Brazilian Vibe N.7 - Spring 2013

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Vancouver FREE GRÁTIS

Tourism / Turismo

English | Português • Spring | primavera 2013 • Vol. 3 • No. 7 • Year | Ano 2

THE NATURAL WONDERS OF SERRA DO CIPÓ AS BELEZAS NATURAIS DA SERRA DO CIPÓ

THEY DITCHED THE TROPICAL WEATHER FOR A NEW LIFE IN THE CANADIAN NORTH ELES ABRIRAM MÃO DO CLIMA TROPICAL POR UMA NOVA VIDA NO NORTE DO CANADÁ



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inside

NUMBER NÚMERO SPRING/PRIMAVERA 2013

índice 4

LETTER FROM THE PUBLISHERS CARTA DOS EDITORES

6

PROFILE PERFIL

Cover illustration / ilustração da capa: Dimitri Kozma

I feel welcomed by the community.

Christiane Carvalho Hedlund showcases her artistic cake creations Christiane Carvalho Hedlund demonstra seus bolos artísticos

Aline Gonçalves, talking about her new hometown, Whitehorse SPECIAL: BRAZILIANS IN THE NORTH p. 22

18 CULTURE CULTURA

12 STUDY ESTUDOS

Three Carnaval parties try to bring a little bit of Brazilian bliss to raincity Três festas de carnaval tentam trazer o gingado brasileiro à cidade da chuva

International students search for the accomodation that best fits their lifestyle and budget Alunos estrangeiros buscam a melhor opção de estadia para o seu estilo de vida e que caiba no seu bolso TOURISM: SERRA DO CIPÓ p. 16

PHOTOS/FOTOS: TOP/TOPO: THIAGO SILVA, CENTRE/CENTRO: VÍTOR BORBA, BOTTOM/EMBAIXO: LUCAS SOCIO

16 TOURISM TURISMO

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SPECIAL ESPECIAL While most immigrants choose the southern provinces, these Brazilians looked north driven by opportunity and love

Discover the natural beauty off the beaten track in Minas Gerais, where waterfalls and regional cuisine meet at Serra do Cipó

A maioria dos imigrantes escolhe as províncias do sul, mas esses brasileiros foram ao norte do Canadá em busca de oportunidades e amor

Descubra as belezas naturais desse destino alternativo em Minas, onde cachoeiras e culinária regional se encontram na Serra do Cipó

28

LAST WORDS SAIDEIRA Soccer season is here! Está aberta a temporada de futebol!

PROFILE: CHRISTIANE HEDLUND p. 6

Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013

3


Greg Ehlers

letter from the publishers carta dos editores

THIAGO SILVA & LUCAS SOCIO

ENGLISH

PORTUGUÊS

With the arrival of spring comes a great time to celebrate the warmer weather ahead of us, so why not celebrate the season with a wellcrafted cake? In this issue we profile Brazilian cake artist Christiane Carvalho Hedlund, who turns a simple cake into a work of art. Hedlund talks to us about the process of making a cake come alive in many different shapes and forms. She had to learn a lot before becoming the successful baker she is today, from working as a baker’s assistant at a bakery, to learning what and where to buy the tools she needed to make the cakes look like real shoes, bags, and many other creative shapes. In our study section we analyze the pros and cons of the many lodging options available to international students in Vancouver to help you make the best decision. We talked to three Brazilian students who chose three different options and get their perspectives on the different experiences. If Brazil is your destination this season, check out the article on Serra do Cipó, a wonder of nature close to Belo Horizonte, one of Brazil’s largest cities. This nature destination can be a breath of fresh air to a business trip to Belo Horizonte, or just and opportunity to unwind on a weekend during a busy trip. The world’s largest party, Carnaval, was celebrated in February in Brazil and three local parties tried to replicate the spirit of this famous Brazilian street festival right here in Vancouver. We took on the task of attending these three parties and bring you photos and highlights. When choosing where to settle in Canada, most immigrants look to established provinces such as Ontario and British Columbia, but we wanted to see if any Brazilians had ventured into the more remote northern locations: the Yukon and Northwest Territories. We traveled to the Great White North to bring you our special feature about Brazilians who chose to settle amidst the Boreal forest. These four Brazilians shared their experience with us and showed that there are many obstacles to settling in the Canadian North besides the harsh winter climate. Our last words are about the incoming 2013 MLS season and what you can expect from the Brazilian players with the Whitecaps. Smell the roses and feel the Vibe!

Com a chegada da primavera, é hora de celebrar o clima mais quente da estação, e por que não celebrar com uma fatia de bolo? Nesta edição, nosso perfil é sobre a brasileira Christiane Carvalho Hedlund, que transforma bolos tradicionais em verdadeiras obras de arte. Ela nos contou como é o processo de transformação de um simples bolo numa obra de arte de várias formas e tamanhos. Ela teve de aprender muitas coisas antes de se tornar uma boleira de sucesso, desde trabalhar como assistente de padeiro até saber o que e onde comprar os utensílios necessários para transformar bolos em tênis, bolsas e muitos outros formatos. Na seção de estudos, analisamos os prós e os contras das várias opções de acomodação disponíveis para alunos estrangeiros em Vancouver, a fim de poder ajudá-los a escolher a melhor alternativa para o seu estilo de vida. Conversamos com três brasileiros que fizeram três diferentes escolhas e trazemos suas perspectivas sobre suas experiências. Se o Brasil é seu destino nesta estação, não perca nossa matéria sobre a Serra do Cipó, uma maravilha da natureza próxima a Belo Horizonte, uma das maiores cidades brasileiras. Esse pode ser um bom destino para uma folga numa viagem de negócios à capital mineira, ou simplesmente uma oportunidade para relaxar num fim de semana. A maior festa do mundo, o Carnaval, foi celebrada em fevereiro no Brasil, e três festas em Vancouver tentaram trazer o espírito carnavalesco para Vancouver. Nós fomos às três festas e trazemos os destaques. Quando escolhe onde morar no Canadá, a maioria dos imigrantes prefere províncias como Ontário e Colúmbia Britânica, mas queríamos descobrir se algum brasileiro tinha se aventurado nas regiões mais remotas, como o Yukon e os Territórios do Noroeste. Fomos ao norte do Canadá para trazer-lhes uma matéria sobre os brasileiros que escolheram se mudar para a floresta boreal. Eles contaram suas experiências e mostraram que, além do clima, há vários obstáculos a serem derrubados para se adaptar ao norte. Na saideira, trazemos as informações sobre a temporada 2013 da MLS e o que esperar dos brasileiros do Whitecaps. A primavera chegou, sinta a Vibe!

