PI - 5º semestre (2013)

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE COMUNICAÇÃO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS

PROJETO DE PESQUISA

Organizações Públicas no ABC e saúde

São Bernardo do Campo, abril de 2013


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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE COMUNICAÇÃO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS

ALINE CASTRO ANDERSON LUNA CAMILA SILVA DANILO SANTOS MARCELO ALVES MALLORY RODRIGUES MICHELE BOIN ZAÍRA SANTOS

Organizações Públicas no ABC e saúde

Projeto de Pesquisa apresentado à Faculdade de Comunicação, da Universidade Metodista de São Paulo, no curso de Relações Públicas. Orientação: Altair Scheneider, Marli dos Santos, Paulo Bessa.

São Bernardo do Campo, abril de 2013


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Agência ID Comunicação


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Sumário Introdução.....................................................................................................................5 Objetivos .....................................................................................................................5 Tema da pesquisa ...................................................................................................... 6 Metodologia ...............................................................................................................10 Instrumento de pesquisa ...................................................................................10 Sistematização e análise dos resultados.................................................................10

Analise de pesquisa sobre a saúde públcia na região do ABC Paulista Bloco 2 – Midia...............................................................................................11 Bloco 3 – Saúde Pública e Privada na região do ABC .................................12 Bloco 4 – Saúde nas organizações públicas Relatório final...........................17 Ética e moral na Saúde Pública.......................................................................26 Psicanálise - Opinião Pública....................................................................................30 Analises da pesquisa..................................................................................................33 Conclusão...................................................................................................................36 Referencias...............................................................................................................38


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Introdução A agência ID Comunicação, formada por estudantes do 5º semestre do curso de Relações Públicas, desenvolveu uma pesquisa no Grande ABC, focando as cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, para constatar como a mídia impacta na formação da opinião pública quanto às organizações do setor público da saúde. Com essa pesquisa é possível analisar os meios de comunicação da área da saúde pública, e como a mídia influência na opinião do público, mediante ao comportamento dos profissionais e a atual situação em que se encontra o sistema de saúde pública, mostrando a opinião dos usuários desse sistema e os meios de comunicação mais utilizados no dia a dia pelos mesmos. Baseado nas informações obtidas, esse trabalho procura mostrar a forma como as notícias são colocadas nos veículos de comunicação dessa área, se há dificuldade para conseguir informação adequada sobre os serviços prestados pela saúde pública e como a população se utiliza dessas notícias e informações para formar sua opinião a respeito do assunto.

Objetivos Objetivos Gerais:  Entender como a mídia influencia a formação da opinião pública em relação às organizações públicas de saúde.

Objetivos específicos:  Entender como a opinião pública se forma e qual é o processo utilizado para isso;  Observar por meio de onde que as pessoas formam opinião quanto a organizações locais;


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 Perceber como questões éticas estão ligadas ao tema e a formação da opinião;  Entender como a psicologia está inserida na formação da opinião pública;  Aprimorar o conhecimento em técnica qualitativa de pesquisa;

Tema da pesquisa O SUS (Sistema Único de Saúde) é considerado por especialistas um dos melhores planos de saúde do mundo, pois dá acesso igualitário a todos os seus serviços. No ABC, além das UBS (Unidades Básicas de Saúde), CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), hospitais municipais e hospitais estaduais, existem entidades públicas formadas a partir de parcerias com universidades da região. É o caso da Fundação Santo André, que permite que os pacientes passem por consultas, cirurgias e outros serviços gratuitamente a partir de uma parceria feita com a FMABC (Faculdade de Medicina do ABC). Muitos pacientes são encaminhados diretamente de UBS para passar por atendimento no local, que oferece tratamentos de alto custo gratuitamente em parcerias com outras entidades, como o Hospital Estadual Mario Covas, que fornece medicamentos de alto custo (desde que seja apresentada a receita médica) a população carente. Entretanto, nas mídias impressas, digitais e audiovisuais, quando o assunto é saúde pública raramente se veem notícias boas. Grande parte das matérias vistas é de falta de infraestrutura, falta de médicos e enfermeiras, casos de erros médicos e descasos, falta de medicamentos e de investimento em tecnologia, entre outras coisas. Esses também são alguns dos problemas enfrentados pela população que necessita da utilização dos serviços do SUS no ABC, porém grande parte das matérias foca numa preocupação constante da melhoria da qualidade desses serviços na região. Prefeitos e entidades do ABC de interesse na área se reúnem com frequência no decorrer do ano para discutir implantação e expansão de projetos, como o projeto QualiSUS, que visa a melhoraria da qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2013, mais UBS (Unidade Básica de Saúde), UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) estão com projetos de construção em andamento, porém a quantidade de obras não foi especificada na fonte consultada.


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O ABC foi pioneiro no contrato de saúde regional, pois apresenta a estrutura formalizada do Consórcio Intermunicipal. Ao todo, o governo federal estima que sejam firmados 415 contratos em todo o país, similares ao do ABC. Além de mapear demandas e metas integradas, o objetivo, segundo a União, é melhorar o acesso aos serviços oferecidos nas redes de cada cidade. De 1996 até hoje, foram criados 215 novos leitos públicos, elevando São Bernardo à condição de líder em número de leitos hospitalares em geral no Grande ABC. Mesmo assim, a região ainda não terá autossuficiência, pois muitos tratamentos dependem da articulação com a capital de São Paulo para o tratamento. São Bernardo do Campo tem 359 leitos públicos, ultrapassando o mínimo exigido pela Organização Mundial da Saúde, que é de 1 leito para cada mil habitantes. Em 2010, uma matéria elogiou o serviço prestado no Hospital Municipal de São Bernardo, deixando a população esperançosa quanto aos serviços na região. Em 2012, o prefeito da cidade, Luiz Marinho (PT – Partido dos Trabalhadores), construiu e reformou onze UBS sendo nove reformadas e duas construídas, oito UPA, sendo duas construídas e seis reformadas e seis CAPS, sendo duas construídas e quatro reformadas na região, muitas das quais se encontravam em estado de quase abandono. Além disso, o prefeito iniciou a construção do primeiro Hospital das Clínicas na região. Em São Caetano do Sul atualmente existem onze UBS e quinze Unidades Especiais de Atendimento, entre centros de reabilitação, saúde oftalmológica, saúde da criança e do adolescente, saúde da mulher, centro policlínico, centro de especialidades, laboratórios de análises clinicas, ambulatório de saúde mental, casa da gestante, centro odontológico, farmácia, núcleo de hemoterapia e centro de prevenção e assistência as doenças infecciosas. Em um artigo publicado em março de 2012, o Ministério da Saúde, com base no IDSUS (Índice de Desempenho do SUS) apontou a posição 606 para a cidade de Santo André, entre 645 cidades listadas, ou seja, a cidade ocupou uma das piores posições. O jornalista em questão indicou que o fato se deve principalmente por mal uso de verbas públicas e declarou que a cidade necessita de um “choque de gestão” na área, além de melhorias em serviços de emergência e agendamentos de consultas e exames. A cidade tem muito investimento e pouco retorno, ficando atrás de São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e ocupando uma posição baixíssima no ranking de São Paulo.


