Brazilian Vibe N.02 - Winter 2011

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Vancouver - FREE GRÁTIS

Profile/Perfil

Tourism / Turismo

THE HIDDEN JEWELS OF HISTORIC PARATY A BELEZA ESCONDIDA DA HISTÓRICA PARATY

English | Português • Winter | Inverno 2011 • Vol. 1 • No. 2 • Year | Ano 1

ANDRÉ NUDELMAN: EDUCATION IS HIS BUSINESS ANDRÉ NUDELMAN: EDUCAÇÃO É O SEU NEGÓCIO

Sports / Esportes

MARCUS SOARES: A JIU-JITSU PIONEER IN CANADA MARCUS SOARES: O PIONEIRO DO JIU-JÍTSU NO CANADÁ



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inside

NUMBER NÚMERO WINTER/INVERNO 2011 Cover photo Foto da capa: Lucas Socio

índice 4

LETTER FROM THE PUBLISHERS CARTA DOS EDITORES

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PROFILE PERFIL

It was love at first sight. I found the right instructor.

André Nudelman, a successful Brazilian entrepreneur, talks about his education business and Brazil-Canada relations. André Nudelman, um empreendedor de sucesso, fala sobre educação e as relações Brasil-Canadá.

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SPORTS: MARCUS SOARES p. 16

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STUDY ESTUDO Simon Fraser University launches an MBA for the Americas allowing students to study in the four major economies of the region. A Universidade Simon Fraser lançou um curso de MBA para as Américas e os alunos estudarão em quatro países.

PHOTOS / FOTOS: TOP: LUCAS SOCIO/BRAZILIAN VIBE, MIDDLE: THIAGO SILVA, BOTTON: EDU MORAES/RECORD

CULTURE CULTURA Brazilian TV network shoots big-budget production in B.C. Emissora brasileira grava minissérie na Colúmbia Britânica.

26 TOURISM: PARATY p. 14

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Marcus Soares on meeting Carlson Gracie

CULTURE CULTURA Fernanda Cunha brings the Rio vibe to Vancouver

TOURISM TURISMO

Fernanda Cunha traz a vibe carioca a Vancouver

Get to know Paraty, a hidden gem on the coast between Rio and São Paulo. Conheça Paraty e sua beleza singular no litoral entre Rio e São Paulo.

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COLUMNIST CRÔNICA Rafael Argemon

16 SPORTS ESPORTES

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Marcus Soares brought the Gracie jiu-jitsu to Canada but not without a fight. Marcus Soares lutou muito e trouxe o jiu-jítsu de Carlson Gracie ao Canadá.

LAST WORDS SAIDEIRA Latin comunity in Vancouver comes together with Latincouver. Latincouver: um ponto de encontro para todos em Vancouver.

CULTURE: LEONARDO BRICIO p. 22

Brazilian Vibe Winter/inverno 2011

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VITOR MUNHOZ

letter from the publishers carta dos editores

THIAGO SILVA & LUCAS SOCIO

ENGLISH

PORTUGUÊS

The second issue of your Brazilian Vibe magazine has arrived and so has the winter season in Vancouver and summer season in Brazil. This is a time of celebration and festivities and the Vibe team has prepared a very special issue for you with great stories written by a first-class team of journalists. To warm up, we interviewed jiu-jitsu black belt Marcus Soares who told us how he overcame challenges in his journey in the Great White North. To illustrate Brazil’s importance in Canada, we chatted with André Nudelman, super entrepreneur and current president of the Canadian Council for the Americas, who welcomed us to his home and shared insights into his current endeavours. For those who want to take a warm vacation this winter, but are looking for somewhere off the beaten path, discover Paraty, a city on the coast of Rio de Janeiro state. Its cobblestone streets and buildings from the 18th century, along with unparalleled natural beauty of its beaches, will warm up your body and soul. While many people go to Brazil to avoid the cool weather, many others come to Canada to work and as a consequence feel the cold. Major Brazilian TV network, TV Record, brought the mega production of a new TV series called “Rei Davi”’ (King David) to chilly B.C. and the crew was grateful to have received a warm welcome to help banish their weather woes. Fernanda Cunha, international jazz singer also left the sun behind in Rio de Janeiro to come to Vancouver for the third time to entertain the locals with her beautiful voice and personality. In this issue you will also learn about the newest MBA program offered by Simon Fraser University in partnership with a Brazilian university and the job opportunities offered through the program. As usual, we have the much-anticipated column by Rafael Argemon, this time tackling issues of corruption and the international image of Brazil. In our “last words” section we introduce Latincouver, a community that unites Latinos and Canadians through music, opportunities and culture. Don’t forget to visit us on the web and “like” us on Facebook. We hope that this issue can keep you warm during this cold winter. Feel the Vibe.

A segunda edição da revista Brazilian Vibe chegou, e com ela o inverno de Vancouver e verão do Brasil. Essa é uma época de muitas celebrações e festividades e por isso preparamos uma edição muito especial, para você leitor, com grandes matérias e um time de jornalistas de primeira linha. Para aquecer, entrevistamos o faixa preta de jiu-jítsu Marcus Soares que nos contou como ele superou os desafios na sua jornada aqui na terra do iglu. Para ilustrar a importância do Brasil no Canadá, nós batemos um papo com André Nudelman, super empreendedor e atual presidente do Conselho Canadense das Américas, que nos recebeu em sua casa e falou sobre seus empreendimentos atuais. Aqueles que procuram um lugar ao sol nesse inverno, mas querem algo além dos tradicionais clichês, conheça Paraty, uma cidade na costa do litoral do Rio de Janeiro. Suas ruas de paralelepípedos e prédios do século 18, juntamente com as belezas naturais que irão aquecer seu corpo e alma. Enquanto muitos vão ao Brasil para fugir do frio, muitos outros vêm ao Canadá à trabalho e consequentemente curtem o frio. A TV Record, umas das principais emissoras brasileiras, trouxe para a gelada Colúmbia Britânica, a mega produção da minissérie Rei Davi. A equipe teve uma recepção calorosa que os ajudaram as espantar os calafrios. Fernanda Cunha, cantora internacional de jazz também deixou o sol do Rio de Janeiro e veio a Vancouver pela terceira vez para encantar o público com sua bela voz e simpatia. Nessa edição você também conhecerá o mais novo mestrado oferecido pela Universidade Simon Fraser, em parceria com uma universidade brasileira, e suas oportunidades de trabalho oferecidas ao longo do programa. Como sempre, nós temos a tão esperada coluna do Rafael Argemon, que dessa vez aborda assuntos polêmicos como a corrupção e a imagem do Brasil no exterior. Na sessão “saideira” você conhecerá a Latincouver, uma comunidade que uni latinos e canadenses através música, grandes oportunidades e cultura. Não esqueça de nos visitar na web e nos “curtir” no Facebook. Esperamos que essa edição mantenha-o aquecido até o fim desse inverno gelado. Sinta a Vibe.

THIAGO SILVA & LUCAS SOCIO Publishers Editores Gerais 4

Brazilian Vibe Winter/inverno 2011


www.brazilianvibe.ca facebook: brVIBEmag twitter: @brVIBEmag PUBLISHERS EDITORES GERAIS Thiago Silva thiago@brazilianvibe.ca Lucas Socio lucas@brazilianvibe.ca EDITOR-IN-CHIEF REDATOR-CHEFE Thiago Silva PHOTO EDITOR EDITOR DE FOTOGRAFIA Lucas Socio CONTRIBUTORS COLABORADORES Luiza Amaral Rafael Argemon Silvia Campos Luis Vinicius Mello Paulo Henrique Sousa Thiago Tufano COPY EDITORS REVISORES Ellen Bird Silvia Campos WEBMASTER WEBMASTER Erico Nascimento GRAPHIC DESIGN DESENHO GRÁFICO Thiago Silva ILLUSTRATION ILUSTRAÇÃO Eric Mendes PUBLISHED BY S&S Media 349 W. Georgia St. PO Box 2807 Vancouver, BC V6B 3X2 Brazilian Vibe magazine is published quarterly by S&S Media. All contents copyrighted. S&S Media does not assume responsibility for any claims made by its advertisers, or for any information dispensed. The articles and information printed are for information only and do not necessarily reflect the views from the publishers. Written permission from the publishers is required to reproduce, quote, reprint or copy any content in part or whole. To distribute Brazilian Vibe Magazine in your store please call 604.618.3843 or email info@brazilianvibe.ca To send feedback or for contribution guidelines please email info@brazilianvibe.ca For advertising opportunity enquiries email info@brazilianvibe.ca or call Lucas Socio 778.772.6808

this issue’s contributors colaboradores desta edição LUIZA AMARAL Amaral holds a Journalism degree from PUC-Rio. She has worked as public relations at the Legislative Assembly of Rio de Janeiro and video editor at Conspiração Filmes and TV Bandeirantes.

