FERRAMENTAS
por Ricardo Minoru Horie*
PREFLIGHT Você pode fazer um “check-up” completo nos seus arquivos antes V dde enviá-los para a gráfica: conheça as principais ferramentas e plug-ins disponíveis no mercado a mesmo de que o seu arquivo está correto? Certeza de que não vai “dar pau” na pré-impressão da gráfica? De que o texto não irá recorrer ou ter as fontes alteradas? De que todas imagens estão com resolução suficiente? Você tem realmente confiança absoluta na qualidade do seu trabalho? Ou você apenas cruza os dedos, acende duas velas para Nossa Senhora do PostScript e fica esperando pelo melhor? Quantas vezes você – designer, diagramador, profissional de criação e finalização – não escutou estas frases do chefe ou do cliente momentos antes de enviar para o birô, a gráfica ou uma editora de jornal alguns arquivos que estão com o prazo no limite? Pode ser uma revista, folheto ou mesmo um simples anúncio para ser veiculado; tanto faz. Quantas vezes você não fica com a pulga atrás da orelha imaginando que pequenos erros, enganos e esquecimentos – tão comuns nessa área, em especial quando estamos com pressa – podem causar enormes transtornos e prejuízos? Não seria melhor dar uma nova olhada nos arquivos antes de despachá-los, apesar do sono e do cansaço? Como diriam nossos pais e avós: “é melhor prevenir do que remediar”... Um gole de café e lá vamos nós dar uma bela reconferida em todos os itens que compõem o layout. No entanto, por mais que você procure, eventualmente um item (por menor que seja) pode acabar com seu trabalho. Como lembrar de verificar todos os detalhes?
V
Erros são inevitáveis em editoração eletrônica. Enquanto estão na fase de layout e paginação – antes da geração dos fotolitos e chapas – têm variados apelidos carinhosos como “gatinhos” e “pastéis”. Quando só são descobertos na etapa de acabamento na gráfica recebem outras denominações, impublicáveis nesta revista, mas certamente de conhecimento do leitor deste artigo. Infelizmente, quando isto acontece nem sempre um pedido de desculpas (mesmo que ajoelhado) adianta muito diante de um chefe ou cliente enfurecido por causa do prejuízo gerado...
Dos aviões para os arquivos digitais A solução para todos os pontos de interrogação que você encontrou até aqui pode ser encontrada em apenas um termo: “preflight check”. Preflight checkk é uma expressão em inglês derivada da aviação (ao pé-daletra, se traduz como “verificação pré-vôo”) e indica os procedimento de checagem que devem obrigatoriamente ser feitos com a aeronave ainda no solo, antes da decolagem. Na área gráfica, o termo preflight check indica os procedimentos de conferência prévia da qualidade e capacidade de impressão dos arquivos digitais de editoração eletrônica antes que sejam submetidos a sistemas e equipamentos de pré-impressão. Fazer preflightt nada mais é do que detectar e corrigir erros antes que se tornem onerosos, fatais ou que gerem atrasos.
Responsabilidades s ainda acham que a e pela qualidade dos em de que o impressor fornecida por eles. A itora (quando falamos numa publicação) é e não corrigir arquivos problemáticos. , este tem sido um s principais gargalos e produção no setor gráfico.
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Interpretar os misteriosos códigos de erro PostScript para tentar adivinhar qual o elemento de página é o culpado pelos problemas é um procedimento investigativo demorado, quase sempre feito manualmente, muitas vezes por exclusão (tentativa e erro). Além disso, remendar, consertar ou mesmo reconstruir arquivos de clientes é uma tarefa cara e arriscada para estas empresas: nem sempre o resultado final é idêntico ao que o designer planejou. Por isso, é melhor que a responsabilidade de solucionar erros nos arquivos digitais seja assumida por quem cria e finaliza as páginas. O preflight checkk deve ser feito pelos designers e paginadores, o que ainda é muito raro de acontecer no Brasil, ao contrário de outros países.
