Equipe J - 2014

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Patrocínio

Incentivo

Nº12 . AII MAIO /14 O EQUIPE J - ANO II é distribuído gratuitamente a todos os alunos dos 7 aos 12 anos das escolas das redes municipal, estadual e particular do município de Vespasiano. A venda do EQUIPE J - ANO II está restrita aos agentes autorizados. Valor de venda 1 REAL. Toda a receita da venda do EQUIPE J - ANO II é revertida para a Escola de Artes “Capitão Carambola”, Vespasiano.

ELA ACREDITAVA EM ANJOS E, PORQUE ELA ACREDITAVA, ELES EXISTIAM. Clarice Lispector

SEMPRE ATENTO

HORA DO CONTO

NÚMEROS

FINAL VERDE

Acredite se quiser!

Conheça a história do clube Rala Pé!

Descubra números inacreditáveis!

Quando se acredita, tudo é possível. Até o RPFC ganhar um campeonato.

Esquimós, abóbora, camelo, seres humanos. O que eles têm em comum? Têm números inacreditáveis.

Você sabe o que é sustentabilidade social?

Acreditar ou não, eis a questão. No Equipe J, a resposta fica a cargo do leitor. Págs. 2-3

Págs. 4-5

Págs. 7

Sustentabilidade social: mais do que uma expressão, uma ideia que dá certo. Págs. 12


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SEU VALTÉRIO MARISOL

ACREDITAR. Nós, do Equipe J, achamos ser esse um dos caminhos para o sucesso. Acreditar em nós. Acreditar no outro. Porque, quando acreditamos em nós, fica mais fácil partir para buscar o que queremos. Quando acreditamos no outro, a busca fica mais leve, mais segura. Todo mundo quer sucesso na vida. Mas, em que se resume o sucesso? Em ganhar dinheiro? Em ter um amor? Ter paz? Em dormir tranquilo? Ganhar um campeonato? São tantas as perguntas que poderiam ser feitas. Agora, uma coisa é fundamental: acreditarmos que somos pessoas capazes de ter sucesso naquilo que buscamos. É a lição que o entrevistado desta edição nos deixa. Uma lição de crédito em si mesmo e na sua capacidade. Carlos José nos dá uma verdadeira aula do que é acreditar. Por outro lado, há determinadas histórias que, mesmo para a nossa inclinação para dar crédito ao que ouvimos, é muito difícil acreditar. São histórias incríveis, criadas pela mente humana, pela necessidade do homem em acreditar em algo ou em alguém. Fica a cargo de cada um acreditar ou não nas histórias do seu Valtério.

Seu Valtério ouviu, leu, anotou, e agora conta para você. São casos tão incríveis que ele mesmo se pergunta “Dá para acreditar”? A resposta é sua, leitor.

E VOCÊ ACREDITA? Há quem acredite que quebrar um espelho traz sete anos de azar. Verdade ou mito, a história teve uma origem. Ela começou na Grécia, onde os gregos usavam um copo com água para refletir a imagem da pessoa que queria saber sua sorte. Se o copo caísse e se quebrasse, era sinal de que a pessoa iria morrer. Os romanos aproveitaram essa história e acrescentaram a ela os sete anos de azar. Quando surgiram os primeiros espelhos de vidro, em Veneza, no século 16, a superstição ganhou um interesse econômico. Como os espelhos eram muito caros, os serviçais que os limpavam eram advertidos de que quebrálos traria muito azar. Hoje, existe até um antídoto para a superstição: quem quebrar um espelho, precisa moer bastante os cacos ou então enterrá-los no chão.

