Diretor: Hermínio Santos
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Trimestral
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Ano II
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N.º 9
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Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
A nova plataforma da distribuição e comércio moderno
David Lopes, presidente da área internacional da Daymon Worldwide
Marcas dos retalhistas vão continuar a crescer Pág. 10
16
Ian McGarrigle, presidente do World Retail Congress
A agenda da mudança
“O retalho tem enfrentado, e continua a enfrentar, uma enorme mudança e cada congresso tem-se revelado importante para definir a agenda dessa mudança”, afirma Ian McGarrigle, presidente do World Retail Congress, que esta ano decorre de 7 a 9 de outubro, em Paris. O responsável afirma que uma das principais tendências no futuro é a evolução na direção de um retalho multicanal.
20
A estratégia dos vinhos da distribuição
São brancos, tintos, rosés, espumantes e verdes e alguns deles acumulam prémios em concursos nacionais e estrangeiros. Os vinhos das marcas da distribuição dão hoje cartas num sector cada vez mais competitivo e onde Portugal é já um player com significado. Aucham, Continente, Intermarché, Lidl e Pingo Doce apresentam os seus produtos. Algumas destas empresas também falam sobre a sua estratégia.
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8 euros
ÍNDICE
Conselho editorial Ana Isabel Trigo Morais Ricardo Domingos Viriato Filipe Catarina Oliveira Fernandes Diretor-geral João David Nunes
30
Diretor Hermínio Santos hs@storemagazine.net Editora Executiva Fátima de Sousa fs@storemagazine.net
Diretora de Marketing Maria Luís Telf. 961 571 629 ml@storemagazine.net
Distribuição por assinatura Preço: 48€ (6 edições) assinaturas@storemagazine.net Tiragem média mensal: 2.500 ex. Depósito legal: 338451/12 N.º registo ERC: 126154 Editora Enzima Amarela - Edições, Lda Av. Infante D. Henrique, 333H, 44 1800-282 Lisboa Tel. 218 504 060 Fax: 210 435 935 Impressão: TYPIA – Grupo Monterreina Área Empresarial Andalucía 28320 Pinto Madrid - España
Comunicação, Design e Multimédia Av. Marquês de Tomar, 44-7 1050-156 Lisboa Tel: 217 957 030 geral@motioncreator.net
RAMONDEMELO PHOTOGRAPHY
RETALHO Carlos Gutierres, diretor de negócio não aviação da ANA, fala sobre o travel retail e como os aeroportos são um novo canal de vendas.
OPINIÃO
06
Rui Gramunha, da Siemens Portugal, fala sobre videovigilância e gravação de imagens
NOTÍCIAS
07
A atualidade das empresas e marcas que operam na Distribuição
GRANDE PLANO
10
David Lopes fala da multinacional americana onde trabalha e das marcas de distribuição
inovação
14
O Pindo Doce criou um pastel de nata para celíacos
entrevista
16
O presidente do World Retail Congress diz que o retalho multicanal é o futuro
vinhos
20
Dossier sobre as marcas de vinhos da distribuição e algumas das suas estratégias
NUTRIÇÃO
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Mayumi Thais Delgado, nutricionista da Modelo Continente, escreve um artigo sobre o Movimento Hiper Saudável
trabalhar em
28
Fomos descobrir como se trabalha numa loja da Sport Zone
marketing
34
Como funciona o cobranding na distribuição
parceria
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O novo cartão de crédito Fnac/Mastercard
mercado
38
Barómetro de vendas da APED
MARCA
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Como a Renova se tornou numa marca global
consumo
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As novidades do Green Project Awards
PRÉMIO
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As novidades dos Nutrition Awards
RESTAURANTE
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O Sushi Fashion at Silk Clube analisado por Manuel Falcão
www.ramondemelo.com
Rua Luz Soriano, 67-1º E Bairro Alto 1200-246 Lisboa - PORTUGAL www.who.pt// contacto@who.pt
STORE MAGAZINE
Outubro/Novembro/Dezembro de 2013 3
4 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
STORE MAGAZINE
Opinião
A vídeo vigilância, para além do efeito dissuasor intrínseco a qualquer sistema de segurança, permite por via da análise inteligente de vídeo realizar automaticamente um conjunto alargado de tarefas, como por exemplo, reconhecer e notificar o operador, entre outros, em casos como seja, a violação de uma área previamente determinada, o abandono de objetos, o movimento em sentido incorreto ou lento de viaturas, a formação de filas com determinada extensão, a identificação, classificação e seguimento automático de objetos.
Videovigilância: segurança e suporte do negócio
Rui Gramunha
Siemens Responsável pela área de Fire Safety & Security da divisão de Building Technologies
Circular em locais vigiados por câmaras, pode ao invés de causar um sentimento de intimidação, conferir às pessoas a perceção e garantia de maior segurança 6 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
Os benefícios da aplicação de sistemas de vídeo vigilância, há muito utilizados para salvaguarda de bens, são, na atualidade também cada vez mais aceites e reconhecidos para a proteção de pessoas e como ferramenta de suporte ao negócio. Este tipo de sistema, também conhecido pelas siglas CCTV ou CFTV, que significam prospetivamente Close Circuit Television e Circuito Fechado de Televisão, é hoje vulgarmente instalado em espaços comerciais que vão desde a simples loja de bairro até às mais complexas infraestruturas, como sejam hospitais e aeroportos apenas para citar duas delas, passando ainda por todos os restantes tipos de edificações e locais. Desde o início que a instalação de sistemas de vídeo vigilância, mesmo com tecnologia analógica e funcionamento independente representa um elemento essencial e complementar de outros sistemas de segurança, tais como a deteção de incêndios, alarme contra roubo e intrusão e o controlo de acessos. Com o advento da tecnologia digital e de informação tem-se observado um enorme avanço tecnológico na captação de imagens, na sua transmissão, visualização, gravação e arquivo e também no seu tratamento. Para construir um sistema de vídeo vigilância, existe um vasto leque de câmaras de vídeo e respetivos acessórios de montagem que respondem aos mais variados requisitos técnicos e económicos, câmaras estas que podem ser dotadas com objetivas fixas ou zoom, com movimento motorizado, com iluminadores de infravermelhos para captação de imagem em condições de iluminação reduzida ou mesma inexistente, sendo as imagens transmitidas aos equipamentos centrais de visualização, gravação, análise e tratamento por redes de comunicação analógicas e/ou digitais. Em função da capacidade e das funcionalidades pretendidas, pode a gravação ser realizada através de gravadores ou por plataformas informáticas de processamento e gestão em rede às quais se associam unidades de armazenamento
do tipo RAID. A gestão e visualização das imagens são realizadas em estações de operação, a partir das quais se efetua o comando e controlo das imagens em monitores, videowall ou mesmo através de dispositivos móveis tipo tablet pc. A vídeo vigilância, para além do efeito dissuasor intrínseco a qualquer sistema de segurança, permite por via da análise inteligente de vídeo realizar automaticamente um conjunto alargado de tarefas, como por exemplo, reconhecer e notificar o operador, entre outros, em casos como seja, a violação de uma área previamente determinada, o abandono de objetos, o movimento em sentido incorreto ou lento de viaturas, a formação de filas com determinada extensão, a identificação, classificação e seguimento automático de objetos. A associação correta entre as funcionalidades proporcionadas pela tecnologia com políticas de segurança adequadas às necessidades de cada local permite maior conforto na operação (o operador é notificado em caso de evento), aumenta os níveis de segurança (a análise automática previne o erro humano) e ainda a racionalização e otimização de recursos, tendo portanto como consequência a redução dos custos de exploração (menor número de operadores dedicados). Adicionalmente, a utilização da vídeo vigilância integrada no sistema de segurança geral permite ainda auxiliar na prevenção e identificação dos mais variados riscos, como por exemplo no reconhecimento de um alarme de incêndio. Por fim, gostaria de referir que circular em locais vigiados por câmaras, pode ao invés de causar um sentimento de intimidação, conferir às pessoas a perceção e garantia de maior segurança e logo torna-se mais atrativo de visitar/frequentar, quer se trate de uma superfície comercial, de um museu, ou mesmo de uma cidade. Implementar sistemas de vídeo vigilância, promovendo o sentimento de segurança, constitui garantia de maior atratividade e consequentemente de retorno do investimento. STORE MAGAZINE
notícias Cartões de crédito e débito: proposta europeia diminui valores pagos em Portugal A Comissão Europeia apresentou uma proposta para redução das taxas pagas pelo uso de cartões de crédito e de débito que implicará uma diminuição substancial dos valores pagos em Portugal, onde a média é quatro vezes superior a um pagamento efetuado pelo mesmo cartão num outro país da União Europeia (UE). Portugal é, neste contexto, um dos países da Europa onde se cobram as taxas mais altas. Em comunicado, a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) aplaude a proposta, com base na qual as comissões interbancárias referentes aos pagamentos com cartões de débito passarão a estar limitadas a um máximo de 0,2 por cento, enquanto as operações a crédito não poderão ir além dos 0,3 por cento. “A proposta da Comissão Europeia vem corrigir uma situação muito prejudicial a todas as empresas portuguesas que usam os cartões bancários como meio de pagamento e vem sobretudo introduzir transparência no mercado de transações com cartões. Lamentamos, contudo, que exista um período de transição demasiado longo, dois anos, e que estas medidas não possam ter efeito imediato, o que em muito ajudaria as empresas e os consumidores portugueses a fazer face ao contexto atual, de histórica quebra de consumo em Portugal”, afirmou a diretora-geral da APED, Ana Isabel Trigo Morais (na foto).
Jerónimo Martins entre as 100 empresas mais inovadoras do mundo O grupo Jerónimo Martins foi considerado Grupo Jerónimo Martins é uma das “100 Empresas Mais Inovadoras do Mundo” da revista norte-americana Forbes, classificando-se em 16º lugar no ranking elaborado pela publicação considerando critérios financeiros de desempenho recente e de expectativas de crescimento futuro. Esta é a primeira vez que a Jerónimo Martins figura no ranking da Forbes, tendo sido a única empresa portuguesa na tabela e a terceira mais bem colocada quando consideradas apenas empresas europeias. Entre os critérios seguidos para a elaboração do ranking incluem-se STORE MAGAZINE
indicadores como o ritmo de crescimento das vendas nos últimos 12 meses, a taxa anualizada do retorno do investimento nos últimos cinco anos e o chamado “prémio de inovação”. O “prémio de inovação” é uma medida que resulta da diferença entre o valor em bolsa e o cash-flow que a empresa consegue gerar anualmente, tendo por base expectativas de crescimento de resultados no futuro devido a fatores de inovação, como sejam novos produtos e serviços ou a entrada em novos mercados, como é o caso da Colômbia (nas fotos) no grupo Jerónimo Martins. Outubro/Novembro/Dezembro de 2013 7
notícias BREVES
Queijo especial para tostas A Terra Nostra, marca de queijos da Bel Portugal, lançou um queijo ideal para tostas e que é produzido nos Açores. Em comunicado a marca diz que as fatias Terra Nostra Ideal para Tostas são especialmente indicadas para serem utilizadas em pratos quentes, seja em tostas ou em outras receitas culinárias. O preço recomendado é de 1,89€/embalagem 180g. SAGA é a nova marca de chá em Portugal SAGA é a nova marca de chá à venda no mercado portuguêsA nova marca de chá quente SAGA, disponível em três variedades – cidreira, chá preto e chá verde – encontra-se já à venda no mercado português, em embalagens de 20 saquetas ao preço é de 89 cêntimos, ou seja quatro cêntimos por chávena de chá. Os chás SAGA substituem a marca Rótulo Azul e podem ser adquiridos em super e em hipermercados.
Boa Pesca com nova imagem A Boa Pesca, marca própria do Intermarché, apresenta agora uma nova imagem e uma gama variada de soluções de confeção rápida que facilitam o dia-a-dia das famílias. Bacalhau, camarão e conservas de peixe e mariscos – de entre os quais se destaca a nova oferta de postas de Tintureira, postas de Solha e bifes de Atum – são algumas das sugestões da Boa Pesca.
8 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
IKEA apresenta campanha centrada nas crianças Sessenta e um por cento dos pais em Portugal diz não ter tempo suficiente para brincar com os filhos, 87 por cento considera fundamental promover a criatividade em casa mas não sabe como e 73 por cento das crianças inquiridas, entre os 7 e os 12 anos, prefere brincar com os pais a ver televisão, releva o estudo “Play Report”, da IKEA, no qual é constatada
a importância de brincar e da consequente adaptação das casas para o desenvolvimento infantil. Neste contexto e com base nos estudos efetuados a nível global, a IKEA Portugal acaba de lançar o projeto “Viver com Crianças” – o qual envolveu 50 crianças portuguesas e os pais –, com o objetivo de avaliar como é a casa dos seus sonhos.
Adega Mayor lança Nova Colheita Monte Mayor Branco
A Adega Mayor, uma empresa do grupo Nabeiro, lançou no mercado a Nova Colheita 2012 Monte Mayor Branco. As castas Antão Vaz, Verdelho, Arinto e Roupeiro compõem a mais recente colheita (2012) e conferem ao Monte Mayor Branco um aroma bastante expressivo e carregado de fruta fresca. Preparado
para ser servido fresco é o ideal para acompanhar as refeições este Verão, diz a empresa em comunicado. A Adega Mayor, inaugurada em 2007, é a aposta do grupo Nabeiro na área vitivinícola e surge como um projecto que une a arte do vinho à arte de Siza Vieira, numa homenagem à arquitetura do vinho e da vida.
Portugal: 1,6 milhões com crédito ao consumo Nos primeiros sete meses do ano o Basef Banca da Marktest contabiliza 1 616 mil indivíduos que já recorreram ao crédito bancário para aquisição de bens e serviços, um valor que representa 22,5 por cento do total de residentes no Continente com 15 e mais anos que possuem conta bancária. O número de portugueses que recorre ao crédito ao consumo registou uma tendência
de decréscimo entre 2005 e 2011, que parece ter-se invertido a partir de 2012, quando 20,4 por cento dos indivíduos afirmou ter recorrido a este produto financeiro. O crédito ao consumo regista maior penetração junto dos bancarizados do sexo masculino, entre os indivíduos com idades entre os 35 e os 44 anos ou entre os empregados do comércio, serviços e administrativos.