THIAGO SILVA & LUCAS SOCIO Publishers Editores Gerais 4

Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013


www.brazilianvibe.ca facebook: brVIBEmag twitter: @brVIBEmag PUBLISHERS EDITORES GERAIS Thiago Silva thiago@brazilianvibe.ca Lucas Socio lucas@brazilianvibe.ca EDITOR-IN-CHIEF REDATOR-CHEFE Thiago Silva PHOTO EDITOR EDITOR DE FOTOGRAFIA Lucas Socio CONTRIBUTORS COLABORADORES Murilo Battisti Vítor Borba Danyelle Fuad COPY EDITORS REVISORES Maia Odegaard Edson de Oliveira WEBMASTER WEBMASTER Erico Nascimento GRAPHIC DESIGN DESENHO GRÁFICO Thiago Silva AD DESIGN DESENHO GRÁFICO DE ANÚNCIOS Larissa Albuquerque Courtney McNeil PUBLISHED BY S&S Media 349 W. Georgia St. PO Box 2807 Vancouver, BC V6B 3X2

Canada Brazilian Vibe magazine is published quarterly by S&S Media. All contents copyrighted. S&S Media does not assume responsibility for any claims made by its advertisers, or for any information dispensed. The articles and information printed are for information only and do not necessarily reflect the views from the publishers. Written permission from the publishers is required to reproduce, quote, reprint or copy any content in part or whole. To send feedback or for contribution guidelines please email info@brazilianvibe.ca. For advertising enquiries or to distribute Brazilian Vibe in your store contact info@brazilianvibe.ca or call Lucas Socio 778.772.6808. Brazilian Vibe is printed at Mitchell Press in Burnaby, BC, and a proud member of the Magazine Association of BC.

this issue’s contributors colaboradores desta edição LARISSA ALBUQUERQUE Albuquerque is a student at Simon Fraser University, completing a Joint Major in Communications and Interactive Arts & Technology. She has written for SFU’s The Peak and Vancouver’s 24 Hrs.

MURILO BATTISTI Battisti is a journalist and has worked for four years at CBN radio in Maringá, Brazil, as well in television, webjournalism and public relations. He has won several awards in Brazil for his journalistic work.

Albuquerque estuda Comunicação e Artes Interativas & Technologia na Universidade Simon Fraser (SFU). Ela já escreveu para o jornal The Peak (SFU) e para a edição de Vancouver do jornal 24 Hrs. Battisti é jornalista e trabalhou na Rádio CBN de Maringá (PR) por quatro anos. Também atuou em TV, webjornalismo e assessoria de imprensa. Como repórter no Brasil, já foi premiado nacionalmente.

VÍTOR BORBA Besides studying Communication and French at SFU, he is involved with the campus radio station CJSF, Vancouver Latin American Film Festival and the Community Arts Council of Vancouver.

Além de ser aluno de comunicação e francês na SFU, ele faz parte da rádio do campus CJSF, do Vancouver Latin American Film Festival e da Community Arts Council of Vancouver.

DANYELLE FUAD Fuad holds a degree in contemporary journalism. She has worked in TV (Globo, Record, Bancd and SBT), magazines, web portals and cultural journalism, in addition to being a researcher of journalism history in Bahia, Brazil.

Fuad é pós-graduada em jornalismo contemporâneo. Já atuou em TV (Globo, Record, Band e SBT), revista e com jornalismo on-line e cultural, além de ser pesquisadora de história da imprensa na Bahia.

DIMITRI KOZMA Kozma is an award-winning multimedia artist. His artwork includes animation, illustration, painting, short movies, games, photography, literature and Toy Art and has been featured in books, magazines and television.

THIAGO SILVA

Silva has over 10 years of experience in communication and is an award-winning documentary filmmaker. He has worked for TVE Brasil, SBT, Disney Channel in Brazil, as well as cable TV channels in Canada.

Kozma é um premiado artista multimídia. Seus trabalhos incluem animação, ilustração, pintura, curtas-metragens, videogames, fotografia, literatura e toy art e já foram destaque em livros, revistas e televisão.

Silva tem mais de 10 anos de experiência em comunicação. Documentarista premiado internacionalmente, já atuou na TVE Brasil, no SBT e no Disney Channel no Brasil, além de canais de TV a cabo no Canadá.

LUCAS SOCIO Professional photographer since 2006, Socio has had articles and photographs published in major publications. He was the photo editor at SFU’s The Buzz and photojournalist at The Source newspaper.

Fotógrafo profissional desde 2006, Socio já publicou matérias e fotos em grandes veículos de comunicação. Foi editor de fotografia da revista The Buzz, da SFU, e fotojornalista do jornal The Source.

Brazilian Vibe magazine acknowledges the support received from: Copyright ©2012 S&S Media. All rights reserved ISSN 2291-0603 (Print) - ISSN 2291-0611 (Online)

Reconhecemos o apoio de: Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013

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LUCAS SOCIO/BRAZILIAN VIBE

PROFILE PROFILE PERFIL PERFIL

Christiane Carvalho Hedlund, owner Berliosca Cake Boutique 6

Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013


It was no piece of cake LUCAS SOCIO

ENGLISH

I

PORTUGUÊS

S

f you could have a fresh start at the age of 30, would you change anything in your professional career? Christiane Carvalho Hedlund, a Brazilian from São Paulo, was given the opportunity and decided to follow her dream of baking cakes for a living. Today, at the age of 37, she is the artist behind the renowned Berliosca Cake Boutique. In a mouth-watering chat, Hedlund shared her story: a young woman who once made cakes for fun and didn’t want to leave São Paulo and how she turned into the successful business woman she is today. Her cakes are known worldwide and surprise people with their meticulous details. Hedlund had to work hard to achieve a subconscious dream that laid dormant for nearly three decades.

e você pudesse começar do zero aos 30 anos de idade, você mudaria alguma coisa na sua carreira profissional? À paulistana Christiane Carvalho Hedlund foi dada essa oportunidade, e ela decidiu seguir seu sonho de fazer bolos. Hoje com 37 anos, ela é a artista por trás da renomada Berliosca Cake Boutique. Em um bate-papo de dar água na boca, Hedlund compartilha a trajetória de uma menina que fazia doces por diversão e que não queria morar fora de São Paulo até a bemsucedida profissional que é hoje. Seus bolos são conhecidos pelo mundo afora e impressionam pelos detalhes meticulosos. Hedlund teve de batalhar muito para estabelecer seu próprio negócio e realizar o sonho que por 30 anos estava adormecido no seu subconsciente.

Brazilian Vibe – How was your life in Brazil? Did you always make cakes? Christiane Carvalho Hedlund – I have an undergraduate and a graduate degree in marketing and events. I never worked as a baker in Brazil. I used to make cakes for friends and family. I have always liked deserts, but it had to be a pretty desert. I didn’t want a simple flan, it had to be an embellished flan.

Brazilian Vibe – Como era sua vida no Brasil, você sempre trabalhou com bolos? Christiane Carvalho Hedlund – Eu sou formada e pós-graduada em marketing e eventos. Nunca trabalhei como boleira no Brasil. Fazia bolo por diversão para amigos e família. Eu gostava de sobremesa, mas tinha que ser uma sobremesa bonita. Eu não queria só pudim, tinha que ser um pudim com enfeites.

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PERSONAL FILE ARQUIVO PESSOAL

ENGLISH

I started making cakes for family and friends and I also gave away a lot of cakes as presents.

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Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013

BV – Why did you decide to give up your career and start a cake business? CCH – I first came to Canada in 2004 to study English and that’s when I met my ex-husband. He is Canadian, but we got married in Brazil and lived there for a while. When we decided to move to Canada I was given the opportunity to start from scratch. It’s easy to know what you don’t like, but to find what you like is much more complicated. Everybody knows what they want to do, but often it’s in your subconscious. My mother showed me several books and videos of Ana Maria Braga that had everything to do with what I do today, but it was in my subconscious and I couldn’t remember. That’s when I realized that making cakes for a living was possible. BV – How was your adaptation to Canada? CCH – It was a shock when I first moved to Canada. None of my recipes would work. I couldn’t find ingredients and the flour was different. I thought, my god, I will never be able to bake a cake in this land.

