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Março / Abril 2018 - 17ª Edição pág. 10 - SAUDADE
pág. 12 - BORA ESCUTAR ESSAS MINAS?
pág. 16 - CHICLETE ENTREVISTA Entrevista o Ilustrador e Apresentador John Walker pág. 22 - CHAVEIRO FOTO POLAROID por Dafine Martins pág. 24 - TÊNIS DO SUCESSO
pág. 26 - FARPA 1 - JUSTIÇA
EXTRA pág. 28 - “Exposição Outras Damas” de Camila Vayda e Karla Chinchila pág. 32 - “Realidade vs Fantasia” de Camila Vayda
Colaboradores
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CAMILA VAYDA
DAFINE MARTINS
KARLA CHINCHILA
Camila Vayda é educadora e ilustradora. Graduada em Educação Artística com licenciatura em Artes Visuais e em Design Gráfico. É curiosa no seguimento das artes desde a infância ao entrar em contato com o teatro e as artes plásticas. Atualmente seus hobbies são: Quebra-cabeças, fotografias, seriados e quadrinhos. É a idealizadora da Revista Chiclete Cultual e lidera as matérias em reuniões semanais, além de diagramar todos os conteúdos mensalmente, além disso, realiza cobertura de eventos em vídeos, fotos e textos.
Dafine Martins é estudante de artes e desde pequena se interessa por animês e sobre o oriente de forma geral. Apaixonada por cultura pop asiática, em especial pelo mangá. Seu objetivo profissional é se tornar ‘mangaká’ e tem muito interesse em fazer faculdade no Japão.
Karla Chinchila é estudante e apaixonada por literatura em todos os seus gêneros. Começou a desenvolver gosto pela arte escrita há três anos colocando ideias no papel.
ANDRÉ BIZORÃO
NATAN MARQUES
NATHY SANTOS
André Bizorão é palhaço, Ator e metido a escritor. Graduado em Artes Cênicas com bacharelado em Teatro. Não sabe se nasceu, estreou ou se foi abandonado na Terra por alguma nave espacial. Fundador da Cia. de Teatro Los Xerebas compartilha suas vivências artísticas com crianças e adolescentes na periferia de Guarulhos. Tem como paixão a produção de textos poéticos, dramatúrgicos e histórias infantis, é colecionador de quadrinhos, livros e de piadas. É revisor das matérias da revista, além de escrever, entrevistar e dar pitacos na produção. Editor dos vídeos e o desenvolvedor da página na internet.
Natan é estudante, apaixonado por desenhos, pintura, teatro e dança. Mas sua paixão maior é por decorações, objetos decorativos, casa e estruturas arquitetônicos, pretende fazer faculdade de Designer de Interiores e futuramente Arquitetura e Urbanismo para ter uma boa experiência e se tornar um arquiteto completo.
Nathy Santos é estudante e apaixonada por artes desde pequena. Seu objetivo é fazer faculdade de designer gráfico e se tornar uma ilustradora.
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Colaboradores
VALÉRIA LIMA Valéria Lima é estudante. Desde pequena gosta de arte e cultura, sempre foi muito ligada em moda, apaixonada por desenhos, maquiagem, estilo, teatro, fotografia e arte em geral. Pretende seguir sua vida profissional artística e adora ensinar compartilhando o que já sabe.
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o é e O qu ? l a r u t l u C e hiclet
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Gosta de literatura, cultura e arte? Aqui está o que você procura! O Chiclete cultural surgiu em 2015 de forma independente com o objetivo de compartilhar conteúdos inéditos e originais no formato de revista digital, trazendo informações, poesias, ilustrações, dicas e muito mais. O projeto se desenvolve a partir de estudos e pesquisa dos colaboradores tornando a revista um veículo de divulgação e difusão cultural. É lançado a cada bimestre. Ficou curioso? Gostou? Interessou? Então curta a nossa página e se divirta com o passar de folhas da revista, contribua com o projeto compartilhando e divulgando em suas redes sociais.
