Revista Buildings - 15ª edição

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ANO 4 - EDIÇÃO 15 - 4º Trimestre 2011

Berrini One Novo Ícone da Vila Olímpia. A Bueno Netto apresenta um dos projetos corporativos mais modernos e versáteis da região

Porto Maravilha Confira os detalhes da revitalização da região portuária do Rio de Janeiro

Seguros Entenda as opções para proteger o patrimônio da sua empresa em edifícios corporativos

Acesse Buildings.com.br e confira as ofertas do mercado imobiliário corporativo, além de informações sobre os edifícios comerciais das cidades abaixo: São Paulo - Alphaville - ABCD - Osasco - Rio de Janeiro - Salvador - Recife - Curitiba - Florianópolis - Porto Alegre


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Henrique Lima

Editorial

O

mercado imobiliário e a indústria da construção civil nunca estiveram tão aquecidos como agora. Este cenário em pleno aquecimento é motivado não só pelo desenvolvimento econômico que favorece empresas a procurarem e investirem em novos empreendimentos, mas também pelo país conquistar a sede de dois grandes eventos esportivos. Outro movimento que tem chamado bastante a atenção dos investidores são as revitalizações de imóveis antigos, os retrofits, e o uso cada vez maior de modelos sustentáveis. Nesta 15ª edição da Revista Buildings trazemos matérias que mostram o atual cenário do mercado e as novidades que ele apresenta. A capa desta edição traz o Berrini One, um empreendimento com uma única torre, que apresenta uma arquitetura diferenciada, além de ser muito mais tecnológico. O edifício representará um novo marco de imóveis de alto padrão corporativo em uma das áreas nobres de São Paulo. O entrevistado desse trimestre é o diretor presidente do CTE (Centro de Tecnologia de Edificações), Roberto de Souza, que falará sobre as práticas sustentáveis Fernando Libardi nos empreendimentos corporativos. Sócio-diretor Seguindo a tendência de revitalizar áreas urbanas, antes esquecidas, além de aproveitar a chegada da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o Rio de Janeiro largou na frente com o projeto Porto Maravilha. Esse é o assunto da nossa matéria principal, que mostrará os investimentos realizados na região portuária da capital carioca, as empresas que já estão investindo nesta área e a ascensão do retrofit nos imóveis que fazem parte da história do Estado. Ainda sobre o conceito do retrofit, trazemos um artigo sobre a modernização do Galeria Sul América, no centro do Rio de Janeiro. As melhorias e todo o investimento empregado no edifício que voltou a chamar a atenção de empresas interessadas em locar suas lajes cheias de história. Seguindo com o especial jurídico, iniciado na edição anterior, nesse trimestre abordamos os seguros que protegem o patrimônio de empresas instaladas em prédios corporativos. Especialistas da área comentam quais as opções, as coberturas e as taxas cobradas ao se adquirir estes seguros. Por fim, a partir do próximo trimestre, o Portal Buildings contará com informações de mais uma importante cidade no cenário do mercado imobiliário corporativo do país, Brasília. O site irá acompanhar o desenvolvimento imobiliário da região, enriquecendo ainda mais seu banco de dados e trazendo números cada vez mais atualizados. Boa leitura! Fernando Libardi

Créditos Buildings No Portal Buildings você tem acesso às informações relevantes dos edifícios comerciais de várias cidades do Brasil. Acesse buildings.com.br e adquira seus créditos para visualizar as fichas técnicas, fotos, contatos, espelhos de ocupação e muito mais.

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BUILDINGS

“Entre aspas”

Diretor Geral Fernando Libardi

“Para nossa Divisão de Condomínios na Graber Segurança e Graber Serviços, o Buildings é uma importante fonte de identificação de oportunidades e análises do setor imobiliário. Ter informações atualizadas em um mercado extremamente aquecido, faz toda a diferença na agilidade e na tomada de decisões de nossas equipes de marketing, comercial e no desenvolvimento de planos de negócios, bem como o direcionamento de investimentos. O setor de segurança e serviços tem crescido paralelamente aos novos empreendimentos e temos nos beneficiado do conteúdo proporcionado pelo Portal e pela Revista, no acompanhamento destas tendências.”

Redação e Revisão Hablar Comunicação Carmen Rey - MTB 41.922 Juliana Lauar Projeto Gráfico e Produção Fernando Libardi e Henrique Lima Coordenadora de Pesquisa Patricia Abreu Pesquisa Alex Oliveira, Jessica Lecca, Matheus Soares, Roberta Silva e Tiago Fernandes

Luciano Caruso Gerente de marketing corporativo, de operações e vendas da Graber

Consultores Comerciais Fernando Didziakas, Henrique Lima e Roberto Perniciotti

“Referência de pesquisa do nosso departamento de consultoria, o Buildings (Revista e Portal) acabou se tornando uma ferramenta de trabalho para nossa empresa pela qualidade dos dados, abrangência e fácil interpretação. Trouxe dinamismo nas análises e permite respostas precisas aos clientes, além de oferecer de maneira inteligente e prática o acesso aos dados do mercado.”

Fotografias Henrique Lima e Jorge Hirata Colaboraram nesta edição Adalberto Bueno Netto, Alexandre Dias, Ana Carmen Alvarenga, Antônio Neto, Bruce Lorimer, Claudio Saba, Danilo Camargo, Humberto Marques, Jorge Arraes, Marcel Camargo, Marcelo Santana, Marcos Alves, Marcos Casado, Marcos Mendonça, Roberto de Souza, Sérgio Ricardo e Tiago Almeida

Gunther Grineberg Diretor da IRE Capital e Diretor da CoreNet

Impressão e Acabamento Margraf Editora e Indústria Gráfica Ltda

“A economia aquecida impulsiona o crescimento das empresas, que estão em plena fase de upgrade de suas sedes. O profissional liberal que trabalhava de casa quer partir para uma sala comercial, enquanto grandes companhias migram para imóveis mais espaçosos em lajes corporativas nas áreas nobres da cidade. Neste contexto a Revista e Portal Buildings oferecem acesso a informação de qualidade atualizada e se tornou ferramenta básica de consulta para os colaboradores da Urban Systems em seus estudos de mercado.”

Tiragem / Periodicidade 10 mil exemplares / Trimestral (2011)

@

Dúvidas e sugestões, envie um e-mail para: contato@buildings.com.br

Thomaz Assumpção Presidente da Urban Systems

Conteúdo

Revista Buildings

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Municípios

Ed. com lajes acima de

Total de edifícios

Ed. com lajes acima de

Total de edifícios

São Paulo

500 m²

624

Todos

2.133

Rio de Janeiro

500 m²

527

500 m²

527

Barueri

300 m²

58

300 m²

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ABCD

300 m²

61

300 m²

111

Osasco

300 m²

4

300 m²

4

Salvador

400 m²

49

400 m²

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Recife

400 m²

38

400 m²

38

Curitiba

300 m²

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300 m²

56

Florianópolis

300 m²

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300 m²

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Porto Alegre

300 m²

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300 m²

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Universo

1.503

Universo

3.063

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Anúncios, envie um e-mail para: fernando.didziakas@buildings.com.br e henrique.lima@buildings.com.br Fechamento das informações de pesquisa em ofertas e estatísticas deste trimestre: 01/09/2011

www.buildings.com.br Acesse o Portal Buildings para obter maiores informações das ofertas do mercado imobiliário corporativo. Rua Alexandre Dumas, 1601 - 12º andar - Cj. 121, Ch. Santo Antônio, 04717-004, São Paulo, SP Tel.: (11) 5181-4369

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Sumário Capa - Berrini One

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Novo ícone da Vila Olímpia A Bueno Netto apresenta um dos projetos corporativos mais modernos e versáteis da região

Entrevista

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Roberto de Souza As práticas sustentáveis nos empreendimentos corporativos

Mercado

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Porto Maravilha Revitalização da região portuária do Rio de Janeiro

Técnica

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Seguros Entenda as opções para proteger o patrimônio da sua empresa em edifícios corporativos

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Green Buildings

40 Estatísticas Confira as faixas de preços de locação e dados do Portal Buildings.com.br

Green Buildings, antes tarde do que nunca

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Especial

44 Atividade Construtiva Edifícios em construção em São Paulo e Rio de Janeiro

História e modernidade no Galeria Sul América

58 Ofertas 58 São Paulo 59 Barra Funda 59 Berrini 60 Centro 61 Chácara Santo Antônio 62 Faria Lima / Itaim Bibi 63 Marginal Pinheiros 63 Moema / Vila Mariana 64 Paulista 65 Pinheiros / Perdizes

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65 Santo Amaro 66 Vila Olímpia 66 Outras Regiões

67 Alphaville / Tamboré 68 ABCD 68 Osasco 69 Rio de Janeiro 69 Barra da Tijuca 71 Botafogo

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71 Centro 73 Copacabana 73 Lagoa 73 Outras Regiões

74 Salvador 75 Recife 76 Curitiba 77 Florianópolis 78 Porto Alegre

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Perspectiva ilustrada da Entrada do Lobby Frontal

Capa

Berrini One: novo ícone da Vila Olímpia A Bueno Netto apresenta um dos projetos corporativos mais modernos e versáteis da região

M

uito tem se investido em São Paulo, não só por ser considerado o centro financeiro do país, mas também pelos investimentos em infraestrutura e fácil mobilidade entre todas as suas regiões. E para usufruir toda essa facilidade e poder atingir diferentes públicos é que o setor imobiliário vem explorando, cada vez mais, o conceito mixed-use em seus novos empreendimentos. Presente já em grandes capitais do mundo, este tipo de projeto deixa de lado o investimento em um único tipo de cliente, seja ele corporativo, residencial ou comercial. A ideia de abranger esses segmentos, às vezes heterogêneo, em um mesmo espaço, tem tido cada vez mais adeptos e trazido retorno para as construtoras, que acreditam que esse novo tipo de empreendimento de uso misto agrega mais valor ao negócio. Aproveitando essa abordagem e a necessidade da capital paulista em integrar em um mesmo espaço todos os tipos de empreendimentos, é que a Bueno Netto apresen-

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ta seu novo empreendimento: o Berrini One, que está inserido em um projeto mixed-use.

