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Centro Histórico de Bagé foi Gtombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico do Estado(IPHAE). Embora a publicação no Diário Oficial do estado (21/05/2012)não tenha tido repercussão dentro da comunidade, a memória de Bagé está protegida.Portanto, agora, quem derrubar e descaracterizar as construções contempladas nesse mapeamento comete um crime. ELI
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Patrimônio da comunidade BAGÉ, SÁBADO, 30 DE JUNHO DE 2012
Informe Comercial
Editorial / Desinformação é arma perigosa
Desde que algumas vozes se levantaram em defesa do patrimônio Histórico de Bagé, na distante década de 90, a falta de informação e a contrainformação sempre representaram o maior perigo. Agora, quando a memória construída nesses 200 anos de história é acolhida por órgãos como o IPHAN e o IPHAE, o grande desafio continua sendo informar de forma efetiva e ética o que representa o tombamento do Centro Histórico. Muito longe ainda estamos de acabar com a polêmica. Afinal, os interesses são antagônicos e ambíguos. Enquanto uns são individuais, outros são plurais. O importante é que os dados estejam na mesa, as regras fiquem claras, os pareceres sejam técnicos e a que a desobediência à lei seja tratada como crime. Taí o grande papel do Patrimônio da Comunidade: informar aos bageenses que a nossa história é viva e coletiva. Além disso, que o maior patrimônio de um indivíduo ou de uma coletividade é a sua saúde. Portanto, embora a informação seja um produto à venda, a nossa memória não tem preço. E, assim como não negociamos a nossa saúde física, a saúde mental da comunidade de Bagé e, também econômica, está diretamente relacionada à preservação do seu patrimônio histórico.
Analisando os álbuns de família, chega-se a evidente confirmação de que o homem moderno pouco se distanciou dos ancestrais no sentido de recriar a sua história através de figuras. Os álbuns modernos podem agregar novas tecnologias, mas na essência ainda são mantidos pelos mesmos princípios; preservar a memória e construir a própria história.
Álbum de família: Memória, verdade e ficção. Zenab El Hatal *
Até que ponto as verdades repetidas nas imagens das fotografias de família são capazes de representar e construir a memória individual e coletiva dos seus agentes com fidelidade? Em “Ensaios sobre a fotografia” Susan Sontag diz que “cada família constrói uma crônica de si mesma (SONTAG, 1981:09) a partir dessas coleções particulares. Os álbuns fotográficos encontraram sua origem na necessidade de guardar e exibir os cartes-de-visite, que naquela época eram extremamente populares por conterem imagens de pessoas famosas, tendo uma aplicação comparável com o que hoje seria o álbum de figurinhas. Com a evolução dos cartes-de-visite, os álbuns não ficaram para trás.
Olhando atentamente as diversas coleções familiares atuais tem-se a impressão que todas as pessoas seguem roteiros iguais. Ninguém fotografa aquilo que quer esquecer, por isso todas as imagens são de suposta felicidade. O design dos álbuns evoluiu juntamente com a tecnologia. Assim, a crescente quantidade de fotografias tiradas pedia um novo tipo de álbum, pois os modelos encadernados não eram práticos. Como solução, foram criados os álbuns expansíveis, com a possibilidade da adição ou remoção de páginas como se fizesse necessário, com cantoneiras de plástico para prender as fotos sem danificá-las.
Atualmente, muito dessa tradição secular dos álbuns de família se perdeu. Hoje, quando muito, as famílias reúnem-se em volta de seus computadores para visualizar suas fotos, sem a mesma organização ou cuidado como antes se via. A alternativa encontrada para a manutenção de álbuns para a era digital, entretanto, não é nada recente. As famílias hoje não tem a preocupação de guardar suas memórias nos antigos álbuns, aos quais faço referência neste artigo, suas memórias são guardadas em seus álbuns digitais, onde podem excluir, ou acrescentar mais imagens.
