evolução sustentada foram os objetivos de um encontro onde foram atribuídos, pela primeira vez, os Prémios Excelência Inovação no Retalho.
Ana Isabel Trigo Morais e Vítor Bento, novo líder do BES
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João Carvalho, responsável pela área de retail da Fujitsu
David Lopes
Andrew Winston Rui Paiva, ceo da WeDo Technologies
Painel com Esmeralda Dourado, Vítor Bento e Daniel Bessa
Anders Sorman - Nilsson
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Passos Coelho, na sessão de abertura
Marcelo Rebelo do Sousa, presidente do júri do Prémio Inovação no Retalho
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Investimento
Seis novas lojas, a remodelação das quatro unidades já existentes e uma imagem renovada sintetizam a atual aposta da Conforama no mercado nacional. Com este plano de expansão, a marca pretende atingir o segundo lugar nas vendas de mobiliário e decoração em Portugal.
A aposta portuguesa da Conforama
A Conforama investe no mercado português com a abertura de seis novas lojas até 2017, o que representa um investimento de 20 milhões de euros e a criação de 240 novos postos de trabalho em território nacional. A estratégia da marca engloba também a reformulação de imagem dos atuais quatro espaços comerciais. O objetivo da empresa é alcançar o segundo lugar na venda de mobiliário e decoração em Portugal, à semelhança da posição que a Steinhoff International – grupo a que pertence – já detém a nível mundial, mas continuando a privilegiar as relações com os fornecedores de móveis nacionais. Assim, de acordo com o diretor-geral da Con28 Julho/Agosto/Setembro de 2014
forama Ibérica, Manuel Estévez, “o mercado português é atualmente uma peça chave na estratégia da expansão da Conforama e com a reconstrução das lojas e aumento do espaço de showroom, o grupo demonstra a sua clara aposta em reforçar a presença da marca em países tão importantes como Portugal”. Com o plano de expansão, a marca, presente em território nacional desde 1991, pretende aumentar o portfolio de produtos, passando a incluir maior diversidade de marcas e coleções. A maioria destas tem o selo Made in Portugal, já que “os fornecedores nacionais são responsáveis por 40% da faturação da Conforama na Península Ibérica”, adianta o
responsável ibérico. “Os novos espaços são, particularmente, pensados e desenhados para um público jovem e sofisticado, que procura para o seu lar, qualidade a preços acessíveis, para todos os gostos, estilos e orçamentos”, acrescenta. A empresa de mobiliário para o lar conta com uma rede de 272 lojas, incluindo 206 em França e 66 a nível internacional em seis países europeus além de Portugal (Espanha, Suíça, Luxemburgo, Itália, e Croácia). Os últimos números disponibilizados pela marca – relativos ao exercício de 2011/2012 – revelam vendas de 3.066 milhões de euros. A rede conta atualmente com 13.200 colaboradores. STORE MAGAZINE
Imagem renovada
A restruturação das quatro lojas da rede de mobiliário e decoração (Cascais, Amadora, Albufeira e Gaia) estará “concluída até final do próximo ano”, prevê o diretor-geral da Conforama Ibérica, Manuel Estévez. Com um novo conceito de loja e uma imagem totalmente renovada, a marca pretende posicionar-se mais próxima de um público jovem, cosmopolita e moderno. A remodelação das unidades está a ser efetuada por uma equipa de arquitetos de interiores, que estão a organizar os ambientes de exposição, onde prevalecem agora os tons claros e lumino-
sos que visam conferir aos espaços uma ”linguagem distinta e sofisticada, mas muito clean”. No interior das lojas será utilizada “sinalética trendy”, de modo a proporcionar uma comunicação subtil. Nos formatos de 5.000 metros quadrados as áreas de venda estão a ser ampliadas em cerca de 1.500 metros quadrados. Além disso, a marca está a ampliar a oferta a uma maior multiplicidade de estilos, respeitando os gostos locais. “Esta adaptação é possível graças ao facto de grande parte dos nossos fornecedores serem portugueses”, diz Manuel Estévez. “No Top 10 dos fornecedores de móveis da Conforama, seis são nacionais”, concretiza. A loja do CascaiShopping, em Cascais, foi a primeira a acolher o novo conceito de vendas e layout, passando a dispor de uma “modernizada diversidade de produtos e coleções”, a maioria das quais com o selo Made in Portugal, e de um espaço de 5.000 metros quadrados de exposição. “Os clientes têm a garantia da dis-
ponibilidade imediata de produtos e o acesso a promoções permanentes numa ampla gama de coleções para todos os estilos: cozinhas, sofás, salas, quartos, colchões, escritórios, decoração, têxteis, iluminação, eletrodomésticos e imagem e som”, afirma a empresa. Também já teve início a reconstrução da unidade de Vila Nova de Gaia, cuja reabertura está prevista para o final deste ano. Esta loja terá um espaço de exposição ampliado em 1.000 metros quadrados e um layout totalmente renovado, para incluir uma maior variedade de marcas e coleções, numa multiplicidade de ambientes. Passará, assim, tal como a unidade de Cascais, a ter uma área de 5.000 metros quadrados baseada no novo conceito e layout da marca que pretende tornar o circuito de compra mais cómodo. Estará, para tal, dividido de acordo com diferentes áreas: dia, noite, cozinha e decoração. “Este novo conceito mais moderno de loja realça a parte mais atrativa da decoração, sem deixar de lado a qualidade e funcionalidade dos nossos produtos e mantendo a nossa política de descontos e preços acessíveis”, nota o diretor-geral da Conforama Ibérica.
