Maio / Junho 2017 - 13ª Edição pág. 10 - ME ESCUTE
pág. 12 - MINIDICIONÁRIO DOS BORDÕES TEATRAIS UTILIZADOS DIARIAMENTE
pág. 14 - VOCÊ SABE COMO AS TEMPORADAS DE ANIMES FUNCIONAM?
pág. 16 - CHICLETE ENTREVISTA Entrevista a Artista e Fanzineira Rebeca Honney pág. 20 - MARCA PÁGINA COM FOTO com Nathy Santos e Dafine Martins pág. 22 - SUBCULTURA GÓTICA E SUAS VERTENTES pág. 26 - PARTICIPAÇÃO ESPECIAL “Como decorar sua sala de estar” de Natan Marques EXTRA pág. 30 - “Flash Day - Stay Tattoo” de Valéria Lima
Editorial Galera, tá saindo quentinha das brasas da fogueira mais uma edição da sua revista virtual predileta! A Chiclete Cultura desse mês traz novamente uma série de matérias e artes inéditas com os mais diversos temas, entre eles: bordões teatrais mais utilizados por quem trabalha nessa área, como funcionam as séries dos animês no Japão, uma entrevista imperdível como uma autora de fanzines, a subcucultura e as vertentes do goticismo, além da matéria do convidado Natan que fala sobre as possíveis formas de se decorar uma sala de estar, a poesia da chinchila e o que rolou no evento Flash Day – Stay Tatoo, então, essa edição tá mais recheada do pastel de feira, tá colorida, divertida e doida pra ser devorada pelos seus olhos. Pra terminar e liberar a sua atenção para as próximas páginas, convidamos todos a visitar a nossa página no Facebook: (colocar o link), curtir o nosso canal no youtube: (idem), e ficar ligada para o terceiro Chiclete Multicultural – oficinas, que tá perto de rolar (agora, dia 01 de Julho) e ainda tem algu-
mas vagas disponíveis pra quem quiser trocar uma ideia sobre arte e também aprender um pouco. Estamos juntos e nos vemos novamente em breve!
Revista Chiclete Cultural
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Colaboradores
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CAMILA VAYDA
DAFINE MARTINS
KARINA PAMELA
Camila Vayda é educadora e ilustradora. Graduada em Educação Artística com licenciatura em Artes Visuais e em Design Gráfico. É curiosa no seguimento das artes desde a infância ao entrar em contato com o teatro e as artes plásticas. Atualmente seus hobbies são: Quebra-cabeças, fotografias, seriados e quadrinhos. É a idealizadora da Revista Chiclete Cultual e lidera as matérias em reuniões semanais, além de diagramar todos os conteúdos mensalmente, além disso, realiza cobertura de eventos em vídeos, fotos e textos.
Dafine Martins é estudante de artes e desde pequena se interessa por animês e sobre o oriente de forma geral. Apaixonada por cultura pop asiática, em especial pelo mangá. Seu objetivo profissional é se tornar ‘mangaká’ e tem muito interesse em fazer faculdade no Japão.
Karina Pamela é estudante. Sua paixão pela arte vem desde que era pequena. Dança e teatro são suas maiores paixões no mundo artístico. Atualmente ela é dançarina e atriz amadora, e está em busca do profissionalismo e sucesso na carreira.
KARLA CHINCHILA
ANDRÉ BIZORÃO
NATHY SANTOS
Karla Chinchila é estudante e apaixonada por literatura em todos os seus gêneros. Começou a desenvolver gosto pela arte escrita há três anos colocando ideias no papel.
André Bizorão é palhaço, Ator e metido a escritor. Graduado em Artes Cênicas com bacharelado em Teatro. Não sabe se nasceu, estreou ou se foi abandonado na Terra por alguma nave espacial. Fundador da Cia. de Teatro Los Xerebas compartilha suas vivências artísticas com crianças e adolescentes na periferia de Guarulhos. Tem como paixão a produção de textos poéticos, dramatúrgicos e histórias infantis, é colecionador de quadrinhos, livros e de piadas. É revisor das matérias da revista, além de escrever, entrevistar e dar pitacos na produção. Editor dos vídeos e o desenvolvedor da página na internet.
