Janeiro 2017 - 10ª Edição

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Janeiro 2017 - 10ª Edição pág. 10 - LIVROS

pág. 12 - JOÃO CAETANO

pág. 14 - DORAMAS?... DORAMAS!

pág. 16 - CHICLETE ENTREVISTA Entrevista a Vera Lucia Moraes do Espaço Novo Mundo. pág. 20 - PIN UP

pág. 22 - CUSTOMIZANDO ESTOJO

pág. 24 - PARTICIPAÇÃO ESPECIAL “Como iniciar na fotografia” de André Alves. EXTRA pág. 28 - “Você faz p(arte)” de Raphaela Ribeiro. pág. 30 - “Chiclete no Ressaca Friends” de Camila Vayda. pág. 36 - “Chiclete Multicultural” de André Bizorão e Dafine Martins.


Editorial Olá Chicleteiros e chicleteiras, essa edição que você está lendo está fresquinha e pronta para ser ‘mascada’! Muitas matérias interessantes recheiam essa goma cultural de ler e mascar, entre elas, uma poesia sobre os livros e o seu poder mágico; também apresentamos para vocês o teatrólogo João Caetano que marcou a sua época renovando as artes cênica elevando-as a um patamar de respeito e reconhecimento; Você sabe o que são Doramas? A Chiclete responde para você direto da cultural oriental, já do outro lado do mundo temos as Pin´Ups que enchem de fantasia as cabeças de quem aprecia a moda recheada de questionamentos sobre a moralidade e a força do movimento feminista. As férias vem chegando ao fim, e se você gosta de criar e adaptar, damos uma dica incrível de como personalizar um estojo deixando ele com a sua cara e tornando-o único! Você gosta de fotografar? O André Alves é um dos convidados desse mês e fez uma matéria muito legal para quem tem interesse em se profissionalizar nesse área, são dicas que ajudam quem tem curiosidade e não sabe por onde iniciar. Já a Raphaela Ribeiro fala pra gente sobre o beco do Batman, nessa época em que se discute a arte urbana, ela nos apresenta esse lugar em que isso é um tradição. Falando em tradição, começamos o ano já trazendo a cobertura do super evento “Ressaca Friends”, com algumas entrevistas e informações do que ocorreram nessa feira, mas não termina aqui na revista não, também teremos entrevistas lá no nosso canal do Youtube e na Página do Facebook,

não curtiu ainda? Tá esperando o quê? E pra fechar, uma entrevista com a Vera que cede espaço para artistas das Cidade apresentarem e divulgarem o seu trabalho, ela é a gestora do espaço Novo Mundo e nos disse um pouco de onde surgiu a ideia e a vontade de multiplicar cultura. Falando no Espaço Novo Mundo, nessa edição temos uma matéria especial sobre o Primeiro Chiclete MultiCultural, um mega evento que organizamos no final do ano passado com muitos artistas e parceiros que preencheram uma tarde sábado com arte, oficinas e debates. Resumindo tudo, essa edição está incrível e não vê a hora de ser vista, então vire logo essa página e aprecie cada matéria que foi feita com muito carinho, dedicação e trabalho duro. Nos vemos em Fevereiro. Revista Chiclete Cultural

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Colaboradores

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CAMILA VAYDA

DAFINE MARTINS

KARINA PAMELA

Camila Vayda é educadora e ilustradora. Graduada em Educação Artística com licenciatura em Artes Visuais e em Design Gráfico. É curiosa no seguimento das artes desde a infância ao entrar em contato com o teatro e as artes plásticas. Atualmente seus hobbies são: Quebra-cabeças, fotografias, seriados e quadrinhos. É a idealizadora da Revista Chiclete Cultual e lidera as matérias em reuniões semanais, além de diagramar todos os conteúdos mensalmente, além disso, realiza cobertura de eventos em vídeos, fotos e textos.

Dafine Martins é estudante de artes e desde pequena se interessa por animês e sobre o oriente de forma geral. Apaixonada por cultura pop asiática, em especial pelo mangá. Seu objetivo profissional é se tornar ‘mangaká’ e tem muito interesse em fazer faculdade no Japão.

Karina Pamela é estudante. Sua paixão pela arte vem desde que era pequena. Dança e teatro são suas maiores paixões no mundo artístico. Atualmente ela é dançarina e atriz amadora, e está em busca do profissionalismo e sucesso na carreira.


KARLA CHINCHILA

ANDRÉ BIZORÃO

NATHY SANTOS

Karla Chinchila é estudante e apaixonada por literatura em todos os seus gêneros. Começou a desenvolver gosto pela arte escrita há três anos colocando ideias no papel.

André Bizorão é palhaço, Ator e metido a escritor. Graduado em Artes Cênicas com bacharelado em Teatro. Não sabe se nasceu, estreou ou se foi abandonado na Terra por alguma nave espacial. Fundador da Cia. de Teatro Los Xerebas compartilha suas vivências artísticas com crianças e adolescentes na periferia de Guarulhos. Tem como paixão a produção de textos poéticos, dramatúrgicos e histórias infantis, é colecionador de quadrinhos, livros e de piadas. É revisor das matérias da revista, além de escrever, entrevistar e dar pitacos na produção. Editor dos vídeos e o desenvolvedor da página na internet.

Nathy Santos é estudante e apaixonada por artes desde pequena. Seu objetivo é fazer faculdade de designer gráfico e se tornar uma ilustradora.

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Colaboradores

VALÉRIA LIMA Valéria Lima é estudante. Desde pequena gosta de arte e cultura, sempre foi muito ligada em moda, apaixonada por desenhos, maquiagem, estilo, teatro, fotografia e arte em geral. Pretende seguir sua vida profissional artística e adora ensinar compartilhando o que já sabe.