Conforama em anos 1967 Abertura da primeira loja em Lyon, França
1974 Abertura da primeira loja no Luxemburgo
1976 Abertura da primeira loja na Suíça
1991 Integração no Grupo Pinault. Abertura da primeira loja em Portugal
1992 Abertura da primeira loja em Espanha
Apoio ao teatro A Conforama patrocina o novo conjunto de cadeiras para a plateia do Teatro Confluência, em Cascais, além da decoração de vários espaços e salas do edifício, nomeadamente através da criação de um espaço showroom alive. A marca junta-se, assim, à lista de mecenas que apoiaram a causa liderada pelos atores Ruy de Carvalho e Ricardo Carriço de modo a que este espaço cultural permaneça ativo. Segundo a marca, esta iniciativa de apoio ao espaço cultural aberto há 18 anos demonstra a sua “preocupação para com a promoção da cultura, reforçando o posicionamento estratégico da marca na região”.
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1998 Lançamento do primeiro site comercial
2000 Entrada em Itália, através da compra da Emmezeta
2008 Thierry Guibert é nomeado presidente
2010 Lançamento da concept store Confo Déco, com a primeira loja em Lyon
2011 Integração no Grupo Steinhoff International
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Inovação
O híper do futuro, soluções alimentares sustentáveis e uma garrafa de plástico biodegradável foram distinguidas, durante o congresso da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), como as soluções mais inovadoras no retalho. Sete projetos foram distinguidos com menções honrosas. Grande parte dos responsáveis destas empresas explicaram à Store a importância do prémio e das menções honrosas
Premiar a inovação Comunicar e consolidar a imagem das marcas a nível nacional e internacional. Um reconhecimento do trabalho desenvolvido na área da inovação. Estas são algumas das conclusões que responsáveis da Sonae MC, Pingo Doce e Sport Zone retiram da distinção que os seus produtos receberam em março. As três marcas foram as vencedoras da 1ª edição do Prémio Excelência – Inovação no Retalho, uma iniciativa da APED. A Sport Zone, com o projeto Berg Outdoor, venceu na categoria Inovação de Produto e de Marca, a Sonae MC, com o Hiper do Fu30 Julho/Agosto/Setembro de 2014
turo, na de Inovação no Serviço ao Cliente, e o Pingo Doce, com a Cozinha Central de Odivelas, na de Inovação e Sustentabilidade. Presidido por Marcelo Rebelo de Sousa, o júri foi composto por Ana Isabel Trigo Morais, diretora-geral da APED; António Costa, diretor do Diário Económico; Carlos Coelho, fundador e presidente da Ivity Brand Corp; Carlos Liz, fundador e partner Ipsos Apeme, e João de Castro Guimarães, diretor executivo da GS1 Portugal. O júri atribuiu ainda várias menções honrosas que distinguiram, na categoria Inovação de Produto e de Marca, a Ana Sousa com “A
marca Ana Sousa”, o Jumbo | Auchan Portugal Hipermercados com o projeto QILIVE - marca Auchan de produtos de tecnologia, e o Pingo Doce, com o Melão Verde selecionado Pingo Doce. Em Inovação no Serviço ao Cliente, as menções honrosas nesta categoria ao El Corte Inglés, com a Programação Regular de Temporada do Âmbito Cultural, e ao AKI Portugal, com o Projecto Mobile AKI. Na categoria Inovação e Sustentabilidadeas duas menções honrosas foram para a Dia Portugal, com o sistema iLEAK, e a Worten com o Equipa Worten Equipa. STORE MAGAZINE
Luís Moutinho CEO da Sonae MC
Experiência híper Uma loja pensada para proporcionar a “Experiência Híper”, cruzada com conveniência. Dá-se ênfase ao ambiente de frescos e, por outro lado, criar surpresa, diferenciação e funcionalidade na área não alimentar. É assim que Luís Moutinho, CEO da Sonae MC, define a nova loja do Continente do Cascais Shopping, que resulta de um projeto de inovação chamado Hiper do futuro. Este conceito marcou também o desenho da remodelação do Continente de Évora e foi determinante na derivação do conceito na adaptação ao formato Continente Modelo e Continente Bom Dia. STORE MAGAZINE
“Quisemos acrescentar valor económico e emocional à experiência de compra, numa loja vista também como polo social e cultural. Neste sentido, o ambiente foi trabalhado para ser atraente e confortável, espelhando inovações desenvolvidas pelo Continente e que são distintivas a nível mundial”, afirma o mesmo responsável. Segundo Luís Moutinho o desenho do espaço é marcado pelas tendências atuais ligadas aos mercados e armazéns tradicionais, às cores neutras dos materiais naturais, às linhas simples e grafismos urbanos. “De um modo geral, faz-se uma abordagem inovadora à
questão da iluminação no sentido de destacar o produto e simultaneamente tornar o espaço mais confortável, pela redução de intensidade da luz nos espaços de circulação”, diz. Sobre a forma como o prémio vai ser usado em termos de comunicação e marketing, o CEO da Sonae MC que “esta é uma distinção que será usada, tal como outros prémios já conquistados pelo Continente, para comunicar e consolidar a imagem da marca a nível nacional e até mesmo internacional, contribuindo para o seu posicionamento como marca voltada para o desenvolvimento e para a inovação”. Julho/Agosto/Setembro de 2014 31
Inovação
Cozinha sustentável Chama-se Cozinha Central foi inaugurada em dezembro de 2011 e é responsável pelo desenvolvimento e produção do sortido de refeições disponível no Take-Away e nos Restaurantes das lojas Pingo Doce. Foi com soluções alimentares inovadoras feitas nesta Cozinha que a marca ganhou o prémio na categoria “Inovação e Sustentabilidade”. Quais são essas soluções? Uma delas passa por incorporar “frutas e vegetais com dificuldades de comercialização, por não terem o aspeto ou o tamanho adequado, fornecidos
por produtores da Zona Oeste” e outra pela aposta em técnicas e processos que contribuem para reduzir o consumo de energia e de água”, diz ao Briefing uma fonte oficial do Pingo Doce. A Cozinha Central tem uma área de 6.000 m2 e detém equipamentos modernos com um tecnologia avançada. O seu processo de produção assenta num sistema integrado que permite controlar a rastreabilidade, desde as matérias-primas utilizadas até às refeições confecionadas, o que constitui uma garantia dos elevados padrões de qualidade.