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Sonae compra 334M€ a produtores nacionais na área dos perecíveis
A Sonae comprou 334 milhões de euros a produtores nacionais de perecíveis no primeiro semestre deste ano, um montante que traduz o reforço da relação com os produtores portugueses, que beneficiaram de cerca de 80 por cento do total das compras realizadas. “Num contexto eco-
nómico difícil, a Sonae e o Continente consolidaram a sua relação com os produtores nacionais, permitindo a muitas empresas agroalimentares e a pequenos produtores desenvolver a sua atividade com segurança (...)”, afirmou o CEO da Sonae MC, Luís Moutinho.
Novo Talento FNAC Fotografia com 11ª edição A FNAC lançou a 11ª edição do prémio Novo Talento Fotografia, atribuído anualmente a um portefólio de imagens inéditas que se distinga pela originalidade, excelência técnica e coerência. O júri desta edição é constituído por Margarida Medeiros, professora universitária e investigadora nas áreas de Cultura Visual e de Teoria da Fotografia; Augusto Brázio, fotógrafo e membro do coletivo [kameraphoto]; Mário Teixeira da Silva, diretor do Módulo – Centro Difusor de Arte, e Sérgio B. Gomes, jornalista do Público e autor do blogue Arte Photographica. As candidaturas decorrem até 30 de setembro e em janeiro acontecerá a entrega de prémios, a inauguração da exposição do vencedor do Novo Talento FNAC Fotografia 2013.
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Outubro/Novembro/Dezembro de 2013 9
Grande Plano
Todas as regiões do mundo continuarão a assistir ao desenvolvimento de marcas próprias da distribuição mas o futuro não terá a ver com a tradicional “guerrilha” indústria/distribuição mas sim “com a capacidade de inovar, de prestar um elevado serviço acoplado ao produto e à venda e fazer tudo isso de forma continuada e sustentada”. Quem o diz é David Lopes, membro da Comissão Executiva da Daymon Worldwide, empresa dos EUA pioneira no desenvolvimento de marcas próprias para retalhistas e que hoje gere 1600 marcas a nível global.
David Lopes, presidente da área internacional da Daymon Worldwide
Inovação é a resposta para o futuro Store | O que faz a Daymon Worldwide e quais são as suas funções no grupo? David Lopes | A Daymon é uma empresa privada americana, fundada há 42 anos e que foi pioneira no desenvolvimento de marcas próprias para retalhistas. Há 20 anos iniciou a sua expansão internacional em parceria com o retalhista sul africano Pick n Pay. Hoje está presente em 49 países espalhados pelos cinco 10 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
continentes, trabalhando com mais de 100 retalhistas agrupados em 14 canais de comércio. Trabalhamos na área da indústria alimentar e não alimentar com uma base permanente de seis mil produtores. Nos últimos anos a empresa redefiniu a sua estratégia e hoje considera-se a única empresa no mundo que oferece um portefólio de serviços de retalho e de sourcing aos seus clientes e parceiros. Evito usar angli-
cismos, mas existe uma expressão em Inglês que define muito bem o que fazemos: “From Farm to Fork”. Isto porque fazemos pesquisa primária junto dos diversos mercados e regiões onde operamos, com ferramentas de análise de que somos proprietários. De seguida desenvolvemos o nosso diagnóstico e as recomendações estratégicas que estão na base da criação das marcas. Desenvolvemos o design
e o packaging e realizamos o sourcing e o procurement para essas mesmas marcas. Após o seu lançamento temos um último serviço de merchandising e ativação no ponto de venda dessas mesmas marcas. Certos retalhistas usam todos os nossos serviços, outros usam aqueles que consideram mais apropriados e necessários. A minha responsabilidade na empresa é a liderança de toda a operação STORE MAGAZINE
internacional de desenvolvimento e gestão das marcas próprias com exceção dos Estados Unidos e Canadá. Neste contexto sou membro desde janeiro de 2012 da Comissão Executiva da empresa. Store | Qual é o negócio mais estratégico para o grupo? DL | Todos os serviços que prestamos e desenvolvemos são estratégicos, mesmo aqueles que ao nível da execução possam aparecer mais operacionais como são o caso do merchandising e da ativação do ponto de venda. Isto porque neste caso particular a Daymon detém uma tecnologia de gestão e ativação das marcas no ponto de vendas e de formação dos seus recursos humanos que lhe permitiu alcançar a liderança mundial neste sector. Mas se tivesse que definir a área nuclear da empresa diria que a criação e gestão de marcas é o centro de gravidade da empresa. Lançamos por ano 20 mil produtos por todo o mundo e gerimos atualmente 166 mil produtos e 1600 marcas a nível global. Store | A Daymon tem negócios com grupos de distribuição portugueses? Quais e o que faz para esses grupos? DL | Temos o privilégio de trabalhar com o grupo Jerónimo Martins desde 2005. Somos o seu parceiro estratégico no desenvolvimento e gestão das suas marcas próprias e digo privilégio, pois não existe neste caso uma relação cliente-fornecedor. As empresas mais bem sucedidas no mundo são aquelas que criam parcerias estratégicas e que desafiam os seus parceiros a correr riscos. Penso que a generalidade dos consumidores portugueses reconhecerá o papel inovador e diferenciador que o Pingo Doce e o Recheio assumiram ao refundar as suas marcas. Foi um dos marcos na distribuição em Portugal e felicito-os pela sua coragem e visão. Não é à toa que a revista Forbes os reconhece na sua ultima edição como a 16ª empresa mais inovadora do mundo. O mérito é todo deles! Store | Qual o potencial de crescimento para as marcas próprias da distribuição? DL | Todas as regiões do mundo STORE MAGAZINE
“A Daymon é uma empresa privada americana, fundada há 42 anos e que foi pioneira no desenvolvimento de marcas próprias para retalhistas. Há 20 anos iniciou a sua expansão internacional em parceria com o retalhista sul africano Pick and Pay”
“Vivemos num mundo de aceleração. Isso pode criar angústia, mas também pode ser uma excelente oportunidade para mudarmos os paradigmas”
empresa
O que é a Daymon Worldwide • Empresa dos EUA fundada há 42 anos • Pioneira no desenvolvimento de marcas próprias • Hoje define-se como a única empresa no mundo que oferece um portfólio de serviços de retalho e de sourcing aos seus clientes e parceiros • Presente em 49 países • Trabalha no desenvolvimento de marcas com mais de 100 retalhistas, agrupados em 14 canais de comércio • Lança por ano 20 mil produtos em todo o mundo • Gere atualmente 166 mil produtos e 1600 marcas a nível global
Outubro/Novembro/Dezembro de 2013 11
Grande Plano
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“Há 20 anos na Universidade ouvíamos dizer, «Pensar Global, Agir Local». Sinto que também aqui a mudança é radical. «Pensar Local e Agir Global» é cada vez mais um credo de muitas organizações”
PERFIL
Quem é David Lopes O atual presidente da área internacional da Daymon Worldwide começou por ser o diretor geral da empresa da Daymon Portugal durante três anos. Foi responsável pela equipa que estabeleceu as bases para o desenvolvimento do negócio do grupo norte-americano na Europa. Saiu da Daymon para exercer as funções de de CEO da Recheio Cash & Carry, tendo também exercidos funções de liderança na cadeia Biedronka, a marca da Jerónimo Martins na Polónia. David Lopes exerceu também outras funções na administração pública e no sector empresarial do Estado. Depois da Jerónimo Martins, regressou novamente à Daymon Worldwide. Hoje lidera a expansão internacional da empresa e a gestão das marcas próprias, com exceção dos EUA e do Canadá. Neste contexto é membro da Comissão Executiva da empresa.
12 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
vão continuar a assistir ao desenvolvimento das marcas detidas pelos retalhistas. Este é um assunto apaixonante e que já não tem a ver com a tradicional “guerrilha” Indústria/ Distribuição. Porque o futuro também não terá a ver com o binómio marcas de distribuição e marcas da indústria. O mundo que se desenvolve é um mundo colaborativo. Um mundo em que as ideias e a capacidade de as implementar irá definir os líderes, mais do que a detenção dos meios de produção. Mas também os produtores estão em profunda reflexão. Quando, por exemplo, pensamos na China pensamos na fábrica no mundo que se afirma pela sua mão-de-obra barata. Mas negligenciamos por exemplo que são um dos povos mais criativos e flexíveis do mundo e que nos próximos anos irão, através do crescimento da sua economia interna, “elevar” mais 300 milhões de consumidores à sua classe média, o equivalente à população dos Estados Unidos. Uma classe média que anseia por
“Todas as regiões do mundo vão continuar a assistir ao desenvolvimento das marcas detidas pelos retalhistas. Este é um assunto apaixonante e que já não tem a ver com a tradicional “guerrilha” Indústria/ /Distribuição. Porque o futuro também não terá a ver com o binómio marcas de distribuição e marcas da indústria. O mundo que se desenvolve é um mundo colaborativo”
segurança alimentar e milhares de produtores com crescente consciência que têm que adotar princípios rigorosos de gestão de marcas se quiserem sobreviver e vencer, doméstica e internacionalmente. Nem as marcas próprias hoje e no futuro serão sinónimo de preço baixo, nem as chamadas marcas de indústria têm o monopólio da qualidade e da inovação. A resposta em relação ao futuro tem muito mais a ver com a capacidade de inovar, de prestar um elevado serviço acoplado ao produto e à venda e fazer tudo isso de forma continuada e sustentada. Store | Como é que as marcas próprias podem ganhar a lealdade dos consumidores? DL | Gosto de pensar da forma inversa. Como posso eu, detentor de uma marca, ser fiel aos meus clientes e ao meu consumidor. Se tiver resposta para isso tenho o problema resolvido. Num mundo em que as instituições se desmoronam e nos desapontam, as empresas e as marcas que conquistarem a confiança e o coração dos seus clientes e consumidores são aquelas que vencerão. Essa confiança constrói-se criando valor e praticando preços justos, dizendo a verdade, proporcionando segurança, alegria, bons momentos, princípios e ética que são assuntos que vão estar no centro da discussão nos próximos anos. Store | Como é que as redes sociais podem influenciar essa lealdade? Como é que a era digital mudou o comportamento do consumidor? DL | Estamos já a viver uma profunda revolução no modo como nos relacionamos e como influenciamos os outros. A realidade ou os factos são-nos facultados sem intermediários. Somos leitores e editores. Somos espectadores e protagonistas. Vejo por todo o mundo uma crescente preocupação por parte dos produtores e retalhistas em incorporarem esta nova era nas suas estratégias. Trata-se de assumir a responsabilidade e as consequências de ligar as marcas e as empresas ao consumidor, sabendo que ele tem voz, tem opinião e a pode utilizar de forma mais potente que nunca. Recomendando STORE MAGAZINE
ou criticando… Hoje estamos na posse de informação instantânea, georreferenciada, na palma da mão. A componente racional aumenta exponencialmente. A diferenciação exige novos caminhos e isso é a beleza deste desafio. Store | Quais são as vantagens das “private brands” em relação às “regular brands”? DL | Pelas razões que descrevi antes, as vantagens e as desvantagens advêm do facto de terem a melhor relação qualidade-preço ou não e/ou de trazerem benefícios e inovação que facilitem ou melhorem a vida das pessoas. Existem “private brands” e “regular brands” (como lhes chamou) de fraca qualidade e do boa qualidade. O que já não é possível dizer é que as marcas de retalhistas são escolhidas só porque são mais baratas. Nalguns dos países economicamente mais desenvolvidos da Europa, como a Áustria, Suíça, Alemanha ou Reino Unido, a penetração de produtos de marca própria no consumo das famílias desses países ronda os 40 por cento. Será só preço?
“O que já não é possível dizer é que as marcas de retalhistas são escolhidas só porque são mais baratas. Nalguns dos países economicamente mais desenvolvidos da Europa, como a Áustria, Suíça, Alemanha ou Reino Unido, a penetração de produtos de Marca Própria no consumo das famílias desses países ronda os 40 por cento. Será só preço?”
Store | As marcas próprias tornar-se-ão globais? DL | A Apple, a Tiffany, a Chanel são marcas próprias. São marcas de retalhistas que as produzem em fábricas que não são por eles deti-
das. Retalhistas que nalguns casos vendem só a sua marca. Temos o caso de retalhistas globais como o Walmart e o Carrefour que também possuem marcas globais. Mas a tendência é que debaixo da mesma marca, ou debaixo de uma mesma arquitetura de marcas, exista cada vez mais uma abordagem local. Há 20 anos na Universidade ouvíamos dizer, «Pensar Global, Agir Local». Sinto que também aqui a mudança é radical. «Pensar Local e Agir Global» é cada vez mais um credo de muitas organizações. Não copiar ou importar somente as soluções mas interpretar o sentir local, a cultura, conhecer e amar a gastronomia das diferentes regiões. Ser autêntico. Store | Quais as diferenças entre o consumidor de hoje e o de há 10 anos? DL | Não me atrevo a tentar uma resposta final para esta pergunta. Prefiro uma constatação. Um minuto continua a ter 60 segundos, mas o que lá cabe dentro é muito mais do que cabia há 10 anos. Num ano hoje vivemos e presenciamos mais mudanças, inovações e eventos que os nossos pais em dez anos quando tinham a nossa idade. Vivemos num mundo de aceleração. Isso pode criar angústia, mas também pode ser uma excelente oportunidade para mudarmos os paradigmas.
Store | Como é que a crise afetou a atividade da Daymon Worldwide? DL | Aumentou a nossa consciência em relação à rapidez com que temos que desenvolver soluções para os nossos parceiros e clientes. Somos obrigados a antecipar problemas e a tentarmos estar um passo à frente como nunca. Store | O que é que a companhia fez para enfrentar esta crise? DL | O mundo está em rápida aceleração e mudança, mas nem todo o mundo está em crise, no modo como convencionalmente se tem discutido o que significa crise. Como temos uma pegada global, tentamos cruzar informação de forma estratégica, tentando adaptar soluções e cenários que possam apoiar a estratégia dos nossos parceiros. Do ponto de vista interno a Daymon Worldwide decidiu, em 2011, diversificar e expandir globalmente os seus serviços de retalho que defini no início desta entrevista. Definimos uma política de expansão de acordo com a maturidade dos diversos mercados onde operamos e da aceitação desses mesmos serviços. O grande desafio é a gestão das prioridades, porque as oportunidades são extraordinárias.