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o é e O qu ? l a r u t l u C e hiclet

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Gosta de literatura, cultura e arte? Aqui está o que você procura! O Chiclete cultural surgiu em 2015 de forma independente com o objetivo de compartilhar conteúdos inéditos e originais no formato de revista digital, trazendo informações, poesias, ilustrações, dicas e muito mais. O projeto se desenvolve a partir de estudos e pesquisa dos colaboradores tornando a revista um veículo de divulgação e difusão cultural. É lançado sempre mensalmente no primeiro final de semana do mês. Ficou curioso? Gostou? Interessou? Então curta a nossa página e se divirta com o passar de folhas da revista, contribua com o projeto compartilhando e divulgando em suas redes sociais.

Equipe do Chiclete Cultural

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Livros

POESIA DA CHINCHILA

Por Karla Chinchila Quantas palavras Quantas figuras Quanta beleza Quanta doçura.

Cadê as páginas? Cadê as figuras? Cadê a beleza? Cadê a doçura?

Mil palavras numa página Mil palavras na outra Na história bem escrita Lida por cada pessoa.

Um mundo diferente com poder magico agora se acabou mas tem outros no armário.

Quantas palavras Quantas figuras Quanta beleza Quanta doçura. Um mundo diferente com um poder mágico Capaz de fazer cada um sonhar acordado Quantas palavras Quantas figuras Quanta beleza Quanta doçura. Traz o medo a alegria a tristeza e a euforia. Quantas palavras Quantas figuras Quanta beleza Quanta doçura.

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João Caetano Por Karina Pamela Fotografia Rafilds Marques Olá meus amores, nesse mês irei falar sobre uma pessoa importante na história do teatro brasileiro. Se você nunca ouviu ou viu nada sobre ele, essa será a sua oportunidade. João Caetano nasceu em Itaboraí no Rio de Janeiro no ano 1808 e faleceu em 1863. Foi uma pessoa de muita presença e influência no teatro brasileiro, antes disso foi soldado na guerra da Cisplatina (guerra entre Brasil e Uruguai). Essa experiência o influenciou na vida artística, encarando-a como uma batalha, sempre em disputas por ideias e por território. Além da facilidade que isso lhe proporcionou na construção de personagens militantes. Em 1833 formou uma companhia de teatro com atores brasileiro, chamando de Companhia Nacional João Caetano, essa foi a primeira companhia brasileira. Vendo a situação precária em que o Brasil se encontrava, tanto teatral quanto social, ele fundou uma escola de arte dramática totalmente gratuita e produziu um júri artístico para realizar produções nacionais. A necessidade de montar essa escola foi pelas dificuldades vividas, pois naquela época, os atores que não eram estrangeiros, eram pessoas de baixas condições como artesã, ex-escravos, entre outros. Eram pessoas que se dedicavam, mas não tinham uma formação de qualidade, sem contar que naquela época as mulheres não podiam encenar. Com isso, homens faziam as personagens femininas de forma muito grotesca. Ele trouxe para o Brasil o teatro Romântico com influências da França e de Portugal, além de trazer espetáculos de grandes nomes como Victor Hugo e Alexandre Duma. Entretanto, ele quis trabalhar mais a situação na qual vivia, o brasileiro vivo, com isso iniciou o teatro realista no Brasil. Por mais que a sua proposta fosse alcançar o público mais pobre, suas montagens atraiam o público da classe alta. Irônico, não? João Caetano foi empresário, diretor e ator da sua companhia. Sendo considerado como uma lenda, um mito. Muitos queriam ultrapassa-los, mas não conseguiam. Ele profissionalizou o teatro brasileiro oferecendo um novo começo para essa longa história de direito a espaço que o ator necessita. Também ensinou como o ator deve estudar seus personagens, procurando sempre imitar o personagem não se igualando a natureza. Dava muita importância para a respiração e sobre como o ator deve se comportar dentro e fora dos palcos, o que lhe conferiu uma boa imagem. Como visto, João Caetano foi muito importante para o teatro brasileiro, como tantos outros no decorrer da história. Nos meus estudos, notei a forma como suas ações afetam o cotidiano dos atores, principalmente na vontade de mudar a realidade das pessoas e na força que tinha em ser um dos primeiros a acreditar que o teatro iria crescer. Eu espero que essa arte continue assim, em constante evolução para nós atores e para vocês do público.

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Doramas?... Doramas! Por Dafine Martins

Olá meus caros amigos chicleteiros, como estão as férias de vocês? As minhas estão repletas de DORAMAS! E é justamente sobre isso que vou falar, então já prepara a pipoca e vem comigo!

é claro, existem exceções, às vezes a duração do episódio pode ser de até uma hora o que acontece muito nos doramas coreanos. Não é comum, mas também existem episódios curtos.

Dorama, ou drama, é um termo generalizado para séries e novelas asiáticas, sejam elas k-dramas, j-dramas, tw-dramas, c-dramas ou thai-dramas e alguns dizem que as live actions* podem ser englobadas no gênero, já que existem algumas novelas neste estilo.

Atualmente existem algumas plataformas voltadas para a exibição desses doramas, e podemos dizer que a mais completa e famosa seja o site DramaFever, lá temos a opção de assistir grátis, mas você também pode assinar a plataforma por um determinado valor. No site são encontrados diversos doramas, filmes, programas de variedades, lives de shows k-pop e reality shows com k-idols e outros grupos famosos, o site tem uma interface simples e fácil de usar, nele também podemos ver biografias e fotos de diversos atores asiáticos, mas é claro que a versão gratuita tem as suas limitações, se você assistir muitos episódios seguidos nesse modo o site começa a ficar lento e cheio de anúncios pedindo para você assinar a bendita plataforma. Apesar de gostar muito do DramaFever, eu ainda prefiro os fansubs*, nesses blogs/sites você também pode encontrar recomendações e resenhas de doramas e de filmes asiáticos. Para quem curte este gênero, e até mesmo se você que não conhece mas se interessou, vou dar algumas indicações de ótimos doramas que podem ser facilmente encontrados pela internet:

As produções japonesas do gênero são chamadas de J-dramas. Os k-dramas são geralmente doramas originários da Coréia do Sul (como nunca tive a oportunidade de assistir uma novela norte-coreana, não sei dizer se essas novelas podem ser chamadas de k-dramas). Os Tw-dramas são taiwaneses às vezes você pode encontrá-los pesquisando por t-dramas. Os Tailandeses podem ser chamados de Thai-dramas. E as produções chinesas são colocadas como c-dramas. A maior diferença entre as novelas asiáticas e as novelas que conhecemos, brasileiras e mexicanas, é que elas nem sempre são previsíveis. Nas novelas que temos por aqui é fácil saber o que vai acontecer no final da história: o vilão se dá mal e o herói fica com a mocinha, mas os roteiristas asiáticos são sempre cheios de surpresas, às vezes o rapaz pode começar bem de vida e acabar pobre ou até mesmo morto, já a mocinha pode encontrar o rapaz de seus sonhos e no final eles se separem por alguma razão, ou ela pode descobrir que ele não é tão perfeito assim. Em alguns casos o vilão pode acabar se safando de algum jeito, enfim essas maravilhas televisivas orientais são cheias de revira-voltas. Outra grande diferença é que na maioria das vezes essas novelas tendem a ser curtas, principalmente as japonesas, mas

My Love From the Stars ou My Love From the another Star: Se eu tivesse uma lista de doramas favoritos essa comédia romântica estaria no meu “Top 10”. Este dorama coreano exibido pela SBS em 2013 foi recentemente dublado pela Netflix (embora não esteja mais disponível no site), chegou aqui nas terras tupiniquins com o nome de Meu Amor das Estrelas. Conta a história de um alienígena da dinastia Joseon que vem para a terra há quatrocentos anos, e fica preso aqui, ele vive

*Live Actions: adaptações de animes e mangás geralmente para filmes. * Fansubs: São blogs, sites ou canais no youtube formados por fãs que se dedicam a legendar novelas, filmes e programas de variedade disponibilizando-os gratuitamente. 14


discretamente até se apaixonar pela atriz mais famosa da Coréia do Sul da era moderna, em meio a uma relação conturbada e nada convencional esses dois acabam se envolvendo em um caso policial que traz reviravoltas para a vida dos dois. É um dorama cheio de momentos engraçados e tem suas doses de drama e romance nas medidas certa, com certeza é uma ótima pedida para quem gosta de comédias românticas. Por ter sido um completo sucesso ele é facilmente encontrado pela internet. Cat Street: Este é um dos poucos doramas live action que eu conheço, e também foi o primeiro dorama que eu assisti, então eu tenho um enorme carinho por este drama, ele conta a história de uma atriz mirim que tinha tudo para se tornar a melhor do ramo, mas devido a um trauma ela

se torna uma pessoa introspectiva, e começa a se isolar do mundo até que na adolescência conhece os alunos da escola livre que a ajudam a recomeçar a vida e a se relacionar com as pessoas. Mesmo contando com apenas seis episódios esse dorama japonês consegue te envolver de maneira incrível. E se depois dessas duas novelas maravilhosas você quiser se aprofundar no gênero, digo com muita alegria que a Netflix agora está repleta dos mais variados tipos de doramas para todos os gostos. Se você não é assinante da Netflix não precisa se desesperar, é só dar uma boa procurada pela internet que você vai encontrar muitos fansubs, e é claro que ainda pode ver pelo DramaFever, então tá esperando o que para vir para o lado “dorameiro” da força?

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CHICLETE ENTREVISTA Chiclete Cultural Entrevista Vera Lucia Moraes do Espaço Novo Mundo.

1 - Como surgiu esse espaço? O espaço surgiu com a ideia de montar uma livraria com salas para fazer reuniões e contação de histórias. Depois de muito procurar por um espaço adequado e de muito diálogo com a Nobel, achamos esse galpão e sugeriram que eu pensasse em aproximar a livraria a uma escola de idiomas. Num primeiro momento não me interessei, pois sou da área financeira, achei que não tinha combinada por eu não ser da área..., Mas a boa localização do espaço e a sua qualidade, fizeram com que essa ideia me aproximasse do Centro Britânico. Então surgiu a história de colocar uma escola de inglês dentro de uma livraria, seria a única dentro da rede deles. Com o passar do tempo, fomos conhecendo autores de Guarulhos, nos aproximamos e percebi que sentiam carência de lugares para se reunir. Começamos a abrir o espaço e cada vez mais foi trazendo gente pra cá e, consequentemente, a escola também começou a crescer ao ponto de ter que sair daqui para o prédio ao lado, o que fez a livraria crescer também, inclusive com um espaço exclusivo para os eventos. Então veio o maestro e muito mais gente de música e de outras áreas que sentiam a necessidade de se juntar, para se apresentar, para expor suas obras, dar autógrafos e muitos outros que vieram atrás!

“São coisas que vamos aprendendo a gostar, a amar e a valorizar...”

2 - De onde veio a ideia de promover os eventos? Foi de um interesse meu de ver a coisas acontecendo, na primeira vez, teve contação de histórias com um pessoal que é conhecido meu, o Júlio e a Débora de Sambê, começou com eles e as pessoas viram a possibilidade de ocupar o espaço e perguntavam: "Como que funciona, tem que pagar?". Aqui não tem que pagar nada, você trás e pronto! Vem para expor a sua arte e fica por aqui, é uma troca! Traz a arte e eu sirvo o espaço, isso acontece até hoje! 3 - O Espaço Novo Mundo que fornece essas ati-

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vidades culturais? Nós vamos atrás porque temos o interesse em trazer eventos, mas também tem os artistas que se aproximam do espaço. Toda a equipe faz esse movimento, divulgamos bastante e as pessoas acabam por nos procurar! 4 - Como que você descreveria esse trabalho de difusão Cultural ? Eu acho que é a alma do Espaço Novo Mundo, faz parte da essência, tanto a parte cultural, como a educacional que é o Centro Britânico. Mesmo do lado de lá, temos atividades que não tem muito a ver com uma escola de idiomas, mais voltada para a formação do ser, pode ter criança de 3 ano e até pessoas com mais de 80 anos, então tem uma variedade de idades, então qual é a ideia? A de que os professores sejam educadores. Os educadores se preparam para oferecer mais cultura na sala de aula. Tem um que é árabe, ele é da Síria e em alguns momentos insere um pouco dessa bagagem cultural, assim é com o educador de alemão, a de francês, ou seja, é algo que está na essência do Espaço Novo Mundo, a cultura e a educação misturadas. De uma maneira tranquila e natural dentro do contexto da aula. As crianças trabalham com culinária, jardinagem, dependendo do momento tem muito trabalho manual que não tem relação direta com o ensino do idioma, mas que insere. Que as pessoas consigam entender que além de estar na sala de aula para aprender um idioma, também estão levando uma bagagem para toda a vida, e quando for fazer uma viagem, tenha conteúdo apropriado dessas vivências. 5 - O que te motiva? Eu sempre gostei muito de ler, aprendi a gostar ainda mais no ensino médio com uma professora de literatura que me colocou na mão o Dostoiévski, e 17


