Cinturao negro revista portugues 282 fevereiro parte 2 2015

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“A dor é inevitável mas o sofrimento é opcional” Buda

ais tarde ou mais cedo, todos aprendemos que uma certa dose de dor é consubstancial ao facto de viver. A sociedade moderna nos fez débeis em muitos sentidos: o conforto amolece e as erróneas maneiras de ver a vida, adormecem a lucidez que a via natural desperta. A possibilidade de sentir dor é directamente proporcional ao grau de sensibilidade. O consolo está aqui, em que a capacidade de sentir o prazer, também o é. Se no centro está a virtude, nos extremos habitam ambos, assim um e outro, opostos e complementares, se balanceiam em graus semelhantes no nosso oscilógrafo vital, consoante as nossa naturezas. Nem todos os humanos possuímos o mesmo grau de sensibilidade e esta, como quase tudo, pode ser desenvolvida. Fisicamente, a dor é um limiar de aceleração molecular e nunca sucede se não existir um grau de pressão. Esta definição de dor me parece espectacular, porque visa as suas causas em um plano de compreensão completamente diferente do habitual. Seu autor, a meu entender um génio, José Maria Sánchez Barrio, deu nova luz a um assunto que por tratado e inconfortável, só se tem enfrentado em Medicina (e até em Psiquiatria!) com supressores nervosos. Toda dor física necessita desses constituintes, pressão, a aceleração consequente e finalmente, a inflamação. A etimologia de inflamação do Latim “inflammatio”, (acender, fazer fogo), define claramente as consequências dos processos de pressão. Basta pôr um dedo sobre a pele e ir apertando, para compreender que tudo é questão de passar um limiar. Afinal, a zona fica quente porque toda pressão, em suficiente dose ou frequência, acaba acelerando moléculas que se roçam entre si mais e mais, aquecem, inflamam os tecidos e estes expandindose comprimem as terminais nervosas. Assim. a dor está relacionada com o frio e o calor, daí a tremenda efectividade das terapias ligadas à termo-regulação, do meu velho Mestre Sánchez Barrio. A dor é um limiar de aviso. Por aí, não! É um mecanismo de defesa com o qual os animais nos defendemos de situações e meios hostis. Não é uma maldição divina, é uma valiosa protecção evolutiva. Os seres vivos imóveis, não necessitam tanto nível de sensibilidade, por isso as plantas não possuem um grau de percepção do meio tão alto. A sensibilidade é uma conquista evolutiva e como tal, é directamente proporcional ao momento da aparição de cada espécie. Não sente de igual maneira (em forma nem intensidade) um lagarto que um toiro, nem um toiro que um humano.

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“Quem sabe de dor, tudo sabe” Dante Alighieri

O suporte que a evolução desenvolve para isso, tem ido crescendo mais e mais em tamanho e complexidade na escala evolutiva e se denomina sistema nervoso, coroado com esse grande intérprete de sinais que é o cérebro. Não podemos estudar a consciência, nem o mistério da percepção sem considerarmos e estudar profundamente as bases fisiológicas deste mecanismo biológico, essencial a todas luzes, para partir com sólidos cimentos nesta busca. Dado que existe uma correlação contínua entre corpo, emoção, mente e espírito, não é de desdenhar iluminar as consequências que podem derivar-se desta descoberta, acerca das origens da dor, considerando as “outras” dores que afligem o ser humano. As leis de excesso e defeito não conhecem fronteiras e a dor, por vezes tornada sofrimento, se posiciona como ponto de máximo interesse na escala de valores pessoais e colectivos. Estamos perante um assunto capital e todo aquele que tenha tido dor de dentes, sabe do que estou a falar, mas também aquele que tenha padecido de amores, o desgarro de uma perda, ou a aflição da desgraça. Não em vão, a representação dos infernos nas mais variadas culturas é a de um forno, a de uma prisão, ou os seus extremos opostos, pois também existem infernos gelados. O mundo em geral - para nos situarmos no espaço tempo, está sofrendo um processo de aquecimento, um processo de aceleração e finalmente, um processo de aumento de pressão. Os humanos usamos constantemente estes termos e conceitos na nossa vida quotidiana, porque tudo é produto do meio e porque todos estamos inseridos na mesma bolha. O aumento de pressão, a falta de tempo, a aceleração, são todos sinais facilmente reconhecíveis e seus resultados não poderão ser outros que os anteriormente descritos, tocando inevitavelmente todos os planos pelo facto de ser humanos. Os mais sensíveis, necessariamente saltaremos antes, submetidos a esse conjunto de sobre estimulações e trataremos de compreender para frente a essa realidade nos adaptarmos antes. No entanto, o preço sempre é alto e as cicatrizes, inevitáveis. Ninguém se inscreve voluntariamente ao caminho da consciência, ninguém desperta ao mundo subtil da espiritualidade de “motu” própio. A pressão evolutiva: em frente, para cima, para dentro, em direcção ao Todo, transcende os níveis do físico. O meio ambiente nos nossos dias não deixa muitas opções e acelera a toda a máquina, os processos de transformação individual e colectiva. A dor não pode ser excluída desse processo e tratá-la simplesmente com adormecedores físicos ou da consciência, é um erro


Alfredo Tucci é Director Gerente de BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO. e-mail: budo@budointernational.com

monumental. Matar o mensageiro não é a resposta à pressão do meio, é só um recurso excepcional do qual não se deve de abusar, porque isso também tem consequências e em um mundo onde as coisas acontecem amontoadas e a toda a velocidade, tem de se redobrar a atenção. Por outro lado, os sintomas deste momento extremo são inequívocos e a excessiva estimulação de todo género de informação, acabam por adormecer naturalmente os receptores, que “se desligam”, ou levam os indivíduos directamente nessa direcção, seja com velhos meios (álcool, maconha, cogumelos…) ou com novos meios (psicotrópicos, drogas químicas, etc.…) o resultado é semelhante… A saturação e o processo de anulação da consciência inclui os mais variados efeitos, (velhos cães com novos nomes) que crescem exponencialmente: Alzheimer e Autismo são dos exemplos que levam em si suas análogas correspondências no plano da consciência de Ser. O resultado é pavoroso e o campo de batalha da humanidade esta cheio de cadáveres desta batalha. O pior é que muitos dos caídos são precisamente esses dos que mais necessitamos sua guia, porque já vinham excepcionalmente dotados de uma extrema sensibilidade; eles formam a primeira linha de defesa de todos nós e por isso, as baixas nesse lugar são as mais altas. O dor é consubstancial à vida, mas o sofrimento não, este sempre é opcional porque podemos agir sobre ele, tanto deixando sem provisão suas fontes de alimentação (pressão, aceleração, inflamação) como derivando o excesso de informação que o acompanha. Fugir dele não soluciona os mecanismos que o produzem, antes sim os pode fortalecer. Acicate e defesa natural onde as houver, é o melhor! Não é preciso andar atrás dele, porque de certeza, vem. Esconder-se? Não há lugar onde não chegue; compreender a sua função é começar a desactivá-lo, aceitar a sua existência, é aceitar as regras do jogo. https://www.facebook.com/alfredo.tucci.5




Algumas velhas gravaçþes incomuns; sessþes de combate dos Dog Brothers em Novembro de 1997


No mundo da realidade, as nossas regras de confronto (ROE) e a nossa consciência do meio ambiente, geralmente são mais importantes que as nossas habilidades físicas de combate. Alguns de nós já temos trabalhado a fundo as nossas ROE. Isto é bom. Ter um sentido do que cada um de nós é e pelo que está disposto a lutar, é um ingrediente essencial para não nos metermos em assuntos pelos que uno estamos está disposto a lutar. Quem não tiver pensado nisso, poderá dar consigo tendo de resolver as coisas encima da hora, enquanto está sob pressão e isso não é bom!!!



or exemplo, alguém grita e instintivamente se grita por um assunto que respeito de si mesmo e/ou aos espectadores. Algumas vezes tudo corre bem, a situação se acalma. Mas algumas vezes, a situação é tensa e surge um terrível problema: nesse momento é quando se deve de determinar se se luta ou não. Caso contrário, é de temer que surja uma baixada da adrenalina da sua programação. Deve temer que isto seja muito mau para futuras respostas dos depósitos de adrenalina. Deve temer parecer ou sentir-se um covarde. Se resolver lutar, isso quer dizer que está de acordo com brigar… E para quê? Certamente, não por pelo que se teria lutado se tivesse treinado sua mentalidade! Para mim, mesmo que o limite de cada um possa variar, um princípio fundamental é "o que pensarem de mim não é meu problema". Claro está que pode haver variantes, mas no fundo, se alguém me gritar, é muito simples; consoante foram as realidades físicas da situação, posso ir embora ou posso

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Dog Brothers responder com Judo verbal, que são técnicas para diminuir a tensão. Se isto falhar, então terei esclarecido tanto a mim mesmo como a qualquer testemunha que tiver presenciado, que tratei de evitar a luta e agora terei de agir. Isto permite uma mentalidade sem problemas e um maior nível de acção e uma testemunha favorável em caso de se ter que chegar a isso. Minha seguinte regra é "Evitar os três E". Isto quer dizer evitar a Estúpida gente, os Estúpidos lugares e não fazer Estúpidas coisas! Pôr estas três regras juntas: ser consciente do meio, o que de mim pensarem não é problema meu e evitar

as três, é evitar a maioria dos problemas, mesmo antes de começarem. Ainda assim, o caprichoso destino por vezes nos deixa em situações difíceis. Certamente, ser consciente do meio inclui saber o que vai acontecer com as nossas capacidades físicas. Certamente deveríamos ter habilidade para "evitar contactos com desconhecidos". Vejam, por exemplo o DVD "Combate prático sem Armas" do nosso catálogo e que contém um material extraordinário para agentes encobertos das Forças de Segurança, da autoria do meu amigo e instrutor das FO "Southnark". Mas hoje quero falar

de um aspecto em especial do conhecimento do meio, que é como um radar interno da maioria das pessoas, para se mover na “selva legal” em que nos encontramos. Como um meu professor de Direito me disse: "Não temos um sistema de justiça, temos um sistema legal". É muito claro que suas regras e valores estão muito longe do nosso conceito de Lei Natural!!! Temos que perceber com claridade que os comentários curiosos que se encontram nos foros da Inter net, podem ter pouca ou nenhuma base realista acerca de onde se deva de estar quando um ventilador espalhar merda!

“Aprendam as leis do lugar onde vivem, trabalham, estudam e brincam. Considerem isto antes de viajar. Isto também faz parte de caminhar como um guerreiro para o resto dos dias”


Por outra parte, vale a pena destacar que poucos de nós nos encontramos numa só jurisdição legal o tempo todo ou mesmo ao mesmo tempo. pensem que na América está a lei municipal, a estadual e federal, e tudo em um mesmo lugar, ao mesmo tempo e que na medida que nos movermos, nos encontraremos sob as diferentes leis dos diferentes estados. De facto, temos cinquenta conjuntos diferentes de leis estaduais e não pode haver diferenças substanciais entre elas. ESTA DIVERSIDADE É UMA BOA COISA. Na sapiência dos nossos Pais Fundadores - divinamente inspirada, na

minha humilde opinião - o nosso sistema federal é um laboratório da Liberdade, para podermos ter diferentes pontos de vista e afastar-nos dos que não se adaptarem aos que nos não convierem. INDEPENDENTEMENTE, fique bem esclarecido que a LEY DO LUGAR ONDE SE ESTIVER EM UM DADO MOMENTO, TAMBÉM TEM DE FAZER PARTE DA NOSSA CONSCIÊNCIA DO MEIO. Se vamos andar como um guerreiro durante o resto dos nossos dias, temos de saber se podemos ou não estar armados; se estamos obrigados a nos retirarmos e em caso afirmativo, em

quais circunstâncias; quais são as regras que dizem respeito a acudir em ajuda de outro; quando se pode usar força letal; o que se considera a força letal; o que se pode e não se pode fazer a criminosos que fogem, quais são as consequências penais possíveis das nossas acções, assim como outras coisas… Normalmente, a realidade é que realmente NÃO sabemos as respostas a estas perguntas. Eu, pela minha parte sei o que sei e o que não sei y também aquilo que faço mas não à minha total satisfação! É possível termos lidos algumas mensagens com aparente cumplicidade em um foro, mas é isso o



que realmente nos vai dar um sentido claro e sistemático do que possa ser a lei da selva legal em que nos movemos? Não, quando a adrenalina está fluindo! O fiscal de distrito não se vai preocupar do que dizermos, lermos na Internet, nem é o nosso advogado, que nós pagamos, nem o juiz, nem o jurado que vão decidir o nosso destino! Então, o que fazermos se queremos ser cientes do nosso meio jurídico? Divertido! Temos de o perguntar! Como alguns dos leitores sabem, faz muito, muito tempo atrás, em um universo distantes e corria o ano de 1982, eu era advogado em Washington DC, onde fiz o meu primeiro trabalho como sócio para um bufete de advogados, trabalho que não tinha absolutamente nada a ver com o direito penal, pelo que a minha ligação com a lei em geral e o direito penal, em especial, era essencialmente a dos meus estudos. Mas é claro que os efeitos dos estudos e a experiência persistem e dada a minha actual linha de trabalho, é muito natural que tenha estado prestando atenção a estas questões de direito legal e penal, orientadas à defesa pessoal. Devido a isso, achei o que iria utilizar na minha vida, de então em diante. Trata-se de um livro intitulado "Leis sobre a Auto-defesa dos 50 estados", escrito pelos Procuradores Mitch Vilos e Evan Vilos. Na minha opinião, este livro é simplesmente excepcional. Como advogado que sou (tecnicamente falando ainda o sou, apesar de ter estado "inactivo" durante os últimos 29 anos), agradeço à natureza profunda da obra que está incluída nesse livro. As citações da autoridade legal permitem facilmente a investigação adicional com objectivos bem definidos e como se podem utilizar, se DEUS proibir! A qualidade das anotações também me dá confiança na qualidade e o nível da pesquisa que se fez neste livro. Isto é muito mais que "aqui está o estatuto e uma explicação simples que é tão vaga quanto inútil". Por exemplo, no mi estado natal, a Califórnia, a simples leitura da lei daria a impressão de estarmos no Texas do

Século XIX, mas com uma minuciosidade admirável, os autores vão mais além da própria lei, para explicar como são as verdadeiras aplicações que se encontram nas instruções ao jurado. Em outras palavras, fazendo este trabalho, perceberam que a Califórnia requer mais alguma coisa e diferente, para que o leitor possa obter um bom sentido da verdadeira realidade. De todos os estados se dão várias histórias como exemplos para ilustrar as leis e as perguntas apresentadas; a meu parecer, o material é facilmente compreendido pelas pessoas, sem comprometer a qualidade dos análises, Eu também diria que à diferença de outros artigos e livros que tenho visto, me parece que estes autores estão bastante de acordo com a ideia de que algumas pessoas boas portem pistolas e facas e de que há situações em que se pode ser bom. Cada capítulo está dedicado a um estado em especial e responde à mesma matriz de perguntas:

Defesa próprio e dos outros Força não letal Força Letal O uso da força letal para prevenir delitos graves Defesa de Terceiras Pessoas Excepções a Auto-defesa justificável Os agressores iniciais A provocação Cometer um delito grave ou um acto ilícito O combate mútuo As excepções às excepções Retirar-se e comunicar (às autoridades) Dever ou Não Dever de retirar-se – em geral Defesa da Pessoa (as) em especiais lugares (casa, negócio, veiculo ocupado) Dever de retirar-se ou não retirar-se de Lugares Especiais os co-habitantes, co-empregados A presunção de racionabilidade em lugares públicos

Responsabilidade sobre terceiras pessoas inocentes Responsabilidade Civil Defesa da Propriedade Definições úteis relativas aos Estatutos de auto-defesa Matérias não explicadas nos estatutos dos casos Se não importar o estado, a matriz é a mesma. Isto é muito valioso – posto que os nossos conhecimentos em vez de serem à sorte, agora são sistemáticos! Se viajar a um determinado Estado, tudo do que preciso é ler esse capítulo e ficarei informado das leis da “selva legal” em que vou estar! A simples leitura do material é um bom exercício para esclarecer o próprio pensamento e pensar no que não nos tiver acontecido. Como já perceberam, não é a desordem de um catálogo com montes de artigos. Se alguma coisa aí está, está aí por alguma razão! Eu estava tão impressionado com este livro que telefonei para o autor Mitch Vilos e falei com ele do que somos e o como queremos ajudar as pessoas a andar como guerreiros, durant e o res to do s s eus dias . Gostaria ainda de assinalar que este livro é, em grande medida, a paixão pelo trabalho de dois homens que querem que conheçam os vossos direito s , para ev it ar t rapaças abundantes às quais se enfrentarão aqueles que tratam de as s umir a responsabilidade da própria defesa, a da família e a dos inocentes. Como podem imaginar, um trabalho que consegue compilar as leis de 50 estados em um volume, bem organizado, bem contado e coerente, na minha opinião é de não perder, devido ao seu conteúdo. Aprendam as leis do lugar onde vivem, trabalham, estudam e brincam. Considerem isto antes de viajar. Isto também faz parte de caminhar como um guerreiro para o resto dos dias. A aventura continua, Guro Crafty









Fu-Shi Kenpo

FU-SHIH KENPO: AS MULHERES NAS ARTES MARCIAIS Basta ler os encabeçamentos dos diferentes meios de comunicação (televisão, jornais, revistas, Internet…), para sabermos acerca da permanente violência e riscos em volta da nossa própria existência, numa sociedade moderna mas geralmente incapaz de nos oferecer segurança e harmonia entre os nossos semelhantes. Por esta causa é que os Ginásios, Clubes e Escolas de Ar tes Mar ciais estão tendo o maior número de simpatizantes, adeptos, especialistas e profissionais, mais que qualquer outro desporto no mundo. Ta m b é m pelas diversas organizações agora existentes, em relação aos “Maus Tratamentos ou à Violência de Género”, no âmbito familiar ou no âmbito social.



