Brazilian Vibe N.10 - Winter 2013

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Vancouver

English | Português • Winter | Inverno 2013 • Vol. 4 • No. 10 • Year | Ano 3

FREE GRÁTIS

PARENTS JOIN FORCES TO TEACH THEIR KIDS ABOUT BRAZIL’S CULTURE AND LANGUAGE PAIS JUNTAM FORÇAS PARA ENSINAR SEUS FILHOS SOBRE A CULTURA E A LÍNGUA DO BRASIL



10 “ ”

inside

NUMBER NÚMERO WINTER / INVERNO 2013 On the cover / na capa: Thomas Bratanich, Marcia Bratanich Cover photo / foto da capa: Maria Leticia Tkach/Oficina Curumim

índice 4 6

LETTER FROM THE PUBLISHERS CARTA DOS EDITORES PROFILE PERFIL

My daughter speaks like a gringa!

Ernesto Otto Rubarth, Consul General of Brazil in Vancouver Ernesto Otto Rubarth, cônsul-geral do Brasil em Vancouver

10 STUDY ESTUDOS

Angelica Loughrey Marketing Director, Oficina Curumim

CULTURE: OFICINA CURUMIM p. 18

Studying in Canada: A Brazilian Perspective Estudando no Canadá: A perspectiva de um brasileiro

24

Students combine English language learning with ski and snowboard instruction courses Alunos brasileiros vão além das aulas de inglês e buscam cursos de instrução de esqui e snowboard

14 TOURISM TURISMO Get to know Curitiba with a bird’s eye view Conheça Curitiba vista do alto

PHOTOS/FOTOS: TOP/TOPO: LUCAS SOCIO, CENTRE/CENTRO: JOEL ROCHA, BOTTOM/EMBAIXO: TOURISM WHISTLER

TOURISM: CURITIBA p. 14

18

SPORTS ESPORTES

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BUSINESS NEGÓCIOS Cultural differences in Business between Brazil and Canada Diferenças culturais nos negócios entre Brasil e Canadá

CULTURE CULTURA Oficina Curumim brings Brazilian culture and language to kids Oficina Curumim traz a língua portuguesa e a cultura brasileira para as crianças de Vancouver

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LAST WORDS SAIDEIRA Find out how Leonardo Trassi, the only Brazilian employee at Whistler Blackcomb, got his break Descubra como Leonardo Trassi, único funcionário brasileiro de Whistler Blackcomb, conseguiu a vaga

SPORTS: SNOW SPORTS p. 24

Brazilian Vibe Winter/Inverno 2013

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Greg Ehlers

letter from the publishers carta dos editores

THIAGO SILVA & LUCAS SOCIO

ENGLISH

PORTUGUÊS

Yes, the cold weather has arrived. Suffering from the amnesia caused by the beautiful Vancouver summer, we forget that this time of year still exists. But as we know, life does not stop, and there are ways to take advantage of the cold and snow. Besides the sudden arrival of the cold this winter, we also met the new Consul General of Brazil in Vancouver, Ernesto Otto Rubarth. We had the opportunity to learn a little more about his career as a diplomat and his expectations in Vancouver. Looking to offer a different perspective on what it’s like to study abroad, we decided to talk about studying within Canada. Our reporter Vitor Borba, who lives in Vancouver and studies at Simon Fraser University, studied for a semester at a university in Montreal. With a Brazilian perspective, Borba tells us that despite the fact that both cities are located in Canada, they are very different. In the tourism section we continue our journey through the host cities of the World Cup 2014 in Brazil. We now present the charming city of Curitiba, in the state of Paraná. Read more to learn about its main tourist attractions and local vibe. In order to teach their children the Portuguese language and the history and customs of Brazil, a group of Brazilian parents created Oficinas Curumim. With this initiative, their children will be able to understand their family heritage, Brazilian identity, and learn a second language ​from an early age. One advantage of the winter in Canada is the arrival of the ski and snowboard season. We met some Brazilians who came to Canada, fell in love with the sport and even became ski instructors. In the second article of our business series, we talked to Brazilians who are already well established in the job market in Vancouver and asked them about the cultural differences between doing business in Brazil and Canada. In the last words section, closing this chilling edition, we found a Brazilian who works at the ski resort in Whistler, and he tells us a little about his experience. Hopefully a little reading can warm you up this season. Enjoy it.

Sim, o frio chegou. Sofrendo com a amnésia causada pelo verão de Vancouver, acabamos nos esquecendo de que esta época do ano existe. Mas, como sabemos, a vida não para, e temos de aproveitar as vantagens que o frio e a neve oferecem. Além do frio que chegou repentinamente, neste inverno, conhecemos o novo cônsul-geral do Brasil em Vancouver, Ernesto Otto Rubarth. Tivemos a oportunidade de saber um pouco mais sobre sua trajetória como diplomata e suas expectativas em Vancouver. Pensando em oferecer uma perspectiva diferente sobre intercâmbio, decidimos falar sobre o assunto dentro do Canadá. Nosso repórter Vitor Borba, que vive em Vancouver e estuda na Universidade Simon Fraser, foi fazer um semestre em uma universidade de Montreal. Com uma perspectiva brasileira, Borba nos conta que, apesar de serem canadenses, as duas cidades são bem distintas. Na seção de turismo, continuando nossa jornada com as cidades-sede da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, apresentamos a charmosa cidade de Curitiba, localizada no estado do Paraná. Conheça seus principais pontos turísticos e atrativos. A fim de ensinar aos filhos a língua portuguesa, a história e os costumes do país, um grupo de pais brasileiros criou a Oficina Curumim. Dessa forma, as crianças que estão sendo criadas no Canadá poderão ter sua própria identidade, entender sua família de uma outra maneira e aprender duas línguas desde cedo. Uma das vantagens do inverno no Canadá é a chegada da temporada de esqui e snowboard. Conhecemos alguns brasileiros que vieram para o Canadá, se apaixonaram pelo esporte e até viraram instrutores de esqui. Na segunda reportagem de nossa seção de negócios, conversamos com brasileiros que já estão bem estabelecidos no mercado de trabalho em Vancouver e exploramos as diferenças entre o Brasil e o Canadá. Na saideira, para fechar esta edição de neve, achamos um brasileiro que trabalha na estação de esqui em Whistler, que nos conta um pouco de sua experiência. Esperamos que um pouco de leitura possa esquentar você nesta estação.