Equipe do Chiclete Cultural
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POESIA DA CHINCHILA
Saudade
Por Karla Chinchila Essa dor e essa saudade
A culpa que cai sobre meus om-
Me deixando cada dia
bros
Sem conseguir pensar
Ainda é indescritível
Sem conseguir respirar
Cadê o seu carinho?
Tão perto e tão longe
Que aos poucos foi sumindo
Ainda não entendo
Cada dia mais distante
Tinha medo de estragar
Derrubando mais lágrimas
Aonde você foi parar?
E todas elas gritam Que eu sinto sua falta
As lágrimas ao cairem Gritam seu nome Cada suspiro ao sairem Pedem o seu abraço. Não sei o que fazer Mas preciso me controlar Sua ausência ao me desamparar Eu a todo custo a te procurar Aonde você foi? Que não me levou, Pra onde você foi? Que me abandonou. 10
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Bora escutar essas minas?
Por Dafine Martins
Fala ai chicleteiros! Tudo em cima? Se você assim como eu conhece o k-pop já há algum tempo, sabe que esse ainda não é um movimento liberal. Sendo um dos principais ritmos musicais de um país como a Coreia do Sul que ainda é um lugar bem conservador, o k-pop ainda tem aspectos que podem ser considerados regressistas, mas de uns tempos pra cá surgiram artistas que lutam contra certos preconceitos e tabus dessa indústria, entre eles: questões de igualdade de gênero, preconceitos e de sexualidade. Fazendo com que a cena do pop coreano começasse a se tornar, mesmo que lentamente, mais abrangente e contribuindo para que mais vozes sejam ouvidas. E como estamos na nossa edição de Março/Abril resolvi abordar o dia internacional da mulher, trazendo a vocês uma lista de músicas de k-pop que propagam mensagens feministas muito fortes em suas letras. IAI?! Tá esperando o que pra dar “play” nessa matéria?
tima e independência. Em Nobody’s Perfect a cantora faz uma crítica ao modo como o padrão de beleza é imposto às mulheres dizendo que isso é um jogo que ninguém quer jogar, mas que já começou para as mulheres, critica também a forma como a mídia expõe a mulher, diz também que ninguém é perfeito e que não devemos ficar nos comparando uns aos outros. Ela ainda cita o fato da beleza estética ser algo que com o tempo se dissolve e faz um apelo para que as meninas não se deixem levar pelo pensamento de que precisam ser bonitas, pois isso pode lhes causar bastante sofrimento e que se comparar com o que o mundo quer, é alimentar um sentimento de inferioridade. Já em Doin’ Good que conta com a participação do rapper Verbal Jint, ela canta sobre uma mulher que sente que fez bem ao se livrar de um relacionamento abusivo e que precisa continuar trabalhando duro pra seguir “fazendo o bem”.