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Os principais desafios da área na região são a manutenção do sistema e fidelização dos médicos que trabalham nestes locais. Para isso necessita-se de parceiros considerados essenciais para o desenvolvimento da região, como a FUABC (Fundação ABC), que é mantenedora de 12 hospitais, três AMES (Ambulatórios Médicos de Especialidades), três prontos-socorros e uma central de convênios. Só na região, a FUABC é responsável pela gestão administrativa e clínica dos hospitais Estadual Mario Covas, Hospital da Mulher em Santo André; Hospital Nardini em Mauá; Complexo Hospitalar de São Bernardo (Hospital de Ensino Anchieta, Hospital Municipal Universitário e Pronto-Socorro Central) em São Bernardo do Campo; Complexo Hospitalar de São Caetano (Hospital Márcia Braido, Hospital Maria Braido e Hospital de Emergências Albert Sabin), Hospital de Olhos de São Caetano e Hospital São Caetano em São Caetano do Sul. A partir de 2007 a FUABC iniciou um processo de adaptação com a Central de Convênios, onde todo o serviço de saúde prestado fora dos hospitais obteria uma melhoria em sua qualidade, com a supervisão da Central de Convênios (CC). A Central entra também em parceria com todas as instituições vigentes da FUABC, tais como, UPAs, PSF (Programas Saúde da Família), CAPS, Agentes Comunitários de Saúde, Controle de Vetores, Farmácia Popular, SAMU (Serviço Móvel de Urgência) e assim proporcionando um apoio e uma qualidade melhor para essas instituições. Em 2010 é concedida uma sede própria à Central em Santo André, trazendo como consequência um espaço físico próprio onde o trabalho pôde ser feito de uma maneira melhor. Em 2012 começou com 234 unidades públicas de saúde servidas pela CC, reunindo 5,4 mil funcionários. Em função de sua peculiaridade de atuação, ou seja, montar equipes para trabalhar em planos específicos de saúde, a Central de Convênios acabou se tornando a maior mantida da FUABC, atuando em cerca de 40 planos de trabalho. E como novo objetivo de organização depois que foi implantado o ‘5S’ na Central, ele propuseram em informatizar e cadastrar todos os colaboradores, sendo assim criando um sistema mais atual de Recursos Humanos. Nota-se então que o ABC se preocupa em manter a qualidade dos serviços prestados e melhorar o déficit da área, buscando soluções para isso. Entretanto, ainda há muito que fazer para a região toda do ABC, abrangendo suas três cidades, serem exemplos da área a serem seguidos. Mas é preciso lembrar que a saúde


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pública recebe verbas única e exclusivamente do Governo e que as mesmas nem sempre são utilizadas diretamente na área. A população tem direito e deve exigir um serviço e atendimento de qualidade, mas também deve se atentar aos caminhos e dificuldades encontradas neles, afinal, esta área é muito maior do que aparenta. A mídia divulga muitas informações negativas, mas nem só disto é feito o sistema público de saúde no ABC.


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Metodologia Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que possui características diversas como sexo, idade e classe econômica dos moradores entrevistados de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano. As entrevistas foram feitas pessoalmente, com pessoas aleatórias que residem em bairros das cidades citadas. A amostra teve 30 pessoas sendo 15 homens e 15 mulheres. Dos quinze homens, seis tem entre 17 a 21 anos e seis tem entre 22 a 30 anos, sendo eles da classe A/B/C/D. Os outros três homens, com idade entre 32 e 40 anos, são da classe A/B/D. Das quinze mulheres, seis tem entre 17 a 21 anos e seis tem entre 22 a 30 anos, sendo elas da classe B/C/D. As outras três mulheres, com idade entre 32 a 40 anos, são das classes B/D.

Instrumento de pesquisa As entrevistas qualitativas e exploratórias foram gravadas e transcritas.

Sistematização e análise dos resultados As entrevistas foram transcritas e tabuladas por blocos, posteriormente foi feita uma análise com base nos dados e informações tabuladas.


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Análise de pesquisa sobre a saúde publica na região do ABC Paulista

Bloco 2 – Mídia na região do ABC Os entrevistados foram perguntados sobre a mídia de forma geral, sendo que todos os entrevistados do sexo feminino e masculino disseram que buscam informações por meio da internet, pela facilidade de acesso via computadores e celular, principalmente os jovens. A televisão e o jornal também são utilizados pelos entrevistados de ambos os sexos, por serem meios gratuitos, rápidos e de fácil acesso em que os entrevistados buscam conhecimento. “Internet, impressos sendo jornais, revistas e afins e rádio. Procuro sempre em todos os lugares.” Dentre os assuntos que os entrevistados citaram procurar nos meios de comunicação, eles procuram mais por atualidade como esporte, política e noticiários, para se manterem informados sobre o que acontece no mundo. Para os adultos, os meios de comunicação são adequados, os jovens também têm a mesma opinião, mas preferem a internet pela livre escolha e por não se sentirem manipulados, já que alguns veículos acabam não mostrando totalmente o que realmente acontece. “Na internet sinto a informação mais livre de manipulações e, dependendo do site, a informação é bem mais detalhada. Na televisão percebo uma queda na qualidade, pois assuntos triviais acabam ganhando mais destaque que informações de interesse maior ao público. Fora o fato de que a informação é colocada da forma que convém à emissora ou programa.” Em relação à saúde na região do ABC Paulista, os entrevistados relataram que também buscam informações por meio da internet, como por exemplo, no site da prefeitura da sua cidade. Os jornais locais, como o Diário do Grande ABC, é um dos meios em que os entrevistados têm informações da saúde, além do conhecimento que adquirem por meio de pessoas que utilizam o serviço público de saúde.


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“Quando eu ou alguém da família precisa, vemos na internet se tem algo em algum posto perto de casa ou pelo menos fácil de chegar.” “Bem, eu costumo buscar informações através de jornais. Eu recebo jornais do bairro que é sobre aonde existem tais profissionais pra isso, pra aquilo e boca a boca. Conversa com as amigas, com as vizinhas... A gente descobre muitas coisas no boca a boca mesmo.”