TENDÊNCIAS
“Anda meio mundo a tentar reinventar o hipermercado tradicional” Store | Quais são as tendências que se vivem hoje no negócio da distribuição? DL | Não podemos dar uma única resposta nem generalizar. Existem muitos fatores e contextos que nos permitiam dar muitas respostas. Todas elas meio erradas, ou meio certas. Mas diria de forma muito sintética que vemos um panorama de degradação e redução de margens. Vejo um cenário de contínua consolidação de retalhistas, principalmente em mercados onde a concentração ainda não é muito elevada, e vejo um outro fenómeno que é para mim de longe o mais interessante e que tem a ver com a tentativa de descobrir novos conceitos, novos formatos, novos canais. Anda meio mundo a tentar reinventar o hipermercado tradicional.
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Outro meio mundo a testar conceitos de Web e a transformar supermercados em qualquer híbrida, entre um restaurante, um mercado ou um café….Tenho a certeza também que, nos próximos cinco anos, vamos assistir ao aparecimento de novos retalhistas e marcas que serão um sucesso e de que hoje ainda ninguém ouviu falar. Store | Como é que a Daymon Worldwide absorve e segue essas tendências? DL | A Daymon detém um modelo de acompanhamento de tendências a nível global que é sua propriedade exclusiva. É um modelo complexo, que acompanha algumas dezenas de tendências e microtendências. Usamos pai-
néis de consumidores e profissionais, usamos modelos matemáticos e algoritmos, usamos inquéritos. Um dos nossos últimos estudos mostra o quanto está a mudar no modo como nos relacionamos com a alimentação. Passámos já de uma cultura de cozinhar para uma cultura de comer. Comer a toda a hora em todos os locais possíveis. Também por isso os snacks que comemos entre refeições é uma categoria que irá continuar a aumentar muito. Já não sabemos reproduzir em casa a ementa da avó ou da mãe, mas ansiamos encontrar quem o possa fazer, com a mesma qualidade e com o mesmo sabor. Já não é só uma tendência é um desafio que todos nós esperamos que a indústria alimentar resolva.
Outubro/Novembro/Dezembro de 2013 13
Inovação
Inovador e saboroso, este novo produto Pingo Doce vem permitir a todos os consumidores com intolerância ao glúten desfruas do sabor de uma típica iguaria portuguesa.
O sabor da tradição acessível a todos O pastel de nata sem glúten, produzido em Portugal e que utiliza na sua confeção leite 100% nacional, mantém a indulgência do sabor tradicional e representa mais uma parceria do Pingo Doce com a agroindústria nacional
O lançamento deste produto surgiu no âmbito da parceria com a APC que partilha com equipa do Pingo Doce as principais necessidades e desejos dos seus associados. Sendo o pastel de nata um produto icónico do nosso País não fazia sentido não existir uma alternativa sem glúten. Marina Van Zeller, presidente da APC, referiu que “o facto de um celíaco não poder consumir um bolo tão apreciado, como é o caso do pastel de nata, por não existir pastelaria sem glúten fresca ou congelada produzida no nosso país, foi o motivo para propormos o desenvolvimento deste produto. Os bolos e outros produtos congelados sem glúten que até hoje existiam no mercado, não representavam o sabor tradicional. Tenho a certeza de 14 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
que este será um produto muito apreciado.” O pastel de nata sem glúten, produzido em Portugal e que utiliza na sua confeção leite 100% nacional, mantém a indulgência do sabor tradicional e representa mais uma parceria do Pingo Doce com a agro-indústria nacional. Desenvolvido para responder a uma necessidade específica este produto oferece também um perfil nutricional equilibrado uma vez que não contém gorduras hidrogenadas. Carlos Santos, diretor da Qualidade do grupo Jerónimo Martins, explica que “ao longo de todo o projeto o nosso foco esteve no desenvolvimento de um pastel de nata sem glúten, garantindo o sabor original do produto e mantendo o máximo rigor na seleção das matérias primas e no proces-
so de produção.” A política da Marca Própria Pingo Doce, que consiste em desenvolver produtos com a exigência máxima de qualidade a um preço compe-
titivo para os tornar acessíveis a toda a população, também se aplica este produto, disponível por 3,39€/ emb. 6 unid em cerca de 150 lojas.
NÚMEROS
Celíacos em Portugal A doença celíaca é uma doença auto imune que se traduz numa sensibilidade permanente ao glúten, proteína presente em quatro cereais: trigo, centeio, cevada e aveia. Quando a dieta isenta em glúten não é cumprida ou o diagnóstico já é tardio, a doença pode levar à morte. Atualmente, o único tratamento conhecido consiste numa dieta isenta em glúten que deve ser rigorosa e permanente. Segundo o Pingo Doce, calcula-se que um a três por cento da população portuguesa seja celíaca. No entanto, dos cerca de 100 mil celíacos portugueses estimados, apenas oito mil se encontram diagnosticados, o que indica que a doença celíaca, embora seja hoje quatro vezes mais comum do que há 50 anos, continua a ser largamente subdiagnosticada.
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Entrevista
“Assistiremos a uma evolução significativa ou até mesmo a uma revolução no retalho durante os próximos anos à medida que os retalhistas vão adotando o modelo de negócio multicanal”. Esta é a antevisão de Ian McGarrigle, presidente do World Retail Congress, a propósito de um evento que tem precisamente como tema “Moldar o futuro do retalho” e que reunirá em Paris os mais destacados empresários do sector a nível mundial.
Ian McGarrigle, presidente do World Retail Congress
Retalho multicanal é o futuro Store | Qual é a relevância de um evento como o Congresso Mundial do Retalho (WRC) para o sector? Ian McGarrigle | O WRC foi lançado em 2007 na sequência de uma investigação intensiva junto de retalhistas seniores. E a ideia principal que a indústria nos transmitiu então – e que permanece verdadeira – é que pretendia que o congresso fosse 16 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
uma plataforma que permitisse discutir as principais questões que o sector enfrenta. Todos os anos, o programa é formulado a partir dos contributos do nosso conselho consultivo e de outros executivos do retalho e o objetivo é sempre garantir que abrange todos os tópicos mais relevantes para o sector em todo o mundo. A relevância do congresso é, em suma, o facto de ser o evento anu-
al em que os retalhistas se juntam para ouvir e aprender com os seus pares, partilhar abordagens bem sucedidas a problemas comuns e discutir soluções que podem aplicar depois nos seus próprios negócios. Store | Podemos dizer que o novo retalho começa a ser desenhado em cada congresso, como o tema da edição este ano sugere?
IM | Posso afirmar, sem dúvida que, a cada ano, o congresso reflete o estado da indústria e é o palco em que se ouvem as ideias mais recentes sobre o desenvolvimento do retalho. O retalho tem enfrentado, e continua a enfrentar, uma enorme mudança e cada congresso tem-se revelado importante para definir a agenda dessa mudança. Olhando para trás, para os anos mais recentes, STORE MAGAZINE
penso que é verdade dizer que se pode ver como o “novo retalho” se tem desenvolvido a partir das apresentações e das discussões a quem temos assistido. Store | Quais são as principais preocupações do sector no atual quadro de recessão global? IM | O retalho tem sido afetado sobretudo em duas frentes: económica e tecnológica, com o desenvolvimento do comércio online. Economicamente, no entanto, parece que a incerteza é o principal problema. Na zona euro, a situação permanece difícil apesar de alguns sinais de recuperação em determinados mercados. Os retalhistas têm, por isso, de aprender a gerir os seus negócios de uma forma ainda mais eficiente, dado que não podem contar com um forte crescimento das vendas. Nos mercados emergentes, o desafio económico prende-se com um abrandamento do crescimento nas vendas do retalho, que é perturbador, quando as pessoas se habituaram a taxas de crescimento de dois dígitos. Store | Quais são, na sua perspetiva, as principais tendências do retalho? IM | Uma das principais tendências no sector é a evolução na direção de um retalho multicanal, que significa um sistema totalmente integrado que proporcione ao consumidor/comprador uma experiência coerente e homogénea. A mudança no sentido deste modelo envolve montantes de investimento elevadíssimos. Sublinho também a continuação da internacionalização do retalho como uma das principais tendências numa altura em que os retalhistas procuram oportunidades de crescimento fora dos respetivos mercados internos. Store | E os principais desafios inerentes? IM | Acredito que assistiremos a uma evolução significativa ou até mesmo a uma revolução no retalho durante os próximos anos à medida que os retalhistas vão adotando o modelo de negócio omnicanal. Em muitos mercados já estamos a assistir a retalhistas que estão a reduzir a dimensão dos seus porSTORE MAGAZINE
“Uma das principais tendências no sector é a evolução na direção de um retalho multicanal, que significa um sistema totalmente integrado que proporcione ao consumidor/ /comprador uma experiência coerente e homogénea”
tefólios de loja quando percebem que já não precisam do mesmo espaço físico uma vez que o negócio online está a crescer rapidamente. O maior desafio nesta mudança prender-se-á com a integração da tecnologia e dos sistemas logísticos para corresponder aos pedidos dos consumidores em todos os canais. Store | Neste congresso, “Back to basics” (De regresso ao básico, na tradução à letra) é um dos tópicos em discussão. O que significa? IM | O que tem sido interessante no contacto com os retalhistas a propósito dos assuntos que querem ver incluídos no programa é o sentimento de que, com todas as mudanças que enfrentam, continua a ser importante não esquecer o básico do retalho. Isto significa não esquecer que se trata de ter grandes produtos que as pessoas queiram comprar, quando querem, e entregues com um serviço ao cliente de qualidade. Na essên-
“Os retalhistas têm de aprender a gerir os seus negócios de uma forma ainda mais eficiente, dado que não podem contar com um forte crescimento das vendas”
CONGRESSO
A palavra aos líderes Moldar o futuro do retalho – eis a ambição do Congresso Mundial do Retalho (WRC, na sigla anglo-saxónica) que, este ano, se reúne pela primeira vez em Paris. E porquê Paris? Porque, dizem os organizadores, é um dos destinos de compras mais icónicos do mundo. Na capital francesa estarão assim reunidos, de 7 a 9 de outubro, os mais proeminentes empresários do sector do retalho, entre eles 40 chief executive officers (CEO) e presidentes de players globais. São – continua a organização – os oradores mais provocadores, mais dinâmicos e mais inspiradores e irão partilhar as suas estratégias visionárias. Confirmados estão, por exemplo, os CEO da FNAC, Alexander Bompart, e do Carrefour, Georges Plassat, o presidente das Galerias Lafayette, Philippe Houzé, só para dar alguns exemplos da participação do retalho do país anfitrião. Mas Paris receberá também o global chief customer officer da Coca-Cola, Sandy Douglas, o CEO da Spar International, Gordon Campbell, e o CEO do Boticário, Artur Grynbaun. Lucy Neville-Rolfe, presidente do Eurocommerce, narcará igualmente presença, a par do group
chief executive da Kingfisher, Ian Cheshire. E porque o retalho multicanal é uma tendência e porque as redes sociais não podem ser ignoradas pelo sector, o congresso contará ainda com os contributos do fundador e CEO da Vente-Privee.com, Jacques Antoine Granjon, do senior vice-president do eBay para a Europa, Jacob Aqraou, e da vice-president para a região EMEA do Facebook, Nicola Mendelsohn.
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Entrevista
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cia, o retalho é um negócio muito simples e este é um ponto que os retalhistas mais experientes estão constantemente a enfatizar.
Os retalhistas “têm de abraçar as redes sociais como o Facebook e a o Twitter porque precisam de saber o que os consumidores estão a dizer sobre eles ou sobre o seu sector. E precisam de estar preparados para responder rápida e eficazmente”
Store | Um showcase de criatividade é uma das novidades da edição de 2013. Significa isto que o sector está consciente da importância das ferramentas de marketing para o negócio? IM | Tal como o retalho se está a transformar num negócio multicanal, o mesmo está a acontecer com o mundo dos media. Ora isso traz um novo desafio para as empresas: como alcançar os seus consumidores de forma mais eficaz. Penso que o retalho não está necessariamente atrás da curva na consciencialização das implicações deste fenómeno, mas a verdade é que é um cenário extremamente desafiante em que todos têm de aprender rápido.