KittiB – Nobody’s Perfect e Doin’ Good: Essa rapper sul-coreana é bem conhecida por ter uma personalidade forte e deixar isso explicito em suas músicas; na maioria das vezes tratam de assuntos como autoes-
Miss A – I don’t need a man: Embora esse grupo tenha se separado recentemente essa é uma música que vale muito a pena ser citada aqui. I don’t need a man é a faixa título do quinto mini álbum do grupo, inti13
tulado “independent women pt.III”. A letra fala que uma mulher é capaz de conquistar sua independência financeira e sucesso profissional, e que as que trabalharem duro por isso devem sentir-se orgulhosas de si mesmas e de todo seu esforço e, assim como os homens, devem ser respeitadas. Deixam isso bem claro ao acrescentarem ao refrão da música a frase: “garoto, nem tente se você não for me respeitar”. Lee Hyori – Miss Korea: Essa é uma das tantas outras músicas onde a cantora Lee Hyori aborda assuntos relacionados ao feminismo e, diga-se de passagem, uma das minhas músicas favoritas. Ela traz uma mensagem de autoestima e amor próprio além de deixar de lado estereótipos de beleza dizendo que toda mulher pode ser uma “Miss Coreia”. -Serão os outros olhares tão importantes? pergunta Hyori em sua música. Girl’s Day – Female President: Apesar do vídeo clipe hiper-colorido, completamente “plástico” e da melodia bem fofa, as meninas do Girl’s Day cantam uma letra cheia de força e empoderamento feminino. Female President foi lançada na época em que a Coreia do Sul, elegeu sua primeira presidente mulher: Park Geun-hye. Essa música está entre os maiores hits do grupo, o quarteto fala que não existe nada de errado 14
em uma mulher tomar a iniciativa, afinal, se uma mulher consegue se tornar presidente, nós mulheres temos a força pra tomar atitudes sem medo, seja em um relacionamento amoroso ou em qualquer outra coisa. Minzy – Superwoman: Ex-integrante do gigantesco grupo 2NE1, que infelizmente se separou à algum tempo, Minzy começou sua carreira solo em abril de 2017 com seu mini álbum: “WORK01UNO” e “Superwoman” é a segunda faixa do álbum que apresenta uma mulher passando por duas situações: as dificuldades que ela precisa enfrentar em seu trabalho e o termino de um relacionamento, mas que pretende continuar resistindo firme e forte por que apesar de tudo, sabe que é uma supermulher capaz de suportar toda a tristeza, estresse e cansaço e ama isso nela mesma, trazendo assim uma bela e reconfortante mensagem de força e amor próprio EXID – AH Yeah: Nessa música o girlgroup EXID diz que as garotas não podem ter medo de dizer “não” quando os comportamentos de um homem as deixam desconfortáveis ou, quando elas simplesmente não estão interessadas em alguém. Mas não para por aí, o clipe também traz cenas de critica a forte censura que as mulheres sofrem pela mídia core-
ana. 4minute – Volume Up: “Eles dizem que eu estou acabada”, “eles dizem que não têm mais espaço para mim agora”, “a minha voz, aumente, aumente, aumente agora”, “vou continuar mudando com força”. Esses são trechos cantados pelo grupo 4minute (mais um que deixou saudades nos corações de muitos “kpoppers” por aí). Na música Volume Up, onde as meninas criticam comportamentos e atitudes que desrespeitam as mulheres ou que as fazem se sentir inferiores.
to, não querem seguir esse padrão. Mas esse não é o único assunto abordado por elas, a música fala também sobre situações em que as meninas mais “bonitas” são favorecidas, unicamente por se encaixarem em um determinado padrão.
f(x) – Toy e Pretty Girl: Outra música que fala sobre o sentimento de liberdade e de felicidade que uma mulher pode ter ao se livrar de um relacionamento abusivo é a música Toy do girlgroup “f(x)”. A música faz parte do segundo álbum do grupo: “Pink Tape”. Diferente de Doin Good, é uma música que além da mensagem forte, conta com um instrumental carregada de fofura e alegria. “Eu não sou mais o seu pequeno e bonito brinquedo”, dizem em sua música. Em Pretty Girl, música que também faz parte do álbum “Pink Tape”, o grupo dá sua opinião sobre como a sociedade espera que uma garota se comporte, se vista e etc... Quase sempre impondo um padrão que na música elas chamam de: “a menina bonita dos contos de fada”, no entan-
Bom, eu vou ficando por aqui, aproveitem bem nossa revista e não deixe de ficar ligado em nossas redes sociais!
E é claro que existem muitas outras músicas com mensagens incríveis, só é uma pena não ter como falar sobre todas elas nesta matéria, mas quem sabe não rola uma parte dois dessa lista numa próxima edição, não é mesmo?
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CHICLETE ENTREVISTA Chiclete Cultural Entrevista o Ilustrador e apresentador John Walker.