Formada em jornalismo pela PUC-Rio já atuou como assessora de imprensa da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e como editora de vídeo na Conspiração Filmes e TV Bandeirantes.

RAFAEL ARGEMON Journalist at UOL portal in the mobile and tablet segment. Argemon has worked at Estado de S. Paulo newspaper, R7 (Rede Record) , Microsoft and IG as a writer in the Sports, TV and Games sections.

Rafael é jornalista da área de mobile e tablet do portal UOL. Já passou pelo jornal O Estado de S. Paulo, R7 (Rede Record), Microsoft e IG nas editorias de Esportes, TV e Games.

SILVIA CAMPOS Campos is a journalist and has worked at TV Bandeirantes, Radio Eldorado, Canadian Immigrant Magazine, as well as at O Estado de S. Paulo, Gazeta Mercantil, and Metro (Vancouver) newspapers.

LUIS VINICIUS MELLO

Journalist and business administrator, Mello has published articles in Brazil and abroad and has worked as TV host at Futura TV, Gazeta TV, MTV, Discovery Channel, and many others.

ERIC MENDES

Mendes has over 20 years of experience in communication, advertising, marketing, design, illustration, 3D modeling, web and multimedia. He illustrates Rafael Argemon’s column. www.ericmendes.ca

PAULO HENRIQUE SOUSA Sousa has 17 years of experience in journalism and has written for Gazeta Mercantil, Folha de S. Paulo and Valor Econômico. He worked in public relations for Unibanco and the city of São Paulo.

Silvia é jornalista e já trabalhou na TV Bandeirantes, Rádio Eldorado, e nos jornais O Estado de S. Paulo , Gazeta Mercantil e Metro (Vancouver), além da Canadian Immigrant Magazine.

Jornalista e administrador de empresas, Luis é autor de artigos no Brasil e no exterior e já atuou como apresentador de TV no canal Futura, TV Gazeta, MTV, Discovery Channel, entre outras.

Eric tem mais de 20 anos de experiência em comunicação, publicidade, marketing, design, ilustração, modelagem, web e multimídias. Ele ilustra a coluna de Rafael Argemon. www.ericmendes.ca

Sousa tem 17 anos de experiência em jornalismo e já escreveu para Gazeta Mercantil, Folha de S. Paulo e Valor Econômico. Foi assessor de imprensa do Unibanco e da Prefeitura de São Paulo.

THIAGO TUFANO Tufano is an online reporter and has worked for important Brazilian news portals such as Terra portal. A sports enthusiast, Tufano covered the last summer and winter Olympics.

Repórter com experiência em jornalismo online, já atou em grandes portais como o Portal Terra. Apaixonado por esportes, participou da cobertura das últimas Olimpíadas de verão e inverno.

Community partners:

Brazilian Vibe Magazine acknowledges the support received from Simon Fraser University’s Venture Connection program.

PRINTED IN BRITISH COLUMBIA, CANADA Copyright ©2011 S&S Media. All rights reserved Brazilian Vibe Winter/inverno 2011

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PROFILE PERFIL

Duas línguas dois países uma paixão Após uma carreira de sucesso em São Paulo, André Nudelman mudou de endereço, mas não mudou sua paixão pela educação 6

Brazilian Vibe Winter/inverno 2011


Two

languages countries one passion After a successful career in São Paulo, entrepreneur André Nudelman changed his hometown but not his passion for education Text/Texto: THIAGO TUFANO Photos/Fotos: LUCAS SOCIO

ENGLISH

A

PORTUGUÊS

A

fter a successful career in São Paulo running 32 companies, André Nudelman decided to bring his family to Vancouver. Nudelman arrived in Canada in 2002 and since then he has been building and intensifying the business relationship between Canada and Latin America, specially with Brazil. André was born in São Paulo and is a former Corinthians fan who now cheers for England’s Chelsea thanks to his grandson who lives in London. Since he arrived in Vancouver, this Brazilian businessman has been searching for his place in the sun (or in Vancouver’s case, in the rain). As a result, Nudelman is now president of the Canadian Council for the Americas, president of the Canadian Education Services Latin America, and president of Maple Bear Latin America, a bilingual school system, as well as holding many other international positions. Nudelman sat down with Brazilian Vibe to tell us his incredible story during a long chat at his Vancouver home.

pós uma carreira de sucesso em São Paulo administrando 32 empresas, o empresário André Nudelman decidiu trazer a família para morar em Vancouver. André chegou ao Canadá em 2002 e desde então vem construindo e intensificando as relações entre o Canadá e a América Latina, principalmente com o Brasil. Nascido na capital paulista e ex-corintiano, já que atualmente torce pelo Chelsea, da Inglaterra, por conta de seu neto que mora em Londres, esse brasileiro já foi logo procurando seu lugar ao sol (ou no caso de Vancouver, lugar na chuva). O resultado é que, atualmente, André é presidente do Canadian Council for the Americas (Conselho Canadense das Américas) e da Canadian Education Services Latin America, além de presidente para a América Latina do sistema Maple Bear de educação infantil bilíngue. E foi para contar um pouco mais sobre sua trajetória que o discreto e simpático empreendedor recebeu-nos em sua casa em Vancouver para um longo bate-papo.

How did your story start in Canada?

Como começou sua história no Canadá?

I had a few private investments in Brazil, but I was sick and tired of the quality of my life in São Paulo, where we live behind bars. So, my family and I decided to come to Canada, or even better, to Vancouver. When I moved here, I still had some investments in São Paulo, but little by little, I simplified these investments and I just kept the more manageable jobs. I began to develop a network with people in the business circle because this is the most important relationship to have in Canada. In this way, things started happening and I can’t complain about it. I’m pretty satisfied.

Eu tinha um pequeno mundo de investimento privado no Brasil, mas estava cansado da qualidade de vida em São Paulo, onde se vive atrás das grades. Foi então que decidimos vir para o Canadá, ou melhor, para Vancouver. Logo que mudei, ainda existiam algumas coisas em São Paulo, mas aos poucos fui simplificando esses negócios e ficando apenas com coisas fáceis de administrar. Quando cheguei, comecei a desenvolver um relacionamento com as pessoas, participando o máximo possível de entidades ligadas a negócios. Hoje não posso me queixar, estou muito satisfeito. Brazilian Vibe Winter/inverno 2011

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ENGLISH

How well did you adapt to Canada? My family and I were at the perfect time in our lives when we moved here. Our daughter had been accepted to a university in São Paulo, but she was also accepted to UBC to study economics. Our younger son was eight years old and our older son also came, but today he lives in London with his family. The process to adapt was easy for us, but we needed time to relieve the stress from living in a big city like São Paulo.

sector here, in Canada, is developed than in Brazil. Canada and Brazil have a great opportunity to share experiences. Nowadays, Brazil is the eighth biggest external investor in Canada and the investments between these countries aren’t unilateral, but bilateral. We are working a lot on this relationship and I’m glad to be part of this project.

Why did you decide to move during the coldest season in Vancouver, in November? I wanted to feel the dead of winter because if I didn’t like this season I would have packed my bags and gone back to Brazil that very hour. We were stablished there, but little by little we made our lives here.

What do you miss about Brazil? We find everything here in Vancouver. We make feijoada, cheese bread, flour, guaraná and pastel. What I miss most is a tropical climate, but each place has its culture, its values. If you are willing to move to a new country, you need to accept the pros and cons of the country. Here, in Canada, we have to accept that dusk is at 4pm in the winter, but also get sunshine until 10pm in the summer.

What are the differences and similarities between Brazil and Canada? Both countries have a large territory, a lot of natural resources and a strong primary sector. However, the tertiary

Why did you decide to invest in education? When I left Brazil I was tired of the bureaucratic difficulties, so I had the opportunity to invest in education here because the only sustainable way to

ANDRÉ NUDELMAN TALKS TO BRAZILIAN VIBE’S THIAGO TUFANO ANDRÉ NUDELMAN CONVERSA COM O REPÓRTER THIAGO TUFANO

make Brazil grow is to improve the education system. The Maple Bear has 48 schools in Brazil and five in Mexico. All are focused on educating the elite. It is as important to educate the elite as the entire population. We offer the quality of a Canadian education, which is one of the best in the world, and we provide these methods for Brazilians, which is very rewarding. We always enjoy watching the development of our students. What are the pros and cons of a bilingual education? Usually people who are against this method are misinformed. I studied English for 15 years in Brazil and I didn’t actually learn anything until I traveled. When a child has this early contact with the language it is easier. Before the age of seven, the brain connections are being formed and by having bilingual knowledge the child has a better analytical capacity. Bilingual learning is a strong trend and is growing a lot. The parents who are able to provide this education should enroll their children in a bilingual school. The only drawback of this education is the cost. The schools need to have teachers with a strong proficiency in English, a large space for the school facilities and the same curriculum that Canadian schools require. What are Maple Bear’s future projects? We will continue doing what we do. Each year we add a new grade and the next year we are going to grade six. Maple Bear is based in Canada, but we don’t have schools here. We have investments and schools in many countries such as India, China, Bangladesh, South Korea, Turkey, Vietnam and Morocco. Do you have any advice for Brazilians who have moved to Vancouver? People have to develop and dedicate their time to their network. We always see Brazilians complaining about jobs and saying: “I’m here and I can’t find work”. An immigrant has natural difficulties but the best way to be successful is to build a network of contacts. A typical job requires you to work eight hours a day, so if you don’t have a job, why not look for a job for eight hours each day? Most people prefer to spend two hours in front of the computer sending resumés. Don’t do it. You should invite prospective employers for a coffee and even visit the companies that you are interested in working for. That is the way to do it.