Nathy Santos é estudante e apaixonada por artes desde pequena. Seu objetivo é fazer faculdade de designer gráfico e se tornar uma ilustradora.
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Colaboradores
VALÉRIA LIMA Valéria Lima é estudante. Desde pequena gosta de arte e cultura, sempre foi muito ligada em moda, apaixonada por desenhos, maquiagem, estilo, teatro, fotografia e arte em geral. Pretende seguir sua vida profissional artística e adora ensinar compartilhando o que já sabe.
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o é e O qu ? l a r u t l u C e hiclet
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Gosta de literatura, cultura e arte? Aqui está o que você procura! O Chiclete cultural surgiu em 2015 de forma independente com o objetivo de compartilhar conteúdos inéditos e originais no formato de revista digital, trazendo informações, poesias, ilustrações, dicas e muito mais. O projeto se desenvolve a partir de estudos e pesquisa dos colaboradores tornando a revista um veículo de divulgação e difusão cultural. É lançado sempre mensalmente no primeiro final de semana do mês. Ficou curioso? Gostou? Interessou? Então curta a nossa página e se divirta com o passar de folhas da revista, contribua com o projeto compartilhando e divulgando em suas redes sociais.
Equipe do Chiclete Cultural
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Me escute
Por Karla Chinchila Como a Brisa do verão, Tu és o mais belo, olhando para o seu rosto puro, com lindos olhos singelos, minha mente que lhe cativa, no silêncio do meu interior, me fazem pensar em tu, e esquecer de qualquer rancor, cada batida do meu coração, ele diz seu nome, com cada simples toque, que a cada dia me consome, dono dos meus propósitos, e com essas palavras simples, de cada verso anônimo, que é de ti que gosto.
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POESIA DA CHINCHILA
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Minidicionário dos bordões teatrais utilizados diariamente Por Karina Pamela Ilustração Dafine Martins Em todos os grupos sociais existem bordões, que são gírias que só as pessoas da área entendem. Isso ocorre em grupos de amigos, regiões, escolas, nas profissões, entre outros. Entre os atores também existem os bordões que a maioria das pessoas por não conhecerem, ficam confusas ao ouvir. Nessa matéria, irei compartilhar e esclarecer com vocês alguns dos mais utilizados pelos atores diariamente. -Merda: Está palavra tem dois contextos históricos que explicam o seu significado. A primeira, acredita-se que na Grécia Antiga, por causa dos cavalos, que era o meio de transporte daquela época, ficavam em volta do teatro e defecavam ao redor do mesmo, suas fezes empesteavam o teatro inteiro indicando para os atores que tinha público, ou seja, quanto mais fedor, mais plateia tinha para aquela apresentação. Hoje, merda significa muito público. A outra origem da palavra é que na França merda se escreve “Merde” e eles utilizavam essa palavra para desejar sorte ao ator antes de entrar em cena, permanecendo até os dias atuais. Tanto na primeira, quanto na segunda, se um ator deseja merda para o parceiro ele não pode responder “obrigado” senão dá azar. -Évoa/Evoé: É um grito de glorificação ao Deus Dionísio. Essa celebração era muito comum no teatro grego e existem muitos atores que ainda utilizam essa evocação. -Projetar: Esta aí uma palavra que as vezes entre os próprios atores deixa dúvida. Projetar é você aumentar o tom de sua voz sem gritar. (existe uma grande diferencia entre gritar e projetar). Os atores precisam projetar a sua voz para que todos no teatro escutem, desde a pessoa que está na primeira cadeira até a da última fileira. Afinal, todos vieram para assistir a peça. Então quando você escutar “projeta a voz”, a
pessoa está pedindo um tom mais alto e claro, sem gritar, para que todos escutem. -A velinha surda: Relacionado com o tópico de cima, a velinha surda é uma idealização, exemplificação de como que tem que ser a projeção. O ator tem que falar num tom em que até uma velinha imaginária que está na última cadeira do teatro escute. - Quarta parede: Esse termo foi criado no teatro moderno. A quarta parede é um termo de usamos para falar da parede invisível que existe entre o ator e o publico, ela é marcada pela ribalta. Ou seja, se houver a quarta parede, nessa peça provavelmente não haverá interação com o público. - Ribalta: A ribalta é a parte da ponta do palco, onde fica normalmente a iluminação. - Palco italiano: É o nome técnico para o formato tradicional de teatro que todos conhecem, onde a apresentação está na frente público/plateia. O teatro em frente da plateia. - Teatro arena: Teatro arena é o formato e/ ou a estrutura em que o público fica em volta do espaço cênico e os atores no centro. A peça tem que favorecer a todo o público, ou seja, ser feita em 360 graus. Esses são alguns dos tantos bordões que são falados no dia-a-dia dos atores. Agora se você escutar novamente saberá o significado.