Mas, acreditem, até aquilo que nunca imaginamos poder acontecer, acontece. E acontece, muitas vezes, por força do nosso desejo, da nossa determinação de acreditar que podemos alcançar o que queremos. E da confiança que depositamos em nós e no outro. Porque acreditar significa também confiar. De nada adianta darmos crédito a nós e ao outro, se não confiarmos em nós e no outro. Acreditar, buscar, confiar. Esses verbos são o recheio desta edição número 12 do seu Equipe J. E podem acreditar que vocês vão adorar ler as reportagens que preparamos para vocês. Boa leitura! Ficha Técnica Concepção do Projeto: Buummdesign.com Direção Editorial: Tânia Colares (colares.tania@gmail.com) Direção de arte e Ilustrações: Frederico Rocha (frocha@buummdesign.com) Paginação: Buummdesign Revisão: Heloisa Ferreira Rosa Venda Direta: Maria Angélica Esteves Distribuição: Cristiano Alves Impressão: Gráfica 101 Tiragem: 13.000 exemplares

Conta a história que os gatos foram domesticados há mais de 4.000 anos. No Egito Antigo, eles foram considerados sagrados, quase a reencarnação dos deuses. Isso porque, eles eram os protetores das plantações, eles percorriam os campos dando fim aos ratos e ratazanas que prejudicavam as plantas. Os gatos eram protegidos por lei, ninguém podia maltratá-los. Tanto é que o gato é o animal mais representado, de todo o Egito, ele aparece em gravuras, em joias, em estátuas. Hoje, o prestígio do gato caiu... e muito! O povo até diz que cruzar com um gato preto dá azar. E você...acredita?


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ACREDITE SE QUISER I - Ablutofobia é o medo de tormar banho. - Alectorofobia é o medo de galinhas. - Coulrofobia é o medo de palhaços. - Heliofobia é o medo do sol. - Mirmecofobia é o medo de formigas. - Pogonofobia é o medo de barbas.

É INCRÍVEL I Um americano de 57 anos chamado Kim Peek lê um livro de 300 páginas em 40 minutos. Isso porque ele lê uma página com cada olho, ou seja, Kim lê duas páginas ao mesmo tempo. Ele já leu 9 mil livros, o que dá em média um livro a cada dois dias, desde a infância. Outro detalhe: Kim não esquece nada do que lê. Sabe de cor a história de todos os países, seus presidentes, as datas de nascimento deles, a estrutura de um foguete espacial. O inacreditável na história de Kim? Ele é autista, mal consegue falar, não sabe abotoar uma camisa e, quando criança, recomendaram aos pais interná-lo para o resto da vida.

ACREDITE SE QUISER II Os porcos ocupam o segundo lugar entre os animais considerados mais inteligentes. Estudos revelam que um porco de meia-idade é tão inteligente quanto uma criança de 3 anos.

QUEM É O AUTOR DA FRASE?

É INCRÍVEL II O olho da avestruz é maior do que o seu cérebro.

É INCRÍVEL III Para um dos filmes da série Harry Potter, a equipe gráfica escreveu à mão milhares de cartas. O que é difícil acreditar é que, após esse trabalhão todo, a equipe descobriu que as cartas eram muito pesadas para as corujas carregarem no bico. Inutilizaram as cartas e reescrevam outras novas, mais leves. Mesmo assim, levaram seis meses para treinarem as corujas.

A autora da frase é Clarice Lispector. Ela nasceu em Tchectchelnik, uma aldeia da Ucrânia. Mas veio para o Brasil com dois anos de idade. Então, é considerada uma brasileira. Uma grande escritora brasileira, com obras conhecidas no mundo inteiro. Clarice Lispector formou-se em Direito, foi redatora, repórter e jornalista. Ela escreveu para adultos, mas também para crianças. Numa das entrevistas que ela deu, o repórter perguntou: “- Por que você escreve? - Vou lhe responder com outra pergunta: Por que você bebe água? - Por que bebo água? Porque tenho sede. - Quer dizer que você bebe água porque não quer morrer. Pois eu também: escrevo para me manter viva.” Essa era Clarice Lispector.


