POTE DO
GELEA Programa de Orientacao de Teorias de Ensino do Grupo de Estudos Livre sobre Ensino de Arquitetura
O GELEA (Grupo de Estudos Livre sobre o Ensino de Arquitetura) é parte de um longo processo iniciado por estudantes de Arquitetura e Urbanismo da UFSC na busca por um novo currículo. Na verdade, mais do que um currículo ou um plano pedagógico: uma nova forma de se pensar a nossa escola, o ensino de arquitetura, e mesmo o ensino superior como um todo. Trata-se de um grupo inteiramente aberto, em que essa busca se faz através de leituras, discussões e propostas, sempre de forma intensa e apaixonada. O material aqui apresentado é um pedacinho de 3 anos de verdadeira pesquisa desenvolvida por vários alunos que contribuíram com os estudos acerca da formação de um novo currículo. Tentou-se fazer uma síntese das muitas discussões e aqui estão apontados os principais pontos levantados.
Essa é a primeira pergunta que devemos fazer, que se relaciona com o próprio objetivo da existência dessa escola de arquitetura e urbanismo. Propomos um curso que se comprometa com as demandas da cidade, tomando uma posição frente às lutas da sociedade, que entenda a cidade como esse contexto histórico, social e político. Os alunos devem entender o porquê de se fazer algo em algum lugar: qual é o contexto, no que ele implica? É necessário compreender o nosso papel na sociedade, a forma como nosso conhecimento pode influenciar a realidade objetiva, e assumir a responsabilidade por nossas ações de forma consciente. Desse modo, o curso que desejamos se opõe a uma visão meramente tecnocrática, que tenha como essência a formação para o mercado de trabalho. Entendemos que o mercado é uma entre tantas formas de atuação do arquiteto junto à sociedade. Mas se a arquitetura existe desde muito antes da atual realidade político-econômica, ela vai sobreviver enquanto um campo de atuação que, ao invés de fortalecer certas relações, possa mudá-las e construí-las. Compreender essa realidade não significa se limitar as suas estruturas vigentes.
QUE ARQUITETO E CIDADAO
QUEREMOS FORMAR?
O CURSO DEVE
CABER NA VIDA DE UM ESTUDANTE
Para o estudante é necessário poder participar de atividades extra curriculares, que os coloquem em contato com a universidade e com a cidade, de modo que as diversas atividades extras e a própria mobilização estudantil façam parte do projeto do curso. A escola deve se comprometer com uma vida saudável para o aluno, também fora da graduação. Para tanto, é necessário reverter a lógica de que estudante de arquitetura não dorme, só trabalha, vive de café e não tem tempo para amar. Sendo assim, é necessária a diminuição da carga horária e redução do número de tarefas a partir do agrupamento das mesmas, ou seja, a partir da dissolução das barreiras das disciplinas, de modo que elas convirjam.
DISCIPLINAS ?
A forma de distribuir os conteúdos ou saberes não necessariamente se dá por disciplinas; estas são uma estratégia de como atingir esses saberes, mas que acabam segmentando os conhecimentos e os descontextualizando. Acreditamos que a discussão desses conteúdos não se dá pela distribuição de caixas para cada coisa, mas por meio de um amplo espaço para discussão, na qual convirjam os saberes necessários para esgotar um grande tema, um módulo, por exemplo. Quando se pensa nos conteúdos alinhados em direção à formação do conhecimento, deve-se perceber que os diferentes conteúdos são demandados em diferentes momentos de um processo, mais uma vez invalidando a ideia de disciplinas e tornando necessária a integração inclusive num sentido de flexibilização da organização dos saberes no tempo.
SABERES !
Apresentação do desenvolvimento dos estudos curriculares em outubro de 2013, durante a Semana Acadêmica.