Fu-Shi Kenpo

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e denomina violência doméstica no âmbito familiar, toda aquela agressão física ou psicológica dirigida às pessoas do meio familiar ou doméstico, do autor ou autora, com a exigência de que habitem "sob o mesmo tecto". A diferença básica com o delito de violência de género recai sobre a autoria do delito, pois neste caso, já se não trata apenas de uma agressão homem-mulher, senão que qualquer membro da família ou do ambiente de convivência pode ser autor e/ou vítima do mesmo. A violência de género é toda acção de agressão física ou psicológica contra a mulher, tanto sendo casal, como ex-casal do autor, ou aquela pessoa especialmente vulnerável que com ele conviver. Neste caso, o leque de vítimas se abre bastante, pois o autor não será só o homem, senão também a mulher, e a vítima não só será a anteriormente dita e sim muitas mais. As Artes do Extremo Oriente e também as modernas de criação Ocidental, nunca foram consideradas pela sociedade, meios de comunicação e económicos, como desportos de elite que movam massas. Mas isso não quer dizer que as estadísticas mostrem claramente que são o desporto mais completo que existe. Disso não resta dúvida, se considerarmos que não há nenhuma outra modalidade que procure o indivíduo alcançar tantas qualidades físicas, psíquicas, morais e espirituais. Por outro lado, as diversas características das Artes Marciais e o seu complexo mundo, formam de maneira integral a cada indivíduo que as pratica. Não em vão são artes e não simples desportos. Finalmente, o número de licenças ultrapassa notavelmente a qualquer outro desporto conhecido, e ainda considerando que se conta com muito poucas ajudas governamentais e motivações para a sua prática. Poucos alcançam o êxito profissional, economicamente falando. No entanto, aí estão...


Raúl Gutiérrez Dia a dia são mais as mulheres que se incorporam a estas modalidades, na prossecução de alcançar medidas a ter em consideração para uma vida segura e como método preventivo, numa sociedade cada vez mais violenta e perigosa, onde são elas quem geralmente as padecem, talvez devido à sua aparente debilidade física e técnica. A violência é nos nossos dias, uma parte comum das nossas vidas; assaltos, roubos, violações e assassinatos são, por desgraça, quase normais na nossa sociedade. Há muita gente que tem medo de sair, de passear nos parques e lugares públicos, ir às discotecas, ou ter de se deslocar a altas horas da noite em certos bairros, ruas ou sectores da cidade. Os meios policiais não alcançam a dar-nos a protecção adequada e geralmente acudimos a eles para contar os factos que “JÁ ACONTECERAM”. Isto é muito lamentável! O delinquente não se contenta só roubando, eles também querem aplicar dor e castigo às suas vítimas, mesmo quando isto não faça sentido. E é então quando a vítima paga o preço. Tudo isto chegou a ser tão frequente e comum entre nós, que dia a dia escutamos, comentamos, ou lemos acerca de tão grave situação. Mas ainda assim, são muito poucos os que tomam medidas e por outro lado, muito poucos adoptam as precauções e dedicam parte do seu tempo ao treino “PREVENTIVO”, para depois não ter de lamentar situações graves. O pior dos erros é pensar que a eles/as nunca lhes vai acontecer a si próprios. Então confia, só na sua boa sorte. Mas as estadísticas dizem o contrário, o aumento da violência e o número de vítimas é sempre crescente, chegando a números alarmantes. A prevenção frente aos raptos e violações é um tópico que devia dizer respeito a todas as mulheres e aos homens também. Segundo a Legislação Espanhola (muito similar nos países Ocidentais), este tipo de violência é a que se produz como manifestação da discriminação, a situação de desigualdade e as relações de poder dos homens sobre as mulheres e se exerce por parte daqueles que são ou foram seus conjugues ou daqueles que estão ou estiveram ligados a elas por relações similares de afectividade, mesmo sem convivência. A violência de género a qual faz referência a dita lei, compreende todo acto de violência, física ou psicológica, incluídas as agressões à liberdade sexual, às ameaças, às coacções ou à privacidade arbitrária de liberdade. A Lei Integral regula, portanto, a violência exercida contra uma mulher por um homem que é ou foi o seu casal. A violência de género afecta a mulheres de todas as idades, classe social, situação no trabalho, tamanho do município em que residem, nível educativo, posicionamento ideológico ou opção religiosa.

Sem dúvida, a manifestação mais extrema desta violência são as mulheres que morrem a mãos de seus parceiros ou ex-parceiros. A estadística de vítimas mortais por violência de género, proporciona informação sobre o número e características sociais e demográficas das mulheres que morrem a cada ano como vítimas da violência de género, e dos seus agressores. As estadísticas espanholas podem servir como referência com as de outros países Ocidentais, para se chegar a algumas conclusões interessantes: Em 2013 morreram a mãos de seus parceiros ou ex-parceiros 54 mulheres. Este número supõe um aumento respeito do ano anterior, no que houve 52 vítimas mortais. Apenas 11 das vítimas mortais (um 20,4% da totalidade) tinham denunciado o seu agressor e apenas 4 das vítimas mortais (um 7,4% da totalidade) tinham medidas de protecção vigentes, quando sucederam estes factos. Segundo a relação entre a vítima e o agressor, em 31 casos eram casal (conjugues, companheiros sentimentais ou namorados) e em 23 casos eram ex-casais ou estavam em vias de ruptura. As percentagens de uma e outra circunstância representam, respectivamente, um 57,4% e um 42,6%. A vítima e o autor conviviam no momento do homicídio em 29 casos (um 53,7% da totalidade) e não havia convivência entre ambos em 25 casos (46,3%). Pela idade, as vítimas mortais contavam maioritariamente 30 anos. Os menos anos foram 14 (o que representa um 25,9% da totalidade); as que tinham de 31 a 64 anos foram 33 (um 61,2%) e as de 65 ou mais anos foram 7 (um 12,9%). Das 54 vítimas mortais registadas durante 2013, 38 (um 70,4%) tinham nacionalidade espanhola e 16 (um 29,6%) eram cidadãs estrangeiras.

O QUE PODE E DEVE DE FAZER UMA PESSOA, COMO MEDIDA PREVENTIVA 1) Procurar saber mais acerca deste tipo de problemas. Factos, pormenores, tipo e forma. Conhecer ou procurar soluções.

Os meios policiais não alcançam a dar-nos a protecção adequada e geralmente acudimos a eles para contar os factos que “JÁ ACONTECERAM!” Isto é muito lamentável!


Fu-Shi Kenpo 2) Procurar maneiras de reduzir e eliminar os riscos. Isto é precisamente o assunto que desejamos focalizar e tratar aqui. 3) Desejamos informar acerca dos problemas que há e o que se deve de fazer como medidas de solução. Com pouco esforço é possível de conseguir e nós desejamos ajudar.

QUAL É FUNÇÃO DESEMPENHADA PELA POLÍCIA PERANTE ESTES FACTOS 1) Como é de lógica, a força policial e seus são aplicados perfeitamente, sempre e quando estiverem presentes no lugar dos factos, chegarem a tempo ou conforme sejam as circunstâncias, tenham previsto com anterioridade um possível atentado. Com isto não quero menosprezar o seu efectivo trabalho, muito pelo contrário, os seus meios e a sua experiência sempre alcançam o êxito e como é bem sabido, no final sempre vence a lei e se impõe a justiça. O problema natural, como todos sabemos, é que em quanto que a Polícia realiza o seu louvável trabalho em defesa dos débeis e em favor da sociedade, o delinquente nos surpreende com seus delitos imprevistos. É por isto que a Polícia sempre vai atrás do delinquente. Simplesmente, é assim. 2) A presença policial ou a segurança repele por si só qualquer previsão de executar um delito. Isto quer dizer que o delinquente sempre vai procurar agir antes de uma acção policial. 3) Uma vez que ocorre um delito, a força policial é aplicada e geralmente com grande êxito. O problema é que os danos causados, se são materiais podem ser superados de alguma maneira, mas os danos físicos e psíquicos poderiam demorar uma vida inteira...

“Quando ocorreu um delito, a força policial é aplicada e geralmente com grande êxito. O problema é que os danos causados, se são materiais de alguma maneira podem ser compensados, mas os danos físicos e psíquicos poderiam demorar-se a vida toda...”


O "Programa de Controlo Táctico Kyusho" (KTCP), foi desenhado para controlar a escalada de conflitos mediante a pesquisa legal, médica, o aspecto táctico, provas de campo y coordenação. Este programa está especialmente destinado, ainda que não exclusivamente às Forças de Ordem Público, Segurança, Emergências, Guarda Costeira, Militares, Agências Governamentais, Escoltas y Segurança pessoal. Este módulo básico se constitui de um conjunto de 12 objectivos principais integrados en 4 módulos de controlo da escalada de força. Há numerosas estruturas débeis no corpo humano que podem ser utilizadas por um Agente para simplesmente obter o controlo de um indivíduo, mais eficientes que o uso convencional da força como nos indica o protocolo. Mais alem da etapa de ordem verbal, numa situação de escalada do conflito, são estes pontos (Vitais) do Kyusho onde o agente pode fazer uso dos sistemas internos de controlo físico, como os nervos, a estrutura dos tendões e os reflexos nervosos naturais do corpo. No requer de grande força ou de um complexo controlo da motricidade ou da vista ... tudo isso sujeito ao fracasso em estados de elevada adrenalina. Esta informação está dedicada aos valentes e resistentes membros das Agências de todo o mundo ... Obrigado pelo que fazeis!

REF.: • KYUSHO 22

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MANSUR ENSINA-LHE COMO SE DEFENDER DAS FINALIZAÇÕES DO JIU-JITSU Considerado entre as maiores autoridades do mundo na arte de ensinar o Brazilian Jiu-Jitsu, o Mestre 9º grau Francisco Mansur, lança um DVD mostrando defesas contra as mais temidas técnicas de finalização do Jiu-Jitsu. Texto: Marcelo Alonso Fotos: www.budointenational.com


Brazilian Jiu Jitsu


Sempre se tem dito que um Mestre é aquele capaz de chegar onde outros não chegam. O Mestre Mansur aceitou o nosso desafio e fê-lo sem pestanejar. Sentados à mesa do escritório enquanto trabalhávamos na edição do seu último livro, eu disse: “Mansur, todos falam em como finalizar um adversário, mas, são técnicas infalíveis?”. Mansur ficou pensativo e depois disse: “No Jiu-Jitsu, toda técnica tem a sua contra-técnica, é um jogo infinito onde sempre é preciso ser melhor jogador que o oponente”. “Isso está muito bem não parece que alguém tenha abordado este problema, parece como se ninguém quisesse explicar como sair das principais técnicas de finalização, como se fosse um segredo bem guardado. O senhor não faria um vídeo de instrução a esse respeito?”, d i s s e e u . “ Vo c ê é m u i t o m a u – respondeu -, mas eu sou pior porque gosto dos desafios”. E assim, nessa noite foi para a cama fazendo uns apontamentos aqui e acolá e no dia seguinte gravou um magnífico trabalho que parecia não querer acabar. Ao fim do dia fizemos as fotografias, o Mestre estava radiante e feliz. O resultado está felizmente hoje em dia ao alcance de todos os estudiosos e seguidores. Um trabalho que vai marcar a época. Mais um desafio que mostra a capacidade didáctica e o bemfazer deste titã dos tatames, um homem que já tem mais de 50 anos de experiência neles, com o espírito e a atitude de um autêntico samurai.




Brazilian Jiu Jitsu

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uem ouve o grande mestre Francisco Mansur, falando da sua técnica de ensinar JiuJitsu, tem a impressão de que aprender a Arte Suave é tão simples quanto aprender a andar de bicicleta: “E não é? O Jiu-Jitsu é uma arte que qualquer um pode aprender, pois não requer grandes habilidades e sim uma capacidade de ter um bom reflexo. O Hélio Gracie preparou tudo, o avião, a pista de pouso e agora nós estamos rumo à lua”, costuma dizer Mansur, com a sua absoluta admiração ao mestre que lhe deu a faixa vermelha e preta 9º grau. Mas se Hélio Gracie “o levou à Lua”, ninguém pode negar que Francisco tem sido um excelente astronauta. Afinal de contas, em quase 45 anos, ele já ensinou Jiu-Jitsu a mais de 19.000 alunos, tendo 39 deles chegado à faixa preta. Todos através de um método didáctico desenvolvido pelo mestre, chamado sistema Kioto. “Ninguém cria nada dentro do Jiu-Jitsu. O que eu fiz foi pegar tudo que o Hélio Gracie me ensinou e botar numa ordem que faça você aprender melhor e mais rápido. Eu só facilito as coisas, para você aprender como cada coisa deve ser feita”, revela o mestre de 66 anos, reconhecido no Brasil por ter a melhor e maior escola de Jiu-Jitsu para crianças do país. Graças à sua impressionante capacidade didáctica, Mansur também desenvolveu um método de ensino utilizando o Jiu-Jitsu para ajudar na recuperação de deficientes físicos (problemas neurológicos, surdos, mudos, autistas, problemas de coordenação motora). “O Jiu-Jitsu é uma bênção de Deus”, costuma dizer o religioso lutador que já fez 39 lutas de Vale-Tudo nos tempos em que treinava na academia de Hélio Gracie. Com a autoridade de ser um dos mais didácticos mestres de Jiu-Jitsu do mundo, Francisco Mansur decidiu trazer a sua genialidade em ensinar a Arte Suave para o grande público. Depois de lançar a “Bíblia do Brazilian Jiu-Jitsu”, mostrando em 200 páginas coloridas as suas melhores técnicas e um DVD onde mostra as mais



Brazilian Jiu Jitsu importantes técnicas básicas do Sistema Kyoto de Jiu-Jitsu, Mestre Chico, como chamam carinhosamente os seus alunos, agora abre o seu baú de conhecimentos do Gracie Jiu-Jitsu para mostrar como se defender das principais finalizações do Jiu-Jitsu. Ainda bastante empolgado com a repercussão do lançamento da sua Bíblia do Jiu-Jitsu e do primeiro DVD que dá um panorama geral sobre as principais técnicas ensinadas nas primeiras aulas do Sistema Kioto, Mansur acredita que o novo DVD fará ainda mais sucesso. “O Jiu-Jitsu é como um xadrez de corpo, cada posição tem um ataque e uma defesa e assim o jogo segue até um

conseguir o xeque-mate que é a finalização”, resume o mestre brasileiro que hoje mora em Nova Iorque. Neste novo DVD, Mansur mostra exactamente como usar a técnica do Jiu-Jitsu para escapar do xeque-mate e muitas vezes aplicar, na sequência, a finalização que vai definir a luta. “O Jiu-Jitsu é uma arte fantástica onde você joga no erro do seu oponente. O cara pode estar nas minhas costas, pronto para encaixar um estrangulamento, mas eu posso aplicar uma chave de pé e obrigá-lo a desistir antes que ele consiga pegar o meu pescoço”, exemplifica o professor que até hoje considera Rickson Gracie, filho do seu mestre



Brazilian Jiu Jitsu Hélio, como o maior lutador de todos os tempos. “Queria ver nascer um lutador tão perfeito como o Rickson mas é muito difícil. Eu costumo dizer que o Hélio criou o Rickson na mão”, elogia Mansur. Exactamente por ser considerado um dos alunos de maior confiança de Hélio Gracie, Mansur foi escolhido para arbitrar a luta de Vale-Tudo entre Rickson Gracie e Rei Zulú, realizada no Maracanãzinho em 1983. “Tenho muito orgulho de ter arbitrado este confronto. O Rickson

mostrando-se um samurai e o Zulú um guerreiro. No final prevaleceu a técnica do samurai”, lembra o mestre, com os olhos a brilhar, ao falar sobre o ídolo que viu crescer.

Movimentos progressivos Mansur explica que a sua maior preocupação no sistema Kioto é seguir um sistema de movimentos progressivos que facilitem o aprendizado: “Se você tem uma namorada e ela gosta de você mas

não quer te beijar, você tem que imobilizá-la para poder conseguir o beijo. Certo? O mesmo acontece com o Jiu-Jitsu. Para você chegar à finalização tem que começar pela dominação, Este é o detalhe do meu programa”, exemplifica com o seu humor peculiar, o mestre, ressaltando a importância da prática para que o atleta evolua. “Você tem que treinar no início o básico, pois a gente sempre começa com umas dificuldades em algumas posições. Se você vai assimilando


bem as posições básicas, a evolução vem naturalmente nas fases seguintes. Tudo no Jiu-Jitsu se baseia no princípio da acção e reacção e muita prática. Quando vi aquele Cirque du Soleil, vi que nada é impossível diante de um bom treinamento”, arremata. A ideia de movimentos progressivos, pilar básico do sistema Kioto de Jiu-Jitsu, também pode ser observada na Bíblia do Jiu-Jitsu. “Este é o livro 1 da minha série. São 42 aulas. Quando você sai do livro 1 para o 2, já está apaixonado pelo Jiu-Jitsu. Na minha escola, para ganhar a faixa azul você tem que saber todas as técnicas do livro 1 e 2. Se souber o 3,4,5 pode chegar a faixa roxa”, afirma o criador do sistema Kioto. Nos três DVD’s de defesa de finalizações, a ideia dos movimentos progressivos também é mantida pelo mestre. “Armlocks, americanas, estrangulamentos, leglocks e chaves de pé. No Jiu-Jitsu, para todos estes golpes existe uma defesa que normalmente te permite um contraataque que vai deixar o oponente em situação difícil”, explica, excitado, Mansur, que não por acaso é frequentemente convidado pelo departamento da Polícia de Nova Iorque para ministrar seminários e cursos. “O JiuJitsu é uma arte apaixonante, em três ou seis meses, um policial, em qualquer lugar do mundo, já se torna um praticante de JJ. Na categoria de policial, ele não pode ter medo. O JJ nos ajuda a dominarmos nós mesmos e adquirirmos esse controle”. Muito feliz com o resultado da colecção de três DVD’s de defesas de finalização, Mansur já fala no próximo projecto: DVD’s de defesa pessoal.

