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Teatro Municipal de Santa Cruz é reinaugurado

Reabertura introduz painel da fama, antiga calçada, e figura do inesquecível ator Umberto Magnani Netto em escultura em bronze

O Palácio da Cultura Umberto Magnani Netto foi reinagurado em Santa Cruz do Rio Pardo, trazendo de volta o acesso a filmes selecionados, como a programação do Ponto MIS (do Museu da Imagem e do Som, de São Paulo), além de abrigar oficinas e espetáculos.

Na reabertura, o público foi surpreendido com uma escultura em bronze do ator brasileiro –e mais santa-cruzense que toda a população junta – que dá nome ao local, o Bertinho para os locais. Instalada num banco em frente ao teatro, a homenagem em tamanho natural já se transformou numa atração para moradores e visitantes, todos dispostos a registrar uma foto ao lado do saudoso amigo de toda a gente. “O banco, assim como o Umberto, é muito democrático, para todos, sem distinção”, comentou Roberto Magnani, irmão do artista.

A reforma promovida no teatro incluiu troca de poltronas e piso, reforma no palco e nas coxias, além de inaugurar uma área de acesso para pessoas com problemas de locomoção e uma galeria, que foi batizada com o nome do jornalista Sérgio Fleury Moraes.

O evento de reabertura teve a apresentação do Ballet Municipal da cidade, que estreou novo espetáculo nos dois dias seguintes à reabertura. Para ilustrar o evento, foram apresentados filmes em homenagem ao criador do jornal Debate, Sérgio Fleury, e ao ator Umberto Magnani, cuja crônica, de autoria de Maurício Salemme Corrêa, publicamos aqui:

As novas instalações do Palácio da Cultura "Umberto Magnani Netto", em Santa Cruz do Rio Pardo
foto: Flavia Rocha | jornal 360
foto: Flavia Rocha | jornal 360
* O prefeito Diego Singolani e Renata Sartori, secretária de cultura da cidade *
foto: Flavia Rocha | jornal 360

Umberto Magnani Netto Em 25 de abril de 1.941, nascia em Santa Cruz do Rio Pardo, o ator e produtor Umberto Magnani Netto. Filho de Firmino Magnani e Dona Loures, ele queria ser artista, e foi.

Formado na Escola de Arte Dramática em São Paulo nos anos 60 iniciou sua brilhante carreira no teatro, cinema e na televisão, conquistando diversos prêmios no cenário nacional, tais como: Troféu Mambembe, Prêmio Molière, Prêmio Governador do Estado, dentre outros tantos.

Atuou e encantou os espectadores com performances de tirar o fôlego em renomadas emissoras de Tv, nas telonas dos cinemas e nos teatros desse imenso Brasil e sempre que podia, incluía nos seus personagens, uma fala, uma referência à cidade que ele tanto amava, citando nomes de amigos, de peculiaridades nossas, sempre com um carinho especial e profundo. Ele nunca esqueceu de suas origens.

Para nós, ele era o Bertinho, cara de bem com a vida, sorriso fácil, generoso, brincalhão, simples, que estava sempre presente nos diversos eventos da cidade, seja em festivais de música, carnavais, festas de aniversário, em descidas de boia no Rio Pardo que ele tanto cultuava e cui- dava e principalmente em dias comuns ao lado do seu povo.

O nosso Palácio da Cultura que leva seu nome, foi palco do último ato desse ilustre filho de Santa Cruz que nos deixou em 2016, momento de profunda tristeza para todos os seus conterrâneos e para as artes do Brasil. Naquele dia o Palácio entristeceu, chorou, sofreu e se pronunciou assim:

“ Estou triste, mas só por hoje. Todos os dias antes e depois de hoje, foram e serão de alegria. Ter seu nome é algo que me envaidece, me faz sentir que sou diferente dos outros por aí. Quantas vezes veio aqui e me reverenciou, chorou e se alegrou comigo. Sei que por onde estivesse, sempre falava de mim para os amigos, parceiros e para todo o universo. Receberei os amantes da cultura, do teatro, da dança, da música e estes, levarão sua imagem e seu nome por toda a vida e para o mundo. Triste sim, mas Só por hoje.”

Mas, como foi muito bem explicado, todos os outros dias serão sempre de festa, de alegria, de cultura e que então, assim seja!!!

Parabéns Palácio da Cultura Umberto Magnani Netto.

* Maurício Salemme Corrêa

Na melhor companhia

Todo mundo quer dar um alô, para o querido Bertinho!

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