A região da Berrini onde o empreendimento está localizado permanece em plena ebulição. A região se consoli-

da como um dos maiores pólos comerciais da cidade de São Paulo, abrigando a maioria das empresas multinacionais estabelecidas no país, entre elas Microsoft, Nokia, Nestlé, HP, entre outras. A taxa de vacância da Berrini é de 2,44% e o valor do aluguel na região chega a custar R$ 130/m² por mês.

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Localização privilegiada


Localizado na esquina das Avenidas Berrini e Bandeirantes, o Berrini One tem ótimas opções de acesso, tanto para transporte público, já que fica próximo às estações Vila Olímpia e Berrini da CPTM, quanto para o particular, pois está situada em um ponto de convergência das regiões da Vila Olímpia, Berrini e Marginal Pinheiros, próximo às principais vias da cidade e a poucos minutos do Aeroporto de Congonhas. Além disso, a região tem recebido investimentos municipais. As obras da Operação Urbana Água Espraiada prevêem o prolongamento da Avenida Jornalista Roberto Marinho até a Rodovia dos Imigrantes, além da construção de uma nova ponte sobre o Rio Pinheiros, na região do Parque Burle Marx, e de um corredor de ônibus ligando as Avenidas Berrini e Chucri Zaidan até a Rua Funchal. O empreendimento ainda está localizado a menos de 1 km dos shoppings centers D&D e Vila Olímpia, com boa oferta de restaurantes e serviços para os usuários. A região já é considerada uma das mais nobres de edifícios corporativos. A boa infraestrutura e melhorias previstas são alguns dos fatores que prometem aumentar ainda mais a demanda por escritórios na Berrini. Mais que um empreendimento O Berrini One está inserido em um dos mais modernos empreendimentos mixed-use de São Paulo. O terreno onde estará o empreendimento tem 35.279 m², terá cinco torres implantadas, o Berrini One, com uma área construída de 60.757 m², uma residencial, outra com salas comerciais, uma corporativa, e uma quinta torre em desen-

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volvimento pela Bueno Netto. Já para o espaço destinado apenas para locação no Berrini One, serão disponibilizados 32.566,69 m². Com uma arquitetura arrojada, destaca-se a imponência da entrada do lobby com altura de 15 metros. Outro destaque do projeto é o atrium que integra todo o lobby do edifício. Com 30 metros de altura, proporciona luz natural tanto para o térreo, quanto para os primeiros andares do edifício. Com 30 metros de altura, o atrium dá a todo o térreo e aos primeiros andares uma iluminação natural, ressalta o gerente de desenvolvimento de negócios da Bueno Netto, Alexandre Dias. Vinte elevadores de última geração com antecipação de chamadas servirão o empreendimento, destes, 13 são sociais, dois para serviço e segurança, dois para carga, três elevadores e duas escadas rolantes para acessar do térreo para o subsolo. O edifício também será dividido em três zonas (baixa, média e alta), sendo cada uma delas servida por uma bateria de quatro ou cinco elevadores com halls independentes. Isso torna mais rápido e confortável o acesso aos pavimentos, além de distribuir com eficiência o fluxo de pessoas. Uma grande praça fará a integração com o acesso principal do empreendimento. Já no lado oposto, terá um espaço exclusivo destinado à área de serviços com docas para caminhões, recepção para motoboys, refeitório, oficinas, que não interferirão no ambien-

te social e no dia a dia dos ocupantes. Para isso, terão dois elevadores de serviços que interligam o prédio por uma circulação de serviço no 2º sub-

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Capa solo, permitindo assim que atividades de reformas e mudanças sejam feitas em qualquer horário do dia sem interferência na área social do edifício. Comprometidos com as questões de meio ambiente e sustentabilidade, a construção do Berrini One foi projetada para obter a certificação Green Building, onde prevê o uso racional de energia, captação e uso de água e da qualidade do ar interno do empreendimento, além de contar com 3 mil m² de área verde. Todas essas iniciativas são para melhorar a qualidade de vida no interior do edifício. Diversas opções de metragens As obras do Berrini One foram iniciadas em maio deste ano e têm previsão de entrega para dezembro de 2013. No momento, o edifício está em comercialização para vendas das unidades, sendo que 70% já foram vendidas. Houve também a consulta de empresas interessadas na locação dos espaços, afirmou o gerente de desenvolvimento de negócios da Bueno Netto. Já as torres comercial e residencial tiveram o início das vendas no final do ano passado e já estão com 100% das unidades vendidas. As empresas que vão ocupar o empreendimento poderão escolher opções de metragens que acomode com maior eficiência seus funcionários. De acordo com Alexandre Dias, os clientes poderão optar por metragens a partir de 366 m² até 2.350 m² em um mesmo pavimento. A disposição varia da seguinte maneira, as metragens de 2.350 m² e 920 m² poderão ser ocupadas por duas empresas, disponíveis do 3º ao 15º andar. Enquanto a de 740 m² aco-

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Ficha Técnica do Berrini One Endereço

Av. Dr.Luis Carlos Berrini, 105 (esq. Av. dos Bandeirantes)

Produto

EdifícioCorporativo Torre A –Corporativo Berrini One Torre B –Em estudo Torre Residencial / Hoteleira

Nº de torres Área do terreno

11.515,00 m²

Área construída

60.757,00 m²

Área de locação *

32.566,69m²

Área de locação das unidades

366,00 m² a 2.358 m²

Nº de pavimentos

4 subsolos + Térreo + 31 pavimentos

Unidades por andar

2 unidades do 3º andar ao 15º andar 1 unidadedo 16º andar ao 33º andar

Nº de elevadores

20 unidades (+2 escadas rolantes)

Total de unidades

45 unidades + 1 loja (restaurante)

Nº de vagas

802 vagas

Início das obras

Maio/2011

Término das obras

Dezembro/2013

moda apenas uma empresa, que vai do 16º ao 33º andar. O Berrini One terá infraestrutura para a instalação de forro acústico, piso elevado e ar condicionado tipo VRF, específico para condicionar ambientes amplos, levando em

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consideração a continuidade da carga térmica ao longo do dia.

“O Berrini One é um empreendimento com arquitetura diferenciada, mais tecnológico e superior a todos os outros projetos da Bueno Netto” Adalberto Bueno Netto

A opinião do presidente Em conversa com a Revista Buildings, o presidente da construtora Bueno Netto, Adalberto Bueno Netto, expõe suas expectativas para o lançamento do Berrini One e fala sobre os projetos entregues esse ano pela Bueno Netto e BNCorp, incorporadora do grupo Bueno Netto voltada a incorporação de edifícios comerciais, além das previsões para 2012. Começamos com o recente lançamento da empresa. O Berrini One, em São Paulo, está com as obras em andamento e as vendas se iniciaram no começo desse ano. 70% do empreendimento já foi vendido e o preço das unidades gira em torno de R$ 16.500/m². Para o valor de locação, a expectativa é que seja equivalente aos praticados na região da Faria Lima. De acordo com o presidente, o Berrini One é um dos empreendimentos mais importantes já desenvolvidos pela empresa e irá coroar a atuação da empresa na

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Presidente da Bueno Netto

região da Vila Olímpia, onde a empresa já desenvolveu mais de 15 edifícios corporativos. Marcel Camargo, gerente comercial da BNCorp, complementa que o edifício será um novo ícone na região. Neste ano, foram entregues três empreendimentos e, até o fim do ano, serão lançados mais cinco empreendimentos comerciais, sendo três em São Paulo e dois no Rio de Janeiro. Dia 5 de outubro será entregue o Edifício Faria Lima 4400 - Acqua, na zona sul de São Paulo. Três grandes bancos firmaram contrato já na fase de pré-locação ocupando 100% do imóvel. Em janeiro deste ano, o valor do aluguel girava em torno de R$ 150/m². Já o empreendimento BBT (Bueno Business Tower), entregue em setembro, foi totalmente alugado pela Alpargatas. Localizado no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo, o edifício tem

uma área privativa de quase 8,5 mil m² com valor de aluguel em torno de R$ 120/m². O Alpha Tower, também na Vila Olímpia, foi entregue no final de setembro e está com o valor de locação entre R$ 125 e R$ 130/m². No centro do Rio de Janeiro, o Rio Branco 115, com 23 andares e 540 m² de laje já está 100% locado para empresas de primeira linha como Vale do Rio Doce e Camargo Corrêa. Este empreendimento rendeu para a parceria Bueno Netto e BNCorp o prêmio Master Imobiliário 2011, na categoria Comercial/Retrofit, cita Marcel Camargo. Para 2012, a empresa entregará o Espaço Empresarial Nações Unidas, além de um projeto mixed-use com 5 torres localizados na Marginal Pinheiros, ambos na zona sul de São Paulo. n

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Foto:Henrique Lima

Entrevista

Roberto de Souza Diretor Presidente do CTE (Centro de Tecnologia de Edificações). Engenheiro Civil (1973), Mestre (1983) e Doutor em Engenharia (1997) pela Escola Politécnica da USP. Especialista em gestão estratégica, gestão empresarial, gestão da qualidade, tecnologia da construção, sustentabilidade e negócios imobiliários. Autor de cinco livros técnicos focados em Tecnologia e Gestão de Empresas Incorporadoras, Construtoras e Projetistas: “Sistema de gestão da qualidade para empresas construtoras” (Pini, 1994), “Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras” (Pini, 1996), “Gestão do processo de projeto de edificações” (O Nome da Rosa, 2003), Sistema de gestão para empresas de incorporação imobiliária (O Nome da Rosa, 2004) e “Gestão de materiais de construção” (O Nome da Rosa, 2005).