É PRECISO ACREDITAR

O Rala Pé Futebol Clube era um time meio esquisito. Esquisito e fraco. Aliás, fraquíssimo. Mas tinha lá seus torcedores. Alguns sofredores, a maioria parentes dos jogadores. No ano em que aconteceu o caso, o Rala Pé Futebol Clube tinha se inscrito para participar do campeonato de times da sua cidade. Cidade pequena, no interior de Minas. Aliás, pequeniníssima. Mas onde não faltavam times de futebol, alguns até razoáveis. O pior mesmo era o Rala Pé. Mas, como manda a democracia, todos podem participar. Até o Rala Pé Futebol Clube. Foram treinos e treinos, depois do expediente de trabalho. E chegou o dia do campeonato. Seriam três domingos de jogos. Naquele domingo, aconteceria o primeiro jogo, o Rala Pé ia enfrentar um dos times razoáveis da cidade. O Rala Pé entrou completo em campo, dez jogadores na linha e um goleiro. No banco de reservas, seis jogadores da linha mais um goleiro. Todos aflitos para o time vencer e mais aflitos ainda para algum colega levar um tranco e deixar o campo. Afinal, de que outra maneira eles trocariam o banco de reservas pela glória de estar em campo? O treinador era avesso a trocar jogadores, não gostava de trocar o certo pelo duvidoso. Se o certo era ruim, o que se dirá do duvidoso? O time estava vestindo o novo uniforme – aliás, o primeiro – doado por um vereador, esperto negociador de votos. O esquema tático fora definido com antecedência e treinado até à exaustão. Os dez jogadores de linha posicionados, o goleiro na rede. Pois é, entre tantos problemas, o goleiro era o maior. Joaquim Adamastor da Cruz, mais conhecido como Chuvisco, era o goleiro do Rala Pé Futebol Clube. Chuvisco era mesmo assim, como uma daquelas chuvinhas, que não molham nem secam. Mas, numa coisa todos concordavam: Chuvisco era o mais otimista, era quem mantinha o ânimo do time. Calma e confiança são qualidades essenciais a um goleiro e isso Chuvisco tinha de sobra. O que lhe faltava mesmo era tamanho e peso e, por isso, sobrava desconfiança nos torcedores.


Naquele dia, posicionado na rede, esperando o sinal do juiz para o início do jogo, Chuvisco pensava na sua história. Órfão, crescido nas ruas, mantido pela caridade da família de uma professora, ele viveu por teimosia, por crença e por confiar na sua capacidade de superação. A falta de afeto, a fome, o frio, a solidão, nada disso foi suficiente para tirar dele a esperança de que alguma coisa boa ainda iria acontecer com ele. E aconteceu. O juiz apitou, o jogo começou, a bola chegou, Chuvisco aparou. A torcida foi à loucura. Nem tanta loucura assim, os torcedores do RPFC eram bem poucos nas arquibancadas. Mas, foi um barulho suficiente para empurrar o time. Mais algum tempo de jogo separava o Rala Pé Futebol Clube da glória. E a glória estava em mais uma defesa espetacular de Chuvisco, o menino das ruas, que sempre acreditou que o melhor ainda estava por vir. Se o Rala Pé Futebol Clube ganhou o campeonato? Que importa? Importa mesmo é que aquele primeiro jogo sério mostrou que Chuvisco tinha razão quando dizia para os colegas de time: acreditar é o primeiro passo para a vitória. E não é que é mesmo?


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DICIONÁRIO

A ACREDITAR

A palavra desta edição é ACREDITAR. Acreditar é um verbo formado por A + CRÉDITO + AR. Ou seja, Acreditar é dar Crédito a alguém ou a alguma coisa. Por sua vez, Crédito é uma palavra que veio do Latim Creditum, que significa crer, confiar, acreditar. Portanto, Acreditar é Crer, é Confiar.

Por sua vez, Crédito é uma palavra que veio do Latim Creditum, que significa crer, confiar, acreditar. Portanto, Acreditar é Crer, é Confiar. Acreditar é um verbo regular, ou seja, ele não apresenta maiores dificuldades para ser usado. Eu acredito, ele acredita, nós acreditamos. Vocês acreditam. E acreditam em alguém ou em alguma coisa. Ser regular, porém, não significa ser mais ou menos. Até porque Acreditar não é um verbo fácil de se colocar em ação. Por quê? Porque, como já vimos, para acreditar, é preciso confiar.