“Estas refeições relembram-nos os pratos confecionados pelas nossas avós, graças aos métodos de confeção caseiros incorporados no processo de produção”, diz a mesma fonte. A equipa que trabalha na Cozinha Central é constituída por cerca de 180 colaboradores com competências técnicas diversificadas, desde Chefs de Cozinha a Engenheiros Agro-alimentares. O prémio “deixa-nos particularmente satisfeitos uma vez que representa o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo Pingo Doce na área da inovação”, afirma a mesma fonte.
Parcerias importantes
Susana Barros SPORT ZONE
A “rede colaborativa” que a Sport Zone estabeleceu com atletas, fornecedores e parceiros foi essencial para um processo de inovação que levou à criação da Bio Bottle e da Lynx. Foi graças a estes produtos que a marca foi distinguida nos prémios Inovação no Retalho. A Bio é uma garrafa 32 Julho/Agosto/Setembro de 2014
de plástico biodegradável que, em condições naturais, se degrada por completo em apenas 6 meses, e a mochila Lynx é de trail running ultra-leve e inovadora na forma como se pode utilizar de 3 formas distintas. “Ambas foram inspiradas pelo nosso atleta Carlos Sá”, afirma ao Briefing a
responsável da marca, Susana Barros. Em termos de comunicação e marketing o prémio será usado “para comunicar e consolidar a imagem da marca Berg Outdoor a nível nacional e internacional, como uma marca voltada para o desenvolvimento e para a inovação”, afirma a responsável. STORE MAGAZINE
Luís Araújo, diretor geral do Pingo Doce, a receber a menção honrosa
Melão que faz a diferença O Melão Seleccionado Pingo Doce foi distinguido com uma menção honrosa, na categoria “Produto e Marca Própria”. Este projeto foi concebido no âmbito de uma parceria entre o Pingo Doce e o Instituto Superior de Agronomia com o objetivo de apoiar a produção da variedade de melão “pele de sapo”, recuperando assim, em Portugal, a produção desta variedade de melão verde muito apreciada pelos consumidores,
disse à Store uma fonte oficial do Pingo Doce. As duas variedades seleccionadas para este projecto foram Hidalgo (Nunhems) e Mendoza (Syngenta) que apresentam uma polpa branco esverdeada e se destacam por serem muito saborosas e pelo seu sabor doce. O Melão Seleccionado Pingo Doce é produzido nas terras do Ribatejo e Alentejo. “A menção honrosa atribuída a este projeto
deixa-nos particularmente satisfeitos uma vez que representa o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo Pingo Doce na área da inovação. Consideramos fundamental o desenvolvimento de soluções diferenciadoras que sejam a preferência dos consumidores pelo que, promovemos a inovação, transversalmente, quer ao nível dos produtos e serviços, quer ao nível dos processos de trabalho”, afirmou a mesma fonte.
Inovação ao serviço do cliente A marca Ana Sousa, detida pela MJJS, Comércio de Vestuário, foi distinguida com uma menção honrosa na rubrica Produto e Marca. Com mais de 20 anos de história, “pauta a sua presença no mercado por linhas inovadoras, com características únicas. Apesar de ser uma indústria com uma enorme oferta, o departamento de design da Ana Sousa verificou uma oportunidade de negócio, colocando a inovação ao serviço do cliente. A constante atualização das linhas que fazem parte da coleção levou à introdução de inovações e novas técnicas de produção dos produtos lançados em cada coleção”, diz a empresa. A primeira novação a ser introduzida na coleção Ana Sousa foram as calças Corpo Perfeito, que resultam da combinação técnica entre a modelagem, a escolha do tecido e a aplicação dos mais recentes acabamentos bioactivos nos tecidos a altas temperatura. Esta técnica inovadora adelgaça o corpo e ajuda a recuperar as formas originais da mulher. Uma segunda inovação permitiu STORE MAGAZINE
diferenciar a Ana Sousa relativamente às marcas com as quais concorre diretamente nos mercados nacionais e internacionais: a T-shirt Aromaterapia. Este é um novo conceito de vestuário que faz uma simbiose entre o vestuário e as técnicas de aromaterapia, estimulando os sentidos e diminuindo o stress do dia-a-dia. Outra das grandes inovações da marca foi o lançamento dos jeans SPA Lose & Fit, patenteados internacionalmente uma inovação exclusiva da Ana Sousa, que ajuda a dissolver a gordura acumulada e a hidratar a pele através de um acabamento bioativo composto por extratos de malagueta, framboesas e esqualeno. “A atribuição deste prémio é como uma coroação de todo o esforço empresarial que tem vindo a ser desenvolvido, premiando o carácter inovador na área têxtil e servindo de incentivo e inspiração a empresas do mesmo sector e à continuação de ações futuras semelhantes por parte da Flor da Moda e da Ana Sousa”, afirma a empresa. Julho/Agosto/Setembro de 2014 33