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Você sabe como as temporadas de animes funcionam?
Por Dafine Martins
Fala colega chicleteiro, tudo beleza? Esse mês escolhi uma curiosidade sobre a maneira como funciona o lançamento dos animes no Japão. Na minha roda de amigos eu sempre ouço meus colegas comentando sobre como seria legal poder ir ao Japão e ver animes na TV o dia inteiro, bom essa é uma ideia que algumas pessoas têm sobre a TV japonesa, mas não é bem assim que funciona (pelo menos não na TV aberta), os animes passam de acordo com a programação da emissora e geralmente é no período da manhã ou no final da tarde, mas isso pode variar de acordo com o dia da semana. Sobre as temporadas, as pessoas não sabem bem como elas funcionam, as vezes por serem muito “novatas” nesse meio de animes e mangás ou por não acompanharem animes exatamente no mês de seu lançamento, como eu que prefiro esperar o anime acabar de ser lançado para poder acompanhar a estória sem ter que ficar esperando o dia exato do lançamento do próximo episódio. No Japão as temporadas acompanham as estações do ano e cada temporada costuma ter entre 12 e 24 episódios, já a quantidade de temporadas varia de acordo com o que as emissoras querem exibir naquele momento, sendo que o número de lançamentos tende a ser maior durante a primavera e o outono, no entanto, nos últimos anos o lançamento dos animes em geral tem crescido, as vezes chegando
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perto de 60 animes por temporada, como o Japão está do outro lado do mundo, suas estações são “invertidas” então temos: temporada de inverno (Janeiro – Março), temporada de primavera (Abril - Junho), temporada de verão (Julho – Setembro), temporada de outono (Outubro – Dezembro). E então? Curtiu ficar por dentro do sistema de temporadas de animes? Bom claro que temos animes que ultrapassam o número de episódios por temporada citados no começo da matéria como: Naruto, One Piace, Dragon Ball, entre outros que possuem um número de episódios realmente extenso, assim como também, temos animes que possuem um número de episódios menor que o estimado. Enfim, espero que tenham gostado da matéria, não deixe de acompanhar nossa revista e até a próxima edição!
CHICLETE ENTREVISTA Chiclete Cultural Entrevista a Artista e Fanzineira Rebeca Honney.
1–Pra você quem é Rebeca Honney? Acho que é uma artista ainda em construção, ela tem vários trabalhos legais, mas ainda está desenvolvendo seu estilo, aprendendo e tentando alcançar o seu público e o seu mercado, tem melhorado bastante de 2015 para cá e, como é muito esforçada e a paixão pelo que faz é muito grande, ela vai alçar um voo bem alto. 2- Como começou a desenhar e por quê? Quando eu era criança, tinha vergonha de explicar para os adultos o que eram meus desenhos, eles diziam: “o que é esse desenho?”. Era bem embaraçoso e essa timidez virou desenhos cada vez mais figurativos e fáceis de entender, foi assim que desde muito pequena fui melhorando meu traço. 3- De onde surgiu a ideia de produzir fanzines? Eu me apaixonei por mangás no ensino fundamental por causa de uma amiga, os temas contidos como a amizade me emocionam e eu queria fazer o mesmo para outras pessoas, quando descobri que existe um mercado, ainda que pequeno aqui no Brasil decidi fazer parte dele.
“Eu quero abordar mais temas nos próximos trabalhos, como feminismo, direito LGBT, preconceitos, insegurança. São assuntos do meu interesse e que considero importantes.”