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“An immigrant has natural difficulties and the best way to be successful is to build a network of contacts.”

PORTUGUÊS

Como foi sua adaptação aqui? Estávamos no momento adequado de nossas vidas quando mudamos. Nossa filha tinha acabado de entrar em uma universidade em São Paulo, mas também foi aceita aqui na UBC, em economia. Nosso filho mais novo tinha oito anos e o nosso filho mais velho veio para cá, mas hoje mora em Londres com a família. A adaptação foi muito fácil, mas teve um tempo para tirar o stress de quem vivia em uma cidade como São Paulo. Por que decidiu se mudar para Vancouver em uma das épocas mais geladas, em novembro? Quis pegar o auge do inverno porque, se não gostasse, arrumava as malas e

voltava na mesma hora. Ficamos com uma estrutura lá, mas aos poucos fomos ajeitando a vida aqui. O que Brasil e Canadá tem em comum e quais são suas diferenças? Ambos tem um território extenso, recursos naturais abundantes e um setor primário forte, mas o setor terciário no Canadá é muito mais evoluído do que no Brasil. O que o Brasil tem é uma grande oportunidade de troca com o Canadá e vice-versa. O Brasil já é o oitavo maior investidor externo no Canadá. O investimento hoje não é unilateral, mas sim bilateral e temos trabalhado bastante nessa relação. Tenho a felicidade de estar bastante envolvido nessas relações.

Do que mais sente falta do Brasil? Encontramos de tudo aqui. Fazemos feijoada, pão-de-queijo, farinha, guaraná e pastel. O que falta é um clima mais tropical. Mas cada lugar tem seus costumes, seus valores. Se você se predispõe a mudar para um país, tem que estar disposto a aceitar os prós e contras desse país. Aqui temos 4h da noite, mas também temos 10h da tarde. Por que decidiu investir em educação? Quando saí do Brasil estava totalmente cansado das dificuldades burocráticas de lá. Até que apareceu essa oportunidade de investir em educação, porque a única maneira sustentável de fazer o Brasil crescer é melhorar a educação. Temos 48 escolas no Brasil e cinco no México. São escolas Brazilian Vibe Winter/inverno 2011

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PORTUGUÊS

voltadas para a elite, mas é tão importante educar a elite quanto educar a população toda. Oferecemos a qualidade da educação canadense, que é uma das melhores do mundo, e levamos essas melhores práticas para os brasileiros, o que é extremamente gratificante. Sempre ficamos emocionados de ver essas crianças evoluindo. Quais são os prós e contras de uma educação bilíngüe? Normalmente as pessoas que são contra não têm informação necessária. Estudei inglês por 15 anos e não aprendi nada. Só aprendi quando viajei, mas quando a criança tem esse contato cedo é mais fácil. Antes dos sete anos as conexões cerebrais da criança estão em formação. Tendo uma informação bilíngue, ela também tem uma melhor capacidade de análise. É uma tendência muito forte e está crescendo muito. Os pais que podem, devem matricular seus filhos em uma escola bilíngue. O único ponto contra é o preço porque temos que ter professores com proficiência em inglês, mais espaço nas escolas, e essas coisas que o modelo canadense pede.

Quais são os projetos futuros da Maple Bear?

INTEGRATING THE AMERICAS

Continuar fazendo o que nós fazemos. Agregamos uma série por ano. Ano que vem estaremos no grade six (sexta série do ensino fundamental). A Maple Bear é sediada no Canadá, mas não temos escolas aqui. Temos operações e escolas em diversos países, como Índia, China, Bangladesh, Coréia do Sul, Turquia, Vietnã e Marrocos.

In addition to presiding over the Canadian Council for the Americas, André Nudelman is also involved with the creation of the Canadian Forum for the Americas, which will be launched on December 5th in Ottawa.

Qual dica você daria ao brasileiro que chega a Vancouver? A pessoa tem de dedicar-se a criar uma rede de contatos. Sempre vemos brasileiros reclamando e dizendo: “Estou aqui e não tenho emprego”. O imigrante tem as dificuldades naturais e o melhor caminho é desenvolver esses contatos. A pessoa quando arruma emprego trabalha oito horas por dia. Então por que ela não procura emprego oito horas por dia? Ela prefere ficar por duas horas na internet mandando email com currículo. Não faça isso, convide para tomar café, vá às empresas. Esse é o melhor caminho.

INTEGRANDO AS AMÉRICAS Além de presidir o Canadian Council for the Americas, André Nudelman também está envolvido na criação do Canadian Forum for the Americas, que será lançado em 5 de dezembro em Otawa.

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STUDY ESTUDOS

A program for the Americas Um curso para as Américas New MBA program at Simon Fraser University takes students to the four major economies in the Americas Novo curso da Universidade Simon Fraser leva alunos para as quatro principais economias das Américas Text/Texto: LUIS VINICIUS MELLO Photos/Fotos: LUCAS SOCIO ENGLISH

Simon Fraser University’s Beedie School of Business recently announced an MBA program focused on the four major economies in the Americas – Canada, Brazil, USA and Mexico. The Executive MBA of the Americas prepares managers and businesspeople for leadership positions in international companies through interactive and hands-on teaching techniques and will include the participation of educational institutions from each of the four countries. Students from Canada, Brazil, USA and Mexico will have the opportunity to study at each of the other partner schools and to share experiences with the local students. Each school offers highly qualified professors with vast work experience in the world of business and strong academic credentials. In Brazil the partner institution is Fundação Instituto de Administração (FIA), which has offered MBA programs for more than 18 years and graduated more than eight thousand students. Shirley Soares, responsible for FIA’s Executive MBA, believes that the practical experiences provided through international projects, work and studies are extremely valuable to the participants and their respective companies in the development of international projects. “The opportunity to network in groups with approximately 75% of international students 12

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helps them to build international careers and, consequently, to lead their companies with projects at a global level”. Each institution will select an average of 15 students from a wide array of backgrounds. The program lasts 19 months; in the first 12 months of the EMBA, each of the four universities will be responsible for their own curriculum. In the second year, four immersions of intensive nine days will take place in the other participant countries. The teams will study and learn about local entrepreneurial methods and each school will offer exclusive content based on the main strengths of their own national economies. SFU, for instance, will focus on cross-cultural communication, global business strategies and human relations, while Brazil’s FIA will target sustainability issues, corporative and social responsibilities and strategy for rising markets. The United States will represent innovation and strategic entrepreneurship and in Mexico, international competitiveness and family business management. At the final stage of the program, students will have the opportunity to experience and work together on a multicultural project of global dimensions. With such innovative curriculum, the program offers solid conceptual and practical tools for students to work internationally, as well as

opportunities to share their experience with one another. Brazilian Marcel Bosio, a recent University of British Columbia graduate with a double major in computer science and psychology, believes that this EMBA offers great opportunities in the work field. “I’ve lived in Colombia, Venezuela, the United States and now Canada, and I was interested in learning more about the MBA because it offers students the opportunity to work with extremely qualified professionals − all from diverse fields”, said Bosio. Students in this program are predominantly in their mid-30s, with six to ten years of professional experience and are arising international students, participating in EMBA and part-time MBA programs, with five or more years of professional experience in information technology, mining, administration and other sectors. The program costs CAD$48,500 and many of its students are on full or partial scholarships from their employers. The EMBA is internationally known as Master in Business Administration, and is certified by the Association of MBAs, having its headquarters located in England. All the Universities in the partnership offer a unified certification of the international stages.