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Na aviação comercial, as companhias aéreas somente entregam um equipamento a pilotos que passaram por longo treinamento, adquiriram experiência em simuladores e horas de vôo monitoradas por instrutores experientes antes de receber o brevê (a habilitação para conduzir um avião). Já na área gráfica, a maioria dos profissionais aprende na base da tentativa e erro – quase sempre um aprendizado lento, difícil e bastante oneroso. Se, por um lado, o piloto carrega a responsabilidade de conduzir um equipamento que vale alguns milhões de dólares, além de dezenas de vidas humanas; por outro, o designer tem grandes responsabilidades: criar arquivos digitais de uma peça gráfica que atendam as necessidades do cliente, fiquem prontos no prazo, mantenham o orçamento disponibilizado e, finalmente, permitam aferir algum lucro no trabalho (para a agência, estúdio ou para ele mesmo, no caso dos freelancers). Os dois são seres humanos e, portanto, passíveis de erros. Suas ferramentas de trabalho – apesar de serem hoje altamente informatizadas – também podem falhar. É aí que entram os procedimentos de preflight check. Na aviação, trata-se de uma longa lista de itens que devem ser conferidos um a um pelo piloto e co-piloto com o avião ainda no chão. Na área gráfica – embora não se tenha notícias de mortes causadas por arquivos mal construídos – o procedimento é semelhante. Quanto mais cedo o erro é detectado, mais fácil e de forma mais barata ele pode ser corrigido e menores são as conseqüências. Em orçamentos e cronogramas apertados, muito comuns hoje, o trabalho precisa ser feito “de primeira”: não há margens para que seja refeito ou reimpresso.
Preflight manual ou visual Gerar corretamente um arquivo PostScript não é uma tarefa especialmente complicada. Entretanto, para o arquivo PS ser processado corretamente por um sistema RIP e gerar fotolitos ou chapas, ele precisa ser criado a partir de um arquivo nativo correto. O ato de gerar um PS não corrige as eventuais falhas de construção, não impede que as fontes sejam trocadas por Courier, nem melhora a resolução das imagens. O mesmo acontece quando os PS são convertidos em PDFs. A qualidade do conteúdo de um PDF reflete exatamente o que estava no PS que, por sua, vez reflete a situação do arquivo nativo. Mesmo quando o processo de geração do PDF é feito do modo mais confiável: gerar um PS e convertê-lo usando um interpretador de linguagem PostScript como o Acrobat Distiller. Por isso, é fundamental efetuar uma verificação criteriosa nos arquivos nativos ou “abertos”. Analisar arquivos abertos é uma das melhores maneiras de se cortar o mal pela raiz: descobre-se, durante a construção do arquivo quaisquer defeitos e pode-se corrigí-los imediatamente.
As ferramentas Markzware FlighCheck 5.0: Há anos, os desenvolvedores de software para Interface poluída e confusa, editoração eletrônica tentam criar ferramentas mas expõe informações para auxiliar os profissionais na tarefa do preflight. precisas e detalhadas Desde meados da década de 90, algumas gráficas e birôs tiveram acesso a aplicativos como o Markzware FlightCheck k e o Extensis Preflight (este último já fora de linha) para analisar os arquivos dos clientes assim que eram entregues. Os programas tinham a capacidade de analisar arquivos nativos (PageMaker, QuarkXPress, CorelDRAW etc) e “fechados” PostScript em busca de problemas. Mesmo em suas primeiras versões, tais ferramentas eram úteis para descobrir e informar ao cliente sobre prováveis problemas logo após a entrega dos arquivos – e não minutos antes do prazo previsto para a entrega dos fotolitos e provas. Mais de dez anos depois, a maioria desses erros e enganos – causados por imperícia, desconhecimento ou pelos famosos “esquecimentos” – seguem acontecendo com freqüência assustadora. Imagens em baixa resolução, fontes de baixa qualidade, especificações de cor inadequadas e vínculos perdidos ou alterados são problemas bastante “populares” – sem falar em outra tendência atual que são os arquivos 100% raster (veja matéria “A Praga do Raster” publicada na última edição). A falta de hábito dos designers em gerar e enviar corretamente seus arquivos para gráficas no formato PostScript é, inclusive, uma das razões que dificulta a popularização do uso dos arquivos PDF/X para pré-impressão e impressão digital no Brasil.
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Relatório fornecido é bastante completo e dividido por tipos de problemas
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Diferencial competitivo Mesmo que hoje o PDF não seja um formato popular de entrega de arquivos digitais, é muito provável que nos próximos ele seja um dos principais, senão o único a ser aceito, no segmento editorial, principalmente para anúncios em revista e jornais impressos por editoras de médio e grande porte. Não é difícil de se imaginar que a mesma tendência vá acontecer também no segmento promocional. O importante desta questão é fazer com que designers, profissionais de editoração eletrônica tenham a preocupação em melhorar a qualidade dos arquivos digitais produzidos por eles e o quanto antes, se instruir na tecnologia PDF para se manterem competitivos nos anos vindouros.