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4- Há quanto tempo você os faz? Meu primeiro fanzine foi impresso em 2013, eu estava no último ano do ensino médio, depois disso ainda publiquei tirinhas em um blog, fiz uma “one-shoot” para um concurso, mais tirinhas aleatórias e, só em 2015 fiz o BTS to Breathe. Uma história à parte, eu desenho quadrinhos de uma só página desde os 12 anos, eram desenhos bem infantis sobre uma coelhinha, eu, e um dragão fêmea, minha irmã, que lutavam contra o mal (ou algo assim).
5- Quais tipos de desenho você se familiariza além do mangá? Muitos! Eu gosto muito de indies online, cartoon, eu amo o Studio Disney e trabalhos da Ásia em geral. 6- Como o k-pop influenciou o seu trabalho? A música No More Dreams do BTS apareceu na minha vida em um momento decisivo sobre continuar ou não com uma carreira artística. O BTS to Breathe é a manifestação da minha escolha de continuar a desenhar quadrinhos, além de uma forma de agradecer a energia que eles me dão. Mais tarde eu conheci outros grupos, e pessoas, que também me motivam bastante através das suas músicas. 7- Você possui algum desenhista/ quadrinista favorito? Não mais, antes eu tinha uma lista mental. Atualmente se eu gosto de um trabalho, é porque vi algum ponto positivo, nem sempre é algo de grande conteúdo, mas pequenas passagens agregam algum valor a obra, e eu ando focando nisso ao invés de montar um ranking. 8- E no que você se inspira? Música, anime, filmes, pessoas. Esses são os elementos que me motivam a desenhar, quando eu vejo uma obra bem feita ou o esforço de alguém para fazê-la da melhor maneira. Não necessariamente as grandes produções. Acho incrível quando algo é o máximo do que pode ser. Em Zines, animações independentes, curtas, eu vejo pessoas com pouquíssimo recurso que dão o seu melhor. O empenho e o processo são refletidos no produto final e isso me 17
inspira. 9- Como é o seu processo criativo? Chamamos de “argumento” a base da história, no meu caso, o argumento dificilmente é algo voluntário, a ideia surge e eu vou maturando ela na cabeça até decidir que posso fazer uma história a partir dela. Depois vem o primeiro rascunho (não faço roteiro escrito porque tenho dificuldade), ele serve para eu definir a disposição dos quadros, posição dos personagens, balões, falas, indicar cenários. Ele é algo bem simples, consigo fazer no ônibus, por exemplo, porque não exige precisão. O segundo rascunho ainda é feito no papel e sempre é acompanhado de música (muito importante!). A próxima etapa é feita no computador. No meu novo projeto, estou tentando fazer um estilo diferente para cada membro do BTS, eu começo colocando todas as falas da história, depois o “lineart” dos personagens, o cenário, a luz e a sombra e, por fim corrijo alguns erros. Eu não ouço música nesse processo, costumo ouvir séries e animes para melhorar a escuta em inglês e japonês. O processo de criação + produção pode ser visto nesse link: http://rebeca-honney.deviantart. com/art/Jiminie-Making-OFF-PT-648927375?ga_submit_new=10%253A1480641679 10- Como foi participar de eventos como: Ressaca Friends e Anime Guarulhos Festival? A resposta do público tem sido muito boa, eu amo falar com kpoppers e aspirantes a desenhistas, ver pessoas que conheci em eventos anteriores, conversar com mais quadrinistas... como são muitas horas em pé e quase sem intervalo, é 18
cansativo, mas sempre uma experiência positiva e que vale a pena. 11- Você possui algum patrocínio? Não, mas gostaria muito de ter ^^. No ano que vem eu gostaria de patrocínio para o meu mangá de 88 páginas, seria bem legal! 12- Quais os objetivos para o seu trabalho? Eu sempre digo que “quero ser famosa” (a louca), então quero que minhas produções alcancem o maior número de pessoas possíveis. Espero passar valores positivos para os leitores: amizade, seguir os sonhos, acreditar em si mesmo e pensar nos outros são alguns elementos que estão nas minhas páginas em situações engraçadas, rotina e romance entre os meninos. Eu quero abordar mais temas nos próximos trabalhos, como feminismo, direito LGBT, preconceitos, insegurança. São assuntos do meu interesse e que considero importantes. Houve um tempo que eu acreditava poder mudar a situação nacional dos quadrinhos, hoje em dia eu mais “quero acreditar” do que realmente acredito.
mercado? Você tem todo meu apoio! Apesar do mercado ser pequeno no Brasil, existir preconceito e a falta de incentivo dos pais, faça aquilo que você ama! A sensação de ver seu trabalho pronto é tudo que esperamos, então não desista, tenha empenho e um pouco de organização. Existem tutoriais para ajudar, fanzineiros e pequenas gráficas que viabilizam seu projeto. Então não desista do que você gosta, não desista de você!