1-Como é a experiência de ser um apresentador de eventos? Eu acho muito legal ter a oportunidade de entrevistar alguém, poder conhecer mais as pessoas. Tive o prazer de entrevistar no AGF (Anime Guarulhos Festival) e em outros eventos, pessoas das quais eu sou muito fã, as vezes comento que não sou um apresentador profissional e sim, um admirador que faz as perguntas que todo fã quer fazer. É muito gratificante bater um papo com alguns artistas, porque todos aprendem muito sobre essas pessoas, é sempre bom você conhecer pessoas novas, as histórias e as experiências pelas quais ela passou. As pessoas que eu tive o prazer de entrevistar, foram simpáticas, fui bem tratado e foi como um bate papo construtivo, porque tem gente que leva a entrevista muito para o profissional, é bom pela ética, mas é legal você ter uma conversa mais informal para que todos possam conhecer mais sobre o seu trabalho.
... É muito gratificante bater um papo com alguns artistas, porque todos aprendem muito sobre essas pessoas, é sempre bom você conhecer pessoas novas, as histórias e as experiências pelas quais ela passou...
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2-Como é o seu processo como ilustrador? Como todo estudo, acaba se tornando cansativo, mas é fundamental. A sorte que eu tenho de trabalhar com o pessoal da Halftones e ser amigo dos diretores da escola é muito bom, porque tive a oportunidade de aprender com uma metodologia de estudar continuamente de forma que não seja árduo. O meu professor estuda muito para adquirir e passar novos conteúdos, a gente vive em um momento que se renova constantemente, então, o processo da ilustração é de muito estudo. Tem algumas técnicas de desenho que todo professor vai passar e, quando chega a hora de treinar, as pessoas ficam com receio. Tem algumas que a gente gosta mais de estudar, como eu que
gosto da arte final e para mim não é cansativo, já estudar anatomia acho desgastante, mas também é necessário esse processo pelo qual todo desenhista vai passar. Para quem quer trabalhar com arte, precisa estar sempre se inovando e se superando, é como a vida: “você sempre terá novas ferramentas para aprender”, por exemplo, eu comecei aprendendo pintura com bico de pena e nanquim, hoje estudo pintura digital e continuo com o nanquim, quando você gosta do que está estudando, é cansativo, mas gratificante! No final, o que você colhe é muito bom. Falam que o Monte Everest (montanha de maior altitude da Terra) tem a visão mais bela, estudar é cansativo (como escalar a montanha), mas quando você chegar no topo, vai ter uma visão bela do seu trabalho, é um processo que vale muito a pena. Uma dica para quem quer entrar no mercado de desenhista, é se manter no estudo, as vezes eu fico cansado, sem coragem de desenhar, noutro dia quando vou desenhar vejo que minha mão está travada, então é algo que quem quer trabalhar com isso tem que se prender para fazer. Desenhar é sempre está estudando, aprendendo e inovando, porque hoje o mercado pede inovação, por mais que se seja desgastante não tem como pular essa etapa. 3-Como você começou a desenhar? No começo, como a maioria dos desenhistas, eu desenhava por hobby em casa, era como uma brincadeira. Sempre gostei muito de desenhar e sempre assisti aos desenhos que passava na televisão, muitas daquelas animações que passavam durante a minha infância, eu não podia ter os brinquedos, então, eu desenhava os meus próprios brinquedos (os personagens do Digimon 17