CHICLETE ENTREVISTA

a partir dali não parei mais. Sempre pensei em trabalho como algo que me dê prazer, não vou querer trabalhar num escritório de novo, então eu pensei: "Quero ter uma livraria! ”. Era um sonho muito antigo, as vezes as pessoas pensam pequeno, até tenho uma biblioteca bem legal na minha casa, já estudei no Mackenzie que tem uma biblioteca maravilhosa. Essa relação com o livro me acompanha há um tempo, com isso juntei a arte, que fui me aproximando aos poucos e que eu não conhecia, esse lado do artista, do escritor, do autor, do cara que cria, que compõe e isso é muito fascinante. Cada vez mais eu fui gostando de estar por dentro e hoje faz parte de mim. Trabalho muito, mas aqui é onde eu recarrego minhas baterias, as pessoas sentam pra conversar comigo e eu fico muito tempo, a conversa vai longe e é bom, me contam sobre a sua trajetória e o que as motiva, como nasceu o seu livro... Tenho até rascunho de autor, ele autografou o original e me presenteou. São coisas que vamos aprendendo a gostar, a amar e a valorizar. Vender livro dá mais prejuízo do que lucro, mas o resultado, o que tem por trás, são coisas que não tem preço, então tiro esse recurso de outro lugar. Dizer que vou viver de cultura, hoje ainda não, acho que tá caminhando pra melhorar. 6 - Você tem algum objetivo aqui para os próximos anos, com esse espaço? Acho que eu tenho que mudar um pouco o formato dele, gostaria de ter mais música aqui, algo mais regrado, queria ter o dia do samba, do chorinho, da arte circense e toda essa diversidade artística, ao ponto em que as pessoas tivessem isso no calendário: "Vou hoje, porque vai ter uma mostra de cinema", está na agenda do Espaço Novo Mundo, queria ter uma continuidade, acho que é algo que dá pra construir! 7 - E como você vê o público que vem aqui? Vem muita gente? 18

Não vem muita gente, tem alguns que são bem cativos já, gostam de vir e ficar aqui só para estar no ambiente, tem gente que passa o dia aqui. Temos que aprender a conquistar ainda mais, eu ainda não consegui, não sei se ainda tenho receio de buscar parcerias lá em São Paulo, não sei o que acontece. Temos que dar um jeito de os órgãos públicos valorizarem os espaços culturais da cidade, porque falta um pouco disso, o próprio Adamastor e os outros espaços não são valorizados. 8 -Você se envolve em outros projetos fora os que acontecem aqui ? Eu me envolvo muito com os autores, quando eles vão para fora e precisam de ajuda, nós vamos juntos. Estamos participando bastante em empresas e em escolas com feiras de livros, até alguns Shoppings nos procuram para fazermos feira de livros. Como é algo recente, dá trabalho para ser construídos, levamos parte dos livros sempre mantendo a ideia de levar conosco autores da Cidade. 9 - O Centro Britânico assinou um contrato de patrocínio com uma atleta Guarulhense, vocês têm outras parcerias assim? Nós assinamos com ela e assinamos com uma musicista. Na sede do Centro Britânico existe um projeto mais focado em esportes, futebol, etc. A Giovana é uma carateca federada, fechamos com ela a parceria, ela é bolsista e eu pedi para que o Centro Britânico desse o material para ela. Com a musicista é a mesma coisa. Elas são alunas nossa. Temos também o Zé Ricardo que ganhou uma bolsa, fizemos um sorteio num evento e ele foi sorteado. E vira e mexe ele está tocando aqui com a gente, é um super parceiro que toca violão, canta e também dá aulas de música. Deixe um recado para os leitores:


Eu acho importante que valorizem cada vez mais os poucos espaços culturais que tem na cidade, aqui em especial, que está sempre aberto para que as pessoas mostrem sua arte e valorizem a arte daqueles que estão por perto. É necessário e fundamental valorizar.

Quer conhecer o Espaço Novo Mundo? Avenida SalgadoFilho, 1453 Guarulhos Ligar (11) 4963-1133

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Pin up Fala chicleteiros! Na edição de hoje vamos abordar um estilo que parece estar voltando com tudo na onda da moda retrô. Vocês fazem ideia de que estilo é esse que estamos falando? Se pensou nas pin ups, acertou! E quem aí nunca ouviu falar dessas mulheres exuberantes? O nome pin up é um termo inglês que significa pregar/pendurar/pôster, uma explicação possível para esse nome, é que, quando iniciou o movimento eram recortadas de jornais ou revistas, imagens de mulheres para pregar nas paredes, inclusive nem todos eram fotos, algumas imagens eram pinturas criadas pelas pessoas. As mulheres que estampavam essas paredes eram de uma beleza exuberante, belas curvas e principalmente uma grande sensualidade sem ser vulgar. Foi nos anos 40 e 50 que ganharam grande popularidade, sem falar que na segunda guerra mundial boa parte dos Soldados americanos levavam consigo fotos de pin ups para pregar na parede e admira-las em seus alojamentos. Outro fato importante é que na época que surgiram as primeiras pin ups, a sociedade era muito conservadora e tinham grande desprezo por mulheres que tirassem fotos nuas ou semi nuas, mostrar as pernas? Nem pensar! As pin ups foram umas das primeiras a darem passos para a liberdade feminina, deixando de seguir padrões moralistas e abrindo espaço discretamente para o movimento feminista que explodiu na década de 60. Estão curiosos para conhecer mais sobre as pin ups girls? Confiram algumas das mais deslumbrantes e conhecidas: • Elizabeth Ruth Grable, ou melhor, Betty Grable como era conhecida. Foi cantora, dan20