“Continua a ser importante não esquecer o básico do retalho. Isto significa não esquecer que se trata de ter grandes produtos que as pessoas queiram comprar, quando querem, e entregues com um serviço ao cliente de qualidade”
Store | A alimentação é o segmento mais básico do retalho. Há espaço para crescer no atual contexto? IM | Claro. A alimentação perma-
PRÉMIOS
Sonae finalista A Sonae é finalista em três categorias da edição deste ano dos World Retail Awards, graças às marcas Continente e Worten. “Missão Sorriso” é a ação que faz do Continente candidato a um prémio na categoria “Iniciativa de responsabilidade social do ano”, concorrendo com projetos da Azizia Panda, da Woolworths South Africa, da Migros, da Lotte Shopping e da Sefam. O Continente concorre também na categoria “Iniciativa do ano de fidelização do cliente”, com a ação “Cada jogo uma final”. Aqui disputa o prémio com a Billa AG, a Debenhaus, a Dunkin’Donuts, a HSN e a O’Key. Quanto à Worten é candidata a sair de Paris premiada na categoria de “Campanha publicitária do ano na área do retalho” mercê da campanha de Natal 2012, que teve criatividade da Fuel. Os adversários são a Aldi, a Debenhams, a Myer, a Tesco e a Tops Liquor Stores. É a 8 de outubro que se ficará a conhecer o veredicto do júri destes prémios, os mais conhecidos do sector da distribuição e que,
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desde 2007, são atribuídos anualmente com o objetivo de distinguir a criatividade e inovação dos retalhistas a nível mundial.
nece no coração do retalho e dos gastos dos consumidores. Mas, à medida que mais economias se tornam desenvolvidas, menor é a proporção de despesas dos consumidores apenas com a alimentação. Os consumidores querem cada vez mais comprar produtos para a casa, equipamentos elétricos e outros. O que constitui um desafio acrescido para os retalhistas alimentares. Daí que tenham vindo a acrescentar novos produtos e serviços à sua oferta. Store | E o luxo, como se comporta? IM | O retalho de luxo continua bem apesar da crise económica que afeta muitos países. Muito do seu crescimento provém da nova riqueza gerada nos mercados emergentes como a Índia e a China. Os produtos de luxo são muito desejados pelos consumidores desses países, que passaram a poder pagar marcas exclusivas e de topo. Store | Diz-se que os consumidores estão mais exigentes porque mais informados. Como é que o retalho lida com esta realidade? IM | É verdade que o consumidor está sentado no lugar do condutor porque os orçamentos são tão apertados que as despesas têm de ser mais cuidadosas. Mas também é verdade que têm acesso a retalhistas 24-7 através dos computadores, smartphones, tablets e das redes sociais. Podem comprar quando querem e podem fazer comentários com os seus amigos e o mundo à volta sobre a experiência de compra que tiveram com o retalhista. Isto significa que os retalhistas têm de aceitar que o modelo antigo de esgotar o stock já não se aplica. Têm de monitorizar a procura e as tendências e de ser capazes de reagir ainda mais depressa, para irem ao encontro da procura enquanto gerem os stocks e as margens. Além disso, têm de abraçar as redes sociais como o Facebook e a o Twitter porque precisam de saber o que os consumidores estão a dizer sobre eles ou sobre o seu sector. E precisam de estar preparados para responder rápida e eficazmente. STORE MAGAZINE
Vinhos
Brancos, tintos, rosés, espumantes, verdes, do Porto, moscatel. O portefólio dos vinhos das marcas da distribuição é um mundo completo de castas, sabores, regiões e também de medalhas.
Vinhos
As estratégias das marcas
20 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
Os vinhos portugueses estão em alta em todo o mundo e os das marcas da distribuição ou que são comercializados em exclusivo em alguns supermercados não são exceção. Alguns deles têm acumulado prémios em toda a Europa. Pingo Doce, Lidl, Continente, Auchan e Intermarché apresentam as suas estratégias para esta área. A insígnia do grupo Jerónimo Martins, por exemplo, já tem uma experiência acumulada de 10 anos com vinhos exclusivos para a marca. Só em 2013, os do Pingo Doce e do Continente arrecadaram um total de 14 medalhas, sete para um. No Lidl, que comercializa, em exclusivo, marcas de produtores portugueses, também há vinhos que já foram medalhados. As outras duas insígnias que ainda não foram “medalhadas”, a Auchan e o Intermarché, também desenvolvem as suas marcas próprias. Os textos que se seguem retratam marcas e produtos e as estratégias que algumas das empresas seguiram para desenvolverem um produto que agrade a paladares nacionais e internacionais. O projeto dos vinhos regionais do Pingo Doce, por exemplo, já tem mais de 10 anos. O seu sucesso assenta numa relação estável e de longo-prazo com produtores portugueses. O Continente lançou a marca Contemporal que, numa primeira fase entrou com 20 referências que representavam as regiões vinícolas mais importantes do nosso País e em 2012 decidiu mudar a sua imagem e renovou os rótulos de todos os produtos para algo mais tradicional, mantendo o seu logotipo. O Lidl também já viu alguns dos vinhos portugueses que comercializa serem premiados internacionalmente. STORE MAGAZINE
PINGO DOCE
Uma década de vinhos de qualidade
O projecto dos vinhos regionais Pingo Doce já tem mais de 10 anos. O seu sucesso assenta numa relação estável e de longo-prazo com produtores portugueses. Foi desenvolvida uma gama representativa das diversas regiões de origem de Portugal através de parcerias com produtores e enólogos de referência que detêm um enorme know-how do sector vitivinícola. Atualmente são comercializadas, com a marca Pingo Doce, cerca de 31 referências de vinhos, abrangendo vinhos verdes, rosé, espumantes, tintos, brancos e vinhos do Porto, Madeira e Moscatel de Setúbal. Porque o desenvolvimento dos produtos da marca Pingo Doce é certificado e obedece aos mais rigorosos critérios de seleção e de qualidade, a marca decidiu desde 2012 concorrer com os Vinhos Pingo Doce a vários concursos nacionais e internacionais alcançando o prestigio merecido. Em 2013 sete Vinhos Pingo Doce, entre os nove levados a concurso
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pela marca, foram galardoados no Concours Mondial de Bruxelles e no International Wine Challenge, duas prestigiadas provas internacionais. Os vinhos Pingo Doce premiados, fruto de uma relação de parceria com seis fornecedores nacionais, foram o Vinho Espumante Bruto Rosé, o Moscatel de Setúbal, o Vinho Dão Colheita Seleccionada Branco, o Vinho Verde Alvarinho D.O.C., o Vinho Douro Reserva Tinto, o Vinho Alentejano Branco e o Vinho Península Setúbal Rosé. O espumante Bruto Rosé Pingo Doce, que recebeu uma Medalha de Prata no International Wine Challenge e uma Medalha de Ouro no Concours Mondial Bruxelles, é produzido com base em uvas das castas Baga e Touriga Nacional das regiões da Bairrada e das Beiras respetivamente, especialmente vinificadas para o efeito. Vindimadas mais cedo de forma a terem uma baixa graduação (10º e 11º) e uma acidez equilibrada.
O produto tem origem em mais de 150 produtores que trabalham especificamente para a produção de uvas destinadas à espumantização, e umas dezenas de hectares de vinhas sobre gestão direta das Caves da Montanha. Sobre a parceria com o Pingo Doce, Alberto Henriques, diretor-geral da Caves da Montanha, afirma: “A nossa parceria com o Pingo Doce iniciou-se há mais de 15 anos, sendo provavelmente a primeira cadeia de retalho alimentar em Portugal a apresentar espumante de Marca Própria. Só a estabilidade e solidez da parceria que o Pingo Doce tem com as Caves da Montanha permitiu atingir tão altos patamares qualitativos. Nas Caves da Montanha olhamos para a gama de Espumantes Pingo Doce como um produto nosso, tendo tido, ao longo dos anos, a preocupação de uma procura permanente pelo melhoramento do produto”.
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Vinhos
LIDL
Reconhecimento internacional Duas medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze. Este foi o palmarés conseguido nos últimos tempos, a nível internacional, pelos vinhos portugueses comercializados no Lidl. Diz a marca que as cinco medalhas conquistadas em concursos que decorreram na Alemanha, França e Reino Unido confirmam e reforçam o reconhecimento internacional dos vinhos do Lidl e refletem o esforço da cadeia na oferta de produtos portugueses de grande qualidade, ao melhor preço. O “Torre de Ferro” vinho tinto Dão DOC RSV 2009 obteve a Medalha de Ouro no Berliner Wein Trophy 2013, que decorreu em fevereiro, em Berlim, um concurso que conta com milhares de amostras, avaliadas por mais de uma centena de jurados internacionais.
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O “Azinhaga de Ouro” vinho tinto Douro DOC RSV 2011 alcançou a Medalha de Prata no Vinalies Internationales Paris 2013, que teve lugar em março, na capital francesa e foi ainda distinguido, com a Medalha de Prata, no concurso International Wine and Spirit Competition (IWSC) que decorreu no Reino Unido. A colheita de 2010 já tinha sido premiada na edição de 2012 do IWSC. Em Bordéus, o Challenge International du Vin 2013 premiou o “Paço do Bispo”, vinho branco DOC Palmela 2012, com uma Medalha de Ouro e o “Nobre Colheita”, vinho verde branco Alvarinho DOC 2012, com uma Medalha de Bronze. Também o vinho tinto regional alentejano Almocreve Reserva, marca de qualidade exclusiva do LIDL, foi distinguido com uma medalha de Ouro no Con-
curso Internacional Mundus Vini 2012, realizado na Alemanha. Os vinhos medalhados podem ser comprados na Alemanha, pela Internet, e vão estar à venda em diversas lojas Lidl da Europa, nomeadamente na Holanda, na Bélgica e na Suíça, contribuindo para reforçar as exportações de produtos portugueses, que têm sido uma das apostas estratégicas da cadeia nos últimos anos. A pensar nos clientes, o Lidl disponibiliza no seu site um formulário para que os interessados possam entrar em contacto com o enófilo Vasco D’Avillez de forma a esclarecerem dúvidas sobre o tipo de vinho que acompanha uma determinada refeição, a temperatura a que deve ser servido, as características das castas, os aromas e os sabores, entre outras.
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CONTINENTE
Três anos de Contemporal Há quase três anos que os clientes do Continente sabem o que significa Contemporal. Trata-se da marca própria de vinhos que o grupo lançou no final de 2010 e cuja qualidade já foi distinguida com uma mão-cheia de prémios. A sua missão é proporcionar aos clientes uma vasta seleção dos melhores vinhos nacionais, aos melhores preços. O seu bilhete de identidade diz tudo: “Adora Portugal. A variedade dos seus solos, o seu clima, e sobretudo…os seus vinhos. O seu grande sonho é promover e oferecer a todos os portugueses os melhores vinhos produzidos em território nacio-
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nal”. O portefólio Contemporal inclui vinhos tintos, brancos e rosés. A marca surgiu no final de 2010, nos lineares das lojas Continente, marcando presença, em setembro, na Feira de Vinhos do Continente. Diz a marca que, “no ano seguinte, esteve em especial destaque no Mercado dos Sabores, com um linear exclusivo para os seus produtos”. Numa primeira fase entrou com 20 referências que representavam as regiões vinícolas mais importantes do nosso País e em 2012 decidiu mudar a sua imagem e renovou os rótulos de todos os produtos para algo
mais tradicional, mantendo o seu logotipo. Desde 2011 que têm sido várias as medalhas conseguidas pelos vinhos Contemporal em concursos nacionais e internacionais, como o Concurso Nacional de Vinhos, o Decanter World Wine Awards, International Wine Challenge, International Wine & Spirit Competition e Mundus Vini. As regiões mais premiadas têm sido o Douro, Dão, Bairrada, Península de Setúbal e Vinhos Verdes, para além dos vinhos do Porto. Só em 2013, e até agora, os vinhos Comtemporal já arrecadaram catorze prémios e/ /ou recomendações.
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Vinhos
AUCHAN
Relação qualidade-preço O grupo Auchan tem dois tipos de vinhos de marca própria: a marca Sabores de Portugal, com uma linha de vinhos de todas as regiões, e produtos mais económicos sob a sigla Primeiro Preço. Ainda não se estrearam a ganhar prémios no estrangeiro mas isso não tem impedido o grupo de aperfeiçoar o seu portefólio. Os seus vinhos são selecionados através da abertura de um concurso onde primeiro é feita uma seleção pelas qualidades físico-químicas do vinho, depois é feita uma análise sensorial e obviamente o preço é um fator muito importante no final da tomada de decisão. Além dos vinhos Sabores de Portugal tem alguns exclusivos que desempenham o mesmo papel. De uma forma global,
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a Aucham privilegia a “relação qualidade-preço, o que se tem refletido todos os anos no guia de vinhos da Revista Proteste”, diz a insígnia. A Auchan Portugal Hipermercados gere 29 lojas Jumbo, 3 unidades Pão de Açúcar, 29 lojas Box, 24 gasolineiras Jumbo, 24 espaços Saúde e Bem-Estar, 7 Óticas Jumbo e uma loja Jumbo Natureza. Foi a primeira empresa da distribuição moderna em Portugal e a segunda no mundo a obter a certificação em responsabilidade social (Norma SA 8000). Esta importante distinção é fruto das políticas de responsabilidade social que a companhia pratica há anos e que são elogiadas pelas mais variadas entidades e reconhecidas como um exemplo de boas práticas.
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INTERMARCHÉ
A nova imagem da “Selecção dos Enófilos” O Internarché, uma insígnia do grupo Os Mosqueteiros, tem uma nova imagem para os seus vinhos DOC, cuja marca é “Selecção de Enófilos”, lançada em 1999. A empresa afirma que, “com a qualidade de sempre, a gama DOC apresenta agora uma nova imagem, em duas cores que permite uma rápida perceção do produto no linear pelo consumidor”. Apresentam agora um novo formato, 375ml, adaptado a momentos de consumo individuais ou a dois. No novo formato, a marca disponibiliza o Vinho Verde DOC Branco e o Vinho Tinto DOC. Entre os vinhos da marca destaque ainda para dois: o vinho Verde DOC Alvarinho, que tem um aspeto límpido e cor citrina. Aroma frutado, notas exóticas e ligeiro floral. Ao sabor revela macieza, volume com final de boca longo e persistente. Este vinho envelhece bem em
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garrafa durante 3 a 5 anos. Excelente aperitivo, acompanha muito bem mariscos, peixes, aves ou um bom presunto. O vinho tinto DOC tem aspeto límpido e retinto. Cor vermelho rubi. Aroma a frutos vermelhos, frutado e fresco. Na boca ligeiramente encorpado e seco. É um vinho para ser bebido jovem ou no ano seguinte. Ideal para determinados pratos da gastronomia minhota: arroz de sarrabulho, rojões, cabidela, lampreia ou até mesmo acompanhar com linguiça. Há também um Moscatel de Setúbal, região cujas condições climáticas permitiram a elaboração deste vinho generoso de aroma rico a frutos cítricos e detentor de um sabor fresco e elegante. As suas características tornam-no incomparável e fazem dele um apreciado aperitivo ou digestivo.
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Nutrição
Com um percurso de apenas quatro anos, e uma equipa interna de três nutricionistas, o Movimento Hiper Saudável percorre o país com o intuito de promover um estilo de vida mais saudável junto da população. A par do que se faz lá fora, também esta equipa está empenhada em desenvolver diferentes atividades educativas para que se consiga passar a mensagem da melhor forma possível.
Movimento para a saúde
Mayumi Thaís Delgado
Nutricionista Direção da Qualidade Alimentar Modelo Continente Hipermercados S.A.