Defesa Pessoal, próximo capítulo Programado para ser lançado em Novembro em toda a Europa, o novo DVD, onde Mansur revela as melhores técnicas de defesa pessoal do Gracie Jiu-Jitsu, tem tudo para ser um dos mais interessantes da série. “A defesa pessoal funciona como um revólver, é treinamento e reflexo e mais nada. Até mesmo quem tem uma vida sedentária consegue aprender isso tudo. É reflexo mesmo”, garante mestre Mansur, com a sua peculiar simplicidade. Agora, só nos resta aguardar para conferir.


Brazilian Jiu Jitsu










Y

oroi Kumi-Uchi ou simplesmente Kumi-Uchi quando este é praticado sem a armadura, era a forma específica de movimentos utilizados no campo de batalha. Características peculiares envolvem o Kumi-Uchi, diferenciando-o segundo cada escola ou clã. Esta arte conserva as ideias peculiares e alguns mestres estudiosos explicam que o Yoroi Kumi-Uchi era usado de imediato quando um samurai perdia sua espada no meio do confronto. Contradições afirmam que o Yoroi Kumi-Uchi nada mais era do que uma reserva de movimentos estratégicos corporais, para se proteger do inimigo em um campo de batalha. Desavenças e opiniões à parte, o que nos importa é que sequência de movimentos chegaram aos séc. XX e XXI, sendo chamadas Kumi-Uchi. Yoko-dori significa na língua japonesa “roubar”, “arrebatar”, e foi primeiramente ensinada como uma espécie de Heiho, enfatizando, através do pensamento, uma via de acesso à vitória. Porém, muitas são as sequências aplicativas que envolvem esse pensamento e dessa forma, alguns mestres preferem ensinar a táctica de Yoko-dori como parte do Kumi-Uchi, inserida em formas pré-determinadas. Portanto, Yoko-dori é o Seiteigata que ensina ao Tori, depois de ter perdido a katana, a utilizar técnicas de Kumi-Uchi, onde deve agarrar o oponente e se aproveitar da aproximação para roubar uma de suas armas adjacentes - tanto, aikuchi e wakizashi - com ela finalizando o combate. É possível percebermos no Seiteigata as modificações e os ajustes, os quais são agrupados em cada técnica praticada, para que se torne possível a utilização da arma do oponente. Vejamos: O Kumi-Uchi se caracteriza e se diferencia do Yoroi Kumi-Uchi por entradas que não são interrompidas pelo volume da armadura. É fácil perceber a diferença entre esses dois pontos, quando são experimentados para comparação. O peso e o volume da armadura e elmo, impossibilitam uma séria de movimentos, limitando a



prática do Yoroi Kumi-Uchi quando realizado com a vestimenta completa e não demonstrado fazendo uso apenas de kimono. Suas movimentações se resumem em pequenas sequências, que mais especificam a linha de pensamento de ataque e defesa do que uma capacidade real de um confronto verídico e duradouro. Percebe-se então que, naturalmente, as técnicas evoluem e a necessidade de um aperfeiçoamento faz com que o homem busque respostas e subsídios para o crescimento de suas formas de embates. Já o Kumi-Uchi realizado sem a vestimenta de guerra, é rico e versado em técnicas de agarramentos e imobilizações, que possibilitam um confronto mais prolongado. Obviamente que essas formas desenvolvidas no período Edo pela condição do samurai poder portar duas espadas, ascendeu no pensamento do Kumi-Uchi inúmeras variáveis acerca do Yoko-dori, posteriormente reorganizadas e definidas em forma de Seiteigata. Muitos praticantes de Bugei, ao utilizarem o que foi aprendido no Kumiuchi, ou mesmo quando colocados à prova, sentem dificuldade de utilizar as técnicas de aproximação e imobilização do oponente em pé, seja através do agarre - que é mais comum -, seja através de técnicas praticadas em Seiteigata. De uma forma ou de outra, uma vez que a dificuldade é apresentada, deve-se ater ao ponto específico em que ela se apresenta e recorrer à técnica original como suporte para a elucidação. Naturalmente, se analisarmos uma técnica praticada em uma sequência combinada e outra em um combate real, veremos que as duas, ainda que permaneçam na mesma linha de pensamento, apresentarão características diferentes, devido à necessidade de adaptação do momento. Assim também é a nossa mente, ela depende de uma adaptação para entender e encaixar o movimento esperado. Um oponente se aproxima, fecha a mão, ou agarra uma Tanto (faca), ou mesmo uma Katana (se pensarmos com o prisma de antigamente) e desfere um certeiro golpe em direcção à sua cabeça. Antes dele se aproximar e embalar sua mão contra você, ele apresentou sinaléticas, as quais caracterizaram sua intenção de



desferir um ataque verdadeiro. Observar é o primeiro passo que possibilita um bom posicionamento diante de um ataque. Ainda que ele tente disfarçar ou esconder suas intenções, como podemos perceber em casos de realidades documentados por câmaras de segurança em estabelecimentos públicos, sempre existe um ponto específico em que ele apresenta os primeiros sinais da intenção de avançar. Um segundo ponto é a distância exacta que deve existir entre você e o oponente. A distância, acima de tudo, é o que lhe garante no caso do oponente estar portando um objecto perfuro-cortante. Deve-se manter a distância exacta, de forma que exija do oponente uma atitude, um avance, um ataque... E é neste momento que sua mente deve estar preparada para entender a movimentação desse ataque. Entender bem o oponente e a possível utilização de seus braços e pernas, tal como as possíveis vias de condução que este caminhará, as possíveis direcções dos ataques, observando se a mão dele estiver em baixo, quais os prováveis ataques partindo desta direcção, e o mesmo caso esteja em cima, do lado, e assim por diante. Se você abaixar para avançar em um movimento de agarre, quais as possibilidades dele se defender? Procure avançar sempre em contratempo, exigindo que a cabeça dele trabalhe mais que seus membros. Busque sempre ângulos que desfavoreçam sequências de ataques e etc... Estes pequenos detalhes favorecem sempre uma boa resposta para as dificuldades iniciais em qualquer prática que busque a realidade. Vale à pena ressaltar que a melhor maneira de se evitar um ataque, caso este seja na rua ou em local público, é você nunca estar lá. Nada vale à pena quando sua vida está em risco! Estamos analisando situações para a melhoria da técnica empregada. Voltando à nossa análise, observar é tudo! Observar as movimentações, o tempo, a distância e principalmente a respiração do oponente. Esta revelará em muito seu estado nervoso. Podemos dizer em profundidade que o homem comum crê, muito simplesmente, que é imbatível estando bem treinado. O homem de sabedoria imatura, perguntando-se como alguém pode ser imbatível, exalta a dúvida para obter a melhor resposta. Mas o homem dotado de alguma compreensão tem uma



crença reverente, baseada nos princípios naturais da boa convivência e não precisa das ideias simples do homem comum, nem da dúvida do outro; ele compreende que o respeito e a racionalidade da consciência, por meio de um único momento, manifesta todas as técnicas e é capaz de vencer a todos os exércitos apenas com o seu princípio. Na sabedoria das técnicas aplicadas no Kumiuchi, aprendemos sempre que o simples é forte e poderoso. Ou seja, é um caminho que favorece as acções rápidas e efectivas. Bem... Certamente que todos entenderíamos que um caminho mais simples favorece um raciocínio mais claro e coerente. Por outro lado, sabemos que não é somente este factor que favorece sua eficácia. Uma técnica eficiente é uma técnica que possui princípio e fim, sem interrupção. No Kumiuchi, abraçar o Uke para derrubá-lo parece ser o mais natural dos movimentos. Para alguns, é necessário que esses movimentos sejam corrigidos para que aumentem a sua capacidade de resistência ao desgaste provocado pelo exercício físico de impacto e explosão. Um atleta que consome muito oxigénio durante um combate, está sujeito a um cansaço maior do que um outro atleta que consuma menos. No passado, este era o diferencial entre a vida e a morte nos muitos confrontos que defenderam a honra. Para que consiga controlar o consumo de oxigénio é necessário que recorra à chamada "economia de movimentos". Esta "economia de movimentos", significa ter uma boa coordenação motora durante o combate ou luta e buscar a via mais fácil, evitando movimentos desnecessários, que prejudicariam o desempenho do Tori. Para que tenha uma boa coordenação motora e consiga dessa forma obter durante as lutas a chamada "economia de movimentos", deve-se ter atenção para o seguinte: é necessário fortalecer os músculos do abdômen - que reflectirá na utilização do Hara e das pernas. Por que é necessário? É simples: nada desgasta mais do que a necessidade de defender e atacar ao mesmo tempo. Se você possui uma boa formação de base, esta dificultará a vantagem do Uke e lhe possibilitará uma economia de movimentos. Basta olharmos os mestres mais velhos que durante toda a luta


resistem quase sem fazer força - pelo menos aos nossos olhos - e em um único movimento, projectam o uke de maneira perfeita. Quando o peso é mantido em baixo de maneira correcta, torna-se difícil o caminho a ser percorrido pelo Uke para projectar o Tori. Muitos são os exercícios que possibilitam esta condição de fortalecimento, praticados nas escolas mais tradicionais. Muitos mestres sabem que todos possuímos habilidades naturais. Segundo Pérez Gallardo (1993), as habilidades naturais “são aquelas que se caracterizam por estar presentes em todos os seres humanos, independentes de seu lugar geográfico e nível sócio-cultural e que servem de base para aquisição de habilidades culturalmente determinadas...”. E em muitos casos, o que precisamos fazer é lapidá-las, atendo-se aos exercícios que desenvolvem a coordenação motora e noção de espaço. É fácil verificarmos em alguns Seiteigata mais antigos a quantidade de movimentos, que utilizam o chão como uma arma secundária à técnica executada, na maioria dos casos, as mãos e pernas assumem posturas diferentes que propiciam a execução de ângulos que favorecem o impacto, caso a técnica seja efectuada em projecção ou arremesso. Certa vez tive a oportunidade de assistir a um mestre de Kumiuchi efectuar movimentos utilizando as partes do corpo

como peças de rebote para partes moles do corpo do Uke. Curiosamente, escutei de um dos mais velhos, que também assistia a apresentação, que esta forma era anterior à executada nos Seiteigata originais, onde o chão era a maior ênfase. Das duas formas, podemos perceber que além das projecções, o Kumiuchi clássico é original nas maneiras de utilização do corpo e artefactos como armas secundárias. Em um estudo realizado por um aluno que é médico, tivemos a oportunidade de verificar que o impacto de um corpo em projecção ao solo, principalmente se a queda for de cabeça, (vale ressaltar que o Kumiuchi antigo não possui a preocupação da técnica perfeita vigente no Judo), provocaria um traumatismo craniano. A forma da execução do movimento acoplada à forma de posicionamento das mãos que favorecem o impacto da cabeça, seja no chão ou nas partes mais dura do corpo do Tori, é implacável em suas consequências. Acredita-se que tais técnicas tenham sido desenvolvidas com tamanha avidez, devido a utilização da armadura no período Sengoku Jidai, no Japão. A necessidade de uma técnica eficiente fez com que cada vez mais se aprimorasse a utilização destas técnicas destrutivas em combate. Em uma pesquisa realizada por profissionais da área médica, vê-se que o traumatismo crânio-encefálico (TCE) é


importante causa de morte e de deficiência física e mental, superado apenas pelo acidente vascular cerebral (AVC) como patologia neurológica com maior impacto na qualidade de vida. Os TCEs podem ser classificados em três tipos, de acordo com a natureza do ferimento do crânio: traumatismo craniano fechado, fractura com afundamento do crânio, e fractura exposta do crânio. O traumatismo craniano fechado caracterizase por ausência de ferimentos no crânio ou, quando muito, fractura linear. Quando não há lesão estrutural macroscópica do encéfalo, o traumatismo craniano fechado é chamado concussão. Contusão, laceração, hemorragias, e edema (inchaço) podem acontecer nos traumatismos cranianos fechados com lesão do parênquima cerebral. Os traumatismos cranianos com fracturas com afundamento caracterizam-se pela presença de fragmento ósseo fracturado afundado, comprimindo e lesando o tecido cerebral adjacente. O prognóstico depende do grau da lesão provocada no tecido encefálico. Nos traumatismos cranianos abertos, com fractura exposta do crânio, ocorre laceração dos tecidos pericranianos e comunicação directa do couro cabeludo com a massa encefálica, através de fragmentos ósseos afundados ou estilhaçados. Este tipo de lesão é, em geral, grave e há grande possibilidade de complicações infecciosas intracranianas. Hoje praticadas somente na graduação de Chuden e Okuden, muitas escolas preservaram o pensamento da época tal como a sua forma e sequências de execução. Assim, verifica-se uma grande diferença do pensamento da época e suas utilizações reflectidas em sequências técnicas pré-ordenadas. Alguns chegaram a atribuir a estes tipos de conhecimento a grande arma de guerra do exército japonês, mesmo no Século XX. Os mestres mais aprimorados sabiam que técnicas eram classificadas de acordo com as suas consequências de impacto. Muitos afirmam que mestres mais estudiosos adquiriram tal aprimoramento pela compreensão da ciência médica rudimentar da Idade Média no Japão da época, inclusive com estudos anatómicos realizados em corpos de prisioneiros de guerra.



Escolas mais tradicionais ensinavam seus alunos a utilizarem pequenas armas, que eram escondidas na parte interna da mão e provocavam lesões de classe especial. Quando utilizadas estas armas, as fracturas do crânio poderiam ser da convexidade do crânio ou da base. As da convexidade podem ser lineares, deprimidas, ou compostas. Fracturas deprimidas do crânio são o resultado de lesões provocadas por objectos de baixa velocidade. A tábua interna do crânio sofre maior dano do que a tábua externa. Essas fracturas podem determinar laceração da membrana de revestimento externa do cérebro ou do tecido cerebral. Fracturas compostas são caracterizadas pela laceração do osso. Elas podem levar a fístulas liqüoricas, sendo fontes potenciais de meningite, abcessos, e outras infecções intra-cranianas. As fracturas da base também podem lesar os nervos cranianos, cujos forames estão aí localizados. As lesões encefálicas podem ser classificadas em primárias e secundárias. As lesões primárias são o resultado do impacto e geralmente estão presentes já no momento do impacto recebido. As lesões secundárias são aquelas de curso progressivo, ocorrendo como consequência de hematoma, edema, isquemia ou hipóxia, podendo levar a lesões neurológicas tardias. O tecido cerebral pode ser lesado directamente no lugar do impacto (lesão por 'golpe'), ou em pontos diametralmente opostos ao impacto (lesão por 'contragolpe'). As porções inferiores dos lobos frontais e temporais são as áreas mais acometidas pelas lesões por ‘contra-golpe’, pois os ossos da base do crânio, sobretudo nas fossas temporal e frontal, apresentam superfícies rugosas, cheias de acidentes anatómicos. Verifica-se que além dos propósitos de auto-defesa, o Kumiuchi possuía uma artefacto de consideráveis estratégias de combate, que extrapolavam o simples arsenal de projecções, chaves e estrangulamentos, indo mais além nos objectivos de suas formas de combate.











Evan Pantazi passa em revista a sua primeira dúzia de anos connosco. 12 anos de colaboração, 21 vídeos e vários livros em cinco idiomas, centenas de artigos, gravações, encontros e bons momentos. Pensamos ser um bom momento para parar e deitar a vista atrás. A vida vai depressa demais e de vez em quando é bom parar e contemplar os frutos do caminho andado. Quando começamos a nossa colaboração, o Kyusho era quase desconhecido fora dos Estados Unidos da América, onde também tinha uma questionável fama. O trabalho feito à consciência e detalhado do Mestre Pantazi, mudou este paradigma e agora se encontra entre uma das maneiras de trabalhar inter-estilos, mais apreciadas e reconhecidas do panorama Marcial. Uma conquista que se tem de atribuir ao seu detalhado ensino e à explicação passo por passo, baseada em leituras científicas do seu trabalho. Alfredo Tucci Tem sido uma longa viagem com os leitores e com Budo International, com a finalidade de revelar o método antigo do Kyusho. Mas tem sido muito gratificante; temos constatado que até este momento se estendeu por todo o mundo e tem fortalecido indivíduos, grupos e estilos. A viagem começou sendo uma matéria muito controversa, no entanto, após 12 anos já é uma realidade. O seu valor, a seu contínuo estudo profundo da anatomia humana, da sua fisiologia e da sua funcionalidade, foi aceite e integrado amplamente. Isto se conseguiu através de mais de 20 vídeos, que abrangiam varias etapas de instrução integradas em cada um. Isso proporciona tanto ao principiante, como aos mais experientes, uma fonte constante para ampliar os conhecimentos.


12 anos, 21 vídeos, o mais completo programa de Kyusho Na superfície, podemos ver facilmente uma introdução ao conhecimento e um amplo planeamento de estudos físicos, que começou com o uso de técnicas únicas no seu género, para recuperar o corpo destes ataques. A segurança é a premissa, mas a dualidade também é uma forma de engenharia inversa do Kyusho: por uma parte, a saúde e por outra, a habilidade de causar disfunções...