Bloco 3 – Saúde Pública e Privada na região do ABC Nas entrevistas realizadas para esta pesquisa, observou-se que a opinião dos entrevistados sobre a saúde no ABC se divergiu. Cada cidade possui uma gestão diferente da área, demonstrando que o ponto de vista dos entrevistados é voltado para a região que mora. Os entrevistados da cidade de Santo André avaliaram que a saúde em geral é boa, mas precisa de melhorias, pois há muitas reclamações sobre a demora no atendimento. Há uma grande diferença entre o sistema de saúde pública e privada, por causa do bom atendimento oferecido pelos convênios. Mesmo assim, há uma grande diferença entre os convênios, pois os mais baratos oferecem serviços que estão quase no mesmo patamar do serviço público. Outra grande reclamação é as horas perdidas nas filas para serem atendidos e para receber o resultado de exames. Nos horários de “pico”, o atendimento é péssimo pela lotação nos locais. “Ruim por existir uma diferença gritante entre saúde pública e privada. Além de que na própria saúde privada há uma grande diferença no atendimento entre convênios mais caros e mais baratos.” “O hospital com convênio oferece uma estrutura melhor ao paciente. O público não tanta. Mas creio eu que não pela falta de interesse dos médicos e sim pelas prefeituras.”


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Já em São Bernardo foi avaliado pelos entrevistados que o sistema privado de saúde oferece bom atendimento à população e que a saúde pública fica a desejar pela falta de preparo dos profissionais, excesso de pessoas a serem atendidas, causando demora nos atendimentos. A falta de clínicas, postos de saúde em regiões afastadas e equipes médicas maiores nas unidades de saúde também foi citado. “A saúde particular é o que eu uso. Eu acho que está bem servida. Tem muitos hospitais. Muitos consultórios, médicos próximos à minha residência. Sempre tem todos os tipos de especialidades. Fácil acesso, né? Tanto hospitais, quanto consultórios médicos e exames clínicos. Tem tudo próximo. E a saúde pública, que eu já usei, mas não uso mais, eu acho que também, no caso de São Bernardo, aonde eu moro, tem bastante também. Tem posto de saúde, né? Em todo bairro. Perto da minha casa tem um bom. Lógico que tem suas deficiências, mas eu acho que também não tá ruim não. Você tem muita opção. Mas é aquilo, tem muita demora. É que eu não to usando mais, mas você tem muita dificuldade pra conseguir uma consulta, especialidades principalmente. Com clínico você arranja mais ou menos fácil, agora pra um especialista é mais difícil.” Os residentes da cidade de São Caetano avaliam como ruim a saúde no ABC, por causa do atendimento e sua demora, reclamando de péssimos hospitais e poucos médicos para atender os pacientes. Em termos de saúde pública acham eficaz. “No ABC avalio mal, pois já tive muitos problemas com demora em ser atendido e para realização de exames.” Quando perguntados sobre a cidade que residem, os entrevistados da cidade de Santo André disseram que a saúde no geral é boa, mas se tratando da saúde publica é regular, pelo fato dos hospitais públicos e particulares não suprirem as necessidades da população. Outra reclamação é o mau atendimento aos pacientes da saúde pública, diferente da situação do particular. Outros fatores levantados pelos entrevistados é a falta de investimento e infraestrutura na área da saúde, sendo que há poucos hospitais e eles são precários. Os pacientes da classe C e D têm dificuldades em marcar consultas e


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receber os resultados dos exames, principalmente da área de emergência. O serviço do SAMU foi um dos pontos positivos levantados. “Poucos hospitais realmente bons e nestes muita dificuldade de se conseguir uma consulta. Em outros, precariedade e falta de investimento. As qualidades de uns, particulares e públicos, não suprem as necessidades dos outros na hora de avaliar.” “A saúde de Santo André, ela foi ranqueada atualmente por uma revista e ela ficou entre as piores do estado de São Paulo, devido à falta de estrutura, médicos qualificados, é um médico pra cada mil habitantes (ênfase) ou menos. Então na minha cidade, as poucas vezes que eu precisei eu consegui atendimento, fui bem atendido, mas as reclamações e a falta de melhores condições é notável.”

Em São Bernardo, os entrevistados disseram que a saúde é regular, os serviços de saúde oferecem bons serviços, mas a demora nos atendimentos é um fator que deixa a desejar. Elogiaram a variedade de laboratórios de análise, como Delboni e Tecnolab. A falta de hospitais públicos na cidade é um dos pontos negativos, o que acaba fazendo com que as unidades básicas de saúde, como as UPAS, fiquem lotadas. Alguns postos de saúde não têm médicos especialistas e não funcionam nos finais de semana, fazendo com que a população procure atendimento médicos longe de casa. Em relação aos hospitais particulares, eles oferecem um atendimento regular. O Hospital São Bernardo é um desses hospitais que possui atendimento péssimo, principalmente por ter profissionais mal instruídos para realizar a recepção. “Tem hospitais bons, tem postos, mas ainda acho que os postos não funcionam de fim de semana, que é uma falha. Se você precisa, você tem que socorrer a pronto socorro, hospital particular e não é todo mundo que tem condições. E normalmente quando você vai num pronto socorro, você tem uma dificuldade pra atendimento, espera. Eu ainda acho que é meio precário.” A saúde em São Caetano é considerada boa, mas também reclamam do atendimento, pelo motivo dos hospitais serem cheios. Entretanto, como a cidade é pequena, consegue atender a população.


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“Em São Caetano os hospitais também são cheios, porém menos que nas outras. Porém, São Caetano ainda tem um atendimento um pouco melhor, lhe dando maior rede de hospitais, uma vez que a cidade é pequena.” As cidades do ABC possuem aspectos positivos na área da saúde, sendo que em Santo André os entrevistados destacaram as especialidades oferecidas e a rapidez no atendimento geral de emergência. A variedade de hospitais na cidade, principalmente

dos particulares,

e

o

atendimento

ágil

no

setor

privado,

especialmente em seus diagnósticos e exames, foram outros fatores destacados. As farmácias e medicamentos distribuídos gratuitamente e as unidades de saúde 24 horas como as UPAS, foram comentados também. “Mais no caso do setor privado, onde o atendimento é mais ágil e com qualidade superior. Principalmente em seus diagnósticos e exames.” “Poucos. Hospital Municipal de Santo André tem uma boa qualidade no sentido de alguns exames em específico, setor ortopédico bom, mas eu também não tenho tanto conhecimento a respeito porque eu não uso tanto a rede pública da minha cidade.” Em São Bernardo o que ganhou destaque foram os postos de saúde. Quase todos os bairros possuem uma unidade e caso não tenha, os bairros próximos atendem os moradores vizinhos. As diversidades de especialistas na saúde privada é outro fator positivo. Os postos de saúde oferecem medicamentos gratuitos aos usuários, além das farmácias populares que vendem remédios em conta. O atendimento das UPAS e CAPS também foi citado como positivo, especialmente a qualidade de atendimento para gestantes no pré-natal. Já em termos gerais, a capacitação dos profissionais é ótima e o setor particular oferece várias especialidades, mas precisa de mais unidades de saúde na região. “Localização. Em cada bairro você vê pelo menos um posto. Isso é bom.” “Tem um programa aqui em São Bernardo que chama CAPS. Ele trata de dependência química. E eu acho muito legal a forma que esse programa, assim, geralmente eles vão, eles abordam pessoas de rua, que logicamente têm problemas químicos com drogas e álcool, e eles não forçam a pessoa a ir