PORTUGUÊS

A Beedie School of Business da Universidade Simon Fraser (SFU) acaba de lançar um programa de MBA focado nas quatro principais economias das Américas – Canadá, Brasil, EUA e México. O MBA Executivo das Américas pretende preparar executivos para posições de liderança em empresas internacionais e conta com a participação de instituições de ensino em cada um dos quatro paises. Alunos do Canadá, Brasil, EUA e México terão a oportunidade de viajar para estudar nas escolas parceiras de cada país e trocar experiências com os alunos do local. Cada uma das escolas apresenta seus melhores professores com experiência no mundo dos negócios e forte qualificação acadêmica. A instituição parceira no Brasil é a FIA - Fundação Instituto de Administração, que oferece um programa de MBA há 18 anos e já formou mais de oito mil alunos com o diploma de pós-graduação. Para Shirley Soares, responsável pelo EMBA da FIA, a experiência prática e vivência em projetos internacionais, trabalhos e estudos de caso são de grande valia para os participantes e suas empresas no desenvolvimento de projetos de internacionalização. “A criação de um networking em um grupo com aproximadamente 75% dos alunos do exterior ajuda a construir uma

carreira internacional e, consequentemente, a liderar empresas com projetos globais,” ressalta Shirley. Cada instituição irá selecionar uma média de 15 alunos de diversas áreas. O programa terá duração de 19 meses e nos primeiros 12 meses do EMBA as quatro universidades serão responsáveis pela própria programação. No segundo ano serão quatro imersões de nove dias intensivos nos quatro países participantes. As equipes irão analisar práticas empresariais locais e cada instituição irá oferecer um conteúdo exclusivo baseado em seus principais pontos fortes. A SFU, por exemplo, irá focar na comunicação intercultural, estratégia de negócios globais, e gestão das relações humanas. Já a FIA terá como foco principal a sustentabilidade, responsabilidade social corporativa e estratégias de mercados emergentes. Os Estados Unidos entrarão com inovação e empreendimento estratégico, e o México com competitividade internacional e gestão familiar. Na etapa final, as equipes formadas por brasileiros, canadenses, mexicanos e americanos terão a oportunidade de vivenciar e trabalhar em conjunto num projeto multicultural de estratégia global. Com este modelo, o curso oferece a capacitação para uma carreira internacional a partir de uma intensa vivência internacional.

O brasileiro Marcel Bosio, recém formado na Universidade da Columbia Britânica (UBC), com duplo bacharelado em ciências da computação e psicologia, acredita que esse curso oferece ótimas oportunidades no mercado de trabalho. “Eu já morei em diversos países das Américas como Colômbia, Venezuela, Estados Unidos e agora Canadá, e fiquei muito interessado neste MBA que oferece oportunidades de conhecer e trabalhar com profissionais super qualificados das mais diversas áreas,” diz Marcel. O perfil dos alunos é predominantemente na faixa dos 35 anos de idade e possuem entre seis e dez anos de experiência profissional. Os outros 75% dos alunos são oriundos do exterior, participando em cursos de EMBA e MBA de meio período, com cinco ou mais anos de experiência profissional em tecnologia da informação, mineradoras, administração pública, entre outras. O custo do investimento é de CAD$ 48,500. O EMBA é reconhecido no exterior como Mestrado em Administração (Master in Business Administration), com credenciamento internacional pela AMBA – Associação das MBAs, com sede na Inglaterra. O certificado dos módulos internacionais será fornecido em conjunto com as universidades parceiras.

MARCEL BOSIO ASPIRES TO WORK FOR MULTINATIONAL COMPANIES MARCEL BOSIO DESEJA TRABALHAR EM EMPRESAS MULTINACIONAIS

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Paraty

TOURISM TURISMO PORTUGUÊS

Text/Texto: SILVIA CAMPOS Photos/Fotos: THIAGO SILVA

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City has rich cultural heritage as well as natural beauty

Cidade tem rico legado cultural, além de ser abençoada pela natureza


ENGLISH

Paraty, on the coast between the major Brazilian cities of Rio de Janeiro and São Paulo, is a jewel encrusted within the mountain range of Serra da Bocaina. Surrounded by Atlantic Forest and numerous waterfalls, the city faces the calm waters of Ilha Grande Bay. The region is dotted with 65 islands that offer stunning deserted beaches and turquoise blue waters. However, Paraty’s historical city centre is perhaps its most important attraction and the main reason why the city became widely known. Its colonial era churches and houses have been protected by Brazil’s National Heritage institute of Arts and History (Iphan, in Portuguese) since 1958 and the municipality has been considered a national heritage site since 1966. In the past, Paraty was an important port. It was from there that gold from the state of Minas Gerais and coffee from the Paraíba Valley were exported. It’s easy to forget the hectic pace of the 21st century and dive into the rhythm of another era, as calm as the surrounding ocean, when one is in Paraty. Buildings from the 18th and 19th centuries have been preserved to resemble their original appearance. There are no modern houses and

cars are only allowed to circulate through the narrow streets of the old city at specific dates and times during the week. Distances are short in the historical part of Paraty and it is possible to walk through the entire old city in a few hours. However, it is better to take your time to admire the architecture and visit the numerous art galleries and stores. In any case, the irregular pavement from the 18th and 19th century, called pé-de-moleque (boy’s foot), forces everyone to walk slowly in order to avoid spraining an ankle. MASONIC SYMBOLS A curiosity about Paraty is that many Masonic codes and symbols are hidden within its architecture. Like the city of Óbidos, in Portugal, Paraty was urbanized by freemasons. Even the churches have Masonic symbols. The city’s main church, Nossa Senhora dos Remédios, built in 1754, has the symbol of the Masonic Order of the Knights

Hospitaller at its entrance. Finding it is easy: look for the image of a vase with three branches coming out of it. Another sign of Masonic presence are the three pillars present in many intersections. They are always just three pillars, leaving a street corner without one. This forms the symbol delta, or a triangle. There are also many houses in Paraty painted white and blue, symbolizing the colours of freemasonry. FROM CHURCHES TO FALLEN ANGELS Paraty’s churches have a rich history. There was a church reserved for blacks called Rosário Church. Even today this church celebrates the feast of the Coronation of the Black Kings every November. The main church was for whites, and now it hosts the Feast of the Divine, in honour of the Holy Spirit, every June. There was a chapel for women called Nossa Senhora das Dores, and, finally, the church which became the city’s postcard image, Santa Rita, was for mulattos, or people of mixed Portuguese and African ancestry. Facing the port, this iconic temple’s full name was Santa Rita dos Pardos Libertos, or Saint Rita of the Free Mulattos.

PORTUGUÊS

Paraty, no Estado do Rio, a 300 quilômetros de São Paulo, é uma jóia em meio à Serra da Bocaina. Rodeada por mata atlântica e cachoeiras, a cidade é banhada pelas águas calmas da Baía de Ilha Grande por onde se esparramam 65 ilhas pertencentes ao município com praias desertas e mar azul-turquesa. Mas talvez o maior atrativo da cidade, e a razão principal pela qual ela é conhecida, é o seu centro histórico. Com casas e igrejas coloniais, ele foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1958, e, desde 1966, é Monumento Nacional. No passado, Paraty foi uma importante cidade portuária. De lá era escoado o ouro de Minas Gerais e, mais tarde, o café do Vale do Paraíba. É fácil esquecer-se da correria do século 21 e mergulhar num ritmo próprio de outros tempos, calmo como o mar que banha a cidade, quando se está em Paraty. As construções dos séculos 18 e 19 estão preservadas o mais próximo possível de como eram naquela época. Não há casas modernas entre um prédio colonial e outro, nem carros circulando pelas ruas estreitas - exceto em alguns dias e horários

específicos durante a semana. As distâncias são pequenas na parte histórica e é possível percorrê-la inteirinha em algumas horas. Porém, vale a pena andar com calma, parando para admirar a arquitetura, as galerias de arte e as lojinhas. De toda forma, o calçamento irregular dos séculos 18 e 19, chamado de pé-de-moleque, obriga todos a andarem devagar para não torcer o tornozelo. SÍMBOLOS MAÇONS Uma curiosidade sobre Paraty é que muitos códigos e símbolos maçons estão escondidos na arquitetura da cidade. Assim como Óbidos, em Portugal, Paraty foi urbanizada por maçons. Até nas igrejas há sinais da maçonaria. Na matriz, a Nossa Senhora dos Remédios, construída em 1754, um símbolo da ordem maçônica dos Cavaleiros Hospitalares enfeita a entrada. Achá-lo é fácil: procure um pote de onde saem três ramos.