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As práticas sustentáveis nos empreendimentos corporativos O mercado imobiliário corporativo está bastante aquecido em todo o país, a atividade construtiva vem aumentando a cada trimestre, principalmente em São Paulo e no Rio. Quais são as principais tendências para esse mercado nos próximos anos? Há uma tendência forte do mercado de lajes corporativas, eu acredito que isso vai crescer anda mais, pois a economia brasileira deve continuar crescendo. Com a economia em alta, as principais demandas são de espaços pra produção, que são as construções industriais, espaços corporativos para as empresas organizarem seus escritórios, do setor privado ou público, além das pequenas salas comercias e dos centros de logística. Essas são as principais tendências. Em primeiro lugar, os edifícios corporativos, que vão continuar em alta em São Paulo e Rio de Janeiro, além de se espalhar para outras cidades, no país todo. Nós já estamos observando esse crescimento para outras cidades do interior, Brasília, entre outras. No meu ponto de vista, o que está acontecendo no mercado de pequenas salas comerciais é uma distorção, pois hoje vemos um edifício que será entregue daqui a três anos e já estão vendendo a R$ 12 mil / m² e com uma expectativa de alugar a R$ 100 / m². Para mim, está havendo o fenômeno do investidor desinformado, pois ele faz uma conta que não fecha, os valores estão muito abusivos. Outra tendência muito forte que vejo nos edifícios corporativos é a sustentabilidade. Isso já não é nem mais tendência, pois quando se constrói, é preciso dar um benefício para o locatário, que é de economia. Para se ter uma ideia, existe uma taxa de con-

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domínio em edifícios corporativos que varia de R$ 16 a 18 / m². Nos Green Buildings entregues atualmente, já medimos essa taxa de R$ 9 a 11 / m², ou seja, há uma redução de 30 a 40%. É interessante enxergar isso, pois o desempenho ambiental ocorre ao longo da vida útil do empreendimento. Esse que é o grande benefício para as gerações futuras, para o meio ambiente e para o locatário, oferecer um Green Building que custará 30% menos. Hoje o mercado está percebendo que a lógica é essa, a tendência mercadológica e a incorporação das tecnologias sustentáveis.

a ser mais competitiva, a empresa se debruça de uma forma mais intensa, mas tem espaço para todos os competentes.

Quem você acredita que seja um exemplo a ser seguido nesse mercado? Dessas empresas que citei anteriormente, todas elas estão bem posicionadas. Porém algumas são mais focadas no mercado corporativo como, por exemplo, a Tishman Speyer, a WTorre, que está gerenciando o edifício sede da Petrobras, a Odebrecht também. Depende da estratégia competitiva da empresa, aquela que só tem o foco nisto, tende

Quais são as diferentes opções de modelagem de negócios oferecidas hoje? Temos três tipos de modelagem. O primeiro é o incorporador ou construtor, que faz aluguéis diversificados. O foco da modelagem de negócio dele é a renda, então todo estudo que ele faz de negócios, de retorno e da rentabilidade, é feito a partir do aluguel, não é um mercado de venda, e sim de renda. Ele cria portfólios de aluguel e faz o estudo da viabilidade da renda. Outra linha é o mercado de build-to-suit, que é o edifício sob medida, onde se assina um contrato por 10 ou 20 anos, por exemplo, e se desenvolve o produto. Esse também é um mercado de renda, ele já está ‘amarrado’. Encontra-se o terreno, desenvolve o projeto, constrói, mobília e se faz a operação dessa pequena cidade administrativa, aí é locado durante 20 anos para determinada empresa. O terceiro modelo de negócios é aquele que faz mais ou menos como o primeiro, mas se aluga. Só que tem como objetivo o seguinte, conforme aluga, o imóvel valoriza e vende por um valor muito mais alto. É a filosofia dos fundos de investimentos de participações, que valoriza o ativo e vende. Um bom exemplo é o retrofit do prédio Bela Paulista, na avenida Paulista, em São Paulo, que a VBI Real Estate comprou o edifício por cerca de 23 milhões de reais. O aluguel na época era de R$ 27,00 / m², então eles investiram cerca

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Quais são as principais empresas que investem nesse nicho hoje e quais são os principais consumidores? Hoje existem muitas incorporadoras que investem no mercado corporativo, temos grandes nomes como a Tishman Speyer, Cyrela CCP, São Carlos, WTorre, Brookfield, BNCorp, Odebrecht, entre outras. Os consumidores são os escritórios de multinacionais, como da indústria farmacêutica, as empresas nacionais e os grandes grupos, de laboratórios, por exemplo, e nas pequenas salas comerciais, os profissionais liberais.


Entrevista Foto: Henrique Lima

tema de ar condicionado, especificação de vidro, fator solar de vidro, todas as tecnologias de reuso de água, captação de água de chuva, paisagismo que consome menos água, na fabricação de materiais, há a questão da reciclagem, hoje tem empresas que fazem cerâmica com produtos reciclados. Hoje há a ciência da sustentabilidade, existe uma gama de novas tecnologias que não tínhamos antes. Hoje precisamos evoluir no uso e operação dessas novas tecnologias, com mais profissionalização na forma de aproveitar os equipamentos que dispomos e na capacitação profissional para operá-los.

Em tecnologia de projeto, temos um dimensionamento diferente, que agora é realizado de acordo com a eficiência energética. A fachada de um empreendimento é dimensionada onde há maior incidência solar. Os critérios de design dos produtos mudaram e o arquiteto considera isso tudo em conjunto com o projetista de ar condicionado, com o fator solar do vidro, com o sistema de elevadores, iluminação, etc. Usa-se uma arquitetura muito mais inteligente e permeada de diretrizes, de engenharia e eficiência energética, que não existia antes. Hoje têm decisões que jamais imaginaríamos chegar. Para a concepção de um edifício, simulamos no computador qual será o consumo de energia, a orientação e o clima local, temos uma meta, preciso reduzir em 10% o consumo de energia, de acordo com o LEED. O resultado do projeto sai depois de muitas simulações. Essa metodologia de projeto é uma inovação revolucionária, porque é uma coisa integrada. Existem diversas inovações, no sis-

A sustentabilidade deixou de ser modismo e hoje é uma tendência no mundo todo. Como essa tendência é reconhecida dentro do mercado imobiliário corporativo? Num primeiro momento essa tendência foi reconhecida da seguinte maneira, se o meu concorrente está fazendo, eu também preciso fazer, pois o meu cliente potencial, que é a multinacional ou a grande empresa nacional, tem política de sustentabilidade corporativa e quer estar um escritório Green Building. Num segundo momento houve uma desmistificação, pois as empresas achavam que a obra era 30% mais cara, porém ela custou 3% mais cara, mas a empresa tem um aluguel 10% mais alto, o uso e operação economiza 30 a 40% a mais do que edifícios comuns. Então inicialmente a sustentabilidade foi reconhecida como uma exigência do cliente, já que era uma tendência das empresas maiores, pois a sustentabilidade hoje é uma visão de futuro, porque no futuro nós teremos uma economia eficiente, inclusiva e responsável, o mercado será assim. As empresas passarão a adotar a sustentabilidade como estratégia de gestão, e quem já está fazendo isso são as empresas líderes, elas são habituarias desses edifícios corporativos.

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“Se compararmos a arquitetura do Green Building com a do Triple A, ela é radicalmente diferente, é muito mais inteligente.” de 8 ou 9 milhões para reformar, e o aluguel subiu para R$ 85,00 / m². Essa é uma modelagem de negócio interessantíssima, a que dá a maior rentabilidade no mercado imobiliário. Porém é uma lógica diferente das outras modelagens de negócio, pois o foco é a longo prazo. O que há de novo surgindo nesse mercado? A grande novidade é o Green Building, porque se olharmos a geração anterior, os Triple A, eles não pensavam muito nas gerações futuras. Nos Green Buildings se agregam tecnologias sustentáveis ao produto, visando o uso e a operação do edifício, ele enxerga os próximos 30 anos. Se compararmos a arquitetura do Green Building com a do Triple A, ela é radicalmente diferente, é muito mais inteligente. Em relação à tecnologia, o que há de novidade nesse sentido na construção e as inovações que estão sendo empregadas nos empreendimentos corporativos?

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A Marelli valoriza o que um ambiente tem de melhor: as pessoas.

Eleita pelo sexto ano uma das Melhores Empresas para VocĂŞ Trabalhar.