e Pokémon), recortava-os e colocava em outro papel, desenhava cenário e brincava. Depois de um tempo tive a oportunidade de conhecer meu primeiro mangá que foi o Shaman King que eu adorei. Aos 9 anos de idade, meu pai me fez ler o meu primeiro livro que foi: Odisseia de Ulisses (aviso: pais, não façam seus filhos ler livros grandes com pouca idade), mas essa leitura foi muito boa e eu gostava das ilustrações, então, foi quando eu comecei a ler mais mangás e também a pensar que seria legal desenhar e trabalhar com isso. Eu pensava: “se eu compro, deve ter alguma empresa que fabrica”, foi quando eu comecei a ir nos eventos que tinham aqui em Guarulhos e no Rio de Janeiro (eu morei tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo), e nesses eventos tinham pessoas que levavam seus trabalhos, assim conheci o fanzine e, logo após, comecei a fazer minhas histórias (nada muito profissional), porque infelizmente minha família não apoiava, mas é compreensível, porque os pais não conhecem desenhistas que se deram bem na vida, então eles têm uma insegurança e como eu era muito teimoso e queria desenhar, acabava tendo esse impasse, minha arte era produzida em segredo para evitar confusões, mas procurava sempre estar envolvido com isso, entrava em empregos mas depois desistia, porque eu sempre quis ser um mangaká, e via que a realidade não era assim, eu tinha que ter mais o “pé no chão”. E foi quando eu tive a oportunidade de conhecer o Murilo que é um dos fundadores da escola Halftones, descobri que dava para trabalhar e sobreviver disso, só que não é fácil, as pessoas não podem pensar que só porque desenham bem e estão estudando desenho, que vão trabalhar em uma editora grande vivendo da sua arte. 18
Precisamos de um plano B e uma estabilidade, foi quando eu tive a oportunidade de estudar e vi que viver de desenhar é possível, porém, difícil, mas dá para encarar, só tive a coragem de encarar esse mercado ao conhecer o Murilo e vi como ele trabalha e vive disso, se ele consegue, eu posso conseguir também. 4-Como é a experiência de fazer parte de um moto clube? A experiência é muito legal e gratificante. Tive a oportunidade de me tornar um membro e amigo do fundador e presidente do Moto Clube “Cavaleiros da Meia Noite” com sedes em Guarulhos e na Bahia. Foi uma oportunidade muito boa porque geralmente quando falam em moto clube, pensam que são aqueles caras roqueiros de filme americano que quebram tudo, mas não é assim, existe uma filosofia muito legal, o motociclista vê o moto clube como um estilo de vida e não só como um lugar de fãs de moto, são apaixonados por motos, pela estrada, pela viagem e que amam sentir o prazer do vento. Eu vejo o moto clube assim e ter a oportunidade de fazer parte dos cavaleiros da meia noite, de conhecer e saber como eles pensam, e também é muito legal o fato de eles promoverem muitas ações sociais no bairro onde estão e para toda a cidade. Já tive a oportunidade de fazer algumas artes como a da passeata em proteção aos animais, tive a oportunidade de redesenhar uma das logo e isso é muito bacana porque você vê que o motociclista não é aquele cara carrancudo, eles têm sim um coração. Nós temos aquele estereótipo de pessoas violentas ou que são gangues, usam preto e colete, mas nós não somos esse “bicho de sete cabeça” que todo mundo acha, todos são muito simpá19
ticos, boa gente, dignas, honradas e que têm um pensamento firme de que os motociclistas além de gostar de viajar, gostam de fazer a diferença por onde passam levando respeito. Eu brinco que os cavaleiros da meia noite se expiram nos cavaleiros templários e isso é muito legal, recomendo para quem quiser conhecer. 