Outro sinal da presença maçom são os três pilares (cunhais) de pedra lavrada em várias esquinas. São sempre três - deixando uma das construções do cruzamento sem pilar -, para formar o símbolo delta, ou um triângulo. Também abundam em Paraty casas pintadas de branco e azul hortênsia, cores simbólicas da maçonaria. DE IGREJAS E ANJOS TORTOS A história das igrejas de Paraty é rica. Havia uma só para negros: a do Rosário. Ainda hoje, celebra-se nela, em novembro, a Festa de Coroação dos Reis Negros. A matriz era a dos brancos. Ali, ocorre a Festa do Divino, em junho. Havia também a capelinha das mulheres, a Nossa Senhora das Dores. E a igreja cartão-postal da cidade, a Santa Rita, de frente para o cais, era o templo dos mulatos. Seu nome completo, aliás, é Santa Rita dos Pardos Libertos. Segundo uma lenda sobre o nome de Paraty, a cidade é intocada pelo diabo porque foi um presente a Satanás. Deus teria dado um pedaço de terra para cada santo. Satanás ficou sem nenhum e perguntou: “E para mim?”. Nisso, Deus apontou e disse: “Esta é para ti.” Verdade ou não, Paraty segue sendo um lugar abençoado. Brazilian Vibe Winter/inverno 2011

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SPORTS ESPORTES

Jiu-jitsu is his middle name corre nas suas veias Black belt Marcus Soares brought Gracie’s legacy to Canda while tackling many obstacles to succeed O faixa-preta Marcus Soares trouxe o legado de Gracie ao país e lutou muito para vencer no Canadá Text/Texto: PAULO HENRIQUE SOUSA Photos/Fotos: LUCAS SOCIO

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Brazilian Vibe Winter/inverno 2011


PORTUGUĂŠS

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ENGLISH

Marcus Soares arrived in Canada in March 1997 with the not so modest status of being the only jiu-jitsu black belt in the country. In addition, as Carlson Gracie’s disciple, Soares brought with him the renowned and respected Gracie name which was already a legend in the world of martial arts. Even with all his prestige, the beginning of a new life in Canada turned out to be full of barriers which he had to take down one by one, as he had done with his opponents on the mat. It started in 1996 in Rio de Janeiro when one of Soares’ students invited him to be a teacher at a gym in Aldergrove, B.C. The owner of his gym in Rio de Janeiro supported Soares so much that he became his first sponsor employer in Canada. Although he was settled with a good life in Rio, holding 5 different jobs and living in the famous beach

of Copacabana, Soares accepted the offer in BC. His first frustration came as soon as he arrived: the gym where he would be working was very small and the few students wouldn’t be enough for him to support himself. “The first three months in Canada were the worst in my entire life”, recalled Soares. “I had recently lost my mother, was away from my daughter, family and friends and I still didn’t have a good grasp of English. To adapt to a new country and new culture with a different lifestyle was very difficult. I frequently had insomnia and nightmares”. As time went on and reputation spread, more students joined his team, but Soares knew he needed something more stable. When an opportunity to replace a Japanese jiu-jitsu instructor at the Vancouver Olympic

Gym came up, Soares didn’t miss the chance to teach over 40 more students. There, Soares was able to teach and get to know students from all over the world, opening many doors in his life. One of his students proposed that they open a new gym in the area. Soares, promptly accepted the offer and the pair launched Columbia Martial Arts gym in Burnaby, but he soon had a bitter surprise. What was supposed to be a partnership ended up being another nightmare. Soares, said that once the gym’s doors were open, his former student took advantage of Soares’ immigration status, which required him to be employed by someone in order to keep his visa valid, and took over the entire company to himself. As a result: the Brazilian had to work below his partner for 18 months until the contract ended before he

Copacabana, com cinco empregos que lhe proporcionavam uma vida confortável, aceitou o convite. Logo na chegada, a primeira decepção: a academia onde trabalharia era muito pequena e não tinha muitos alunos para lhe garantir o sustento. ”Os primeiros três meses no Canadá foram os piores da minha vida ,” lembra Marcus. “Eu tinha recém perdido minha mãe, estava longe da minha filha e da minha família, dos amigos, e sem falar inglês direito. Adaptar-se à vida no novo país, nova cultura e estilo de vida foi muito difícil. Eu tinha insônia e pesadelos, toda noite. ” Com o tempo e a fama do professor mais alunos apareceram, mas ele sabia que precisava de algo mais sólido. Foi quando surgiu a oportunidade de substituir um professor de jiu-jítsu japonês na academia Vancouver Olympic Gym aonde ele teve

mais de 40 alunos. Lá, Marcus teve a oportunidade de conhecer alunos do mundo todo que por consequência abriram muitas portas em sua vida e um de seus alunos o convidou para abrir uma academia na região. Marcus aceitou o convite e abriu a academia Columbia Martial Arts, em Burnaby, mas teve uma amarga surpresa. O que era para ser uma sociedade acabou se transformando em um outro pesadelo. Marcus conta que, depois de instalada a academia, o ex-aluno aproveitou-se da condição imigratória de Marcus, que precisava de um empregador para garantir seu visto, e assumiu o controle total do negócio. Resultado: o brasileiro teve que trabalhar duro por um ano até terminar o prazo do contrato e só depois abriu uma nova academia com seu terceiro e último empregador. Marcus finalmente recebeu seu visto definitivo em 2002.

PORTUGUÊS

O brasileiro Marcus Soares chegou ao Canadá em março de 1997 com o status nada modesto de ser o único faixa-preta de jiu-jítsu do país. E não só isso: como discípulo de Carlson Gracie, ele trazia para cá o famoso sobrenome que já era lenda nas artes marciais no mundo afora. Mesmo com todo o prestígio, o começo de vida no novo país se mostraria cheio de desafios, que ele teria que vencer um a um, tal como fazia com os oponentes no tatame. Em 1996 Marcus foi convidado para dar aulas em uma academia em Aldergrove, Colúmbia Britânica, por uma aluna que treinava com ele no Rio de Janeiro. Marcus teve muito apoio do dono da academia onde ensinava no Rio de Janeiro, que se tornou seu primeiro empregador no Canadá. Mesmo muito bem instalado no Rio de Janeiro, na famosa praia de 18

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was able to open another gym with his third and final employer. Soares finally received his permanent residence in 2002. After leaving Columbia Martial Arts gym, Soares began bringing Carlson Gracie’s jiu-jitsu to several other gyms in the region. Today, at the age of 55, he is partner in two gyms – one in Langley and another one in Maple Ridge. He teaches many students of different ages and professions, including firefighters, police officers, security personnel and even renowned professional fighter, Denis Kang, the vice-champion (under 83kg) at the MMA Pride Fighting Championship, 2006. Students at Soares’ gyms are diverse and from a range of backgrounds. Soares said that children as young as five years old can start training in jiu-jitsu as long as they are taught by qualified instructors.

“It is crucial to check your instructor’s background”, Soares recommended. His own qualifications are well known by the students: eighth degree black belt (on a scale of nine degrees) and the best ranked instructor in Canada – a journey he began at the early age of 13. In 1970, Rio de Janeiro, Marcus was brought to master Carlson Gracie by his uncle. “It was love at first sight. I found the right instructor, in the right place, at the right time”, he recalled. In only seven years he had already achieved the so desired black-belt but had to stop competing in 1981 due to a knee injury. While Soares attended Gama Filho University, he also practiced judo and represented his university at various judo tournaments; this resulted in a full scholarship, assisting him in completing

his bachelor degree in Physical Education. Because mixed martial arts competitions were illegal in Brazil at the time, Soares never competed in MMA tournaments. Soares said he always knew he wanted a career in sports; even before he had to quit fighting, due to an injury, he taught at Carlson Gracie’s gym. In 1979, he opened his own gym in Copacabana and, in 1991, returned to Carlson Gracie. Seven years later, two days after his mother‘s death, he was flying to Canada to teach the Brazilian martial arts that he calls “chess of the human body”. Currently 14 Canadian and 2 South-African gyms are part of Soare’s methodology, the Carlson Gracie Team Canada and follow his teaching methods and curriculum of jiu-jitsu techniques established by master Carlson Gracie.

Depois de sair da academia Columbia, Marcus levou o jiu-jítsu Carlson Gracie para várias outras academias da região. Hoje, aos 55 anos, ele é sócio de duas academias, uma em Langley e outra em Maple Ridge. Entre os alunos de diversas idades e profissões, muitos são bombeiros, policiais, seguranças, e até um lutador profissional de renome, Denis Kang, vice-campeão de vale tudo na categoria até 83 quilos do Pride, em 2006 , o maior evento de vale tudo da época. O público das academias é bem eclético. Marcus diz que crianças a partir de cinco anos podem começar a treinar jiu-jitsu, desde que orientados por instrutores bem preparados. “É preciso verificar a reputação dos profissionais , ” aconselha. A dele própria é bem conhecida: faixa-preta de oitavo grau (em uma escala de nove) e o mestre mais

graduado do país; u ma trajetória que começou cedo, aos 13 anos. Em 1970, Marcus foi levado pelo tio à academia do mestre Carlson Gracie, no Rio de Janeiro. ” Foi amor à primeira vista. Eu encontrei o instrutor certo, no lugar certo e na hora certa , ” lembra. Em apenas sete anos ele já era faixa preta, mas teve que parar de competir em 1981 por causa de problemas nos joelhos. Enquanto cursava economia na Universidade Gama Filho, ele também treinou e competiu em Judô, representando a Universidade nos campeonatos, o que lhe rendeu uma bolsa de estudos para concluir, também, o curso de educação física. Mas Marcus nunca chegou a participar de competições de vale tudo, que naquela