13- você sente vontade de trabalhar com outras linguagens fora os quadrinhos? Sim! Eu tenho muitos “pequenos sonhos”, quero ilustrar livros infantis, fazer um videoclipe, animações, mais covers, rap. Meus interesses são bem diversificados, e uma parte deles exige pelo menos uma pequena equipe, por enquanto já estou anotando ideias para quando tiver mais recursos. 14- Como fanzineira, o que você tem a dizer para as pessoas que pretendem ingressar nesse 19
Marca página com foto Por Nathy Santos e Dafine Martins Materiais • Imagem impressa do seu ídolo; • E.V.A. • Fita adesiva; • Tesoura; • Fita de cetim; • Canetinha; • Silicone liquido; • Estilete.
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1° Passo Recorte a imagem que você vai usar.
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2° Passo Corte um pedaço do E.V.A um pouco maior do tamanho da imagem que for usar no marcador.
3° Passo Com o silicone, cole a imagem no E.V.A.
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4° Passo Contorne em volta da imagem deixando um espaço maior na parte de cima.
5° Passo Cole a fita encima da imagem para dar uma aparência de plastificado.
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6° Passo Corte em volta do contorno.
7° Passo Com o estilete (ou um furador), faça um furo encima para colocar a fita de cetim.
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8° Passo Coloque a fita de cetim no furo e faça um nó para que não saia. Agora arrase com seu marcador novinho ! 21
Subcultura gótica e suas vertentes Por Valéria Lima
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Fala chicleteiros! Que tal deixar de lado os estereótipos e conhecer um pouco sobre os góticos? Para começo de conversa o movimento se iniciou no final dos anos 70 e começo dos 80 inicialmente conhecido como movimento dark e, atualmente conhecido por subcultura gótica (ambos tem o mesmo significado apenas com distinção de tempo). Considerado uma subcultura, o estilo visualmente é bem desconectado dos padrões vistos como “normais” socialmente, uma das principais características que os diferenciam é a predominância da cor preta ou de tons sombrios que é bastante usado em roupas, sapatos, maquiagem, esmaltes, acessórios e nos cabelos sendo pretos ou coloridos. Mas se engana quem acha que ser gótico é só vestir preto, o estilo vai muito além e abrange também filosofia, arquitetura, cinema, literatura, música (Death rock) e muito mais. Dentre as características citadas, a religião não está inclusa, isso mesmo, a subcultura é totalmente laica, e cabe a cada seguidor escolher se quer ter alguma religião, sendo assim, totalmente pessoal. Agora que já sabemos que o estilo é religiosamente neutro, não há motivos para julgá-los satanistas ou pessoas más, muito pelo contrário, os góticos são pessoas com uma visão super sensível e de acordo com alguns seguidores as vestimentas pretas significam luto pela forma que a humanidade regride, mas não é o único significado, alguns usam porque gostam. Uma curiosidade que grande parte das
pessoas questionam são as visitas a cemitérios, a quem diga que as visitas são para beber sangue, ter relações sexuais, dentre outras coisas, mas isso é mito, o cemitério é um lugar que, para eles, trás a sensação de paz, isso sem falar nas obras arquitetônicas e esculturais de qualidade estética incríveis e dignas de admiração. Agora que já falamos um pouco a respeito da tribo vamos conhecer algumas de suas vertentes: Darkwave ou tradicional goth: Esse é o mais comum dentro do estilo, e tem inspiração no pós punk dos anos 80. O preto se mantém predominante seguido de um visual sado-masoquista e peças vintages, jaquetas de coura, maquiagem pesadíssima e cabelo espetado. Kinder Goth ou Baby Goth: Apesar do nome, essa vertente não tem ligação direta a crianças, Kinder Goth ou Baby Goth são geralmente jovens que estão conhecendo e aderindo o estilo, acontece geralmente na adolescência e a princípio, o estilo não é tão marcante quanto os demais. Cyber Goth ou Dark Future: Um tanto diferente dos góticos tradicionais, mas ainda assim, mantendo a base preta. O cyber goth inspira-se num visual mais futurista e tecnológico trazendo para seus looks cores vibrantes como: rosa choque, azul, amarelo, laranja, verde florescente... O que não falta também são os dread falls e a acessórios como óculos aviador, máscaras de gás e cirúrgicas (geralmente usado ao redor do pescoço ou na testa), polainas, botas plata-