I started making cakes for family and friends and I also gave away a lot of cakes as presents. They were small and simple. I didn’t have many friends here, only my exhusband’s family. After several frustrated attempts at making cakes, I decided to get a job at a pastry shop to learn how people make cakes here, learn local recipes and taste. At first it was a big shock, you know, for someone who used to work in an office in São Paulo it was a big change. BV – Where does the name Berliosca come from? CCH – Berliosca is not a word that can be easily pronounced. Neither is it a Brazilian name. I chose this name from a book I read when I was only nine years old at school. It is not a famous book, but it certainly had an impact in my life. One of the characters was Madame Berliosca, an old lady that smelled like vanilla. I have an image of her in my head. She was a chubby old lady and had a pastry shop that sold cake and pies. Somehow, because of this book, I thought I had to be an old lady to be a cake maker.


PORTUGUÊS

BV – Por que você decidiu largar sua profissão e começar a fazer bolos? CCH – Eu vim para o Canadá em 2004, para estudar inglês, e foi quando conheci meu exmarido. Ele é canadense, mas nos casamos no Brasil e moramos lá por um tempo. Quando decidimos nos mudar para o Canadá, tive a chance de começar do zero. É muito fácil saber do que não gosta de fazer, mas do que você gosta é muito mais complicado. Todo mundo sabe o que quer fazer, mas muitas vezes isso fica no inconsciente. Minha mãe me mostrou vários livros e vídeos da Ana Maria Braga que tinham tudo a ver com que eu faço hoje, mas estava tão no meu subconsciente que eu não lembrava. Aí comecei a acreditar que era possível fazer bolo.

BV – De onde vem o nome Berliosca? CCH – Berliosca não é uma palavra que as pessoas conseguem pronunciar facilmente e também não é um nome brasileiro. Eu escolhi esse nome de um livro de criança que eu li, quando eu tinha nove anos de idade, na escola. Não é um livro muito famoso, mas que marcou a minha vida. Uma das personagens é a madame Berliosca, uma velhinha que cheira baunilha. Eu tenho a imagem dela na minha cabeça. Ela é uma senhora gordinha, que tinha uma loja de tortas. Eu acho que de alguma forma eu tinha que ser uma senhora para fazer bolo, por causa da descrição desse livro.

Quando eu cheguei ao Canadá, foi um choque. Nenhuma das minhas receitas dava certo.

PERSONAL FILE ARQUIVO PESSOAL

BV – Como foi sua adaptação no Canadá? CCH – Quando eu cheguei ao Canadá, foi um choque. Nenhuma das minhas receitas dava certo. Eu não achava os ingredientes e a farinha era diferente. E eu pensei: “Meu Deus, eu não vou conseguir nunca assar um bolo nesta terra”. Eu comecei a fazer bolo para a família e amigos. Eu também dava bastante bolo de

presente. Eram pequenos e simples. Eu não tinha muitos amigos aqui, mas tinha a família do meu ex-marido. Depois de muitas tentativas frustradas de fazer bolo, decidi arranjar um emprego em alguma confeitaria para aprender como eles fazem bolo aqui. O paladar daqui, com a receita daqui. No começo, foi um choque muito grande. Para uma pessoa que trabalhava num escritório em São Paulo, foi uma grande mudança.

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LUCAS SOCIO/BRAZILIAN VIBE

ENGLISH

BV – What was the first cake you ever sold in Canada? CCH – It was a cake for one of my ex-husband’s cousins. I only charged her $35 to make a cake shaped like a zebra. At that time I had no idea how much work that was, and because I didn’t realize the difficulty and how many things could go wrong, I wasn’t afraid of making it. If I were to make the same cake again with the experience I have today I wouldn’t do it for less than $600. I didn’t know about pricing at the time, it was even before I worked at the pastry place. BV – What was the most challenging cake you ever made? CCH – It’s hard to choose one because they are all different, my last cake is always the hardest. But if I had to choose one in terms of how challenging it was, not its technicality, I would say the cake shaped like a piano. I am a perfectionist; a piano has 88 keys and so did this cake. I am very proud of it. And when the customer came to pick up the cake he was just standing still, not saying anything. I was so scared. But then he said: “I didn’t imagine it would be so perfect,” It was a great relief.

My last cake is always the hardest. PORTUGUÊS

BV – Qual foi o primeiro bolo que você vendeu aqui no Canadá? CCH – O primeiro bolo que eu vendi foi para uma prima do meu ex-marido. Eu cobrei 35 dólares para fazer um bolo no formato de uma zebra. Naquela época, eu não tinha a menor ideia do trabalho que ia me dar. E, por não saber tudo que poderia dar de errado, eu não tive medo e fiz o bolo. Para você ter ideia, hoje, com a experiência que tenho, eu não faria uma zebra por menos de 600 dólares. Mas eu cobrei 35 dólares achando que estava abalando. Não tinha noção de preços, isso foi até antes de entrar na confeitaria.

BV – Qual foi o bolo mais difícil que você já fez? CCH – É difícil escolher um, porque todos os meus bolos são diferentes. Então, o bolo mais difícil é sempre o último. Mas, se eu tivesse que escolher um, em termos de desafio, não tecnicamente, foi um bolo no formato de um piano. Eu sou muito perfeccionista. O piano tem 88 teclas e o bolo também tinha. Eu tenho muito orgulho dele. Quando o cliente veio buscar o bolo, o rapaz não falava nada, não sorria nem nada. Eu estava com muito medo. Aí ele disse: “Eu não imaginei que seria tão perfeito”. Foi um grande alívio. 10

Brazilian Vibe spring/Primavera 2013


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International


STUDY STUDY ESTUDOS ESTUDO

HOME HOME a w a y

f r o m

International students search for the accomodation that best fits their lifestyle and budget Alunos estrangeiros buscam a melhor opção de estadia para o seu estilo de vida e que caiba no seu bolso

MURILO BATTISTI ENGLISH

When Fernanda Campos Ottoni decided to study in Canada, her first accommodation option was a homestay. That is the most common option available to Brazilian students: staying with a local family that welcomes people from all over the world. She chose this option primarily because of the comfort level and her desire to experience Canadian life to the fullest. “I’ve been told that staying in a homestay would be a good choice because I would be in contact with Canadian culture and they guaranteed that I would stay with a Canadian family, so I thought this would be a great opportunity to practice English,” she said. However, when Ottoni arrived the first impression was not what she expected: the family wasn’t Canadian. “It was a disaster. My room was really small, the bathroom was shared and the family was from the Philippines,” she said. After a month with the family, Ottoni decided to move into a shared apartment in downtown Vancouver. The majority of homestays are located far from 12

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the downtown core, such as in North Vancouver and Burnaby. “I started making friends and the fact that I lived far from downtown was a problem. I had to wake up very early everyday and carry a huge backpack all day. Not only did I get tired of that routine but also I spent too much money eating out,” she said. On the other hand, it is possible to find students who had a good experience in a homestay, such as Juliana Yukari Yano, who came to Canada to study English for a year. “When you stay in a homestay it’s easier, the meals are included and you don’t have to worry about cooking. Because I have lived on my own before I know how hard it is to do everything by myself. Here everything is super easy, I don’t have a lot of rules and I like the food,” she said. Yano is an example of a student who doesn’t mind living far from the downtown core. She is Japanese-Brazilian and got along well with her Filipino hosts, so much so that her intention is to stay with the same family until

she completes her studies in Canada. “Finding a good homestay is a matter of luck. Many people have problems with the families due to cultural differences, but I think that if you have an open mind it is easier to stay in a homestay,” she said. Apartments and homestays are the most common lodging options for Brazilian students in Canada, but are not the only ones. Some schools also offer student residences, which are a kind of youth hostel. Lilian Cherubin Correia lived in a student residence in downtown Vancouver for three months. Although she felt a bit frustrated at first because the building was quite old and had a peculiar smell in its red carpeting, she found it to be a positive experience. “It was a great experience. After a week in the building I was already used to the smell. It gave me the freedom to walk home after parties along with friends, since the majority of my friends lived there as well. We cooked and partied together; it was great!”