Para além da saúde Depois se definiria em um mais alto grau, com o Vídeo de Primeiros Socorros. De início, se utilizou a terminologia mais aceite do momento (designações de pontos da Acupunctura), mas fomos avançando constantemente no uso dos nomes dos nervos e outras estruturas anatómicas que se estavam empregando. Assim, para todos aqueles que já estavam em contacto com o Kyusho, não seria um chocante nem uma surpresa, antes sim uma ajuda para conhecer paulatinamente todas as estruturas subjacentes reais e as causas da disfunção. Tudo quanto temos feito tem sido exaustivamente investigado e verificado por especialistas médicos e científicos de muitas áreas de estudo... Portanto, é um campo provado centenas de vezes, por milhares de profissionais de todo o mundo. Quantas mais coisas fomos fazendo, mais nos foi possível avançar na pesquisa e informar a muitos mais participantes do que funcionava, do que não funcionava e das soluções possíveis. Cada vídeo tem uma aplicação técnica no nível básico, os primeiros 5 DVDs ilustram a maioria dos objectivos que são práticos para o uso combativo. Mostramos exercícios e maneiras de melhorar a focalização em movimento..., o que é um grande avance para os instrutores de Kyusho, que acostumam a usar a aplicação estaticamente. A seguinte série tratava da aplicação em situação dos mesmos objectivos, com resultados especializados em derribamentos, agarres, manipulações articulares e ataques com armas. Estes se mantêm abertos, com o objectivo no ponto, em vez de nas técnicas específicas, que têm propensão a falhar em situações de alta tensão e restrições de adrenalina sob um ataque real. No processo, se ajudou a vários milhares de Artistas Marciais de todos os estilos, a melhorarem seus métodos e aumentarem a sua e f i c á c i a . . . , inclusivamente se



Pontos Vitais responderam perguntas que queriam fazer acerca das posições ou das acções muito estranhas do seu estilo. Após este conhecimento básico, se realizou a segunda série, que entrou profundamente nas Artes Marciais que abrangem habilidades como a execução da “Camisa de Ferro”, a descoberta dos significados ocultos nas formas das Artes Marciais, a compreensão do corpo, a importância das ferramentas ou armas que se escolhem e a muito necessária engenharia inversa do Kyusho, para os Primeiros Socorros. Dentro desta segunda fase da formação no Kyusho, nos concentramos mais nos aspectos fisiológicos e funcionais do corpo humano e em como os interromper ou restaurar mais profundamente que na primeira fase. Cada um destes DVDs tem um nível técnico que é facilmente comprensível, mas cada um tem também uma informação mais profunda. Por exemplo, o DVD da “Camisa de Ferro”, no nível superficial proporciona a instrução da maneira de proteger o corpo de penetrações mais profundas e afecções dos ataques Kyusho. A nível secundário da informação inerente a esta produção, se expõem os

propósitos ocultos que para muitos estão dentro das formas das Artes Marciais. Mas ainda se aprofundou mais. A terceira etapa consistia em como superar estas protecções. Agora sei que isto era óbvio para todos, só pela primeira etapa de apresentação, mas também demonstrei como lidar com o fenómeno do ponto "não reactivo". Trata-se desse 5% de indivíduos aos que não afectam os métodos típicos do Kyusho, devido a uma variação na sua estrutura fisiológica (um nervo mais profundo ou uns limiares sensoriais superiores). Os processos explicam e mostram como atacar este tipo de pontos não reactivos e o que é mais importante, contra atacantes cheios de adrenalina. Entretanto, outro nível deste conhecimento pode ajudar aqueles que utilizam os métodos de saúde, para ajudar as pessoas de uma maneira mais profunda, a conseguirem limiares de maior resistência. Todos os DVDs contêm estas capas de conhecimento, que chegam até o espectador após se alcançar muita experiência em seu uso. Quando já se utiliza a informação da capa superficial e se assimilam os conhecimentos, se revelam e se desenvolvem níveis cada vez mais altos.



O primeiro DVD era uma introdução e uma visão geral do Kyusho e as diversas ideias que se tinham desenvolvido até esse momento. Introduzia as três principais maneiras de recuperação, como instrução multi-facética para todas as competências futuras, além de falar das chamadas reanimações ou maneiras de recuperar a função corporal interrompida pela aplicação do Kyusho, apresenta a ideia do que realmente é o Kyusho. Utilizando o Kyusho, realmente provocamos um desequilíbrio funcional que o cérebro por sua conta não pode equilibrar fácil ou imediatamente. Em princípio e entretanto, estes desequilíbrios se corrigem nesse momento ou no processo podem haver efeitos adversos, como tonturas prolongados, vómitos, problemas de visão, diarreia, dor de cabeça e outros. Estas recuperações mostram ao usuário como equilibrar a funcionalidade rapidamente, para evitar ou eliminar estes resultados nocivos. Isto se consegue com uma transferência de mensagens neurológicas internas e com a transferência energética externa ou a estimulação. Assim, o praticante iniciou o processo de compreensão da natureza fisiológica do homem e a profunda influência que na realidade tem sobre ele. Esta é toda a base do Kyusho.

O segundo DVD se dedicou à funcionalidade anatómica e fisiológica dos braços. Começa por falar de indução à dor, perda de músculo, controlo motor e métodos para estimular as reacções reflexas e corporais. Os níveis mais profundos mostram como estão situados os nervos entre outras estruturas, que na realidade servem para protegêlos, também, fala da maneira mais rápida e eficaz de ter acesso a eles numa situação dinâmica desafiante. Isto serviu como uma ideia (que mais tarde se ampliou no DVD acerca dos agarres)..., e não como um único método. A ideia de concentrar-se nos objectivos e ferramentas, em vez de nas técnicas que falham em situações rápidas, agressivas, espontâneas e estressantes, foi outro aspecto, assim como a preparação da mente e do espírito para a formação ulterior. O Kyusho não está estancado em um conjunto de técnicas, antes sim flui de maneira livre e aberta, com a aptidão e habilidades de cada indivíduo.



O terceiro DVD da série, demonstrou o efeito poderoso que o Kyusho pode ter no corpo, posto que percorre a estrutura anatómica da cabeça. Junto com a construção de um sistema reflexivo de resposta neuronal programada (que não deve ser pensada como PNL - programa neuro-linguístico - este treino que era único no Kyusho, se expandiu numa visão sinérgica que desenvolveu respostas precisas e potentes. Partindo da grande quantidade de exercícios de programação, desenvolvemos com sucesso, outros métodos de treino. O criticado KO estático à distância, foi afastado momentaneamente e o Kyusho se instalou no plano da realidade para a protecção real. Muitos praticantes de Kyusho se aperceberam de que durante as práticas, estavam nocauteando acidentalmente os seus colegas. Isto criou a base para construir um método fundamentado na surpresa e a precisão, que era muito superior ao método estático ou ao treino da técnica. Os aspectos mais profundos incluem a redução dos receptores (como na Camisa de Ferro, onde se vêem com maior detalhe mais adiante na série), junto com o que muitos defensores do Kyusho pensavam necessitar no seu estudo..., a "polaridade".

O quarto DVD está dedicado aos pontos mais débeis do corpo, que são substancialmente mais difíceis de alcançar. Podem encontrar-se dificuldades como a roupa, protecções dos braços, objectivos sob a linha central. Mais uma vez, incluímos exercícios para ter acesso a estes pontos de maneira instintiva, usando um método espontâneo. Na superfície aparece o acesso ao objectivo como a lição principal, tal e como acontece nos outros DVDs. No entanto, há muitas outras capas adicionais, como os ataques aos órgãos ou as tácticas para evitar o estresse. As dinâmicas e as dificuldades para localizar os objectivos e a necessidade de controlar um corpo em movimento e cheio de adrenalina, são as primeiras coisas a saber, para lidar com elas na realidade. Por isso, quando a lição da superfície já foi assimilada, o Kyusho ensina a atacar o corpo de maneira mais profunda, usando seus diferentes constituintes.



Pontos Vitais

O quinto DVD trata das vulnerabilidades das pernas; assim como dos nervos, músculos, vasos sanguíneos, células musculares fusiformes, que se encontram nelas. Mais uma vez, a nível superficial os objectivos são extremamente potentes e podem até deixar uma pessoa inconsciente. Também é onde os objectivos têm uma dualidade, à vez estabilidade e movimento ou armas de ataque... Portanto, existem possibilidades únicas. As posições nas Artes Marciais se desenvolveram em parte para proteger as pernas e compreender através da experiência, o que cada uma faz e assim conhecer suas vulnerabilidades, o que é crucial para a formação integral. Na realidade, tem de se estar plenamente treinado em ambas áreas. para que tanto as pernas como os braços possam alcançar com êxito estas poderosas ferramentas. Mas também há muitas ramificações mais profundas no que diz respeito ao cérebro, à estabilidade, ao equilíbrio e ao controlo do sistema nervoso. Trata-se do fluir e dos atributos de transição, que são um elemento chave neste nível de trabalho, mas que rara vez se percebem sem ter muita experiência. Esta é uma chave muito importante, mas demasiadamente ampla para ser tratada neste artigo.


O sexto DVD mostrava as maneiras fáceis a nível da superfície, para debilitar o corpo, para que o oponente caísse pela sua própria perda de funcionalidade, com menos acção física ou risco de que ele pudesse evitálos. Estes métodos simples de um só passo, conseguiram muito mais que o método de treino usado pelo Artista Marcial, concentrado nas técnicas de ataque e contra-ataque. Ainda que os estudantes avançados poderiam ver várias outras capas, neste nível aprendíamos a debilitar a base para provocar desequilíbrios no oponente. Conforme o cérebro luta através do corpo para recuperar esse equilíbrio, o corpo se vai debilitando. Sim, os derribamentos são estupendos e muito eficazes... Talvez seja tudo quanto se necessita para alcançar os objectivos de habilidades pessoais, mas se quisermos chegar a níveis mais avançados, temos de conhecer as lições mais profundas.

O sétimo DVD se concentrou na aplicação da luta no chão a níveis superficiais, com alguns objectivos que poderiam debilitar o oponente, para escapar de certas posições e controlar ou submeter o oponente. O nível mais profundo consistia em ajudar o lutador de chão a ser mais eficiente ou a pensar em novas maneiras de trabalhar os seus métodos actuais. Não eram técnicas, mas sim descrições dos objectivos sensíveis e vitais, que requerem de menos energia para provocar dor ou disfunção e que fossem aprendidas sem importar o estilo ou métodos que se praticassem. O assunto mais profundo consistia em aprender qual é a resistência do rival e a melhor maneira de reconhecer e aproveitar esta resistência (de novo, se explica detalhadamente isto, depois no DVD da Camisa Ferro). Por exemplo; cada vez que uma pessoa toma uma posição de força, isto provoca uma debilidade simultânea... O treino não só ajuda o praticante a se aperceber disto, mas também a que encontre a melhor maneira de aproveitálo. Quando já se tiver a habilidade inata para fluir mais além de uma força para encontrar uma debilidade, nos teremos tornado um lutador formidável!


Pontos Vitais “Foi uma longa viagem com os leitores e com Budo International, a de revelar o método antigo do Kyusho. Tem sido muito gratificante, temos constatado que até este momento se vem estendendo mundo afora, fortalecendo indivíduos, grupos e estilos”


“Como reza o antigo provérbio; ‘quando o aluno está pronto, aparece o Mestre’...” O Mestre está dentro de nós e quando experimentamos o Kyusho, as nossas Artes já nunca serão as mesmas!”



O oitavo DVD era verdadeiramente o mais confuso para as pessoa em geral, posto que se sabia que era difícil treinar as manipulações de articulações comuns, de maneira a poder alcançar as terminações nervosas durante o agarre. No entanto, graças à aprendizagem dos nervos a um grau mais alto e ao novo conjunto de habilidades, os aspectos tácteis aumentaram substancialmente. Mas, de novo existem outras capas que ajudam o praticante a alcançar um maior nível. Por exemplo, em uma maneira visual, táctil e empática e portanto válida para aprender e perceber o cociente energético, utilizando o Kyusho e a profundidade do seu efeito sobre o corpo. Todos os sinais visuais correctos se mostram quando os nervos são atacados desde estas posições de agarre (outra capa mais profunda)... o que ajuda o praticante a se aperceber do desequilíbrio neurológico interno ou da disfunção que infringe. Esta é uma consolidação honesta e válida da habilidade pessoal... e do que os instrutores Kyusho devem procurar para compreender plenamente a profundidade do ataque dos praticantes.

O nono DVD apresentou um desafio ainda maior e uma barreira para a maioria, não tanto pela dificuldade de utilizá-lo fisicamente, mas sim porque a ideia de aceitar o Kyusho contra ataques com armas, foi a mais controversa. Ao princípio, a maneira de ver, a ideia e a simplicidade foram difíceis para a maioria, mas logicamente, isto acabou por ser assimilado naturalmente. As facetas ocultas são numerosas, mas por falar em algumas, está o conceito de avançar não só por segurança, mas para iniciar o Kyusho, posto que não se detém a um atacante afastando-se. Isto contém a simples resposta para ao mesmo tempo desequilibrar o oponente, mover-se à distancia correcta e defender-se. No aspecto mais interno, o corpo passa da função motora à sensorial, para confundir a mente consciente e os atributos fisiológicos da mesma. Com isto começa um estudo profundo da programação neuronal dos níveis ulteriores.


O décimo DVD… é o mais surpreendente... Este DVD, que trataram de ridiculizar, dizendo que nada tem a ver com as Artes Marciais (realmente sim tem a ver), foi o mais vendido durante semanas. A produção “para melhorar na intimidade”, ilustra algumas ideias para aumentar o prazer sexual, ainda que o que é importante é a ideia da localização do nervo e a investigação de uma maneira mais subtil. Quando potenciamos os pontos através de determinados objectivos do Kyusho, obtemos bons efeitos. Mas para avançar na compreensão e na capacidade táctil, necessitamos pôr freio à única focalização agressiva, entrando mais profundamente nos benefícios que isto tem para o praticante de Kyusho. Os conceitos de retroceder ou de adiantar-se, oferecem... uma informação muito avançada e surpreendente... e a sua prática é genial!



O décimo-primeiro DVD que tratava da transferência da energia foi, naturalmente, muito popular, posto que o termo KO aparece na capa. Toda a gente pensou que era uma colecção de KOs que poderiam copiar ou aprender... (como se nos DVDs precedentes não houvesse suficientes!), mas é um estudo acerca da estimulação do sistema nervoso dos oponentes, em diversos grau e em diferentes situações. Nele se tratou o conceito de condução eléctrica de outra maneira, para ajudar a esclarecer o processo aos praticantes de Kyusho..., usando termos científicos se não tinham usado anteriormente. Os benefícios ou a informação profunda jaziam na descoberta e na capacidade na produção de certas complicações vibratórias no oponente. (Sim, é certo. Realmente tem de se ter uma boa base em Kyusho para ver isto). Quando se alcança este nível, junto com os níveis predecessores, se conseguem as habilidades no Kyusho e a compreensão para ajudar os outros.

O décimo-segundo DVD trabalhava o Kyusho dentro das formas clássicas, para desbloquear os segredos dentro da forma e dar renda solta aos potenciais do praticante. A base da lição era ilustrar que o que se vê em qualquer forma, não é uma imagem completa e que com uma simples mudança no pensamento, se poderia, como mínimo, alcançar o dobro de capacidades e possibilidades. Isto se demonstrou em grande medida, mediante o uso das ideias de que os bloqueios poderiam ser batimentos, as posições das mãos podiam ser armas multiusos e os movimentos da forma do Wing Chun podiam ser um ataque. Mas há ainda muito mais. Este vídeo explica como ajudar qualquer pessoa a realizar qualquer forma e desenvolver um grande potencial para a prática, a protecção e/ou as ideias de instrução. Também se explicam completamente as relações entre o Yin e o Yang e como a maioria de nós se baseou só em um destes conceitos, até que se mostraram os pontos vitais em jogo. Um dos conceitos mais profundos estava no diferencial de afeição ao ataque negativo... ou na ideia de que nem sempre se está sobrecarregando o oponente, outro sim que também se aprende a maneira de minguar a sua capacidade pessoal, o seu poder ou a sua energia. Há uma biblioteca infinita com esta informação, ao vosso alcance.



O décimo-terceiro DVD é o da Camisa de Ferro, que parece coisa impossível ou mística, mas é uma compreensão simples, ainda que profunda, ou muito mais profunda do Kyusho. Se aprofunda na leitura da fisiologia do corpo para além da focalização táctil do DVD acerca dos agarres. Na minha opinião, esta é a informação mais profunda relativa ao Kyusho. Na superfície, nos ensina a proteger as nossas áreas mais vitais, em um segundo plano, nos diz como superar estas protecções. A nível mais profundo, nos mostra uma grande compreensão sobre o controlo consciente do cérebro e o seguimento da funcionalidade fisiológica. De maneira que todo o Kyusho mostrado e explicado, se relaciona com este nível de compreensão e controlo. E é tudo o que se necessita para ter uma boa habilidade, mas ainda é só o primeiro 20% do possível potencial. Percebemos que a maior parte vai ficar satisfeita com esta conquista de habilidades e será muito melhor no seu estilo e capacidade... De facto, nunca serão capazes de voltar às Artes tradicionais físicas puras, sem usar o Kyusho. No entanto, para o homem que sempre quer avançar, pode haver uma maior recompensa e vendo mais atentamente este vídeo, se obtém uma visão e um conhecimento deste potencial... Esta foi uma informação inovadora no Kyusho; como a maioria dos vídeos... Mas quebrar barreiras e avançar sempre na arte e na habilidade, exige muito!

O décimo-quarto DVD era uma continuação dos DVDs do Wing Chun e a Camisa de Ferro, para ilustrar completamente o que em qualquer acção pode levar a libertar um potencial ilimitado. Neste DVD se analisa um modelo simples de cinco movimentos de mãos (que se encontra na forma Sil Nim Tao do DVD número 12), que é desbloqueado e ampliado através do Kyusho, para mostrar a quantia infinita de possibilidades que o Kyusho libera para nós. Também está vinculado aos primeiros 9 DVDs (em ordem curricular) para ilustrar também, que o plano de estudos contidos no DVD não é um formato independente, mas que é plena e universalmente adaptável às nossas necessidades ou paixões pessoais. Um dos conceitos mais profundos é a capacidade de sentir tacticamente as resistências ou aberturas do oponente (em parte, a essência da Camisa de Ferro). Este é um assunto crucial no Kyusho e deve ser plenamente realizado por um profissional, para avançar até o potencial óptimo.