THIAGO SILVA & LUCAS SOCIO Publishers Editores Gerais 4

Brazilian Vibe Winter/Inverno 2013


www.brazilianvibe.ca facebook: brVIBEmag twitter: @brVIBEmag PUBLISHERS EDITORES GERAIS Thiago Silva thiago@brazilianvibe.ca Lucas Socio lucas@brazilianvibe.ca EDITOR-IN-CHIEF REDATOR-CHEFE Thiago Silva PHOTO EDITOR EDITOR DE FOTOGRAFIA Lucas Socio PHOTOGRAPHER FOTÓGRAFO Vitor Munhoz COPY EDITORS REVISORES Maia Odegaard Edson de Oliveira CONTRIBUTORS COLABORADORES Murilo Battisti Vítor Borba Patrícia Mattos Phoebe Yu WEBMASTER WEBMASTER Erico Nascimento GRAPHIC DESIGN DESENHO GRÁFICO Thiago Silva PUBLISHED BY S&S Media 349 W. Georgia St. PO Box 2807 Vancouver, BC V6B 3X2 Canada Brazilian Vibe magazine is published quarterly by S&S Media. All contents copyrighted. S&S Media does not assume responsibility for any claims made by its advertisers, or for any information dispensed. The articles and information printed are for information only and do not necessarily reflect the views from the publishers. Written permission from the publishers is required to reproduce, quote, reprint or copy any content in part or whole. To send feedback, or for contribution guidelines, please email info@brazilianvibe.ca. For advertising enquiries or to distribute Brazilian Vibe in your store contact info@brazilianvibe.ca or call Lucas Socio 778.772.6808. Brazilian Vibe is printed at Mitchell Press in Burnaby, BC, and a proud member of the Magazine Association of BC.

this issue’s contributors colaboradores desta edição MURILO BATTISTI Battisti is a journalist and has worked for four years at CBN radio in Maringá, Brazil, as well in television, webjournalism and public relations. He has won several awards in Brazil for his journalistic work.

Battisti é jornalista e trabalhou na Rádio CBN de Maringá (PR) por quatro anos. Também atuou em TV, webjornalismo e assessoria de imprensa. Como repórter no Brasil, já foi premiado nacionalmente.

VÍTOR BORBA Borba is currently a Communication student at SFU and holds a research fellowship from his faculty. He has worked for VLAFF as a programming assitant and for HELP, at UBC, as a videographer.

Borba é estudante de Comunicação na SFU e tem uma bolsa de pesquisa em sua faculdade. Ele já trabalhou no VLAFF, como assistente de programação, e na HELP, UBC, como videógrafista.

PATRÍCIA MATTOS Mattos has worked in corporate communications at major global advertising agencies such as WMccann and Neogama/BBH. She came to Vancouver to study and learn about other cultures.

VITOR MUNHOZ

Brazilian in Vancouver since 2005, Munhoz specializes in editorial, music, and food photography whenever he’s not drawing, playing music, or writing about himself in the third person.

THIAGO SILVA

Silva has over 10 years of experience in communication and is an award-winning documentary filmmaker. He has worked for TVE Brasil, SBT, Disney Channel in Brazil, as well as cable TV channels in Canada.

Com experiência em comunicação empresarial, Mattos já passou por grandes agências de publicidade, como WMcCann e Neogama/BBH. Mudou-se para Vancouver para estudar e conhecer novas culturas.

Residente em Vancouver desde 2005, Munhoz é especializado em fotografia editorial, musical e gastronômica, quando não está desenhando, tocando, ou escrevendo sobre si, na terceira pessoa.

Silva tem mais de 10 anos de experiência em comunicação. Documentarista premiado internacionalmente, já atuou na TVE Brasil, no SBT e no Disney Channel no Brasil, além de canais de TV a cabo no Canadá.

LUCAS SOCIO Professional photographer since 2006, Socio has had articles and photographs published in major publications. He was the photo editor at SFU’s The Buzz and photojournalist at The Source newspaper.

Fotógrafo profissional desde 2006, Socio já publicou matérias e fotos em grandes veículos de comunicação. Foi editor de fotografia da revista The Buzz, da SFU, e fotojornalista do jornal The Source.

PHOEBE YU Yu holds a Political Science degree from the University of British Columbia and has been a regular writer for The Source newspaper. She is also involved in Vancouver Media Co-op.

Yu é formada em Ciência Política na Universidade da Colúmbia Britânica e contribui regularmente com o jornal The Source. Ela também participa da Vancouver Media Co-op.

Brazilian Vibe magazine acknowledges the support received from: Copyright ©2013 S&S Media. All rights reserved ISSN 2291-0603 (Print) - ISSN 2291-0611 (Online)

Reconhecemos o apoio de: Brazilian Vibe Winter/Inverno 2013

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VITOR MUNHOZ/BRAZILIAN VIBE

PROFILE PERFIL

Ernesto Otto Rubarth, Consul General of Brazil in Vancouver 6

Brazilian Vibe Winter/Inverno 2013

A New


ENGLISH

T

he nails dotting the barren walls giveaway that someone has just moved out, and the new tenant has yet to unpack his bags. Ernesto Otto Rubarth, the new Brazilian Consul General in Vancouver arrived from the Swiss capital in September and is starting to get acquainted with the city. Rubarth’s diplomatic career has taken him to countries in South America, Africa, Asia and Europe before arriving in Canada. He holds a Bachelor of Law and Philosophy from the Rio Grande Federal University (Universidade Federal do Rio Grande, in Portuguese) and a Masters from the Pontifical University of Rio de Janeiro (PUC-RJ). The new Consul General sat down with Brazilian Vibe after a long day of work for a chat. Brazilian Vibe – Is this your first time in Vancouver? Ernesto Otto Rubarth – I’ve been to Vancouver once before during a personal trip in 2000 and had a very good impression of the city. It seems like this is a very dynamic and pleasant place to be, but I came during the summer season, so it was sunny. I am very happy with the opportunity to be here. BV – In which cities have you worked as a representative of Brazil? EOR – I have worked in Prague, Stockholm, Los Angeles, Montevideo, Pretoria, Seoul, in addition to periods working in Brasília and as secretary of international relations for the state of Rio de Janeiro. Most recently I was working in Geneva, and now I am here. BV – What are the similarities and differences between the Brazilian community here and in Geneva? EOR – Here the community is comprised mostly of professionals and highly educated individuals who immigrated to Canada through a directed process. There basically aren’t any illegal or undocumented Brazilian immigrants here. In Switzerland it’s mostly people with not a lot of education and who immigrate looking for a better financial standing. It’s a contrast.