Depois de ser uma tendência em países como os Estados Unidos da América, onde cerca de um terço das Lojas de retalho têm uma nutricionista/ dietista, o conceito chegou a Portugal, em finais de 2009, através das Lojas Continente. 26 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
Depois de ser uma tendência em países como os Estados Unidos da América, onde cerca de um terço das Lojas de retalho têm uma nutricionista/ dietista, o conceito chegou a Portugal, em finais de 2009, através das Lojas Continente. Com um percurso de apenas 4 anos, e uma equipa interna de 3 nutricionistas, o Movimento Hiper Saudável percorre o país com o intuito de promover um estilo de vida mais saudável junto da população. A par do que se faz lá fora, também esta equipa está empenhada em desenvolver diferentes atividades educativas para que se consiga passar a mensagem da melhor forma possível. Assim, desde rastreios, aconselhamento nutricional individualizado, acompanhamento nas compras, palestras, workshops e ações de sensibilização, são algumas das ações desenvolvidas quer nas Lojas Continente como em outros locais da comunidade. Com os serviços de aconselhamento nutricional e acompanhamento durante as compras, estes nutritional personal shoppers ajudam os clientes a escolher os alimentos que melhor se adequam ao seu modo de vida, necessidades nutricionais e agregado familiar. Entre as diversas dúvidas que podem ser esclarecidas, durante o percurso pelos lineares das Lojas, é sempre explicada a melhor forma de interpretar os rótulos alimentares para que o cliente possa efetuar uma compra consciente e mais saudável. Uma das ferramentas utilizadas para facilitar esta interpretação é a utilização do semáforo nutricional, um sistema simplificado de informação nutricional que, em Portugal, o Continente foi a única marca a adotar. Para que seja possível a comparação entre produtos com e sem semáforo é distribuído o cartão conversor que possui os critérios para a atribuição das cores tendo em conta a quantidade dos nutrientes por 100g. Mais de 25.000 clientes já usufruíram deste serviço. Para além deste serviço, as ações escolares de sensibilização, palestras e os workshops são desenvolvidos tendo em conta 8 compromissos básicos para a adoção de um estilo de vida mais saudável: tomar o pequeno-almoço todos os dias, comer cinco porções de fruta ou legumes por dia, não estar mais de 3h30 sem comer, ler sempre o rótulo dos produtos comprados, fazer exercício físico três vezes por semana, manter STORE MAGAZINE
Apostar na prevenção da doença e promoção da saúde é, sem dúvida, crucial tendo em conta os alertas constantemente lançados por várias entidades científicas
o organismo sempre hidratado, planear as refeições semanalmente e confecionar alimentos com menos sal, gordura e açúcar. As escolas do 1º e 2º ciclo têm sido as que mais solicitam estas ações de sensibilização nas Lojas Continente, contudo, as mesmas estão também disponíveis para adultos, seniores e todos os interessados em ter uma vida mais saudável. Já foram efetuadas cerca de 630 ações com mais de 15.000 participantes. Ciente de que é importante que todos contribuam para este Movimento, o Continente tem também promovido, junto dos seus colaboradores, quer formações internas como outras atividades que fomentem a adoção e a manutenção de estilos de vida promotores de saúde. Apostar na prevenção da doença e promoção da saúde é, sem dúvida, crucial, tendo em conta os alertas constantemente lançados por várias entidades científicas, relativamente ao aumento de doenças associadas a estilos de vida menos saudáveis. É baseado nesta premissa e a pensar na saúde dos portugueses que todas estas ações e atividades são desenvolvidas gratuitamente e estão disponíveis para todos os clientes do Continente. Para saber mais sobre esta iniciativa pode consultar o Movimento Hiper Saudável no site www.continente.pt ou através do email siga.as.cores@sonaemc.com. STORE MAGAZINE
CORES
O Semáforo Nutricional Com o intuito de simplificar a interpretação dos rótulos, os produtos da marca Continente possuem um sistema de informação inovador – o Semáforo Nutricional. Este sistema internacional, desenvolvido por uma autoridade inglesa (FSA – Food Standards Agency), facilita a comparação e a escolha dos alimentos através das cores verde, laranja e vermelho atribuídas aos nutrientes gordura, gordura saturada, açúcar e sal, consoante a quantidade de cada um destes nutrientes no alimento. As seguintes cores não estão relacionadas com o VDR (Valor Diário de Referência), mas sim com as quantidades dos nutrientes por 100g. Vermelho – O alimento tem uma concentração elevada de gorduras, gorduras saturadas, açúcares ou sal. Pode ser consumido de forma ocasional ou em pequenas quantidades. Laranja – O alimento tem uma concentração média de gorduras, gorduras saturadas, açúcares ou sal. É uma boa opção de consumo. Verde – O alimento tem uma baixa concentração de gorduras, gorduras saturadas, açúcares ou sal. Trata-se de uma opção saudável. Cinzento – Criado para as calorias. A cor não tem significado nutricional.
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Trabalhar em…
Criada em 1997, a Sport Zone conta hoje com mais de 100 lojas, marcando presença em Portugal e Espanha. Mas como é trabalhar numa loja da insígnia da Sonae? De acordo com diretor de operações da zona sul da marca, José Manuel Cavaco, é estar em constante desafio e aprendizagem. O objetivo é que os colaboradores funcionem como se se tratassem de uma verdadeira equipa desportiva.
Parceiros do desporto “É entrar no mundo fascinante do desporto e aprender diariamente a partilhar experiências com uma equipa jovem, dinâmica e dedicada”. É desta forma que a relações públicas da marca, Elisabete Maria Guedes, define a experiência de trabalhar numa loja Sport Zone. A insígnia da Sonae nasceu em 1997, com a primeira loja a ser 28 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
inaugurada a 8 de maio, no Gaia Shopping. Hoje, a cadeia detém mais de 100 lojas, tendo já ultrapassado fronteiras e chegado à vizinha Espanha. Mas não pretende ficar por aqui… O objetivo é continuar a crescer. Ainda este ano será inaugurada mais uma loja, desta feita em Sines. Dar à comunidade em geral a
“oportunidade de vivenciar grandes momentos desportivos enquanto protagonista” é um dos lemas da Sport Zone, afirma a relações públicas. Segundo a mesma responsável, a marca adotou como missão a promoção e democratização da prática desportiva, “através da comercialização de artigos de
desporto das melhores marcas a preços competitivos, e com o estabelecimento de fortes ligações com as comunidades em que se insere”. Para esta ligação é fundamental cada funcionário, de cada loja da marca. O perfil do colaborador da Sport Zone assenta em alguém jovem, dinâmico, responsável e, principalSTORE MAGAZINE
mente, praticante e apreciador da prática do desporto. Trabalhar nas lojas da marca é estar em constante aprendizagem. Cada dia representa um novo desafio. Apesar de ser exigente é também divertido, garante o diretor de operações da zona sul. Além disso é aliciante, pois todos os funcionários têm a possibilidade de ascenderem na carreira no interior da organização. “Temos gerentes de loja que começaram como operadores”, exemplifica José Manuel Cavaco. O objetivo principal é que os funcionários vivam o dia-a-dia profissional como se de uma equipa desportiva se tratasse, com os seus desafios, metas e grandes momentos de superação. Atualmente, o principal modelo de uma loja da insígnia é a Sport Zone do Centro Comercial Vasco da Gama – alvo de uma recente remodelação. A “nova” loja conta com layouts adequados à forma como os clientes compram “desporto”. O mobiliário foi totalmente modernizado, assim como a imagem. A insígnia da Sonae preocupou-se em destacar as grandes marcas de referência mundial na área do desporto. Mas qual o objetivo desta transformação? José Manuel Cavaco explica que a marca pretende tornar o “processo de compra mais eficiente” e a experiência de quem visita uma loja Sport Zone “mais enriquecedora”. A loja conta com cerca de 25 colaboradores, estando aberta das 10:00 às 24:00 horas. Para os que mostram desempenhos extraordinários, a Sport Zone criou inclusive um prémio mensal que tem unicamente em conta os resultados do desempenho. Para José Manuel Cavaco, o que distingue esta loja das restantes é o “ambiente diferenciador e inspirador” para quem a visita. Características a que juntam a implantação de categorias de produtos e uma comunicação segmentada. Por enquanto, o balanço está a ser “altamente positivo e encorajador”, por isso a marca não descarta a possibilidade de estender este tipo de remodelação a outras lojas. “Queremos um espaço que inspire verdadeiramente os nossos clientes para a prática da atividade física/desportivo”, conclui. STORE MAGAZINE
O perfil do colaborador da Sport Zone assenta em alguém jovem, dinâmico, responsável e, principalmente, praticante e apreciador da prática do desporto. Trabalhar nas lojas da marca é estar em constante aprendizagem
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Retalho
“Os aeroportos são como uma montra espetacular para o mundo inteiro daquilo que melhor fazemos e devem ser encarados também como um novo e específico canal de vendas”. Quem o afirma é o diretor de negócios não aviação da ANA - Aeroportos de Portugal, Carlos Gutierres. E prova da importância do travel retail na estratégia da empresa é a recente criação da nova área de retalho do aeroporto de Lisboa: 2000 m2, 20 marcas internacionais, uma em estreia nacional e outra em estreia ibérica.
Carlos Gutierres, diretor de negócios não aviação da ANA
Aeroportos são um novo canal de vendas Store | Que necessidades ditaram a criação da nova área de retalho do aeroporto de Lisboa? Carlos Gutierres | Tendo em vista a sua missão de gerir de forma eficiente e inovadora o Aeroporto de Lisboa, otimizando a sua capacidade e assegurando o crescimento sustentado do negócio, a ANA-Aeroportos de Portugal, SA prosseguiu a implementação de um ambicioso plano de expansão, iniciado há cerca
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de seis anos, tendo como principal objetivo aumentar a capacidade do aeroporto para servir melhor todos os seus clientes, sejam eles companhias aéreas ou passageiros. Nesse âmbito enquadra-se a expansão da área comercial do Aeroporto de Lisboa, que surge também na sequência de uma série de inovações que demonstram o dinamismo da ANA - Aeroportos de Portugal, na contínua modernização da sua área
de Retalho. Esta ampliação da área comercial, que em julho de 2013 ficou concluída com a abertura da nova praça central, foi feita de forma faseada. Em 2008 foi ampliada a oferta de restauração. Em 2009 foi ampliada a oferta comercial da área NON-Schengen. Em 2012 foram introduzidas diversas marcas de luxo, como a Ermenegildo Zegna, Burberry e Montblanc, entre outras.
Nesse mesmo ano, a loja Just for Travelers - Duty Free Shop foi convertida no formato walkthrough, até então inédito em Portugal, e ainda em 2012 foi criada a loja Portfolio, vocacionada para a promoção de marcas, produtos e experiências que representam o que de melhor se faz em Portugal. Em julho de 2013 inaugurámos a Praça Central, uma nova área comercial de 2.000 metros quadrados, com
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20 novas lojas de grandes insígnias internacionais. Este novo espaço contempla marcas como a Accessorize, Desigual, Dreams Gourmet, FNAC, Geox, Hediard (a primeira loja em Portugal), Imaginarium, L’Occitane, Pandora, Springfield, Starbucks, Sunglass Hut, Swarovski, Swatch, Tumi, Victoria’s Secret (a primeira loja na Península Ibérica) e Women’ Secret. Neste novo espaço, os passageiros têm a oportunidade de usufruir de uma área confortável, com muita luz natural, um ambiente muito agradável e uma atmosfera comercial muito relaxante. A ampliação da área de retalho procurou dar resposta às tendências de mercado, às alterações do perfil de consumidor e colmatar o défice de área comercial que tínhamos face aos outros aeroportos europeus da mesma dimensão. Store | Que objetivos se propõe atingir? CG | Todas as apostas da empresa ao nível da ampliação e melhoria dos espaços comerciais e serviços visam melhorar a satisfação global dos passageiros, atrair mais turistas, contribuir para o desenvolvimento regional e nacional e garantir a sustentabilidade dos aeroportos. Queremos que a recordação dos passageiros no aeroporto seja positiva e memorável e não apenas um local de passagem, tendo em atenção que os aeroportos são verdadeiros cartões-de-visita do nosso País. Store | Qual o prazo para a rentabilização, do ponto de vista da ANA? CG | O retorno para a ANA Aeroportos de Portugal de certa forma é quase imediato, dado que grande parte do investimento associado à construção dos espaços comerciais é feito pelos lojistas e o desenvolvimento da infraestrutura está relacionado com as necessidades de desenvolvimento operacional do aeroporto. Store | Que significado tem para o aeroporto a presença de marcas internacionais, nomeadamente nos casos que traduzem estreias nacionais e até ibéricas? CG | Os aeroportos cada vez mais se adaptam aos passageiros, com uma oferta de produtos, lojas e serviços adequados a cada segmento e de
“A ampliação da área de retalho procurou dar resposta às tendências de mercado, às alterações do perfil de consumidor e colmatar o défice de área comercial que tínhamos face aos outros aeroportos europeus da mesma dimensão”
acordo com o perfil/nacionalidade dos passageiros. Diversidade e flexibilidade são algumas das características que os espaços de retalho num aeroporto devem ter, de modo a termos oferta para os diferentes tipos de passageiros. A utilização dos aeroportos é cada vez mais massificada. Enquanto os passageiros frequentes são “nómadas globais”, cuja atenção é mais difícil de capturar, as novas gerações estão mais atentas a novidades. Para responder às diversas motivações que levam o passageiro a comprar no aeroporto é necessário ter uma oferta diferenciadora, incluindo marcas exclusivas, tendência crescente no travel retail internacional. Em todo este processo de seleção de marcas, associado à expansão da área comercial, foi nossa intenção posicionar o aeroporto enquanto local de referência, com oferta premium e exclusiva, diversificada, capaz de fazer os passageiros virem mais cedo para o aeroporto e, por essa via, dinamizar o consumo. Store | Qual a estratégia da ANA para atrair estas marcas? CG | Volume de passageiros e o seu perfil de consumo (destinos como Brasil, Angola, Rússia), associado à qualidade dos projetos desenvolvidos, dão garantias às marcas de que o Aeroporto de Lisboa é o local ideal para expandirem os seus negócios. Store | Qual o potencial do aeroporto para o negócio destas marcas? CG | O meio aeroporto é um acelerador da estratégia de comunicação e marketing das marcas. Os aeroportos são excelentes montras para as marcas se darem a conhecer ao mundo e para se potenciarem neste novo canal de distribuição à escala global denominado travel retail, não só dado a tipologia de passageiros, como o perfil de consumo que lhes está associado. Os aeroportos são como uma montra espetacular para o mundo inteiro daquilo que melhor fazemos e devem ser encarados também como um novo e específico canal de vendas- o travel retail. Store | E como se propõe conquistar consumidores? CG | Temos investido cada vez mais
“Para responder às diversas motivações que levam o passageiro a comprar no aeroporto é necessário ter uma oferta diferenciadora, incluindo marcas exclusivas, tendência crescente no travel retail internacional”
no desenvolvimento de projetos e conceitos inovadores em retalho aeroportuário, que melhor correspondem às necessidades dos passageiros. Temos de assegurar variedade, novidade e diferenciação. É essencial termos um bom tenant-mix, diversidade de oferta, e continuarmos a postar no conceito de retailtainemet, utilização do espaço de retalho e do próprio aeroporto como palco de atividades de entretenimento que envolvam sensações agradáveis de conforto e de bem-estar. Fazemos muitas entrevistas aos passageiros. Há uma panóplia de perguntas como “quais são as marcas que desejam?”, “o que procuram?”; tentamos perceber quais são as marcas e produtos de que precisam. Temos de pensar da seguinte forma “não é o que nós gostamos; é o que os passageiros gostam”. E, por isso, é que tentamos ter ofertas diferenciadas em cada aeroporto, cujo perfil de passageiro e consumo varia muito significativamente. Os aeroportos vivem também em mercados concorrenciais, pelo que é importante assegurar competitividade nesta componente do negócio
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Retalho
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da frente das tendências dos diversos setores. O fator tempo é um dos nossos maiores concorrentes, associado a toda a ansiedade inerente aos necessários procedimentos de embarque, assumindo-se o “impulso” como fator determinante para a compra.