Temos, então, duas palavras ligadas pela mesma intenção: Acreditar e Confiar. E como essas duas palavrinhas acontecem na prática, ou seja, no nosso dia-a-dia? Por exemplo, você é um torcedor que acredita no seu time. Assiste ao jogo entre ele e seu maior adversário. Final de jogo, seu time perdeu. Acreditar e Confiar. Simples assim? Se fosse tão Você deixa de acreditar nele? Deixa de confiar? simples assim, o mundo estaria bem melhor, vocês não acham? Aí está a dificuldade do verbo Acreditar. Porque é fácil acreditar, quando tudo vai bem. E quando não Para vencer, o time tem de treinar muito, o pai tem vai? Aí é que entra o parceiro Confiar. de sair para procurar emprego, o aluno tem de estudar. Ou seja, Acreditar e Confiar são verbos de Quando as coisas estão difíceis é preciso Confiar ação que dependem de uma outra ação: A NOSSA. em que elas podem melhorar. Confiar em que o Portanto, antes de acreditar e de confiar, é preciso time sairá vencedor num próximo jogo. Confiar em descruzar os braços e arregaçar as mangas. Isto é, ir que o pai arranjará outro emprego. Confiar em que para a luta onde só o seu esforço, o seu talento, a as notas da escola sairão do vermelho. sua vontade de vencer podem derrotar o adversário.


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NÚMEROS NÚMEROS INACREDITÁVEIS! Há números úteis, há números complicados, há números grandes, números pequenos, há números para todos os gostos e situações. O EQUIPE J, desta edição, traz alguns números curiosíssimos.

Uma toupeira consegue cavar um túnel com mais de 90m de comprimento numa só noite. O nariz mais comprido pertenceu a Thomas Wedders. Media 19cm . Thomas trabalhou como aberração de circo por volta de 1770. O maior ovo do mundo animal é o da avestruz. Pode ter 20cm de altura e 15 de diâmetro.

A maior abóbora do mundo pesava cerca de 700kg

No Brasil, em 1946 , uma mulher deu à luz a 10 gêmeos. Teve 8 meninas e 2 meninos - - - - - - - - - -

O artista John Evans detém o recorde mundial de maior peso equilibrado com a cabeça: 101 tijolos que pesavam 188kg .

O camelo pode beber até cerca de 120 litros de água de uma só vez. A árvore mais alta do mundo, uma sequoia, mede cerca de 112m de altura. Na África falam mais de 1000 línguas. Os seres humanos têm 639 músculos, mas as lagartas têm mais de 4000. O crocodilo tem cerca de 80 dentes. No Haiti, só uma em cerca de 200 pessoas tem carro. O seu coração bate aproximadamente 100.000 vezes por dia. Uma galinha põe em média cerca de 290 ovos por ano. Na floresta amazônica, 1 km2 pode conter mais de 1000 espécie de árvores. Os esquimós têm 20 palavras diferentes para neve.


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Susaninha na conversa com

CARLOS JOSÉ BARTÔ Nosso entrevistado desta edição é muito especial. Em todos os sentidos. Carlos José Bartô da Silva é cego. E é atleta. E é campeão. E é uma figura e tanto. Carlos é atleta há 15 anos e compete pela ADEVIBEL – Associação dos deficientes Visuais de Belo Horizonte.