O Décimo-sexto DVD, com novos caminhos para os profissionais do Kyusho e os Artistas marciais de todo o mundo..., desvelou totalmente os segredos da compressão. Sim, todos sabiam que se podiam comprimir determinadas artérias e causar uma síncope vasovagal (desmaio), como no ataque do estrangulador de sangue na artéria Carótida, mas o que não se sabia é que o mesmo poderia ser utilizado para provocar o mesmo efeito também nos nervos ou em lugares ainda mais remotos, como o tornozelo interno. Também influi a velocidade ou a eficiência para causar disfunção instantânea, em vez de usar só o tempo diferido no ataque de tipo sanguíneo... E tudo isto continua sendo só à superfície da matéria, nas compressões. Somamos diferentes reanimações para usarmos esta nova realidade do Kyusho, também fizemos a diferenciação entre o Dim Mak e o Kyusho, para deixar as coisas bem esclarecidas; NÃO SÃO A MESMA COISA!!! Passamos uma pequena vista de olhos ao Dim Mak como ataque de tipo sanguíneo, não aos pontos da Medicina tradicional Chinesa ou a Acupunctura, mas sim aos vasos vasculares reais e às zonas do corpo acessíveis aos ataques. A informação mais profunda radica nos legendários aspectos "da ralantização" e em muitos mais, mas isto fica para um debate posterior.


O décimo-sétimo DVD abriu o conhecimento de um conjunto de armas antigas, especializadas para melhorar os ataques de Kyusho, pôr em acção os ataques Dim Mak e aumentar a habilidade para todos os praticantes. De entrada explicamos as 6 mãos apresentadas no antigo Bubishi (que muitos grandes instrutores de Karate o denominaram a Bíblia do Karate). Estas mãos não só se ajustam às estruturas anatómicas para ter acesso aos objectivos vitais em um mais alto grau, como também representam a transferência energética secreta da energia cinética, que a maioria perde no início da sua formação em Kyusho. Isto é o que leva a que o Kyusho possa parecer que se faz sem esforço, assim como que aumente substancialmente a precisão, inclusivamente em acções dinâmicas. Como se isto não bastasse, também continha muitos níveis de impactos transitórios e explicava os motivos de que até os mais antigos dos antigos instrutores, conservaram as suas habilidades de combate muito além do momento da sua vida em que a velocidade, potência e agilidade diminuem. Mas o mais importante é preparar o cenário para a terceira fase do Kyusho (neste momento só a primeira fase se ensinava abertamente, demonstrada ou discutida).



O décimo-oitavo DVD foi um novo exame de uma arma usada no sexto DVD, para ilustrar o alcance infinito de uma ferramenta que pode ser correcta e poderosa, e à vez, simples. Se explica como situar correctamente a mão para o Kyusho, porquê e como funciona e como utilizá-la melhor numa série de objectivos que muitos não considerariam usar (exceptuando o Kyusho). Os níveis mais profundos expõem os métodos de compressão do décimo-quinto DVD, em um ataque de menor escala, com os mesmos efeitos devastadores, usando tanto o Kyusho como o Dim Mak e como um aspecto informativo especial, foi também demonstrado como um ataque de Kyusho ao tronco do cérebro, pode causar um profundo efeito, inclusivamente com uma só arma e um pequeno movimento. Isto elevou o nível de intensidade muito por cima das aplicações do Dim Mak, assim como os novos níveis de potencialidade, sobre os quais se fazem a maioria das conjeturas e que se mostram aqui. E mesmo assim, ainda resta muita mais informação por desvelar... porque com isto só teríamos libertado 20% do potencial do Kyusho. Libertar a maioria que ainda resta..., tem de ser feito sobre uma base anatómica e científica mais profunda.

O décimo-nono DVD foi intitulado Primeiros Socorros, mas estava longe de ser apenas este o nível de aplicação, reanimação ou recurso do Kyusho. O nível superficial demonstrou os ataques e as contramedidas de remédio..., o que é uma revelação no Kyusho, inclusivamente para aqueles que dele participam desde faz décadas, posto que isto era novo para eles. Mas a nossa missão foi dupla desde o início. Os níveis mais profundos que jaziam nas interconexões expostas, esclareceram o que muitos observam quando se executa o Kyusho, mas não fizeram as conexões. Nós não só fizemos estas conexões como também foram validadas e verificadas por um grande número de profissionais da Medicina na área neurológica... e demonstradas claro está, em aplicação real, para ser compartilhada com todos os leitores. Este detalhe e a pesquisa transversal são o motivo de nos termos destacado nesta matéria, muito por cima dos outros e são no que baseamos os nossos programas de formação para a realidade... Não havíamos de ensinar o que não funcionará em situações de estresse real! Novamente, há capas ainda mais profundas nesta produção, mas o mais importante que é preciso compreender, é que este conceito também é a chave para compreender o que se explica em todos os DVDs, mediante o uso de processos de engenharia inversa. Mas isto não é só para o Kyusho como também para qualquer Arte Marcial... É uma chave para ver mais e melhor, em qualquer estilo!



Produções extras Kyusho Top Ten (DVD 15) se tratava de um DVD no meio do programa e um impulso do momento. Normalmente, quando íamos a Madrid, Espanha..., estávamos uns poucos dias na sede de Budo International e gravávamos alguns vídeos cada dia. Todos estes DVDs não tinham livrete nem estavam ensaiados; se tratava simplesmente de aulas de instrução, posto que este método é fácil de transmitir e muito interessante. O único DVD no qual seguimos uma lista, foi no de Primeiros Socorros, posto que não queríamos que pudessem perder nenhuma das matérias, (ainda assim também foi espontâneo e sem livrete). Mas desta vez tínhamos filmado o terceiro e o quarto vídeo e ainda dispúnhamos de meio dia livre. Então, o que fizemos nesse tempo livre foi filmar rapidamente um vídeo improvisado e que ainda não estava filmado, da compilação dos meus dez melhores pontos do Kyusho. Queríamos modificar um pouco o formato e trazer à luz algumas ideias simples para usar nestes objectivos, na defesa pessoal. Este DVD adicional, filmado casualmente, se tornou um dos mais vendidos da longa história de Budo International... e ainda representa uma ideia "muito concisa e simples da defesa pessoal real”. O DVD número 20 - Série ESPECIAL TKD, foi uma petição do chefe e representante da ITF em Taiwán, Horácio Daniel Obon. Tinha visto o Kyusho e começou a aprender e a viajar a seminários mundo afora (não é fácil em Taiwán). Estava convencido de que o Taekwondo poderia beneficiar-se muito com o Kyusho e nesta crença, me pediu fazer um programa de Colaboração com o estilo. É claro que aceitei o desafio (nunca pratiquei TKD) e começou essa série de DVDs. Esta primeira versão abrangia os 9 primeiros níveis do programa de Kyusho e combinava-os com o primeiro padrão do TKD, chamado Chong Ji. Justamente antes da produção deste vídeo, o Sr. Obon me mandou um filme original, com o programa completo da ITF, realizado na Coreia pelo Grande Mestre Choi Jung Hwa, filho do Fundador da Arte, o General Choi. Em breve vai haver mais vídeos acerca disto. Já estão filmados e prontos para a produção. O DVD número 21, que trata da Defesa Pessoal para Mulheres, é o último até agora e o segundo que não foi filmado na sede do Budo..., assim como o início de uma nova visão do Kyusho. Como já se disse, tudo deve de evoluir para se não tornar velho e insignificante e o Kyusho não é diferente. Este DVD de entrada é de nível simples, é um método rápido e eficaz para utilizar o Kyusho com êxito na defesa pessoal. A modelo Hailey Daniele foi contratada para este DVD e não tinha nenhuma prévia experiência. Treinamos a modelo enquanto se filmava o DVD, os efeitos que provocava eram reais. Ela aprendeu sem problemas o que lhe ensinávamos a fazer e o executou bem. Quando saímos à rua para fazer uma prova um pouco mais realista, ela fez tudo de maneira espontânea..., o que ilustra que após uma sessão de treino, adquiriu a habilidade para defender-se usando o Kyusho. Em um nível mais profundo, estamos trabalhando com o programa neuronal e para a reanimação temos usado a forma antiga do Bubishi... Isto serve como base para a terceira fase do Kyusho, que entra em profundidade no avance de conhecimentos do método. A esses vários milhares de partidários que compraram estas produções..., também àqueles a quem ensinei durante a filmação, peço que deitem a vista atrás, depois de terem adquirido todos esses níveis de habilidade. Cada vez que olhem para estas coisas, de novo apreciarão mais pormenores… Como diz um antigo provérbio: "Quando o aluno está pronto, o Mestre aparece", mas o Mestre está


dentro de nós e quando experimentamos o Kyusho, as nossas Artes já nunca serão as mesmas! Devo agradecer à maravilhosa gente de Budo Iternational o interesse e o entusiasmo que mostraram pelo projecto do Kyusho, durante mais de 12 anos. Em primeiro lugar está Alfredo Tucci, Director Gerente de Budo International. Agora, ele é um querido amigo e para os membros uma luz de guia nas Artes Marciais. Lembro-me que quando o conheci, me pareceu uma pessoa agradável, cordial e com grande entusiasmo, optimismo e energia. Tinha escutado as reivindicações do Kyusho e também era céptico, mas se mostrou aberto a estudar a ideia. Se sentou para presenciar a primeira filmagem e foi testemunha da nova focalização (baseada numa habilidade antiga)... Pessoalmente, não estava convencido, mas resolveu apoiar a ideia por acreditar no grande valor que tem este método para as Artes Marciais. Ah! E também o Xavier! O que posso eu dizer de quem gravou estes vídeos e os transformou em grandes experiências visuais para todas as pessoas em geral. Agradecer também à Margarida, que está dedicada à Revista. Ao Guilherme e ao resto do pessoal agradeço a sua hospitalidade e a sua paciência com o grande número de pessoas que levei às filmagens..., porque não é nada fácil trabalhar com tanta gente… E certamente, a todos aqueles que se ofereceram para sofrer dor, disfunção, estados de inconsciência ou doença (comum nas aplicações do Dim Mak); obrigado por se oferecerem para ajudar outros a aprender. A maioria não se apercebeu de que esta dor e estas experiências serviram para ajudar na educação de muitos. Muitas pessoas chegaram e partiram. Muitos para formar seus próprios grupos, outros por outros motivos..., mas todos eles deram uma parte de si mesmos para ajudar-nos. De novo, obrigado a todos!



Silat


ARTES DE LUTA SÁTRIA Artes Marciais de Nusantara É para mim uma grande satisfação apresentar as Artes de Luta Sátria aos leitores de Budo internacional. Vou ir m o s t r a n d o o p l a n o d e e s t u d o s d a S FA , d e m a n e i r a cronológica, técnica e táctica. Sempre gosto de começar do princípio para uma boa compreensão. Começarei com uma breve história sobre mim próprio e a minha viagem no SFA. Conforme avancemos, darei uma ideia de alguns dos nossos métodos de treino, a filosofia e os princípios da nossa prática, que me foram transmitidos pela minha última Mestra, a Guru Ma Prem.

AS MINHAS ORIGENS E A MINHA HISTÓRIA Fui uma criança que cresceu em um dos bairros mais duros de Londres. Desde muito jovem, para sobreviver às ameaças constantes que tive desde os primeiros anos de escola, tive de aprender rapidamente a defender-me. Meu pai praticara Boxe no exército, onde serviu na Espanha. Quando eu cresci ele me ensinou algumas coisas de Boxe. Pratiquei diferentes sistemas, o Wing Chun foi o primeiro, mas me parecia que não me ajudava, posto que continuava a receber pancada. Eu tinha 11 anos quando conheci o meu primeiro verdadeiro Mestre, o Sifu Gerry Tann. Ele me ensinou a Arte do Kuntao, um sistema de luta de rua feroz e me treinou até os meus 19 anos. Gerry me tinha levado a mim e alguns dos seus estudantes do último ano, a vários torneios, que ele dominou durante vários anos. Depois, em 1989, durante o torneio aberto do Campeonato Nacional de Birmingham, tive uma experiência no tatame, que iria mudar a rota do meu caminho. O meu treino com Gerry chegara ao seu fim e ele me aconselhou que fizesse sete dias de jejum, o que me levou ao meu seguinte Mestre. No sétimo dia do meu jejum, tive uma visão clara de uma mulher guerreira da Indonésia que se movia como se dançasse, com um movimento fluido e suave que eu ainda não tinha visto. Eu acabava de fazer vinte anos de idade e podia sentir a mudança que se avizinhava. Senti que a minha evolução me estava levando a esta maneira de ser e sabia que tinha de confiar nisso. Não fazia ideia de onde tinha de ir ou o que ver, mas indo para a Holanda me senti bem. Adormeci no trem que me levava. Quando acordei logo chegamos a Roterdão, saí e me dirigi para o centro da cidade. No caminho, havia um restaurante indonésio chamado Raden Mas. Ainda era cedo e o restaurante estava fechado. Debaixo do restaurante havia uma loja que vendia caçarolas e peças decorativas em barro e que estava aberta. Resolvi perguntar acerca do Pencak Silat. A empregada da loja abria o seu correio e não tinha a mais mínima ideia do que eu estava a falar. Nesse mesmo instante, ela abriu um folheto com informação acerca do Guru Ma Prem, Pencak Silat, Ayurveda, o treino Alfa, etc., e um número de telefone. Quando eu ia a sair, ela me chamou e me entregou o folheto! Claro está que eu logo soube que tinha de ser esse!!!

GURU MA Guru Ma Prem nasceu numa família real de Java, foi criado nos arredores de Java Barat, numa povoação denominada Bandung. Durante a época da ocupação japonesa esteve na Holanda, como tantos outros indonésios durante os anos 1940 e 1950. Tinha crescido com o Pencak Silat, a dança tradicional da Indonésia, e o misticismo javanês como uma forma de vida. Ela foi teve grande influência na comunidade da Indonésia e com frequência protegia o seu povo da vontade das autoridades holandesas. Era muito evoluída e estava muito bem informada. Escreveu vários livros acerca da literatura esotérica, que até hoje se utilizam na Universidade Sphinx. Ela criou a Escola (Universidade Sphinx) e ensinou Pencak Silat, estudos esotéricos, estudos religiosos, treino Alpha, Yoga e Ayurveda, como parte de um programa de estudos completo e integral.


Após muitos anos de estudar com ela e viajando de ida e volta desde Londres, Guru Ma, me ensinou os princípios e exercícios que abririam o meu corpo e a minha mente a esta bela arte, proporcionando-me com as chaves mais inacreditáveis para poder aperceber-me do fluido natural do movimento em geral e do movimento corporal. Em 1999, após ter aprendido todos os métodos e princípios de treino que me ensinara, tanto ela como eu resolvemos juntá-los todos metodicamente, para ensinar e ajudar os estudantes a aprender de maneira sistemática. Daí surgiram as ARTES DE LUTA SÁTRIA (GUERREIRO) - que actualmente consiste na prática das artes clássicas. Além disto, ela também criou o YOGA SÁTRIA, um método de treino baseado nas 144 posições, praticado com os princípios do Yoga, junto com exercícios de respiração específicos. Durante o meu tempo com ela, também visitei a sua terra natal, a Indonésia (ex Nusantara) em várias ocasiões e aprendi diferentes estilos de Silat, completando o Cimande com Guru Makmur, o Silat Wali Mahmud com Pendekar Jumhi, um estilo famíliar de Minang Silat com Bapak Rusli e o estilo familiar do Padang com Guru Asnan. De tudo isto dou aulas separadas em Artes de Luta SÁTRIA. Tristemente, Guru Ma faleceu a 13 de Junho de 2012 e o seu filho primogénito, Chris, foi o seu sucessor na universidade de Roterdão.

AS ARTES DE LUTA SÁTRIA Porquê o nome Artes de Luta SÁTRIA? Depois de ter treinado em tantas artes diferentes e depois de completar os diferentes estilos de Silat, percebi que a Guru Ma me estava ensinando muito mais que um monte de técnicas, aplicações e métodos de luta. Ela me estava ensinando a forma de vida das Artes Guerreiras. Os Sátrias (ou em Sânscrito, 'Kshatriya') eram os protectores dos débeis, dos pobres, dos necessitados nas suas comunidades e também eram homens e mulheres da Luz e da Inspiração. Guru Ma me ensinou posições, exercícios, técnicas e métodos de treino que sempre apontavam a uma maneira mais profunda e mais unificada da vida. Uma vida que nos convida a estar perto da natureza e aprender as muitas lições que encontrarmos nas nossas vidas. O que também é único da SFA é que tem o seu próprio sistema de Yoga (Sátria YOGA). A minha mulher, Laarni é a representante principal e Instrutora chefe deste programa de estudos e também dá Cursos de Instrutor por toda a Europa. O Sátria Yoga pode ser praticado como um complemento da SFA, mas também pode ser considerado como uma prática individual para acondicionar e fortalecer o corpo, entre muitos outros benefícios


“A forma de vida das Artes Guerreiras Sátria (ou em Sânscrito, 'Kshatriya')”


Indonesian Arts A ESTRUTURA DO S.F.A. A estrutura das ARTES DE LUTA SÁTRIA abrange todos os aspectos das artes da luta com seus métodos de treino físico, técnico e mental. Abrange todos os aspectos da condição física, velocidade, força, potência, agilidade, mobilidade, resistência, flexibilidade, relaxação, a força do tendão e métodos especiais de respiração para melhorar tudo o anteriormente dito. A nível técnico, inclui 'o batimento' com o uso de todo o corpo, as zonas duras e as partes moles, projecções, luxações, estrangulamento, luta no chão, agarres, evasões, fintas, varrimentos, múltiplos atacantes, armas (duras e moles, compridas e curtas). O treino mental inclui a concentração, o treino cognitivo e as meditações. A SFA tem 144 posições básicas, que se dividem em posições "femininas" e "masculinas". Estas posições se expressam através de uma dança denominada 'Kembangan'. Com esta dança, as posições se tornam movimentos que são assimilados pelo estudante e depois são adquiridos e empregados de maneira natural através de seu marco individual, próprio carácter e personalidade. Não há duas pessoas que se movam da mesma maneira. Fase 1 - 'SEMBAH' - A "saudação" habitual entre asiáticos de Sudeste. Desde esta posição, se aprende o básico do Bela Diri (defesa pessoal), se aprende a usar a estrutura correcta e a corrigir a bio-mecânica com batimentos e algumas evasões. Durante esta fase, o estudante aprende precisão, controlo, velocidade, focalização, equilíbrio, colocação, fluidez e consciência. Neta fase também se realizam exercícios com parceiro, trabalho com paos e simulação de combate. Fase 2 - 'REGRESSO AO CHÃO’ - Através das posições (masculinas e femininas) do Kucing (Gato), Harimau (Tigre), Buaya (Crocodilo) e Kura Kura (tartaruga), aprendemos todos os princípios e técnicas de luta que abrangem a luta no chão em sua totalidade. É muito importante o acondicionamento do corpo, para que seja forte, rápido e fluido. Fase 3 - 'GARUDA' - Abrange doze passos diferentes (seis masculinos e seis femininos) e todos os ângulos. As posições do Garuda foram delineadas para ensinar aos estudantes golpes rápidos e fluidos, evasões que se trabalharão contra múltiplos atacantes, e treino com armas. Não tem nenhum elemento de chão, excepto uma posição e se utiliza principalmente para a luta em posição vertical, um contra um ou contra múltiplos atacantes. A sua principal fortaleza é a estrutura que se move - protegida, mas rápida como um raio!