época era proibido no Brasil. Ele conta que sempre quis trabalhar com esporte e mesmo antes de parar de lutar, por conta de uma lesão, ele já era instrutor na academia de Carlson Gracie. Em 1979 ele abriu a própria academia em Copacabana e, em 1991, voltou à academia Carlson Gracie. Sete anos mais tarde, dois dias após a morte da sua mãe, ele embarcava para o Canadá para ensinar por aqui a arte marcial brasileira, que ele chama de xadrez do corpo . Atualmente 14 academias canadenses e duas sul-africanas são afiliadas à metodologia de Marcus, a Carlson Gracie Team Canada, e seguem a metodologia de ensino e um currículo das técnicas básicas do jiu-jítsu estabelecidas pelo mestre Carlson Gracie. Brazilian Vibe Winter/inverno 2011

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Cresci numa cidadezinha do interior com cerca de 20 mil habitantes e com 18 anos me mudei para uma cidade maior quando fui para a universidade estudar jornalismo. Ainda não satisfeita, me mudei para Curitiba e lá foi quando eu conheci o Vancouver Institute - parceiro do Canadian College no Brasil - e hoje estou aqui, na maravilhosa cidade de Vancouver. Nunca poderia imaginar minha vida tomando um rumo como esse, apesar de ter como um sonho de infância fazer intercâmbio e morar fora do país. Vim para Vancouver pelo programa work/study por oito meses. Frequentei as aulas de inglês intensivo no Canadian College e lá eu evoluí demais. Digo isso pois nunca ter estudado inglês no Brasil a não ser no Vancouver Institute. Foi bem difícil no início mas aí você percebe que todos estão lá pelo mesmo motivo e isso foi incrivelmente positivo na hora de me relacionar com as pessoas. Fiz amigos de diversos países, conheci suas culturas e até aprendi algumas palavras em Coreano, Árabe e Japonês. Percebi o quanto era “ignorante” em relação a muita coisa - culturas, idiomas e até mesmo no inglês. Nessa época também, passei a escrever para o blog do CCEL em português, já que antes de vir para cá criei um blog sobre Vancouver para contar minhas experiências. Também fiz trabalhos voluntários e sempre procurei me engajar o máximo possível. Depois que o período de aulas acabou, passei a trabalhar como busser num restaurante africano, onde pude praticar tudo aquilo que tinha aprendido durante os quatro meses de estudo intensivo. Depois evoluí, passei a ser hostess num restaurante no badalado bairro de Yaletown onde estou até hoje. Fiquei tão engajada com Vancouver e me sentindo tão “em casa” que a idéia de já voltar para o Brasil me deixava desolada. Foi aí que procurei novamente o Canadian College para saber mais sobre os cursos profissionalizantes pois conheci alguns brasileiros que estudavam lá e falavam super bem. Fiquei muito empolgada com o programa Co-op em International Business e vi ali uma grande oportunidade de continuar morando aqui, aprendendo inglês mas ao mesmo tempo ganhando conhecimento em uma área super crescente no mercado. Tudo passou de apenas um plano para uma realidade e decidi, junto aos meus pais que sempre me apoiaram, fazer o curso de International Trade Co-op no Canadian College. A possibilidade de imigrar através do programa “Canadian Experience Class” e pelo fato de poder trabalhar para pagar meus estudos foram um dos pontos mais decisivos na escolha do Canadian College. Com certeza isso fez toda a diferença para mim tendo em vista a chance de cada vez mais me tornar independente e evoluir como profissional e também, claro, como pessoa. Mal posso esperar por este desafio. (Liliane)


CULTURE CULTURA ENGLISH

PORTUGUÊS

F

amous for its breathtaking nature and vibrant multiculturalism, Canada was the country chosen by TV Record to be the shotting location for a new Brazilian TV series. Rei Davi (King David), is the latest series produced by TV Record, one of the largest TV networks in Brazil and it is scheduled to air in January 2012. The production team chose the cities of Cache Creek and Kamloops, British Columbia, to shoot some scenes for this major production. “We chose these cities because they met the geographical needs of our production. Cache Creek and Kamloops are areas where you can find desert terrain, large rock formations and arid vegetation, a perfect setting to show King David’s life”, said Edson Spinello, the series’ director. This new TV series will tell the story of David, a simple shepherd who was chosen by God to become the king of Israel. The production team shot all the scenes in seven days in late September and was overcome by the hospitality they received. Actor Leandro Leo, who plays the young David in the series, was fascinated by the cities where he went, and spoke about his favourite place during his brief, but unforgettable trip to British Columbia. “I loved Kelowna. I had the opportunity to visit a winery, an interesting and new experience in my life. On the way there, we passed along the city shore and we saw beautiful beaches”, said Leo. “It was a great and enriching experience, in my personal life and in my professional life”, he added. After a week of shooting in Cache Creek and Kamloops, the actor had the opportunity to visit Vancouver and go on a relaxing walking tour. He took some pictures in Gastown and got to know other touristic attractions in the city. Despite having enjoyed the day in Vancouver, Leo admitted that he would have liked to have spent more days in the city. “I regret not having been here for the film festival that was happening in Vancouver or the various shows and interesting concerts that were happening in town”, he said. In addition to Leo and Spinello, the production also featured seasoned actor Leonardo Brício, who played the adult David in the series. “The main differences between shooting in Brazil and in Canada were the language and the difference in the way the work was performed. It was great to have worked with a Canadian production company because everyone was extremely hospitable and kind,” said Spinello. 22

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F

THE KING’S WAY

Brazilian TV network shoots big-budget production in B.C. Emissora brasileira grava minissérie na Colúmbia Britânica THIAGO TUFANO

amoso pelas belezas naturais e pelo multiculturalismo, o Canadá foi o país escolhido pela Rede Record para ser palco de mais uma de suas minisséries. Rei Davi vai ao ar em janeiro de 2012 e a equipe de uma das maiores emissoras de televisão do Brasil esteve em Cache Creek e Kamloops, na Província da Colúmbia Britânica, para gravar algumas das cenas da nova superprodução da Record. “Escolhemos essas cidades porque atendem às necessidades geográficas da gravação das cenas. Cache Creek e Kamloops são locais que têm terreno desértico, grandes formações rochosas e vegetação árida, um clima perfeito para mostrarmos a vida do Rei Davi,” explica o Diretor Geral da minissérie, Edson Spinello. A nova minissérie da Record vai contar a história de Davi, um simples pastor de ovelhas que foi escolhido por Deus para se tornar o rei de Israel. A equipe da emissora brasileira esteve no Canadá no fim de setembro por apenas sete dias, o suficiente para se apaixonar pelo país e pela hospitalidade de seu povo. O ator Leandro Leo, que viverá Davi jovem na minissérie, se encantou pelas cidades por onde passou e já elegeu seu local favorito em sua rápida, mas inesquecível estadia pelo Canadá. “Gostei muito de Kelowna, onde tive a oportunidade de visitar uma vinícola, uma experiência nova e muito interessante. No caminho até lá, passamos pela orla da cidade e conhecemos lindas praias”, diz Leandro. “Foi uma experiência muito enriquecedora, como pessoa e como profissional”, completa. Depois de cerca de uma semana de gravações em Cache Creek e Kamloops, o ator teve a oportunidade de visitar Vancouver para passear e descansar, aproveitando para tirar algumas fotos em Gastown e conhecer outros pontos turísticos da cidade. Apesar de ter aproveitado muito o dia em que esteve em Vancouver, Leandro confessa que gostaria de ter ficado ainda mais tempo na cidade. “Só lamento não ter ficado para o festival de cinema que estava rolando em Vancouver, além de vários shows e espetáculos interessantes que estavam em cartaz,” diz o ator. Além de Leandro e Edson, a equipe de produção da Record contou com a presença do experiente Leonardo Brício, que interpretará Davi adulto na minissérie que terá 29 capítulos. Mas para que essa superprodução ficasse perfeita, a Means of Production, uma produtora canadense, ajudou nas gravações.


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Episodes Capítulos

EDU MORAES/RECORD

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Cities Cidades

EDU MORAES/RECORD

EDU MORAES/RECORD

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Week of shooting Semana de gravações

OPPOSITE PAGE: Leonardo Brício. TOP LEFT: Leo, as the young King David, fights a bear to protect his sheep. TOPT RIGHT: King David leads his sheep through the desert. BOTTON LEFT: Spinello goes over the day’s schedule. BOTTON RIGHT: Production crew in Cache Creek.