5-Qual é a temática do seu trabalho autoral? Eu gosto muito de cartoon, as pessoas veem o cartoon como um desenho simples, mas eu gosto da meiguice como ele leva as histórias para você. Gosto muito de livro infantil e tive a oportunidade de ler o livro: “O pequeno príncipe”, que foi uma das leituras que a minha mãe me indicou e que amo até hoje e recomendo para quem ainda não leu, foi esse livro, as mensagens e as ilustrações que me inspiraram a querer trabalhar como ilustrador. Sobre meus trabalhos autorais, estou desenvolvendo uma história de fantasia (estou em dúvida sobre fazer um livro ou uma webcomic), acho legal tentar um livro com ilustrações, gosto muito dessas ilustrações porque são simples, mas tem a mensagem que traz carinho e um aspecto propagar coisa boas e é o que eu pretendo fazer no meu trabalho também. Pretendo lançar até o final do ano, será um livro infanto-juvenil em um mundo que hoje está tão perdido, com tantos problemas que carece de um pouco de fantasia, ela faz bem, sonhar também e o pequeno príncipe é um livro adulto, mas é para a criança que nós adultos já fomos um dia, o livro tem mais relevância hoje para um adulto do que para uma criança, sua mensagem é muito profunda sobre sonhos, esperança, amor, a importância que as pessoas exercem sobre a nossa vida e eu quero levar isso para o 20
meu trabalho, o Walker como desenhista autoral quer ser um ilustrador de livros infantis, é o que eu gosto. 6-Como as pessoas podem entrar em contado com você? Tem meu facebook e o Instagram que é: John Walker, quem quiser me conhecer pode chamar nessas redes sociais, se tiver alguma dúvida sobre desenho, sobre a escola de desenho Halftones, é só chamar que a gente pode bater um papo. Pretendo futuramente lançar uns vídeos no YouTube, agregando mais conteúdos para essa plataforma. 7-Tem algum recado para deixar aos nossos leitores? O recado que eu tenho é muito importante e pode fazer a diferença na vida de vocês. Como eu já falei sobre o estudo, se permita sempre a aprender mais, o aprendizado pode mudar o mundo, a gente pensa que não vai fazer a diferença (porque nem todo mundo faz), mas se todos pensarem assim, estaremos perdidos, então, aprenda com o morador de rua assim como com um homem rico e bem vestido. Nós temos muito para aprender e esse aprendizado pode agregar e mudar muito, tanto no futuro do nosso país, como no futuro do mundo, como no nosso futuro, parece algo diplomático, mas é a verdade, o ensino faz a diferença, então continuem estudando bastante porque precisamos de pessoas estudiosas.
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Chaveiro Foto Polaroid Por Dafine Martins Materiais • E.V.A (você pode usar a cor que preferir, mas se quiser que os chaveiros fiquem mais parecidos com uma foto Polaroid use um E.V.A branco); • Fotos impressas; • Fita adesiva ou papel contact; • Cola (pode ser cola branca, de artesanato ou silicone líquido); • tesoura; • estilete; • régua; • argolas de chaveiro; • cordão; • caneta ou lápis;
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1° Passo
Primeiro, você imprime as fotos que escolheu, é importante que as fotos tenham em torno de 3.5 cm de largura por 4 cm de altura. Se a foto ficar alguns centímetros maior, você pode cortar os excessos na hora de montar. Depois disso, coloque fita adesiva ou “papel contact” para protege-las. E então é só cortá-las 22
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2° Passo
Na folha de E.V.A. desenhe três quadrados de 4 cm de largura por 5 cm de altura e corte-os
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3° Passo
Cole a sua foto no primeiro quadrado. Se ela for um pouco maior, corte os excessos.
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4°Passo
No segundo quadrado você precisa desenhar margens de meio centímetro nas laterais e na parte de cima, na parte de baixo risque uma margem de 1 cm e com o estilete corte a parte de dentro, essa vai ser a frente do seu chaveiro, agora é só colar sobre a parte em que a foto está.
5° Passo Para a parte de trás você precisa cortar um pedaço do cordão e passar por dentro da argola de chaveiro, depois, junte as pontas e cole sobre o último quadrado de E.V.A; Depois disso cole as duas partes do chaveiro e ele vai estar prontinho para ser usado!