* Professora com regência de classe na E.M.E.F. Dr. Antenor Gonçalves Pereira Graduação em Artes – Especialização em Artes Visuais pela URCAMP (Universidade da Região da Campanha), Aluna Especial do Curso de Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural pela UFPEL - zenab_elhatal@hotmail.com
EXPEDIENTE
Fontes: Renan Brackmann, “A História do Álbum Fotográfico Thaísa Bueno, “Álbum de Família: A Criação de uma Crônica Particular”, Mestrado em Letras – Estudos Lingüísticos. Universidade Federal de MatoGrosso do Sul (UFMS) campus de Três Lagoas.
Produção
Jornalista Responsável Angelina Quintana - Reg. Prof.5305 Fotos xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Projeto Gráfico Ana Remonti Impressão Gráfica do jornal Zero Hora -Av. Ipiranga 1075 Porto Alegre Tiragem 5000 exemplares
Patrimônio da Comunidade é uma publicação especial produzida pelo Da Maya espaço cultural em apoio ao Movimento de Resistência à Destruição do Patrimônio Histórico de Bagé. Endereço Rua General Osório, 572 / Anexo Bagé RS Brasil 96400100 / Telefone (53) 33222874 Site www.damayaespacocultural.art.br
Patrimônio da comunidade
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BAGÉ, SÁBADO, 30 DE JUNHO DE 2012
Informe Comercial
icas de Saúde de
Minha Biografia Alimentar
D.Zuleika
Meu nome é Renata Araujo, sou nutricionista de Zuleika Borges Torrealba e fui convidada para fazer parte da equipe Cabanha Da Maya e compartilhar com a comunidade de Bagé o que a Sra Zuleika come, pensa e faz para enfrentar o seu terceiro câncer. É importante ressaltar, antes de mais nada, que o câncer e outras doenças crônicas não transmissíveis vêm se tornando cada vez mais comuns, convertendo-se em um evidente problema de saúde pública. No Brasil, a estimativa do INCA para o ano de 2012 e 2013 é de aproximadamente 518.510 casos novos de câncer. Sendo, as regiões Sul e Sudeste as mais acometidas.
As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas estão relacionadas ao meio ambiente em que vivemos, estando portanto muito vinculadas ao estilo de vida que adotamos. Já as causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, e estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos como o cigarro que pode causar câncer de pulmão e a exposição excessiva ao sol que pode causar câncer de pele. No entanto, existem muitos outros fatores que já são conhecidos pelos cientistas mas que ainda são pouco conhecidos pela população. Para o enfrentamento do câncer, são necessárias ações que incluam: 1. educação em saúde em todos os níveis da sociedade;
2. criação de programas de alimentação saudável e atividade física para promoção da saúde; 3. geração de opinião pública; Zuleika, juntamente com sua filha Celina Borges Torrealba vêm tendo aulas sobre como prevenir e combater o câncer e perceberam como o meio ambiente em que elas vivem vem se transformando...
“
Minha mãe sempre preocupou-se com a minha alimentação. Fui amamentada, exclusivamente, até os 6 meses de idade e nunca tive mamadeira. Fui direto para a colher. Daí em diante tudo era natural e saudável como costumava ser naquela época. Os animais eram cuidados mais naturalmente. A galinha ciscava no quintal e o gado pastava livre pelo campo. Hoje percebo que toda essa vida saudável que tive me dá muita resistência para enfrentar as sessões de quimioterapia. Combato o terceiro câncer e 2 bactérias resistentes que poderiam ser letais se não fosse uma pessoa forte e saudável.
“
O que vem acontecendo? Podemos mudar esse quadro alarmante?
Então resolvi estender meus conhecimentos a todos que quiserem aprender comigo, bimestralmente, neste espaço comunitário.