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Entrevista Qual a importância da sustentabilidade dentro desse nicho? A principal importância é na dimensão ambiental, ela efetivamente gera economia de recursos naturais, materiais, água, energia e reduz o impacto de emissão de CO2. Se toda cadeia produtiva de construção adotasse as medidas sustentáveis, o impacto seria maior que o protocolo de Quioto. É uma cadeia produtiva que tem um impacto brutal no meio ambiente, então esse é um benefício. A sustentabilidade também tem um benefício social porque em todo Green Building que é construído, há um programa de coleta seletiva dos resíduos durante a obra, existem programas de educação ambiental para os operários, têm medidas de canteiros de obras, isso permeia a cultura não só da empresa como do funcionário, que leva isso para casa também. O terceiro benefício é o financeiro, porque é mais rentável para a empresa, ela introduz a visão do stakeholder¹, encontra um benefício para quem vai usar o imóvel, para o locatário, por exemplo, porém ele vai pagar um aluguel um pouco mais alto. Quais são os passos rumo à gestão da sustentabilidade nas empresas de incorporação e construção? Em primeiro lugar é conhecer as principais iniciativas, normas e referências em sustentabilidade que vem sendo adotadas mundialmente e selecionar aquelas adequadas à realidade do setor, tanto nos aspectos corporativos quanto nos aspectos aplicáveis a empreendimentos, projetos, materiais e obras. Em segundo lugar é definir o posicionamento atual da empresa em relação às práticas de sustentabilidade reconhecidas internacionalmente, criando um pla-

no de ação visando implantar projetos de responsabilidade social e ambiental, mapeando as partes interessadas no negócio da empresa (stakeholders) e promovendo o diálogo e engajamento da organização com seus diferentes públicos. O terceiro passo é o desdobramento dos aspectos socioambientais para os processos de seleção do terreno, concepção do produto, desenvolvimento do projeto e lançamento do empreendimento. Também é importante definir de forma clara o que é um empreendimento sustentável e quais diretrizes de sustentabilidade serão adotadas na prática. Tais diretrizes envolvem a dimensão ambiental – energia, água, resíduos, materiais reciclados, áreas verdes, áreas contaminadas – e a dimensão da responsabilidade social no desenvolvimento do empreendimento. Todas estas diretrizes devem ser desdobradas para os projetos e especificação de materiais, e chegar também à campanha de lançamento e marketing do empreendimento. O quarto passo é o da gestão do processo de suprimentos com foco na sustentabilidade, o que envolve a definição de critérios ambientais e sociais para seleção, contratação e avaliação de fornecedores de projeto, materiais e serviços de execução de obras e outros serviços contratados pela incorporadora e construtora. Trata-se neste momento de expandir as práticas de sustentabilidade para a cadeia de fornecedores. O quinto passo é a gestão da sustentabilidade dos canteiros de obras. Neste momento é fundamental definir diretrizes ambientais para a implantação e operação do canteiro (água, energia, resíduos, poluição, recursos naturais, preservação de fauna e flora, solo e subsolo) e diretrizes sociais na gestão e execução da obra (relacionamento com a comunidade local, relações

de trabalho, direitos humanos, educação e desenvolvimento dos trabalhadores, inclusão social e digital, ambiente de trabalho, saúde e segurança do trabalho e educação ambiental dos colaboradores de obra). O sexto passo está focado na gestão da sustentabilidade na entrega do empreendimento e na fase de uso, operação e assistência técnica. Neste momento são definidas as diretrizes sustentáveis para a operação, uso e assistência técnica do empreendimento, e um programa de educação ambiental para os usuários e operadores. Tais diretrizes são consolidadas no manual de operação, uso e manutenção do edifício, destacando as tecnologias sustentáveis implantadas. O sétimo passo é o monitoramento, controle e comunicação da sustentabilidade. Para tal é necessária a criação de indicadores para monitoramento e controle do desempenho econômico, ambiental e social da empresa. Este monitoramento do desempenho vai permitir a elaboração de relatórios de sustentabilidade da empresa com base em referências como os Indicadores do Instituto ETHOS e do GRI – Global Reporting Initiative. Com os relatórios consolidados é possível definir formas de comunicação da sustentabilidade empresarial tanto para o público interno quanto para as partes interessadas no negócio da incorporadora e construtora, divulgando as vantagens competitivas da empresa no que se refere à sustentabilidade. Dos empreendimentos novos, qual a porcentagem que já tem certificação LEED-Green Building? A grande maioria dos empreendimentos corporativos no Rio, em São Paulo, em Brasília e nas grandes cidades, já está nascendo sustentável, com o certificado LEED-Green Building. n

¹ O termo stakeholder designa uma pessoa, grupo ou entidade com legítimos interesses nas ações e no desempenho de uma organização e cujas decisões e atuações possam afetar, direta ou indiretamente, essa organização. Estão incluídos nos stakeholders os funcionários, gestores, proprietários, fornecedores, clientes, credores, Estado (enquanto entidade fiscal e reguladora), sindicatos e diversas outras pessoas ou entidades que se relacionam com a empresa.

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Liberdade para criar


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Porto Maravilha

Revitalização da região portuária do Rio de Janeiro

O

Empresas apostam e investem no novo endereço imobiliário da capital carioca

porto do Rio de Janeiro se estabeleceu na enseada da costa da Baía de Guanabara, e foi considerado a porta de entrada da cidade, que na época era a capital do país. Recebendo constantes investimentos e melhorias necessários para o crescimento, o Rio deixou de ser a capital nacional, mas se tornou a cidade que atrai o maior número de turistas, ganhando o posto de mais importante cartão postal brasileiro. Porém, com o passar dos anos, a região portuária carioca foi sendo deixada de lado, e a região foi sofrendo lentamente com a degradação do seu espaço histórico e da sua importância econômica. Desde meados do século XIX começaram a surgir planos de melhorias do porto para atender as necessidades crescentes do comércio local,

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mas que nunca foram colocados em prática. Reerguer o velho porto que se encontra no centro do Rio de Janeiro era há alguns anos apenas uma ideia que não saía do papel. Porém, com o crescimento da cidade impulsionado pela economia do país, os projetos de reestruturação da região portuária já começaram a ser iniciados. Toda a reurbanização da área está com a conclusão prevista para até 2015. Para isso a cidade enxergou três oportunidades com a revitalização de uma área que estava degradada. A primeira é a proximidade de dois grandes eventos esportivos, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, que irão atrair investimentos e turismo para o país. A segunda é o resgate da região central, mais especificamente onde a cidade nasceu e todo seu envolvimento com a

parte história e cultural do Rio de Janeiro. E a terceira é a falta de oferta de áreas bem localizadas para novos empreendimentos imobiliários. E é aproveitando esse novo nicho que o Projeto Porto Maravilha tem atraído os olhares de investidores e construtoras para ajudar na criação de uma nova área de negócios na capital carioca.

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O Projeto Porto Maravilha A Operação Porto Maravilha abrange uma área de cinco milhões de m², que tem como limites as Avenidas Presidente Vargas, Rodrigues Alves, Rio Branco e Francisco Bicalho. A proposta do projeto é criar novas condições de trabalho, moradia, transporte, cultura e lazer, aproveitando o desenvolvimento econômi-


co que a região vive e transformando uma área abandonada e degradada em um destino final para moradores e turistas. Segundo o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP), responsável pela coordenação do processo de implantação do Porto Maravilha, Jorge Arraes, para a primeira fase, que teve a ajuda do governo, foram investidos cerca de R$ 300 milhões no projeto. Já para a operação urbana, proveniente das vendas dos Certificados de Potencial Adicional Construtivo (Cepacs¹), terá o investimento de R$ 8 bilhões. Esses recursos serão aplicados na reurbanização de toda a área onde está localizado o Porto Maravilha, na destruição da Avenida Perimetral e na prestação de serviços urbanos por 15 anos. As primeiras obras começaram em maio de 2010 e estão previstas para serem finalizadas em maio de 2012. Nesta etapa estão incluídas as construções de novas redes de água, esgoto e drenagem

“Temos duas vertentes: a primeira é a utilização de toda a região e sua infraestrutura mesmo após os Jogos Olímpicos que serão realizados na cidade. A segunda é fortalecer a área financeira que o Porto Maravilha trará” Jorge Arraes Presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP)

¹ Instrumentos de captação de recursos para financiar obras públicas. Investidores interessados compram do poder municipal o direito de construir além dos limites normais em áreas que receberão ampliação da infra-estrutura urbana.

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nas avenidas Barão de Tefé e Venezuela e a urbanização do Morro da Conceição, além da reestruturação dos Jardins Suspensos do Valongo e a construção de mais de 20 ruas na Praça Mauá. A segunda parte das obras inclui o término das obras iniciadas em 2010 e a urbanização do restante do Porto, a execução de 60 quilômetros de novas vias e a recuperação das já existentes, 700 quilômetros de infraestrutura e a construção de mais quatro quilômetros de túneis. As obras começam em setembro deste ano e estima-se que serão concluídas até 2015, um ano antes dos Jogos Olímpicos no país. Mudanças viárias para o Porto As obras previstas na região portuária têm como finalidade a reestruturação urbana do local. Com início em setembro do ano que vem, será criada uma nova via paralela à Avenida Rodrigues Alves, chamada de Binário do Por-

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to. Com aproximadamente 3,5 quilômetros de extensão, ela ligará o Viaduto do Gasômetro à Praça Mauá. A região considerada o ponto de entrada e saída da cidade ganhará uma via expressa que viabilizará a chegada à Ponte Rio-Niterói, Linha Vermelha e Avenida Brasil, que será feita na Avenida Rodrigues Alves, que se tornará via expressa. De acordo com Arraes, a região terá 50% a mais de pistas, mesmo após a derrubada do Viaduto da Perimetral. A Prefeitura do Rio de Janeiro estima que as obras do Binário do Porto estejam finalizadas até dezembro de 2012. Já em 2013, começará a demolição do Elevado da Perimetral, que hoje degrada a região e as vias que a circundam. As obras irão até 2014 e serão concluídas em 2015, aumentando a capacidade do fluxo de tráfego na nova região portuária. Hoje, os elevados como a Perimetral contribuem para a degradação do seu entorno e para a complicação do tráfego local. Sua demolição vem sendo discutida

por urbanistas e políticos há mais de 20 anos e trará melhorias na qualidade de vida de moradores e de quem trabalha na região. A primeira etapa da derrubada da Perimetral será no primeiro semestre de 2013, entre a rodoviária Novo Rio e a Rua Professor Pereira Reis, onde haverá o prolongamento mediante a construção de novas rampas de acesso. No segundo semestre, o elevado será demolido da Rua Professor Pereira Reis até o Armazém 7. Ao final das obras, previsto para 2015, a nova rede viária construída no lugar do Elevado da Perimetral trará um aumento na capacidade de fluxo de tráfego na região, desafogando os constantes congestionamentos que predominam na área. Para integrar o transporte público, será construído o sistema de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). Os trens circularão na região do Porto, área central, além de pontos com grande circulação como a Avenida Rio Branco, Praça XV e também fará integração com o aeroporto Santos Dumont.

