Romantismo

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ROMANTISMO

Professora

Anne Camila Cesar Silva


Origem do Termo ‘Romântico’

1750: o termo romântico foi empregado pela primeira vez na Inglaterra para definir o tema das novelas pastoris e de cavalaria que existiam nessa época.

Romântico significava pitoresco: expressão de uma emoção que é indefinida e que foi provocada pela visão de uma paisagem.

O termo romântico passou depois a ser adotado no movimento artístico filosófico Romantismo, que seguiu as ideias políticas e filosóficas do Iluminismo (liberdade de expressão e afirmação dos direitos dos indivíduos) e também as ideias de um movimento alemão chamado – Strürm und Drang (que tinha como principais elementos o sentimento e a natureza).

Strürm und Drang: Surgiu na Alemanha.

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Professora: Anne Camila Cesar Silva


Características

1. Cultivou a emoção, a fantasia, o sonho, a originalidade, evasão para mundos exóticos onde se podia fantasiar e imaginar. 2. Exaltação da Natureza. 3. Gosto pela Idade Média (porque tinha sido o tempo de formação das nações). 4. Defesa dos ideais nacionalistas (liberdade individual, liberdade do povo). 5. Panteísmo (doutrina segundo a qual Deus não é um ser pessoal distinto do mundo: Deus e o mundo seriam uma só substância) >>> Deus é tudo. 6. Individualismo: visão de mundo centrada no indivíduo. Individualidade, muitas vezes definida por emoções e sentimentos. 7. Subjetivismo: o romântico trata dos assuntos de forma pessoal, de acordo com sua opinião sobre o mundo. 8. Idealização: o autor idealiza temas, exagerando em algumas das suas características (ex. a mulher é vista como uma virgem frágil; a noção de pátria também é idealizada.)

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TEMAS ABORDADOS

Em comum, o regresso à Natureza (vista como universo natural e imaginário) •Florestas melancólicas • Ruínas, • Paisagens selvagens, com uma neblina misteriosa, • Regiões desertas, • Tempestades marítimas, • Ambientes exóticos com temas orientais e históricos, que relatam tradições e crenças populares. NOMES DA PINTURA • • • • •

Delacroix e Gericault (França); John Henri Fuseli (Suíça); Georg Stubbs e Turner (Inglaterra); Goya (Espanha); Casper David Friedrich (Alemanha);

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Eugène Delacroix - Christ on the Lake of Gennezaret

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RuĂ­nas de Eldena Perto de Greisfiswald (1825), de Casper David Friedrich

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CLASSICISMO

ROMANTISMO

VISÃO FRIA E RACIONAL DO MUNDO

MUNDO DOS SENTIDOS E IMAGINAÇÃO INDIVIDUAL

CONSEQUÊNCIA E VALORIZAÇÃO EMOCIONAL

FORMALISMO CONTROLE DISCIPLINA FORMAL

RECUSA

ROMANTISMO

EMOÇÃO SUBJETIVA E INTUIÇÃO

Professora: Anne Camila Cesar Silva


ROMANTISMO No século XIX gera-se um movimento de reação que procura os fundamentos da arte nas antigas realidades nacionais. ARQUEOLOGIA viabiliza a descoberta do românico e o gótico. Redescoberta das técnicas construtivas do românico e o gótico, chegando à conclusão que as soluções técnicas da Idade Média eram tão racionais como as clássicas greco-romanas. Incorporação de elementos rústicos, espontâneos e diversificação da cultura. Isto leva ao estudo também, da arte chinesa e japonesa, assim como indiana e africana. Com o regresso à Idade Média o romantismo vai recusar as regras impostas pelas academias neoclássicas, pois estas eram inspiradas nos valores clássicos (ordem, proporção, simetria, harmonia). Os arquitetos românticos vão preferir: • • • • •

irregularidades nas estruturas espaciais e volumétricas preferência pelas geometrias mais complexas e pelas formas curvas efeitos de luz movimento dos planos pitoresco da decoração (tudo o que pode ser pintado ou representado em imagem)

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ROMANTISMO

O homem desta época desenvolveu o gosto pelas viagens, dando vazão ao seu espírito romântico, irrequieto, sonhador e sempre insatisfeito, demonstrada pelas viagens e pelo “consumo” da arte. Utilizou a literatura e a música para visualizar (através da descrição dos mesmos) terras e ambientes desconhecidos. Havia o hábito de colecionar estampas japonesas e coisas vindas do Oriente, através do comércio intercontinental que começava a chegar ao Ocidente.

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Exemplo: ROMANTISMO em Portugal

Portugal vive nesta época um período conturbado, resultante de • Invasões Francesas (1807-1810) • Fuga da corte portuguesa para o Brasil (rei D. João VI) • Revolução liberal portuguesa (1820) • Independência do Brasil (1822) • Guerra civil entre Miguelistas (absolutistas) e Liberais (D. Pedro IV) (1828 a 1834) • Muitos partidários das ideias liberais tiveram de exilar-se em Inglaterra e França, como por exemplo Almeida Garrett e Alexandre Herculano, onde começam a conceber a ideia de criar uma literatura nova, de carácter nacional e popular. ROMANTISMO em Portugal - PINTURA Manifestou-se principalmente nos seguintes temas: - Cenas de género (vida rural e costumes populares); - Históricos (Idade Média e episódios nacionalistas); - Cenas místicas (Procissões); - Retratos; - Paisagem (As composições de paisagens confundiam-se muitas vezes com o Naturalismo). No entanto a pintura não tinha uma estética muito marcada, nem objetivos concretos e não teve a mesma importância que a nossa literatura romântica.

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Professora: Anne Camila Cesar Silva


ROMANTISMO em Portugal

Palรกcio da Pena, 1838/68, vรกrios arquitetos e artistas

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Professora: Anne Camila Cesar Silva


Palรกcio da Pena, 1838/68, vรกrios arquitetos e artistas

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Referências: BENÉVOLO, Leonardo. História da cidade. 4 ed. São Paulo: Perspectiva, 2005. BENÉVOLO, Leonardo. Introdução à Arquitetura. São Paulo: Mestre Jou. 1972. CARVALHO, Benjamim de. A História da Arquitetura. Rio de Janeiro: Ed. Tecnoprint, 1964. Edições de Ouro. DUBY, Georges. História da vida privada 2: da Europa feudal à renascença. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. HAROUEL, Jean Louis. História do Urbanismo. 2. ed. Campinas: Papirus, 1998. LAMAS, José Garcia. Morfologia urbana e desenho da cidade. 3ed. Porto: Fundação Calouste Gulbenkian / Fundação para a ciência e tecnologia, 2004. MORRIS, A. E. J. Historia de la forma urbana: desde sus orígenes hasta la Revolución Industrial. 6 ed. Barcelona: Gustavo Gili, 1998. MAHFUZ, Edson. O clássico, o poético e o erótico e outros ensaios. Porto Alegre: Ritter dos Reis, 2001. MUNFORD, Lewis. A cidade na História: suas origens, transformações e perspectivas. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. PEVSNER, Nicolaus. Panorama da Arquitetura Ocidental. São Paulo: Martins Fontes, 2002. ROBERTSON, D. S. Arquitetura Grega e Romana. São Paulo: Martins Fontes, 1997. SUMMERSON, John. A Linguagem Clássica da Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

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