PORTUGUÊS

O

s pregos espalhados pela parede desnuda denunciam: alguém acabou de se mudar e o novo ocupante ainda não desfez as malas. Recém-chegado da capital Suíça, o gaúcho Ernesto Otto Rubarth assumiu o posto de cônsul-geral do Brasil em Vancouver em setembro. Rubarth já representou o Brasil em postos na América do Sul, África, Ásia e Europa antes de chegar a Vancouver. Formado em Direito e Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande e mestre em Sociologia Política pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), o novo cônsul-geral está se adaptando ao novo posto em Vancouver. Depois de um longo dia de trabalho, ele recebeu a Brazilian Vibe em seu escritório para uma longa e animada conversa. Brazilian Vibe – É a primeira vez que vem a Vancouver? Ernesto Otto Rubarth – Eu já tinha passado por Vancouver uma vez, numa viagem pessoal em 2000, e fiquei muito bem impressionado com a cidade, que me pareceu muito dinâmica, muito agradável, mas foi no verão, então, fazia sol. Fiquei muito satisfeito com a ideia de vir para cá. BV – Em quais outras cidades e países já trabalhou representando o Brasil? EOR – Eu passei por Praga, Estocolmo, Los Angeles, Montevidéu, Pretória, Seul, além de períodos trabalhando no Brasil na Secretaria de Estado em Brasília e secretário de relações internacionais do Estado do Rio de Janeiro. Mais recentemente, em Genebra e, agora, aqui. BV – Quais as diferenças entre a comunidade brasileira em Vancouver e Genebra? EOR – Aqui, a comunidade é composta principalmente de profissionais liberais, gente bem qualificada que veio pra cá num programa de imigração orientada e dirigida. Não há praticamente nenhum imigrante ilegal ou irregular. Na Suíça, são pessoas que foram para lá para melhorar o padrão de vida, de pouca instrução. É um contraste.

Outlook

THIAGO SILVA

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LUCAS SOCIO/BRAZILIAN VIBE

It seems like this is a very dynamic and pleasant place to be.

ENGLISH

PORTUGUÊS

BV – What is your daily routine like? EOR – Usually I try to keep up with the day’s news, and then I read the information on the wires from Brasília to learn about instructions, news and official positioning on different affairs. After that I go around the office to check on the service that is being provided to the public. I also pay visits to my colleagues and local authorities to discuss different topics and get to know their agendas better.

BV – Como é seu dia a dia? EOR – Geralmente eu, primeiro, tento me inteirar sobre as notícias do dia, depois, leio as informações que chegaram de Brasília, instruções, novidades e posições brasileiras em diferentes situações. Depois, faço uma espécie de ronda pra ver como anda o atendimento da comunidade. Faço visitas a colegas para discutir e conhecer a área na qual eles vêm atuando aqui e autoridades locais.

BV – What was the most difficult decision that you had to make in your career? EOR – There were many, it’s hard to choose one, but there were several interesting events. I helped organize the first summit of South American and Arab countries. It was a very innovative experience to promote dialogue between two regions that did not know too much about each other, despite the massive presence of Arabs in Brazil. In Prague, reporters from a Brazilian magazine got in trouble when they tried to interview a dissident movement near the border with then Czechoslovakia. They thought it was going to be easy, but it wasn’t.

BV – Qual foi a decisão mais difícil que teve de tomar durante sua carreira? EOR – Foram algumas, fica difícil escolher uma, mas houve episódios interessantes. Participei da organização do primeiro encontro entre os países da América do Sul com os países árabes. Foi uma experiência muito inovadora, estimular o diálogo entre duas regiões que pouco se conheciam, apesar da presença de tantos árabes no Brasil. Em Praga, a equipe de uma revista brasileira resolveu fazer uma entrevista com um movimento de dissidentes próximo da fronteira com a então Tchecoslováquia, e eles pensavam que seria simples, mas não foi.

BV – What will change in the Canada/ Brazil relationship after the recent revelations in the media that Canada was spying on Brazil? EOR – I think there is going to be an impact in the immediate relations, it’s an irritating factor, and we are appalled. We were not expecting that something like this could happen. Both countries have a strategic partnership; investments are growing on both sides. I think there won’t be a more serious repercussion in the long run since our relations are stronger than this [episode].

BV – O que muda nas relações BrasilCanadá após as revelações feitas pela mídia de que o Canadá participou de espionagem no Brasil? EOR – Acho que vai afetar o relacionamento mais imediato, é um fator de irritação, de descontentamento do nosso lado, e não era de se esperar que isso pudesse acontecer. Os dois países têm uma parceria estratégica, investimentos cada vez maiores de lado a lado. Acho que não terá uma repercussão dentro de um universo mais amplo das relações que são muito mais abrangentes do que isso.

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COUNTRIES

5

CONTINENTS

3

TIMES

WORKING IN BRAZIL

2

ND

TIME IN VANCOUVER



STUDY ESTUDOS

Studying in Canada: A Brazilian Perspective

After three years in Vancouver, Vítor Borba found a little bit of Brazil in Montreal Depois de três anos em Vancouver, Vítor Borba encontrou um pouco do Brasil em Montreal

VÍTOR BORBA

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PERSONAL FILE ARQUIVO PESSOAL

Nowhere in Canada had I seen such a Latin rapport between two people.

ENGLISH

The short and extremely energetic old lady standing in front of the students pushed me out of a state of boredom at the back of the class, intriguing me right away with the sentence “Derrière une langue il y a toujours un langage.” In her explanation she said, rather simply, that an idiom carries with itself a particular way of behaving, interacting with other people and perceiving the world. Significance emanates constantly from the verbal and the non-verbal, which is interpreted according to a given cultural context. Her name was Nicole Therrien, a scholar who conducts research in the field of intercultural communication at the University of Québec in Montreal (UQAM), where I am currently enrolled through an academic exchange program, after studying in Vancouver for three years at Simon Fraser University. Little did she know, she had just explained my first impressions of Montreal. Couples making out on the sidewalks, friends hugging each other at the entrances of clubs and bars, heated political debates in class, loud conversations everywhere, communist graffiti on the university walls, casual flirting

and flashy, beautiful smiles. This metropolis throbs as if in love for the first time: sensually passionate and sweet at times, incredibly jealous and enraged just as easily. The pulse is always firm and warm, following the beat of Mount Royal’s weekly tam tams and the dissonant melodies of innumerable jazz musicians strolling across the city with their instruments. As the sound of music echoes on the brick walls of the city’s historical buildings, it mixes with the voices of thousands of students leaving class and heading straight to the bars nearby, speaking lively in clear Québécois French. Much like the Brazilian Portuguese, compared to Portugal’s Portuguese, Quebec’s French has longer vowels, a slower pace and a sweeter melody compared to France’s. As Ms. Therrien explained, the way of speaking frequently embodies the personality. “Allô!” — warm smile, kiss, kiss, eye to eye, the conversation is ready to start. Nowhere in Canada had I seen such a Latin rapport between two people. In general terms, the Québécois could be placed mid-way between Brazilians and English Canadians in terms of a scale of interpersonal communication, from