Inovação
Inovação ao serviço do cliente A Programação Regular das Temporadas do Âmbito Cultural, iniciada em 2011, valeu ao El Corte Inglés uma menção honrosa na categoria de Serviço ao Cliente. A Programação tem como objetivo oferecer, dentro do espaço dos grandes armazéns, propostas de lazer e de enriquecimento pessoal e cultural, das quais destacamos os cursos do âmbito cultural, cujos conteúdos programáticos foram criados especificamente para este âmbito e, nalguns casos, estão já vertidos em livro. Este serviço nasceu a partir da identificação de duas necessidades base: por um lado formar novos públicos, despertar curiosidades e inquietações, resgatar memórias e alertar para valores artísticos e patrimoniais esquecidos ou nunca lembrados, e, por outro, criar propostas de animação do espaço comercial, capazes de atrair públicos selecionados e de se diferenciarem dos habituais eventos de relações públicas. O Âmbito Cultural pretende, deste modo, promover a partilha de conhecimento através de ações de carácter cultural, capazes de exprimir as preocupações sociais da empresa e, ao mesmo tempo, oferecer um serviço diferenciador que, pelas suas características e exigências, seleciona públicos muito definidos que se distinguem pelo grau académico e pelo nível de motivação para o conhecimento e predisposição para o serviço personalizado. Para o El Corte Inglés a Programação do Âmbito Cultural representa um serviço inovador que permite responder à necessidade de estabelecer vínculos com a cidade, no âmbito da responsabilidade social corporativa e, simultaneamente, construir relações de confiança e laços emocionais com os clientes e a sua consequente fidelização. Integram esta programação os cursos de
Susana Santos Diretora de Relações Externas do El Corte Inglés
Âmbito Cultural, conferências e palestras, apresentações de livros, oficinas e ciclos de concertos. A participação na maioria destas ações depende da inscrição prévia, o que permite à empresa um contacto direto, esclarecido e personalizado com os seus destinatários. Susana Santos, diretora de marketing do El Corte Inglés, afirma, em depoimento prestado à Store, que “tem sido um prazer e um privilégio programar, com regularidade semestral, as temporadas do Âmbito Cultural de Lisboa. É uma tarefa desempenhada em perfeita interação com as pessoas, a cujas expectativas e interesses procuramos responder e com a produção cultural da cidade, à qual estamos atentos para, de acordo com a nossa missão, contribuir para formar públicos mais esclarecidos”.
Evitar fugas de água Desenvolvido em Portugal pela DIA, é um sistema de monitorização permanente de consumo e de possíveis fugas de água. Chama iLEAK e regista a monitorização dos equipamentos, deteta e despista possíveis fugas de água, permitindo ainda interromper o consumo de água num determinado horário, entre outras características. Os dados e registos da performance dos equipamentos
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podem ser facilmente acedidos online, afirma a empresa. Para a DIA a menção honrosa ganha nos Prémios Inovação no Retalho “é antes de mais uma motivação e um incentivo a continuarmos a encontrar soluções criativas e inovadoras para fazer face aos nossos problemas quotidianos, especialmente aqueles que implicam redução de utilização de recursos naturais e financeiros”.
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Relação de proximidade O “Mobilidade AKI” caracteriza-se pela disponibilização de smartphones “a cada um dos nossos vendedores permitindo aceder a toda a informação sobre os artigos disponíveis em loja, ter acesso ao site, receber e enviar emails e criar assim uma relação de proximidade com os clientes”, afirma Paulo Jorge Ferreira, responsável de comunicação e operações comerciais da empresa. Este projeto “além de inovador no retalho não alimentar, permite igualmente ganhos de produtividade para as equipas de loja pela rapidez e facilidade de acesso a informação de apoio á venda e permite aos nossos clientes ter uma boa experiência de compra nas lojas AKI”, refere o mesmo responsável. Paulo Ferreira salienta, ainda, que outro aspeto importante neste projeto é a possibilidade de cada um dos vendedores poder estabelecer uma relação de proximidade com os seus clientes estando contactável por email ou telemóvel para ajudar o cliente a esclarecer dúvidas e a encontrar a solução de bricolage da casa e jardim mais adequada às suas necessidades, proporcionando uma compra simples e rápida. Para o AKI Portugal “este prémio é uma excelente notícia e um reconhecimento do trabalho desenvolvido pela marca na construção de uma nova estratégia que visa a proximidade da marca com os seus clientes”, considera o mesmo interlocutor.