O curso deve considerar as várias áreas que tangem o ensino de arquitetura, esse universo mais amplo do aprendizado para além da sala de aula, que entenda as demandas da cidade e a sua complexidade, dentro de abordagens políticas, econômicas, culturais, sociais, artísticas, etc. Existe uma barreira firmada pelo curso (e pela forma de ensino em geral), que tende a reduzir o olhar do aluno à uma visão técnica, mercadológica e setorizada.
IN TER DIS CI PLI NA RI DA DE
Por isso, é essencial, ensinar a pensar de modo crítico, buscando a autonomia do aluno, a fim de extinguir uma apreensão unilateral dos conhecimentos. Mais do que transmissão de conteúdo, trata-se de estimular o pensamento e a discussão sobre o mundo, desconstruindo desde as primeiras fases a lógica do Ensino Médio de esperar que se lhe diga o que deve ser feito para “passar”.
Nesse sentido, é imprescindível estimular leituras e discussões de textos e outras formas de transmissão de conhecimento, pois é necessário conhecer o mundo para que se possa intervir nele, entendendo-se também a necessidade do repertório teórico para dar suporte a um projeto de espaço qualificado e embasado.. As leituras recomendadas devem ter critérios e ser complementares ao longo do curso. Sendo assim, é importante, em termos de currículo, os saberes de fundamentação, logo nas primeiras fases, que são conhecimentos que se estendem a um entendimento mais amplo de mundo, algo que aproxime os alunos daquilo que permeia, intersecta e que é intrínseco para entender urbanismo, por exemplo.
E DIVERSAS AREAS DO SABER
Assim, deve-se valorizar outros formatos de aula e outras áreas do conhecimento, como sociologia, filosofia, economia, não necessariamente como disciplinas em caixas, mas como conhecimentos a serem discutidos permanentemente nos espaços de formação, além dos saberes específicos daquela área do conhecimento (como um referencial teórico básico). Desde as primeiras fases e principalmente nas primeiras fases, isso deve ser contemplado, visando o alinhamento dos estudantes, de um pareamento dos conhecimentos.
No formato atual do curso, os horários das disciplinas são pouco lógicos e sem comprometimento com uma proposta pedagógica, seguindo, na maior parte das vezes, as demandas pessoais dos professores. Essa situação produz horários semanais que alternam cargas horárias absurdas com vazios ociosos. Isso dificulta que os estudantes tenham horários para atividades extracurriculares ou empregos e estágios, além de prejudicar principalmente aqueles que moram longe da faculdade. A situação dos alunos que têm de trabalhar se agrava com a pouca flexibilidade em função do excesso de disciplinas obrigatórias e de pré-requisitos. Precisamos de uma grade comprometida com um projeto pedagógico, que inclua também uma flexibilidade e, desta forma, possibilite que as pessoas possam trabalhar ou exercer atividades externas à graduação.
INTEGRACAO
PERMANENCIA ESTUDANTIL
Como alternativa para promover a integração dos conteúdos, incluindo essa problemática, propomos um módulo de saberes, englobando alguns conteúdos dentro de um tema do ateliê do semestre, que poderia ficar dentro de apenas um turno. No mesmo sentido, poderiam haver disciplinas flexíveis, que possam ser cumpridas ao longo do curso, considerando a variedade de ritmos e tempos de cada estudante e suas necessidades e dificuldades. A oferta de disciplinas optativas deve ser maior e contemplar uma variedade de caminhos que o aluno pode percorrer ao longo do curso; a necessidade pelas disciplinas externas aos módulos de ateliê deve poder ser percebida pelo próprio estudante conforme o momento em que se encontra no curso e os conhecimentos que busca complementar.