Decoração:
Bom, essa parte é inteiramente opcional, mas se você quiser, pode decorar os seus chaveiros com glitter, lantejoulas e afins. Você também pode desenhar ou escrever algo usando uma caneta. No meu caso usei uma caneta nanquim para fazer isso, mas uma caneta bic comum também serve. 23
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Tênis de sucesso
Por Valéria Lima
Fala chicleteiros! O tema que vou abordar na matéria de hoje, é sobre um dos calçados mais populares na sapataria de pessoas do mundo inteiro, conseguem imaginar qual é? Vou dar duas dicas: •Primeira: Nesse ano de 2018 completa 110 anos de lançamento da marca, exatamente! É um calçado que faz sucesso a mais de um século e ainda assim não deixa de ser atual e super descolado. • Segunda: O nome do criador é... (Rufem os tambores)... Marquis Mills CONVERSE! Converse? Espere, o que esse sobrenome lembra a vocês? Depois dessas duas dicas fica fácil, não é mesmo? Se você pensou no Tênis All Star você acertou em cheio e é sobre ele que vamos falar. Cá entre nós quem nunca teve um ou conheceu alguém que tivesse? O primeiro converse All Star de grande sucesso nasceu em 1917 e foi desenvolvido para atender jogadores de basquete. Após um ano do lançamento, o jogador Chuck Taylor se apaixonou pelo calçado e decidiu dar umas dicas para o criador de como melhorar a qualidade do tênis pois, ao fim dos jogos, ele se queixava de algumas dores nos pés. Graças a Chuck o tênis ganhou um reforço na região do tornozelo e maior
flexibilidade, assemelhando-se ao que conhecemos atualmente. A Ajuda de Chuck Taylor foi muito importante e recompensada fazendo com que ele se tornasse consultor da Converse e, em 1923, chegava as lojas a versão de maior sucesso: o All Star Chuck Taylor. O modelo de tênis se tornou tão popular que, chegou ao ponto de ser o único usado pelos jogadores de basquete e também o mais vendido nos Estados Unidos. Daí em diante a marca foi só crescendo, já que o tênis apresentava muitos pontos positivos como: seu conforto, design, durabilidade e praticidade. A converse inicialmente tinha como foco atender o público esportista, mas o sucesso foi tão grandioso que começou a atender os cenários pop, punk Rock, rap.... parando inclusive nas telinhas do cinema. Hoje em dia eu não tenho dúvida de que nunca sairá da moda. Agora que conhecemos resumidamente um pouco de onde surgiu esse tênis maravilhoso, veja algumas ideias de looks diferente pra combinar com o seu All Star, e caso queiram conhecer mais detalhes, acessem o site: https://www.portalsaofrancisco.com. br/.../historia-do-all... Copyright © Portal São Francisco
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Farpa 1 - Justiça Por André Bizorão www.andrebizorao.com
A justiça é cega, Assim me disseram. Ou será que enxerga Só o que quer? Se por acaso O condenado vier da periferia, Ou de um bairro qualquer... Sente o peso do veredito por ser preto, gay ou mulher Que há muito foi escolhido!... E já estão condenados Sem grana = sem advogados Pra pobre não tem equidade.