Fase 4 - 'GERAK - GERIK DAN GARUDA OLEH URAT NAPAS' Gerak-Gerik significa "acção e reacção apropriadas" e é um antigo método de treino para melhorar e ampliar a compreensão das possíveis aplicações, e explorar outras novas. Também se utiliza para desenvolver a sensibilidade e a consciência do corpo. Isto também se acompanha com posições de respiração, ajudando o corpo a abrir-se mais e fortalecer os tendões, os músculos e as fascias. Este método de treino foi profundamente influenciado pelo Ilmu Kéadaran (conhecimento da consciência do corpo). FASE 5 - 'SARANG LABAN LABAN' (teia de aranha) - Trata-se de uma fase táctica de treino, que ensina os estudantes a usar armadilhas, muito parecido com o Jogo de Xadrez e melhora a capacidade no combate na curta, média e longa distância, contra múltiplos atacantes. Também ensina a enganar, ângulos de batimento a os pontos nervosos, e inclui mais exercícios de respiração para melhorar a resistência, assim como o conhecimento das vias da energia no corpo. FASE 6 - 'A KEMBANAGAN "(Dança da flor) - Na minha opinião, esta fase é a mais bela, mas a mais

“Guru Ma me ensinou posições, exercícios, técnicas e métodos de treino que sempre apontavam a uma maneira mais profunda e mais unificada da vida”


Silat

“A estrutura das ARTES DE LUTA SÁTRIA abrange todos os aspectos das artes da luta, com seus métodos de treino físico, técnico e mental”


incompreendida e a parte em que mais se insistia. É a fase em que um estudante reúne tudo lo que aprendeu em uma dança fluente que se utiliza também no combate e para entrar na (zona de treino) 'sasaran'. Conforme o estudante continua desenvolvendo-se, a Kembangan se torna uma ferramenta para muitas coisas, incluindo a cura, o equilíbrio do próprio corpo e os níveis de energia. FASE 7 - "O TREINO COM ARMAS' - O treino SFA com Armas é um método muito sofisticado de formação com armas brandas e duras, compridas e curtas e uma mistura de tudo. Algumas das armas utilizadas são Pisau Bedik, Pisau Belati, Pisau Badik (recta curta, facas compridas e curvas), Golok (faca curta e grossa), Karambit (faca de garra curva), Sepasang Pedang Pendek (espada de gama média, dupla e simples), Sebiah Keris, Sebialh Keris Berleuk, (Keris recto e curvo),) as armas suaves (femininas) incluem Détar (lenço de cabeça) Selendang (cachecol), pareo (lenço para a cintura ou as ancas). FASE 8 - 'A SAGRADA KERIS' - Nesta fase se ensina o conhecimento mais profundo dos pontos da anatomia e os nervos, através de 16 posições que abrangem ao todo 108 partes do corpo. FASE 9 - 'ILMUS NAPAS' - Nesta fase se ensinam os cinco diferentes exercícios de respiração. Estes exercícios de respiração ajudam a fortalecer todo o corpo do praticante, o que o leva a suportar melhor os golpes, aumentar a suavidade, a dureza, a ligeireza, a estabilidade, assim como a fluidez. FASE 10 - 'UNIFORME COMPLETO "ou" LOTUS KEMBANGAN' - Esta fase é a completa união das posições e as energias masculinas e femininas, incluindo tudo quanto se aprendeu e expressado através da Kembangan.

Nestes artigos não vou escrever só acerca da SFA, também darei uma ideia de todos os outros estilos de Silat que aprendi e completei, com a esperança de que o leitor possa ter uma compreensão mais profunda das belas Artes Indonésias.

CURSOS DE INSTRUTOR DA SFA Assim como tem um programa de estudos completos, o SFA tem um ‘Curso de Instrutor’ para aqueles que desejarem tornar-se instrutores desta Arte. O nossos diplomas de instrutor são selados pela Universidade Sphinx e oferecem um completo manual como parte do curso. Realizamos estes cursos em diversos países. Na Espanha, o meu Representante Regional é Sebastian Deibe, com sede em Madrid e na sua Academia ensina a tempo completo Artes Marciais. Eu organizo os cursos de instrutor através dele, assim como seminários na Espanha. Para obter mais informação acerca destes cursos ou para aprender SFA, poderão entrar em contacto com ele através do seu sitio web (www.deibe.es)

SÁTRIA SEMBAH PUKULAN DVD em Descarga Faz vários anos, realizei um DVD de instrução denominado "A prática da Sembah” e proximamente vou lançar o vídeo SÁTRIA SEMBAH PUKULAN (este mês, em DVD e descarga em linha). Isto proporcionará alguma orientação para a aprendizagem da primeira fase da SFA, a Sembah, e sobre como utilizar algumas das partes duras do vosso corpo, para golpear e atacar em movimento. Para ver ou conseguir uma cópia do DVD, pode visitar o nosso sitio web em www.satria-arts.com Até o próximo número!


“O ponto vital em Taekwon-Do se define como qualquer área sensível ou frágil no corpo, vulnerável a um ataque. É essencial que o estudante de Taekwon-Do tenha um conhecimento dos diferentes pontos, para que possa empregar a ferramenta de ataque ou de bloqueio adequada. O ataque indiscriminado é condenável, por ser ineficiente e um esbanjamento de energia”. General Choi Hong Hi, ENCYCLOPEDIA OF TAEKWONDO, Volume II, pag.ª 88. Actualmente, o Taekwon-Do é uma das artes marciais mais estendidas e profissionais do mundo, (fundada em 11 de Abril de 1955, pelo General Choi Hong Hi), continua prosperando, inclusivamente após o falecimento de seu fundador, em Junho de 2002. Com o tempo, os factores desportivos foram prioritários e grandede parte dos métodos originais de auto-protecção foram ignorados ou descartados. Nos documentos escritos originais do General Choi, grande parte da atenção, a estrutura e mesmo o uso dos pontos vitais "Kupso" (ou Kyusho), assim como o desenvolvimento de armas para ter acesso a eles, foi apontado mas nunca foi totalmente ensinado. Kyusho International desenvolveu um programa para iluminar, educar, integrar e desenvolver esta inacreditável Arte Marcial, voltando aos conceitos de seu fundador. Este novo programa conta com o pleno apoio do filho do fundador, Choi Jung Hwa. O objectivo desta série é para pesquizar os padrões (Tul), que se realizam de acordo com os preceitos do fundador na "Enciclopedia do Taekwon-Do" (os 15 volumes escritos pelo General Choi Hong Hi, incluindo os "Pontos Vitais"). Através desta estrutura, o Kyusho se integrará inicialmente e de novo no Taekwon-Do. Kyusho International se sente orgulhoso por estar presente nesta tarea de colaboração monumental e histórica.

Ref.: • KYUSHO20

Todos os DVD's produzidos por BudoInternational são realizados em suporteDVD-5, formato MPEG-2 multiplexado(nunca VCD, DivX, o similares) e aimpressão das capas segue as maisrestritas exigências de qualidade (tipo depapel e impressão). Também, nenhum dosnossos produtos é comercializado atravésde webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa ea serigrafia não coincidem com a que aquimostramos, trata-se de uma cópia pirata.



Portugal


A Associação Portuguesa O Samurai foi fundada pelo Sensei Vítor José Gomes, presidente da mesma. Esta associação de cariz desportivo, cultural e social, foi criada para promover não só as Artes Marciais, como também fazer com que os praticantes para além da prática do desporto em si, tenham também a noção da disciplina que o envolve e enriqueça a sua auto - confiança. A A.P.S. foi criada a 16 de Setembro de 2009.


O logotipo desta associação significa: Vermelho – Simboliza o calor do sol. País do sol nascente, oriente origem do Samurai. Figura Octogonal (oito lados) – Representa um "espelho mágico", com o poder de revelar o que há na alma de quem olha para ele. É uma das três relíquias passadas pelos deuses ao primeiro imperador japonês e significa sabedoria ou honestidade (a interpretação varia na literatura). Flor de cerejeira – A flor, Sakura possui cinco lados. Representa, geralmente, as escolas antigas de Ju-Jitsu. Samurai – Simboliza o guerreiro, os valores e a disciplina. O Samurai era um servo do Imperador, a A.P.S. é um servo da sociedade, existe para a servir. Estes são os objectivos desta associação: servir, preservar as tradições e costumes, como é o exemplo do projecto da Federação Portuguesa de Luta Galhofa e Desportos Interculturais - O Guerreiro Lusitano, (divulgar a única luta corpo a corpo de origens Portuguesas: A Luta Galhofa). Por tudo isto a Associação Portuguesa O Samurai e seu fundador Vítor Gomes, desde a sua fundação, pretendeu contribuir para a divulgação e a prática desportiva desta modalidade e que impulsionou a criação desta Federação, para a preservação desta modalidade e para que a mesma passe de uma modalidade demonstrativa para uma modalidade desportiva. A FPLGDI - O Guerreiro Lusitano, fundada em 9 de Fevereiro de 2013. A Luta Galhofa é um estilo de wrestling tradicional transmontano, que se define como um desporto de combate. É tida como a única luta corpo a corpo de origens portuguesas. O objectivo desta luta é imobilizar o adversário fazendo com que ele fique com as costas e ombros assentes no chão. Qualquer movimento mais violento, como puxões, murros ou pontapés, não são permitidos. A luta começa e termina com um abraço cordial. A Galhofa (escreve-se Galofa em Lusitânico, a letra " " lê-se como "lh" em português). A palavra Galhofa significa brincadeira, divertimento, risota, zombaria, escárnio. É uma arte tradicional Calaica praticada em Trásos-Montes (mais exactamente em Bragança com o termo Galhofa e no Alto Tâmega como Luta) no norte de Portugal, mas de origem Céltica tal como a vizinha Luta Leonesa (Aluche) e a renascida luta tradicional galega (a Loita). Os povos Celtas e Iberos juntaram-se formando o povo Celtibero. Uma das suas tribos mais famosas era a dos Lusitanos que viviam entre o rio Douro e rio Tejo na Lusitânia. O seu mais famoso chefe era Viriato, um pastor da serra da estrela que derrotou inúmeras vezes os Romanos. Para muitos, os Lusitanos são os verdadeiros antecessores dos portugueses. Isto leva-nos a crer com toda a certeza, que esta luta teve uma variante própria também na margem sudeste do rio Douro no norte da

Lusitânia (ou nos lugares e localidades da margem sul do Douro, que sempre fizeram parte integrante e pertenceram historicamente à Lusitânia) em tempos não muito recuados, mas que se perdeu, não conseguindo resistir aos ventos de mudança, à repressão cultural e sócio-política portuguesa e principalmente à inquisição da Igreja romana. Esta luta, também conhecida como Maluta, não é nem nunca foi uma versão da Galhofa transmontana, embora seja irmã desta e semelhante a muitas outras antigas lutas tradicionais celtas e europeias. A Galhofa é uma luta regional antiga da qual se desconhece a verdadeira data do seu início. Contudo a designação de Galhofa terá no mínimo 200 anos e esta forma de luta provavelmente mais de dois mil anos, remonta ao tempo dos Celtas e dos Iberos, uma das suas tribos eram os Lusitanos, praticavam esta forma de luta para ver quem era o mais forte do clã. Passados os tempos essa forma cultural ficou nas aldeias, nos lados de Bragança é conhecida como Galhofa e está associada à passagem dos


Portugal adolescentes a adultos, nas festas dos rapazes e também ao celestício, aos festejos natalícios. Por causa dos tempos modernos, foram-se perdendo os costumes e tradições e o desaparecimento desta cultura é quase inexistente, actualmente apenas três localidades do distrito e concelho de Bragança a praticam infelizmente, só como demonstração e somente em dias festivos, já anteriormente mencionados. Era praticado nos currais em cima da palha fresca e em tronco nu, descalços e interdito a mulheres. A festa termina com uma refeição, confecionada pelos rapazes, composta de mamotas (castanhas cozidas) e vinho (geralmente a martelo) e na qual participam os mordomos e os homens da região. Seguidamente dirigem-se para o baile da rosca, onde se confraternizam e glorificam o vencedor da luta. Assim se mantém as raízes e se cultiva a tradição no jogo ou luta da Galhofa. Para os lados do Alto Tâmega era conhecida como Luta e as regras eram as mesmas: derrubar o adversário colocando-o com as costas no chão. Também era praticada nos currais e em cima da palha fresca, descalços e em tronco nu, era conhecida como Luta. Nuca tinha uma forma violenta: servia somente para ver quem era o homem mais forte da aldeia ou aldeias e sempre interdita a mulheres. Lamentavelmente, no Alto Tâmega já se perderam as tradições e o termo luta é sinónimo de “porrada”, contrariamente ao que se passa no Nordeste Transmontano. Mas da história da Luta Galhofa há muito que



Portugal dizer, é algo cultural sem dúvida nenhuma, são as nossas raízes, é um jogo cultural, do qual provinha a virilidade masculina, medindo forças, mas nem sempre o homem mais forte ganhava, pois utilizava-se muito a força mas também a técnica, que era chamada de manha. Como não queremos perder esta forma cultural, estamos a transformar esta tradição em modalidade desportiva, o tradicional adaptado aos tempos modernos. Esta modalidade passa a estar sob a égide da FPLGDI, com fardamento adequado e regras. Neste caso, as mulheres também podem praticar, em vez de ser em tronco nu, é com uma t-shirt de licra, que dificulta que o adversário se agarre pois é o mais adaptável possível, pois nos primórdios era em tronco nu porque não podiam agarrar na roupa de cima só podiam puxar pelas calças por isso o material das calças teria de ser robusto, de borel ou algo do género, pois as calças eram castanhas e fortes e mesmo assim muitas vezes rasgavam e ficavam com as partes mais íntimas à mostra, mais uma razão de naquele tempo as mulheres não poderem assistir. Como os tempos mudam e não se pode puxar pela roupa de cima, a licra foi a solução mais favorável, as calças castanhas e personalizadas com a modalidade e elaboradas com um material robusto e confortável, que é a sarja. O fato tem uma faixa que para além de proteger a zona lombar, serve também para distinguir os atletas, o branco para os iniciantes, o amarelo os intermédios, o castanho os avançados e o preto para os instrutores. A prática é descalços como antigamente, mas em cima de tatamis (colchões) em vez de palha fresca, dentro de um local de treino e não nos currais. A essência da tradição, da cultura e do jogo está lá. Foi adaptado aos tempos de hoje: uma modalidade desportiva e a junção de Luta + Galhofa, ficando a conhecer esta modalidade desportiva como Luta Galhofa. Se algum dia esta arte milenar antiga desaparecesse, os governos portugueses e as elites, continuariam indiferentes a isso, por essa razão a Luta Galhofa passa a uma modalidade desportiva e foi criada uma Federação a cargo desta modalidade e felizmente ainda há pessoas preocupadas com que a nossa cultura não se perca e que passe fronteiras como aconteceu com as outras Artes Marciais.

O logotipo desta Federação significa: Vermelho – Simboliza o calor do sol. País do sol nascente, oriente. A interculturalidade, entre o oriente e o ocidente, uma fusão do logotipo da associação fundadora e o logotipo da Federação. Figura Octogonal – O Octógono com as redes representa que actualmente é designado o Mixed Martial Arts – MMA, a mistura de vários estilos e culturas a interculturalidade, no mesmo desporto. FPLGDI – Federação Portuguesa de Luta Galhofa e Desportos Interculturais, com as cores da nossa bandeira, verde e vermelho. O Guerreiro Lusitano – Nome de fantasia associado a Federação. G – De Galhofa, o termo utilizado a cerca de 200 anos para chamar a este tipo de luta, pois era utilizada como uma brincadeira, por isso a origem do nome Galhofa. Anteriormente e em outras localidades só era conhecida como Luta, já com uma origem de 2000 anos deixada pelos Guerreiros Galaicos Lusitanos. Os lutadores – Representam os praticantes desta arte milenar com origens Portuguesas. Circulo Amarelo – Simboliza o sol, ocidental. Estrela – Simboliza o celestício que era a época que se praticava muitas vezes este tipo de luta, que estava interligada as tradições da terra. Castanho – A cor que tradicionalmente utilizavam nas calças para a prática deste desporto, nesse tempo o material era de borel ou de outro tecido resistente de cor castanha.


Avi Nardia “Qualquer pessoa que não é o meu estudante que pretenda ensinar KAPAP ou "o verdadeiro KAPAP", para já é desonesto ou estranho. Podem imaginar que durante a vida de Bruce Lee, uma pessoa de repente tivesse aparecido dizendo ser "o verdadeiro Jeet Kun Do?”