formas enorme e maquiagem com padrões cibernéticos. Uber Goth: Os Uber Goth são aqueles que se produzem dos pés a cabeça pensando nos mínimos detalhes, tende a ser a vertente que possui o visual mais bem elaborado usando sempre muitos acessórios, escolhendo a dedo suas roupas, sapatos, maquiagem, penteados, sempre muito requintados. Deathrock: Fácil de ser confundido com o estilo punk, esse visual gótico é composto por calças e meias surradas/rasgadas, moicanos coloridos, maquiagem pesada, botas plataformas/coturnos, camisas de bandas decotadas, muitos piercings, gargantilhas, brincos. Medieval Goth: Lembra as vestes usadas na época medieval, com um estilo mais romântico e visual bem mais simples, incluindo a maquiagem. É comum o uso de corset com amarração e saias longas. A cor preta é predominante, mas peças em tons azul, vinho e verde também são usadas. Victorian Goth: Essa vertente trás para seu visual, referências da época vitoriana, aqui entre homens e mulheres existem coisas que não podem faltar, por exemplo: as mulheres vestem longos vestidos com rendas, corset e até luvas, já os homens não podem deixar de lado casacos longos ou terno, bengalas, chapéus, entre outros adereços de época. Gothic Lolita: O estilo nasceu no Japão
no final dos anos 90, as Gothic Lolitas tem um visual parecido com bonecas de porcelana ou princesas misturado com algo glam, vitoriano, punk, medieval... Seus vestidos são mega delicados e de comprimento curto (um pouco acima do joelho) e na maioria das vezes preto e branco. Fetish Goth: É um visual mega fetichista, nessa vertente é muito presente o uso de couro e vinil nas roupas, corset decotado, correntes, algemas e coisas que despertam um imaginário sado-masoquista, sem dúvida a vertente mais sensual. Aqui falamos um pouco sobre a subcultura gótica e as suas vertentes, após conhecer um pouco, a qual conclusão vocês chegam? Aproveitem para compartilhar com seus amigos, e conhecer também a subcultura na literatura, cinema, música e arquitetura! Então fica aqui o convite para que vocês se aprofundem no assunto e até a próxima!
O horizonte sรณ tem LIMITE pra quem nรฃo sabe
Voar.
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Como decorar sua sala de estar Por Natan Marques A sala de estar é o ambiente que deve ser o mais decorado, organizado e tem que ter conforto, porque é nele que recebemos nossos amigos e familiares, mas não é só isso, é na sala que assistimos um filme com aquela pessoa especial e até mesmo jogamos vídeo game com os amigos. Para uma decoração de sala de estar pequena, o ideal é quanto menor o número de objetos, mais leve ficará o ambiente parecerá ser maior, procure usar somente o que é necessário para que haja uma livre locomoção pelo espaço. Já em uma sala grande, procure usar objetos focalizando mais o centro da sala com vários objetos grandes ou, até mesmo se for possível, dá para fazer outro espaço como por exemplo, uma sala de jantar, pois assim não parecerá uma sala vazia. Nos dois espaços o ideal é ter objetos como quadros, almofadas, tapete, cortina, plantas, vasos, livros e outros objetos para dar cor e sentido ao ambiente. Os móveis devem ser planejados de acordo com o tamanho do espaço, se a sala for pequena não coloque móveis grandes para confortar toda a família, mas existem outros métodos que podem aumentar os lugares de assento como por exemplo: poltronas, pufes ou até mesmo almofadas no chão para as pessoas sentar, sempre visando o conforto com a organização. Uma dica para você que vai comprar algum móvel, é ver o tamanho dele e do espaço onde irá colocá-lo, porque assim não vai ter dúvida se caberá e também poderá diminuir o espaço podendo colocar outros objetos como um abajur ou um vaso de planta. Mas se você não quer comprar nada e está cansado de ver a mesma coisa todo dia, a melhor formar de resolver é restaurar e redecorar, pegar o móvel ou objeto sem uso, ou que já está velho, 26