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ANDRÉ BIZORÃO MENESTREL
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Exposição Outras Damas Por Camila Vayda e Karla Chinchila Em março, a Chiclete Cultural iniciou uma parceria com o Shopping Bonsucesso em Guarulhos para realizar exposição do trabalho de artistas da Cidade. Para dar a largada nessa iniciativa, convocamos outros parceiros como: a academia de artes “Halftones” e o grupo “Animendigos” para organizar essa empreitada em uma sala cedida pelo Shopping. A exposição “Outras Damas” do artista Rafilds Marques, foi a primeira de uma série que serão realizadas nesse espaço. Essa primeira apresentou ao público, uma coleção de 20 pinturas sobre tela e painel que retratam a Mulher durante a história até os dias atuais com diversas representações. A proposta foi a de trazer outra visão ao tema da feminilidade com discussões acerca: da inclusão da mulher, a busca por direitos, a igualdade no mercado de trabalho e na sociedade de forma geral, destacando a mulher e a sua representação na música, no cinema, nos games e na cultura pop como um todo; assim, todas as telas desse artista sobre esse tema, buscam ilustrar vários pontos e questionamentos sobre a igualdade entre os sexos. A temática, a escolha das cores e a organização da sala estimulavam os visitantes a conhecer o enorme talento do artista Rafilds Marques, a grandeza que a nossa Cidade pode alcançar no campo das artes de modo geral e a resistência que nos move a acreditar que ações como essa podem efetivamente criar e transformar a realidade que nos cerca. Na abertura, contamos com a apresentação musical de Don Ramon e Arielly Porto com um repertório repleto de rock, pop, reggae e MPB. No dia internacional da mulher (8 de março), o artista fez um quadro de assinaturas para que todas as mulheres que visitassem a
exposição pudessem deixar sua marca. Para enfatizar a luta, fizemos questão de convidar as musicistas Kimberly Teixeira e Fernanda Ferreira que embalaram a nossa noite com muita MPB e rock´s nacional e internacional. A exposição “Outras damas” aconteceu durante o mês de março e o seu sucesso repercutiu para o reconhecimento ao artista e a sua obra. Vale lembrar que esse projeto continua e é organizado por: Animendigos, Chiclete Cultural, Halftones e Rafilds Marques. O Grupo Animendigos é que idealizou e produz o evento: “Anime Guarulhos Festival” que está em sua 8ª Edição. A Chiclete Cultural é uma revista digital reconhecida na cidade por participar em eventos culturais e por promover saraus e oficinas difundindo e divulgando artistas autorais. A Halftones é uma academia de artes em que os professores atuam no mercado de ilustração nacional e internacional e são referências para as artes visuais no país. Rafilds Marques é formado em Design Gráfico, é natural de Guarulhos, trabalha com ilustração e pintura em diversos segmentos.
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Realidade vs Fantasia Por Camila Vayda Durante o mês de abril, os fãs de Harry Potter, Star Wars e Game of Thrones tiveram a oportunidade de visitar uma exposição incrível. O Shopping Bonsucesso em parceria com a Chiclete Cultural, Animendigos, Halftones e Rafilds Marques recebeu com exclusividade a exposição “Realidade VS, Fantasia”, trabalho que transita pelos universos do cinema, da cultura pop e da fantasia com pinturas inspiradas por: famosos personagens, cenas de séries, filmes e livros. A exposição foi composta por 22 obras assinadas por Frank Willian e Murilo Araújo que, retratam o conflito entre a vida real e a fantasia. As artes foram criadas através de pintura digital e os quadros possuem traços realistas que transportam o mundo de ficção para um patamar concreto, empolgando os curiosos e também os amantes da cultura nerd. Além das obras, a abertura da Exposição realizada no 1º dia de abril, contou com o músico Mauro Cesar com repertório que vagueia entre a música regional e a MPB moderna com influências do jazz. Também tivemos o artista Murilo Araújo batendo um papo com os visitantes. A equipe também preparou produtos personalizados com as obras das exposições que estão acontecendo desde março, a ideia é dar a oportunidade do visitante colaborar na continuidade dessa iniciativa, além disso, rolou um workshop de desenho às sextas-feiras com o John Walker.
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Eae Chicleteiro? Quer saber como ajudar com esse e outros projetos da Chiclete Cultural? 1º Siga-nos nas redes sociais pra ficar por dentro dos próximos eventos, além de compartilhar as publicações para que mais pessoas tenham conhecimento desse trabalho. 2º Vá a exposição, aproveite o passeio e prestigie o trabalho de artistas independentes parceiros dessa revista. 3º Se puder, adquira produtos: prints, bottons, molduras... São baratinhos e ajudam a equipe a continuar com essa atividade. Se ficou curioso, vá até o Shopping Bonsucesso e compartilhe conosco a experiência de se relacionar diretamente com a arte independente, divulgue a revista, o evento e com certeza, nos vemos lá!
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