D. Zuleika
Falaremos sobre: Alimentação, Sistema Imunológico e câncer Alimentação, Angiogênese e câncer
Alimentação, Estresse oxidativo e câncer Os plásticos e câncer Substâncias químicas e câncer Atividade física e câncer
Aguardem as próximas matérias! Enquanto isso.... Cuidem-se com algumas dicas de Dona Zuleika:
Pró-Câncer Dieta Industrializada: atual Sedentarismo Poluição ambiental Depressão Isolamento Sentimento de Impotência
Anti-Câncer Dieta Caseira: tradicional 30 minutos de atividade física diariamente Ambiente limpo Vida leve Felicidade Adaptado de David Servan-Schreiber, 2011. Renata Lopes Araujo é nutricionista formada pela UFRJ desde 2003. Seguiu carreira acadêmica, especializando-se em Ciências Biológicas com ênfase em Fisiologia Endócrina. No ano de 2009 fez um pós doutorado em Toronto na Universidade York. Atualmente é pesquisadora na UFRJ, trabalhando com neurofisiologia e comportamento alimentar.
Renata Lopes Araujo, PhD CRN 200310050 / re.nut@hotmail.com
Patrimônio da comunidade
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BAGÉ, SÁBADO, 30 DE JUNHO DE 2012
Informe Comercial
O Centro Histórico de A nota no Diário Oficial do estado, do dia 21 de maio, tombando o Centro histórico de Bagé pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (IPHAE), foi praticamente ignorada dentro a comunidade de Bagé. Diante desse quadro, o Patrimônio da Comunidade tem como desafio informar aos bageenses e aquela pessoas que vivem e investem na cidade de que todas as áreas consideradas como “Patrimônio Histórico de Bagé” não podem ser destruídas (veja o mapa).
224
diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do estado, Eduardo Hahn, fala sobre o tombamento do Centro Histórico de Bagé e explica o que deve acontecer daqui para frente. Uma das etapas decisivas desse processo aconteceu no ano de 2009, quando o Iphan tinha como meta a proteção de dois grandes centros urbanos da região sul do Estado: Jaguarão e Bagé. 739
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Diante desse quadro, o Ministério Público entrou em contato com a Secretaria de Cultura do Estado e com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE), solicitando ações de proteção no local, tendo em vista a perda rápida de referenciais da cidade. Durante o mesmo período, foi entregue ao IPHAE um abaixo assinado com mais de mil assinaturas solicitando o tombamento do centro histórico de Bagé. RUA 6
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A idéia é estabelecer um termo de cooperação técnica com o Município, de forma a permitir que as análises de projetos de intervenção arquitetônica continuem sendo executados pelo próprio Município, sob a orientação e fiscalização do Iphae. Para tanto, deverão ser construídas novas diretrizes para intervenções, principalmente no que diz respeito a novas construções, de forma a criar condições para a qualificação e preservação do centro histórico. Novas construções e intervenções serão possíveis, tendo sempre em vista o conceito de preservação e reabilitação.
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O diretor do IPHAE acrescenta ainda AR RO IOo tombamento de um bem deve que DA T B ser visto UAcomo um reconhecimento do BLOGEstado quanto à sua representatividade na formação de uma identidade social, estando, através deste instrumento, protegido contra a sua demolição ou descaracterização. Ao mesmo tempo, o tombamento abre as portas para a utilização de recursos públicos, através das Leis de Incentivo à Cultura Estadual (LIC) ou Federal (Lei Rouarnet), para
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_Sendo106assim, 110-A o IPHAN entregou ao Ministério Público e à Prefeitura o referido inventário, solicitando 50 44que este fosse incluído no Plano Diretor como forma de proteção, o 110 que não foi feito. E, como se não bastasse, com o conhecimento da 42 possibilidade de proteção, através QUARTEL 3 do inventário, de grande parte das edificações históricas de Bagé, ini48 ciou-se um processo de demolição 40 em massa, pela especulação imobiliária, o que gerou uma reação do 47 39 Ministério Público Estadual na forma de uma Ação Civil Pública, cuja 117 49 finalização foi a proibição total de 41
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_Tendo em mãos as referidas solicitações, entramos em contato com a Secretaria Municipal da Cultura, tentando construir estratégias em conjunto para a preservação do patrimônio local. Após duas reuniões sem resultado positivo, abrimos o processo de análise do tombamento de um perímetro que abrange a maior parte dos imóveis inventariados pelo IPHAN. Para a instrução do processo, o Iphan entregou ao Iphae toda a documentação existente. AV. SA
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Hahn informa que, a partir dessa idéia, o Iphan financiou com recursos próprios a elaboração do Inventário arquitetônico das duas cidades. No entanto, com o tombamento nacional de Jaguarão, a demanda de trabalho do Instituto aumentou bastante, o que inviabilizou 112 momentaneamente que aconteces108 se o mesmo com Bagé.