LUCAS SOCIO/BRAZILIAN VIBE

FERNANDA CAMPOS OTTONI LIKES THE FREEDOM OF HAVING HER OWN PLACE IN DOWNTOWN VANCOUVER FERNANDA CAMPOS OTTONI GOSTA DA LIBERDADE DE TER O PRÓPRIO ESPAÇO NO CENTRO DE VANCOUVER PORTUGUÊS

Quando a estudante brasileira Fernanda Campos Ottoni resolveu fazer intercâmbio no Canadá, a primeira opção de moradia era homestay. Trata-se do destino de boa parte dos intercambistas brasileiros: casas de famílias que vivem no país e recebem estudantes do mundo todo. A escolha foi tomada, segundo ela, por conta da promessa de comodidade e pela vontade de viver uma experiência genuinamente canadense. “Eles falaram que homestay era interessante para entrar em contato com a cultura, porque eles garantiam que as pessoas que ofereciam moradia eram canadenses. Então, achei melhor pela comodidade e segurança. E outra coisa era praticar meu inglês”, conta. Porém, quando Ottoni chegou a Vancouver, a primeira impressão de sua nova casa não foi das melhores, além da família não ser de canadenses. “Foi um desastre. O quarto era pequenininho, não tinha o banheiro separado que pedi, e foi a maior frustração. A família era de filipinos”, afirma. Após um mês, a estudante decidiu mudar para o centro da cidade, em um apartamento compartilhado com outra estudante. A maioria das homestays fica longe da área central, grande parte se concentra em North Vancouver ou Burnaby. “Fui fazendo amizades, e

morar longe do centro começou a ser um problema. Todo dia tinha que acordar muito cedo e carregar uma mochila enorme, porque passaria o dia na rua. Além de cansar, eu comecei a gastar muito dinheiro para comer fora”, diz. Assim como Ottoni, muitos intercambistas brasileiros se decepcionaram com a experiência em homestay e decidiram morar em apartamentos mais próximos do centro de Vancouver. Mas também é possível encontrar estudantes que tiveram uma experiência satisfatória nas casas de famílias. É o caso da estudante Juliana Yukari Yano, que veio ao Canadá para fazer um curso com estágio por um ano. “A homestay é mais fácil. Você tem o direito a refeição, não precisa se preocupar em cozinhar. Como já morei sozinha quatro anos, eu sei como é difícil fazer tudo. Aqui é muito tranquilo, não tem muitas regras e eu gosto da comida”, afirma. Yano é um exemplo de estudante que não se importa com o fato de morar longe do centro. A brasileira, descendente de japoneses, se deu bem com a família de filipinos que a recebeu. Ela pretende ficar na homestay até o final de seu programa no Canadá. “Homestay é questão de sorte. Tem

muitas casas que dão problema, por questões culturais e essas coisas. Mas tem muita homestay boa. Então, se você é uma pessoa fácil de lidar, acho que você consegue ficar numa homestay”, opina. Apartamentos ou homestays são duas das opções mais comuns para intercambistas brasileiros no Canadá. Mas não são as únicas. Algumas escolas também oferecem residências estudantis, que são uma espécie de pensão ou república para estudantes. A brasileira Lilian Cherubin Correia morou três meses em uma residência no centro de Vancouver. Apesar de sentir-se um tanto frustrada no começo, por se tratar de um prédio bastante antigo e com um cheiro peculiar por causa do carpete velho, ela avalia como positiva a estadia por lá. “Foi uma experiência maravilhosa. Depois de uma semana, já estava acostumada, nem sentia mais o cheiro do carpete. A liberdade que tinha era sensacional, quando íamos para festas, podíamos voltar a pé, sempre com mais alguém, já que a maioria dos meus amigos morava lá. Cozinhávamos juntos, fazíamos festinhas juntos, foi sensacional”, conta. Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013

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Consulado - Geral do Brasil em Vancouver 2020 - 666 Burrard St Vancouver BC V6C 2X8 Fone 1(604) 696.5311 Fax 1(604) 696.5366

Atendimento ao público: segunda-feira à sexta-feira 9:30 às 11:30 horas Retirada de documentos prontos: segunda-feira à sexta-feira 13:00 às 14:00 horas *Não há necessidade de agendar horário *Em caso de emergência fora do horário de atendimento, ligue no telefone geral do consulado e deixe recado.

ATRIBUIÇÕES DO CONSULADO O Consulado-Geral do Brasil em Vancouver é uma Repartição Pública do Governo Brasileiro, subordinada ao Ministério das Relações Exteriores. Sua finalidade principal é de prestar orientação, auxílio e informações aos cidadãos brasileiros, dentro dos limites estabelecidos pela legislação brasileira, pela legislação canadense pertinente e pelos tratados internacionais firmados pelo Brasil.

Funções do Consulado: Proteger os interesses dos cidadãos brasileiros em sua jurisdição, desde que estejam de acordo com a legislação brasileira e com as leis locais; Prestar auxílio e aconselhamento jurídico para cidadãos desvalidos, sem no entanto poder agir como parte legalmente constituída perante Órgãos locais; Exercer as funções de Notário Público e de oficial de Registro Civil, e, como tal, emitir certidões de nascimento, casamento, óbito, procurações, declarações, etc. Expedir documentos de viagem (passaportes, etc.) e efetuar anotações nos mesmos; Atuar como órgão alistador militar; Proceder ao alistamento eleitoral em época de eleições presidenciais e conduzir os processos eleitorais em sua jurisdição; Prestar informações relativas ao imposto de renda; Prestar informações relativas à legislação aduaneira e afins;

Não são casos de emergência:

Emitir cédula de identificação consular;

Vencimento, perda ou extravio de passaporte, informações sobre vistos e prazos e outros serviços consulares de rotina.