Texto e Fotos: Avi Nardia, Ken Akiyama & Tim Boehlert

Confiar nas pessoas é a ÚNICA maneira de se saber se podemos ou não confiar nelas, mas ser como um pássaro que confia NA SUA ASA E NÃO NO RAMO EM QUE POUSOU, porque quando o ramo é débil e se parte, o pássaro simplesmente voa. O pássaro sabe que os ramos das árvores são verdes durante uns dias e depois secam. Esta é a simples prova que se faz No KAPAP aos instrutores, aos “sócios” e também aos estudantes que pensam que após alcançar o nível 1 de CONFIANÇA após uma semana de treino ou que chegando ao Segundo nível já têm tudo o que necessitam. Mas isto não são mais que papeis vazios acerca da ética e do código moral dos guerreiros. Trata-se de uma prova para si mesmos, na qual não são conscientes de que se

enfrentam com o seu próprio ego que é como um espelho e por isso, a maioria deles fracassam. Tenho visto que um 75% não supera o teste ANA (Avi Nardia Academy) porque segundo parece, hoje se perdido o código moral, tanto em as Artes Marciais como na vida, e as acções são mais reveladoras que os discursos. Para manter a máxima qualidade dos instrutores, na ANA (Academia Avi Nar dia) utilizamos o teste Gedeón. Em qualquer momento, temos dúzias de c a n d i d a t o s a i n s t r u t o r d e K A PA P n o s níveis que vão de 1 a 4 do nosso programa. Dependendo da pessoa, superar com ê xito o pr og r ama de instr u tor de KAPAP KAPAP pode ser muito fácil, ou completamente impossível.


Defesa Pessoal Israelita


Avi Nardia â€œĂ‰ melhor procurar durante 15 anos para encontrar o professor adequado, que estudar durante 15 anos com o mestre erradoâ€?


Com suficiente tempo e esforço, praticamente qualquer pessoa pode adquirir as habilidade técnicas e tácticas para se tornar um instrutor de KAPAP. No entanto, a maior prova do KAPAP consta de demonstrar integridade - um atributo que os candidatos podem possuir completamente, ou nada em absoluto. Por exemplo, aqueles que só procuram obter diplomas e certidões para o seu ego, acharão impossível o nosso programa de KAPAP. Portanto, utilizamos a prova de Gedeón para distinguir os membros da nossa equipa. A história de Gedeón nos diz como Deus distinguiu rapidamente os 300 melhores guerreiros de entre 32.000 soldados. Primeiro, Deus instruiu Gedeón para proclamar: "Aquele que tiver medo e tremer, que volte desde o monte de Galaad". Em resposta à ordem do Senhor, duas terceiras partes dos soldados se retiraram. Ainda ficavam dez mil homens e Deus disse a Gedeón que ainda havia homens demais. Ele disse a Gedeón que marchasse com os seus homens pela colina, como se fossem a atacar o inimigo. Quando o exército passou por uma zona com água, Gedeón observou os homens que se aproximavam à beira do rio para beber. A maioria dos homens deixavam os seus escudos e lanças, se ajoelhavam e bebiam ansiosamente, usando as duas mãos como um recipiente. Gedeón mandou estes homens que abandonassem a companhia. Uns poucos guerreiros beberam água de maneira diferente. Estes soldados se detiveram com cautela à beira do rio, com suas lanças e escudos na sua mão direita, enquanto recolhiam água com sua mão esquerda. Se o inimigo de repente

aparecia, estariam prontos a defender-se. Deus disse a Gedeón: "Estes são os homens que escolhi para libertar Israel." Apesar de que só havia 300 homens neste grupo, cada um deles encarna o espírito de um verdadeiro guerreiro. Eles estavam concentrados no seu propósito e mantiveram as maneiras, apesar da sede e a distracção. Estiveram atentos - não queriam ser vítimas de um ataque por surpresa, nem haviam de perder a sua oportunidade serem vitoriosos no momento adequado. Assim é como Gedeón seleccionou 300 guerreiros de entre 32.000 homens. Anteriormente escrevi que é melhor procurar durante 15 anos para encontrar o professor



Defesa Pessoal Israelita

adequado, que estudar durante 15 anos com o mestre errado. Em KAPAP, pensamos que se trata também da busca dos estudantes correctos. Faz quinze anos, comecei a abrir as minhas ensinanças a civis. Anteriormente só tinha ensinado o meu sistema de KAPAP para seleccionar o pessoal militar e da polícia em Israel. Como primeiro passo para a abertura do KAPAP, foi com um curso denominado Nível Um de Instrutor de Kapap e foi um curso de 5 dias de formação básica completa. O objectivo principal do curso foi avaliar o grau de progresso que os estudantes teriam de conseguir, com a finalidade de serem chamados Mestres de Kapap. Insisti em que o curso era mais como uma fase de "entrevista" para os estudantes. Apesar de ter lido credenciais onde muitos dos estudantes se classificaram como "versado", “especialistas”, etc. rapidamente estes mostraram que a sua classificação estava muito longe da realidade, quando se trata da luta no tatame. Estes candidatos vinham de uma Arte Marcial Moder na particular, que estabelece especificamente que "não é uma Arte Marcial Tradicional - não é uma Arte Marcial que não faz sentido". Quando vieram até nós para aprender KAPAP, o sistema superior, a nossa avaliação foi que sabiam "um monte" de parvóices e mais nada! Tinham títulos exagerados e a sua ideia da autodefesa se baseava em três movimentos básicos, com muitos efeitos sonoros (fu, fu, fu...) e coreografia. Mesmo se si um candidato tem pouca habilidade, eu me sinto feliz ensinando-o,


Avi Nardia sempre que tiver um bom coração e mantenha a integridade. Nunca deixei fora do ensino a um estudante por carecer de talento físico (de facto, um dos meus projectos mais gratificantes foi ensinar crianças com discapacidadas. Apesar de ter muitos candidatos a instrutor que querem aprender as habilidades físicas do KAPAP, só uns poucos dos nossos candidatos, estão interessados na defesa dos nossos princípios morais e éticos. Na ANA (Academia Avi Nardia) trabalhamos constantemente para descobrirmos os nossos lutadores/instrutores Gedeón. Com a finalidade de encontrar os que ensinarão o KAPAP no futuro, excluímos outros que só procuram obter diplomas, certidões e títulos, mas não se comportam como profissionais. Este processo constante assegura que a nossa equipa mantém as mais altas médias de preparação. Afinal, Gedeón poderia ter dado instruções às suas tropas para manter as suas armas. Em vez disso, ele prefiriu observar suas acções a fim de aprender acerca da


sua natureza. Da mesma maneira, penso que a maneira mais rápida de saber se uma pessoa é de confiança é dar-lhe confiança e ver a cada dia se é digna da mesma. Ao longo deste caminho, algumas pessoas esquecem que os Níveis 1, 2, 3, e 4 de Kapap, são um processo de selecção. Se um dos meus estudantes se esquece da moral, da ética, da integridade, ou de desenvolver habilidades, não passa a prova Gedeón. Gedeón excluiu os soldados que momentaneamente puseram seus escudos e lanças de lado. Na academia Avi Nardia não admitimos aqueles que deixam a moral e a ética de lado. Esta é a prova do espírito de uma pessoa. Podemos tratar de ensinar técnicas e corrigir os erros, mas sem o espírito correcto, não se pode aprender muito. Até agora, só um número muito pequeno de instrutores Kapap passaram os quatro níveis. Damos certidões de 1ºNível para que possam começar a aprender que género de pessoas são realmente. Eu digo que nunca “faço provas” aos meus estudantes. Muito pelo contrário, são as próprias pessoas que revelam o seu carácter através das suas acções. Se alguém não passa a prova Gedeón em qualquer nível, fracassa completamente e está fora do KAPAP. Só posso sorrir quando vejo novos "grandes mestres" que aparecem nas Artes Marciais Israelitas e que fracassaram no KAPAP ou simplesmente observavam os nossos DVDs. De repente, as técnicas que são unicamente para o KAPAP, se transformam no "Novo Planeamento de Estudos Oficial" dos seus sistemas… Qualquer pessoa que não é meu estudante, que pretenda ensinar KAPAP ou "o verdadeiro KAPAP", para já é desonesto ou excêntrico. Podem imaginar que durante a vida de Bruce Lee, uma pessoa de repente aparecesse a dizer o que é o "verdadeiro Jeet Kun Do?" Para minha surpresa, alguns dos meus antigos alunos que só percebeu uma pequena fracção do KAPAP, agora abrem a sua própria federação e pretendem ser o "verdadeiro KAPAP". Há outras pessoas que nem sequer conheci alguma vez, que pretendem ensinar KAPAP. Ninguém pode ser o "verdadeiro KAPAP" se nunca aprendeu a primeira lição: Integridade! O povo diz: “Nunca discutir com a gente estúpida, porque nos vão arrastar para baixo, para o seu nível! Temos de os combater e bater com a experiência! É curioso e verdadeiro. Há momentos em que se deve lutar, mas acima de tudo, fazelo com o método de um guerreiro zen que é permitir aos inimigos destruir-se a si mesmos.

Na Academia Avi Nardia, pedimos às pessoas ficarem de verdade, ou que fiquem realmente longe. Como fundador do Kapap de Combate, mostro o KAPAP por todo o mundo com um modelo de família. Estou muito contento por atrair tantos membros e representantes de tão boa qualidade. Agora faz 15 anos que comecei a ensinar KAPAP ao público, Sinto orgulho de ver como o KAPAP estende as suas asas e começa a elevar-se muito alto, com novos membros de todo o mundo que se unem à minha equipa a cada dia. "Um pássaro pousado numa árvore nunca tem medro de que o galho se quebre, porque a sua confiança não está no galho mas sim nas suas próprias asas. Acredita sempre em ti mesmo".



Kihon waza (técnicas básicas) es la parte más importante del entrenamiento de cualquier Arte Marcial. En este DVD el Maestro Sueyoshi Akeshi nos muestra diversas formas de entrenamiento de Kihon con Bokken, Katana y mano vacía. En este trabajo, se explica en mayor detalle cada técnica, para que el practicante tenga una idea más clara de cada movimiento y del modo en que el cuerpo debe corresponder al trabajo de cada Kihon. Todas las técnicas tienen como base común la ausencia de Kime (fuerza) para que el cuerpo pueda desarrollarse de acuerdo a la técnica de Battojutsu, y si bien puede parecer extraño a primera vista, todo el cuerpo debe estar relajado para conseguir una capacidad de respuesta rápida y precisa. Todas las técnicas básicas se realizan a velocidad real y son posteriormente explicadas para que el practicante pueda alcanzar un nivel adecuado. La ausencia de peso en los pies, la relajación del cuerpo, el dejar caer el centro de gravedad, son detalles muy importantes que el Maestro recalca con el fin de lograr un buen nivel técnico, y una relación directa entre la técnica base y la aplicación real.

REF.: • IAIDO7

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Combat Hapkido A “EPIDEMIA DE TÍTULOS” Pelo Grão Mestre John Pellegrini

Em números precedentes da Revista, temos falado de alguns assuntos controversos, por isso, neste artigo resolvi que era chegada a hora de passar um vista de olhos divertida, a matérias mais triviais (ainda que extr emamente contr oversas) que dizem respeito às Artes Marciais: a abundância de títulos que se utilizam e se mal utilizam por parte dos instrutores de Artes Marciais. Mas primeiro, vamos ver uma informação histórica…


“Os títulos de Artes Marciais, tal como se usam nos nossos dias, são uma inovação bastante recente, que começou nos inícios dos anos 1950”

O

s títulos das Artes Marciais, tal como se usam nos nossos dias, são bastante recentes, tendo começado nos inícios dos anos 1950. Até então, só havia uns poucos títulos honoríficos básicos, pensados para simplesmente separar os alunos dos Mestres e para mostrar respeito aos altos membros de uma família, grupo ou grémio. Com a introdução e ulterior comercialização das Artes Marciais asiáticas no Ocidente, a proliferação de títulos utilizados pelos instrutores começou a afiançar-se e agora alcançou o grau de epidemia (alguns diriam que de maneira cómica). Hoje já não é suficiente ser reconhecido ou chamado simplesmente como "Mestre" ou "Grão Mestre". Muitos sentem que devem utilizar títulos adicionais, para fazer valer a sua elevada posição na hierarquia das Artes Marciais. Não se importam (ou não se apercebem) de que alguns desses títulos são redundantes, inapropriados ou incorrectos, mas parecem tão importantes, são tão irresistivelmente exóticos que se têm de juntar ao nome próprio. Vou explicar o meu ponto de vista e no processo vamos divertir-nos com alguns exemplos. Faz alguns anos reparei em que alguns mestres já proeminentes, não estavam satisfeitos com um título muito alto e começavam a usar "Grão Mestre" e inclusivamente "Supremo Grão Mestre" (e depois o que havia de se seguir…? "Grão-Grão Mestre"! Então, qualquer pessoa pode ser "Grão"? E o que acontece com o "Grão Mestre Máximo"? Ou porque não "Elevado Grão Mestre" ou mesmo "Grão Mestre Sublime-Divino"?

Outro exemplo é o uso descarado de títulos académicos, como Doutor e Professor, com os quais “como por acaso” se apropriaram das instituições oficiais. Sejamos honestos!... Não existe uma verdadeira e legítima Universidade de Artes Marciais formando doutores, nem há catedráticos em Artes Marciais. Então, como se obtêm esses títulos? É fácil... basta acreditarem que têm o "direito" de utilizá-los. Por certo, que são ainda mais impressionantes quando utilizados junto com outros títulos, por exemplo: "Mestre Professor X" ou "Supremo Grão Mestre Doutor X". Mas a parte realmente interessante deste fenómeno, vem com o uso dos títulos em idiomas asiáticos, na sua maioria do Japonês, do Chinês e do Coreano. Mas também estão representados os Filipinos e Indonésios! O mais popular e amado é o título de "Sensei", que em Japonês simplesmente quer dizer "velho" e reconhece a competência e habilidade de uma pessoa numa Arte ou profissão, como um Professor de um Colégio, um Médico, Advogado, Escritor, Pintor, Músico, etc.… Gosto especialmente da utilização deste título na sua versão "americanizada": Consta diante do nome, como em "Sensei Joe", em vez de seu uso adequado depois do apelido ou sobrenome, como em "Shimabuku Sensei". Também achei este versátil termo usado


Combat Hapkido

“Sejamos honestos... não há uma verdadeira e legítima Universidade de Artes Marciais formando doutores ou tendo catedráticos nas Artes Marciais. Então, como se obtêm esses títulos?”


como reforço para outros títulos, como em "Mestre Sensei X" ou ainda na atrevida maneira (e com um toque multicultural, misturando Japonês e Coreano) como "Sabumnim Sensei X". A redundância sem sentido continua com jóias como "Grão Mestre Shihan X" (instrutor Grão Mestre chefe de um dojo) e "Hanshi Grão Mestre" (mestre senior-Grão mestre). E para finalizar, a variação japonesa, onde está o muito utilizado e abusado título de "Soke", que muitos pensam significar "Fundador". No entanto, nunca encontraremos um autêntico e genuíno fundador japonês de uma Arte Marcial, utilizando o termo "Soke", só os instrutores americanos e europeus que afirmam ter "criado" uma nova Arte Marcial, o usam antes ou depois de seus nomes, frequentemente além dos outros títulos. Assim sendo, encontramos impressionantes denominações como "Soke Sensei X" ou "Grão Mestre Soke X". E não importa se a Arte Marcial em questão é coreana, chinesa ou uma mistura de americana…, a palavra "Soke" é tão sexy que cruza todas as fronteiras culturais e imediatamente adiciona estatuto de credibilidade a qualquer "fundador" de 25 anos! A simples verdade é que o significado histórico e correcto da palavra "Soke" é "tradição artística original de uma família ou grupo", estabelecida através de gerações. Mas não se preocupem por estes pequenos pormenores. A mistura, a repetição e o uso excessivo dos títulos não está associada a uma Arte Marcial específica ou com uma nacionalidade em especial, ainda que os instrutores americanos parecem destacar-se nisto e não seja raro encontrar algum "Mestre Sensei" e "Grão Mestre Kwanjangnim" de apenas 20 ou 30 anos. As Artes Marciais Chinesas, ainda que não sendo completamente imunes, têm escapado, na sua maior parte, ao pior da "epidemia de títulos", provavelmente devido às diferenças culturais. A maioria das Artes Marciais Chinesas utilizam basicamente só o título "Sifu" (professor) e em

alguns casos, o título "Sigung" (Mestre de Mestres), por vezes americanizado como "Grão Mestre". Muito poucas pessoas têm sido reconhecidas como "Zong Shi" ou "Shi Zu" (fundador) e esses títulos não são habitualmente utilizados no Ocidente. Mas isso não tem impedido a algumas almas valentes darem com inovações ridículas, como usar o "Dan" como categoria do TaiChi. Assim sendo, agora é possível ver a publicidade de "Sensei Mestre Joe, 7º Dan de Tai-Chi". Aqueles leitores familiarizados com as Artes Marciais das Filipinas, da Indonésia, Tailândia ou da Índia, provavelmente saibam muitos exemplos interessantes do mal uso e abuso de títulos como "Guru, Guro Bapak" e outros. Mas acredito ser desnecessária mais nenhuma prova da existência desta epidemia. Pessoalmente, nada me importa quais ou quantos títulos gostam de usar os instrutores de Artes Marciais, mesmo quando se tor nam ridículos e estão à beira da megalomania. Só acredito que quando se trata de títulos (especialmente os auto-proclamados), nos seria mais útil a modéstia e a humildade se esperamos que o resto da sociedade nos respeite e nos leve a sério. É um paradoxo, mas quando se quiser que os outros nos levem a sério, eu recomendaria começar por adoptar um dos princípios reitores da minha vida, que é: "Nunca devemos levar-nos a muito a sério nós mesmos e temos de aprender a rirnos do próprio ego!" Estou convencido de que se mais pessoas seguissem este conselho, havia de haver muita menos ansiedade e conflitos no Mundo.

“As Artes Marciais Chinesas, ainda que não totalmente imunes, têm escapado, na sua maioria, ao pior da "epidemia de títulos", provavelmente devido às diferenças culturais”





Dizem que à sombra de uma grande árvore não pode crescer uma outra; no entanto, também afirmam os clássicos que quem a boa árvore se encosta, boa sombra o abriga. A árvore junto da qual se abrigou Guro Dave Gould, esteve, sem dúvida, entre as maiores que deu a Eskrima nos nossos tempos, Edgar Sulite. Apesar da sua efémera existência, marcou muitas pessoas e deixou uma profunda marca na maneira moderna de entender esta Arte filipina por excelência. À sombra de Sulite cresceu e fez-se forte o Mestre que hoje visita as nossas páginas. De longa e assente experiência nas Ar tes Guerreiras, encontrou no Lameco Eskrima a perfeita expressão de tudo aquilo que andava a procurar, tanto de um ponto de vista Marcial como humano. O seu trabalho é considerado um dos mais avançados e interessantes dos nossos dias, os verdadeiros versados na matéria assim o afirmam e depois de ver o seu trabalho nos nossos estúdios, nós também. Deixou-nos um magnífico vídeo instrutivo sobre uma das suas especialidades, a faca, e com ele, este artigo que esperamos que seja do vosso agrado.