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“Os incentivos fiscais dados pelo governo do Rio foram um dos pontos que motivaram o interesse das empresas pela região portuária.” Ana Carmen Alvarenga Diretora de Desenvolvimento da Tishman Speyer

Atrativos para nova área portuária O Rio segue o exemplo de muitas cidades que revitalizaram suas áreas portuárias com sucesso. Baltimore, nos Estados Unidos, iniciou seu processo há mais de 50 anos. Rotterdam, Buenos Aires e a Cidade do Cabo iniciaram em 95, 96 e 97 respectivamente. Barcelona criou um projeto moderno de renovação para os Jogos Olímpicos em 1992 que é utilizado até hoje. A reurbanização do local e os incentivos dados para que as empresas locais investissem na região aumentaram o número do turismo, além de potencializar a parte econômica da cidade catalã. A capital carioca, inspirada nes-

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te modelo, toma como referência para o projeto duas vertentes. O presidente da CDURP explica quais são: “A primeira é a utilização de toda a região e sua infraestrutura mesmo após os Jogos Olímpicos que serão realizados na cidade. A segunda é fortalecer a área financeira que o Porto Maravilha trará”. Para isso, foram elaborados alguns incentivos para atrair investimentos nesta área central da cidade. O primeiro foi a Lei Municipal Complementar número 101/2009, que permite a construção além dos limites atuais, com exceção das áreas de preservação, de patrimônio cultural e dos prédios destinados aos serviços públicos. Além da lei, foram aprovados alguns benefícios tributários para as empresas que forem investir no Porto Maravilha, já que o mercado imobiliário carioca está aquecido. Entre os principais estão a isenção do IPTU por 10 anos, a exoneração do pagamento do ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) da obra, que para as áreas de hotelaria, educação e cultura há a redução deste imposto de 5% para 2%, e a isenção do ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis). De acordo com a diretora de desenvolvimento do Rio da Tishman Speyer, Ana Carmen Alvarenga, e o gerente de novos negócios da BNCorp, Danilo Camargo, os incentivos fiscais dados pelo governo do Rio foram um dos pontos que motivaram o interesse das empresas pela região portuária.

“O retrofit é uma opção porque nesse caso viabiliza o empreendimento por já ter um imóvel construído e reduz o prazo, o que é importante no projeto do Porto Maravilha” Danilo Camargo Gerente de Novos Negócios da BNCorp

Segundo Arraes, já existem 10 projetos sendo analisados para a construção de prédios residenciais e comerciais. Deles, cinco são comerciais, seis são residenciais, quatro são institucionais e um projeto de museu. Ele destaca as duas áreas de atuação, tecnologia e de com-

bustíveis, como exemplo de empresas que estão mudando suas sedes para o Porto Maravilha, por conta da exploração do pré-sal na Bacia de Campos. Ainda de acordo com o presidente da CDURP, não é possível delimitar uma área dentro do Porto Maravilha que esteja entre as mais requisitadas pelas construtoras, mas já se pode dizer em investimentos na Praça Mauá e nas áreas próximas à Rodoviária Novo Rio. Outro fator que atrai investidores para a região é o aquecimento do mercado imobiliário do Rio, impulsionado pela falta de áreas bem localizadas no centro da capital, uma nova opção à migração para a Barra da Tijuca, onde fatores como a distância do centro e aeroportos, e os conges-

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Construção de novos empreendimentos


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tionamentos são preponderantes. Dentre as empresas que investirão no Porto Maravilha está a Tishman Speyer. A construtora já iniciou as obras do primeiro empreendimento na região portuária carioca. Em junho foram demolidos dois edifícios, com altura equivalente a oito pavimentos cada um, além de outra edificação com altura de um prédio de cinco andares. No terreno de 13 mil m², de frente para o mar e do lado contrário à Praça Mauá, a empresa construirá um edifício comercial, que por enquanto foi batizado de “Port Corporate”. Será um complexo de escritórios de alto padrão com certificação LEED-Green Buildings, que utilizará grande parte do entulho gerado pela implosão na própria obra. O projeto está recebendo investimentos de R$ 250 milhões, e terá 20 andares, sendo 18 de escritórios e lajes de 2,1 mil m². Ao todo serão 48 mil m² de área construída e 35 mil m² disponíveis para locação. Também será construído um edifício garagem com quatro lajes que complementará o “Port Corporate”. O início das obras está previsto para o próximo semestre e a entrega para daqui a dois anos. Segundo Ana Carmen, o m² da cidade está sendo disputado, pois não existem empreendimentos corporativos de alta qualidade. “Com isso, a Tishman já recebeu algumas solicitações para ocupar o edifício em construção, que terá o valor do seu m² equivalente ao cobrado na região central. Porém, no momento não temos previsão de quando serão abertas as locações”, complementa a diretora. Outra empresa que está investindo na região é a BNCorp, que lançará dois empreendimentos com base no retrofit, além de algumas prospecções de terrenos. Essa opção será utilizada pela área possuir diversos edifícios tombados como patrimônio histórico, e preservar a história da cidade,

harmonizando passado e futuro. “O retrofit na verdade é uma opção porque nesse caso específico viabiliza o empreendimento por já ter um imóvel construído e reduz o prazo, o que é muito importante nesse projeto do Porto Maravilha”, explica Camargo. O investimento total previsto pela empresa na área portuária será de R$ 150 milhões. Já o cronograma para a entrega das obras usando o retrofit, tendo cada empreendimento 7,5 mil m², está estimado em um ano e meio a dois anos. A BNCorp identificou outras duas áreas distintas do Porto Maravilha como mais atrativas. São as regiões do Moinho Fluminense e o eixo da Avenida Francisco Bicalho, próximo à rodoviária. O gerente afirma ainda que já existem empresas interessadas em ocupar os novos edifícios da BNCorp, onde o valor de locação estimado girará entre R$ 70/ m² e R$ 80/m² por mês, graças à falta de espaços em outras regiões da cidade. Iniciada há seis meses, a primeira laje da nova sede do Banco Central foi concluída, e mostra que as obras previstas para terminarem em maio de 2013 estão adiantadas. Com investimento de R$ 72,7 milhões, o prédio é erguido em uma área de 45 mil m², sendo 4,6 milhões m² de potencial construtivo. Serão pelo menos 800 funcionários transferidos para o prédio da Avenida Rodrigues Alves. Investimentos públicos e privados direcionados para o Porto Maravilha comprovam a expectativa de um forte crescimento da economia que a região trará para o Rio de Janeiro e o retorno esperado pelos investidores que estão relocando ou trazendo suas sedes para a nova área. Além do fator econômico, há as melhorias trazidas para a população da nova área portuária e por fim, o revigoramento da relação da cidade com o turismo antes, durante e depois dos Jogos Olímpicos. n

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Técnica

Seguros para proteger o patrimônio

O

mercado imobiliário e a indústria da construção civil nunca estiveram tão aquecidos como agora no país. Esse aquecimento do setor imobiliário também estimula o mercado brasileiro de seguros em geral, que segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), no primeiro quadrimestre do ano cresceu 15%, para vendas de R$ 39,3 bilhões. Vários fatores explicam o bom desempenho das vendas de seguros no Brasil, como o avanço do crédito bancário, emprego em alta, ganho de poder aquisitivo e milionários contratos de financiamento a projetos de infraestrutura que só saem do papel após a assinatura de um programa de garantias. Mas há uma razão em especial que tem aquecido a demanda por apólices: a insegurança. “Hoje as pessoas estão mais preocupadas em proteger o seu patrimônio, diferente de antigamente”, afirma o gerente de Ramos Elementares da Porto Seguro, Marcelo Santana. Entre os segmentos que mais se destacaram no setor de seguros de janeiro a abril deste ano, temos o de riscos patrimoniais, com avanço de 23%, para R$ 8,3 bilhões em prêmios acumulados no período. Para proteger o patrimônio de empresas instaladas em prédios corporativos, as seguradoras oferecem diversas opções de seguros com coberturas que vão desde acidentes naturais até lucros cessantes. Desde 1964, todos os condomínios de qualquer tipo, são

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obrigados por lei, a ter seguro contra riscos de incêndio, queda de raio e explosão. Essas coberturas básicas obrigatórias são para todas as unidades e para as partes comuns do condomínio. O valor segurado para cada uma das unidades individuais representa os recursos necessários para a reconstrução do prédio, no caso de um acidente. A contratação deve ser feita dentro do prazo máximo de 120 dias, contados a partir da liberação do Habite-se. Esse seguro com cobertura básica deve ser contratado pelo síndico ou administradora do prédio e o valor é rateado entre os condôminos. “O seguro do edifício dependerá da convenção do condomínio, mas normalmente está incluso no valor do Condomínio. Porém para a cobertura das unidades, o seguro é contratado individualmente pelos inquilinos”, complementa o gerente de contas de Property da Chubb do Brasil, Marcos Ferreira de Mendonça. Apesar da obrigatoriedade do seguro condomínio, geralmente as empresas instaladas nos prédios também costumam contratar um seguro para cobrir o seu patrimônio. “É muito comum encontrar duas apólices, uma do proprietário e outra do inquilino, pois são interesses distintos. O condomínio protege as áreas comuns e o inquilino deve proteger o que é só seu, como equipamentos e mobiliário, pois as perdas são elevadas e o seguro tem custo razoável”, afirma o diretor de Riscos Especiais da Marítima Seguros, Claudio Saba.

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Claudio Saba

Humberto Marques

Marcelo Santana

Marcos Mendonça

Diretor de Riscos da Marítima Seguros

Diretor da Bradesco Auto/RE

Gerente da Porto Seguro

Gerente da Chubb do Brasil

Simulação Fizemos a simulação de contratação de um seguro básico contra incêndio, explosão e fumaça, além das coberturas opcionais, para um imóvel corporativo com 500 m²,

aluguel de R$ 100,00/m² (incluindo R$ 15,00/m² de condomínio e R$ 6,00/m² de IPTU), localizado na região da Chácara Santo Antônio, em São Paulo, já com todos os equipamentos de segurança necessários contra incêndio. Os resultados foram os seguintes:

Marítima Seguros

SulAmérica

Importância Segurada: R$ 2.000.000,00

Importância Segurada: R$ 2.000.000,00

O valor do prêmio anual é de R$ 478,00 (ou 0,024% do valor segurado).