F L E X I B I L I DA D E
A apropriação do espaço e a sua constante produção devem estar inseridos no projeto pedagógico da escola, como importante momento de aprendizado de arquitetura e de convívio, trocas, cafézinhos do AMA, etc. O aprendizado da praxis num curso de arquitetura pode se relacionar com a própria adaptabilidade e flexibilidade de seu espaço físico. Os alunos, ao trabalharem na modificação desse espaço de convívio aprendem o que é projetar para pessoas e isso se dá uma vez que eles o fazem de acordo com suas necessidades. Desta forma, os estudantes desenvolvem um sentimento de pertencimento, e aprendem a respeitar o lugar, pois fazem parte dele, além de desenvolverem um projetar crítico e consciente. A sobreposição dessas transformações conduzidas pelos próprios alunos guardaria a memória, o registro de que esse espaço é coletivo, é democrático, é educativo.
PRODUCAO DO
ESPACO
O prédio deve possibilitar mudanças em sua configuração mais direta (paredes e aberturas, por exemplo). Tal possibilidade se estende à questão da continuação de nosso prédio – esta deve passar pela crítica daqueles que, diariamente, utilizam seus espaços. Por fim, as experimentações devem abranger a prototipagem e a produção de espaços mais ou menos efêmeros, não só nas Semanas Acadêmicas, aliando o professor a essa proposta, pois a transformação do espaço é conteúdo. A realização de instalações desde o primeiro momento pode propiciar o desenvolvimento do entendimento de relações dimensionais entre corpo e espaço, fazer compreender a importância da ergonomia e do conforto para o usuário, bem como sensibilizar os estudantes para a escala humana e para a dimensão sensorial que o espaço pode tomar.
COMO FERRAMENTA PEDAGOGICA
CANTEIRO
O Canteiro Experimental, enquanto ferramenta pedagógica, é de extrema necessidade na formação acadêmica do arquiteto. É o momento em que o estudante tem contato com a praxis de sua futura profissão, além de desenvolver a sensibilidade em relação ao outro que trabalha na construção civil. O canteiro é uma ferramenta imprescindível, uma vez que a nossa futura profissão lida diretamente com a construção física do espaço, e não com a construção imaginária do mesmo; é o momento de oportunizar os estudantes a tomarem consciência do processo projetual e executivo de uma obra, compreendendo o significado de suas decisões de projeto, que, dentro do canteiro, podem ser revistas e refeitas. A compreensão do funcionamento da construção instrumentaliza e qualifica a prática projetual. Além do mais, é possível trabalhar o detalhe; a construção de uma parede (em corte por exemplo) no canteiro é muito mais didática, inclusive para aqueles que não participaram, mas podem observar.
EXPERIMENTAL
Os alunos hoje não sabem o que se passa dentro dos laboratórios e o conhecimento produzido se encerra dentro deles. Cada laboratório tem a responsabilidade de oferecer atividades e divulgar seus resultados, de modo que haja continuidade das pesquisas – considerando que essa iniciativa tem potencial de atrair futuros bolsistas – e contribuição na formação dos alunos do curso como um todo. Seria muito positivo se os produtos das pesquisas fossem apresentados em mostras. Ainda, os usos dos laboratórios são importantes para sustentar o novo currículo e devem estar inseridos sempre que possível, no formato da aula, bem como disponíveis para uso dos estudantes como apoio aos seus trabalhos.
LABs INTEGRADOS A ESCOLA
Aliar o uso das tecnologias às demandas, às necessidades do estudante, como instrumentos colaborativos no projeto, na sua concepção e representação. Que ferramenta usar? Qual é mais adequada a determinada situação? A tecnologia não pode ser uma limitadora, considerando que o aluno esteja apto a projetar e representar da forma que sente que seja a melhor. Precisamos de suporte para esse tipo de aprendizado e assumir que as tecnologias, os softwares, os aplicativos ficam obsoletos rapidamente, necessitando uma constante atualização dos mestres. A graficação e representação são importantíssimas para o entendimento do projeto, e a falta dessas noções traz limitações à expressão do pensamento do estudante. Comunicação inclui montar pranchas, organizar graficação, em qualquer meio que seja (desenho ou computador) e esses conteúdos devem estar inseridos em ateliê ou saberes teóricos, em vez de uma "disciplina" só para isso, pois assim, alia-se com mais facilidade o saber técnico da representação, com a comunicação e a expressão.