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Inovação
Nuno Nascimento Rodrigues
Diretor de Marketing da Worten
Ambiente e responsabilidade social Em 2009, a Worten decidiu avançar com um projeto de responsabilidade ambiental e social. O objetivo era contribuir para “um ambiente mais limpo, livre de resíduos nefastos para o ambiente e para o Homem, ao mesmo tempo que ajuda a atenuar as carências daqueles que mais precisam”, diz a marca. Nasceu assim o Equipa Worten Equipa. Cinco anos depois, a ideia foi distinguida com uma menção honrosa nos prémios da Inovação no Retalho. O Equipa Worten Equipa foi criado: apelar à participação dos clientes, para que entreguem os seus velhos equipamentos numa loja Worten à sua escolha, consciencializando-os da importância de reciclar esses equipamentos, em nome de um ambiente mais limpo e saudável; dotar instituições de novos equipamentos, atenuando algumas das suas principais carências; envolver diretamente os colaboradores das lojas Worten, responsáveis pela entrega dos novos 36 Julho/Agosto/Setembro de 2014
equipamentos nas instituições beneficiárias. Assim, por cada tonelada de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos recolhida, o Equipa Worten Equipa doa, todos os anos, 50 euros, em novos equipamentos, a instituições de solidariedade portuguesas. “Este projeto distingue-se pelo facto de aliar, na perfeição, a componente ambiental com a componente social. Ou seja, pegando naquela que é a sua obrigação como entidade geradora de REEE, a Worten encaminha para reciclagem os resíduos, colocando à disposição de todos os clientes “depositrões”, existentes em todas as lojas, para a recolha de velhos pequenos domésticos”, diz a Worten. Transformando o velho em novo, a Worten oferece 50 euros, em novos equipamentos, por cada tonelada de REEE recolhida. Em cinco anos, foi possível recolher mais de 23 mil toneladas de REEE, todas encaminhadas
corretamente para tratamento e reciclagem, com o apoio do parceiro ERP Portugal. Socialmente, o Equipa Worten Equipa continua a ajudar quem mais precisa, beneficiando mais de 1200 instituições com novos equipamentos, que facilitam o dia-a-dia das centenas de pessoas que trabalham nessas instituições, tendo apoiado diretamente, desde o arranque do projeto, perto de 315 mil utentes. A seleção dessas instituições é feita pelo Banco de Bens Doados da Entrajuda. De acordo com Nuno Nascimento Rodrigues, diretor de marketing da Worten Portugal, esta distinção da APED deve ser encarada como “um motivo de orgulho, que enaltece aqueles que são os valores máximos do Equipa Worten Equipa: contribuir para um ambiente mais saudável e ajudar quem mais precisa, contribuindo, dessa forma, para uma sociedade mais sustentável e equitativa”. STORE MAGAZINE
Prémios
O destaque da 5ª edição dos Food & Nutrition Awards vai para a alteração de naming da iniciativa que coloca em definitivo o enfoque na inovação e na indústria agroalimentar, em estreita parceria com a comunidade científica, empresas e entidades governamentais, com responsabilidades nas áreas da Inovação, Indústria, Agricultura, Saúde e Educação.
Promover a inovação
Em avaliação estarão quatro categorias: Produto Inovação, Serviço Inovação, Investigação e Desenvolvimento e Iniciativa Mobilização.
Além da alteração do naming do projeto, uma plataforma multistakeholder para a promoção da inovação na área agroalimentar, visando a promoção de estilos de vida e hábitos alimentares saudáveis e a educação do consumidor, 38 Julho/Agosto/Setembro de 2014
foram criados dois novos órgãos. Um deles é o Executive Board focado em Food (composto pela APED, pela FIPA e pela CAP) e nas categorias Produto Inovação e Serviço Inovação. O outro é o que está focado em Nutrition (compos-
to pela DGS, DGC e pelo INSA) nas restantes categorias. Este traz uma maior capacitação para dar uma resposta eficiente aos diferentes setores da indústria e da investigação agroalimentar, nomeadamente na reformulação dos formulários,
definição de critérios de avaliação e composição do painel de jurados, presidido pelo Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, o Dr. Nuno Vieira e Brito. Em avaliação estarão quatro categorias: Produto Inovação, Serviço Inovação, Investigação e Desenvolvimento e Iniciativa Mobilização, sendo que os vencedores poderão utilizar os selos Food & Nutrition Awards, uma ferramenta de marketing e comunicação, que amplifica a notoriedade da iniciativa e permite atestar o carater inovador e diferenciador dos produtos e serviços. O Food & Nutrition Awards continuará a contar com o Advisory Board, no apoio à organização como órgão consultivo destinado a aconselhar os promotores nos assuntos que contribuam para atingir os objetivos definidos de forma mais eficiente e duradoura. STORE MAGAZINE
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ANOSde 2014 39 Julho/Agosto/Setembro
Marca
A criação de uma marca única e mais forte capaz de unificar a marca de artigos de papelaria líder de mercado em Portugal, a note.it, e a marca da insígnia especializada em papelaria, livraria e presentes, até aqui Book.it foi o principal objetivo para a criação da marca note!. Inês Valadas, administradora da Sonae MC, explica os motivos por que a marca é considerada um ativo estratégico para a Sonae MC. Já abriu uma loja em junho, em Braga, e quer abrir mais cinco até ao final do ano.
A nova vida da papelaria Store | Porque foi feito um rebranding da marca e lojas note!? Inês Valadas | A marca note! nasce de uma vontade de potenciar a vasta experiência da Sonae na área da papelaria, livraria e presentes e de reunir numa única marca a rede de lojas especializadas Book. it e toda a oferta de produtos na área da papelaria até aqui sob a marca note.it. Depois de termos criado uma rede de cerca de duas dezenas de lojas, era o momento de alavancar o crescimento e dotar este negócio de novas ferramentas para o futuro. A nova marca vem potenciar esse caminho, que inclui a expansão através de lojas próprias, mas também do franchising. Store | Quais os objetivos desta mudança? IV | O principal objetivo foi a criação de uma marca única e mais forte capaz de unificar a marca de artigos de papelaria líder de mercado em Portugal, a note.it, e a marca da insígnia especializada em papelaria, livraria e presentes, até aqui Book.it. Entendemos que com uma única marca a comunicação com os nossos clientes fica muito mais coerente, simples e forte. O nosso objetivo é reforçar a ligação aos nossos clientes, mas também posicionar a insígnia junto dos empresários do setor e empreendedores, que têm agora a oportunidade de serem parceiros da Sonae e revitalizarem os seus negócios ou entrarem neste mercado em crescimento. Store | A mudança foi feita com meios próprios do grupo ou recorreram a meios externos, principalmente no design das lojas? IV | É normal nestes processos con40 Julho/Agosto/Setembro de 2014
