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CAMISOLAS POVEIRAS
A partir de uma cruz, de um pontinho, escolhido pelo pai, a imagem de uma família começava a ser construída. À medida que nascia um filho ou uma filha, acrescentava-se mais um traço, e mais outro e outro, até que o último filho herdava o símbolo do pai. A esposa e mãe também herdava o símbolo do marido.
“É um trabalho que eu pretendo continuar, para não se perder a linhagem desta arte”, afirma.
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Beatriz Martins, 74 anos e amante desta arte há mais de cinco décadas, recorda que também aprendeu a tricotar na rua, com a mãe, as vizinhas e as primas. “Antigamente, não havia estas escolas para se aprender a fazer as camisolas”, lembra.
A sua vinda para o Atelier Poveiro foi há 16 anos, numa altura em que o fabrico destas camisolas estava praticamente parado e foi necessário “pôr mãos à obra”, ou melhor, pôr mãos nas agulhas. Orgulha-se de ter feito a camisola poveira para o Barack Obama.
Para Sérgio, o único homem que vemos neste atelier a tricotar, o início no tricô nem sempre foi fácil – não tinha destreza suficiente para pegar nas agulhas, o que dificultou o “aperto do ponto” da primeira camisola que fez e que ficou bastante rija por esse mesmo motivo.
Conta-nos que sempre teve bastante destreza para trabalhos manuais e a partir do momento em que desejou ter uma camisola poveiro, inscreveu-se neste local como formando para aprender. Sobre o tempo que leva a fazer uma camisola, mostra-nos que ainda está na parte das costas desde que começou, sobretudo, por ser um hobbie e não algo que faça todos os dias.
Ainda que esta arte sempre tenha sido realizada por mulheres, Sérgio não vê essa distinção entre mulheres e homens – “Para mim não tem de ser uma mulher a fazer trabalhos de costura ou bordado, os homens podem e devem fazê-lo também.”
O som das agulhas continua a ser o único som a fazer-se escutar e a ecoar entre estas paredes – à medida que nos aproximamos das agulhas, percebemos que vários são os movimentos com as mãos que transformam um novelo de lã numa peça de arte.
Ainda que nem sempre seja fácil o caminho, sobretudo, porque há o risco desta arte se perder de geração em geração, a vontade e o desejo de levar a identidade Poveira para além-fronteiras não se esgota. Se dúvidas existissem de que algum dia as camisolas poveiras fossem cair no esquecimento, dissiparam-se. Serão os dedos, as agulhas, as mãos, com mais ou menos rugas, e as linhas que farão esta arte perpetuar pelo tempo.
Sérgio Antunes
Judite Alves Solicitadora
Restaurante Taiy Sushi Club
Um raio de Sol na cidade de Chaves
O nome surgiu de uma reunião familiar do proprietário, com um Know-How no ramo da restauração, ligando o Japão – pais do sol nascente, com o nome da rua, fazendo jus ao significado, em português, da palavra Taiyō: Sol.
Situado na Rua do Sol, ao lado das Termas, na zona histórica da emblemática cidade de Chaves, além da cozinha, contribui para o inegável sucesso do restaurante a envolvência do espaço, desde a entrada, onde somos recebidos por um portão Torii, como se fosse um templo oriental, ao terraço decorado com elementos asiáticos.
Taiy Sushi Club
Com duas salas elegantes e uma esplanada acolhedora, com show cooking e música ao vivo nos meses de julho e agosto, recebem diariamente clientes promovendo uma experiência completa.
Rua do Sol, nº70
5400-517 Chaves
Encomendas/Telefone:
938 982 377
Reservas: www.taiyo.pt
Aberto de segunda a segunda a partir das 19,30h, até às 23h; Domingo
13h – 15h, 19:30h – 23h
Encerra à terça-feira.
(horário pode alterar segundo as festividades)
Conforto, glamour, requinte, um Staff bem formado, atento e acolhedor, e os melhores sabores do Japão são a combinação perfeita de lugar ideal para sair a dois, com a família ou reunião de amigos.
Os sushiman, com passagens por restaurantes de renome nacional e internacional, criativos e inovadores, criam autênticas obras de arte com novos sabores através da utilização de produtos exclusivamente japoneses, confecionam a harmonização perfeita dos sabores asiáticos. Vinhos Verdes são também alguns dos vinhos disponíveis na garrafeira que podem elevar ainda mais a fasquia da refeição, assim como as variadas sangrias, destacando a de maça e maracujá. Um bartender, especializado, cria cocktails fabulosos, destaco em particular o “Taiyō “com um sabor suave a baunilha, surpreendentemente irresistível. Como alternativa, aos não amantes de sushi, aconselho a carne de vitela maturada da Galiza.
Jorge Alves, proprietário, jovem empreendedor, já planeou um novo espaço, Taiyō Riber Club, de tapas e snaks asiáticos com bar e cocktails, com horário das 12h00 às 19h00, para almoços e lanches, com a mesma imagem e serviço, preenchendo mais uma lacuna na gastronomia em Chaves. Acredita e aposta no valor dos mais jovens que emprega da Escola Profissional de Chaves, onde é docente, e aos quais não deixa de dizer que é um gosto continuar a crescer com eles.
O cliente aqui é Rei! Todos os dias é oferecido o melhor da gastronomia japonesa tentando respeitar um velho ditado japonês que refere “hoje melhor que ontem, amanhã melhor do que hoje.” A aposta na mão de obra qualificada, bom gosto e serviço diferenciado junto com o ambiente do espaço, fez deste um sucesso inegável.
A vida é feita de experiências! A quem domina ou não as referências gastronómicas do Japão, um proverbio japonês diz-nos que “o prato saboroso deve ser comido à noite”, significa que um banquete não pode esperar até o amanhecer para ser apreciado. Portanto, não adie, faça já a sua viagem gastronómica, venha até Chaves ao Taiyō Sushi Club, ou peça um take away.
Eduardo A. Pereira Solicitador