Lameco Eskrima Original A luta com faca implica muitas mais coisas que a simples aprendizagem das técnicas e a sua demonstração contra um parceiro de treino submetido. A absoluta necessidade do combate determina sempre a nossa resposta e a nossa habilidade – se for a adequada – determina a eficácia geral do combate. Através do treino Baseado na Realidade, procuramos adquirir habilidade para aplicar de modo eficaz qualquer técnica que tenhamos aprendido numa situação de estresse, quando repentinamente nos virmos imersos na incerteza, no caos e na confusão de um verdadeiramente complicado encontro violento na rua. Nesse momento, se o nosso treino for bom, irá ajudar-nos no combate; mas, pelo contrário, se duvidarmos e formos negligentes, não estaremos à altura do combate. O meu instrutor, Puning Guro Edgar G. Sulite, fundador da Lameco Eskrima, ensinou-nos que o modo de nos prepararmos no treino se reflecte na nossa resposta quando nos vemos

Texto: Guro Dave Gould www.LamecoEskrima.com Fotos: www.budointernational.com

"A maioria das pessoas parece pensar que quando se produz uma situação violenta, de repente, como por arte de magia, vai aparecer na sua mão uma faca e que lutarão valentemente contra um agressor totalmente submetido”


Eskrima “A luta com faca implica muitas mais coisas que a simples aprendizagem das técnicas e a sua demonstração contra um parceiro de treino submetido”


obrigados a defender a nossa vida na rua. Se treinarmos com debilidade e por compromisso, isso acompanhar-nos-á no combate e rapidamente nos conduzirá a uma derrota humilhante e inaceitável. Para que a debilidade e o compromisso não façam presença quando se tratar de defendermos a nossa vida, devemos eliminá-los do nosso treino. Só então nos libertaremos das suas graves limitações e restrições, permitindo-nos lutar eficazmente com determinação, para conseguir melhor o nosso objectivo de sobreviver. Punong Guro Sulite costumava recordar-nos que no combate não havia "garantias", quando muito apenas "uma breve oportunidade". Ou aproveitamos essas oportunidades quando se


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apresentam durante o tempo real que podem durar, ou não as aproveitamos e teremos que enfrentar as graves consequências da dúvida ou do fracasso na hora da acção. A maioria das pessoas não dá valor à insegurança de uma situação de combate complicada. De um lado está o que pensamos que vamos fazer numa luta e, do outro, o que acabamos por fazer por necessidade, o que muitas vezes costuma ser bastante diferente daquilo que esperávamos no começo. Por isso, devemos desenvolver e manter a habilidade de sentir, reagir, adaptar, ajustar, localizar e voltar a localizar qualquer oportunidade ou ameaça inesperadas num combate, até que sejamos capazes de resolver e eliminar completamente a ameaça. Por esta razão, devemos sempre prestar atenção ao treino. O único objectivo aceitável deve ser sobreviver a todo custo. No último DVD (Faca Essencial) que gravei para a Cinturão Negro, um dos assuntos que aparece constantemente é o de permanecermos sempre em alerta com o nosso meio e sermos capazes de sacar da arma (ou faca), inclusivamente quando surgir a necessidade de modo inesperado. Hoje em dia, muitos sistemas e alunos não prestam a esta questão a atenção que merece. A maioria das pessoas parece pensar que quando se produz uma situação violenta, de repente, como por arte de magia, vai aparecer na sua mão uma faca e que lutarão valentemente contra um agressor totalmente submetido, que não apresentará resistência às tentativas dirigidas a acabar com a sua vida. Isto não podia estar mais longe da realidade. Quando alguém te ataca com uma faca, literalmente tens menos de um segundo para responder eficazmente, posto que nos veremos forçados a utilizar a faca para defender a nossa vida. Só então, com a faca na mão, poderemos começar a defender-nos de modo eficaz, confiando na hipótese de sairmos airosos nesse momento crítico de necessidade. Vejamos, de que nos servem as técnicas para lutar com faca, se não podemos ter acesso a ela quando dela precisamos? Se não pudermos puxar e utilizar a faca em menos de um segundo, quer dizer que somos demasiadamente lentos e que a morte poderia surpreender-nos. A utilização e a retenção da arma deveriam ser prioritárias em qualquer sistema baseado nas armas e para que sejam eficazes devem ser praticadas diariamente. Por exemplo, em Lameco Eskrima treinamos o modo de utilizar a arma e a retenção com as duas mãos, pois o Lameco Eskrima é um sistema puramente ambidestro. Punong Guro Sulite ensinou-nos que não temos uma mão esquerda e outra direita, mas sim duas mãos capazes. A mão mais próxima da ameaça é a que deve fazer frente a ela, sendo a sobrevivência o objectivo final. Deve-se treinar o modo de tirar a arma da algibeira até à posição de uso, mil vezes, repetidas vezes até não constituir um esforço, porque a repetição é a mãe de todas as habilidades. Em Lameco Eskrima temos nove posições a partir das quais podemos começar a usar a arma; aprender a puxar pela arma com as duas mãos, para cada uma destas posições quando a situação assim o requer, é absolutamente necessário e faz parte do nosso treino diário.


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“A maioria das pessoas parece pensar que quando se produz uma situação violenta, de repente, como por arte de magia, vai aparecer na sua mão uma faca e que lutarão valentemente contra um agressor totalmente submetido, que não apresentará resistência às tentativas dirigidas a acabar com a sua vida”


Eu transporto sempre uma faca e mais duas de apoio. Uma das de apoio é mais pequena que as outras duas, para ser usada num espaço mais restringido, por exemplo, no carro, numa cabina telefónica, numa retrete ou no chão. Fomos treinados para sermos capazes de puxar pela nossa faca de apoio imediatamente, logo após perdermos contacto com a primeira faca, em caso de um desarme durante o combate. A dado momento do nosso treino, Punong Guro Sulite desarmava-nos, de repente, da nossa primeira faca e atacava-nos de modo agressivo, obrigando-nos a utilizar a faca de apoio ou a pagar o preço do fracasso, numas circunstâncias onde o tempo e a pressão são elementos básicos. Qualquer pessoa sabe utilizar a faca se lhe derem o tempo necessário para o fazer. Mas a prova de fogo consiste em poder fazê-lo quando um homem de mais de cem quilos arremete agressivamente contra nós, com o objectivo de nos arrancar a cabeça num combate até à morte. Nesta situação de estresse, ver-nos-emos obrigados a puxar pela faca e a estarmos conscientes das dificuldades e das pressões que podemos encontrar, ou então não estando, em cujo caso podemos morrer. O facto de nos vermos obrigados a responder rapidamente numa luta com faca e fracassarmos, traduz-se numa morte segura. Numa situação de muita pressão está demonstrado que a maioria de nós se torna desajeitada e, com as pressas, cometemos erros. Francamente, é melhor cometer estes erros no treino, onde as consequências são menos graves que na rua, onde são mais importantes e onde somos responsáveis por tudo o que façamos ou por tudo o que não façamos. Lembrem-

"O que os principiantes devem treinar em primeiro lugar, é como salvar a vida; em segundo lugar, como neutralizar o inimigo e em terceiro lugar, devem aprender a reconhecer onde se pode aplicar a técnica de modo eficaz, se é que se pode aplicar"


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se sempre de que cada vez que cometerem um erro no combate, estão a dar ao agressor uma oportunidade para se aproximar de vocês. O primeiro a reconhecer uma oportunidade e a responder com rapidez será quem terá a vantagem e os outros terão que fazer frente às consequências de não ter reagido a tempo. O pior lugar onde descobrir que as coisas não estão a teu favor é na rua, em frente de um agressor, visto que o deixas a ele decidir se vai ser compassivo ou brutal. Nestas circunstâncias já não podemos fazer nada, posto que os nossos esforços não foram suficientes e agora o nosso destino depende do que o adversário decida fazer connosco. Nunca devemos permitir chegarmos a esta situação. Só o nosso modo de treino determinará se pode ou não acontecer-nos. Quando treinamos como se a nossa vida dependesse disso, lutamos como se assim fosse. Treinem diariamente e treinem com intenção, porque se alguma vez tiverem de utilizar as vossas habilidades, ficarão contentes de as terem preparado bem e de as terem desenvolvido adequadamente. Outro aspecto a ter em consideração no treino é o factor da adversidade. O fracasso forçado no treino é uma necessidade absoluta quando nos preparamos verdadeiramente para a luta, em defesa da nossa vida. A não ser que se inclua a resistência e a não colaboração no treino, de modo natural, não poderemos reconhecê-las nem defendermo-nos contra elas na rua - e de certeza que aparecem numa situação de crise real. Numa pessoa que luta pela sua vida, a adversidade apresenta-se na forma de resistência natural. Quando recebemos um golpe, respondemos com outro. Ninguém fica quieto para que lhe batam sem se defender. Devemos incluir esta realidade no nosso treino, para que seja real. Quando bato no meu adversário cabe esperar que me responda a qualquer momento. Enquanto continuo com a técnica ou com o contra-ataque desejado, devo estar alerta frente a qualquer ataque que inesperadamente possa lançar o meu adversário na minha direcção. Lembrem-se de que treinamos para não recebermos golpes e que devemos contra-atacar as tentativas de agressão do adversário durante o treino e numa luta real na rua. Devemos fazer frente aos ataques que nos lançarem tanto no treino como na rua.

"Punong Guro Sulite costumava recordar-nos que no combate não havia garantias, quando muito, apenas uma breve oportunidade"


“O pior lugar onde descobrir que as coisas não estão a teu favor é na rua, em frente de um agressor”


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“Podemos aprender a lutar e depois treinar para lutar, mas não há nada que ensine a lutar melhor que a própria luta, assimilando as lições duramente aprendidas, as boas y as más, no conhecimento funcional da pessoa do que um combate requer e exige de nós, os seus participantes” Mas a verdade, gostemos ou não, é que todos devemos treinar os combates de maneira realista, baseando-nos na realidade. Isto ajuda-nos a comportarmo-nos eficazmente em situações reais, a dar-lhes a melhor solução e a nos prepararmos para enfrentar o pior lado da humanidade. É um lado tão escuro que o compromisso não forma absolutamente parte dele e, desde já, não será uma opção quando nos virmos obrigados a agir, posto que a mão de ferro da realidade irá bater-nos com força e rapidamente, exigindo a definição imediata das nossas acções. Trata-se de um lugar onde nos veremos obrigados a abraçar a vida ou a abraçar a morte, um lugar onde, se cometermos erros no combate, poderemos perder a vida, um lugar onde nunca iremos dispor da oportunidade de um segundo tempo. A nossa maneira de treinar reflecte as nossas habilidades, e a adversidade no treino revelará a nossa habilidade ou a nossa incapacidade para defender a nossa vida. Se uma pessoa enfurecida tenta matar-nos, não o fará da maneira em que a maioria das pessoas está habituada no seu treino. Então, para quê perder tempo treinando de um modo que não responde a uma autêntica ameaça? É um facto que as oportunidades que temos quando treinamos com um parceiro respeitoso não são as mesmas que teremos contra um maníaco encolerizado a quem só a morte impedirá arrancar-nos a cabeça no combate. Devemos insistir em que ninguém vai ficar quieto e vai permitir que o outro disponha de tempo para o agredir, sem contra-atacar imediatamente. Então, para quê perdermos tempo com um treino não realista, onde o nosso parceiro colabora completamente e não contra-ataca? O treino seria mais realista se a todos quantos nele participam se lhes exigisse atacar quando tivessem ocasião. A necessidade de uma situação real é o que determina que aqueles que participam num treino devam adaptar-se e ajustar-se a cada uma das ameaças em tempo real, permitindo-lhes voltarem a estruturar os seus contraataques, caso por caso, com precisão. O que vai decidir o nosso destino não é o que fazemos quando estamos prontos para atacar, mas sim o que fazemos quando somos apanhados de surpresa, sem estarmos em guarda. As nossas acções determinarão se vamos viver ou se vamos morrer. Portanto, devemos incluir no nosso treino o ataque inesperado e o contra-ataque. Só desenvolvendo a percepção e a reacção contra


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"Há quem diga que o efeito combativo não se pode ensinar, que faz falta experimentá-lo. Nos círculos do combate existe um provérbio que diz: Não existe um caminho para a luta, porque a luta é o caminho"

"Lembrem-se sempre de que cada vez que cometerem um erro no combate, estão a dar ao agressor uma oportunidade para que se aproximar de vocês"

uma ameaça inesperada no treino, poderemos preparar-nos para nos defendermos bem na rua. Parece-me muito importante voltar a insistir no facto de que o que nos vai tirar a vida num combate não é o que esperamos mas sim o que não esperamos. Isso será a causa da morte e do derramamento de sangue! O treino participativo não tem cabimento nos níveis mais avançados do combate. Chega uma altura em que os exercícios repetitivos têm de desaparecer e devemos assimilar os matizes da técnica em situação de combate e com movimento. Mais importante ainda é estar numa posição onde possamos aplicá-la quando a nossa vida estiver em jogo num confronto violento na rua. O que os principiantes devem treinar em primeiro lugar, é como salvar a vida; em segundo lugar, como neutralizar o inimigo e em terceiro lugar, devem aprender a reconhecer onde se pode aplicar a técnica de modo eficaz, se é que se pode aplicar. O principal deve ser sempre aprender a utilizar a técnica no movimento do combate e sobreviver. Aprendemos a ser eficazes, treinamos para sermos competentes e lutamos para permanecer vigilantes enquanto abraçamos a verdade do combate e, com as nossas habilidades, pomos ordem no caos. A verdade frente a nós próprios, a verdade no treino e a verdade no combate, será a nossa fórmula do sucesso e da eficácia numa situação real. A verdade do combate só nos pode ser desvelada quando a realidade entrar em conflito com a necessidade urgente, numa dança entre a vida e a morte. Há quem diga que o efeito combativo não se pode ensinar, que faz falta experimentá-lo. Nos círculos do combate existe um provérbio que diz: "Não existe um caminho para a luta, porque a luta é o caminho". Só por meio da experiência da luta podemos aplicar da melhor maneira possível as lições aprendidas neste meio crítico. Podemos aprender a lutar e treinar para lutar, mas não há nada que nos ensine melhor a lutar, a assimilar o aprendido – o bom e o mau – e a saber de que se necessita num combate, do que a própria luta. A posição estratégica na evolução do combate é sempre um elemento chave da nossa evolução na luta. Se concebermos as coisas do mesmo modo que o fizeram os outros antes de nós, veremos sempre o mesmo que eles viram. Mudando de posição estratégica no momento de compreender as coisas que sentimos, conseguiremos uma visão única e diferente que nos beneficia como guerreiros. Quando mudamos a maneira de ver as coisas, aquilo que vemos também muda. Por exemplo, ainda se continuaria a pensar que a terra é plana se os exploradores tivessem feito caso daqueles que diziam que se continuassem a navegar sobre a superfície do planeta, cairiam no abismo. Mudar o ponto de vista e a opinião proporciona-nos uma perspectiva para ver com claridade aquilo que anteriormente permanecia oculto aos nossos olhos.


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"NĂŁo existe um caminho para a luta, porque a luta ĂŠ o caminho"



Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dos Shizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexões genuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante o abismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva. O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem do mistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente o autor. Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminho do guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, que podem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qual contemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, de contundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar e não comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo. Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidade de seu conteúdo. Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e de manipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoas inteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram o oculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.




O Major Avi Nardia - um dos principais instrutores oficiais do exército e da polícia israelitas no campo da luta contra o terrorismo e a CQB - e Ben Krajmalnik, realizaram um novo DVD básico que trata sobre as armas de fogo, a segurança e as técnicas de treino derivadas do Disparo Instintivo em Combate, o IPSC. O Disparo Instintivo em Combate - IPSC (Instinctive Point Shooting Combat) é um método de disparo baseado nas reacções instintivas e cinemáticas para disparar em distâncias curtas, em situações rápidas e dinâmicas. Uma disciplina de defesa pessoal para sobreviver numa situação de ameaça para a vida, onde fazem-se necessárias grande rapidez e precisão. Tem de se empunhar a pistola e disparar numa distância curta, sem se usar a vigia. Neste primeiro volume se estudam: o manejo da arma (revólver e semiautomática); prática de tiro em seco e a segurança; o “Point Shooting” ou tiro instintivo, em distância curta e em movimento; exercícios de retenção da arma, sob estresse e múltiplos atacantes; exercícios de recarga, com carregador, com uma mão e finalmente, práticas em galeria de tiro com pistolas, rifles AK-74, M-4, metralhadora M-249 e inclusivamente lança-granadas M-16.

REF.: • KAPAP7

Todos os DVD's produzidos por BudoInternational são realizados em suporteDVD-5, formato MPEG-2 multiplexado(nunca VCD, DivX, o similares) e aimpressão das capas segue as maisrestritas exigências de qualidade (tipo depapel e impressão). Também, nenhum dosnossos produtos é comercializado atravésde webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa ea serigrafia não coincidem com a que aquimostramos, trata-se de uma cópia pirata.


REF.: • KMRED 1

Todos os DVD's produzidos por BudoInternational são realizados em suporteDVD-5, formato MPEG-2 multiplexado(nunca VCD, DivX, o similares) e aimpressão das capas segue as maisrestritas exigências de qualidade (tipo depapel e impressão). Também, nenhum dosnossos produtos é comercializado atravésde webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa ea serigrafia não coincidem com a que aquimostramos, trata-se de uma cópia pirata.


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