tar com apoio externo de empresas especializadas e, neste caso, isso também aconteceu. Store | Qual a importância da marca note! no portfolio de marcas próprias da Sonae MC? IV | A note! é líder destacada no mercado da papelaria em Portugal, estando os respetivos produtos disponíveis nas lojas Note.it, nos hipermercados e supermercados Continente, e em cerca de 100
“A note! é líder destacada no mercado da papelaria em Portugal, estando os respetivos produtos disponíveis nas lojas Note.it, nos hipermercados e supermercados Continente, e em cerca de 100 estações de correios dos CTT” STORE MAGAZINE
estações de correios dos CTT. A note.it é, por isso, considerada um ativo estratégico para a Sonae MC não só pela já forte implantação no mercado português mas também por todo o potencial de crescimento que existe, quer pela expansão da rede de lojas quer pelo contínuo alargamento da portfolios de produtos. Store | Quais as ambições na área do franchising? IV | O franchising da note! coloca ao dispor de empresários e empreendedores o conhecimento e capacidade da Sonae neste segmento de mercado, assente numa parceria isenta de comissões de gestão. É uma relação de elevado valor acrescentado para os nossos parceiros, pois podem contar com os melhores produtos e uma oferta da marca note! a preços atrativos. A oferta que disponibilizamos é distintiva pois inclui, além do tradicional neste segmento, produtos
de marcas desenvolvidas pela Sonae que aliam a melhor qualidade ao melhor preço, respondendo à vontade das famílias e das empresas. A Sonae apoia os parceiros em todas as fases do projeto, como análise da viabilidade, definição de layout e imagem, desenvolvimento de gama, etc. Os franchisados na note! beneficiam também do modelo logístico totalmente integrado com o da Sonae, formação, acompanhamento operacional, abastecimento, suporte de backoffice permanente e apoio de merchandising. Este mix único torna o formato aliciante para empresários do setor e empreendedores e leva-nos a estar confiantes sobre o desenvolvimento deste novo caminho de crescimento. Store | Qual o plano de expansão das lojas? IV | Abrimos a primeira unidade no final de junho em Braga. Apesar de não termos uma pressão de datas,
a expetativa de curto prazo é abrir 5 lojas até ao final do ano. Store | Porque é que o mercado da papelaria, publicações, serviços, livros e presentes é atraente para a Sonae MC? IV | Este é um mercado fragmentado onde existem muitos operadores que sentem a necessidade de transformar os seus negócios
e torná-los mais atuais e direcionados para os clientes. A note! vem introduzir no mercado essa oportunidade, permitindo a revitalização dos negócios já existentes ou criando espaço para novos empresários com uma proposta de valor única, integrando vários conceitos num único espaço e sob uma marca única de grande dimensão.
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Julho/Agosto/Setembro de 2014 41
Tendência
O e-commerce vai ser responsável por 5,2% das vendas globais de FMCG em 2016, um aumento de 3,7% em relação à situação atual. Esta é uma das conclusões de um estudo da Kantar Worldpanel divulgado em junho. Os “distribuidores e marcas que sejam mais lentos a adotar o canal online irão perder”, afirma a empresa especializada no estudo e análise de tendências na área do consumo.
O online em 2016
Um estudo, baseado na “análise profunda dos hábitos de compra de 100 mil compradores em 10 dos maiores mercados online”, antecipa que o e-commerce será responsável por 53 mil milhões de dólares das vendas globais de FMCG em 2016 – um aumento de 17 mil milhões de dólares (47%), face aos atuais 36 mil milhões. A empresa esclarece que os valores de 53 mil milhões e de 36 mil milhões de dólares dizem respeito ao crescimento previsto de produtos embalados. Os produtos frescos não estão incluídos nesta definição de FMCG. 42 Julho/Agosto/Setembro de 2014
Prevê-se que a Ásia seja o grande mercado de crescimento. A Coreia do Sul continuará na sua posição de liderança, com o online a ser responsável por 13,8% das vendas de FMCG em 2016
Prevê-se que a Ásia seja o grande mercado de crescimento. A Coreia do Sul continuará na sua posição de liderança, com o online a ser responsável por 13,8% das vendas de FMCG em 2016. Atualmente, 55% dos compradores coreanos compram online, “um valor excecionalmente alto, que não tem comparação com qualquer outro país do mundo. A quota de mercado FMCG online continuará a crescer rapidamente em Taiwan e na China, atingindo 4,5% e 3,3% de quota de mercado do total FMCG, respetivamente”, refere a empresa
numa nota divulgada à comunicação social. Na Europa, o documento prevê que “o crescimento impressionante da oferta “click and collect” em França, conhecida como “Drive”, fará com que este país ultrapasse o Reino Unido em 2016, com 6,1% de quota de mercado vs 5,5%, respetivamente”. O Reino Unido foi o pioneiro do mercado FMCG online na Europa. Os compradores britânicos compram na Internet uma vez por mês e as suas cestas de compras são cinco vezes maiores do que no offline (na maior parte dos paSTORE MAGAZINE
íses as cestas de compras online são duas vezes maiores que as cestas offline). Stéphane Roger, Global Shopper e Retail Director na Kantar Worldpanel, explica: “Embora o online tenha uma pequena quota de mercado neste momento, todos os países estão a verificar um crescimento considerável. O futuro pertence aos distribuidores e marcas que aproveitem as oportunidades que são proporcionadas, para aumentar os seus mercados alvo. A introdução lenta e tardia do online pode prejudicar as vendas e a quota de mercado.” O estudo divulga as barreiras que impedem distribuidores e marcas de se envolverem com o canal online. Mostra que a maiorias destas são apenas uma perceção e não correspondem às experiências reais dos consumidores. Entre elas estão o medo de que a presença online canibalize as
Na Europa, o documento prevê que “o crescimento impressionante da oferta “click and collect” em França, conhecida como “Drive”, fará com que este país ultrapasse o Reino Unido em 2016, com 6,1% de quota de mercado vs 5,5%, respetivamente”
vendas nas lojas físicas e que os consumidores se tornem menos fiéis caso comprem através da rede – o estudo mostra que o oposto é verdade para os dois cenários. Stéphane Roger continua: “Uma das principais preocupações dos players FMCG é que o e-commerce retire o gasto do canal físico. No entanto, isto é também um dos maiores equívocos. Ter uma oferta online ajuda a garantir vendas adicionais, em vez de canibalizar o gasto das lojas físicas.” O estudo divulga também as estratégias que os distribuidores e as marcas estão a utilizar para ganharem quota de mercado, em diferentes ambientes locais de retalho, desde a Coreia Sul à China, França e Reino Unido. Isto implica reforçar as compras por impulso, tornar as compras online mais divertidas e utilizar as últimas técnicas de compras de conveniência.