O valor do prêmio anual é de R$ 303,34 (ou 0,015% do valor segurado).

Limite Máximo de Indenização

Prêmio Líquido

Danos elétricos

R$ 200.000,00

R$ 492,57

Responsabilidade Civil

R$ 100.000,00

R$ 248,18

R$ 15,00

Demolição e desentulho

R$ 100.000,00

R$ 27,96

R$ 360.000,00

R$ 86,04

Perda de aluguel

R$ 50.000,00

R$ 167,74

Derrame de água (sprinklers)

R$ 100.000,00

R$ 105,91

-

R$ 1.089,54

Equipamento eletrônico Baixa Voltagem

R$ 100.000,00

R$ 235,15

Recomposição de documentos

R$ 10.000,00

R$ 5,58

Roubo ou Furto qualificado de conteúdo

R$ 30.000,00

R$ 391,81

Vendaval, Furacão, Ciclone, Tornado, Granizo, Queda de Aeronaves e Fumaça

R$ 100.000,00

R$ 328,38

-

R$ 2.306,61

Limite Máximo de Indenização

Prêmio Líquido

Danos elétricos e curto circuito

R$ 40.000,00

R$ 256,00

Responsabilidade Civil

R$ 100.000,00

R$ 254,50

Despesas fixas (6 meses)

R$ 50.000,00

Perda ou pagamento de aluguel (6 meses)

Coberturas opcionais

Total Geral

Coberturas opcionais

Porto Seguro Importância Segurada: R$ 2.000.000,00 O valor do prêmio anual é de R$ 700,50 (ou 0,035% do valor segurado).

Coberturas opcionais

Limite Máximo de Indenização

Prêmio Líquido

Danos elétricos

R$ 50.000,00

R$ 282,69

Impacto de veículos e queda de aeronaves/Vendaval

R$ 50.000,00

R$ 50,00

Despesas Fixas

R$ 100.000,00

R$ 100,00 R$ 1.873,88

Subtração de bens

R$ 50.000,00

Responsabilidade Civil

R$ 100.000,00

R$ 287,76

Quebra de vidros

R$ 20.000,00

R$ 200,00

-

R$ 3.494,83

Total Geral

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Total Geral

Valor do seguro Para calcular o valor do seguro patrimonial contra incêndio, demais desastres naturais e queda de avião, é necessário que a empresa levante o valor de reconstru-

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Técnica ção do imóvel e a reposição do patrimônio a ser segurado. É importante ressaltar que em termos de seguro, o valor de mercado do imóvel sendo considerado não é levado em conta. Na hipótese de um acidente que afete a estrutura do edifício, a indenização será paga para a sua reconstrução total ou parcial. Por isso, o cálculo deve ser pelo valor de reposição. A indenização para a reconstrução de um prédio segurado não considera o valor do terreno. O segurado deve elencar os eventos a que seu patrimônio esteja exposto e é definido o valor a ser segurado por cada cobertura, assim calcula-se o valor do seguro. “Em linhas gerais o valor do seguro é de 0,10% ao ano do valor de todo patrimônio segurado”, afirma Saba. Além disso, outros fatores como histórico de sinistros, também são levados em conta na hora de chegar ao valor do seguro. “A base de cálculo é o valor em risco do imóvel, considerando ainda sua utilização, equipamentos de proteção, tipo de construção e outras avaliações verificadas nas inspeções de risco realizadas pela seguradora”, complementa o diretor da Bradesco Auto/ RE, Humberto Marques. As apólices normalmente são contratadas pelo período de 12 meses e o pagamento pode ser parcelado de 7 a 11 vezes, dependendo das condições ofertadas pelas seguradoras. Coberturas Além da cobertura básica, que protege os prédios de incêndio, queda de raio e explosão, as seguradoras oferecem opções de coberturas contra os mais variados tipos de riscos. “Hoje existem muitas opções relacionadas à Garantia Básica, como danos a terceiros, perda de aluguel, despesas fixas, roubo de bens do segurado e eventos da natureza, entre outros. É possível contratar diversas garantias em uma apólice única, sendo obrigatória a contratação da cobertura básica e no mínimo uma cobertura adicional”, afirma o Superintendente de Massificados da SulAmérica Seguros e Previdência, Sérgio Ricardo. Entre as coberturas adicionais que as empresas podem contratar estão: • Danos elétricos: aqueles causados a equipamentos, máquinas e instalações elétricas; • Despesas fixas: reembolso de salários, encargos sociais, impostos, contas de água, luz, telefone e condomínio; • Alagamento e inundações;

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• Impacto de veículos terrestres e queda de aeronaves; • Pagamento de aluguel: quando o estabelecimento deixar de render por não poder ser ocupado; • Quebra de vidros, espelhos, mármores e anúncios luminosos, Recomposição de registros e documentos; • Responsabilidade civil; • Vendaval, ciclone, furacão, tornado e granizo; • Roubo de bens e valores; • Tumulto, greve e lockout. Segundo Ricardo, o mercado de seguros imobiliários corporativos está em crescimento, acompanhando o desenvolvimento da economia. “Com a preocupação do mercado segurador em oferecer pacotes que se adéquem à necessidade dos segmentos, a tendência é um aumento nas vendas e também mais atenção para proporcionar aos clientes maior segurança e tranquilidade na aquisição da proteção contra acidentes imprevistos”, completa o superintendente da SulAmérica. De acordo com o diretor de Riscos Especiais da Marítima Seguros, é preciso estar atento, pois os sinistros nessa área envolvem somas altíssimas e interesses distintos entre usuário, incorporador, construtor, contratante e visitante. Este é um mercado muito dinâmico que vem sofrendo profundas alterações constantemente. Atualmente um mesmo edifício corporativo tem inúmeros players na ocupação, operação e construção de um mesmo espaço de maneira que a origem das perdas é cada vez mais complexa. n

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Green Buildings, antes tarde do que nunca

A

onda de prédios verdes “Green buildings”, chegou definitivamente no país. Conforme dados do Green Building Council Brasil, o número de empreendimentos registrados junto ao USGBC para obterem a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) cresce exponencialmente e o movimento da construção sustentável já faz parte da agenda mundial e felizmente não há mais como desprezar esse movimento. Ou as empresas do mercado se atualizam ou vão ficar obsoletas em um futuro próximo. Hoje no país há cerca de 300 empreendimentos registrados em 19 estados brasileiros buscando a certificação de desempenho ambiental para seus empreendimentos, com uma previsão de ultrapassar 350 empreendimentos no final do ano. E até o fim do ano a meta mundial é que 950 milhões de m2 no mundo todo estejam em processo de certificação LEED em mais de 120 países. Já são 31 empreendimentos certificados no Brasil e cerca de 14.500 no mundo, apesar deste movimento ser novo no Brasil podemos verificar pelos gráficos abaixo que ele vem crescendo rapidamente, devido aos diversos benefícios ambientais, sociais e econômicos promovidos por este tipo de construção. Para receber a certificação, o empreendimento deve atender pré-requisitos e recomendações que avaliam o tipo de terreno, a localização, a infraestrutura local, o uso racional de água, eficiência energética, qualidade do ar interno, reciclagem e diversas outras medidas que garantam eficiência operacional ao usuário e preservação do meio ambiente, antes, durante e após a obra. Todos estes critérios começam a impulsionar e a transformar o mercado da construção civil e têm se tornado uma importante ferramenta educacional e de comunicação com o consumidor, além de criar parâmetros de qualidade para o mercado. A sociedade está chegando à conclusão de que, embora tenha trazido o maior desenvolvimento tecnológico que a humanidade já experimentou, o século XX também registrou a gênese daquele que vem sendo considerado o maior desastre ecológico do planeta. Quando acompanhamos os índices de poluição do ar, água ou solo, o consumo de recursos naturais e a capacidade do planeta de repor estas necessidades, temos realmente que nos preocupar e o Setor da Construção Civil é com certeza um dos seus maiores impactantes. O novo contexto global exige, cada vez mais, por parte

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das empresas, governantes e sociedade a capacidade de levar em consideração fatores sociais, ambientais e econômicos de uma forma equilibrada em suas tomadas de decisões. Portanto, o desafio mundial para este século é conciliar o desenvolvimento tecnológico com a preservação dos recursos naturais, garantindo a aplicação de práticas sustentáveis por parte dos atores deste processo. Os impactos que o mercado da construção civil deixa ao planeta são imensos. O setor é responsável por até 35% das emissões de CO2 diretas ou indiretas e cerca de 30% dos recursos naturais extraídos em todo o mundo, as edificações no Brasil consomem cerca de 21% de toda a água tratada, 42% da energia gerada e geram cerca de 65% dos resíduos que estão em aterros sanitários. A construção civil começa a demonstrar que está se adequando cada vez mais aos conceitos de sustentabilidade que estão sendo impostos em todos os setores da economia e que a cada dia passam a ser uma exigência da sociedade, principalmente da nova geração. Os mais jovens estão começando a exigir de seus fornecedores uma postura mais correta em relação ao meio ambiente, desenvolvendo um dos maiores desafios corporativos deste milênio: o consumo consciente.