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fazer com o tratamento. Eles vão conversando com a pessoa por dias, anos, meses e vão conversando com as pessoas. Assim, mostrando o que é legal, até a pessoa ter vontade própria de se tratar. E elas ficam numas casas lá que é onde fica o CAPS e eles levam uma vida normal. Trabalha lá na casa, eles têm projetos sociais... E eu acho muito legal isso que tem aqui em São Bernardo.” Em São Caetano os destaques são o Centro Odontológico e de Diagnóstico, a quantidades de hospitais e redes de diagnósticos, qualidade no atendimento aos pacientes, infraestrutura excelente e os hospitais particulares conveniados ao SUS. “Grande variedade de hospitais, redes de diagnósticos e um centro bem avançado de odontologia.” Como em toda cidade populosa, as cidades do ABC possuem problemas na área da saúde. Em Santo André, a demora e a precariedade no atendimento aos pacientes são alguns dos pontos negativos da saúde. As filas que se formam por causa da demora no atendimento e as poucas unidades de saúde acabam gerando uma estrutura precária. As UBS não conseguem fazer o complemento dos hospitais, por causa da sua estrutura limitada, às vezes faltam medicamentos gratuitos, há poucos médicos nos plantões, além da falta de comprometimento deles. “Demora no atendimento mais médicos de plantão em horário de pico em todos os PS.” “É a falta de médicos qualificados, é o atendimento muitas vezes demorado, as UBS são funcionam e não conseguem fazer o complemento dos hospitais. É basicamente isso.” Em São Bernardo a demora em ser atendido, principalmente na rede pública é uma das reclamações dos entrevistados. A falta de profissionais capacitados, aparelhos, localização dos prontos-socorros, falta de medicamentos, demora para realização de exames, marcar consultas, poucos locais da área da saúde e poucas unidades de saúde também são pontos negativos. “Eu ainda acho que é a falha de atendimento, com experiências que a gente tem com a gente. A demora, eu acho que pra ser atendido falta médicos.


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Você fica dependendo às vezes de um médico pra atender as pessoas. Isso acaba ocasionando demora e isso é uma falha, na minha opinião.” “Como na época que eu passava era atendimento, eu acho que é muito demorado pra você marcar uma consulta e às vezes pra você conseguir uma especialidade. É muito, muito difícil! Eu não acho que mudou não. E na privada... É que eu nunca tenho problemas, né? Com nada! Tudo o que eu quero eu consigo fácil. As pessoas reclamam na demora da marcação de exames e de consultas, né? Eu não tenho esse problema. É o que falam.” Em São Caetano a demora nos atendimento, hospitais lotados, fila no atendimento, falta de médicos e a falta de leitos são os pontos negativos na área da saúde. “Como sempre a fila no atendimento e a falta de médicos e alguns lugares até leito.”

Bloco 4 – Saúde nas organizações públicas Os entrevistados foram perguntados sobre o sistema público de saúde pública na região do ABC e disseram que tem uma péssima impressão a respeito do sistema, principalmente as mulheres jovens. Acham que o sistema público está ruim por causa do mau atendimento, falta de hospitais, superlotação, falta de profissionais, escassez de aparelhos, lentidão na questão de exames e consultas marcadas. Os entrevistados citaram que nos últimos anos, a região melhorou um pouco com as entregas de novas UPAS e UBS na região, desafogando os hospitais e prontos-socorros locais, mas essa melhora está em um ritmo lento. “Razoável. Apesar de oferecer especialistas nas mais variadas áreas, a demora do atendimento é um fator preocupante. Já ouvi em fila para atendimento de familiares que conseguiram a consulta após a morte de um parente.”


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Já em relação às cidades onde residem, os entrevistados de Santo André contaram que a saúde pública na cidade é ruim, pela demora no atendimento e infraestrutura precária, o que acaba fazendo com que a população procure um serviço particular, mesmo tendo quase o mesmo sistema que o público. “O sistema de saúde público de Santo André é muito fraco, é um dos piores do estado de São Paulo e as pessoas acabam buscando migrar pra um sistema particular, um convênio, algo do tipo, por mais que seja um convênio às vezes tão parecido quanto o sistema público. Mas é exatamente isso, o sistema é precário.” Na cidade de São Bernardo a saúde publica é regular, as UBS e CAPS tem um atendimento razoável, desafogando os hospitais da cidade, além do bom atendimento a gestantes. Para os entrevistados, pela potência econômica que São Bernardo é na região, deveria ser melhor. Os entrevistados disseram que a falta de aparelhos e profissionais da área da saúde, além da demora em receber os resultados dos exames, acaba fazendo com que o sistema ofereça um péssimo atendimento. Um bom exemplo é o agendamento de consultas feito pessoalmente nos postos de saúde, o que acaba tardando o atendimento a população. Outro fator citado é a logística em termos de medicamentos, pois melhorando a logística facilita um melhor atendimento e agiliza o processo de chegada deles aos médicos. “Olha, na época que eu frequentava o posto de saúde aqui na minha rua, eu ía pra marcar uma consulta. Primeiro que pra você chegar lá super cedo pra pegar uma senha. A gente ficava lá às vezes duas horas pra pegar uma senha pra poder marcar uma consulta. E isso eu já acho uma demora. Que às vezes você trabalha, você não pode ficar aquelas horas ociosas ali. Então você tem que ir lá marcar. Eu não sei se ainda é assim hoje em dia, né? Então assim, a demora que você tem pra marcar uma consulta, eu acho, sabe? Eu acho um absurdo você não poder marcar por telefone que é uma coisa tão prática, né? Eu acho que deveria ser mais prático a forma de marcação de consulta e ainda a demora. Eu acho que a demora pra conseguir uma vaga, ou seja, num clínico que é o básico, ou em qualquer especialidade. É a demora de marcação de consulta e de exames também.