TECNOLOGIA
E
EXPRESSAO
ARTE
E
TECNICA
Arquitetura, afinal de contas, envolve arte e técnica, sensibilidade e objetividade, imersão e construção dos espaços. Como futuros arquitetos, devemos ser capazes de entendê-la como esse conjunto complexo e dinâmico; compreender como a arte e a técnica evoluíram juntas e que, durante a História, algumas mudanças de paradigmas ocasionaram uma separação entre esses elementos. Buscamos a percepção sensível do espaço objetivo e das suas complexas relações, sendo a técnica um meio para realização prática dessa subjetividade, linguagem e expressão. É parte do nosso ofício a busca pela convivência entre essas formas aparentemente distintas de trabalhar e de lidar com a realidade. Superar a ruptura entre corpo e mente é um dos grandes objetivos do estudo e da prática da arquitetura.
Repensar o desenho na formação do estudante, não só como ferramenta de representação, mas como ferramenta de concepção, de apreensão do espaço, da realidade. O ensino do desenho deve também contemplar a expressão do aluno. Para tanto, deve-se assumir outras formas de expressão, como escultura, colagem, costura, como linguagens a serem apropriadas pelos alunos de modo a representar seus pensamentos, seus modos de ver o mundo. Precisamos entender a plasticidade dos objetos, do traço, etc. como linguagem dotada de uma carga simbólica. Acreditamos que o desenho deve acompanhar toda a formação e estar inserido em outros conteúdos (projeto, teoria, tecnologia), pois ele próprio é expressão, concepção, e comunicação.
DESENHO
Semana Experimental, em maio de 2014. Durante uma semana o calendário acadêmico deu lugar à experiência de um novo currículo.
Percebe-se que a extensão hoje não é entendida como parte do projeto pedagógico, e sim como um elemento externo ao curso, ao qual alguns estudantes optam por se dedicar. O ensino é tido como prioridade absoluta. Falta na UFSC uma clareza da própria definição de extensão. O mesmo vale para a pesquisa, que é vista como uma atividade extra que tem como função somar horas à sua semana. Devemos buscar uma discussão sobre as qualidades e limitações trazidas pela institucionalização da pesquisa e extensão, buscando uma realidade em que essas sejam atividades estimuladas mas sem ferir a autonomia estudantil sobre os espaços existentes. É possível buscar um modelo de curso que se abra para a realidade objetiva da nossa cidade, de modo comprometido e responsável, assumindo o papel da universidade pública, e assim inserindo essas atividades de pesquisa e extensão na proposta pedagógica do curso.
ENSINO
PESQUISA
EXTENSAO
O posicionamento do curso sobre a pesquisa e a extensão, no final das contas, se refere ao próprio posicionamento político do curso com relação à sociedade. É necessário rever também a forma como funcionam as pesquisas no curso, que não sejam unicamente dependentes da demanda da carreira acadêmica dos professores, dando certa autonomia ao estudante para pesquisar temas que considere relevantes com o apoio de um professor orientador. Devemos evitar também que a universidade pública se preste a interesses privados, por meio de pesquisas encomendadas por empresas que desejam obter desenvolvimento tecnológico a baixo custo.
Uma discussão antiga em nossa escola se refere às viagens, que se dão de forma quase aleatória, conforme a possibilidade de encaixe do professor e dos alunos dessa ou daquela disciplina. Compreendemos a necessidade de inserir as viagens de estudos definitivamente na proposta pedagógica. Propomos uma semana destinada a essas atividades de antemão na grade semestral. Desse modo, institucionaliza-se que um semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo possui três semanas previamente destinadas a atividades fora da sala de aula: a Semana dos TCC’s, a semana de viagens e a Semana Acadêmica. As viagens de estudo têm que ser uma política do curso, para que sejam acessíveis, democráticas e integradas ao projeto da escola. As ações recreativas e as aulas fora da sala também são importantes para a compreensão da cidade e da sua história, como vivências que o meio além do espaço do curso proporciona, já que a cidade é o próprio objeto de estudo, muitas vezes negado na sua dimensão de espaço de encontro, de convívio, de espaço lúdico.