_A partir do tombamento, tanto provisório quanto definitivo, qualquer intervenção sem autorização dos órgãos competentes caracterizará crime contra o patrimônio, e seu responsável estará sujeito a sanções previstas na lei, alerta.
183
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sua restauração, que funcionam através da renúncia fiscal em favor da recuperação do patrimônio.
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Fonte: www.iphae.rs.gov.br
Patrimônio da comunidade
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BAGÉ, SÁBADO, 30 DE JUNHO DE 2012
Informe Comercia
e Bagé está tombado UM SINUELO DE BAGÉ
Para o jornalista e delegado da Organização Não Governamental Defender (Defesa Civil do Patrimônio Histórico) em Bagé, José Francisco Hilal Botelho, a preservação definitiva do centro histórico de Bagé não é apenas uma vitória, é um sinuelo.
“
Há pouco mais de um ano, a causa do patrimônio histórico ainda despertava uma espécie de simpatia compadecida em muita gente: ‘sim, claro, é uma causa justa, mas é inútil; é uma guerra perdida. De que adianta ficar defendendo coisas velhas? Etc’. Isso era o que muitas pessoas pensavam à época. Felizmente, contudo, Bagé sempre teve seus visionários e visionárias, gente que, contra toda esperança, acreditavam ainda poder manter um pouco da sanidade e evitar a ruína total da cidade que conhecemos um dia. Foi uma estrada difícil até chegarmos a esse tombamento, uma estrada que pas-
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sou pela coleta de 1000 assinaturas no prazo de alguns meses. Pelo que sei, foi um dos maiores abaixo-assinados pelo patrimônio histórico no interior do Estado. E foi uma movimentação que teve um efeito concreto, visível: primeiro, a liminar da justiça protegendo os mais de mil imóveis inventariados pelo IPHAN; depois, o tombamento de cerca de 800 desses imóveis pelo IPHAE. Por isso, digo que essa vitória foi um sinuelo. Poucas pessoas em Bagé sabem disso, mas nossa cidade se tornou uma espécie de lenda na luta pelo patrimônio. Movimentos semelhantes em outras partes do Estado se inspiram em nós: sabem que vale a pena acreditar no improvável, sabem que o momento é certo para esse tipo de luta e que, no final, nós - digo nós, porque é uma luta coletiva de todo o Estado e, em breve, de todo Brasil vamos vencer. É um sinuelo também em outro sentido: se conseguimos salvar de 800 a 1000 imóveis históricos, então certamente temos chances de vencer outras batalhas. E algumas delas serão duras. Por fim, vale mencionar algo que digo há muito tempo: a preservação do patrimônio pode ser a salvação econômica da região. Ondas financeiras vêm e vão, mas quem preserva sua cultura sempre terá a maior das riquezas. Pessoas hoje ironizam a possibilidade de Bagé um dia se tornar um polo de turismo cultural - assim como se ironizava, há um ano e meio, a possibilidade da preservação. Mas eu digo: impossível, só tirar mel de lexiguana no verão sem poncho. No resto a gente dá um jeito.”