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Os entrevistados que moram em São Caetano disseram que a saúde pública na cidade é boa, mas como nas outras cidades do ABC, ela possui problemas como superlotação, demora no atendimento e má distribuição de hospitais na região. Eles contaram que a cidade possui uma boa administração e por ser a cidade menos populosa do ABC, atende a demanda que a população necessita em termos de saúde, mas como atendem pessoas das cidades vizinhas, acaba gerando grande movimento nos hospitais locais. “São Caetano é um exemplo, pois umas das ou até mesmo a única deficiência é a lotação, que em algumas vezes não é por causa de sua população e sim de outras cidades que vem até são Caetano.” Perguntados sobre o que destacariam de mais positivo na saúde oferecida pelo setor público, os moradores da cidade de Santo André contaram o que na área da saúde pública o que ganha destaque é o atendimento oferecido para as pessoas que doam sangue nos hemocentros da cidade, a população é bem atendida pelos profissionais que realizam o procedimento. Comentou-se também sobre os bons equipamentos, médicos capacitados, atendimento 24 horas, proximidade das bases de saúde das suas casas, atendimento dos hospitais em relação às gestantes no pré-natal. Outro destaque é os hospitais públicos da região, como o Hospital Mário Covas, que possui uma estrutura diferenciada, além dos medicamentos gratuitos e serviços oferecidos. “A única coisa que realmente me surpreendeu foi como procedem na campanha de doação de sangue. Excelente atendimento aos doadores e ótimos profissionais executando os procedimentos.” “Na verdade pouquíssimas coisas. Um ou dois hospitais de Santo André. Mario Covas, que atende de certa forma num modelo mais específico, que tem um diferencial. O diferencial do Mario Covas é que ele é um hospital público, mas tem uma estrutura de hospital particular e tratamentos de câncer, algumas doenças cardíacas. Ele tem um modelo de gestão que é satisfatório nessas áreas específicas, então é um hospital referência na cidade de Santo André, por ter uma estrutura


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diferenciada da maioria dos hospitais públicos na cidade e no estado de São Paulo.” Já em São Bernardo, o que ganhou destaque na área da saúde foi à rapidez no atendimento de emergência, principalmente para crianças e gestantes. Médicos capacitados, localização hábil de pronto-atendimentos e os remédios gratuitos foram outros destaques. O atendimento oferecido pela CAPS é outro fator que chama atenção, além do HMU, que oferece um bom atendimento as gestantes e os hospitais universitários, como é o caso do Hospital Anchieta, também foram muito elogiados, pelo bom atendimento e rapidez nos tratamentos e cirurgias. “Atendimento rápido a crianças e gestantes.” “A abordagem do CAPS. Do pessoal do CAPS.”. Os entrevistados da região de São Caetano disseram que o Centro Odontológico e o Centro de Diagnósticos oferece atendimento rápido e eficiente, além de um canal da prefeitura onde obtém informações dos serviços de saúde pública. Os hospitais particulares conveniados com a prefeitura para atender quem não tem convênio também oferece um bom atendimento para população. “O único que usei foi o Centro de Diagnósticos. Eficiente e rápido.” “Centro odontológico rápido e com ótimos profissionais.” Em relação aos pontos negativos, na região de Santo André os entrevistados destacaram a demora e o mau atendimento dos setores públicos. As UBS estão sempre lotadas, falta de investimento e péssima infraestrutura das unidades de saúde, carência de médicos especialistas e filas nas unidades de saúde também ganharam destaque. Falta de divulgação de informações sobre doenças comuns aos moradores, setorização para não sobrecarregar as unidades de saúde e precariedade do sistema como um todo também foi questionado pelos entrevistados. “Pouca divulgação de informações para os moradores no que diz respeito às várias doenças comuns. Demora absurda e falta de


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humanização no atendimento. Falta de investimento em infraestrutura e unidades de atendimento que funcionem de forma eficaz.” Já em São Bernardo os entrevistados citaram a demora em marcar consultas e exames, mau atendimento, falta de medicação, demora para serem atendidos, poucos profissionais nas unidades, falta de informações, faltam aparelhos e utensílios, salário baixo dos funcionários públicos e a falta de capacitação de alguns funcionários. A falta de leitos na hora de internar foi outro assunto questionado, mostrando que os hospitais da região estão superlotados. “Eu vou falar pelo que eu vivi, né? Quando a minha mãe ela teve um AVC de um grau menor e no hospital aonde ela estava, primeiro ela ficou num corredor porque não tinha uma vaga num quarto, não tinha nem um quarto vago pra ela, mas ela tinha tido um AVC e ela precisava ficar lá para o exame que comprovasse, né? Eu fiquei uma semana com ela lá praticamente num corredor, depois ela foi pra um quarto lá que ficam várias pessoas. É muito precário, sabe? Com várias pessoas, uma ao lado da outra assim, com vários tipos de problemas, então você não sabe qual é o grau, né? De infecção de cada pessoa. Eu achei meio, eu achei terrível e eu vi pessoas, assim, idosos muito, muito doentes, assim, gemendo, sabe? Ficavam o dia inteiro gemendo e eu via eles assim, meio que abandonados, sabe? Ninguém ligava. Eles não estavam tendo um tratamento efetivo. Davam talvez um remedinho assim pra dor, mas eles não tavam sendo tratados, sabe? Eu fiquei lá uma semana e eu vi vários idosos bem velhinhos mesmo sofrendo, e ali naquele corredor durante a madrugada, sabe? Você via que caía a temperatura, ficava muito frio, às vezes não tinha cobertor pra todos, então você via que estavam com frio, né? Então isso é, é muito ruim. Isso deve ser uma coisa normal lá, né? Porque é um hospital grande, mas nem sempre tem vaga. Vão muitas pessoas doentes lá, então assim, é normal que eles fiquem meio que internados ali no corredor. Então eu achei isso muito ruim.”