pintar e decorar de acordo com o seu estilo e o da sua sala. Veja abaixo, como fazer, dicas de decoração e para que serve cada tipo: Primeiro passo é escolher o estilo da sala, pode ser um estilo com característica de lugares que você já conheceu ou que já morou ou algum que você viu em uma revista e gostou. Por exemplo: uma sala moderna, despojada, rústico, retrô, colorido, clean e estampado. Escolhendo o estilo, é só partir para os móveis e decorações. Sofá e poltronas: O principal móvel na sua sala de estar é o sofá, é ele que traz o conforto para a sala. Para uma sala pequena use apenas um sofá e, complemente com poltronas, elas podem ser de cores diferentes da do sofá. Para uma sala grande use aquele famoso sofá de 2 e 3 lugares (se você for comprar, escolha um estilo que combine com a sua sala ou um sofá de canto moderno). As poltronas e os pufes são os complementos do sofá, normalmente elas ficam posicionada ao lado do sofá são uma segunda opção de assentos. Rack e televisão: O rack é o segundo móvel que deve ser pensado para a sala de estar, é ele que vai apoiar a televisão e outros eletrônicos, e também ele pode servir para organizar as “bagunças” que tem na sala como: dvds, cds, livros entre outros. O rack certo para a sala pequena, tem que ser baixa e pequena, mas atenda às suas necessidades. Para uma sala grande pode usar uma comprida, uma outa opção, é o rack com painel, por que assim a televisão ficara fixada na parede e os fios ficarão escondidos atrás do painel. Com um rack
baixo você pode colocar prateleiras e nichos decorativos encima da televisão, assim podendo amplia-lo. A distância entre o sofá e a televisão vai depender do tamanho da televisão, veja abaixo:
tipo de móveis. Veja abaixo uma paleta de cores para combinar a paredes com os móveis
A partir da paleta de cores, você pode escolher a cor que mais gosta e que combina com o estilo da sala, e assim você pode decorar a partir das cores complementares ou análogas. De preferência com as cores análogas por que assim a sala ficara com mais vida. Papel de parede: O papel de parede serve para dar destaque em uma das paredes da sala de estar, de preferência na parede onde fica o sofá. Para ter uma harmonia com a cor da parede e o papel de parede, a cor tem que ser parecida, mas para que haja o destaque, escolha um que tem uma estampa cheia de detalhes a partir das cores análogas. Mas você pode comprar papel adesivo com estampas ou fazer desenhos e colar na parede, é uma forma criativa e barata. Pintura: A pintura da parede pode ser considerada como um primeiro passo da decoração, ela serve para esconder manchas, defeitos na parede e para ampliar o espaço, determinadas cores trazem um conforto maior como: branco, tons de amarelo, palha ou cinza e rosa claro, e essas cores combinam com qualquer
Iluminação: A melhor dica para ter uma iluminação ideal, é valorizar a luz natural que entra pela janela, e para ajudar, o ideal é que as suas janelas e portas seja de vidro, também pode colocar espelhos (o espelho pode ser considerado como um item de decoração para a sala grande e principalmente a sala pequena, colocar espelhos é a melhor forma de 27
ampliar o espaço e, também aproveitar a luz que entra sendo refletida no espelho espalhando-a pela sala toda). Para focalizar a luz em um objeto ou móveis o ideal é usar iluminações como os pendentes, abajur ou luminárias de piso. Os pendentes devem ser usados em cima da mesa lateral encostadas na parede ou onde não tenha risco de bater a cabeça, em uma altura aproximadamente de 30 a 50 cm, (não usar no centro na sala, porque a luz refletirá na televisão e assim podendo não enxergar o que está passando na tv). O mesmo caso acontece com os abajures e as luminárias de piso, devem ser colocados em lugares