VÍTOR BORBA AT MOUNT ROYAL PARK VÍTOR BORBA NO PARQUE MONTE REAL

PORTUGUÊS

A pequena senhora discursando energeticamente frente aos estudantes me tirou de um estado de tédio no fundo da sala e me intrigou repentinamente com a frase “Derrière une langue il y a toujours un langage”. Ao explicar a afirmação, ela disse que cada idioma carrega um comportamento específico, uma interação interpessoal particular e uma maneira distinta de ver o mundo. Significados emanam o tempo todo de interações verbais e não verbais, sendo interpretados de acordo com o contexto cultural. O nome da senhora é Nicole Therrien, uma acadêmica que faz pesquisas sobre comunicação intercultural. Ela é professora da Universidade do Québec em Montreal (UQAM), onde estudo atualmente através de um programa de intercâmbio universitário com a Universidade Simon Fraser, após morar em Vancouver durante três anos. Casais se agarrando pelas ruas, amigos se abraçando nas entradas de bares e boates, acalorados debates sobre política em sala de aula, tagarelas em todos os cantos, grafite comunista nas paredes da universidade, flertes casuais e lindos sorrisos. A metrópole da província de Québec pulsa como se estivesse Brazilian Vibe Winter/Inverno 2013

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ENGLISH

PORTUGUÊS

warm to cold. Not as touchy as down South, not as reserved as in the rest of country— just right. As captivating and intriguing as the people of Quebec are the social, political and cultural issues in the province. However, if the Québécois did not care, independence, francophone media, provincial identity and immigration, would not be interesting topics. It so happens they do care. Moreover, they show it and they believe in what they (literally) fight for. Although the francophone population disagrees on certain matters, the feeling of unity among them is vast, as the love for their language unites them all. Many of the sentences above conjure loose generalisations, and it could be that I have been away from Brazil for too long, but Montreal felt like home instantly.

amando pela primeira vez: sensualmente passional e doce algumas vezes, porém incrivelmente ciumenta e brava quando deseja. No entanto, a pulsação é sempre firme e calorosa, seguindo a batida dos tam-tams semanais do Monte Real e as melodias dissonantes dos incontáveis músicos de jazz que caminham pela cidade com seus instrumentos. As canções que ecoam nas paredes de tijolo dos prédios históricos de Montreal se misturam com as vozes de milhares de estudantes saindo da aula em direção aos bares das redondezas, falando alto em um québécois bem claro. Similar ao português brasileiro, comparado ao de Portugal, o francês do Québec tem vogais mais longas, pronúncia mais lenta e uma melodia mais doce do que o da França. Como bem disse a Sra. Therrien, a maneira de falar é, frequentemente, um reflexo da personalidade. “Allô!”, sorriso cativante, beijinho, beijinho, olho no olho, estamos prontos para começar a conversa. Em nenhum outro lugar no Canadá, vi uma interação tão autenticamente latina entre duas pessoas. Em termos gerais, poderíamos

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colocar os quebequenses bem no meio entre brasileiros e canadenses anglófonos em uma escala de comunicação interpessoal, de quente a frio. Eles não são tão grudentos, como no sul do planeta, nem tão reservados, como no resto do país. Tratam uns com os outros na medida certa. Tão convidativas e intrigantes quanto as pessoas em Québec são as problemáticas sociais, políticas e culturais da província. No entanto, se os quebequenses não lhes dessem importância, a independência, a mídia francófona, a identidade provincial e a imigração não seriam tópicos interessantes. Acontece que eles se importam, e muito. Além do mais, eles o mostram e acreditam nas causas pelas quais lutam (literalmente). Apesar da divergência de opiniões dentro da comunidade francófona em torno de algumas questões, o sentimento de unidade é forte, motivado pelo o amor à língua-mãe. Muitas das frases acima constituem generalizações vagas, é claro, e talvez seja devido ao extenso período fora do Brasil, mas admito ter-me sentido em casa assim que cheguei a Montreal.

PERSONAL FILE ARQUIVO PESSOAL

VÍTOR BORBA ENJOYING THE BOHEMIAN LIFE WITH FRIENDS IN MONTREAL VÍTOR BORBA DESFRUTANDO DA VIDA BOÊMIA COM AMIGOS DE MONTREAL

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TOURISM TURISMO

WORLD CUP 2014 HOST CITY CIDADE-SEDE DA COPA 2014

JOEL ROCHA/SECRETARIA DE TURISMO DO PARANร

This is

CURITIBA SKYLINE VISTA DE CURITIBA

In the south of Brazil, the capital of Paranรก state awaits you with lots of parks, nature, and a vibrant cultural scene

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Curitiba MURILO BATTISTI

ENGLISH

PORTUGUÊS

It’s common for Brazilians to draw comparisons between Brazil and other countries. Many Brazilians say “we don’t have this in Brazil” or “if this were my hometown, it wouldn’t be like this.” As we walk along the beautiful Vancouver streets, one Brazilian city might come to mind: Curitiba, the capital of Paraná State, and known around the world for its urban design. Maybe comparing Vancouver to the capital of Paraná is a bit of a stretch because it is not easy to find similarities between Canadian and Brazilian cities, however, if you know both cities well enough, it is not hard to find similarities: the rainy and cold weather, the efficient public transportation system, the urban organization, beautiful buildings, lots of parks, nature, and the prominent environmental and sustainable mindset amongst its citizens. When the topic is tourism, it’s relatively easy to talk about Curitiba. This beautiful city has many attractions that must be visited by every tourist, such as the botanical garden, “Ópera de Arame” (a wire-enclosed theatre), Barigui Park, the downtown historical buildings, its squares, etc. But there is also a very straightforward way to see all of these attractions: The Curitiba Tourism Line, a bus service that caters to tourists. From the second floor of these doubledeckers, tourists can have an unobstructed view of 23 attractions with a feeling of being on the SkyTrain. It takes about 2.5 hours to complete the 45km route. The bus has a sound system, which gives the passengers more information about each point of interest. It’s a great way to visit all the tourist attractions in the city without the hassle of paying multiple fares. The tour costs $15 and you are allowed to hop on a total of five times.