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Já em São Caetano os entrevistados disseram que há poucos médicos nos vários hospitais da cidade e a demora ao atendimento. O restante dos entrevistados não têm o que criticar. “Muitos hospitais com poucos médicos.” Em relação à formação da opinião que têm sobre a saúde, os entrevistados de Santo André disseram que formam a sua opinião a respeito da saúde publica por meio de relatos de amigos e conhecidos, por experiência própria, presenciando o atendimento ao público nos locais e por meio da mídia (noticiários, redes sociais, jornais). “O sistema público não funciona, assim como outras áreas não funcionam. Então pela má gestão de quem comanda, de quem administra. A partir da vivência, mesmo sendo pouca. Das experiências vividas, de relatos das outras pessoas que usam exclusivamente o sistema público. Noticiários, nas redes sociais, na internet. Nós vemos notícias diariamente de pessoas que não conseguem marcar uma consulta, fazer uma cirurgia, morrem na fila de espera, morrem em corredores de hospitais, e é a partir desses fatos que a gente forma uma opinião de que o sistema de saúde é falho e não atende uma demanda.” Já em Santo Bernardo foi notado que os entrevistados formam sua opinião por meio de suas próprias experiências e por presenciar atendimento. Além disso, conhecem por meio de relatos, como de pessoas mais velhas que utilizam o sistema e reclamam da demora das consultas, tem conhecimento igualmente por meio dos veículos de comunicação, como a internet, onde há vários vídeos do CAPS, por exemplo. “Experiência

de

vida,

leituras,

conversas

e

ouvindo

principalmente as pessoas mais velhas, que eu normalmente me inspiro muito nisso. Sempre tive pessoas, meus pais, que eu sempre me apoiei em opiniões, muitas pessoas amigas que eu confio e dá opinião e você forma uma ideia geral do que ocorre. É daí que eu tiro a minha opinião.”


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Já em São Caetano os entrevistados disseram que forma por meio de relatos e por experiência própria após utilizarem o serviço. “Gosto de ouvir o que os outros falam a respeito e depois eu mesma ir e até utilizar para ver se realmente é bom ou ruim.” A mídia acaba tendo o papel de formar opinião quando aborda o assunto saúde pública, os entrevistados disseram que a mídia não influencia sua formação de opinião a respeito da área de saúde no ABC. Alegaram que a mídia é importante, pois expõe o que vem sendo feito na região, mas em menor proporção, pois a região do ABC Paulista não é muito comentada pelos grandes veículos de comunicação. “A mídia meio que ela não consegue formar a minha opinião. Ela expõe pontos, alguns pontos eu concordo, outros não. E busco avaliar de outras formas, de outros modelos, né? A mídia de certa forma ela não chega a me influenciar, é mais como um sistema informativo pra ter notícia, mas eu busco outros meios de saber também.” Os veículos de comunicação da região, como o Diário do Grande ABC e o ABCD Maior são um dos meios que expõem a área da saúde, sendo assim, veículos televisivos acabam não retratando como é a saúde pública. Os entrevistados comentaram que formam sua opinião pelo o que eles sabem pela mídia, situações vivenciadas por eles e por pessoas com quem convivem, acabam filtrando o que para eles é importante e assim formam sua opinião. Ressaltaram que a mídia apenas mostra de forma sucinta o que realmente está acontecendo, “mascarando” a realidade da população. Para saber se os entrevistados acham que algumas das cidades do ABC é privilegiada, foi perguntado aos entrevistados qual é sua opinião a respeito disso. A pesquisa evidencia que os entrevistados acreditam que a cidade de São Caetano do Sul tenha certo “privilegio’’ no que diz respeito à qualidade dos serviços públicos no ABC. A população acredita que pelo fato da cidade ser menos populosa que as cidades de São Bernardo do Campo e Santo André e pela boa administração na região, a verba que o governo repassa para a área da saúde acaba sendo


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satisfatória para implantar nos projetos da saúde pública na cidade. Sendo assim, ela não se torna privilegiada, como os próprios entrevistados contaram. “Claro que não! São Caetano, embora seja menor, tem uma estrutura invejável perante outras. Creio que esteja ligado também a administração, pois o repasse é proporcional ao número de habitantes.” São Bernardo e Santo André tem uma boa estrutura se tratando de atendimento em seus hospitais universitários, além dos investimentos que vem sendo aplicados na área da saúde nos últimos anos, como é o caso de São Bernardo com a construção da Santa Casa de Misericórdia e implantação de UPAS na região. “Atualmente acho que São Bernardo do Campo é uma cidade que está em expansão e tá a frente das outras cidades de Santo André, São Caetano. São Caetano tem hospital, eu não me lembro o nome agora, mas é um dos melhores hospitais do ABC, mas se for comparar o apoio federal que tem e tudo mais, São Bernardo um pouco na frente, né? Até pelo hospital que está sendo construído que tem uma baita estrutura, superior a maioria dos hospitais que têm aqui na região.” Para finalizar a entrevista, foi perguntado aos entrevistados se eles já viram alguma divulgação sobre a saúde pública no ABC. Comentaram que a divulgação sobre a saúde publica no ABC é insuficiente, pois o conhecimento que obtém sobre o assunto é escasso, o que sabem é por meio dos veículos de comunicação local, principalmente de jornais de bairros. Outdoors, panfletos, agentes da prefeitura, escola e divulgação na cidade são outros meios por onde têm conhecimento do assunto. “Através de jornaizinhos de bairro, né? Olha, o ano passado mesmo eu recebi... Folhetos informativos na minha residência falando de todas as obras que estavam sendo feitas. Só que foi assim, por volta na época das eleições, tal. Mas eu recebi esse informativo. Um jornalzinho com todas as programações de obras a serem feitas, o que já estava sendo feito de reforma, de construção de posto de saúde, de hospitais...”


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Por meio da televisão, tem conhecimento de campanhas nacionais, como de vacinação, dengue e gripe. Outros assuntos que chegam a seu conhecimento são sobre a falta de médicos nas bases de saúde, críticas sobre o atendimento oferecido, reformas e novas unidades de saúde.


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Ética e moral na Saúde Pública Para muitos ética pode ser confundida com moral, mas a diferença esta em seus fundamentos. Moral fundamenta-se da obediência, hábitos, costumes, e daquilo que está com você desde pequeno. Já a ética, é formada pelos seus resultados, princípios morais, Partindo de escolhas individuais, sendo reflexo daquilo que você é, ou seja, tudo aquilo que remete ao comportamento humano e que pertence ao seu caráter. O que é certo e o que é errado? Ser ético ou não ser? Tudo vai da concepção de cada um, da avaliação sobre coisas, pessoas, religião, situações proferidas da moral. Suas intenções, obrigações predominamse através de seus valores dizendo sobre o bem e o mal, que sentimentos, intenções, atos e comportamentos deve-se ter em determinado momento. Com base na análise de pesquisa feita por estudantes de Relações Públicas sobre o tema ‘Saúde pública no ABC’, foi possível realizar algumas reflexões sobre a ética na saúde e o comportamento da mídia em relação a isso. Por meio de entrevistas, foi possível obter referências mediante a atual situação do sistema de saúde pública, em que percepções e opiniões sobre o assunto foram manifestadas, mostrando-se influenciadas apenas pela concepção liberal sobre os fatos vivenciados. Quando os estudantes perguntaram sobre a mídia de forma geral e onde buscam informações no dia a dia citaram como os principais jornais, televisão, rádios e internet, pois são meios que estão sempre mais atualizados, porém ficam receosos quanto à qualidade.