Texto Valéria Lima Fotografia Camila Vayda Modelo Catarina Vayda çarina, atriz e fez mais de 50 filmes. • Heather Renée Sweet, conhecida por rainha do burlesco (tipo de apresentação teatral de variedades, entre elas, sátiras e paródias), foi modelo, atriz, artista burlesca, autora, estilista e cantora. • Bettie Mae Page foi uma modelo que ganhou fama na década de 50, através de fotos fetichistas e pin ups, seus cabelos pretos e o corte de franja serviram de inspiração para dezenas de artistas. • Constance Frances Marie Ockelman, conhecida como Veronica Lake, foi uma atriz que ganhou fama por seus papéis de mulher fatal em filmes noir com Alan Ladd nos anos 40. • Norma Jeane Mortenson ou melhor Marilyn Monroe como todos a conhecem, foi atriz e modelo, que apesar de ter seguido carreira por apenas uma década, tornou-se uma dos sex-symbols mais conhecidas da década de 50. • Vera Jayne Palmer conhecida como Jayne Mansfield foi atriz de cinema e teatro, inclusive uma das primeiras playmates da Playboy, há quem diga que também foi uma das rivais de Marilyn Monroe. Enfim, após conhecer alguns nomes desse estilo, o que vocês acharam? Que tal se inspirar nessas garotas de época e trazer pra nossa atualidade de uma forma moderna? É isso mesmo! Não se preocupem com o estereótipo do vestido de bolinha, pele super branca ou batom vermelho, apenas tragam para si o que lhe agrada e mantenham a sua essência. Fica a dica!


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Customizando estojo Por Nathy Santos Materiais • Estojo básico. • Caneta Hidrocolor na cor preta (canetinha). • Super-Cola. • Itens variados para a decoração: glitter, lantejoula ou o que preferir. • Papel para forrar.

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1° Passo

2° Passo

3° Passo

Lave o seu estojo para ele ficar com aparência de novo!

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Escreva frases ou faça desenhos, a escolha é sua, pense em algo bem criativo e que te agrade!

Espere a tinta secar para não manchar o estojo!


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4°Passo

5° Passo

6° Passo

Passe a cola nas partes dese- Pegue os itens de decoração e nhadas com muito cuidado vá colando. Se for glitter, popara não errar! nha bastante para não sobrar espaço em Branco!

Deixe secar para fixar bem!

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7° Passo

Em cima do papel forrado, vá dando batidinhas para tirar o excesso de glitter.

Cole nos outros lugares e prontinho! Um novo estojo para começar bem o ano! 23


Como iniciar na fotografia Por André Alves O que é fotografia? Existem diversas definições, mas duas delas são imprescindíveis para um bom conhecimento da fotografia: a técnica e a cultural. Na definição técnica, fotografia significa “escrever com a luz”, ou seja, capturar uma cena com a exposição da luz. Seja ela em filmes fotossensíveis, nos sensores das câmeras mais modernas ou até mesmo em um sim24

ples papel fotossensível. Já a definição cultural, fotografia pode ser descrita como o registro de uma história, um momento (seja ele bom ou ruim), ou sua expressão artística, a transformação ou criação de um sentimento, emoção, tristeza, alegria, euforia entre outros. Ambas as definições precisam andar juntas para se formar uma imagem emocionante, que vão guardar


aquele momento único. E para se fotografar no cotidiano? Como fazer uma boa imagem? A resposta é simples: basta observar ao seu redor e “fotografar” com seus olhos antes de cada click, pois este é o grande trunfo do fotógrafo, ver e enxergar os acontecimentos e assim, registrar a cena que deseja. É importante frisar que não basta ter somente o olhar para se fazer uma boa foto, e é aí que entra a parte técnica. O domínio das funções da câmera, controles de luz, a composição da imagem e até os tipos de lentes para certos tipos de nichos da fotografia. De início, parece tudo confuso e difícil, mas com a prática, estudo e dedicação se torna algo natural. Sempre me perguntam: “Qual é a melhor câmera para se fotografar?” Eu sempre respondo o que aprendi de professores e de grandes amigos fotógrafos que, “a melhor câmera é aquela que você tem e te atende bem”. A marca realmente não importa para quem está iniciando. Experimente todas as câmeras que puder inclusive a do celular, pois as funções mais básicas já existem nos celulares e são excelente instrumentos de treino. Existem diversos segmentos na fotografia: social, casamentos, formaturas, festas, ensaios, fotojornalismo, 25


fotografia esportiva, fotografia artística, entre outras. Dentre elas você pode encontrar a que mais lhe agrada ou tem facilidade e daí para frente, seus estudos serão direcionados à área que escolheu. Em resumo, fotografia é prática constante acompanhada de estudos. E como diz o fotógrafo brasileiro e mundialmente conhecido, Sebastião Salgado: “Você não fotografa com sua máquina, você fotografa com toda a sua cultura”. Quer conhecer mais sobre o trabalho do André Alves, acesse: Instagram: @fotografia.alves Facebook: @AndreAlvesFoto www.fotografoandre.com

Mora em Guarulhos/SP, se formou em Informática para Internet pela ETEC Carlos de Campos em 2011. Entretanto acabou trilhando o caminho da fotografia e edição, onde fez cursos da escola Impacta Certificações e Treinamentos. A Sony Educa também foi de extrema importância em sua formação, cursou Fotografia Infantil, área que tem muito apreço. Hoje cursa Fotografia na Universidade Paulista -UNIP. 26