onde tem pouca iluminação. Cortina: A cortina serve para barrar a entrada de luz solar, deixar a sala mais escura e também pode servir para esconder aquela “janela velha”. Escolha a cor que combina com o estilo da sala ou que seja parecida com a cor da parede. O ideal, é que a cortina vá do chão até o teto, se você tiver só uma janela na sala, coloque a cortina em toda a parede da janela, mas se você tiver duas ou mais, coloque cortinas só no lugar da janela. Tapete: O tapete serve para reduzir os ruídos da casa e assim melhorando a acústica, também serve para esconder as falhas do piso, o tapete cria uma harmonia entre os moveis, o que por fim, modifica a aparência da sala, ele pode ter uma cor de destaque e que seja alguma que não tenha na sala, escolha uma cor complementar de acordo com a cor da parede. O tamanho do tapete deve cobrir toda a área dos móveis que estão em volta do sofá. Quadros: Os quadros são considerados como uma decoração para as paredes, o ideal é que coloquem quadros com frases, paisagens, animais, entre outros, mas que tenham sentidos e que combinem com o estilo da sala. Não coloque autorretrato na parede, coloquem em porta retratos que podem ficar na mesa lateral, rack ou prateleiras. 28
Almofadas: As almofadas são a decoração do sofá, é ele que traz mais conforto para a sala, abuse nas cores, estampas e texturas, escolha cores complementares a partir da cor do sofá. Use muitas almofadas e também seja criativo. Plantas e velas: As plantas são uma boa ideia para deixar a sala com um ‘toque’ verde e mais viva, determinadas plantas são difíceis de cuidar, então pesquise as características da que você irá escolher e cuide bem dela. Existem diversos tipos de plantas, algumas são para lugares fechados como: zamioculda, palmeira ráfis, palmeira chamaedorea, cactos, minicactos e suculentas, que dão um charme para a sala e combinam com qualquer estilo sendo muito fáceis de cuidar. As velas não são muitos usados em decorações, mas elas dão um toque de romantismo e conforto para casa, existem algumas velas aromáticas e que deixa a sala perfumada, esse é um toque final para a decoração de sala de estar.
Natan é estudante, apaixonado por desenhos, pintura, teatro e dança. Mas sua paixão maior é por decorações, objetos decorativos, casa e estruturas arquitetônicos, pretende fazer faculdade de Designer de Interiores e futuramente Arquitetura e Urbanismo para ter uma boa experiência e se tornar um arquiteto completo.
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Flash Day - Stay Tattoo Por Valéria Lima Fotografia Camila Vayda e Rafilds Marques Fala chicleteiros! Dia 21 de abril rolou um evento realizado no estúdio Stay Tattoo batizado de “FLASH DAY”, contou com diversas atrações. O nome “Stay tattoo” lembra algo pra vocês? Se pensaram em tatuagem estão certíssimos! No evento contamos com a presença de três tatuadores: Nathan Marques, Rafa Veg e Lari Campos que são ótimos profissionais e disponibilizaram trabalhos com preços especiais. Mas vocês acham que só teve tatuagem por lá? A integrante dá Chiclete Cultural Camila Vayda aproveitou a oportunidade e colocou um piercing no nariz e nos garantiu que o trabalho foi de qualidade. Além disso pra quem foi sem a intenção de fazer uma tatuagem, ou piercing, não teve viagem perdida, haviam quadros em exposição e para a nossa surpresa rolou até a pintura de duas telas ao vivo, uma feito por Nathan Marques e a outra pelo Rafilds (inclusive quem quiser conhecer mais sobre o trabalho do Rafilds pode acessar a edição de abril de 2016, lá vocês vão encontrar uma entrevista em que ele fala sobre as suas obras). No decorrer do dia contamos com muita música, inclusive ao vivo apresentado pelo trio: Kimberly Teixeira, Rafilds Marques e Don Ramon! E assim 30
chegamos ao fim de um dia repleto de muita coisa bacana. Pra quem curtiu e tem interesse em conhecer mais, o estúdio fica na Avenida Mulungu, 592 Jd. São João - Guarulhos. Fiquem ligados nos próximos eventos para não perder e até a próxima!
chiclete.cultural@gmail.com Chiclete Cultural