O NEOCLASSICISMO E O ROMANTISMO NO BRASIL
Professora
Anne Camila Cesar Silva
INTRODUÇÃO - Família Real no Brasil Colonial: de Dom João (Reino Unido de Portugal e Algarves) a Dom Pedro. - A influência inglesa. - Edificações construídas em virtude da Corte portuguesa do Brasil: Imprensa Régia; Biblioteca Real; Hospital Militar; o Jardim Botânico; além da fábrica de pólvora, academias militares e teatro. - 1815: Napoleão é definitivamente derrotado. - Início da proclamação da independência nas colônias espanholas. - Constituição Espanhola com bases na “liberdade, fraternidade e igualdade” – liberalismo e iluminismo. - 1820: Dom João deveria voltar à Portugal e o Brasil à ser Colônia (revolta no Porto/PT)
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Professora: Anne Camila Cesar Silva
O NEOCLASSICISMO E O ROMANTISMO NO BRASIL
Professora: Anne Camila Cesar Silva
MISSÃO FRANCESA NO BRASIL - Artistas e estudiosos franceses sentiam-se indesejados com o reestabelecimento do absolutismo na França e a convite de Dom João, vieram ao Brasil. - Remunerados para continuarem o exercício de sua profissão de origem. - Entre eles: Debret; Taunay; os irmãos Ferrez e o responsável pela implantação do ensino regular de Arquitetura no Brasil, Grandjean de Montigny. - Academia de Belas Artes – Rio de Janeiro. - Estes artistas viviam no limiar, entre o neoclassicismo e o romantismo. - Arquitetura Neoclássica e pintura romântica.
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Fachada da Academia Imperial de Belas-Artes fotografada por Marc Ferrez em 1891.
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Mudança: proclamação da República em 1889; - Aumento do número de estudantes; - Instalações inadequadas (má conservação e inacabadas) - ao mesmo tempo, precisava-se de uma construção símbolo dos novos rumos que o ensino artístico brasileiro estava percorrendo.
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Professora: Anne Camila Cesar Silva
Palรกcio do governo em Sรฃo Paulo, 1827. JeanBaptiste Debret
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Palรกcio do governo em Sรฃo Paulo, 1827. JeanBaptiste Debret
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DOM PEDRO I – DEFENSOR E IMPOPULARIDADE - 1823: Pressão para realizar Constituição Brasileira, tendo em vista que as demais colônias já haviam declarado a república. - Novos poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador. - Princípios da Carta Constituinte de 1824: - Iguais perante a lei, menos os escravos que eram maioria. - Direito a propriedade, mas a população rural e não—escrava, não tinha terra. - Garantia a liberdade de expressão, mas jornalistas oposição eram presos, perseguidos e assassinados. - Havia justiça para todos, mas na prática apenas para poderosos, nobres e grandes proprietários. - Insurreição Pernambucana em 1817: tentativa de declarar república (Pernambuco; Paraíba; Rio Grande do Norte e Alagoas). - Construção do Primeiro Palacete Neoclássico no Brasil, destinado à Marquesa de Santos (Domitila de Castro) amante de D. Pedro I.
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Primeiro Palacete Neoclássico do Império, nos arredores do Paço da Quinta, pelo Arquiteto Joseph Pierre Pezerat.
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Professora: Anne Camila Cesar Silva
Leito da Marquesa de Santos, de autoria de Louis-Alexandre Bellangé.
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Leito da Marquesa de Santos, de autoria de Louis-Alexandre Bellangé.
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Primeiro Palacete Neoclássico do Império, nos arredores do Paço da Quinta, pelo Arquiteto Joseph Pierre Pezerat.
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Claraboia acima da escada no Palacete da Marquesa de Santos.
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Fachada Posterior do Palacete da Marquesa de Santos.
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DOM PEDRO I – DEFENSOR E IMPOPULARIDADE - Dom Pedro I tornara-se impopular. - Muitas de suas promessas não haviam sido cumpridas: abolição da escravatura, diminuição da cobrança de impostos... - Gota d’água: Em viagem às Minas Gerais, é recebido com luto pelos mineiros. Opondo-se a isto, portugueses tentam ovacioná-lo em meio às vaias.
- Dom Pedro abdica do trono para seu filho de apenas 5 anos e retorna à Portugal. - O Brasil sofria com disputas internas, onde cada qual defendia seus próprios interesses, em especial o econômico – exemplo, Revolta dos Farrapos (República Juliana). - 1840: Dom Pedro II assumiria sem atingir a maior idade (com 15 anos), inicia-se o ciclo do café – especialmente na região sul >>> Segundo Reinado.
