Capital da Notícia - Zona Leste #5

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Capital

da

Notícia

Jornal laboratório do curso de Jornalismo do UniBrasil - Centro Universitário

Curitiba, Novembro 2017 Edição V Foto: Nycole Soares

Zona Leste

Desapego

consciente

Saiba quais são os pontos de descarte de materiais recicláveis na Zona Leste de Curitiba p.3

Mulheres temem assédio nas ruas do Bairro Alto em Curitiba p.2

Violência em escolas municipais do Cajuru preocupa moradores p.5


CAPITAL DA NOTÍCIA 02

EDITORIAL

Compre na padaria da esquina

Para quem está no varejo e não tem um comércio de renome, as coisas ficaram ruins com a crise. Os comerciantes de bairro concorriam com lojas de redes famosas. Hoje, eles ainda precisam concorrer com a internet. Uma pesquisa feita pela PwC, empresa de consultoria, mostra que 38,2% dos brasileiros só fazem compras online. Para tentar reverter a situação, em 2015 o Sebrae lançou a campanha “Compre no pequeno negócio”, que tinha objetivo de sensibilizar o público sobre a importância de comprar nos pequenos negócios. Segundo o Sebrae, existem hoje mais de 10 milhões de micro e pequenas empresas no Brasil, que respondem por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. São negócios que empregam 17 milhões de pessoas. Apesar da campanha, os números não mudaram. Você já pensou nos benefícios de comprar no comércio local? Além de gerar mais empregos, quando compramos no nosso bairro, o dinheiro permanece no local. Isso possibilita novas oportunidades e inovações. Também serve para distribuir melhor a renda da sua região, economizando tempo e dinheiro com grandes deslocamentos, entre outros. Mesmo com todos esses benefícios, por que deixamos de valorizar o local e vamos comprar em sites na internet ou em grandes centros comerciais? Talvez se déssemos mais importância para os pequenos negócios, eles conseguiriam ofertar mais promoções, comprar mais produtos e ficar cada vez melhor para o consumidor. O comerciante e o consumidor estão em uma via de mão dupla, na qual os dois lados precisam um do outro para sobreviver. Por isso, compre no mercadinho da esquina, frequente a loja de roupas que fica ao lado da sua casa e faça do seu bairro um lugar mais próspero.

SEGURANÇA

Mulheres temem assédio nas ruas do Bairro Alto em Curitiba Inúmeras ocorrências de assédio contra mulheres são registradas no bairro. Vítimas devem denunciar o agressor e fornecer dados para uma identificação mais rápida. Por Luannah Marrocos

O Bairro Alto está entre os 10 bairros mais perigosos de Curitiba, segundo uma pesquisa feita pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP). Além de registrar aproximadamente 245 ocorrências de furtos e roubos ao longo deste ano, os índices de assédio aumentam no bairro. Leticia Souza, de 17 anos, estudava a noite em 2016 quando, no fim do ano, começou a notar que um homem a seguia na saída do colégio até o caminho de casa. Essa situação durou duas semanas. “A primeira investida dele foi numa vez que eu estava saindo do colégio e voltando para casa. Ele se aproximou dizendo que eu era linda e ele tinha desejos que eu iria realizar. A segunda foi no terminal de ônibus, quando ele segurou meu braço, abriu o zíper da calça e começou a falar coisas nojentas”, conta Leticia, que não teve coragem de denunciar o assédio, mas, depois de duas semanas, soube que o homem foi preso por tráfico de drogas. De acordo com um levantamento feito pela Organização Think Olga,

99,6% de 7,7 mil mulheres entrevistadas já sofreram com assédio nas ruas. Na mesma pesquisa, 80% das vítimas mudam suas rotas e escolhem roupas diferentes para tentar evitar passar por isso novamente. Caroline Abrahão, de 22 anos, não é moradora do Bairro Alto, mas, em passagem pelo bairro, conta que também foi vítima de assédio. “Foi a primeira vez que isso aconteceu comigo. Eu estava no terminal do Bairro Alto, esperando o ônibus. Um homem chegou por trás de mim, encostando o corpo no meu e dizendo que eu tinha um corpo muito bonito e que ele me desejava”, explica. O que fazer quando você é vítima de assédio sexual? De acordo com o site da D elega ci a d a Mu l her, a v ít ima de assédio sexual

precisar ir até a delegacia registrar uma denúncia e relatar o ocorrido. Neste momento, quando o autor do assédio for desconhecido, é importante que a vítima se lembre da aparência física, das roupas ou de outros detalhes que ajudem a identificar o assediador. Além disso, informar o local onde o assédio aconteceu e por quais caminhos você sofre perseguição também facilitam o trabalho da polícia no momento da busca pelo autor do assédio. Nos casos em que o assediador é conhecido pela vítima, no momento de registrar a denúncia é importante informar o nome do autor, o endereço e todas as informações que possam tornar mais eficaz o trabalho da polícia.