Análise por país do mercado FMCG on-line Quota de Mercado FMCG on-line 2013/ 2016
13.8
6.1
10.2
2013
2013
Coreia do Sul
2016
2013
China
STORE MAGAZINE
4.5 3.2
2016
2013
1.4 0.9
2016
@
Reino Unido
3.3
2013
Este estudo é baseado numa investigação extraída dos painéis globais da Kantar Worldpanel. A Kantar Worldpanel monitoriza o comportamento de compra em 60 países, através de uma amostra de 450 mil compradores, em todo o mundo, que fornece informação contínua e exaustiva sobre o comportamento dos compradores. 100 mil compradores, que representam o comportamento de compra no Brasil, China, França, Malásia, Portugal, Coreia do Sul, Espanha, Taiwan, Reino Unido e Vietname foram utilizados na criação deste estudo.
4.9
França
1.9
100 mil compradores
5.5
3.9
2016
Estudo
2013
2016
Taiwan
1.2 1.0
2016
Portugal
2013
2016
Espanha
Julho/Agosto/Setembro de 2014 43
Opinião
Num setor como o dos acessórios, onde as perdas por embalagens destruídas ou danificadas pode ultrapassar os 10%, a Hama decidiu que precisava de fazer algo radical – tanto mais que os seus produtos estavam precisamente na categoria dos que oferecem funcionalidades avançadas que lhes conferem um elevado grau de diferenciação face à concorrência.
Pensar “fora da embalagem”
Filipe Barbosa
Managing Director da Hama Portugal
O objetivo a que a Hama se propôs parecia ser uma espécie de quadratura do círculo: criar uma embalagem que permitisse ao consumidor testar todas as funcionalidades das capas para smartphones e tablets mas, ao mesmo tempo, fazê-lo preservando a integridade da própria embalagem, de forma a reduzir as perdas por destruição de “blisters”. 44 Julho/Agosto/Setembro de 2014
Com um catálogo de mais de 18.000 produtos, a Hama é uma das maiores empresas de acessórios (A/V, fotografia e telecomunicações) do mundo, com uma história que remonta a 1923, quando foi fundada sob o nome Hamaphot. Uma grande percentagem dos produtos no extenso catálogo da Hama chega ao consumidor final através de embalagens colocadas em expositores nas lojas – aquilo a que chamamos genericamente “blisters”, mesmo quando estas embalagens não são produzidas em matéria plástica. Como consumidores finais não pensamos sequer duas vezes no “blister”, mas este é bastante mais do que uma caixa de cartão ou plástico para proteger o produto: é através desta embalagem que o consumidor trava o primeiro contacto com o produto e, em muitos casos, este é um fator decisivo no momento da compra. Isto acontece porque o consumidor assume, de forma inconsciente, que uma embalagem de qualidade, bem desenhada, tem lá dentro um produto que corresponde a esses mesmos parâmetros. Ao contrário de uma opaca embalagem em cartão, o “blister” em matéria plástica tem a vantagem de dar – literalmente – transparência ao processo de escolha por parte do consumidor. Em vez de este projetar a qualidade da embalagem exterior num produto que não está realmente a ver, o blister é uma espécie de mini-montra de um só produto; a decisão da compra pode ser feita com base naquilo que se vê e não apenas no que se imagina e que pode, ou não, corresponder à realidade. Há produtos em que a sua visualização através da transparência do blister é irrelevante (a qualidade de cartão de memória, por exemplo, mede-se pelas suas características técnicas e não pela sua qualidade de construção aparente) mas existem outros nos quais a embalagem é não apenas importante mas fundamental no momento de decidir a compra.