Adobe Acrobat Distiller 6: Job Options possuem recursos de análise de conformidade com as normas do X-1a e X-3. Pode fazer alguns ajustes para adequação do PDF às normas
A mais antiga forma de se fazer esta checagem prévia é a manual: elaborar uma lista de itens a serem conferidos, abrir o documento e verificar visualmente – página a página – cada um desses elementos. Este sistema exige alguma experiência, metodologia e, acima de tudo, tempo e muita paciência do designer. Além disso, numa área tão complexa como a gráfica, nem sempre todas as desgraças digitais eram possíveis de serem verificadas.
Análise de arquivos abertos Como o Extensis Preflight deixou de ser fabricado (o que é uma pena, pois fornecia análises com uma interface limpa e facilmente inteligível, apesar de só rodar no Mac OS) a única opção atual para verificação de arquivos abertos é o Markzware FlightCheck. Seu fabricante tem um departamento de engenharia bastante ágil, que faz com que o FlightCheck tenha atualizações regulares. Poucos dias depois do lançamento do QuarkXPress 6 e InDesign CS, já estavam disponíveis atualizações gratuitas para eles no web site da empresa. Atualmente, ele é capaz de verificar arquivos nativos de todos os aplicativos para DTP em suas últimas versões. A interface é um tanto poluída e demanda um certo tempo para se acostumar com ela e seu modus operandi. Uma característica interessante dele é a capacidade de verificar também arquivos PostScript e PDF, inclusive para análise de conformidade com as normas do PDF/X-1a e PDF/X-3.
Interface principal do módulo de preflight do Acrobat 6 Professional: acesso para os perfis, opções de análise de conformidade com as normas PDF/X e o recurso de validação
Arquivo submetido ao Distiller 6 e que não passou pelos critérios da normas do PDF/X-1a
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Central de análise de conformidade com as normas PDF/X e adequação
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Conversão de arquivos fechados em PDFs Existem vários aplicativos, plug-ins, utilitários e módulos de geração de arquivos PS em PDFs otimizados para pré-impressão e que analisam e detectam problemas exatamente na etapa de criação. São os chamados “destiladores”. Alguns exemplos: Agfa Apogee Normalizer, Apago PDF/X Creator, Creo Synapse Prepare, Jaws PDF Creator, Instant PDF, Dalim Swing Visa. Muitos possuem inclusive versões para servidor (Server). Sem sombra de dúvida, o mais famoso deles é o Adobe Acrobat Distiller, que converte arquivos PS em PDFs de acordo com configurações próprias ou estabelecidas pelos usuários (job options ou PDF settings).
Mesmo que a opção do designer não seja enviar um arquivo fechado ou PDF, submeter os arquivos ao Distiller é uma prévia do que vai acontecer no RIP da gráfica, pois ele é um interpretador de linguagem PostScript. Se ele acusar erros de código no arquivo PS, o RIP da gráfica possivelmente também irá gerálos. Assim, é possível identificar de antemão que se trata de um arquivo defeituoso.
Os módulos e plug-ins de preflight para PDF Todos os utilitários de preflightt de PDFs desenvolvidos para o designer, rodam como plug-ins do Adobe Acrobat (apenas na versão completa e não no Adobe Reader). Existem outros aplicativos de
Editor de perfis: Cada perfil é composto de uma ou mais regras e cada regra é composta de uma ou mais condições
Arquivo aprovado pela análise e respectivo relatório
Arquivo que foi reprovado pela análise e respectivo relatório: análises aprofundadas e detalhadas, mas descritivos num linguajar excessivamente técnico
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“Lacre” que atesta a conformidade do arquivo com a norma do PDF/X-1a
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preflight, que fazem parte de módulos de sistemas de fluxo de trabalho digital instalados nas gráficas tais como Creo, Heidelberg, Agfa, Screen, Global Graphics, CGS Publishing, Dalim, FujiFilm etc. O próprio Acrobat 6 Professional possui um módulo de preflightt que pode ser acessado pelo menu Document/Preflight. Trata-se na verdade do plug-in pdfInspektor 2 que foi licenciado pela Callas para a Adobe. Este módulo, traz alguns perfis prontos de análise que podem ser editados ou usados para se basear na criação de novos. Cada perfil (Profile) é composto de uma ou mais regras (Rules); cada regra é composta de uma ou mais condições (Conditions). A análise de uma regra só apresentará avisos de erro se todas as condições não forem atendidas.