Susaninha: Carlos, conte um pouco da sua história com o atletismo. Carlos: Eu sempre enxerguei pouco e quando fiquei cego, por completo, vim para Belo Horizonte, à procura de melhoria de vida. Queria estudar, encontrar alternativas de ocupar o meu tempo, enfim, de ter uma melhor qualidade de vida. Aí, descobri a ADEVIBEL. Entrei apenas para ter uma atividade. Susaninha: E o que aconteceu? Carlos: Um dia, eu estava jogando futebol e um professor chegou para mim e disse “Você tem condições de competir, de ser um atleta, um corredor”. Eu ri e disse “Eu gosto é de bola, não de correr”. Então, ele me fez uma proposta: nós treinamos um ano, se você não gostar, volta para o futebol; se gostar, fica no atletismo. Resultado: gostei e fiquei. Susaninha: No final desse ano, você acreditava em quê? Carlos: Acreditava que eu tinha qualidades e que poderia aperfeiçoá-las e me tornar um corredor de ponta. Que poderia sair para uma competição e ganhar. Susaninha: De lá para cá, quais foram as suas conquistas como corredor? Carlos: Vou citar as mais importantes. Claro que todas as minhas conquistas foram importantes para mim. Mas, algumas são mais, principalmente, aquelas em que o atleta representa seu país no exterior. Fazem parte do meu currículo: duas Olimpíadas (Pequim-2008 e Londres-2012); dois Pan-americanos (Rio-2007 e Guadalajara-2011); dois campeonatos mundiais (Holanda-2006 e Nova Zelândia-2011). Tenho 16 medalhas internacionais e inúmeras nacionais.

SUSANINHA

“Acreditava que eu tinha qualidades e que poderia aperfeiçoá-las e me tornar um corredor de ponta. Que poderia sair para uma competição e ganhar.” Susaninha: Carlos, qual foi a sua primeira competição fora do Brasil? Carlos: Foi na Finlândia, em 2005. Eu fui convocado para a Seleção Brasileira. Como todos sabem, um atleta só pode competir fora do Brasil se for convocado. É muita emoção vestir a camisa amarela. Ouvir o Hino, então, é indescritível. Mesmo se eu não tivesse ganhado uma medalha, já teria valido a pena. Mas eu ganhei e foi melhor ainda. Susaninha: Qual é a sensação de ganhar uma medalha? Carlos: Claro que todo atleta compete por medalhas. Eu também sinto muita emoção ao conquistar uma. Mas sentia mais no início da carreira. Hoje, tenho uma visão diferente: ganhar medalhas é muito bom, mas, se não ganhar, vale o esforço pessoal, a luta, a dedicação. E isso eu tenho. E muito. Susaninha: O que você espera agora? Carlos: Agora, é o Rio-2016, as Olimpíadas no nosso país. Estou treinando muito, e espero ser convocado. Se for, vai ser muita emoção representar o Brasil, no Brasil. Carlos, a emoção é muita. Dá para falar só muito obrigado? Se depender da nossa torcida, você já está no Rio-2016.


Que a internet é uma maravilha, ninguém pode negar. Ela ajuda nas pesquisas escolares, torna o trabalho mais ágil, sem falar na enorme contribuição da internet para o progresso das ciências. Por outro lado, ela requer um enorme cuidado. Por quê? Porque a internet é uma terra de ninguém, todo mundo entra,posta o que quiser, sai e pronto.É uma verdadeira casa da Mãe Joana.

É o mau uso da internet que faz com que ela fique perigosa. Pessoas mal intencionadas ou desejosas de chamar a atenção, postam textos e atribuem a autoria a um escritor famoso. Quantas vezes lemos que alguém declarou que tal texto, colocado em tal página, nunca foi dele. Ou que um ator ou atriz nunca deu aquela declaração postada na internet. Até que a pessoa desminta, muita gente já leu, já curtiu, já compartilhou. Imagine se você vai fazer uma pesquisa para a escola, abre um site, lá está o que você procura. Será verdade o que está publicado? Há sites sérios, mas há os não tão sérios e alguns nada sérios. Por isso, pesquisar na internet requer muito cuidado. Primeiro, não confie num site que você não conhece. Segundo, mesmo conhecendo busque checar a informação em outros sites. Além de ser uma maneira mais segura de pesquisar, ainda enriquece a pesquisa com opiniões diferentes. Na internet, todo cuidado é pouco. Antes de curtir uma notícia, antes de copiar um texto, antes de acreditar em tudo o que lê, vale checar a fonte. Afinal, ninguém gosta de ser feito de bobo, né?