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Você faz p(arte) Por Raphaela Ribeiro A década de 70 no Brasil foi conturbada, marcada pela censura e a opressão nos diversos meios artísticos, então, surge em São Paulo o grafite, uma arte de rua caracterizada por desenhos em locais públicos. Nessa época os grafiteiros assinavam anonimamente, transformaram os muros da cidade em palco de comunicação artística dando voz aos incômodos da sua geração; porém, o grafite dividiu opiniões: alguns o consideraram expressão artística, outros, vandalismo. Por muito tempo a sociedade não conseguiu diferenciar o grafite da pichação, condenando toda e qualquer expressão em lugares públicos. Vale ressaltar que os grafiteiros se apropriam do espaço público afim de transmitir mensagens de valor político, social e cultural. Um marco para o início da valorização da arte urbana 28

foi, e ainda é, o Beco do Batman. A história dessa travessa localizada na Vila Madalena foi traçada nos anos 80, quando foi encontrado nas paredes do bairro um desenho do icônico personagem “homem-morcego”, dos quadrinhos. Com isso, estudantes de artes plástica e grafiteiros foram atraídos para o local e começaram a preencher as paredes com desenhos, formando assim uma galeria de arte a céu aberto, um lugar cheio de cor e de expressão em meio ao cinzento caos paulistano. Atualmente, o beco tornou-se ponto turístico dos amantes de arte urbana, a cada visita uma nova pintura é encontrada no local, já que os desenhos são renovados constantemente. As pinturas chamam atenção e dão destaque aos artistas, dando oportunidade para que os mesmos façam p(arte) da cidade.


Em cada parede do Beco, a arte de todos e para todos é exposta, a arte da cidade para a cidade que modifica cada esquina, dá cor ao desbotado e funde-se com a vida do cidadão, transformando essa viela em algo além de cenário de fotos. Todos os dias dezenas de pessoas visitam o local transformando-o em cartão postal, pessoas de todos os jeitos e maneiras, artistas de todas

as esquinas fazem do Beco um dos lugares mais bonito e inspirador para se conhecer, pois, quem visita sempre acaba voltando, porque: “nos muros vivos da Vila Madalena as cores sempre se renovam”. Localização: R. Gonçalo Afonso - Vila Madalena, São Paulo – SP. Aberto todos os dias 24 horas.

Raphaela Ribeiro, 16 anos, estudante e futura jornalista. 29


Chiclete Cultural no Ressaca Friends Por Camila Vayda Fotografia Luiz Prates

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O Ressaca Friends aconteceu nos dias 17 e 18 de dezembro, na Universidade Cruzeiro do Sul do Tatuapé. Este evento é a extensão do Anime Friends que aconteceu no mês julho (você pode acompanhar a matéria sobre esse evento na sexta edição da Chiclete Cultural lançada em Agosto). O ressaca possuía salas temáticas, venda de produtos, cosplayers, concurso de cosplay, bate-papo com artistas, animekê, espaço para ilustradores, autores e quadrinistas expondo seus trabalhos e outras atrações. A Chiclete Cultural busca valorizar e colaborar com a divulgação de trabalhos autorais, por isso, nessa matéria vamos tratar sobre o “Beco dos artistas”, duas salas onde autores, ilustradores e quadrinistas mostravam seus trabalhos, vendiam produtos e se relaciona-

vam entre si trocando ideias. Nossa primeira conversa foi com o Rodrigo Rizo e Isaac Santos que dividiam a mesa, onde haviam ‘prints’ de ilustrações digitais e também com outras técnicas. Neste bate-papo eles falaram de como começaram e há quanto tempo trabalham com ilustração digital, qual sua profissão além dessa arte, qual o tema e as dificuldades que enfrentam. O Rodrigo começou fazendo ilustrações em livros didáticos, sempre foi curioso por aprender novas técnicas e atualmente é um estudante envolvido no ramo criativo da publicidade. Os temas de seus trabalhos são a cultura medieval, jogos e a mistura da realidade com fantasia. Ele acredita que a grande dificuldade do artista é a popularidade, é ter algo que o destaque e o divulgue.


O Isaac é Designer Gráfico, faz ilustração digital há uns dois anos e quer expandir seus conhecimentos para animação. Em seus trabalhos trata de elementos urbanos, trechos de músicas, cultura de rua e a mistura da fantasia com a realidade. Para ele, a maior dificuldade de ser artista é o retorno financeiro, em que artista precisa ter profissões fora da arte para se manter. Para conhecer mais sobre o Rodrigo, acesse: Instagram: rodrigorizo_ e Behance: https:// www.behance.net/rodrigorizo_ Redes sociais do Isaac: Instagram: isaacsantosilustra, Facebook: Isaac Santos - Ilustrações e Aspirações ou isaac2santos

No mesmo espaço estava o Márcio R. Gotland com seu quadrinho “Greg” e o Livro Sketchbook lançado pela ‘Criativo’ que é um conjunto de suas ilustrações. Ele é professor de Educação Artística, desenha desde a infância e começou a fazer quadrinhos na adolescência, mas parou durante um tempo para se dedicar aos estudos. Em 2013 voltou a fazer quadrinhos e começou a produzir o “Greg - o contador de histórias” que em 2016 foi impresso em gráfica patrocinado por apoiadores via ‘catarse’. A temática do seu trabalho é variada, pois o “Greg” lhe dá a possibilidade de contar histórias diferentes, mas o estilo de seu traço é próximo ao europeu devido as suas influencias que vem de quadrinhos anti-

gos carregados de preto. Além do seu trabalho autoral e das aulas, faz ilustrações, capas de livros e quadrinhos para outras pessoas. Em novembro a Criativo lançou o livro “Sketchbook” que é uma coleção de ilustrações com técnicas variadas produzidas ao longo de dez anos. Curioso pelo trabalho do Márcio? Acesse: www.marciorgotland.com, Página do Greg no Facebook: gregwebcomic e Perfil do Facebook: Marcio R. Gotland. Nosso último encontro foi com o Marcel Nilo que tinha exposto os seus livros: “Aquele Garoto” vol. 1 e 2 e a série “Aquele Garoto” que conta a história de um garoto pobre chamado Julian que passa grande parte do tempo sozinho, a sua família se resume à sua mãe que trabalha o tempo todo, para suprir a ausência, ele usa a imaginação encontrando uma floresta mágica com vários seres, um deles é um bode falante que lhe dá conselhos, já que para ele voltar é necessário enfrentar o Rei Duende e seu exército. O Marcel expos os dois primeiros volumes e disse que será uma trilogia. Toda a construção do livro foi feita por ele: Texto, capa e ilustrações. Quer saber mais sobre o Marcel Nilo, acesse: Perfil no Facebook: Marcel Nilo, Fan page no Facebook: Aquele Garoto.