Autenticar documentos para que produzam efeitos no Brasil; Expedir certificados e atestados previstos na legislação brasileira; Conceder, de acordo com a legislação brasileira, vistos de entrada para que cidadãos estrangeiros possam ingressar em território nacional;

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THIAGO SILVA/BRAZILIAN VIBE

A paisagem muda de um cinza urbano para um verde rústico e selvagem à medida que nos distanciamos do centro de Belo Horizonte. Prédios e casas dão lugar a árvores de galhos retorcidos e casca grossa. O cheiro da poluição e o barulho do trânsito ficam para trás, deixando os sentidos do viajante por conta do cheiro de terra molhada, do canto dos pássaros e do correr dos rios. A capital do estado de Minas Gerais fica no centro de um vasto oceano de montanhas e a peça mais preciosa dessa caixa de joias, a Serra do Cipó, fica a menos de 100 km do centro, na ponta sul da Serra do Espinhaço. O complexo montanhoso foi descoberto no século 17, por bandeirantes que procuravam minerais preciosos, como ouro e diamante, abundantes na região. Pequenas vilas foram estabelecidas ao longo do tempo, e a Serra do Cipó tornou-se caminho para cidades mineiras, como Serro e Diamantina. Atualmente, a área é conhecida por suas deslumbrantes riquezas naturais, muitas das quais se encontram protegidas por lei, dentro do Parque Nacional da Serra do Cipó. Criado em 1978, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o parque é o lar de cachoeiras, rios e cânions, além de fauna e flora extremamente ricas, com alto grau de endemismo. Tais riquezas naturais são as principais atrações da serra tanto para turistas quanto para pesquisadores nas áreas de biologia e geologia. Estudos feitos no local mostram vestígios submarinos, sugerindo que a região esteve coberta pelo oceano há bilhões de anos, o que torna o ecossistema ainda mais interessante para os visitantes. Apesar de ser uma área de conservação ambiental, o parque está aberto para os turistas que desejam aventurar-se nas cachoeiras da Farofa, do Gavião, das Andorinhas e muitas outras. Os mais animados podem subir em suas bicicletas ou alugar cavalos e fazer um passeio de cerca de 24 km, da entrada do parque até o grandioso Cânion das Bandeirinhas e de volta. Fora do parque, turistas encontram muitas outras atrações, como as cachoeiras Grande, da Capivara e de Congonhas. Para aqueles dispostos a dirigir por mais 90 km pelas estradas sinuosas da Serra do Espinhaço, vale a pena conferir os esplendorosos 273 m de queda da cachoeira do Tabuleiro, a terceira mais alta do Brasil. Ao final do passeio, a vila de Tabuleiro oferece bares e restaurantes com comida típica mineira. Mais do que uma aventura, um passeio à Serra do Cipó é uma experiência inesquecível onde a beleza da natureza encanta os visitantes.

VÍTOR BORBA/BRAZILIAN VIBE

PORTUGUÊS

As we move away from downtown Belo Horizonte, the landscape changes from an urban grey to a wild, rustic green. Trees with thickbarked, crooked branches replace houses and high rises. The smell of polluted air and traffic noise are left behind as the traveler’s senses become drenched in the scent of wet dirt, the singing of the birds and the sound of rivers. The capital city of Minas Gerais lies in the centre of a vast and rich ocean of mountains and the most precious piece in this jewellery box, the mountain range of Serra do Cipó, is only 100 kilometers away from its downtown core, at the Southernmost tip of Serra do Espinhaço. Cipó was discovered in the 17th century by explorers looking for precious stones and metals such as diamonds and gold, known to be abundant in the area. As some of them settled, small villages began to form and the area became the gateway to historic mining cities like Serro and Diamatina. Nowadays the region is known for its dazzling natural beauty, which is protected by law, in the Serra do Cipó National Park Created in 1978 by the Brazilian Institute of the Environment and of Renewable Natural Sources (IBAMA in Portuguese), the park is home to waterfalls, rivers, and canyons, as well as extremely diverse fauna and flora. Different studies have shown evidence suggesting that the region was covered by the ocean billions of years ago, making the ecosystem even more intriguing to tourists as well as biologists, geologists, and other researchers. Despite being an area of environmental protection, the park is opened to tourists who wish to experience the Farofa, Gavião, and Andorinha waterfalls. More adventurous tourists can jump on their bikes or ride horses along the 24 kilometers from the entrance of the park and back, to the breathtaking Canyon of the Bandeirinhas. Visitors may find many attractions outside of the park too, such as the Grande, Capivara, and Congonhas waterfalls. For those willing to drive further on the winding roads to Cipó, it’s worth checking out the 273-meter high Tabuleiro waterfall, the third highest in Brazil. As you approach the city, the village of Tabuleiro offers many bars and restaurants as well, where you can savour the local cuisine. More than an adventure, a visit to Serra do Cipó is an unforgettable experience where natural beauty fascinates its visitors.

VÍTOR BORBA/BRAZILIAN VIBE

ENGLISH


LUCAS SOCIO/BRAZILIAN VIBE

CULTURE CULTURA

SAMBA FUSION PERFORMS AT THE BRAZILIAN CARNAVAL COSTUME PARTY AT GRANVILLE ISLAND SAMBA FUSION SE APRESENTA NA FESTA DE CARNAVAL À FANTASIA NA GRANVILLE ISLAND

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Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013


CAR NA VAL Vancouver-style

Three Carnaval parties try to bring a little bit of Brazilian bliss to raincity TrĂŞs festas de carnaval tentam trazer o gingado brasileiro Ă cidade da chuva

THIAGO SILVA

Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013

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Many people from all over the world converged here tonight to party Brazilian-style.

3RA PHOTO/DIVULGAÇÃO

Albert Abrantes, Director 3RA

PARTYGOERS FROM BRAZIL, MEXICO, AND SAUDI ARABIA AT 3RA’S PRE-CARNAVAL PARTY AT AU BAR FOLIÕES DO BRASIL, MÉXICO E ARÁBIA SAUDITA NA FESTA DE PRÉ-CARNAVAL DA 3RA NO AU BAR

ENGLISH

Officially held on the weekend of February 9 – 12 this year, Carnaval brought the partying spirit to all cities in Brazil, and even Vancouver. The city known for its “no fun city” stigma, constant rain, and bars that close at 1:00 a.m., seemed to dance to a different tune when the Carnaval parties were announced. The first party that tried starting a Carnaval revolution in the city was the pre-Carnaval party held at Au Bar on January 27. A lot of Brazilian music was played and attendees packed the club on a Sunday night to dance to popular Brazilian tunes. The party was organized by 3RA, an entertainment company that also organizes weekly Brazilian parties in the city and was able to draw a lot of people to this pre-Carnaval party due to their close connection to ESL schools, which also contributed to the multicultural make-up of the party invoking a truly Brazilian party experience. “There was a very diverse crowd, many people from all over the world converged here tonight to party Brazilian-style. This is what Carnaval is all about,” said Albert Abrantes, 20

Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013

Director of 3RA and party organizer. On Friday, February 8, UBC’s radio station, CiTR put on a Latin Carnival Dance at the Pit Pub that aimed to be a more pluralistic approach to the Brazilian dominance of Carnaval in general. The party mixed many Latin rhythms, such as Salsa, Meringue, Bachata, and of course, Samba. It also offered free Salsa lessons during the first hour of the party. This whole mix of Latin rhythms seemed to confuse partygoers at first, but they soon got into the Latin party spirit. When the only Brazilian attraction of the night performed, the group Samba Fusion, they managed to get half of the partygoers to dance, about 50 people, while some others found the pub’s pool table more appealing. “Friday nights at the pub are usually dead, but I thought that with this party going on it would be packed,” said a distraught Omar Sul Mech, a fourth year Mechanical Engineering student. On Saturday, February 9, Andrea Monteiro, a Samba instructor who wanted to promote her dance classes, organized the last scheduled Carnaval party in Vancouver.