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“A internet não é confiável, mas há verdades. É livre de manipulações e detalhada. Na televisão a informação é colocada como convém à emissora ou programa e tem mais assuntos triviais do que de interesse do público.”

Quando a pergunta foi reformulada para, onde elas buscam informações quanto ao tema saúde na região do ABC ou na sua cidade, a resposta é diferenciada, pois nesse aspecto deixam a desejar pela péssima divulgação, e por não ter uma emissora regional que fale sobre os prós e contra da saúde pública, tornando o conhecimento sobre a área cada vez mais escassa. Alguns entrevistados responderam que tentam obter informações através da Secretaria da Saúde e outros pelo ‘boca a boca’, pois dizem que a área da saúde no ABC não é divulgada pela mídia, é raro ser reportado uma noticia completa, a não ser que seja algo trágico. Muitos ainda procuram pelo jornal regional, Diário do Grande ABC, as quais são sempre superficiais, e as informações acabam sendo insuficientes para os moradores da região fazendo com que recorram à internet para ter informações mais detalhadas sobre o fato, mas afirmam que não é preciso pesquisar para saber o "saco" que é ir a um hospital. Através das informações levantadas, foi possível expor o comportamento ético do profissional na área da saúde que não são divulgadas, apenas conhecidas pelos que vivenciam todas as vezes que necessitam de um atendimento médico, decorrendo as seguintes reclamações: a demora no atendimento, a diferença no atendimento de pessoas

conveniadas

e

não

conveniadas,

a

diferença

do

profissionalismo nos hospitais públicos e privados e entre outros. Estudos

nacionais

e

internacionais

evidenciam

que

desigualdades importantes entre a saúde de brancos e negros, homens e mulheres, explicitando interações sinérgicas entre desigualdades


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sociais, raciais e de gênero (Williams, 1997; Silvério, 2002, Oliveira, 2002). Não é nenhuma novidade que o pré-conceito e preconceito existem em todos os lugares, mas dentro da área da saúde isso passa a ser preocupante, pois a relação com os prestadores de serviço público começa a ser afetada para os que sofrem esse tipo de exclusão, dificultando o acesso e até mesmo prejudicando na qualidade de vida dessas pessoas. Visando a área das políticas sociais, outro ponto que passa longe da mídia, é fácil notar o abismo que existe na relação entre a sociedade e a política pública com a falta de compromisso quando o assunto é o desenvolvimento da saúde e a qualidade do atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde), prestado por médicos, enfermeiros e outros profissionais. Segundo o ministério da saúde, o SUS é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, e foram criadas para dar maior assistência aos usuários do serviço público, auxiliando desde o mais simples atendimento até transplantes de órgãos, amparando mais de 180 milhões de brasileiros, além de vários outros serviços. Com a falta de interesse político em manter a qualidade do SUS, e hospitais em geral, os profissionais ficam cada vez mais desmotivados, pois não tem o devido reconhecimento pelo cargo que exerce, as verbas são baixas, faltam materiais e equipamentos importantíssimos, além da grande carência de profissionais capacitados no ramo, refletindo assim, no péssimo atendimento dentro das áreas hospitalares. Decorrente a essa análise vem às seguintes perguntas: Onde está a ética e a moral do profissional? Com que conduta ele carrega sua


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profissão? Independente do meio onde ele se encontra, seja médico, enfermeiro, político, gestor ou em qualquer outra profissão, ter um bom caráter, ética e conduta não deveriam ser somente virtudes, mas, uma obrigação, valores e conceitos que todos deveriam e devem levar consigo.


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Psicanálise - Opinião Pública "Os sonhos são uma pintura muda, em que a imaginação a portas fechadas, e às escuras, retrata a vida e a alma de cada um, com as cores das suas ações, dos seus propósitos e dos seus desejos."

Padre Vieira, no Sermão de São Francisco Xavier Dormindo

A psicanálise surgiu na década de 1890, por Sigmund Freud, a partir de conversas com pacientes e através dos problemas das pessoas e dos seus problemas, ele Freud percebeu que a vida de todos se comparava á um iceberg, se dividindo em consciente e inconsciente. A ponta externa de um iceberg que fica á vista e nem tão importante poderia ser denominado de consciente que são todas as coisas que saem da sua mente e estão expostas para esse ambiente externo em que todos possam ver, mas que de fato não sabemos o que há por traz desta consciência. O restante do iceberg, o que está submerso seria a parte predominante, que sustenta e é bem maior e que fica escondida, podendo ser nominada de inconsciente que nada mais é do que um lugar da sua mente onde ficam armazenados inúmeras emoções e o que a pessoa é (personalidade), sendo assim, trazendo consigo o id, ego, superego e os mecanismos de defesa do ego. O ID é uma parte mais primitiva do inconsciente um lugar de difícil acesso à personalidade, outro ponto que a inconsciência traz com ela são o ego e o superego, o ego compactua com o ID, não tem como os dois se separarem, o conceito de ego para Freud que ele chamava de ich (que do inglês para o português significa eu) tem tudo a ver como


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uma sanidade comparada ao ID que é algo mais primitivo e que não têm limite, o ego dá essas “rédeas”, pode se fazer uma analogia em relação com um cavaleiro e o seu cavalo, onde o cavalo traz a força, leva o cavaleiro pra onde ele quer, mas é o cavaleiro que o domina e coloca rédeas no animal e assim funciona a relação entre ego e id, onde o ego tenta satisfazer o id, mas em ocasiões tecnicamente correta. O superego funciona como um moralista dentro do inconsciente, ele é formado desde a infância da pessoa, através dos ensinamentos que os pais impõe à criança, e como conseqüência a criança cria uma opinião do que é certo e errado, e o superego entra nessa jogada como um rival do id, ele quer barrar todos os desejos insanos que o id quer colocar em prática, mas o superego tenta impor a moral, dando a entender que aquilo é errado, ao invés do ego que é colocar rédeas no id, o superego veio como um freio de mão, impedindo que o id domine as vontades e as atitudes das pessoas. Os mecanismos de defesa do ego são relaxantes a tensão que é causada pelo conflito do superego e o id, Freud separa em 10 mecanismos que as pessoas usam para a sua defesa: 1. Repressão - retirada de idéias, afetos ou desejos perturbadores da consciência, pressionando-os para o inconsciente. 2. Formação reativa - fixação de uma idéia, afeto ou desejo na consciência, opostos ao impulso inconsciente temido. 3. Projeção - sentimentos próprios indesejáveis são atribuídos a outras pessoas.