É comum ouvirmos comparações do Brasil com outros países. Muitos brasileiros dizem: “No Brasil, não tem disso” ou: “Se fosse na minha cidade [brasileira], não seria assim”. Ao percorrermos algumas das belíssimas ruas e avenidas de Vancouver, podemos num momento ou outro pensar em uma cidade brasileira que é internacionalmente conhecida pelo seu urbanismo: Curitiba, a capital paranaense. Talvez seja muita audácia comparar Vancouver com a capital paranaense, porque não é fácil cruzar características de lugares canadenses com as de lugares brasileiros, são muitas as peculiaridades. Porém, conhecendo bem as duas cidades, não é difícil traçar perfis similares: clima propenso a chuva e frio, transporte público eficiente, organização urbana, belos prédios, muitos parques, bosques, praças e uma preocupação evidente com o verde e a sustentabilidade. Por um lado, é relativamente fácil falar sobre Curitiba na área de turismo. A bela cidade possui pontos que todos deveriam conhecer ao visitá-la: o Jardim Botânico, a Ópera de Arame, o Parque Barigui, os prédios históricos do centro, as praças etc. E existe uma maneira bastante prática de conhecer boa parte destas atrações: a Linha Turismo de Curitiba. Trata-se de um ônibus projetado especialmente para os turistas, que percorre 23 pontos turísticos da cidade. Ele oferece uma ampla visão dos locais, no melhor estilo SkyTrain, já que possui dois andares e alguns são abertos na parte de cima. O percurso é de aproximadamente 45 km e gastam-se cerca de duas horas e meia para conhecer todos os locais. Os veículos da Linha Turismo são equipados com um sistema de som que fornece informações sobre os pontos durante a viagem.

No sul do Brasil, a capital do Paraná oferece muitos parques, natureza e uma vibrante cena cultural

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JOEL ROCHA/SECRETARIA DE TURISMO DO PARANÁ

ÓPERA DE ARAME OSCAR NIEMEYER MUSEUM MUSEU OSCAR NIEMEYER

ENGLISH

On the other hand, how can a tourist get to know the true spirit of Curitiba? Not only its places, but also the people of Curitiba. To achieve this, I asked for the assistance of Gustavo Scapulatempo Strobel, a local entrepreneur who has lived in the city his whole life. He didn’t hesitate to say: “A great place to visit is the ‘hippie fair’. Foreign tourists find it especially interesting.” The famous “hippie fair,” which is officially called Largo da Ordem Fair, happens every Sunday from 9 a.m. to 2 p.m. in the historic downtown district. Since 1973, this street fair has showcased a wide range of handmade products, cultural presentations, and different types of food. This is certainly a great way to get to know Curitiba’s culture.

PORTUGUÊS

JOEL ROCHA/SECRETARIA DE TURISMO DO PARANÁ

Sem dúvida, uma ótima pedida para quem quer conhecer o máximo de atrações curitibanas. Para embarcar, é necessário comprar uma cartela com cinco tíquetes. O valor é de R$ 29, com direito a um embarque e quatro reembarques. Por outro lado, propus a mim mesmo um desafio por meio da seguinte pergunta: como um turista poderia conhecer o verdadeiro espírito curitibano? Não somente lugares, mas também pessoas que vivem na capital do Paraná. Para isso, pedi a ajuda de alguém que nasceu e vive até hoje por lá – o empresário Gustavo Scapulatempo Strobel, que não hesitou em responder: “Principalmente para os estrangeiros, o ideal seria conhecer a feirinha hippie”. A famosa “feirinha hippie”, cujo nome oficial hoje é Feira do Largo da Ordem, ocorre todos os domingos, das 9h às 14h, no Centro Histórico de Curitiba. Ela ocorre desde 1973 e, atualmente, conta com uma vasta exposição de produtos artesanais, gastronômicos e apresentações culturais. Uma dica valiosa para conhecer o melhor da cultura curitibana. 16 18

Brazilian Vibe Winter/Inverno 2013 Brazilian Vibe Spring/Primavera 2013


JOEL ROCHA/SECRETARIA DE TURISMO DO PARANÁ

BARIGUI PARK PARQUE BARIGUI

JOEL ROCHA/SECRETARIA DE TURISMO DO PARANÁ

PARQUE TANGUÁ TANGUÁ PARK

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CULTURE CULTURA

Parents get together to teach Brazil’s culture and language to their kids ENGLISH

The calm Sunday morning is abruptly taken over by the sound of children running, playing and yelling in Portuguese. Then, all of a sudden, a euphoric Angelica Loughrey declares: “My daughter speaks like a gringa!” Followed by a resounding laughter. But it hasn’t always been like this. Loughrey, whose husband is Canadian, felt that her daughter Laura, 4, couldn’t express herself very well in Portuguese—the fact that her husband doesn’t speak the language of Camões only exacerbates the situation. Then when she met Marvio Longinho—father of Camila, 6, and Felipe, 2—a Brazilian who had just arrived from Toronto where he coordinated a Brazilian culture and language workshop. The two joined forces with other Brazilian parents and founded Oficina Curumim (Curumim workshops), a project of cultural education, which aims to bring together their kids and the Brazilian culture. Curumim, which means “child” in Tupi-Guarani, a native Brazilian language, was the name suggested by Loughrey’s mother and struck a note with the group, which approved it unanimously. The classes take place every Sunday and parents pay $80 per month to cover the cost of materials and renting the facilities, in addition to helping with planning and activities. “It’s a voluntary work that requires dedication,” explained Loughrey. The workshops started in October 2012 with a group of 12 students, today there are three groups, led by three vonteeer teachers, with a total of 25 students. The classes are full and there are 30 kids on the waiting list. “You can’t just come here and teach,” Longinho pointed out. The education plan is based on the constructivist theory where the development of activities is determined with some input from the students. “We are not an official school, there are no tests,” explained Loughrey. The classes are composed of a mix of playful and academic activities, as well as an exchange of experiences between teachers, parents and students. There are no desks. This mix of non-conventional classroom activities, and the fact that everyone volunteers their time, turns into an obstacle when recruiting instructors. “We are always looking for teachers. One of the biggest challenges is finding quality instructors,” revealed Loughrey. The challenge in the classroom is also substantial. Thaise Wardil is one of the teachers who reserve their Sunday mornings to teach these little Brazilians about the culture and language of Brazil. “The greatest obstacle is when a child comes to class unable to speak Portuguese. Without understanding [the language], it’s difficult and it limits the interaction,” explained Wardil. The parents, however, notice the results almost immediately. 18

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LUCAS SOCIO/BRAZILIAN VIBE

Pais unem forças para ensinar a cultura e a língua do Brasil a seus filhos PORTUGUÊS

