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ACE-Santa Cruz reúne mulheres que atuam no agro Um evento reunindo mulheres que atuam no setor Agro aconteceu na ACE-Santa Cruz (Associação Comercial e Empresarial de Santa Cruz do Rio Pardo), no dia 10 de novembro, com grande sucesso. O primeiro “Mulheres, descubram-se no Campo”, teve como objetivo reconhecer e fomentar a troca de informações e experiências entre mulheres trabalham na agricultura de diversas formas, seja administrando negócios familiares, compondo equipes de empresas do setor, lecionando e cuidando de plantios e colheitas. Da escola ao plantio – Apesar de não serem reconhecidas por seu papel no setor, as mulheres têm uma grande representatividade no meio Agro. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Embrapa e IBGE, cerca de 1 milhão de mulheres administram mais de 30 milhões de hectares, estando à frente de 31% das propriedades rurais no país. Elas também ocupam 19% dos cargos de direção em empresas do agronegócio brasileiro. Muitas mulheres ocupam função administrativa, é fato, mas também há as que cuidam de lavouras, de estufas e outras formas de produção, colocando efetiva-
* Convidadas para um encontro que começou de manhã e transcorreu até depois do almoço, as mulheres do agronegócio compareceram em massa na ACE-Santa Cruz * mente a “mão na massa”. Também nos deparamos que muitas profissionais que atuam em empresas e organizações, como o SEBRAE, além de professoras que escolheram o universo da agricultura e da pecuária para lecionar, inclusive com atividades práticas. Vontade de aprender – Um dos pontos altos do evento foi a notória disposição das mulheres em aprender algo novo. De cabeça aberta, elas aproveitaram as palestras e se manifestaram também. “As mulheres, em geral, são mais determinadas a buscar aprendizado”, afirma a gestora agro do SEBRAE de Ourinhos Natalia Mitiko Aono. “Eu encontro muitas mulheres
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Nasci no Agro, sou filha de agricultor. Trabalho com meu marido no plantio de soja, milho e mandioca. E começou com estufa, que cuido até hoje. Produzo verduras e entrego nos mercados. Minha filha mais velha trabalha na Solimã. As outras duas são menores e estudam, mas quando podem, vão com o pai. É emocionante ver quantas mulheres no Agro, cada uma com o seu trabalho e vem aqui participar, ouvir as palestras. E também semear dentro do coração de cada uma um projeto. Patrícia Franciscon Ferreira
fazendo os bastidores, cuidando principalmente da administração do negócio. As mulheres dos produtores rurais são elas que mantêm o negócio organizado. Elas buscam o SEBRAE pra capacitações que permitam gerir vários aspectos do negócio, como finanças, administração, marketing, distribuição”, conta a gestora, para quem a mulher faz a diferença no Agro. “Atrás de um grande homem Agro tem uma mulher segurando as pontas. Não só administrando, como cuidando da casa, dos filhos e de tudo o mais”, garante a gestora do SEBRAE. Segundo ela, essa postura feminina de procurar por capacitação ocorre em todas as áreas de negócios e se sobressai se comparada aos homens.
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Fiz Zootecnia porque queria trabalhar com melhoramento animal. Não tenho essa vivência de infância no campo, sou do ABC Paulista. Vim para o interior para estudar, em Botucatu. Fiz mestrado em Produção Animal eme apaixonei pelo Agronegócio durante a graduação. Hoje sou gestora de Agro do Sebrae de Ourinhos e região. Natália Mitiko Aono
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Trabalho na agricultura familiar junto com meu marido e meus filhos, que são agrônomos. Plantamos soja e milho. Eu faço a parte administrativa e, na época da colheita, eu dou suporte pra eles no que precisarem.” Tudo valeu a pena, tanto os testemunhos, as palestras, esse da inteligência emocional eu fiquei muito interessada. Quando a gente trabalha com família precisa de uma inteligência emocional bem desenvolvida. Márcia Cristina Scarpim Gazola