EDU MORAES/RECORD

PÁGINA À ESQUERDA: Leonardo Brício. ESQUERDA ACIMA: Leandro, atuando como o jovem Rei Davi, enfrenta urso para salvar ovelhas. DIREITA ACIMA: Rei Davi anda pelo deserto com suas ovelhas. ESQUERDA ABAIXO: Spinello discute a ordem do dia. DIREITA ABAIXO: Equipe de produção em Cache Creek. Brazilian Vibe Winter/inverno 2011

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ENGLISH

LEARN MORE SAIBA MAIS

To learn more about the series and watch a preview, go to: Para saber mais osbre a minisérie e assistir um trailer, acesse: http://rederecord.r7.com/

“As principais diferenças entre gravar no Brasil e no Canadá foram a língua e a adaptação entre a maneira de trabalhar deles e a nossa. Mas foi muito agradável trabalhar no Canadá com essa produtora, porque as pessoas foram extremamente hospitaleiras e generosas,” diz Edson. Por outro lado, Leandro precisou enfrentar um pequeno problema durante as filmagens: o frio. “Saí do Rio de Janeiro para gravar em cidades extremamente frias. Teve dias em que acordei com a boca seca e cortada, mas nada que atrapalhasse o meu prazer de atuar. Mas, honestamente, com uma boa equipe de trabalho e um bom texto decorado, topo gravar em qualquer lugar do mundo. Amo o que faço,” diz Leandro. Além de Cache Creek e Kamloops, a direção da minissérie filmou em Diamantina, Minas Gerais, onde gravaram durante 30 dias, e Rio de Janeiro, além da cidade cenográfica dentro das instalações do Recnov, um complexo de estúdios e novelas também localizado na Cidade Maravilhosa.

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For Leo, shooting in Canada was not all about wineries and nice beaches. The actor had to adapt to the Canadian cold weather during the shoot. “I left Rio de Janeiro to shoot in cities that are extremely cold. Some days I woke up with lip blisters because of the dry and cold weather, but nothing got in the way of my passion for acting. To be honest, if I have a great team and a good script, I’m game to shoot anywhere in the world. I love what I do,” said Leo. In addition to Cache Creek and Kamloops, shooting also took place in Diamantina, Minas Gerais, were the crew stayed for 30 days. Other scenes were shot at Recnov, Record’s backlot in Rio de Janeiro.

LEO SPENT A DAY IN VANCOUVER LEANDRO PASSOU UM DIA EM VANCOUVER

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CULTURE CULTURA

Fernanda Cunha brings the Rio vibe to Vancouver traz a vibe carioca para Vancouver

AMÉRICO OLIVEIRA

THIAGO TUFANO

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ENGLISH

Whenever

we think of Bossa Nova, it is inevitable to think of Rio de Janeiro andits stunning nature and gorgeous beaches. But here in Canada, when we talk about this authentic Brazilian rhythm, one of the names that come to mind is Fernanda Cunha. The carioca singer is already very famous in Vancouver and every time she comes to this country she amazes the Bossa Nova addicts who live in the area. This time the concert was held at Performance Works on Granville Island, which brought together Brazilians and Canadians who love the carioca singer. This passion is mutual and Fernanda doesn’t hide her unquestionable love for the country. “I don’t know how to explain it, but Canadians have been very receptive to me since the first time I came to Vancouver, in 2005. When I step on the sidewalk at the Vancouver airport I feel like the happiest woman in the world”, said Cunha. To reciprocate Canada’s love for her, Cunha decided to perform a musical tribute. In 2009 she released a CD called Brazil Canada, which brings together Brazilian and Canadian songs. “I always learn a lot from Canadian and Brazilian musicians. The Canadians are very open to new ideas and new concepts”, adds the carioca, a fan of Diana Krall and Nana Caymmi. A few minutes into her thrilling performance, Cunha did an interpretation of Tom Jobin’s Corcovado. She wrapped up the concert with João Gilberto’s song Adeus América. The audience was ecstatic about the carioca singer. “I feel very good when I listen to Fernanda because it is one way to remember my country”, said Brazilian Vania Cristina Ramos, who danced samba in the last minutes of the show on Granville Island. Canadian George Richards agreed with Ramos. “She has such a love for what she does and for her musicians. It definitely comes out in her music. Her voice is really beautiful”, he said. Cunha leaves Vancouver to continue her international tour, but she will miss the wonders of this Canadian City. “I like every place in Vancouver because anyone who comes here feels a little Canadian and feels a bit at home because of the receptiveness of the people”, she added.

BRAZILIAN GLOSSARY

Carioca: a native of the city of Rio de Janeiro. Cariocas love beach, sun, sea, soccer, samba and invented Bossa Nova.

PORTUGUÊS

Sempre

que pensamos em Bossa Nova é inevitável lembrar do Rio de Janeiro e de sua beleza natural, principalmente de suas praias. Mas aqui no Canadá, quando se fala nesse legítimo ritmo brasileiro e na essência tupiniquim, um dos nomes que vem à mente é o de Fernanda Cunha. A cantora carioca já está na boca do povo de Vancouver há anos e a cada vez que pisa no país norte-americano encanta ainda mais os apaixonados por Bossa Nova que vivem no local. Foi assim em mais um show que Fernanda fez no Canadá no último mês de outubro. Dessa vez o palco do espetáculo foi o Performance Works, na Granville Island, que contou com a presença de brasileiros e canadenses apaixonados pela voz da carioca. E essa paixão é recíproca, já que Fernanda não esconde seu amor indiscutível pelo país. “Eu não sei explicar, mas eles são extremamente receptivos comigo desde o primeiro show aqui, em 2005. Quando piso na calçada do aeroporto de Vancouver me sinto a mulher mais feliz do mundo”, afirma a cantora. E para retribuir esse carinho que o povo canadense sempre teve com a cantora, Fernanda decidiu fazer uma espécie de homenagem, gravando em 2009 um CD chamado Brasil Canadá, que reúne músicas brasileiras e canadenses. “Aprendo sempre muitas coisas com os músicos canadenses e também com os brasileiros. Os canadenses são muito abertos a novas idéias e a novos conceitos”, diz Fernanda, fã da canadense Diana Krall e da brasileira Nana Caymmi. Minutos depois de se emocionarem ouvindo Fernanda cantar Corcovado, de Tom Jobim, e Adeus América, de João Gilberto, música que encerrou mais um show em Vancouver, a platéia ainda estava fascinada com a magia da carioca. “É muito bom ouvir a música dela porque é uma maneira de matar a saudade de casa,” diz a brasileira Vania Cristina Ramos, que caiu no samba nos últimos minutos do show na Granville Island. O canadense George Richards faz coro à brasileira Vania e ressalta o amor que Fernanda transmite quando sobe ao palco. “Ela tem muito amor pelo que faz e pelos seus músicos. Além disso, sua voz é simplesmente linda,” diz ele. Fernanda Cunha deixa Vancouver para continuar sua turnê internacional, mas já com saudade das maravilhas da cidade canadense. “Gosto de todos os lugares de Vancouver porque qualquer pessoa que chega aqui se sente um pouco canadense e se sente um pouco em casa por causa da receptividade do povo,” diz Fernanda.

“Quando piso na

calçada

do aeroporto de

Vancouver me sinto a mulher

mais feliz

do mundo”

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COLUMNIST CRÔNICA

RAFAEL ARGEMON

Corruption is the old black

Corrupção é o velho vestidinho preto ENGLISH

Brazil is in fashion. Just like in teen movies from the ‘80s, our country is like that girl whose true beauty is only revealed when she takes off her outdated glasses for the prom. Brazil wore corruption like a fannypack for years –a hideous thing, despised by many, yet continued to be worn as if it was a crucial accessory to the decade’s stylistic package. But as trends from the yuppies’ era are en vogue again, the current government is making an honest effort to do away with such tacky elements. If the outfit doesn’t suit you, try another one on. Since Dilma Rousseff took office, there have been six ministers replaced due to “irregularities” and another one is on her radar. This fashion trend of integrity only ignites if the mass supports it and there is no greater fashion faux pas than to keep voting for fanny-packs like José Sarney, Fernando Collor, and Paulo Maluf, among other dusty symbols of an era where corruption strutted on the catwalk with a cocky attitude, staring you straight in the eye. Foreigners may already think we are in fashion, like a pair of customized Havaianas sandals, but we urgently need, more than anything else, a major makeover in our wardrobe; Brazil can’t become a naked king, or even worse, a king with only a fanny-pack hanging from the hips. 28

Brazilian Vibe Winter/inverno 2011

PORTUGUÊS

ERIC MENDES/BRAZILIAN VIBE

O Brasil está na moda. Assim como nos filmes de adolescentes dos anos 80, nosso país é como aquela garota que tem sua grande beleza revelada apenas quando decide tirar os óculos para ir ao baile de formatura. E já que as tendências da era dos yuppies estão em voga hoje em dia, a corrupção é a pochete do Brasil. Aquela coisa odiosa que muitos acham feia, mas que diversas pessoas insistiam em usar como que se fizesse parte do pacote estilístico da década. O governo atual faz até um esforço para não se mostrar cafona. O vestido não agradou, troca-se. Na gestão Dilma, já são seis ministros trocados por suspeitas de irregularidades, e com mais um na alça de mira da presidenta. Mas a moda só pega se a massa embarcar também, e nada mais démodé que continuar votando em pochetes como José Sarney, Fernando Collor, Paulo Maluf, entre outros símbolos empoeirados de um tempo em que a corrupção desfilava pela passarela de cabeça erguida e cheia de pose. Para os estrangeiros, podemos estar na moda como um par de Havaianas estilizadas, mas nós precisamos, mais do que tudo, começar urgentemente uma bela repaginada em nosso guarda roupa, pois o Brasil não pode se tornar o rei nu, ou pior, um monarca pelado com uma pochete presa na cintura. _