Hello, my name is Curumim THIAGO SILVA

A calma manhã de domingo é abruptamente interrompida pelo barulho de crianças correndo, brincando e gritando em português. De repente, escuta-se uma mãe eufórica: “A minha filha tem sotaque de gringa!”. É Angelica Loughrey, em meio a gargalhadas. Mas não foi sempre assim. Loughrey, que é casada com um canadense, sentiu que a filha Laura, 4, não conseguia se expressar bem em português, e o fato de seu marido não falar a língua de Camões complicou ainda mais a situação. Foi então que ela conheceu Marvio Longinho – pai de Camila, 6, e Felipe, 2 –, um brasileiro que acabara de chegar de Toronto, onde, dentre outras obrigações, coordenava uma oficina de língua e cultura brasileiras. Juntaram-se então a outros pais brasileiros e criaram a Oficina Curumim, um projeto de educação cultural para aproximar os pequenos da cultura e língua tupiniquins. As aulas são realizadas aos domingos e os pais pagam $ 80 por mês para cobrir os custos de locação do espaço e materiais, além de ajudarem na logística e nas atividades. “É um trabalho voluntário e que exige tempo”, explica Loughrey. A oficina começou em outubro de 2012, com uma turma de 12 alunos, e hoje tem três turmas, com um total de 25 alunos. Lideradas por três professoras voluntárias, as salas estão completas e há uma lista de espera com 30 crianças. “Não é só chegar aqui e dar aula”, salienta Longinho. O plano de ensino é baseado na teoria do construtivismo, onde o desenvolvimento das atividades é determinado em conjunto com os alunos. “Não somos uma escola oficial, não tem provas”, explica Loughrey. As aulas misturam atividades lúdicas, acadêmicas e a troca de experiências entre os professores, pais e alunos. Não há carteiras. Essa mistura de atividades não convencionais para uma sala de aula, e o fato de todos serem voluntários, é um obstáculo no recrutamento de instrutores. “Estamos sempre procurando professores. Um dos maiores desafios é encontrar professores de qualidade”, desabafa Loughrey. O desafio na sala de aula também é grande. A pedagoga Thaise Wardil é uma das professoras que dedicam suas manhãs de domingo para instruir esses brasileirinhos sobre a cultura e a língua do Brasil. “O maior obstáculo é a criança que não chega falando. Sem entender [a língua], é difícil e o contato fica limitado”, explica Wardil. O resultado, porém, é percebido quase que imediatamente pelos pais. “Eu chorei quando vi meu filho se expressando emocionalmente em português. É muito lindo”, diz Elaine Davies, mãe de Liam, 3. Daniele Ang, mãe de Gabriela, 4, faz coro. Brazilian Vibe Winter/Inverno 2013

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“I cried when I heard my son expressing his emotions in Portuguese. It was very beautiful,” said Elaine Davies, mother of Liam, 3. Daniele Ang, mother of Gabriela, 4, agrees. “We feel the necessity to bring her to an environment where she can meet other people who speak Portuguese, and this has sparked her curiosity about Brazilian history,” she said. Everyone agreed that despite the obstacles, it is worth the effort, but Longinho dreams big. To him, a permanent space that incorporates other cultural activities such as Capoeira and music, would be ideal. “If I had a dream, this would be it, a place where the Brazilian culture would always be present,” he added. It’s almost lunchtime, teachers, parents, and even some of the students help each other to tidy up the classrooms for the next client who rents the space. The children leave anxious—not because the class is over, but rather because several of the families complement the Brazilian cultural immersion with a tasty lunch at the nearby Boteco Brasil restaurant. Maybe Longinho’s dream has already come true, even if only on Sundays.

“Sentimos a necessidade de trazê-la pra um ambiente onde ela possa conhecer outras pessoas que falam português, e isso tem despertado a curiosidade dela sobre a história do Brasil”, ela diz. Todos concordam que, apesar dos obstáculos, o esforço vale a pena, mas Longinho sonha alto, para ele, um espaço definitivo que incorpore outras atividades culturais, como capoeira e música, seria o ideal. “Se eu tivesse [que realizar] um sonho, seria esse, um lugar onde a cultura brasileira estivesse sempre presente”, completa. A hora do almoço se aproxima, professores, pais e até alguns alunos ajudam a guardar os materiais para deixar o local em ordem para o próximo cliente que alugou o espaço. As crianças saem ansiosamente não porque a aula acabou, mas sim porque muitas das famílias continuam a imersão na cultura brasileira com um saboroso almoço no restaurante Boteco Brasil, próximo dali. Talvez o sonho de Longinho já tenha se tornado realidade, nem que seja apenas aos domingos.

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Olga Picalau

Member of Immigration Consultants of Canada Regulatory Council (ICCRC)

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EDSO N EDSO JUNIOR E N JU NIOR NJOYING D E ST A FRUT DAY OF S A DE N U M D OW B OA R IA DE D SNOW ING AT GR O B OA R D NA USE MOU N MON TANH TAIN A GR OUSE

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SPORTS ESPORTES

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Teaching and Learning

On the Slopes PATRÍCIA MATTOS

Brazilian students combine English language learning with ski and snowboard instruction courses for an authentic Canadian experience Alunos brasileiros vão além das aulas de inglês e buscam cursos de instrução de esqui e snowboard para uma autêntica experiência canadense ENGLISH

The landscape has changed. The streets, before coloured by the fallen leaves of autumn, are giving way to tones of gray and all this announces that winter has arrived. Unfortunate for some, especially those not used to low temperatures, but joyful for others, like Edson Junior and Francisco Pujol, two Brazilians passionate for extreme winter sports. Rio de Janeiro native Edson Junior, who against all odds prefers snow to his hometown’s beaches, fell in love with winter sports while he still lived in Brazil. When Junior moved to Vancouver he met a Chilean in his first week in school who was fanatic about snowboarding and taught him his first tricks. “We decided to go to Grouse Mountain in my first week in Vancouver and on my first day I was already doing jumps without falling. It was

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natural to be on the board,” said Junior. After his first contact, Junior knew he’d found his sport of choice: he bought his first gear, annual passes for the mountains, and practicing became a routine—a passion. “It was love at first drop,” jokes Junior three years later. Despite his love for the sport, Junior doesn’t think about becoming an instructor or a professional snowboarder. “Snowboarding is a hobby, it is something fun. To become a professional you have to be very brave and I admit I am not that brave. I don’t even try the risky tricks,” he explains. Unlike Junior, Pujol came to Vancouver with a clear goal: to make his dream of becoming an instructor reality. Since the age of 12 he used to go to mountains in Bariloche, Argentina, and skied until he was 16 years old. From that point onwards, Pujol explored different sports until

As paisagens mudaram. As ruas, antes coloridas pelo outono, dão espaço às cores mais cinzentas. Tudo isso anuncia que o inverno chegou. Tristeza para alguns, especialmente os não acostumados com baixas temperaturas, alegria para outros, como Edson Junior e Francisco Pujol, dois brasileiros apaixonados pelos esportes radicais de inverno. O carioca Edson Junior, que, contrariando todas as expectativas, prefere a neve às praias do Rio de Janeiro, se apaixonou pela neve de forma platônica, quando morava no Brasil. Quando se mudou para Vancouver, ainda na primeira semana escolar, conheceu um chileno fanático por snowboard que lhe ensinou as primeiras manobras em cima da prancha. “Decidimos ir para Grouse Mountain na minha primeira semana em Vancouver, e já no primeiro Brazilian Vibe Winter/Inverno 2013

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dia estava descendo rampas quase sem cair. Estar na prancha foi natural”, diz Junior. Após o primeiro contato, ele não parou mais: comprou seus primeiros equipamentos, passes anuais para estações de esqui e praticar snowboard virou uma rotina, uma paixão. O hobby já dura três anos. “Foi paixão ao primeiro tombo”, brinca Junior. Apesar de amar o esporte, ele não pensa em virar instrutor ou competir profissionalmente. “O snowboard é um hobby pra mim, é algo para me divertir. Para se profissionalizar neste esporte, tem que ter muita coragem, e confesso que não tenho muita. Não me arrisco em muitas manobras”, explica. Ao contrário de Junior, Francisco Pujol veio a Vancouver com uma meta clara: realizar o sonho de ser instrutor de esportes na neve.