Botões inseridos pelo PitStop no Acrobat e o PDF com o relatório da análise com os itens problemáticos
Os resultados de suas análises são bastante aprofundados e detalhados, mas seus descritivos são demasiadamente técnicos e muitas vezes compreendidos somente para pessoas experientes ou versadas em códigos e termos da linguagem PostScript. Ao se clicar num item apontado como problemático, a interface de análise pode exibir o elemento de página, o que facilita sua identificação e correção posterior. É bom lembrar que a maioria dos itens que necessitam de correção, devem ser alterados no arquivo nativo.
Verificação, normalização e validação para os padrões PDF/X As normas 15930-1 e 15930-3, popularmente conhecidas como PDF/X-1a e PDF/X-3 já são um padrão confiável de entrega de arquivos digitais e a cada dia se tornam mais populares por parte dos designers e mais exigidas pelas gráficas, birôs e editoras. Isto é uma tendência internacional crescente e o mesmo deve está acontecendo no Brasil, infelizmente numa velocidade mais reduzida. Em poucas palavras, já que esta matéria não tem este objetivo, um PDF/X-1a e PDF/ X-3, nada mais são do que PDFs que atendem as necessidades da indústria gráfica mundial pois foram criadas de acordo com as normas internacionais ISO supracitadas.
Editor de perfis de análise e as possibilidade de correção
Paleta que permite a navegação entre os itens problemáticos
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Recurso Inspector: informações detalhadas e capacidade de fazer alterações em textos e elementos de página
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Na fase de conversão de um arquivo PS para um PDF, a versão 6 do Distiller (que acompanha o Adobe Acrobat 6 Professional) tem um recurso de análise de conformidade com as especificações do PDF/X-1a e PDF/X-3. A maior parte das ferramentas de preflightt tem a capacidade, não só de analisar se um arquivo PDF está em conformidade com os parâmetros e itens exigidos nestas normas, mas também de normalizá-los, adequando-os a estas normas. Uma vez que arquivos X-1a e X-3 não podem receber senhas para protegê-los, e que o PDF tenha sido homologado, aplicativos como o Acrobat 6 Professional ou PitStop por exemplo, possuem recursos de validação para controlar alterações indesejadas. Funciona como um lacre atestando que aquele PDF é um X-1a ou X-3 válido. Qualquer modificação feita posteriormente romperia esse lacre. O Enfocus PitStop é um dos plug-ins mais populares, versáteis e respeitados da atualidade e não só na área gráfica. A versão 6 acrescenta recursos bastante avançados de edição e insere várias barras recheadas de botões no Acrobat (de cor roxa) e mais alguns itens dos seus menus. Seus recursos de preflight são bastante completos. Depois de solicitar a análise baseada num perf il, um PDF navegável com os resultados da análise é gerado com os itens que foram considerados problemáticos, os que merecem um pouco mais de atenção do usuário (os chamados alertas) e os que foram corrigidos. Ao se clicar em qualquer um dos itens, o PitStop irá alternar do relatório para o documento, destacando o item problemático, aplicar zoom e colocar alças coloridas ao redor do mesmo. Será aberto também um painel de navegação (Enfocus PitStop Navigator Panel) para facilitar a navegação pelos itens problemáticos.
Um dos destaques do produto é a sua capacidade de corrigir itens problemáticos ou inconsistências. Esta opção pode ser definida, individualmente, para cada um dos itens que compõem os perfis de análises, que por sua vez são convenientemente separados por áreas e tipos de elemento de página. O outro destaque é o recurso Inspector que é capaz de descobrir detalhes “íntimos” de qualquer elemento de página e fazer alterações de cores, atributos de dimensão, contorno e fontes. O Apago PDF/X Checkup foi um dos primeiros verificadores de conformidade das “normas X”. Trata-se de um plug-in bastante simples, mas bastante confiável e que na versão 3.0, recém-lançada, além de analisar a conformidade e se oferecer para corrigir alguns itens, trouxe dois plug-ins adicionais. O ImageAlter permite alterar a resolução, compressão e espaço de cor de imagens bitmap presentes dentro de PDFs, enquanto que o BoxEditor edita as áreas de geometria de página como área de sangria, corte etc. A listagem de erros encontrados ficou muito mais compreensível do que a versão anterior e pode ser salva num documento de texto.