É possível acreditar que um sonho, um desejo, uma ideia possa se realizar? Os dois livros indicados nesta edição nos dizem que sim. Confiram! MARISOL

Para os leitores de 10 anos em diante

Para os leitores de 7 a 9 anos Por causa dos seus pés grandes, Belinda é reprovada no teste de balé. Acaba indo trabalhar em um restaurante, mas mal pode imaginar que sua BELINDA, A BAILARINA paixão pela dança não a Autor e ilustrador: Amy Young abandonaria tão cedo. Editora: Editora Ática

“Tudo mudou em uma terçafeira, 9 de outubro de 2012. Não era a melhor das datas, uma vez que estávamos bem no meio das provas escolares. Mas, como gosto de livros, as provas não me incomodavam tanto quanto a algumas das minhas colegas”. A história da menina paquistanesa que foi baleada pelos Talibãs, por lutar pelo direito de frequentar a escola.

EU SOU MALALA Autor: Christina Lamb e Malala Yousafzai Editora: Companhia da Letras


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PASSA O TEMPO JOGOS DE CONFIANÇA Acreditar e confiar. Essas duas atitudes são essenciais ao ser humano. Até nos momentos mais descontraídos, elas se fazem presentes. Como nas brincadeiras. O Equipe J, desta edição, foi buscar alguns jogos onde confiar nos elementos do grupo é o primeiro requisito para a brincadeira dar certo.

O Escultor Cego Nesse jogo há quatro papéis a serem desempenhados: o de animador, o de modelo, o de escultor e o de molde –ou barro. O escultor tem de estar com os olhos vendados. O animador apita para a brincadeira começar. Aí, o modelo adota uma posição mais ou menos engraçada. Quando ele estiver pronto, o escultor vai tatear o modelo, para perceber qual é a posição. Assim que ele perceber, ele vai repetir a mesma posição no molde, ou seja, ele vai “esculpir” o molde, como se estivesse criando uma escultura de barro. Só que imitando a posição do modelo. Quando o escultor tiver acabado, o animador apita, o escultor abre os olhos e o resto do grupo faz a avalição do trabalho do escultor. A brincadeira só termina quando todos do grupo tiverem desempenhado os mesmos papéis. Onde entra a confiança nisso? No fato de você saber que o colega vai tatear o seu corpo apenas para cumprir um papel dentro da brincadeira. E você confiar e se entregar ao divertimento.

C

Primeiro, as vantagens do computador: 1

faz o jovem de hoje ser mais preparado que o jovem de antigamente;

2 facilita e democratiza o acesso ao conhecimento;

Olá, leitores! O desafio desta edição é comigo. Para ajudá-lo a resolver, vou fazer alguns comentários sobre os jovens e o computador. Sua tarefa é escrever para nós dando a sua opinião para a pergunta: o uso do computador traz mais vantagens ou desvantagens na vida do jovem? Não se esqueça de justificar a sua resposta.

3

faz a visão de mundo ficar mais ampliada, mais rica, mais diversificada;

4

ajuda o jovem a produzir mais no trabalho ou na escola.

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faz a visão de mundo ficar mais ampliada, mais rica, mais diversificada;

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ajuda o jovem a produzir mais no trabalho ou na escola.


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Carregando um ao outro Terceiro jogo: Para este jogo, é necessário que que a pessoa se permita carregar. Funciona assim:

Jogo da garrafa

1. O grupo vai formar duas fileiras, um de frente para o outro, ombro a ombro. Cada membro dá a mão ao colega da frente. O colega que ficou de fora, vai cair nos braços dos colegas das fileiras, que vão abaixá-lo, levantá-lo, abaixá-lo, levantá-lo, balançando -o até que o animador apite.

Neste jogo, é necessário que os participantes tenham reflexos, força e uma boa dose de confiança uns nos outros.

Onde está a confiança nesse jogo? Está no fato de cada um saber que ser carregado pelos colegas é um sinal de confiança. E deixar-se cair sem temor.