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deciding snowboarding was the best one for him. In Vancouver, Pujol studied English and then moved to Whistler where he enrolled in a course offered by the Canadian Association of Snowboard Instructors in order to become an instructor. He practiced the sport for seven years before enrolling in the course in Whistler. “The beginning was relatively easy since I already had experience on a board, but even so, I had to work really hard to pass the course,” says Pujol. Pujol agrees that it is difficult to find other Brazilians in this program and the majority of students are Australian, British, and Canadian. He also recommends taking the course if you like to snowboard, because the experience of working as an instructor in Whistler is unforgettable, not to mention that the pay is attractive. Schools such as Tamwood International and the Institute of Snowboard Section 8 offer programs for those who want to improve their English and learn to ski or snowboard, become a professional, and apply for a job at a ski resort “The English course along with the ski instructor or snowboard program, in my view, can be a great way for people from Brazil to learn the language, and more about winter sports and Canadian culture,” says Tobin Leopkey, founder and director of Section 8. Whatever your choice may be, business or pleasure, fun in the snow is guaranteed during a Canadian winter. FRANCISCO PUJOL AT WHISTLER MOUNTAIN FRANCISCO PUJOL NA MONTANHA WHISTLER

Desde os 12 anos, ele frequenta as montanhas de Bariloche, na Argentina, e esquiou até os 16 anos. Daí em diante, Pujol explorou diferentes esportes até adotar o snowboard como paixão. Em Vancouver, Pujol estudou inglês e depois mudou-se para Whistler, onde realizou o curso da Associação Canadense de Instrutores de Snowboard (CASI é a sigla em inglês) para poder dar aulas de snowboard. Foram sete anos praticando o esporte antes de iniciar o curso e trabalhar em Whistler. “Os primeiros níveis foram relativamente fáceis, pois eu já tinha uma experiência grande em snowboard, mas mesmo assim tive que me esforçar para ser aprovado”, explica. Pujol afirma que é difícil encontrar brasileiros nestes cursos: a predominância é de australianos, ingleses e canadenses. Ele ainda recomenda fazer o curso se você gosta de

snowboard, pois a experiência de trabalhar como instrutor em Whistler é inesquecível, sem contar que o salário é atrativo. Visando ao público brasileiro, escolas, como a Tamwood Internacional e o Instituto de Snowboard Section 8, oferecem programas para quem quer aperfeiçoar o inglês e aprender a esquiar ou andar de snowboard, se profissionalizar e se candidatar a uma vaga de emprego nas estações de esqui do Canadá. “O curso de língua inglesa, juntamente com o de instrutor de esqui ou snowboard, a meu ver, pode ser uma ótima maneira para pessoas do Brasil aprenderem inglês, a cultura canadense e sobre os esportes de neve”, afirma Tobin Leopkey, fundador e diretor do Section 8. Seja qual for a sua escolha, lazer ou trabalho, a diversão na neve é garantida no inverno canadense.

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Consulado - Geral do Brasil em Vancouver 2020 - 666 Burrard St Vancouver BC V6C 2X8 Fone 1(604) 696.5311 Fax 1(604) 696.5366

Atendimento ao público: segunda-feira à sexta-feira 9:30 às 11:30 horas Retirada de documentos prontos: segunda-feira à sexta-feira 13:00 às 14:00 horas *Não há necessidade de agendar horário *Em caso de emergência fora do horário de atendimento, ligue no telefone geral do consulado e deixe recado.

ATRIBUIÇÕES DO CONSULADO O Consulado-Geral do Brasil em Vancouver é uma Repartição Pública do Governo Brasileiro, subordinada ao Ministério das Relações Exteriores. Sua finalidade principal é de prestar orientação, auxílio e informações aos cidadãos brasileiros, dentro dos limites estabelecidos pela legislação brasileira, pela legislação canadense pertinente e pelos tratados internacionais firmados pelo Brasil.

Funções do Consulado: Proteger os interesses dos cidadãos brasileiros em sua jurisdição, desde que estejam de acordo com a legislação brasileira e com as leis locais; Prestar auxílio e aconselhamento jurídico para cidadãos desvalidos, sem no entanto poder agir como parte legalmente constituída perante Órgãos locais; Exercer as funções de Notário Público e de oficial de Registro Civil, e, como tal, emitir certidões de nascimento, casamento, óbito, procurações, declarações, etc. Expedir documentos de viagem (passaportes, etc.) e efetuar anotações nos mesmos; Atuar como órgão alistador militar; Proceder ao alistamento eleitoral em época de eleições presidenciais e conduzir os processos eleitorais em sua jurisdição; Prestar informações relativas ao imposto de renda; Prestar informações relativas à legislação aduaneira e afins;

Não são casos de emergência:

Emitir cédula de identificação consular;

Vencimento, perda ou extravio de passaporte, informações sobre vistos e prazos e outros serviços consulares de rotina.

