Os limites da compressão sem perda

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PROCESSO testes

Os limites da compressão sem perda Até que ponto é possível compactar um arquivo PDF sem danos visíveis na qualidade nas imagens os últimos dez anos, o uso de imagens digitais tornou-se cada vez mais comum, mesmo entre pessoas que não estão ligadas às artes gráficas. A popularização dos scanners de mesa e o surgimento de câmeras fotográficas digitais cada vez mais poderosas e baratas inundaram os computadores com milhares de arquivos de imagem, tradicionais devoradores de memória e espaço em disco. No entanto, mesmo para os padrões atuais de armazenamento, as fotografias ainda geram arquivos relativamente pesados. Um arquivo TIFF de uma imagem RGB em formato A4 (com 300 dpi de resolução) tem cerca de 25 MB de informação. Ou seja, 28 imagens como essa são suficientes para lotar completamente um CD-R. Por outro lado, em formato compactado JPEG, o mesmo CD-R seria suficiente para armazenar com tranqüilidade mais de 200 fotos. Mas, afinal, o uso da compactação JPEG é confiável em imagens destinadas a usos que exigem alta qualidade? Essa dúvida passou a ter uma importância especial nos últimos tempos, à medida que o formato PDF se consolida como o novo padrão de transferência de arquivos gráficos: um dos recursos que permite uma significativa redução do tamanho dos arquivos PDF (em comparação com o antigo padrão PostScript) é o uso de compactação JPEG nas imagens.

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Joint Photographic Experts Group A maioria dos algoritmos de compactação de arquivos digitais têm como característica básica a preservação integral dos dados presentes no arquivo original. Esse é o caso dos algoritmos do tipo ZIP ou SIT (que podem ser usados até mesmo para compactar aplicativos) e TIFF-LZW: uma vez descompactados, cada bit dos arquivos volta exatamente para o local devido e o arquivo “expandido” é uma cópia exata do original. Aplicados em arquivos de imagem, esses algoritmos “sem perdas” (lossless) raramente conseguem reduções maiores que 2:1 . Surgido no início dos anos 90, o padrão de compressão JPEG foi desenvolvido por um grupo de especialistas em fotografia (o Joint Photographic Experts Group) especialmente para uso em imagens. Diferentemente dos anteriores, o algoritmo JPEG permite uma “perda controlada” de qualidade em benefício de uma maior taxa de compressão. Com uso do JPEG, é possível obter índices de compactação extremamente elevados (na faixa dos 20:1 ou até 40:1 em algumas fotos) mantendo uma qualidade aceitável na imagem, ao menos para visualização em monitor. www.publish.com.br | Julho/Agosto 2002


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Os limites da compressão sem perda by Ricardo Minoru - Issuu