IR
ALEM DAS AULAS
viagens, seminarios, pesquisas, visitas tecnicas, pratica, etc.
Incluir o estudo de modos “informais” ou vernaculares da tecnologia, valorizar o saber fazer popular, considerando como alternativa de projeto a ser apropriada e aprimorada. Além das tecnologias populares, é importante valorizar a cultura e a produção artística popular, como riquíssima fonte e subsídio para qualquer coisa a ser elaborada dentro e fora do curso. Ignoramos mais da metade daquilo que é construído no país e, assim, um conhecimento desenvolvido na prática do cotidiano acaba sendo desprezado. Buscar compreender esses conhecimentos é também um ato de responsabilidade com a realidade.
VALORIZAR TAMBEM O QUE NAO E
"ACADEMICO"
Entendemos a necessidade de os professores de outros departamentos ou formações estarem alinhados com o aprendizado de arquitetura, de modo que os conteúdos de tecnologia e estruturas possam estar articuladas com o aprendizado do dia a dia, da observação dos alunos durante as visitas, no canteiro de obra, no ateliê de projeto. Com a construção de um currículo novo, empreende-se que os professores a serem contratados sejam aptos a responder às nossas necessidades, evitando-se o conteúdo fragmentado e descolado da realidade que recebemos hoje.
PERFIL DO
CURSO
Os professores (de todas as áreas dos saber) devem estimular uma construção do conhecimento feita em conjunto, pois ele não é o detentor do conhecimento, devendo tomar a posição de orientador. Este orientador deve estimular o senso crítico e a expressão do aluno, que conquistará maior autonomia e agirá como um reprodutor dessa lógica, um agitador dentro da comunidade estudantil. Ainda sobre o papel deste educador, queremos que a correção de um projeto seja positiva, não algo como “faltaram tantos cortes”, mas comentários que perguntem ao aluno se algo é pertinente ou não para o seu projeto, de modo a fazê-lo refletir. A avaliação do projeto deve permitir ao estudante perceber por conta própria que formas de expressão são necessárias para a leitura da proposta, em vez de estimular um tarefismo acrítico a partir de uma lista de elementos que devem constar na entrega. A correção positiva deve valer para as outras formas de avaliação, para além das pranchas de projeto
PERFIL DO
EDUCADOR
REVISAO DO
CURRICULO INSTITUCIONALIZADA
O curso como um todo, bem como seus segmentos, devem ser questionados constantemente, no que se refere aos métodos de avaliação, de ensino, à própria estrutura da escola. Assim, entendemos que o currículo que venha a ser formado a partir deste momento deva ser sempre revisado, a partir das demandas do curso e em discussões ampliadas. O curso deve ter a possibilidade de sempre se atualizar para evitar situações como a atual, em que o currículo assume um anacronismo que demanda uma revisão completa. A constante atualização do pensamento do curso é também um ato de responsabilidade com a compreensão da realidade, cujas mudanças devem ser incorporadas na nossa forma de pensar a escola.
UM SONHO
COLETIVO
Tudo que aqui expusemos reflete, em resumo, nossos principais sonhos para nossa escola e queremos que sirvam de fomento para as futuras discussões. Conforme já dito, nem tudo que discutimos foi citado nesse documento. Mesmo assim, acreditamos que esse seja o momento de abertura e continuidade de nossas propostas, passíveis de críticas, correções e aprimoramentos, as quais esperamos que virem um sonho coletivo.
ANOTACOES