Autenticar documentos para que produzam efeitos no Brasil; Expedir certificados e atestados previstos na legislação brasileira; Conceder, de acordo com a legislação brasileira, vistos de entrada para que cidadãos estrangeiros possam ingressar em território nacional;

http://vancouver.itamaraty.gov.br


BUSINESS NEGÓCIOS

Cultural Differences Across Borders

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Cultural intelligence is paramount when conductuing business between Brazil and Canada Inteligência cultural é fundamental quando se fazem negócios entre Brazil e Canadá PHOEBE YU 28

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VITOR MUNHOZ/BRAZILIAN VIBE

FELIPE RAMOS, CHEF AT RIO BRAZILIAN STEAKHOUSE FELIPE RAMOS, CHEFE DA CHURRASCARIA RIO

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To be successful when conducting business between Canada and Brazil, it is important to understand the culture. “There are business opportunities everywhere,” says André Nudelman, Chairman of the Canadian Council for the Americas, as long as aspiring entrepreneurs take the proper measures to get to know their environment and the people. Nudelman suggests that the first step for newcomers who want to start a business in Canada is to develop a network of contacts. He says there are numerous resources available to start getting to know others, such as Small Business BC and other business associations. Similarly, Felipe Ramos, Executive Chef and Partner at Rio Brazilian Steakhouse, says that in both Canada and Brazil, getting to know people is the most important thing. Ramos also suggests that it’s all right for newcomers to take a lower position than they’re used to when they arrive in Canada. When Ramos arrived in Vancouver, he had already been a chef for several years, but took a job as a cook for one year and slowly built up his network. However, Nudelman cautions that Canadians are completely focused on business, contrary to Brazilians, where personal relationships are a big part of business culture and can make or break a deal. Another cultural difference that Nudelman has observed is that Brazilians hardly say “no” when going into a business meeting, but it’s not the case in Canada. He says some Brazilians might find this uncomfortable, but he considers it to be a productive attitude. On the other hand, Nudelman notes that there are also many similarities between both countries because of the large, mutual presence of multinational corporations. “They are managed in a more Western style that’s very similar to the Canadian way of doing business,” he says. Ramos says having both countries so intertwined is helpful for both economies to advance. “It’s a benefit to Canada because we’re training the workforce, and it’s a benefit to Brazil because it’s exporting our culture,” he says. After building a solid business network, Nudelman suggests reviewing the business environment and consumption habits of Canadians. “You have to do a very comprehensive analysis of the business, of the environment, competition… all this information is available,” he says. “The results will depend on how hard you’re going to work,” he believes.

Para ter sucesso nos negócios no Canadá ou no Brasil, é importante entender a cultura do país. “Há oportunidades de negócios por toda parte”, diz André Nudelman, presidente do Canadian Council for the Americas, desde que os empreendedores se preparem e pesquisem sobre os procedimentos locais e saibam como lidar com as pessoas e o ambiente de trabalho. Nudelman sugere que recém-chegados interessados em abrir o próprio negócio construam uma rede de contatos. Ele diz que há vários recursos disponíveis para começar a conhecer a comunidade empresarial local, como o Small Business BC, dentre outras entidades. Felipe Ramos, chef e sócio do Rio Brazilian Steakhouse, faz coro. Ele também reconhece que a rede de contatos é muito importante, tanto no Brasil quanto no Canadá, além de acreditar que não há problema algum em aceitar cargos que estejam abaixo do que tinha antes de vir para o Canadá. Ele tinha experiência de trabalho como chef antes de vir para Vancouver, mas aceitou trabalhar como cozinheiro durante um ano, e foi montando sua rede de contatos. Porém, Nudelman avisa que os canadenses são completamente focados no negócio, diferentemente dos brasileiros, para os quais o relacionamento pessoal tem bastante peso na cultura empresarial. Outra diferença que ele notou é que os brasileiros dificilmente dizem “não” numa reunião de negócios, mas no Canadá é diferente. Alguns brasileiros podem se sentir desconfortáveis, o que, segundo ele, é uma atitude produtiva. Por outro lado, Nudelman também percebe várias semelhanças entre os países, devido à alta concentração de empresas multinacionais. “As empresas multinacionais são administradas num estilo mais anglo-saxão, bem similares à maneira canadense de fazer negócios”, diz ele. Ramos acredita que a relação próxima dos dois países contribui para o desenvolvimento de ambas as economias. “É um benefício para o Canadá porque estamos treinando a mão de obra e é um benefício para o Brasil porque estamos exportando nossa cultura”, diz ele. Nudelman aconselha que, depois de construírem uma rede sólida de contatos, os empresários pesquisem o ramo de atuação pretendido e os hábitos dos canadenses. “Você precisa fazer uma boa análise compreensiva do ramo em que deseja atuar, da concorrência… todas essas informações estão disponíveis”, diz ele. “Os resultados dependerão de quão duro você trabalhar”, diz ele.

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LAST WORDS

SAIDEIRA

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It’s not unusual for snow sports enthusiasts to encounter an Australian or two working in the mountains of British Columbia. It’s easy to spot them: not only are their accents a dead giveaway, but many of them wear nametags informing guests of their hometown. However, if on your next visit to Whistler you’re lucky enough to have Leonardo Trassi as your instructor, you may notice his nametag tells you something a little different: “São Paulo, BRA.” “Whistler is one of the best ski resorts in the world so I decided to mix work with pleasure, snowboard all season long and maybe even save some money to take back to Brazil,” Trassi explained. The proverbial road to Whistler was a bumpy one. The mountain resort employs the service of recruiters in different countries, but Brazil is not one of them. Trassi tried to convince the human resources department to give him an interview via Skype, but to no avail. Since his contract with a television network was up, Trassi decided to catch the next plane to Canada and go to an in-person interview at a job fair in Whistler, as he happens to be a permanent resident of Canada. He got the job and is the only Brazilian working for Whistler Mountain. What do Trassi’s days consist of? “When I am not working you can find me snowboarding on the mountain,” he added with a smile.

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Chillin’ in a cool job Brazilian snowboarder mixes his passion for winter sports with professional life Brasileiro snowboarder junta paixão por esportes de inverno com vida profissional THIAGO SILVA 30

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Para os amantes dos esportes de inverno, é comum encontrar muitos australianos e neozelandeses trabalhando nas montanhas da Colúmbia Britânica. É fácil identificá-los não apenas pelo sotaque característico, mas também pela informação em seus crachás, que sempre indica a cidade de origem de cada um. Porém, se da próxima vez que for a Whistler você tiver a sorte de ser atendido por Leonardo Trassi, algo em seu crachá chamará a atenção: “São Paulo, BRA”. O paulistano Trassi, que é praticante de snowboard, decidiu vir passar a temporada de inverno trabalhando em Whistler. “Whistler é um dos melhores resorts do mundo, então, pensei em unir o útil ao agradável, trabalhar, fazer snowboard e, quem sabe, juntar uma grana pra levar pro Brasil”, explica. O caminho para Whistler foi árduo. A companhia conta com a ajuda de empresas de recrutamento em alguns países, mas não no Brasil. Trassi tentou convencer o departamento de recursos humanos a fazer uma entrevista por Skype, mas foi em vão. Como havia acabado de terminar um contrato de trabalho em uma emissora de televisão, Trassi resolveu arriscar, e pegou o próximo avião para o Canadá para fazer uma entrevista pessoalmente numa feira de empregos promovida pela empresa em Whistler, já que ele possui residência permanente no Canadá. Foi aprovado e é o único funcionário brasileiro. “Quando eu não estiver trabalhando, vou estar na montanha, fazendo snowboard”, completou Trassi.


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