Os novos espaços comerciais do Aeroporto de Lisboa
Store | Que tendências dominam atualmente o travel retail e que evolução podemos esperar? CG | As principais tendências de retalho, de forma generalizada, assentam essencialmente em quatro fatores principais. Primeiro, a necessidade de uma nova conveniência, assentando num aumento da oferta através da expansão de gama de produto, da conectividade e de um ambiente multicanal e de um conceito de experiência total, conveniente e emocionante. Segundo, a diferenciação, através de uma aposta numa identidade única, num design próprio, interativo e tecnológico. Terceiro, a responsabilidade social, assente no fator eco-friendly, de arquitetura sustentável e de eficiência energética. E, finalmente, o focus no sentimento de well-being, cada vez mais patente pela procura crescente por serviços e atividades que permitem um incremento na qualidade de vida e no cuidado com o corpo e espírito e na procura de experiências mais agradáveis. aeroportuário. A qualidade do aeroporto na dupla vertente operacional e comercial é essencial para assegurar uma diferenciação positiva, que leve o passageiro a, por mero exemplo, preferir efetuar o seu voo de transferência em Lisboa e não em Madrid ou Paris. Store | Que distingue o consumidor do travel retail do consumidor comum? CG | Os negócios localizados em infraestruturas de transportes, como os aeroportos, têm motores de crescimento diferentes de um centro comercial. Os aeroportos são estruturas em constante crescimento, onde o perfil de clientes e passageiros se alteram constantemente (novas rotas/ novas companhias áreas). E é por isso fundamental que os negócios comerciais estejam sempre na linha
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“Em todo este processo de seleção de marcas, associado à expansão da área comercial, foi nossa intenção posicionar o aeroporto enquanto local de referência, com oferta premium e exclusiva, diversificada, capaz de fazer os passageiros virem mais cedo para o aeroporto e, por essa via, dinamizar o consumo”
Store | Depois desta nova área, que novos planos possui a ANA em matéria de retalho? Ainda é possível crescer? CG | O crescimento da oferta comercial está sempre associado ao crescimento dos passageiros. Paralelamente, os planos passam sempre por continuamente procurar adequar e otimizar a oferta ao perfil de passageiros respetivo. Store | Qual a estratégia para os demais aeroportos geridos pela ANA? CG | A estratégia passa sempre por uma adequação permanente ao perfil e ao número de passageiros, aos destinos e nacionalidades que passam pelos nossos aeroportos. No Aeroporto de Faro, também temos um grande projeto de ampliação para 2016, que envolve desde novas acessibilidades ao desenvolvimento da área comercial. STORE MAGAZINE
Livening up your day
ESTILO & BOM GOSTO AS NOVAS LOJAS DA PRAÇA CENTRAL DO AEROPORTO DE LISBOA
Açores
NATUREZA EM ESTADO PURO AZORES PRISTINE NATURE
STYLE&TASTE THE NEW STORES AT LISBON AIRPORT’S CENTRAL PLAZA
HEAVEN ON EARTH TIAGO “SACA” PIRES NA CRISTA DA ONDA Riding the crest of the wave
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Marketing
O sector da distribuição tem sido um dos mais ativos na utilização do cobranding para promover as suas insígnias. Eis três exemplos bem sucedidos desenvolvidos pelo Continente, Pingo Doce e Fnac e que envolvem marcas conhecidas do grande público, desde os combustíveis ao jornal Expresso.
Partilhar uma marca
Descontos diretos e imediatos ou acumulação em cartão. Estas são algumas das estratégias desenvolvidas pelas empresas de distribuição na área do cobranding, uma das ferramentas de marketing mais usadas pelas empresas para ganharem mercado e relevância. O cobranding implica a “partilha” de uma marca, uma associação entre duas empresas que veem vantagens em apresentarem-se desta forma em segmentos de mercado onde seria difícil ganharem “músculo” sozinhas. Um dos casos com mais sucesso é a associação entre a Galp e o Continente, que reforçaram a sua parceria, lançando uma nova mecânica que permite aos clientes de ambas as empresas abastecer os seus automóveis com descontos de 10 cêntimos por litro em Cartão Continente. Este cartão representa cerca de 90 por cento das vendas da marca e desde o lançamento, em 2007, os clientes já acumularam descontos no valor de mais de 1.200 milhões de euros. Em março, o Pingo Doce estreou-se nos cartões de desconto através de uma associação com a BP. O cartão está disponível nas lojas Pingo Doce e permite aos consumidores de ambas as marcas 34 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
economizar nas despesas de combustíveis, de uma forma sistemática e planeada. O “Poupa Mais” dá dois euros de descontos em combustível por cada 30 euros de compras nos supermercados. Outra das experiências desenvolvidas em Portugal este ano foi a associação entre a Fnac e o Expresso. Tratou-se de uma promoção para os leitores do jornal que fossem aderente do cartão Fnac. Um cartão adquirido numa das edições do jornal dava direito a descontos em 120 produtos. Esse desconto era convertido em pontos no cartão Fnac. Em Portugal, as primeiras experiências de cobranding foram feitas pelas marcas de grande consumo e pelas instituições financeiras.
FNAC E EXPRESSO
Descontos em livros, cd e dvd A Fnac e o Expresso associaram-se para dar descontos em livros, cd e dvd. Tratava-se de uma promoção para leitores do semanário que fossem aderentes do Cartão. O jornal oferecia aos seus leitores um cartão que valia 40 por cento de desconto numa seleção de 120 produtos. O desconto era convertido em pontos no Cartão. Os produtos foram selecionados pelo Expresso, fazendo parte das listas publicadas no caderno atual: são 40 livros, 40 CD e 40 DVD.
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CONTINENTE E GALP
Uma parceria de sucesso Um exemplo de “como duas das maiores empresas nacionais se podem juntar para criar sinergias entre os seus negócios criando valor para o consumidor”. É assim que Continente e Galp definem a associação que têm através do Cartão Continente e que ganhou um novo élan este ano. O reforço da parceria entre as duas marcas passou pelo lançamento de uma nova mecânica que permite aos clientes de ambas as empresas abastecer os seus automóveis com descontos de 10 cêntimos por litro em Cartão Continente. Em compras nas lojas Continente de valor igual ou superior a 30€, os clientes recebem um cupão de desconto que oferece 10 cêntimos de desconto por litro em Cartão Continente, num dos cerca de 700 postos Galp aderentes. Ao abastecerem, basta apresentarem o cupão juntamente com o Cartão Continente no momento do pagamento. Por cada litro abastecido o cliente acumulará 10 cêntimos no saldo do seu Cartão Continente. O saldo acumulado poderá ser utilizado a partir do dia seguinte, em compras em todas as lojas Continente, Well’s, Book It, Bom Bocado e Modalfa. Para as duas marcas “esta nova mecânica é, assim, mais atrativa, uma vez que permite
adquirir combustíveis da mais alta qualidade com um desconto muito competitivo na maior rede nacional de estações de serviço. É também mais conveniente, uma vez que o desconto é válido por um ano e pode ser utilizado em compras de qualquer valor numa das lojas do programa de Fidelização Continente. O novo mecanismo é ainda mais abrangente, uma vez que inclui a quase totalidade dos postos Galp em Portugal Continental, mais simples e mais familiar, sendo a mecânica de desconto em cartão já conhecida e utilizada pelos consumidores portugueses”. Com este reforço de parceria, o Cartão Continente assume-se, cada vez mais, como uma ferramenta de poupança extremamente relevante para as famílias portuguesas e que proporciona de forma abrangente (combustíveis, vestuário, espetáculos, desporto, viagens) uma rede de benefícios para o cliente.
Recorde-se que o Cartão Continente representa cerca de 90% das vendas da marca e que, desde o lançamento em 2007, os clientes já acumularam descontos no valor de mais de 1.200 milhões de euros. Por sua vez, a Galp Energia reforça a sua proposta de valor para as famílias portuguesas ao associar um desconto fortemente competitivo aquelas que já eram as principais vantagens reconhecidas pelo mercado: a maior e mais conveniente rede de postos e uma marca de confiança com combustíveis da mais elevada qualidade.
PINGO DOCE E BP
Quem tem cartão, Poupa Mais Em março, o Pingo Doce associou-se à BP para lançar o cartão Poupa Mais, tendo já sido atribuídos cerca de 2.000.000 de cartões. O cartão está disponível nas lojas Pingo Doce e permite aos consumidores de ambas as marcas economizar nas despesas de combustíveis, de uma forma sistemática e planeada. O “Poupa Mais” dá dois euros de descontos em combustível por cada 40 euros de compras nos supermercados “Mais rápido a poupar, mais simples de usar” é o claim do programa que dá nome ao cartão Poupa Mais. O montante acumulado no cartão poderá ser descontado de forma imediata em abastecimentos de toda a gama de combustíveis BP nos postos aderentes, com um limite máximo diário de 10€. “Este projeto resulta do esforço conjunto da BP Portugal e do Pingo Doce para o estabelecimen-
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to de uma parceria que permita dar resposta às necessidades de maior poupança das famílias portuguesas. Nesse sentido, foi fundamental o investimento numa estratégia baseada em parcerias diferenciadoras com marcas de elevada notoriedade.”, disse Anabela Silva, diretora de Marketing da BP Portugal. Sofia Lufinha, Directora de Marketing e Desenvolvimento de Negócio do Pingo Doce, explica que “No Pingo Doce, temos vindo a oferecer oportunidades de poupança imediata aos nossos clientes, nos mais diversos produtos e em especial nos bens essenciais. Esta parceria com a BP permite-nos alargar a oferta a outros bens de consumo que têm um peso significativo no orçamento familiar, como é o caso do combustível. Para além dos
descontos em combustível, alargámos as oportunidades de poupança e, desde Julho, temos vindo a oferecer promoções exclusivas nas lojas Pingo Doce para os clientes Poupa Mais.”
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Parceria
Comprar fora da Fnac e receber pontos para utilização dentro das lojas da marca é uma das principais inovações do cartão desenvolvido com a Mastercard e que combina a vertente fidelização com as facilidades de um cartão de crédito.
Mais vantagens Fnac O objetivo do cartão Fnac/Mastercard é recompensar o aderente por todas as suas compras (mesmo fora da Fnac) e, consequentemente, aumentar as vantagens do cartão que já existia. Foi também reformulada a área de parceiros de Cartão Fnac, contando agora com mais de 50 empresas associadas onde o Cartão Fnac permite descontos até 50 por cento. Paralelamente às novidades que este renovado cartão oferece, permanecem as vantagens relativas ao anterior cartão de cliente: 5 por cento de desconto em todas as compras, 10 por cento de desconto imediato na aquisição de livros, oferta de um 1€ por cada ingresso que seja adquirido na bilheteira
Fnac, 10% de desconto nos cafés situados nos fóruns culturais de todas as lojas e a possibilidade de se usufruir de campanhas promocionais exclusivas. O programa de fidelização da Fnac, o Cartão Fnac, existe desde o início da empresa em Portugal, em 1998. Foi criado com o objetivo de oferecer aos clientes (designados por aderentes), vantagens e descontos exclusivos na aquisição de produtos na Fnac. Destina-se a recompensar a fidelização dos clientes e também a promover um contacto de proximidade para que o aderente esteja sempre informado das melhores promoções, descontos e novos lançamentos de produto.
Desde 1998, o cartão sofreu alterações na entidade emissora, bem como nas vantagens. Em 2009, o programa de fidelização foi alterado para passar a atribuir sempre 5 por cento desconto em cartão em todos os produtos e, porque os livros sempre foram uma paixão da Fnac, 10 por cento desconto imediato em todos os livros. O cartão FNAC está intimamente ligado à marca e constitui uma poderosa ferramenta de marketing, não apenas para fidelizar os clientes, mas também para perceber os seus gostos, comportamentos e expectativas e corresponder em termos de oferta de produtos, vantagens e serviços prestados.