It asked the partygoers to dress up in costumes, promised great performances and was sold out the day before the event. Not many attendees showed up in costume, but the Brazilian party vibe could be felt everywhere on the packed dance floor. The presentation of three performers from Samba Fusion, dressed up in Carnavalinspired clothes dancing to a song from the animated feature Rio, was the highlight of the night and now they were performing to a lot more than 50 people. “I came expecting to find a lot of people partying like crazy, like they do in Brazil,” said Will Salzman, who was in town visiting from Seattle. He and his three friends partied all night long and still had energy to head to Granville Street after the party was over. The Carnaval parties were such a success that 3RA decided to organize a postCarnaval party on February 24 and called it “Carnavancouver: The Hangover”. The Carnaval bug has bitten Vancouver, and not even the weather stopped these partygoers from celebrating Brazil’s most famous party.


Achei que hoje ia ser mais animado do que o normal por conta da festa.

LUCAS SOCIO/BRAZILIAN VIBE

Omar Sul Mech, partygoer

COUPLES DANCING TO SALSA TUNES AT CITR’S LATIN CARNIVAL DANCE AT UBC’S PIT PUB CASAIS DANÇAM AO SOM DE MUITA SALSA NA FESTA LATINA DE CARNAVAL DA CITR NO PIT PUB DA UBC

PORTUGUÊS

O carnaval neste ano foi festejado no fim de semana de 9 a 12 de fevereiro e trouxe muita festa para as cidades brasileiras e também a Vancouver. A cidade conhecida pela falta de opções de entretenimento, chuva ininterrupta e bares que fecham à 1 da manhã parecia que iria receber um raio de sol em forma de festa de carnaval quando três festas foram anunciadas para essa época. A primeira festa que tentou iniciar uma onda carnavalesca na cidade foi a de précarnaval do Au Bar, realizada no dia 27 de janeiro. Tocou-se muita música brasileira e o local ficou lotado no domingo à noite. A festa foi organizada pela 3RA, uma empresa de entretenimento que também organiza festas brasileiras semanalmente, e conseguiu atrair muitas pessoas devido à sua conexão com as escolas de inglês, o que contribuiu para a diversidade cultural dos participantes, assim como o carnaval no Brasil. “Tinha gente de vários países aqui hoje para festejar o carnaval brasileiro do jeito que deve ser”, diz Albert Abrantes, diretor da 3RA e organizador da festa.

Na sexta-feira 8 de fevereiro, a CiTR, estação de rádio da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC, em inglês), organizou uma festa latina de carnaval no Pit Pub com uma proposta mais pluralista, que incluiu ritmos latinos, como salsa, merengue, bachata e, claro, samba. A festa começou com aulas de salsa, mas essa mistura de ritmos latinos deixou as pessoas um pouco confusas no início da festa, porém logo entraram no ritmo da festa. Quando a única atração brasileira da noite, o grupo Samba Fusion, se apresentou, umas 50 pessoas se animaram enquanto outros preferiram jogar sinuca durante a festa. “As sextas-feiras são geralmente calmas aqui no pub, mas achei que hoje ia ser mais animado do que o normal por conta da festa”, diz, desapontado, Omar Sul Mech, aluno do quarto ano de Engenharia Mecânica. No sábado, 9 de fevereiro, a última festa de carnaval em Vancouver parecia ser a salvação do carnaval. Organizada pela professora de samba Andrea Monteiro, a festa era para ser à fantasia, prometia apresentações típicas, e os

convites esgotaram dias antes da festa. Poucas pessoas se fantasiaram para a festa, mas a energia contagiante da musica brasileira colocou todos para dançar e lotou a pista de dança. A apresentação do Samba Fusion, com três integrantes vestidas com roupas carnavalescas e dançando ao som de músicas do filme Rio, foi o ponto alto da noite e pelo menos desta vez havia bem mais de 50 pessoas assistindo ao show. “Eu esperava encontrar uma festa louca, como no Brasil”, disse Will Salzman, que veio de Seattle passar o feriado prolongado em Vancouver. Ele e seus três amigos festejaram até altas horas da madrugada e ainda tinham energia para mais curtição. Após a festa de carnaval, eles ainda foram para a rua Granville em busca de mais opções de festas. As festas de carnaval foram tão bem recebidas que a 3RA decidiu organizar uma festa pós-carnaval, no dia 24 de fevereiro, chamada “Carnavancouver: A Ressaca.” O carnaval chegou pra ficar em Vancouver e nem o tempo chuvoso impediu que os foliões comemorassem a mais popular festa brasileira. Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013

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SPECIAL ESPECIAL

BRAZILIANS IN THE NORTH BRASILEIROS NO NORTE DO CANADÁ

Against the flock

THIAGO SILVA/BRAZILIAN VIBE

THIAGO SILVA

ALINE GONÇALVES CHOSE WHITEHORSE ALINE GONÇALVES ESCOLHEU WHITEHORSE

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Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013


While most immigrants choose the southern provinces, these Brazilians looked north driven by opportunity and love Enquanto a maioria dos imigrantes escolhe as províncias do sul, esses brasileiros foram ao norte do Canadá em busca de oportunidades e amor

N

ENGLISH

PORTUGUÊS

In the late 19th century over 40,000 people risked their lives to search for gold and strike a fortune in the Yukon Gold Rush. Today, many Brazilian immigrants look north for career opportunities, education, financial gain, and even love. The unique experience of helping to shape a true modern frontier city such as Whitehorse, or the financial appeal of high paying government jobs in the Northwest Territories, have influenced the plans of many Brazilians who originally intended to immigrate to established provinces such as Ontario and British Columbia. Brazilian Vibe followed their footsteps throughout the Yukon and Northwest Territories to try to find out why so many immigrants are changing their focus from the southern provinces and settling amid the Boreal Forest to experience a uniquely Canadian way of life – ―Northern Lights included.

No fim do século 19, mais de 40 mil pessoas arriscaram a vida em busca de ouro e fortuna na corrida do ouro do Yukon. Hoje em dia, muitos imigrantes brasileiros buscam no norte do Canadá a oportunidade de uma carreira melhor, educação, dinheiro e até amor. A experiência singular de fazer parte de uma cidade em crescimento, como Whitehorse, e o atrativo de altos salários de empregos no governo dos Territórios do Noroeste influenciam os planos de muitos brasileiros que inicialmente consideraram imigrar para províncias mais desenvolvidas, como Ontário e Colúmbia Britânica. A Brazilian Vibe seguiu os passos desses imigrantes no Yukon e nos Territórios do Noroeste para tentar descobrir por que tantos imigrantes estão trocando as províncias do Sul pela floresta boreal e viver uma experiência autenticamente canadense – aurora boreal inclusa.