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ARQUITETURA DO REINO UNIDO, PRIMEIRO REINADO E REGÊNCIA - A chegada da coroa portuguesa, a vinda da comitiva francesa ou mesmo a declaração da independência não foram os motivos para a mudança da arquitetura, mas sim agentes catalizadores desta transição entre o barroco e o neoclássico. - Teatro Escala de Milão >>> Teatro São Carlos em Lisboa >>> Real Teatro São João no Rio de Janeiro. - Bem como idealizado pelos norte-americanos, buscava-se para a nova nação (agora a brasileira) uma arquitetura que transmitisse ‘dignidade, imponência, austeridade, símbolos da nova forma de poder’. - Agora não somente palácios e igrejas devem ser vistos, mas também escolas, hospitais, teatros, câmaras, etc.
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Convento de Mafra Lisboa/PT
Igreja da Candelária, Rio de Janeiro (reformada em 1755)
A Basílica da Estrela (ou Real Basílica e Convento do Santíssimo Coração de Jesus) Lisboa/ PT
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DOM PEDRO I – ARQUITETURA - O Neoclassicismo no Brasil, a partir do Primeiro Reinado, com Dom Pedro I é que se torna ARQUITETURA OFICIAL. - Após a Revolução Industrial se diversificam os programas arquitetônicos – arquitetura civil. - As residências ficavam em segundo plano: no máximo, observa-se o acréscimo de algum elemento decorativo e ‘modernizador’ como a platibanda (gradativamente os beiras são substituídos por platibanda almofadada ou balaustrada dispostas como coroamento das fachadas).
- “Encerra-se” a privacidade das residências: inunda-se o ambiente interno de luz e prejudica-se a ventilação (casas fechadas para evitar a poeira das ruas sem calçada e em barro).
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ARQUITETOS NEOCLÁSSICOS – I IMPÉRIO - Dois arquitetos franceses que se destacaram no Neoclassicismo brasileiro: Grandjean de Montigny e Pierre Pézerat (diretamente contratado por Dom Pedro I). - Grandjean de Montigny foi professor da Academia Imperial de Belas Artes até sua morte em 1850, inaugurando o ensino desta área oficialmente no Brasil. Teve poucas obras edificadas, especialmente em virtude da falta de mão de obra especializada e de recursos financeiros.
- A administração de Montigny recebia críticas pois apresentava uma orientação mais comum às politécnicas do que às belas artes: valorizava aspectos relacionados à funcionalidade e construção, relegando a plano secundário questões compositivas estilísticas.
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VARIANTES DA COMPOSIÇÃO NEOCLÁSSICA BRASILEIRA - Soluções adotadas: - Adoção de pórtico com ordens superpostas, com dois ou três pavimentos de altura enquanto o resto da edificação permanecia com apenas o térreo. - Pórtico com a mesma altura do restante do edifício. - Pórtico que além do alinhamento da fachada protegendo os passageiros dos coches e carruagens. - Partido adotado pelos templos romanos (pouco aplicado no Brasil).
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PÓRTICO EM DESTAQUE - Desenho da fachada do edifício Alfândega, 1819-20. Grandjean de Montigny.
- Academia Imperial de Belas Artes >>>>>> - Partido adotado em casas nobres, posteriormente. - Notadamente o pórtico tem pé-direito duplo, diferindo e se destacando do restante da edificação. - O pavimento térreo não possui beiral, mas platibanda. - O edifício se destaca na paisagem urbana composta de casario colonial.
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PÓRTICO ALINHADO À FACHADA - Foi utilizado nos grandes edifícios do Império ou de entidades ligadas ao governo. - Pórtico sob o frontão triangular no mesmo plano da fachada. - Quando o edifício possuía dois pavimentos, as ordens das colunas seriam superpostas (ex. dórica no térreo e jônica no pavimento superior). - Exemplo: Obra de Palladio, 1555, Villa Pissani (Palladio construía com poucos recursos cal e areia, na Europa, situação semelhante a do Brasil).
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PÓRTICO AVANÇADO - Inspirada em diversos pórticos renascentistas de igrejas portuguesas. - O primeiro pavimento é avançado sobre a rua permitindo que um maior número de fieis pudessem participar dos cultos religiosos sem estarem expostos ao clima. - Os teatros também receberam o mesmo tratamento. - No Brasil, algumas casas urbanas e palácios adotaram esta mesma solução formal. - Palácio Imperial de Petrópolis, 1845.
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TEMPLO - Pouco utilizado no Brasil. - Melhor exemplo: Igreja Nossa Senhora da Glória do Largo do Machado, Rio de Janeiro. - Outro exemplo: Casas de Câmara e Cadeia de Maricá e Itaboraí >>> Obras do engenheiro Koeller. - Era mais comum a ‘adaptação’ das formas (pseudo) clássicas sem o frontão, seguindo uma tendência eclética que vigorava na Corte Portuguesa e mediante a ausência de mão de obra especializada -, os mestres de obra acumulavam os papeis de projetistas e escultores.
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REFERÊNCIAS - LEMOS, Carlos. Arquitetura brasileira. São Paulo: Melhoramentos: Edusp, 1979. - OMEGNA, Nelson. A cidade colonial. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1971. - REIS FILHO, Nestor Goulart. Quadro da Arquitetura no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1978 - BAZIN, Germain. A arquitetura religiosa barroca no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 1983.
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