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6
Patrimônio da comunidade BAGÉ, SÁBADO, 30 DE JUNHO DE 2012
Informe Comercial
Da Maya espaço cultural nas mãos de Horvath O imigrante austríaco, Wilhelm Horvath, abandonou a Europa em 1949 em busca de paz. Apesar da distância de sua pátria, dos seus 28 anos e do recente casamento com Ana Rosa, o jovem artesão não teve medo de experimentar em terras brasileiras. Com muita determinação, escolheu Bagé para viver, constituir família e fazer arte. Começou trabalhando com a cerâmica e tijolos refratários, óleo, naquim e carvã. Mas destacou-se, mesmo, na arte da tapeçaria. Com seus gobelins e tapetes Smyrna que resgataram o artesanato com a lã da região. Então, não é por acaso, que é com a exposição das tapeçarias de Horvarth que o Da Maya espaço cultural retoma as suas atividades. O arquiteto e também neto do artesão, Guilherme Horvath, observa que o avô começou a interessar-se pela tapeçaria na década de 60 e sozinho na pequena chácara, em Santa Thereza, a 4 quilômetros do centro de Bagé. - O primeiro tapete, ele levou quase dois anos para confeccioná-lo. Depois, foi formando um grupo de artesãs para auxiliá-lo, recorda Guilherme. Muito antes, na década de 70, o escritor Clóvis Assumpção observada que Hor-
vath não era, apenas, um curioso ou simples experimentador. Ele revelava conhecer o metier e aprimorava-se constantemente. Na época, Assum... ´ressaltou: - Cuida de tudo com critério e responsabilidade. Desde a escolha da lã, preparação do fio, aviamento de tintas. De muito lhe serviu a pesquisa em tear, analisou. Nas primeiras semanas de agosto, a comunidade de Bagé vai poder conferir o trabalho de Wilhelm Horvath em 15 tapeçarias que vão estar em exposição(e à venda) no Da Maya espaço cultural.
Agosto, 2012
Rua General Osório, 572 / Fone: (53) 3311 1874
Fotos Gabriela Habeyche
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BAGÉ, SÁBADO, 30 DE JUNHO DE 2012
Informe Comercial
Casa cheia de arte, poesia e música A Pousada Da Maya parece um sonho que se materializou na esquina da avenida João Telles com a rua General Sampaio. Há bem pouco tempo, estava ali um casarão em ruínas, com sua essência escondida e à espera de um bom lance para transfigurar-se em mais um ícone vazio do pretenso desenvolvimento. E, para reverter a ilustração do vazio interior da especulação imobiliária, a Pousada Da Maya recebe os seus primeiros hóspedes. Os convidados especiais do 3º Festival Internacional de Música no Pampa (FIMP).Cheios de música e poesia. O menino sírio que descobriu o contrabaixo aos 13 anos, François Rabbath, que foi grande amigo de Pablo Picasso, vem ao Brasil - pela
Divulgação
primeira vez - aos 81 anos. Na condição de professor e integrante do 3º FIMP transmite sua paixão pela arte musical e amor ao contrabaixo. Rabbath publicou diversos livros sobre o método por ele criado. Compositor e solista, um virtuoso. Além do músico, a Pousada Da Maya hospeda também a sua esposa Martine, o diretor pedagógico do FIMP, doutor Marcos Machado e sua esposa Eleonora que é diretora de arte do festival e o diretor artístico do FIMP, maestro Jean Reis. Rabbath aceitou o convite do bageense Marcos Machado, radicado nos Estados Unidos e professor na Southern University of Mississippi. Machado foi seu aluno e é o único brasileiro que detém o título de professor e performance pelo Instituto Rabbath em Paris.
François Rabbath é uma referência mundial no instrumento
Um tempo que o vento não levou... A música e a literatura sempre estiveram muito presentes no cotidiano de Bagé. Uma prova disso foi a visita do escritor Érico Veríssimo a cidade, em 1967, meses após a formação do Coral da escola Gaspar Silveira Martins sob a regência da maestrina Gilca Nocchi Collares. Èrico, Mafalda. Leda Freire ( madrinha do coral), Zélia Sastre, Rafaela/ Bárbara Patr´cia, Zaidinha Valentim, Shirley Kanaan (primeira professora de piano da Zaida), Albertina passos e paulo passos, Valdir Ramos, Clementino Molina, Lisela Azambuja ,entre outros pequenos cantores da época.
3º FIMP Adote 1 Estudante
consiste em indicar alunos para serem hospedados por famílias da comunidade de Bagé-RS durante o FIMP que acontece, em Bagé, de 22 a 27 de julho.