TO WHITEHORSE, WITH LOVE When Aline Gonçalves, a São Paulo native, joined the once popular ICQ online chat network in 2002, her intention was to practice her written English skills. “I was in the third year of my undergraduate degree at the University of São Paulo (USP) and wanted to improve my English writing, so I joined ICQ to help me practice written English,” she explained to Brazilian Vibe while waiting for her turn to play her favourite winter sport, curling, at the Whitehorse Curling Club. Instead, she found Rick Steele, a Yukon College professor who shared a love for Kafka and sports. “The conversation eventually changed to a more personal and intimate form,” she explained with a smile. Steele eventually went to Brazil to meet Gonçalves in person and four years later they exchanged vows. Gonçalves was tied to her job as a reference librarian at USP and in the middle of her masters program, so the move north only happened three years later. “I arrived in the peak of winter. When I left São Paulo it was 33ºC, and when I arrived here it was -33ºC,” she said. Although she is still adapting to the extreme winter weather, despite the fact that she has been living in Whitehorse for two years, it was a fairly smooth transition for her. “It was much easier than I expected,” she said. Within a month of her arrival she landed a six-month contract job as a reference librarian at Yukon College that has since turned into a permanent position. The education sector in the Yukon attracts many students from around the world, and because of it, Gonçalves felt welcomed in the community where it is not uncommon to run into people from many different countries such as Japan, Philippines, Germany, and of course, Brazil. Fabiana Naves, a Brazilian student from Belo Horizonte, chose Whitehorse in 2008 to study hospitality because of its unique location. Fabi, as she is known in the community, works as an assistant manager in one of the most important hotels in town and was crowned the Yukon ambassador in the city’s traditional annual Sourdough Rendezvous winter festival. “I like the cold weather and the warmth of the people,” she said. “I love going to the supermarket and realizing I know everyone there.

PARA WHITEHORSE, COM AMOR Quando a paulista Aline Gonçalves se inscreveu no então popular programa de conversas online ICQ em 2002, sua intenção era praticar o inglês escrito. “Eu estava no terceiro ano da faculdade na Universidade de São Paulo (USP) e queria melhorar meu inglês escrito. Então, me inscrevi no ICQ para treinar”, ela explica à Brazilian Vibe, enquanto espera sua vez de jogar seu esporte de inverno favorito, curling, no Whitehorse Curling Club. Foi assim que ela conheceu Rick Steele, professor do Yukon College, com o qual dividia o interesse por Kafka e esportes. “As conversas acabaram tomando um tom mais pessoal, mais íntimo”, diz ela sorrindo. Steele acabou indo ao Brasil para conhecer Gonçalves pessoalmente e, quatro anos depois, se casaram. Gonçalves trabalhava como bibliotecária de referência na USP e estava no meio de um mestrado. Então, a mudança para o Canadá só aconteceu três anos depois. “Eu cheguei no auge do inverno. Quando saí de São Paulo, estava fazendo 33 0C e, quando cheguei aqui, fazia -33 0C”, ela diz. Há dois anos morando em Whitehorse, Gonçalves ainda está se adaptando ao extremo frio do inverno, mas sua adaptação tem sido tranquila. “Foi bem mais fácil do que eu esperava”, ela disse. Um mês após ter chegado, ela conseguiu um contrato de seis meses para trabalhar como bibliotecária de referência no Yukon College, e hoje é funcionária permanente. As instituições de ensino do Yukon atraem estudantes de várias partes do mundo, e, por conta disso, Gonçalves sentiu-se bem-vinda à cidade onde não é raro encontrar pessoas de muitos países diferentes, como Japão, Filipinas, Alemanha e, claro, Brasil. Fabiana Naves, mineira de Belo Horizonte, escolheu estudar hotelaria em Whitehorse em 2008, por causa da localização singular da cidade. “Fabi”, como é conhecida na comunidade, trabalha como gerente assistente em um dos hotéis mais importantes da cidade e foi eleita a embaixadora do Yukon – uma espécie de “Miss Yukon” – no tradicional festival anual de inverno, Sourdough Rendezvous. “Eu gosto do clima frio e do calor das pessoas”, ela diz. “Adoro ir ao supermercado e perceber que conheço todos lá. Eu sou de uma cidade grande e sempre quis experimentar a Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013

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THIAGO SILVA/BRAZILIAN VIBE

ALINE GONÇALVES PLAYS CURLING WITH HER HUSBAND ALINE GONÇALVES JOGA CURLING COM O MARIDO

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BrazilianVibe Vibe Spring/Primavera Winter/Inverno 2012 Brazilian 2013


Fort Simpson

Vancouver

I arrived in the peak of winter. When I left São Paulo it was 33ºC, and when I arrived here it was -33ºC.

Aline Gonçalves, Librarian in Whitehorse

ENGLISH

PORTUGUÊS

Being from a big city I yearned for a small town experience,” she noted. Gonçalves agrees. “I feel welcomed by the community,” she said as everyone stopped to greet her as she walked into a pub to grab a glass of Yukon Gold Pale Ale beer with her husband.

vida em uma cidade pequena”, explica. Gonçalves faz coro. “Eu me sinto bem-vinda na comunidade”, diz ao entrar num pub com seu marido para beber um copo de cerveja Yukon Gold Pale Ale, e todos param o que estão fazendo para cumprimentá-los.

THE AURORA OF YELLOWKNIFE In 2006 Paulo Ranzani, a Brazilian from Santos, packed his bags for Vancouver and after an arduous job search, landed a position as a help desk specialist, but when the company decided to change the terms of his contract, this computer engineer knew it was time for a change. That change came in the form of two job offers in the Northwest Territories. “I received two offers of employment, one with NorthwesTel and another to work for the government with Health and Social Services. I chose the latter mainly because of the excellent benefits package,” he said. After accepting the position of senior system analyst with Health and Social Services, Ranzani had a great challenge ahead of him: adapting to the freezing weather. Used to the usual 40ºC weather in his hometown of Santos, having to battle the -40ºC weather of Yellowknife was daring. “The first year is very hard, but after that you get used to it. The special clothing we wear makes us look like astronauts,” he said amidst laughs.

A AURORA DE YELLOWKNIFE Em 2006, o santista Paulo Ranzani fez as malas e se mudou para Vancouver, onde conseguiu um emprego na área da Tecnologia da Informação. Mas, quando a empresa quis mexer nos termos do contrato, ele decidiu que era hora de mudar. A mudança veio na forma de duas propostas de emprego nos Territórios do Noroeste. “Eu recebi duas ofertas de emprego: uma na NorthwesTel e outra para trabalhar para o governo, com o serviço social e de saúde pública. Eu escolhi o emprego no governo, principalmente por conta do pacote de benefícios”, diz Ranzani. Após aceitar o emprego de analista de sistemas no departamento de serviço social e de saúde pública, Ranzani encarou um grande desafio: adaptar-se ao clima gelado de Yellowknife. Acostumado aos 40 0C de Santos, sua cidade natal, ele teve de enfrentar o clima de -40 0C de Yellowknife. “O primeiro ano foi muito difícil, mas depois eu me acostumei. A roupa especial que usamos aqui nos faz parecer astronautas”, ele diz rindo. A solidão e a falta de luz solar durante os Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013

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I don’t speak like a Canadian. I speak English with a Brazilian accent, so what?