1. Um jogador vai ser a garrafa e vai ficar no centro do grupo, com as mãos cruzadas no peito. 2. Os outros participantes vão se sentar no chão, com os pés unidos e apoiados nos calcanhares do colega de centro. 3. A um sinal, o colega de centro vai se deixar cair lentamente para um lado, sem dobrar as costas ou os joelhos. 4. Os companheiros devem amparar o colega inclinado, com as mãos, e empurrá-lo para o lado oposto. 5. O membro do grupo que não for capaz de apoiar o colega será a garrafa. Onde está a confiança nesse jogo? No fato de que você vai se inclinar sabendo que seus colegas não vão deixá-lo cair e, mesmo que um falhe, os outros estarão prontos a ampará-lo.

Agora, as desvantagens: 1 ele vicia o jovem levando-o ao uso excessivo; 2

provoca isolamento do jovem, que se distancia da família e dos amigos;

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produz um desinteresse pelas atividades escolares e esportivas;

4

provoca irritabilidade no jovem, quando ele é obrigado a diminuir a utilização do computador.

Bom, fiz a minha parte. Agora é com você. Leia, pense, analise. Depois, escreva a sua opinião e mande para nós. Até a próxima edição!

O VICTOR HUGO DE SOUZA B SIMÕES enviou resposta ao desafio da edição passada. Para quem não se lembra, o desafio era escrever qual é a pessoa pela qual você tem um respeito especial, dizer o porquê e mandar um desenho dessa pessoa. O Victor Hugo mandou. A cartinha dele dizia:

“Gosto da minha mãe. Eu respeito ela porque ela gosta de mim e eu gosto dela.” Pois é, o Victor Hugo só esqueceu de colocar a idade dele e o nome da escola onde ele estuda. Mas, como ele mandou a cartinha pelo correio, vou entregar o livro para ele na sua casa. Parabéns, Victor Hugo.


Sustentabilidade Social: acreditar para crescer. SUSTENTABILIDADE é uma palavra que ganhou muita importância nos últimos anos. Mais importante, porém, é a ideia que ela contém. Mesmo que algumas pessoas não acreditem, o certo é que mais e mais pessoas abrem suas mentes para esta realidade: não haverá futuro para o homem, sem os cuidados de que o mundo precisa.

A sustentabilidade pode ser aplicada às várias áreas de atuação humana: social, cultural, ambiental e outras. Nesta edição, o EQUIPE J aborda a sustentabilidade social. E o que é sustentabilidade social? Vamos dizer que sustentabilidade social são ações que têm por objetivo proporcionar uma vida com mais igualdade para todos os cidadãos. Um país que se preocupa com seu povo desenvolve ações para fazer com que a educação, o esporte, a segurança, os empregos, os salários, cheguem a todos os cidadãos, de uma maneira mais ou menos igual, sem tanta diferença entre as classes sociais. Vamos pensar em algumas situações presentes nos países que trabalham para alcançar a sustentabilidade social. Se todos os alunos tiverem uma educação de qualidade, desde o início da vida escolar, quando eles se formarem, serão profissionais competentes e poderão contribuir para o desenvolvimento do seu país. Se crianças e jovens tiverem acesso e incentivo para os esportes, quando adultos, eles poderão escolher ser atletas e defender seu país nas Olimpíadas. Se houver emprego para os pais, eles ficarão mais tranquilos, sabendo que não faltarão recursos para o sustento da família. Assim também acontece com a segurança, a saúde, e todos os outros direitos. Um país que se preocupa com a sustentabilidade social é um país onde as pessoas são mais confiantes e mais confiáveis. Confiantes, porque elas confiam nas pessoas com quem elas convivem, a família, os amigos, os colegas de trabalho. Confiáveis, porque elas também mostram que os outros podem confiar nelas. E, se acreditar é confiar, essas pessoas são pessoas que acreditam. E, quando se acredita, o trabalho fica mais leve, o estudo mais prazeroso, as relações ficam mais harmoniosas. Enfim, a vida fica mais bonita.


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