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Durante a nossa cobertura de eventos, encontramos pessoas e grupos que ao longo do tempo tornam-se amigos e parceiros. Isso aconteceu com a galera do Winchester Forever, e nesse evento entrevistamos a Andressa Cordeiro e o Pedro Espindola. A Andressa Cordeiro é a fundadora do Winchester Forever, fã clube do Supernatural, que completou seis anos em Janeiro, ele viajam por vários lugares de São Paulo e pretendem viajar para fora. No espaço encontramos itens de coleção, produtos personalizados, cosplayers da série, além de “recrutarem” novos cosplayers e novos fãs para grupo. Pedro Espindola é o cosplay do “Sam Winchester” e antes de fazer o cosplay, muitas pessoas falavam que ele se parecia com o personagem, mas não se interessava, até que, em um evento encontrou a galera do fã clube que notou a semelhança, fizeram a troca de contatos e desde então ele participa com o grupo. Todas essas atividades começaram quando a Andressa ao fazer cosplay do Naruto em vários eventos, notou que não existia um espaço reservado para os fãs de Supernatural, então conheceu pessoas que explicaram como criar uma sala temática, entrou em contato com a

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Yamato (Produtora de eventos), com isso estiveram presentes em vários eventos, mas no inicio eram apenas um grupo de fãs que levavam itens colecionáveis para expor, porém muitas pessoas perguntavam se era um fã clube e daí surgiu a ideia. A Andressa conheceu dois atores da série: Misha Collins e Mark Pellegrino na Comic Con (2015-2016) e nos contou um pouco desta experiência. Quer fazer parte dessa galera? Acesse: www. winchesterforever.com.br, Página no Facebook: Winchester Forever e Canal do Youtube: Super Fans (sobre várias séries). Quer conhecer mais sobre o cosplay do Pedro, Acesse: Instagram: Pedro Gomes Espindola. Esta é uma breve cobertura comparada a quantidade e diversidade de atividades neste evento em que pessoas com vários estilos puderam se divertir e interagir com pessoas que apreciam do mesmo hobbie. Nós da Chiclete estamos preparando matérias em vídeo com parte desta visita para que você possa ver um pouco do que rolou no Ressaca Friends. Acompanhe nossa página no Facebook e assim que estiver disponível, será publicado lá. Até a Próxima!


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Chiclete Multicultural Por André Bizorão e Dafine Martins Fotografia Rafilds Marques Quando começamos a pensar nesse evento, queríamos promover uma grande socialização de conhecimentos através das mais variadas possibilidades e linguagens culturais. Inspirados por grandes festivais e mostras que ocorrem em diversos locais do Brasil, iniciamos uma longa e cansativa jornada com infindáveis conversas, planejamentos e muito, muito trabalho duro, mas no final das contas foi extremamente compensador, inclusive, superamos a nossa expectativa deixando a nossa marca em todos aqueles que participaram do 1º Chiclete MultiCultural, seja como artista, expositor, ‘oficineiro’ e principalmente com o público que prestigiou todas as atividades que ocorreram durante aquele dia 10 de Dezembro. Nessa edição iremos expor uma pequena fagulha do que foi esse evento, para quem foi, a leitura trará as lembranças ainda vivas daquelas horas que pareceram minutos e, para quem não foi, esperamos que seja um grande motivador para que mais nenhuma atividade como essa passe “batida”. A nossa promessa é que seria um grande encontro com artistas, pensadores, poetas, filósofos, nerds e muitas outras pessoas em um grande evento no qual a arte pulsaria cultura compartilhando a troca de saberes. Shows musicais, apresentações teatrais, ‘contação’ de histórias, números circenses e salas temáticas com oficinas variadas que ocorreram durante uma tarde de Sábado repleta de vivências e experiências inesquecíveis. E assim foi! No Auditório tivemos atividades ininterruptas que começaram com a abertura do evento, em que a equipe da Chiclete apresentou a revista e o seu conteúdo ao longo das edições lançadas durante o ano de 2016, os eventos em que estivemos presentes com as 36

coberturas em vídeo e com fotos e matérias, os parceiros e amigos que contribuíram, e continuam, para que esse projeto prossiga “de vento em popa”. Falando em parcerias, esse evento só pôde alcançar seus objetivos devido a generosidade de diversas pessoas que doaram parte da sua tarde para enriquecer as salas temáticas e o auditório no qual eu fui o mestre de cerimônias e também pude mostrar um pouco do trabalho da Companhia Teatral que faço parte. As apresentações começaram com o Grupo Corpo Urbano em Movimento e o Núcleo de Dança Luana Rodrigues, que apresentaram as coreografias: Santificado, Rosa dos Ventos e Rota sem fim. Inicialmente ficamos preocupados com o espaço que tínhamos a disposição e como ele poderia atender as demandas que as danças exigiam, mas depois das apresentações, percebemos que a arte por si só demanda exclusivamente da criatividade e inteligência espacial do artista que se adequa dentro dos limites que a alvenaria impõe, provando que a arte por si só é ilimitada. Os grupos podem ser acompanhados através das páginas do Facebook: https://www. facebook.com/corpourbanoemovimento/ e https://www.facebook.com/nucleodedancalr/ O segundo a se apresentar foi o compositor, poeta e violonista – Clementino, que junto do seu violão preencheu o auditório e a livraria Nobel com boa música repleta de sentimentos do seu Cd: Canções para Ouvir e Sonhar. Vocês podem acompanhá-lo através do seu canal no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=b2KsI8giFLQ A terceira apresentação ficou com a Cia. Los Xerebas com o ImprovisAuto de Natal, que