PERSONAL FILE ARQUIVO PESSOAL

Nelma de Oliveira Social worker in Fort Simpson

SOCIAL WORKER NELMA DE OLIVEIRA TRAVELS THROUGHOUT THE NORTHWEST TERRITORIES TO ASSIST FAMILIES A ASSISTENTE SOCIAL NELMA DE OLIVEIRA VIAJA PELOS TERRITÓRIOS DO NOROESTE PARA ATENDER AS FAMÍLIAS

26

Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013

ENGLISH

PORTUGUÊS

Loneliness, combined with the lack of daylight during the winter months also took its toll on his daily routine, but the promise of retiring in three years keeps him going. He lives with his wife, a retired psychologist while his son stayed behind in Santos. “I’m being a mercenary right now. I just want to make as much money as possible and retire to be able to live a good life close to the beach in Brazil,” he explained. Nelma de Oliveira, a Brazilian from Belo Horizonte who used to live in Ontario, shares this outlook. She headed north for a better paying position as a community social worker, which enables her to afford her son’s postsecondary education in Ontario. “In Toronto there is a lot of competition and the government doesn’t want to pay a good wage. Here I am making three times what I would make in Ontario,” she explained. Oliveira has been in Canada for 19 years and holds an undergraduate degree from York University and masters from the University of Toronto, but made a point of highlighting that once she arrived in Fort Simpson, her current city in the Northwest Territories, she felt a lot of discrimination. “I don’t speak like a Canadian. I speak

meses de inverno também afetam a rotina diária de Ranzani, mas a promessa de aposentadoria daqui a três anos o mantém focado. Ele mora com a mulher, uma psicóloga aposentada, e seu filho mora em Santos. “Eu estou sendo um mercenário agora. Quero ganhar o máximo de dinheiro que puder e me aposentar na praia do Gonzaga, em Santos”, explica. Esse também é o plano da mineira Nelma de Oliveira. Ela morava em Ontário e veio ao norte também em busca de uma oportunidade profissional com melhor remuneração. Atua como assistente social, o que lhe permite custear a faculdade do filho em Ontário. “Em Toronto, tem bastante concorrência e o governo não paga um bom salário. Aqui, eu ganho três vezes mais do que ganharia em Ontário”, explica. Oliveira está no Canadá há 19 anos, é formada na Universidade York e pós-graduada com mestrado na Universidade de Toronto, mas fez questão de chamar a atenção para o fato de que, quando chegou a Fort Simpson, onde atualmente mora nos Territórios do Noroeste, sentiu-se discriminada. “Eu não falo como os canadenses. Falo inglês com sotaque de brasileiro, e daí?”, diz austeramente.


ENGLISH

PORTUGUÊS

English with a Brazilian accent, so what?” she said grimly. “But I gained their respect and nowadays people respect me and my work.” She initially came for a two-year commitment, but is thinking about prolonging her stay until her son graduates from university. “I have to be honest with you, I came for the money,” she said. “Human beings can adapt to almost anything, so I am going to endure and learn from this experience. I love my job, I was born to be a social worker.” Unlike Ranzani, Oliveira has no plans of retiring to a warm Brazilian seaside town. Once her son is out of university, she plans on going back to Ontario. “I love Ontario, that’s where I belong,” she said.

“Mas conquistei o respeito da comunidade, e atualmente as pessoas respeitam meu trabalho.” Ela veio para ficar dois anos, mas já pensa em estender seu contrato por mais uns anos, até o filho se formar na faculdade. “Eu vou ser honesta com você: vim por causa do dinheiro”, ela disse de maneira direta. “O ser humano é capaz de se adaptar a qualquer coisa, então, eu estou enfrentando e aprendendo com essa experiência. Amo meu trabalho, nasci para ser assistente social.” Porém, ao contrário de Ranzani, Oliveira não tem planos de se aposentar numa praia brasileira. Assim que o filho se formar na faculdade, ela planeja voltar para Ontário. “Eu adoro Ontário, lá é meu lugar”, conclui.

PAULO RANZANI FEELS LIKE AN AUSTRONAUT WHEN WEARING HEAVY CLOTHING TO ENDURE THE WINTER PAULO RANZANI SENTE-SE COMO UM ASTRONAUTA QUANDO VESTIDO PARA ENFRENTAR O INVERNO

I’m being a mercenary right now. I just want to make as much money as possible and retire.

PERSONAL FILE ARQUIVO PESSOAL

Paulo Ranzani, System Analyst in Yellowknife

Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013

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LAST WORDS SAIDEIRA

It’s soccer season! Brazilian players shine with the Whitecaps Joagadores brasileiros são destaque do Whitecaps DANYELLE FUAD ENGLISH

PORTUGUÊS

“The Whitecaps are moving faster on the field,” according to striker Camilo Sanvezzo. The team— which did not have a good season in the last couple of years—is ready and looking forward to a good season of Major League Soccer (MLS), which starts in March 2013. The new arrival of yet another Brazilian on the team, Paulo Jr., is certain to push the team towards a great season this year. Determination will be in no short supply since these Brazilians are poised to take the team to the MLS 2013 finals. Camilo (The Magician) sets high stakes. “The team is better prepared and we want to win.” Paulo Jr. feels optimistic during training and added, “I am rapidly adapting to the team and am going to give my best. I am happy here,” he said. Camilo was born in Presidente Prudente, in the interior of the state of São Paulo and has been playing for the Whitecaps since 2011. He has played on teams in Malta and South Korea before joining the Whitecaps. Paulo Jr. Is from Francinópolis in the Brazilian state of Piauí, and has been gathering the attention of international soccer teams since 2009. He has played for Miami FC (currently Fort Lauderdale Strikers in the United States) and for Real Salt Lake (USA). In Brazil he has played for no Flamengo do Piauí and Ituano.

“Whitecaps está mais rápido em campo”, é o que diz o atacante Camilo Sanvezzo. O time, que não teve um bom resultado nas últimas temporadas, está preparado para desempenhar um bom papel na Major League Soccer (MLS) 2013, que começa em março. A grande novidade no ataque é o brasileiro Paulo Jr., que chegou em janeiro, com todo o gás. Garra e determinação não vão faltar se depender desses brasileiros, que estão empenhados em levar o Whitecaps para a final da MLS 2013. Camilo o Mágico aposta alto. “O time está melhor preparado e queremos vencer”. Paulo Jr. está otimista com os treinos. “Estou me adaptando rápido ao time e vou fazer o melhor. Estou feliz aqui”, disse. Camilo e Paulo têm como grande inspiração o jogador Ronaldo Fenômeno. Camilo nasceu em Presidente Prudente, interior de São Paulo, e está no Whitecaps desde 2011. Jogou em Malta e na Coréia do Sul antes de desembarcar no Canadá. Paulo Jr. é de Francinópolis, interior do Piauí, e vem chamando a atenção dos times internacionais desde 2009. Passou pelo Miami FC, atual Fort Lauderdale Strikers, e pelo Real Salt Lake (ambos dos EUA). No Brasil, jogou no Flamengo do Piauí e no Ituano.

LUCAS SOCIO/BRAZILIAN VIBE

2013 SCHEDULE

28

Brazilian Vibe SPring/Primaver 2013

Date

Time

VS

Sat, March 2

3:30 p.m.

TOR

Sat, March 9

4:30 p.m.

CLB

Sat, March 23

5:30 p.m.

HOU

Sat, March 30

7:30 p.m.

CHV

Sat, April 6

7:30 p.m.

SJ

Sat, April 13

1:00 p.m.

RSL

Sat, April 20

5:30 p.m.

DAL

Wed, April 24

6:00 p.m.

EDM

Sat, April 27

3:00 p.m.

DAL

Wed, May

1 7:00 p.m.

EDM

Sat, May 4

6:00 p.m.

RSL

Sat, May 11

4:00 p.m.

LA

Wed, May 15

TBD

TBD

Sat, May 18

4:00 p.m.

POR

Wed, May 29

TBD

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