*Solicitações até 5 de julho www.fimp.com.br
Patrimônio da comunidade
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BAGÉ, SÁBADO, 30 DE JUNHO DE 2012
“Buenas e me espalho....”
Informe Comercial
Fotos Divulgação - O Tempo e o Vento
Assim, o polêmico Capitão Rodrigo Cambará chegou a Santa Fé no romance “O Continente” que faz parte da triologia(*) de Érico Veríssimo “O tempo e o vento”, que relata a saga de duas famílias que viveram durante o período conturbado da história do Rio Grande do Sul. Em contrapartida, do alto de seu ???? metro de altura o ator Thiago Lacerda esbanjou ternura ao comentar a importância de interpretar um personagem gaúcho e tendo como palco os municípios de Pelotas, Bagé, Aceguá, Hulha Negra, Candiota e a cidade cenográfica de Santa Fé- que foi montada no Parque do Gaúchohá...quilômetros do centro de Bagé. Por sua vez, o diretor do filme “O tempo e o vento”, Jayme Monjardim, também não esconde o entusiasmo ao falar porquê a equipe acabou centrando grande parte das gravações na região de Bagé. “Um dos principais motivos que encontramos aqui os campos nativos, as estâncias preservadas e alguns prédios do centro de Bagé que compuseram os cenários de que nós precisávamos. Assim, foi possível integrar aqueles personagem de época dentro de um cenário fiel e original ao “ O Tempo e o vento” e- no Parque do Gaúcho- a montagem da cidade cenográfica de Santa Fé- consolidou um espaço muito acessível à produção.” Monjardim destacou ainda que ao dirigir “O Tempo e o Vento”, a ideia foi contribuir com a história do Rio Grande do Sul.
“
Tenho uma identificação enorme com o Rio Grande do Sul....”
Thiago Lacerda Ator que interpreta o capitão Rodrigo Cambará
“Quando eu comprei a minha propriedade em Camaquã, não foi por acaso que escolhi uma casa construída em 1790 e que pertenceu a irmã de Bento de Gonçalves. Assim que adquiri, procurei resgatar a história daquele espaço e reconstitui o que foi possível. Portanto, contem comigo para qualquer campanha de preservação do patrimônio histórico.” Para o diretor geral do Panda Filmes e co-produtor do filme, Beto Rodrigues, o vigor que o conjunto do Patrimônio Histórico e arquitetônico de Bagé revela foi decisivo para que grande parte das locações fossem realizadas aqui.
“
Affonso Beato, diretor de fotografia e Jayme Monjardim
O Rio Grande do Sul tem uma luz linda, mas a luminosidade dessa região é fantástica.”
“Se tivermos que gravar outro filme de épo- Beto Rodrigues ca, nós vamos vir para cá. Por exemplo, o que foi representado como sendo a casa do Bolívar e da Luzia Cambará(o Palacete Pedro Osório) e todo o seu entorno- numa cena que se passa em 1850- foi fantástico. Então, se um único prédio de Bagé já passa essa credibilidade, o que podemos imaginar de todo um conjunto preservado? É emocionante constatar que Bagé está resistindo e preservando o que, de fato, tem valor. Independente da passagem do tempo.” Com o olhar fronteiriço, o ator uruguaio César Troncoso que fez o filme “O banheiro do Papa” , também não poupou elogios a Bagé durante a sua estada na cidade.
Affonso Beato Diretor de fotografia Affonso Beato, diretor de fotografia e Jayme Monjardim (*) Na trilogia de O Tempo e o Vento, também fazem parte os volumes O Retrato e O Arquipélago.
“Bagé merece manter a sua identidade. Ela está nas suas praças, em seu prédios, seus bares e nas suas memórias. Nenhum negócio justifica a destruição de um passado que precisa intercambiar com o novo. Senti que, aqui, existe um grande foco de resistência que provoca essa reflexão. E, isso, é a vida de uma comunidade saudável. Eu gostei muito de Bagé. Pretendo voltar.”