PERGUNTAS & RESPOSTAS O que é o novo cartão de crédito Fnac? É um cartão de crédito MasterCard, de utilização universal, emitido e gerido pelo Cetelem, que lhe permite realizar as suas compras com maior comodidade na Fnac, optando pela modalidade de pagamento mais adequada em cada compra, e fora da Fnac, em revolving ou na modalidade fim do mês sem juros. Quais são as novas vantagens? Para além das vantagens do Programa de Fidelização o novo cartão de crédito Fnac traz-lhe ainda vantagens em compras efetuadas fora da Fnac: Compras a crédito (rede MasterCard): agora já pode utilizar o cartão de crédito Fnac para fazer compras em qualquer estabelecimento comercial que aceite pagamentos automáticos, em Portugal e no estrangeiro. Cashback: por cada compra que efetuar fora da Fnac recebe 1% do valor em pontos, no mês seguinte ao da realização das compras.
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Na fase de lançamento recebe 5 por cento do valor, durante 3 meses, a contar da data de adesão (exclusivamente para adesões realizadas até 30 de setembro de 2012). Valor máximo do cashback convertido em pontos: 160€ por ano. Validade dos pontos: um ano (para utilização exclusiva na Fnac). Existem alterações nas vantagens anteriormente existentes? Sim, terá mais vantagens. Passa a beneficiar de cashback em pontos, sobre as compras realizadas fora da Fnac, e a poder usufruir das novas parcerias estabelecidas pela Fnac, exclusivas para Aderentes Fnac com Programa de Fidelização ativo e em situação regular. Os descontos em compras na Fnac mantêm-se? Sim, continua a usufruir de 5% de desconto em cartão em todas as compras e 10% de desconto imediato em livros, sobre o preço do editor.
Existem campanhas exclusivas para Aderentes? Para além dos descontos Aderente permanentes, a Fnac realiza campanhas promocionais exclusivas para os seus Aderentes, Vendas Privadas e os especiais Dias Aderente Fnac que oferecem animação e atuações ao vivo, para além de descontos imediatos numa abrangente seleção de artigos. Fonte: FNAC
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INTERNATIONAL CREATIVE AWARDS
Mercado
O retalho alimentar cresceu ligeiramente no primeiro semestre do ano, mas ainda assim não foi suficiente para compensar a queda no não alimentar. Da relação entre estes dois movimentos opostos resulta um saldo negativo no volume de vendas no retalho de janeiro a junho, segundo o mais recente Barómetro de Vendas da APED. Mas a associação acredita que a recuperação começará no segundo semestre.
Mercado resiste, outlook é de quebra
O primeiro semestre do ano assistiu a uma queda de 1,5 por cento no volume de vendas do retalho, face ao período homólogo, passando de 8.721 milhões de euros para 8.591 milhões. Esta é a primeira conclusão que emerge do Barómetro de Vendas da APED – Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição. Neste olhar sobre o comportamento do sector, dois movimentos distintos emergem contudo: o do retalho alimentar e o do não alimentar. É que o retalho alimentar contrariou a tendência para a descida nas vendas, com uma subida de 2,1 por cento, passando, assim, dos 4.919 milhões de euros vendi38 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
dos no primeiro semestre de 2012 para os 5.020 milhões no mesmo período do ano em curso. Já o retalho não alimentar sofreu um decréscimo de 6,1 por cento no volume de vendas, que se situaram nos 3.571 milhões de euros, contra 3.802 milhões nos primeiros seis meses do ano passado. O desempenho positivo do retalho alimentar está diretamente relacionado, segundo a APED, com a forte política de promoções e oferta de propostas de valor – só assim tem sido possível travar quedas e registar mesmo um ligeiro crescimento. Quanto ao retalho não alimentar, o volume de vendas ressentiu-se do atual contexto macroeconómico
O retalho alimentar contrariou a tendência para a descida nas vendas, com uma subida de 2,1 por cento, passando, assim, dos 4.919 milhões de euros vendidos no primeiro semestre de 2012 para os 5.020 milhões no mesmo período do ano em curso.
recessivo e da consequente quebra no rendimento das famílias. No mercado alimentar, os hipermercados foram o canal de distribuição que registou evolução positiva em quota de mercado (0,9 por cento), tendo os supermercados registado uma ligeira quebra (de 0,1 por cento) e dos discounters uma queda ligeiramente maior (de 1,1 por cento). A maior quota de mercado continua, no entanto, a pertencer aos supers (45,8 por cento), seguidos dos hipers (24,1 por cento). Numa análise ao comportamento das diversas categorias de produto do retalho alimentar, é de assinalar que quase todas cresceram – à exceção dos lacticínios, que não STORE MAGAZINE
sofreram alteração. Os produtos de mercearia registaram um crescimento ligeiramente superior aos demais, na ordem dos 1,3 por cento. Neste semestre, a relação de forças entre as marcas da distribuição e as de fabricante manteve-se face ao período homólogo, com estas últimas a deterem a maior quota de mercado (64,2 por cento) e a apresentarem um crescimento de 1,4 por cento em relação às primeiras. No que toca ao retalho não alimentar, nem todos os segmentos registaram o mesmo comportamento negativo. Para a queda global foi de 6,1 por cento contribuíram sobretudo os produtos de entretenimento e papelaria (com uma descida de 11,9 por cento no volume de vendas) e o vestuário (com menos 11m3 por cento). No entretenimento, a queda foi comum a livros, filmes e software. Os combustíveis conheceram uma queda de 3,9 por cento. Já os bens de equipamento viram o volume de vendas cair 5,5 por cento. E aqui a maior queda pertenceu à eletrónica de consumo (menos 37,7 por cento). Mas houve outras categorias de produto com um comportamento completamente em contraciclo: é o caso das telecomunicações, que venderam mais 28,9 por cento do que no primeiro semestre de 2012. E aqui os smartphones foram os que mais venderam – 73,9 por cento face ao primeiro semestre do ano passado. Os acessórios e os tablets cresceram 22,1 por cento. Já os telemóveis estão em queda – venderam-se menos 40,3 por cento (em volume). As categorias de informática e pequenos eletrodomésticos também cresceram mas menos – 6,4 por cento e 2,3 por cento, respetivamente. O segundo semestre deverá confirmar a tendência de descida no volume de vendas do retalho, já que todas as projeções apontam para que a queda no consumo se mantenha. A APED estima que o retalho não alimentar continue a enfrentar dificuldades, enquanto o alimentar demonstrará, como até agora, a sua resiliência. E que a tendência de queda global será menor do que no primeiro semestre, com uma expectativa de início de recuperação. STORE MAGAZINE
Fonte: AC Nielsen; GfK e Kantar
Fonte: AC Nielsen e Kantar
O retalho não alimentar sofreu um decréscimo de 6,1 por cento no volume de vendas, que se situaram nos 3.571 milhões de euros, contra 3.802 milhões nos primeiros seis meses do ano passado. Houve categorias de produto com um comportamento completamente em contraciclo: é o caso das telecomunicações, que venderam mais 28,9 por cento do que no primeiro semestre de 2012 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013 39
Marca
A atuar há mais de 70 anos no mercado nacional, a Renova é hoje uma marca madura com uma posição consolidada não só a nível nacional como internacional. A aposta na inovação tem sido a principal bandeira e na perspetiva de Luís Saramago, diretor de Marketing, o principal motivo do sucesso.
Inovação escreve-se Renova
Algures entre o meio da serra de Aire e o rio Almonda nasceu, em 1939 a Renova. Hoje, com mais de 70 anos de atividade a marca continua a “dar cartas” e a lançar novos produtos para surpreender os consumidores. Inicialmente, a atividade da Renova centrava-se na produção de papel de escrita e de embalagem. A partir do final dos anos 50, a marca começou a especializar-se no fabrico de transformação de papel tissue. O negócio começava a crescer e com esta mudança a Renova tornou-se pioneira na produção de produtos descartáveis de papel para uso doméstico e profissional em Portugal. Posição que mantém atualmente no mercado nacional. Na perspetiva da Luís Saramago, diretor de Marketing, o segredo 40 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
tem consistido em “apostar em soluções inovadores para responder às expectativas e necessidades quotidianas dos cidadãos”. Nesse sentido, a estratégia da marca tem consistido na valorização da investigação tecnológica, na procura da “excelência” e em arriscar em conceitos originais, que possam ter a capacidade de surpreender os consumidores. A constante “cultura de inovação” da organização Renova tem sido, na opinião do diretor da Marketing da marca, o principal fator de crescimento. Uma estratégia que se tem traduzido no constante lançamento de novos produtos e conceito, permitindo a projeção da marca a nível internacional. A Renova está presente em cinco continentes, em cerca de 60 paí-
ses, e mais de metade da faturação provem dos mercados externos. “Pretendemos que a Renova seja cada vez mais um produto quotidiano, numa oferta exclusiva e diferenciadora, disponível em todo o mundo”, refere Luís Saramago. Depois de conseguir internacionalizar a sua presença, a estratégia da marca passa agora pelo reforço global dessa presença, procurando consolidar os resultados nos mercados em que opera. “Para isso, terá de firmar a sua estratégia diferenciadora, de modo a conseguir nas sociedades atuais, com mudanças em constante aceleração, continuar a responder às expectativas dos cidadãos com propostas de valor que os convertam em seguidores da marca”, acrescenta.
A recente entrada da marca em insígnias de distribuição do mercado canadiano como a Walmart, a Loblaws ou a Metro demostra a aposta na estratégia internacional. “First mover brand”. Este é, na opinião de Luís Saramago, o melhor conceito para definir a entidade da Renova. Como explica o responsável, a Renova é uma marca capaz de “antecipar e definir tendências”, com uma estratégia que assenta na constante inovação dos produtos. É essa “vocação para a inovação” a principal característica que distingue esta marca das restantes, afirma. E é isso que tem permitido à Renova continuar a apresentar novas soluções para as necessidades dos clientes. Ainda assim, a Renova não descura a imagem e a comunicação. Nesse STORE MAGAZINE
sentido, tem desenvolvido campanhas irreverentes com o objetivo final de comunicar e interagir com o seu público-alvo, “afastando-se dos cânones do sector”, sempre consciente do seu objetivo. Além de ser uma marca que aposta na inovação, a Renova também não fica indiferente à moda e às principais tendências. Nesse sentido, tem apostado na participação em eventos onde a estética e o design desempenham um papel relevante. Um exemplo é a associação à Moda Lisboa. Artistas, designers e fotógrafos têm sido os parceiros da Renova em vários trabalhos artísticos, os quais foram desenvolvidos com o intuito de comunicar globalmente os valores e a identidade da marca.
A Renova está presente em cinco continentes, em cerca de 60 países, e mais de metade da faturação provem dos mercados externos. “Pretendemos que a Renova seja cada vez mais um produto quotidiano, numa oferta exclusiva e diferenciadora, disponível em todo o mundo”, refere Luís Saramago.
Uma marca amiga do ambiente A Renova demostrou desde cedo a vontade de ter uma posição “amiga do ambiente”, mas decidiu não se ficar somente pelas intenções e materializar esse desejo. Nesse sentido colocou “mãos à obra”. Traçou uma estratégia com três eixos: otimização da utilização dos recursos naturais e da energia, promoção de inovações tecnológicas e aplicações com reduzido impacto na natureza e desenvolvimento da consciência ambiental dos seus colaborados. No âmbito da política de proteção do ambiente global, a marca conseguiu ainda certificar o seu próprio sistema de gestão ambiental segundo a norma ISSO 14001. A Renova foi assim a primeira empresa do sector a conseguir certificar gamas de produtos com Rótulo Ecológico da União Europeia. A marca produz papel higiénico, rolos de cozinha, guardanapos e lenços de bolso a partir de papel reciclado, com matérias-primas fabricadas a uma distância não superior a 400 quilómetros dos centros de produção da marca, com baixos consumos energéticos e reduzidas emissões gasosas. STORE MAGAZINE
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Consumo
O Green Project Awards (GP) quer, a partir de 2014, nomear os candidatos nacionais aos prémios europeus de ambiente, os European Business Awards for the Environment, e para isso iniciou um processo de fusão com o EBAEpis – Prémio de Inovação para a Sustentabilidade.