Projetos registrados LEED por Estado

AM

2

PA

MT

2

4

1

MA

1

CE

BA GO

8

1

DF

4

2 2 2 1

RN PB PE AL

8 MG

2 19 196 34 3 6 ES

MS

SP

19 Estados e DF 298 Registros

RJ

PR

SC

RS

Espaços Corporativos Online


11 3274 2020 www.interactdivisorias.com.br

O valOr dO essencial

luce


Texto de

www.buildings.com.br

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Marcos Casado Engenheiro civil com especialização em Administração e Gestão Ambiental, atualmente é gerente técnico do Green Building Council Brasil, onde dissemina o conceito da construção sustentável e da certificação LEED em todo o Brasil, além de coordenar os comitês técnicos do LEED/ GBCB para adaptação da ferramenta LEED ao mercado brasileiro e os cursos de pós graduação em Construção Sustentável do GBCB.

financiamento desde que as construções incorporem estes critérios da construção sustentável. Um empreendimento sustentável pode reduzir em 30% o consumo de energia, 50% o consumo de água, 35% das emissões de CO2 e até 70% o descarte de resíduos. Se os clientes finais também mudarem sua postura e passarem a exigir das construtoras uma posição mais sustentável, certamente veremos um movimento muito maior do mercado nesta direção. O futuro da construção civil já tem um caminho traçado e a sustentabilidade não será apenas um modismo. As boas práticas do mercado devem ser disseminadas, assim como o maior número de informações possíveis sobre as soluções implantadas, experiências de sucesso e iniciativas em prol da sustentabilidade.

Redução significativa nos impactos negativos dos empreendimentos Fonte: Capital E

Consultores, grandes construtoras de imóveis, empreendedores e incorporadores tanto comerciais quanto residenciais, fornecedores de materiais, insumos e tecnologias, estão aos poucos, desenvolvendo expertise nessa área, em um movimento que ganhou força nos últimos cinco anos e que hoje já começa a criar uma nova demanda no mercado da construção civil no Brasil. Conforme pesquisa realizada no ano passado com as 104 maiores construtoras do país que constroem cerca de 41% das obras no Brasil, mostrou que elas estão mudando, 32% delas incorporam em suas metas e políticas a construção sustentável e destinam cerca de 14% dos seus recursos para capacitar seus profissionais a estes novos conceitos e 84% consideram a construção sustentável estratégica para a sua sobrevivência neste mercado em transformação. A certificação, que com certeza tem um peso importante nesta transformação, mas por si só não será capaz de resolver todos os problemas, é muito importante o desenvolvimento de iniciativas educacionais para disseminar informações sobre as melhores práticas e tecnologias sustentáveis, a fim de capacitar os envolvidos na concepção, construção, operação e manutenção das edificações e espaços construídos. Toda essa nova visão começa a demandar a cada dia mais especialistas em áreas como, por exemplo, de comissionamento de sistemas de energia, profissionais especialistas em softwares de simulação energética e profissionais capacitados em consultoria para green buildings que no caso do LEED são os LEED AP´s ( Profissionais Acreditados para prestar consultoria LEED), portanto é importante que os profissionais se especializem para atender estas novas exigências do mercado. Além disso, é imprescindível o engajamento do governo neste processo de transformação, por meio de incentivos, bons exemplos e políticas públicas focadas no desenvolvimento da construção sustentável. O governo seja ele federal, estadual ou municipal é detentor de uma grande percentual das edificações construídas e também responsável por uma importante parcela das novas construções, podendo além de praticar estes conceitos em suas construções, impulsionar o mercado para esta transformação, por meio de exemplos ou na criação de legislações que viabilizem e estimulam as novas construções ou reformas, atendendo esta nova realidade. Devido a isto estão sendo aprovados vários incentivos fiscais por parte de prefeituras (Sorocaba-SP, Guarulhos-SP, São Carlos-SP) com a criação de IPTU´s Verdes que passam a dar descontos através da aplicação destas práticas, assim como estão sendo criado pelos Bancos particulares e Privados (BNDES) linhas de créditos diferenciados com prazos maiores e taxas menores de

A construção sustentável veio para ficar, talvez um pouco tarde, mas com o engajamento de toda a sociedade, revendo nossas ações e atitudes, certamente alavancará a formação de uma nova cultura baseada na visão sistêmica preconizada pela sustentabilidade. n

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Especial “Transformado em um edifício Triple A, de 25 mil m² distribuídos em dez andares prontos para ocupação”

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38

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História e modernidade no Galeria Sul América

O

Rio de Janeiro possui prédios que permitem, através da apreciação de sua arquitetura, ler a história da cidade através dos tempos. Muitos desses imóveis estão localizados nos bairros mais antigos, com suas fachadas imponentes e traços característicos que merecem e devem ser preservados em face da modernização urbana. Uma tendência muito forte tem sido a harmonização do antigo com o contemporâneo. O centro do Rio de Janeiro é um dos principais termômetros do mercado local, contando com 73% dos escritórios da cidade. A taxa de vacância da região é de 1,8%, sendo que a maioria dos espaços vagos é de pequenos conjuntos. A expectativa é a de que a entrada de novas lajes corporativas no mercado seja absorvida muito rapidamente. O edifício Galeria, comprado pela Tishman Speyer em 2007, passou por um retrofit que incluiu a restauração de sua fachada e tornou-se a melhor opção de espaço Triple A do centro do Rio de Janeiro. Projetado por Joseph Gire, idealizador do Copacabana Palace, e por Robert Prentice, que participou da criação da Estação Central do Brasil, o edifício – que abrigou por décadas a sede da Sul América Companhia Nacional de Seguros - alcançou sua imponência na década de 1940, com o término da unificação de suas lajes. Sua localização é privilegiada, no quadrilátero formado pelas Ruas da Quitanda, do Rosário e do Carmo, além da histórica Rua do Ouvidor. Por essas ruas circularam a história e o desenvolvimento financeiro da antiga capital do Brasil imperial e republicano. O Barão de Mauá, grande empreendedor da época do império, mantinha nesta área seus escritórios. Devido ao seu valor histórico, o Galeria encontra-se incluído no zoneamento do Corredor Cultural, instituição que zela pela manutenção da identidade histórica do centro ca-

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rioca. O retrofit promovido pela Tishman Speyer, o primeiro da empresa no país, veio de encontro à necessidade de preservação da fachada e de pontos chave do imóvel, ao mesmo tempo em que modernizou as demais instalações e possibilitou a adoção das mais modernas soluções tecnológicas para a operação do prédio e a utilização de seus espaços. A harmonização do velho e do novo neste edifício provam a viabilidade da preservação aliada à modernidade. O empreendimento foi transformado em um legítimo Triple A, com 25 mil m2 distribuídos por dez andares. Suas lajes de cerca de três mil m2 receberam um novo conceito, tanto no desenho como na praticidade e segurança, fatores decisivos e até então pouco explorados em sua arquitetura. Os novos pavimentos estão divididos em um subsolo para acomodar lojas e áreas técnicas; o térreo, com seu imponente lobby e a galeria para lojas de alto padrão e dois restaurantes; oito pavimentos corporativos amplos; e um pavimento técnico na cobertura. Seguindo o padrão de excelência da Tishman Speyer, todos os andares serão entregues com piso elevado, forros, luminárias e difusores de ar condicionado previamente instalados. Os oito elevadores contam com um sistema de antecipação de chamadas, o que otimiza o fluxo de pessoas pelo prédio. Um sistema integrado de segurança monitorará o empreendimento 24h. A entrega do retrofit do edifício Galeria está prevista para outubro deste ano. A revitalização deste ícone arquitetônico já desperta o interesse de muitas grandes empresas, que já buscam por unidades para locação. n

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Estatísticas

Confira as faixas de Preços de Locação e dados do Portal Buildings.com.br São Paulo Região

Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

Barra Funda

Tamanho de Laje

38,89 a 57,35

17,50 a 70,00

-

> 1.000 m² -

Berrini

40,00 a 57,00

55,00 a 62,50

71,19 a 90,00

40,00 a 65,00 15,00 a 37,96

Centro

6,94 a 31,25

12,07 a 38,46

12,50 a 63,00

Chácara Santo Antônio

48,72 a 90,00

61,00

-

-

Faria Lima / Itaim Bibi

24,00 a 110,00

61,90 a 170,00

48,15 a 170,00

125,00 a 200,00

Marginal Pinheiros

-

-

90,00

45,00 a 90,00

37,50 a 75,00

-

66,67

-

10,36

-

-

-

Paulista

22,03 a 70,00

53,19 a 117,20

40,00 a 130,00

110,00 a 125,00

Pinheiros / Perdizes

65,38 a 70,55

Moema / Vila Mariana Morumbi / Jd. São Luís

40,54 a 45,00

60,00

57,55 a 64,44

Santo Amaro

-

56,25 a 56,66

40,00

46,00

Vila Olímpia

40,00 a 75,00

50,00 a 75,00

-

150,00

Saúde / Jabaquara

24,00 a 77,00

48,28

-

-

Outros

10,36 a 35,71

35,00 a 60,00

-

-

Região

Atividade Construtiva (m²)

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Barra Funda

51

355.839

6,73%

24.761

Berrini

63

478.902

2,44%

294.853

Centro

154

1.174.760

4,16%

12.568

Chácara Santo Antônio

60

339.267

1,50%

46.094

Faria Lima / Itaim Bibi

171

1.264.942

1,95%

307.157

Marginal Pinheiros

41

679.585

4,41%

239.336

Moema / Vila Mariana

58

309.074

1,21%

50.864

Morumbi / Jd. São Luís

35

272.491

-

70.828

Paulista

250

1.839.713

1,67%

121.536

Pinheiros / Perdizes

23

120.070

2,87%

2.880

Santo Amaro

13

95.226

7,64%

-

Vila Olímpia

74

495.057

1,04%

69.951

Saúde / Jabaquara

35

229.639

2,08%

17.523

Outros

81

561.758

2,54%

153.166

1.109

8.216.321

2,70%

1.411.517

Total

Barueri Tamanho de Laje Barueri

Barueri

Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

45,00 a 74,00

353,85 a 75,00

44,21 a 80,85

45,00 a 80,00

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²)

40

430.232

11,56%

339.220

ABCD / Osasco Tamanho de Laje ABCD

ABCD

Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

26,67 a 90,00

35,81 a 52,94

16,67

50

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²)

97

276.084

2,95%

134.498

As informações contidas na seção Estatíticas da Revista Buildings referem-se exclusivamente aos dados constantes no banco de dados do Portal Buildings. Não nos responsabilizamos, portanto, por decisões ou transações de qualquer natureza realizadas com base nas informações aqui contidas.