Mal necessário ou excesso de zelo? O objetivo deste artigo foi exatamente mostrar e analisar as principais opções de aplicativos e plug-ins de preflightt voltados para os que desenvolvem arquivos digitais. É evidente que nem o procedimento nem os aplicativos e conseqüentemente, investimentos por parte de quem cria e quem recebe, seriam necessários se os designers tivessem tomados todos os cuidados para produzir seus arquivos em regime aberto, gerado um arquivo PostScript e posteriormente um PDF de acordo com as normas de sua gráfica, birô ou editora ou as normas internacionais PDF/X. Por um lado é fato que, independente do lado do balcão que estamos, somos seres humanos e, portanto passíveis de falhas, e um anjo da guarda, mesmo que dedo-duro é sempre bem-vindo para nos lembrar dos defeitos de nossos arquivos. Mas, por outro lado, pelo que se tem visto nos últimos anos em relação à qualidade dos arquivos digitais no Brasil, as ferramentas de análise ainda tem futuro garantido por muito tempo.
Apago PDF/X Checkup: um dos primeiros plug-ins de verificação de conformidade das “normas X”
Relatório um tanto indecifrável
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Perfis de análise
Pequenos defeitos, grandes prejuízos
Todos os aplicativos e plug-ins de preflight fazem as análises baseadas em profiles (perfis). Cada um destes perfis é composto de algumas centenas de itens, definidos pelos usuários, que identificam o que deve ser verificado no arquivo, quais destes itens, parâmetros e configurações estão de acordo com um determinado tipo de trabalho, as normas do departamento de pré-impressão ou mesmo de acordo com normas internacionais como é o caso do PDF/X-1a e PDF/X-3. Em muitos destas ferramentas, os perfis oferecem opções para os quesitos do que deve ser encarado como erro (e podem ser corrigidos ou não), os itens que são permitidos, e os que devem ser identificados como alertas. Os perfis podem ser exportados e importados. Os principais softwares de preflightt podem ser configurados para literalmente encontrar pêlos em ovos. Depende das configurações do perfil de análise. Marcar como erro ou alerta as centenas de itens de análise (a média é de 400 quesitos) é uma tarefa que demanda um tempo considerável para que a análise não seja nem muito superficial nem exageradamente rigorosa. Não existe uma fórmula ideal. Depende dos equipamentos de cada gráfica e do tipo de impresso que se deseja produzir. Uma das vantagens das normas do PDF/X é que quem cria e quem recebe trabalha e analisa sob os mesmos parâmetros.
Engana-se quem se sente aliviado simplesmente por causa do seu arquivo fechado, ou PDF passou pelo crivo do RIP de uma imagesetter e platesetter e conseguiu gerar fotolitos e chapas. Alguns dos piores defeitos não geram mensagens de erro de código PostScript, passam pela etapa de pré-impressão e só são descobertos em provas confiáveis ou tarde demais, quando o material já está impresso e/ou na fase de acabamento. Os resultados destes defeitos costumam ser bastante desagradáveis, onerosos e são de difícil detecção sem uma análise prévia e aprofundada. São defeitos gerados por escolhas do designer durante a construção dos arquivos, mas que podem ser detectados por procedimentos manuais ou eletrônicos de preflight. Veja alguns exemplos: Atributo de Hairline em fios e contornos Falta de sangria ou sangria insuficiente Somatória de carga de tinta muito baixa Somatória de carga de tinta muito alta Imagens bitmap com resolução muito baixa ou muito alta Imagens bitmap com compressão muito alta Textos na cor preta composta (C100 M100 Y100 e K100) Textos com negrito e itálico forçado e falso Textos com corpos pequenos e mais de uma cor de processo Textos com fontes “light” e mais de uma cor de processo
Mas nem tudo são flores Existem itens e problemas que nenhum aplicativo de preflight tem (nem nunca terá) capacidade de detectar, como por exemplo, materiais em materiais rasterizados e imagens com cores mal ajustadas. Adobe www.adobe.com Tel.: 0800-161-009 Agfa www.agfa.com.br Tel.: (11) 5188-6444 Alphaprint Representante da Creo no Brasil www.alphaprint.com.br Tel.: (11) 3816-4747 Apago www.apago.com Callas www.callas.de CGS Publishing www.cgs.de
Creo www.creo.com
Global Graphics www.globalgraphics.com
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Dalim www.dalim.com
Heidelberg www.br.heidelberg.com Tel.: (11) 5525-4500
SpaceCor Representante da CGS no Brasil info@cgs-brasil.com Tel.: (11) 5561-7608
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Johe Distribuidora da Markzware no Brasil www.johe.com.br Tel.: (11) 5536-3705
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* Ricardo Minoru Horie minoru@dabra.com.br é editor executivo da revista Professional Publish
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