Uma embalagem funcional Um desses casos é o dos acessórios para equipamentos móveis, designadamente para os smartphones e tablets, área em que a Hama tem grande experiência, até porque é uma das empresas com licenças oficiais dos principais fabricantes. Uma visita a uma grande superfície comercial mostra muitos metros de “linear” com dezenas, ou até mesmo centenas, de capas, bolsas, suportes e protetores para smartphones e tablets. Até há relativamente pouco tempo, a Hama adotava a mesma abordagem que a maioria das marcas de acessórios deste género: uma embalagem em cartão e plástico que deixava o consumidor ver o produto e, nalguns casos, uma abertura no plástico do “blister” através do qual o potencial interessado era capaz de testar e “sentir” a textura do material. E aqui começavam os problemas: a abertura no “blister” para testar o material acabava por ser um ponto de sujidade no próprio produto, acabando por criar uma devolução. Pior, estes produtos, sobretudo as capas de nova geração para smartphones e tablets, começaram a oferecer funcionalidades que não podiam ser sequer testadas pelos potenciais interessados. O resultado prático: consumidores que não percebiam a diferença entre dois produtos; ou consumidores que destruíam o “blister” (o que tem como resultado uma devolução da loja à marca) para tentar perceber se e como funcionava o produto no seu equipamento. Num setor como o dos acessórios, onde as perdas por embalagens destruídas ou danificadas pode ultrapassar os 10%, a Hama decidiu que precisava de fazer algo radical – tanto mais que os seus produtos estavam precisamente na categoria dos que oferecem funcionalidades avançadas que lhes conferem um elevado grau de diferenciação face à concorrência. STORE MAGAZINE
A quadratura do círculo O objetivo a que a Hama se propôs parecia ser uma espécie de quadratura do círculo: criar uma embalagem que permitisse ao consumidor testar todas as funcionalidades das capas para smartphones e tablets mas, ao mesmo tempo, fazê-lo preservando a integridade da própria embalagem, de forma a reduzir as perdas por destruição de “blisters”. A decisão de conceber novas embalagens foi tomada em meados de 2013 e, após cerca de 5 meses, uma equipa interna da Hama conseguiu o objetivo ao qual se propôs. Uma das primeiras linhas de acessórios a receber as novas embalagens, curiosamente chamada “Lisboa” (“Lissabon”, em alemão), chegou ao mercado no final do ano passado. O êxito da nova abordagem foi instantâneo, tendo sido atingidos de imediato os dois principais objetivos pretendidos: redução do número de devoluções motivadas por embalagens em mau estado e aumento das vendas devido STORE MAGAZINE
O êxito da nova abordagem foi instantâneo, tendo sido atingidos de imediato os dois principais objetivos pretendidos: redução do número de devoluções motivadas por embalagens em mau estado e aumento das vendas devido à possibilidade de testar o acessório.
à possibilidade de testar o acessório. Uma das abordagens para conseguir demonstrar a funcionalidade dentro da embalagem foi a inclusão de um “mock-up” do produto (smartphone ou tablet) e uma embalagem inteligente produzida em cartão e pensada de forma que permite ao consumidor usar o acessório sempre dentro da embalagem mas como se estivesse fora dela. A equipa de desenvolvimento da Hama (que entretanto registou o desenho industrial destas embalagens, únicas no mercado) viu-se confrontada já este ano com um novo desafio: uma nova linha de capas reversíveis para tablets, que podem ser usadas dos dois lados, com duas cores diferentes. Mesmo neste caso, foi possível criar uma solução que permite ver como é que a capa se comporta quando usada das duas formas sem nunca a retirar da embalagem. Quem diria que no mundo dos acessórios de tecnologia, a inovação podia estar no humilde “blister”? Julho/Agosto/Setembro de 2014 45
Estante
Tendências
dESTAQUES
A História Secreta do Goldman Sachs Steven G. Mandis
The Social Book Virgínia Coutinho Neste livro encontrará tudo o que precisa de saber para gerir de forma eficaz a presença da sua marca no Facebook, seja ela orientada para o consumidor final ou para outros públicos. Conheça todos os segredos desta rede social. Editora: Actual 15,90 €
“A História Secreta do Goldman Sachs” explica os processos que levaram esta instituição a alterar a sua cultura de colocar “os clientes em primeiro lugar”, à medida que deixava de ser uma pequena empresa para se tornar numa organização de grandes dimensões cotada na bolsa. Mandis avalia principalmente aquilo que fez o Goldman Sachs ser tão bem-sucedido. Editora: Marcador 17,95 €
Jogos de Poder Paulo Pena
sugestão FNAC
Baseado numa investigação inédita, “Jogos de Poder” conta a verdadeira história da crise bancária portuguesa. O jornalista Paulo Pena conta-nos os bastidores desta guerra de poder e como alguns dos banqueiros que marcaram a última década, aos comandos do sistema bancário nacional, estão agora acusados pela Justiça. Editora: A Esfera dos Livros 16,00 €
JORGE JARDIM GONÇALVES - O PODER DO SILÊNCIO Luís Osório Não é um livro sobre o Processo BCP. Sobre o Opus Dei. Sobre a guerra colonial. Sobre a amizade com Ramalho Eanes e Mário Soares, a engenharia de portos, a morte de alguns dos que mais amou, a sua própria morte. Esta viagem não é sobre cada uma destas coisas. É sobre todas estas coisas. Editora: Dom Quixote 24,90 €
TED Carmine Gallo Falar com Paixão + Apresentar com Carisma = Comunicar com Sucesso. As ideias são a moeda de troca do século XXI. O sucesso do futuro está reservado àqueles que sabem vender as suas ideias – e que se sabem vender a si próprios. As célebres conferências TED redefiniram aquilo que constitui uma apresentação de sucesso e tornaram-se o padrão de excelência da arte de falar em público. Editora: Gestão Plus 15,50 €
Segredos da Mente Milionária T. Harv Eker
O ECONOMISTA INSURGENTE V.A. Neste livro, Miguel Botelho Moniz, Carlos Guimarães Pinto e Ricardo Gonçalves Francisco, que escrevem sobre economia no controverso blogue O Insurgente, respondem a algumas das perguntas mais comuns sobre os problemas que abalam Portugal, nas suas mais diversas áreas, da saúde e educação à justiça, dos transportes, ao sector energético e dos combustíveis. Editora: A Esfera dos Livros 15,00 € 46 Julho/Agosto/Setembro de 2014
“Segredos da Mente Milionária” foi escrito para todos aqueles que se questionam acerca do motivo pelo qual certas pessoas trabalham arduamente durante anos para ganhar dinheiro e outras parecem enriquecer tão facilmente. Para o autor, tal não se deve a diferenças na educação, à inteligência, ao talento, a oportunidades, a métodos de trabalho, a contactos ou à sorte. A resposta está no modelo pessoal de dinheiro que todos nós trazemos gravado no subconsciente. Editora: Marcador 15,00 € STORE MAGAZINE