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Estatísticas Rio de Janeiro Região

Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

Barra da Tijuca

Tamanho de Laje

23,57 a 95,00

44,00 a 95,00

40,00 a 120,00

Botafogo

42,86 a 52,78

27,50 a 150,00

-

Centro

11,80 a 90,00

16,67 a 100,00

12,50 a 80,00

Copacabana

30,00

-

-

Lagoa

200,00

77,79 a 88,89

-

Outros

24,00

Região

Nº de Edifícios

-

42,85 a 85,00

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²) 241.738

Barra da Tijuca

123

634.225

5,52%

Botafogo

53

503.421

0,53%

-

Centro

220

3.009.724

1,27%

221.235

Copacabana

9

74.555

0,09%

-

Lagoa

11

77.498

0,89%

919

Outros

41

432.911

1,25%

156.568

Total

457

4.732.335

1,73%

620.460

Salvador Tamanho de Laje Salvador

Salvador

Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

25,00 a 37,50

33,99

55,00

-

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²)

28

255.270

0,12%

257.095

Recife Tamanho de Laje Recife

Recife

Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

51,08 a 80,00

36,08 a 53,19

-

33,81 a 37,16

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²)

28

220.503

3,08%

75.898

Curitiba Tamanho de Laje Curitiba

Curitiba

Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

16,00 a 92,86

13,51 a 15,91

8,66 a 37,00

45,00

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²)

47

465.148

0,72%

133.529

Florianópolis Tamanho de Laje Florianópolis

Florianópolis

Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

12,25 a 34,61

49,75

-

29,19 a 31,87

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²)

31

110.899

11,59%

43.949

Porto Alegre Tamanho de Laje Porto Alegre

Porto Alegre

www.buildings.com.br

Faixa de Preços Pedidos de Locação (R$/m²/mês) > 300 < 500 m²

> 500 < 700 m²

> 700 < 1.000 m²

> 1.000 m²

40,62 a 53,57

53,00

-

-

Nº de Edifícios

Estoque Total (m²)

Taxa de Vacância (%)

Atividade Construtiva (m²)

40

206.535

2,78%

50.974

42

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Atividade Construtiva

São Paulo

Barra Funda

A

gi n Mar

capital paulista segue em constante desenvolvimento. Os empreenPinheiros / Perdizes dedores continuam investindo forte no mercado imobiliário da cidade e, assim cada vez mais novos edifícios são construídos para atender a demanda de escritórios em São Paulo. Mesmo com a entrega de mais de 60 mil m² nos últimos três meses, a atividade construtiva na cidade continua aquecida. São Paulo somava 78 prédios em construção Morumbi / com lajes superiores a 500 m², totalizando 1.179.162 m², e 60 edifícios com lajes Jardim São Luís menores de 500 m², num total de 272.641 m². As regiões da Berrini, Brigadeiro Faria Lima, no distrito do Itaim Bibi, e Marginal Pinheiros permanecem no topo das que mais se desenvolveram no último trimestre. Só na Faria Lima são 300.378 m², na Berrini, Chácara 298.741 m² em construção, e na Marginal Pinheiros, 239.336 m². Sto. Antônio Dos prédios entregues na capital paulista nos meses de julho, al Pin he iro agosto e setembro, merece destaque o edifício Faria Lima 4400 - Acqua, s com 15 andares e 22.800 m² de área locável, que já estava com todas as lajes locadas antes mesmo da entrega do prédio. Até o final do ano ainda terão muitos lançamentos em São Paulo, mantendo o mercado imobiliário bastante aquecido e o ótimo cenário tanto para investidores quanto para quem está em busca de escritórios na cidade.

Rio de Janeiro

Centro

Paulista

Faria Lima / Itaim Bibi Vl. Olímpia

Moema / Vila Mariana

Berrini

Santo Amaro

Saúde / Jabaquara

O

Rio de Janeiro está em um momento bem favorável para a atividade construtiva. Este cenário é motivado pela renovação do centro e da área portuária da capital carioca, além da proximidade da Copa do Mundo em 2014 e dos Jogos Olímpicos, em 2016. Aproveitando esse aquecimento no setor da construção civil, hoje estão em construção 82 edifícios com mais de 600 mil m² em diversas regiões na cidade. Esses números devem continuar em alta devido ao projeto Porto Maravilha, que abrange mais de 5 mil m², com imóveis que serão retrofitados e empreendimentos em obras. A Barra da Tijuca mantém seu grande expoente na área civil, pois continua sendo procurada por diversos empreendedores. Só na região são 43 edifícios, com 241.738 m², sendo erguidos. Com a renovação da região central, já existem oito imóveis, com 188.836 m², em obras. Essa revitalização no centro carioca mostra o sucesso da procura das Centro empresas por escritórios. No terceiro trimestre deste ano foram entregues o Edifício Buenos Aires, situado na Rua Buenos Aires, e o Botafogo Rio Office Tower, na Avenida a ban aca Presidente Vargas. Juntos, Cop esses empreendimenLagoa tos somam uma Barra da Tijuca área locável de 28.154 m².

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Edifícios entregues no 3º trimestre de 2011 em São Paulo Nome do Edifício

Área Locável Total (m²)

Endereço

Região

Henrique I

2.560

Rua Teixeira da Silva, 54

Barra Funda

Win Worm Pinheiros

47.824

Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 1400

Faria Lima / Itaim Bibi

Faria Lima 4440 - Acqua

2.000

Av. Sargento Loureval A. de Souza , 157

Faria Lima / Itaim Bibi

The Square - Granja Vianna

8.215

Rua Cláudio Soares, 72

Outros

Escritórios Santana

2.965

Rua Henrique Monteiro, 79

Outros

Atrium Itapeva - Atrium XI

4.905

Rua Itapeva, s/n

Paulista Paulista

Nove de Julho 3368

1.665

Av. Nove de Julho, 3368

Haddock Offices Jardins

5.600

Alameda Santos, 2326

Paulista

Stanford Office Center

4.138

Av. Jabaquara, 3060

Saúde / Jabaquara

Edifícios entregues no 3º trimestre de 2011 no Rio de Janeiro Nome do Edifício

Área Locável Total (m²)

Endereço

Região

Madureira Centro Empresarial

7.280

Rua Soares Caldeira, 142

Outros - Madureira

Edifício Buenos Aires

9.100

Rua Buenos Aires, 15

Centro

Rio Office Tower

19.054

Avenida Presidente Vargas, 1001

Centro

Vila Olímpia Corporate O Vila Olímpia Corporate estabelece todos os tipos de conexões possíveis para alavancar sucesso para o negócio. A praça Central une suas duas imponentes torres, situadas em frente à toda infraestrutura do Shopping Vila Olímpia. Localizado em um dos bairros mais valorizados da cidade, o novo empreendimento também conecta você ao melhor de São Paulo e garante um lugar de destaque para o seu investimento. O projeto apresenta-se como a maior laje Triple A em lançamento na região, em 2 torres de 12 andares e 1.394 m² por laje, orientado pela certificação LEED (Leadership in Energy and Enviromental Design), concedida para edifícios sustentáveis, e insere-se no coração de um dos grandes polos financeiros da cidade.

São Paulo

* Empreendimento com torres e números de andares diferentes. Para ver detalhes de cada torre, acesse www.buildings.com.br/construcao As informações contidas na seção Atividade Construtiva são fornecidas pelas construtoras e incorporadoras. Portanto, não nos responsabilizamos por decisões tomadas com base neste informativo. Apenas os edifícios de lajes com mais de 300 m² são divulgados pela Revista Buildings. Para visualizar a lista completa acesse www.buildings.com.br/construcao

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45

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Henrique Lima

Ofertas C

ada vez mais o mercado imobiliário brasileiro tem atraído investidores não apenas do nosso país, mas do mundo todo. Com as ofertas em alta, a economia estável e a proximidade das Olimpíadas e da Copa do Mundo, o mercado deve permanecer em alta e o Brasil traz previsões otimistas até o final do ano. A equipe de pesquisa do Portal Buildings acompanha de perto esse crescimento e atualiza um banco de dados com informações detalhadas de mais de 3.500 edifícios e 18 milhões de metros quadrados, em 13 cidades do país. E a partir do próximo trimestre, o site contará com informações de mais uma importante cidade no cenário do mercado imobiliário corporativo do país, Brasília. Entre no Portal Buildings (www.buildings.com.br) e adquira Créditos Buildings para ter acesso à Ficha Técnica Completa e o Espelho de Ocupação, com dados atualizados e detalhados dos prédios. Cadastre-se no site para buscar informações dos edifícios e também para receber o Buildings News, com matérias sobre o mercado imobiliário corporativo dos principais jornais do país. Patricia Abreu Coordenadora de Pesquisa

Regiões de São Paulo Barra Funda As informações contidas no início da seção de Ofertas para cada distrito consideram todos os edifícios de es-

Centro

Pinheiros / Perdizes

critórios da cidade de São Paulo que possuem lajes com mais de 500 m²,

Faria Lima / Itaim Bibi

sendo que os edifícios considerados

Paulista

Classe A são os edifícios entregues após 1990, com área locável superior a 700 m² por laje e elevadas especificações técnicas.

Morumbi / Jardim São Luís

Margina

l Pin heir os

Moema / Vila Mariana

A Revista Buildings é um canal de

Vl. Olímpia

comunicação que divulga informações do mercado imobiliário corpo-

Berrini

rativo da cidade de São Paulo. Não nos responsabilizamos por decisões ou transações de qualquer natureza

Santo Amaro

realizadas com base nas informações

Chácara Sto. Antônio

aqui contidas.

Saúde / Jabaquara

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