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4. Regressão - retorno a forma de gratificação de fases anteriores, devido aos conflitos que surgem em estágios posteriores

do

desenvolvimento. 5. Racionalização - substituição do verdadeiro, porém assustador, motivo do comportamento por uma explicação razoável e segura. 6. Negação - recusa consciente para perceber fatos perturbadores. Retira do indivíduo não só a percepção necessária para lidar com os desafios externos, mas também a capacidade de valer-se de estratégias de sobrevivência adequadas. 7. Deslocamento - redirecionamento de um impulso para um alvo substituto. 8. Anulação - através de uma ação, busca-se o cancelamento da experiência prévia e desagradável. 9. Introjeção - estreitamente relacionada com a identificação, visa resolver alguma dificuldade emocional do indivíduo, ao tomar para a própria personalidade certas características de outras pessoas. 10. Sublimação - parte da energia investida nos impulsos sexuais é direcionada à consecução de realizações socialmente aceitáveis (p.ex. artísticas ou científicas).


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Analises da pesquisa Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente Consciente: O consciente nada mais é do que uma parte da mente que transfere o que está dentro para o ambiente externo, quando se diz consciência o conceito se compactua com a ‘vida’ de dentro pra fora. Nas pesquisas realizadas foi notada bastante consciência das pessoas nas respostas, principalmente as quais já passaram por experiências em hospitais da rede publica, veja como exemplo esse entrevistado que diz o que tem dentro da sua mente como uma opinião formada através de experiências vividas, sendo assim transposto para uma certeza dentro da sua mente, ele foi indagado como ele avalia a saúde publica no ABC e veja sua resposta: “Insatisfatória por motivos de demora, escassez de equipamentos e profissionais, baixo salário aos funcionários da área da saúde.” Pré-Consciente: O pré-consciente se resume em uma parte da inconsciência que está ali ativa, mas está totalmente ligada a memória, pois a partir do momento que for lembrada, se torna consciente, veja: “Eu acho, a meu ver que a qualidade é ótima! Normalmente é, né? Tudo foi pesquisado antes de ser passado para o, né, para o público. É... Tudo tem embasamento. Eu acho que a qualidade é ótima! (risos)”. Toda essa indecisão na resposta, não passa credibilidade, é notável que há uma falta de memória e também de conhecimento quando é perguntado pra pessoa o que ela acha da qualidade da informação nos veículos de comunicação. Inconsciente: Como o inconsciente é dividido em outros núcleos, como: id, ego, superego e ainda tem os mecanismos de defesa do ego, na pesquisa foi avaliado, que a maioria das pessoas ainda está em


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grande conflito com o seu inconsciente, achando que o consciente que os

predominam,

mas

na

verdade,

usam

demasiadamente

os

mecanismos de defesa, pra dar a impressão que o consciente esta em predominância em suas vidas, em uma das teorias de Freud, a Anulação faz parte de um dos mecanismos de defesa, e a maioria das pessoas usaram esse mecanismo, pois as suas experiências com hospitais da rede publica não foram muito felizes, e também mostra a superficialidade da formação de opinião que as pessoas obtém, o superego é predominante, pois é o conceito mais moral, e as pessoas querem passar isso, como se fosse de plena consciência, mas na verdade o superego está totalmente ligado ao inconsciente em pleno conflito com o id, veja alguns exemplos: “Precários em algumas regiões, como Santo André, que tem pouquíssimos hospitais bons. Na sua grande maioria é particular.” “Como havia dito, não costumo usar a rede publica, tão pouco em outras cidades, mas vejo bem precária, devido ao pouco caso com a população.” “Demora ao atendimento”

Nestes três exemplos é possível analisar que essas três pessoas diferentes têm o mesmo fundamento de resposta, onde querem demonstrar firmeza em sua resposta, mas na verdade está claro que o superego está em evidência, o exemplo de Anulação, também está envolvido, pois conta com experiências não muito agradáveis, com isso a pessoa não deixa perceber o seu verdadeiro id se transpor, elas tentam serem o mais moral possível, para causar uma boa impressão e também para não fugir daquele mundo dentro dela que pra ela é correto para transparecer para algumas pessoas. E na verdade em algumas das vezes, não corresponde sua personalidade com as filosofias de vida, por


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causa desse “eterno” conflito do inconsciente entre o superego e o id, e ainda por fora o ego tentar “amenizar” a situação.


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Conclusão Constatou-se com a pesquisa que os moradores da região do ABC buscam informações por meio dos veículos de comunicação e por conhecidos para saber como proceder nas unidades de saúde, já que por meio dos locais, ele não obtém muitas informações. A internet acaba sendo mais usada que os outros veículos de comunicação de massa, principalmente pelos mais jovens e de todas as classes graças ao livre acesso às informações. Com a falta de divulgação sobre a saúde no ABC, conclui-se que a opinião pública sobre o assunto é formada por meio das vivências na saúde pública dos entrevistados, principalmente dos de classe C e D, sendo assim, a mídia não tem grande interferência na sua formação de opinião. A agenda setting se baseia especificamente na grande São Paulo, não na região do ABC, os meios de comunicação local noticiam a população sobre o que acontece, mas não aprofunda no assunto. Os veículos de comunicação de grande porte, como é o caso das emissoras de televisão e jornais, são mais usados pelas classes C e D e por pessoas mais velhas, eles acabam apenas noticiando matérias de grandes impactos, como em casos de tragédias na região. Com isso, a população sabe mais do lado negativo na área da saúde, como o péssimo atendimento em hospitais públicos, sendo que podem ocultar fatos que acontecem no cotidiano da região. Outro fator também acaba sendo prejudicado, o sistema público de saúde possui unidades de saúde especificas que não acabam sendo devidamente divulgadas, como é o caso do CAPS, que atende pessoas com dependência química e com problemas psicológicos; a Central de Convênios que tem parceria com hospitais universitários da região e o Centro Odontológico, que oferece atendimento gratuito. Mesmo com a pouca interferência da mídia na formação da opinião pública, a espiral do silêncio está presente no cotidiano dos entrevistados, eles reclamam muito do atendimento, sendo que não são escutados pelos sistemas públicos e órgãos veiculados.


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Conclui-se então que a falta de comunicação e divulgação acaba sendo prejudicial para os usuários, pois as informações que eles recebem são deturpadas, o que acaba afetando tanto os usuários como os próprios profissionais, criando sempre uma imagem negativa, já que o que dá mais "IBOPE" é a parte ruim e as pessoas acabam ficando a mercê do “boca a boca”.


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