GPA nomeia candidatos de Portugal a prémio europeu
Neste período de transição os projetos que se candidataram ao GPA Portugal 2013 poderão já ter condições de elegibilidade ao EBAEpis 2013. Este prémio – instituído pela Agência Portuguesa do Ambiente em colaboração com a Direção Geral das Atividades Económicas, o BCSD Portugal e a GCI – tem sido o responsável pela fase de seleção dos candidatos portugueses aos European Business Awards for the Environment. Com efeito, após a fase de verificação das candidaturas à edição deste ano do Green Project Awards, os 42 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
candidatos com projetos validados pela KPMG serão contatados a fim de comunicarem à organização o seu eventual interesse em participar também no EBAEpis. Por sua vez, as empresas portuguesas galardoadas com este prémio na edição 2013 configurarão a candidatura nacional aos EBAE 2014. Os EBAE são uma iniciativa da Comissão Europeia que pretende reconhecer e promover empresas e organizações que dão um contributo relevante para o Desenvolvimento Sustentável. Instituídos em 1987, os European
Os EBAE são uma iniciativa da Comissão Europeia que pretende reconhecer e promover empresas e organizações que dão um contributo relevante para o Desenvolvimento Sustentável
Business Awards for the Environment são atribuídos de dois em dois anos e reconhecem as políticas, práticas, processos e produtos de todos os setores de atividade, tanto na União Europeia como nos países candidatos à integração na UE, que se distingam pelo seu desempenho e/ou práticas inovadoras no domínio do desenvolvimento sustentável, conseguindo conciliar
o sucesso económico e a proteção do ambiente. O GPA é uma iniciativa da Consultora de Comunicação GCI organizada em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente e a Quercus. Lançado em 2008, teve em 2012 uma das melhores edições de sempre com 200 candidaturas de entre sete categorias com foco para a inovação e empreendedorismo, recursos naturais, agricultura, mar e turismo. O reconhecimento da importância do papel do GPA para a sociedade portuguesa granjeou o Alto Patrocínio da Presidência da Republica. No final de 2011, o GPA chegou ao Brasil numa co-organização com o Instituto Nacional de Tecnologia e contando com o apoio institucional do Governo brasileiro. O GPA está também presente já em Cabo verde e até final do ano deverá ter início a primeira edição em Moçambique. Angola é o país que receberá de seguida esta iniciativa que conta com o apoio institucional da CPLP – Comunidade Países de Língua Portuguesa. STORE MAGAZINE
Estante
Tendências
dESTAQUES
Ganhar em Bolsa Fernando Braga de Matos
WALKING TO THE TOP Nuno Fontes Tudo o que precisa de saber para alcançar uma performance excecional para a sua organização. Nuno Fontes dá-lhe etapas para transformar o seu desejo de mudança em resultados extraordinários. Editora: TopBooks 15,99 €
“Os tempos, neste momento em que escrevo, são cinzentos não só meteorologicamente, mas até acontece que uma crise provoca um fantástico cocktail de menores taxas de juro, muita injeção de liquidez, ações mais baratas e imenso pessimismo. Isto é, oportunidades de investimento”. Editora: Dom Quixote 24,90 €
As lições dos Descobrimentos Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas
sugestão FNAC Um manual rápido, baseado em histórias da nossa História, para os empreendedores, os gestores, os quadros, os estudantes e todos aqueles que pretendam ter uma estratégia e um projeto profissional e inovador num contexto de crise. Aprender com a ‘Matriz’ de 10 Ingredientes do Sucesso da Expansão e evitar os 5 Erros Estratégicos que foram cometidos – são «As Lições dos Descobrimentos». Editora: Centro Atlântico 14,00 €
Social Target BOLSA INVESTIR NOS MERCADOS FINANCEIROS Miguel Gomes da Silva Editado em plena crise financeira, este livro é o mais abrangente e atualizado no mercado, incluindo capítulos, produtos e estratégias adequados à era do investimento online. Aborda os conceitos basilares dos mercados bolsistas e restantes mercados financeiros. Prefácio de Nicolau Santos. Editora: Bookout 17,90 €
Carolina Afonso e Letícia Borges As redes sociais vieram revolucionar o marketing e a gestão proporcionando às empresas um novo canal de interação com o seu público-alvo e também uma poderosa ferramenta de auscultação do mercado, dos stakeholders e em especial dos seus clientes em tempo real. No ponto de vista interno da empresa, uma estratégia de redes sociais permite a criação de sinergias e colaboração entre os vários departamentos existentes, desde marketing ao serviço de apoio a cliente e bem integrada torna-se numa importante ferramenta de melhoria da eficiência, redução de custos e, consequentemente, crescimento do negócio. Editora: TopBooks 15, 99 €
Levantar Voo O MONGE E O EXECUTIVO James C. Hunter Um famoso empresário que abandonou a sua brilhante carreira para se tornar monge num mosteiro beneditino é o personagem central desta história envolvente, criada por James C. Hunter para ensinar os princípios fundamentais seguidos pelos verdadeiros líderes. Editora: Marcador 15,00 € STORE MAGAZINE
Merrick Rosenberg e Daniel Silvert E se este livro fosse o manual de instruções para fazer da sua equipa de trabalho um verdadeiro caso de sucesso? Imagine que contém o código secreto que o fará prever como as pessoas se comportam num amplo conjunto de situações... E se este sistema ajudasse a resolver situações de conflito ou impasse, conseguindo mesmo transformar o seu local de trabalho ou a sua empresa num ambiente onde todos possam prosperar? Com base na sua ampla experiência de formadores de organizações a nível mundial, Merrick Rosenberg e Daniel Silvert apresentam-lhe, em “Levantar Voo!”, o método DISC. Editora: Editorial Presença 12,50 € Outubro/Novembro/Dezembro de 2013 43
Prémio
Nutrition Awards: vencedores são conhecidos em outubro Os vencedores da quarta edição do Nutrition Awards serão conhecidos no Dia Mundial da Alimentação, a 16 de outubro. Produto Inovação, Serviço Inovação, Investigação & Desenvolvimento, Iniciativa de Mobilização e Prémio Especial Comunicação são as categorias a que perto de uma centena de candidatos se inscreveram. A APED é parceira desta iniciativa.
Reconhecido pelo grande público e desde a primeira hora apadrinhado por um conjunto de entidades governamentais, o Nutrition Awards comprova como em Portugal existem sinais inequívocos de que se continua a crescer na inovação no domínio da Alimentação, Saúde e Bem-estar. Após o fecho do período de inscrições, a APCER – parceira do Nutrition Awards desde a primeira edição – voltou a analisar as candidaturas recebidas, validando se cumprem os requisitos estabelecidos pelo regulamento. Passada a fase de avaliação inicial feita pelo organismo certificador, e que serve para definir quais as candidaturas válidas para o concurso, segue-se o crivo de avaliação qualitativa do júri, que irá decidir quem são os vencedores. Recorde-se que o júri é presidido pela Associação 44 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
Portuguesa dos Nutricionistas e tem na sua composição entidades como: Direção-Geral das Atividades Económicas, Direção-Geral do Consumidor, Confederação dos Agricultores de Portugal, Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, PortugalFoods, Rede Inovar, IAPMEI, Fundação Calouste Gulbenkian. Um prémio com história Lançado em 2010, o Nutrition Awards tinha então como objetivo difundir projetos, produtos e serviços no campo da Nutrição, de acordo com cinco categorias: Saúde Pública, Nutrição Clínica, Inovação, Qualidade e Segurança Alimentar e Investigação em Ciências da Nutrição. Na edição seguinte a organização juntou duas novas categorias – Comunicação em Nutrição
Foram cerca de uma centena os projetos do setor agroalimentar que se candidataram à quarta edição do Nutrition Awards.
e Prémio Especial Jornalismo. Na terceira edição, a iniciativa evoluiu, aproximando-se da indústria agroalimentar, pretendendo contribuir para o desenvolvimento de produtos, serviços e iniciativas que marcam o empreendedorismo do setor agroalimentar português. O Nutrition Awards aproximou-se assim do programa “Portugal Sou
Eu” e da plataforma “Portugal Foods”. O número de candidaturas ultrapassou as oito dezenas, número largamente excedido este ano. “Este ano estabelecemos [Associação Portuguesa de Nutricionista, entidade coorganizadora da iniciativa, e GCI] objetivos mais ambiciosos”, diz José Manuel Costa, presidente e CEO da GCI. “Queremos que o Nutrition Awards possa alavancar o surgimento de novos produtos no setor agroalimentar português. Uma parte deste objetivo está concretizada, verificamos um aumento do número e da qualidade das candidaturas apresentadas na categoria Produto Inovação, resta agora aguardar por dia 16 de outubro para conhecer a decisão do júri.” A cerimónia de entrega do Nutrition Awards realiza-se na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. STORE MAGAZINE
Restaurante
Terraço com sabor oriental
Manuel Falcão diretor-geral da Nova Expressão
O conceito é especialmente indicado para as noites de verão: sushi com vista sobre a cidade e o rio. Isto é possível do alto de um prédio na Rua da Misericórdia, onde há uns anos funciona o Silk Club e que, há uns meses, acolheu o Sushi Fashion, que migrou da Rua Capelo. De um rés do chão com vista para o edifício do antigo Governo Civil, o Sushi Fashion saltou para um dos terraços com melhor vista de Lisboa. Fica na Rua da Misericórdia 14, 6º andar, no edifício do Espaço Chiado, do lado direito de quem sobe do Largo de Camões. A reserva é aconselhada. Durante uns anos o Sushi Fashion Chiado fez fama no seu local de origem, na Rua Capelo. Pratica o cha-
SUSHI FASHION AT SILK CLUB
Rua da Misericórdia, No. 14 - 6º, Edifício Espaço Chiado, Telefone 917 961 934 www.sushifashion.pt www.silk-club.com Horário: Terça e Quarta-feira das 19.00h à 01.00h; Quinta-feira a Sábado das 19.00h às 04.00h a porta fecha às 02.30h
mado sushi de fusão, com notória influência brasileira. É um género que se popularizou em Portugal e, se arrepia os puristas, conseguiu alargar a base de consumidores. Em abono da verdade se diga que o Sushi Fashion é um bom praticante do género, com atenção à apresentação dos pratos e, sobretudo, à qualidade da matéria prima - o peixe - o que, no caso do sushi, é algo de absolutamente essencial. O menu proporciona entradas frias e quentes e, nestas, destaco as vieiras com molho de lima sobre cama de espinafres. Nas frias o destaque vai para o carapau picado com gengibre, molho de soja, óleo de sésamo e cebolinho e também para o pregado laminado com molho e citrinos. Há uma extensa oferta de temakis (os cones de algas), de sashimi (as fatias de peixe cru), uramaks (rolo invertido), hot rolls (rolos em tempura), combinados de suhsi e sashimi, nigiris (arroz com peixe no topo), hosomakis (rolo fino de sushi) e gunkans (arroz envolvido em peixe).
Se quer experimentar o que a casa tem de melhor para oferecer, o combinado silk experience proporciona-lhe os melhores cortes, em quantidade apreciável, para duas pessoas, por 100 euros. O combinado especial do chefe tem menos variedades de peixe mas proporciona uma boa experiência de sushi e sashimi e também de hot rolls, e fica por 50 euros para duas pessoas. Nas sobremesas recomendam-se os gelados, nomeadamente os de chá verde, de sésamo e o de gengibre. A garrafeira não é ambiciosa, mas tem suficiente variedade e diversidade de preços. O bar proporciona uma carta de cocktails que tem sucesso e o serviço é atento e simpático. O ambiente é animado, bastante trendy, muitos grupos de amigos, alguns casais, nalguns dias da semana DJ. As mesas são baixas, a recordar que na origem tudo isto era bar e discoteca. Há uma zona interior, uma sala vidrada, mas nestas noites estivais o terraço é uma tentação e a vista de que se desfruta, e que vai da encosta do Castelo até ao rio, numa perspetiva alargada, é claramente das melhores que se pode ter na cidade. Muito bom local para levar um convidado que queira descontrair, sobretudo numa noite de quinta ou sexta-feira - e já se sabe que acabado o jantar o espaço é ideal para uma noite divertida e com frequência animada.
BANDA SONORA
Senhoras Remisturadas Já que falámos do Silk Club, a música que hoje propomos deverá fazer parte dos discos que pode ter em casa se quiser juntar uns amigos e se quiser dar a ideia que tem por lá um DJ invisível. A série a que este disco pertence, a Verve Remixed, parte do catálogo da Verve, um dos mais importantes no jazz, carregado de grandes clássicos dos anos 50 e 60 e sujeita-o a um tratamento de remisturas e intervenções de DJ de diversos estilos. Com dois ou três discos da coleção a rodar alternadamente tem sucesso garantido. O novo disco, “Verve Remixed - The First Ladies”, agarra em temas históricos do catálogo da Verve, de nomes como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Nina Simone, Dinah Washington ou Astrud Gilberto e dá-lhes um tratamento remix por cima. Como no caso do sushi de fusão, os puristas do jazz não gostarão do
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tratamento que aqui foi dado a clássicos - até porque o tratamento das remisturas é aqui mais radical que em edições anteriores desta coleção. Mas se a ideia é animar uma garden party em qualquer varanda urbana ou num refúgio campestre, esta é uma boa hipótese de banda sonora. Aqui há pouca ligação com o passado e, mais, um exercício do prazer imediato. Música ideal para servir com cocktails. (Verve Remixed, the First Ladies, CD Universal, FNAC)
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Montra
Ouro em dois tons Os novos modelos da linha Dancier, da Piaget, apresentam-se em dois tons de ouro – branco e rosa. São relógios ultraplanos, com um desenho sóbrio: um bisel forma um círculo perfeito adornado com galões duplos, o fundo é de cristal de safira ligeiramente arqueado, os elos intermédios têm o formato de pesos, um bracelete todo em ouro perfeitamente integrado com a caixa.
Belle en corset O perfume Classique, de Jean-Paul Gaultier, celebrou 20 anos com uma edição especial: o estilista concebeu um frasco inédito, reinventando as curvas do espartilho que são a imagem de marca e transformando-o num vestido de alta-costura. A sensualidade do busto, essa, manteve-se, numa tonalidade rosa carnosa. “Belle en Corset” é assinatura deste clássico renovado.
Clássico e vanguardista Conjugar as linhas clássicas com as tendências mais vanguardistas foi o que fez a Jetclass com a consola Spacium. A talha é evidenciada nas pernas, encimadas por elementos retilíneos e mais depurados, num verde-esmeralda muito atual. A Spacium apresenta-se como um objeto de cobiça para os verdadeiros apreciadores de sofisticação.
Duo à prova de água Um cronógrafo desportivo e um telemóvel de elevado rendimento à prova de água formam uma dupla desportiva preparada para as exigências do verão e adaptada a quaisquer circunstâncias aquáticas: juntos, o TAG Heuer Aquaracer 500M Calibre 16 Chronograph e o smartphone TAG Heuer Racer Sub Nano constituem um duo editado em tiragem limitada a 10 estojos denominados AquaDuo e que é exclusivo para o mercado português, numa combinação idealizada pela Torres Distribuição.
Pele de cortiça Uma capa de tablet em vermelho cereja? E em pele de cortiça? A Pelcor propõe uma associação entre material e cor para dar vida nova a um gadget que já faz parte do dia a dia de cada vez mais pessoas. Em Portugal e no estrangeiro, porque este iPad case está agora à venda no MoMa de Nova Iorque e Tóquio, que assim reconhece o design e a inovação da marca portuguesa. 46 Outubro/Novembro/Dezembro de 2013
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Venha conhecer quem faz da inovação o ingrediente principal.
www.nutritionawards.pt
CERIMÓNIA DE ENTREGA DE PRÉMIOS NUTRITION AWARDS 2013 Dia Mundial da Alimentação – 16 de Outubro Na Fundação Calouste Gulbenkian
Vamos premiar a inovação no setor agroalimentar.
Produto Inovação • Serviço Inovação • Investigação & Desenvolvimento • Iniciativa de Mobilização • Prémio Especial Jornalismo Para mais informações: T 213 583 026 | toliveira@nutritionawards.pt
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venha aplaudir o que de melhor se faz em portugal pela sustentabilidade. Dia 24 de Setembro - Manhã
Grande Auditório da Culturgest (Edifício Sede da Caixa Geral de Depósitos) Cerimónia de Entrega de Prémios GREEN PROJECT AWARDS PORTUGAL 2013 Entrada gratuita. Confirme a sua presença até 17 de Setembro. T. 213 583 026 | geral@greenprojectawards.com
www.greenprojectawards.pt