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LAST WORDS SAIDEIRA

Latin community comes together Text & Photo: Texto & Foto: LUIZA AMARAL ENGLISH

We can all imagine the challenges of leaving your home country and moving abroad. To look for a job, to make new friends, to perfect a new language and in many instances deal with extremely different climates. The challenges in the process of moving forward in a new environment, new culture and new language are inevitable. On top of all that, being away from family and friends can be hard on the heart. As a means of helping those who are starting a new life in Vancouver, Colombian public relations specialist, Paola Murillo, founded Latincouver, the biggest Latin community in the city. “The idea was to create a ‘La Plaza’ (Spanish for public square) to help newcomers not feel like a fish out of water. In many Latin American cities, the square is a meeting place where everything happens − people socialize, chat, have a coffee, meet people, do business − so the website www.

latincouver.ca has the role to integrate people”. On the web, its members can offer and find job positions, make friends, plan fun activities, find the hottest restaurants or the best language schools, or even buy and sell items on the classified pages. In that way, the website offers a great variety of activities, such as business, social and cultural meetings. Izabela Sá moved from Brazil to Vancouver over a year ago and has been an active volunteer at Latincouver for two months but regrets not joining the community earlier, “I barely knew anyone here, didn’t have many friends. After I learned about Latincouver everything changed. I met so many people, I improved my English… Too bad I didn’t learn about the website earlier”. Alice Lara, also from Brazil, has been in Vancouver for 18 months has benefitted from the Latincouver community.

“I was desperately looking for work in my field and couldn’t find anything. Then when I was surfing on the internet I stumbled upon a volunteer position as a graphic designer at Latincouver. It was perfect! I love the work and the people”, said Lara. The goal of the community goes beyond that of just helping newcomers in Vancouver; the website is always trying to engage Latinos and enthusiasts alike to celebrate the importance of Latin culture, which is constantly growing here. It also works as a bridge between Latinos and other groups from different backgrounds that live within Vancouver’s multicultural landscape. Murillo explains. “We bring contributions in art, music, gastronomy and business. We want to share it not only amongst ourselves but also with the residents of Vancouver who are from other countries. Through Latincouver we can show people what this country has to offer”. Brazilian Vibe Winter/inverno 2011

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LAST WORDS SAIDEIRA Todo mundo pode imaginar o desafio que é sair do seu país e se mudar para o exterior. Buscar trabalho, fazer novos amigos, dominar outro idioma, às vezes ter que enfrentar um frio (ou um calor) extremo, comidas esquisitas… As dificuldades em se adaptar e prosperar em um novo ambiente, uma nova cultura e uma outra língua são inevitáveis. Sem falar na saudade de casa, da família e dos amigos que bate forte frequentemente. Pensando em ajudar aqueles que estão começando uma nova vida em Vancouver, a Relações Públicas colombiana Paola Murillo criou a Latincouver, a maior comunidade latinoamericana da cidade. “A ideia foi criar uma “praça pública” para que os recém-chegados não se sentissem peixes fora d’água. Em muitas cidades da América Latina, a praça é um ponto de encontro onde tudo acontece: pessoas socializam, batem papo, tomam um café, conhecem gente, fazem negócios. Então o site www.latincouver.ca tem esse papel de integrar as pessoas,” diz Paola. Virtualmente, os membros podem oferecer ou procurar emprego, fazer amizades, combinar programas, descobrir restaurantes ou cursos de idiomas e, até mesmo, comprar ou vender algo através de classificados. Assim, o site propicia uma série de atividades, incluindo eventos de negócios e programas sociais e culturais. A brasileira Izabela Sá, em Vancouver há um ano, é voluntária da Latincouver há dois meses e lamenta não ter descoberto a comunidade há mais tempo. “Eu não conhecia quase ninguém aqui, não tinha muitos amigos. Depois que eu descobri a Latincouver tudo mudou. Conheci um monte de gente, meu inglês melhorou... Pena que eu não encontrei o site antes,” diz Izabela. Alice Lara, também brasileira e há um ano e meio na cidade, também se beneficiou com o movimento: “Estava desesperada procurando emprego na minha área e não conseguia. Aí olhando na internet achei uma oportunidade para voluntariar como designer gráfica na Latincouver. Caiu como uma luva! Adoro o trabalho e as pessoas” No entanto, o objetivo da comunidade vai além de ajudar os que estão começando em Vancouver. O site busca unir latinoamericanos e entusiastas para fortalecer e celebrar a riqueza dessas culturas, cada vez mais crescentes por aqui. Além disso, funciona como uma ponte entre latinoamericanos e grupos de outras origens que vivem nessa paisagem tão multicultural. Paola explica: “Nós trazemos contribuições na arte, na música, na gastronomia e nos negócios. Queremos dividir isso não só entre nós, mas também com os moradores de Vancouver de outras origens. Através da Latincouver podemos mostrar para os outros o que os nossos países têm para oferecer”. 30

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VANCOUVER MAYOR GREGOR ROBERTSON MEETS THE LATINCOUVER COMMUNITY GREGOR ROBERTSON, PREFEITO DE VANCOUVER, REUNI-SE COM A COMUNIDADE LATINCOUVER

LUCAS SOCIO/BRAZILIAN VIBE

PORTUGUÊS

Latincouver: um ponto de encontro para todos LUIZA AMARAL


O que é o Consulado Brasileiro de Vancouver? O Consulado-Geral do Brasil em Vancouver é uma Repartição Pública do Governo Brasileiro, subordinada ao Ministério das Relações Exteriores. Sua finalidade principal é de prestar orientação, auxílio e informações aos cidadãos brasileiros, dentro dos limites estabelecidos pela legislação brasileira, pela legislação canadense pertinente e pelos tratados internacionais firmados pelo Brasil.

O Consulado-Geral do Brasil exerce as seguintes funções: • • • • • • • • • • •

Proteger os interesses dos cidadãos brasileiros em sua jurisdição, desde que estejam de acordo com a legislação brasileira e com as leis locais; Prestar assistência a cidadãos desvalidos; Exercer as funções de Notário Público e de oficial de Registro Civil, e, como tal, emitir certidões de nascimento, casamento, óbito, procurações, declarações, etc. Expedir documentos de viagem (passaportes, etc.); Atuar como órgão alistador militar. Proceder ao alistamento eleitoral e conduzir os processos eleitorais para presidente da república em sua jurisdição; Prestar informações relativas à legislação aduaneira e afins; Emitir cédula de identificação consular; Autenticar documentos para que produzam efeitos no Brasil; Expedir certificados e atestados previstos na legislação brasileira; Conceder, de acordo com a legislação brasileira, vistos de entrada para que cidadãos estrangeiros possam ingressar em território nacional.

2020-666 Burrard Street Vancouver, BC V6C 2X8 Fone: 1 (604) 696-5311 Fax: 1 (604) 696-5366

cg.vancouver@itamaraty.gov.br Setor de Brasileiros: consular.vancouver@itamaraty.gov.br Setor de Vistos: visa.vancouver@itamaraty.gov.br

Main Attributions of the Consulate General in Vancouver

T

he Consulate General represents the Brazilian Government in matters dealing with the local authorities and the Brazilian community in the area under its jurisdiction. Its objective is to offer the best possible assistance to protect and defend the interests and rights of Brazilian citizens, in accordance with Brazilian and Canadian laws. The main functions of the Consulate General are as follows: • To grant passports to Brazilian citizens and entry visas to foreigners wishing to go to Brazil; • To act as notary and civil registry, issuing documents such as legal wills; powers of attorney; birth, marriage and death registrations; Brazilian military registration; as well as legalization of foreign documents to be used in Brazil

Atendimento ao público: Segunda-feira à Sexta-feira 9:30 às 11:30 horas

*Em caso de emergência fora do horário de atendimento, ligue no telefone geral do consulado e deixe recado.

Retirada de documentos prontos somente: 2a a 6a feira 14:00 às 15:00 horas

Não são casos de emergência: Vencimento, perda ou extravio de passaporte, informações sobre vistos e prazos e outros serviços consulares de rotina.

*Não há necessidade de agendar horário.

http://vancouver.itamaraty.gov.br


“The Canadian Council for The Americas British Columbia was founded in 1992 and is the leading not-for-profit organisation that facilitates trade, investment, and technological linkages between organisations in British Columbia and the countries of Latin America and the Caribbean.�

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