trouxe alegria através de um espetáculo Teatral que busca recontar a origem dessa data de forma cômica e reflexiva, os valores do natal e da história do nascimento de Jesus. O público vibrou com a releitura e riu em muitos momentos acompanhando as passagens e da forma como foi recontada sem priorizar ou ofender qualquer credo ou religião, e sim, abordando a mensagem de simplicidade que se perde com o consumismo desenfreado dessa época. O grupo pode ser acompanhado pela página no Facebook: https://www.facebook.com/losxerebas/ A banda Mote-Rock deu prosseguimento com um Show Eletro-Acústico repleto de músicas autorais e também covers de canções conhecidas pelo público presente que cantou, bateu palmas (e pés) ao som de muita qualidade. Fica o nosso agradecimento pela gene-

rosidade desse grupo em nos disponibilizar seus equipamentos para a utilização em outros momentos do evento, é juntos que iremos (re)construir a sociedade que sonhamos. Para saber mais sobre a Mote-Rock acesse: https://www.facebook.com/bandamoterock/ O poeta Carlos Galdino seguiu tirando sorrisos e gargalhadas do público com causos e poemas engraçados que ao som do sotaque nordestino nos levaram a criar as imagens daquilo que era dito pelo artista, estórias como a do matuto no cinema de Jessier Quirino nos fizeram rir de forma espontânea e genuína. Para conhecer Carlos Galdino, basta segui-lo em suas redes sociais: Facebook - Carlos Galdino, Twitter: @gallldino e Instagram: gallldinocandieiro. Um grande amigo da Faculdade, Mazza Canolla, apresentou cenicamente a poesia “Pen-

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to. Outro que esteve conosco foi o Renato de Macedo que compõe suas telas com efeitos tridimensionais criando relevos nas pinturas nos dando a sensação de profundidade com o saltar dos objetos e figuras pintadas. Além da exposição, o Renato falou um pouco sobre a importância da arte e de momentos efêmeros valiosos, como o que estava acontecendo, e nos ofereceu a declamação do poema “Fragmentos” construída somente com palavras iniciadas com a letra ‘F’. O Rafilds Marques você pode seguir por aqui: https://www.facebook.com/rafildsm?fref=ts E o Renato de Macedo por aqui: https://www.facebook.com/macedo.docente?fref=ts

sei em Morrer” de Pablo Neruda com todo o clima que a cena pedia, o público acompanhou atento a essa apresentação e retribuiu com muitos aplausos ao monólogo apresentado. Acompanhe o Mazza Canolla em: https:// www.facebook.com/mazza.canolla Leandro Sau é um dos grandes parceiros que nos acompanha nessa empreitada de eventos que iniciou no Salão do Livro com um mini-sarau, desde então está conosco em todos os eventos sem recusar um só convite. Soltando a voz a plenos pulmões, cantou e encantou com músicas autorais e covers. Para conhecê-lo melhor, acesse a sua página: leandrosau.wix.com/artista Além das apresentações cênicas, poéticas e musicais, tivemos também a grande honra de expor as telas de dois grandes artistas Guarulhenses: o Rafilds Marques, que é outro grande irmão em nossas empreitadas, e que além de pintar, é um precioso fotógrafo que preenche essas páginas com seus ‘clics’ do even38

A última apresentação ficou por conta da Cia. Brancaleone de Teat(r)o com a performance: “Arte da trabalho”, com os palhaços Borbonhoca, A nã e o Ghiganthe que arrancaram risadas até doer as articulações da mandíbula, foi espetacular e fechou com o nosso evento que coincidiu com o dia do


Palhaço, por sinal, muito bem representado por essa trupe que fez jus a máscara vermelha enchendo de satisfação aqueles que estiveram presentes ao primeiro Chiclete Multicultural. Foram esquetes e reprises clássicas (re)feitas com um novo tempero que encheu o estômago de todos aqueles que estavam famintos de uma boa gargalhada. A Cia. Brancaleone tem seu perfil no Facebook: https://www.facebook.com/brancaleone.teatro?fref=ts Salas Temáticas e as Oficinas. Além das atrações que rolaram no auditório, tivemos também outras atividades bem legais no evento, como as oficinas que aconteceram nas salas: Chiclete Oriental, Chiclete Cibernético, Chiclete Poético e Chiclete Nerd. Todas as oficinas tinham a duração de 1h10 (o que deixou os participantes com um gostinho de quero mais). Durante todo o dia foram realizadas as seguintes oficinas: Origami com a Marcela Vasconcelos na sala Chiclete Oriental que nos ensinou a dobradura do grou, aquele que parece um cisne, e sugeriu ideias de como utilizar este origami no dia-a-dia e também uma paletra sobre Mangá e suas demografias, classificações e gêneros com o Gabriel Sau. Na Chiclete Poético tivemos uma atividade com a Fernanda Rodrigues que deu uma apostila com exercícios para exercitar a poesia relacionado-a com o cotidiano e outra com o poeta César Magalhães Borges que falou um pouco sobre poesia, sua essência e da onde ela nasce Na Chiclete Cibernético a blogueira Carolina Vayda, falou sobre o processo de criação de um blog e de como é importante sempre atualizá-lo toda semana e outra sobre o quanto a tecnologia poderia evoluir e influenciar na vida das pessoas com o Thiago Augusto. Na Chiclete Nerd tivemos uma palestra com o Fernando Kao que falou sobre arte, design

e ilustrações. Além das oficinas, tivemos também a Mostra de Curtas Metragens produzidos aqui em Guarulhos, realizada pela equipe do Cineclube Incinerante na sala Cine Chiclete que durou aproximadamente 3 horas seguido de debate sobre os filmes assistidos. E assim, fica registrado nessas páginas um breve relato das apresentações realizadas no Espaço Novo Mundo, para nós que realizamos o evento, fica uma sensação de dever cumprido e, apesar de todo cansaço, o desejo de realizar a segunda, a terceira, e muitas outras edições do Chiclete MultiCultural, esperamos que todos os presentes tenha se deliciado com o nosso evento e para quem não pôde ir, que possa estar presente nos nossos próximos eventos, nos vemos lá!

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