Projeto “Desapego Consciente” arrecada materiais descartáveis Saiba quais são os pontos de descarte de materiais recicláveis na Zona Leste de Curitiba

Por Nycole Soares

Foto: Arquivo pessoal

Curitiba produz cerca de 1,8 mil toneladas de lixo por dia, sendo 20% reciclável. Nos bairros da zona leste, existe uma grande demanda por coleta de materiais como entulho, resíduos sólidos, roupas, líquidos tóxicos ao meio ambiente e eletrodomésticos. A prefeitura nem sempre consegue suprir as necessidades dos moradores e a ideia do projeto é justamente mostrar os pontos mais próximos e confiáveis e que estejam aptos para descartar de forma correta. O Desapego Consciente foi criado em 2014 com o objetivo de melhorar e facilitar o sistema de coleta em Curitiba e Região Metropolitana. A iniciativa é um programa de mapeamento e divulgação, que funciona por meio de um portal digital com as informações necessárias para auxiliar na coleta para doação, descarte e reciclagem de objetos e resíduos sólidos. A professora Ana França é coordenadora da iniciativa e do Núcleo de Projetos para Pessoas da UTFPR. Ela afirma que o projeto, além de uma ação em prol do meio ambiente, tem o obje-

Resíduos eletrônicos necessitam de um sistema de descarte específico, pois podem causar problemas ambientais graves

tivo de dar oportunidades às pessoas que usam a reciclagem como meio de trabalho. “Uma questão que nos motivou a desenvolver o projeto e as ações dentro dele foi a de poder dar visibilidade para as pessoas que lidam com os resíduos, porque muitas vezes nós não vemos essas pessoas. Elas estão invisíveis na sociedade, mas têm um papel fundamental para a nossa qualidade de vida”. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, o descarte consciente é fundamental para uma cidade que produz tanto lixo reciclável como Curitiba. Os mutirões de

educação e limpeza que acontecem nos bairros são mapeados no site do Desapego Consciente. “Esses projetos contribuem para o meio ambiente. É importante para nós que haja uma divulgação natural e eficaz dessas ações. No site do Desapego Consciente também são citados os pontos fixos da prefeitura que ficam nos terminais de Curitiba e região e que muitas pessoas não conhecem”. Os pontos de coleta da Fundação de Ação Social (FAS) ficam localizados nos terminais de ônibus nos bairros de Curitiba e também são mapeados pelo Desapego Consciente. A

doméstica Juliana Rosário é moradora do bairro Capão da Imbuia e ficou sabendo do ponto de descarte de óleo de cozinha localizado no terminal de seu bairro a caminho do trabalho. “Passei pelo terminal e vi a placa. Eles logo me orientaram sobre o site Desapego Consciente para que eu pudesse procurar lugares para descartar roupas também. O projeto é bem importante, porque nós nem sempre sabemos onde jogar nosso lixo, ou o que é lixo de verdade e o que pode ser reciclado”. Se você precisa descartar algum tipo de material reciclável, visite o site desapegoconsciente.org e descubra o ponto de coleta mais próximo de sua residência. Não esqueça de apertar o botão “desapegômetro” para que o site contabilize o seu desapego consciente!

Na Zona Leste

Você pode descartar seus materiais nos terminais: Capão da Imbuia, Centenário, Vila Oficinas, Bairro Alto, além de associações ligadas ao projeto.

fotos, vídeos, áudios e mais notícias

capitalzonaleste.wordpress.com

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SOCIAL


Bairro Alto foi a primeira região habitada de Curitiba Materiais arqueológicos comprovam que exploradores vindos de Paranaguá se instalaram na região da Vilinha no século XVII Por Leonardo Gomes A data que representa a fundação de Curitiba é 29 de março de 1693. Esse é considerado o dia em que um conjunto de vilas se torna de fato uma cidade. Os livros de história contam que uma expedição vinda de Paranaguá em busca de ouro chegou até onde hoje é Curitiba e com a ajuda de índios locais determinaram o marco zero da cidade, local em que está a Praça Tiradentes. Em meados de 1649, o bandeirante Ébano Pereira comandou uma expedição que saiu de Paranaguá rumo ao ponto mais alto da Serra do Mar. O trajeto da viagem seguiu rios e córregos. O primeiro ponto em que os exploradores chegaram e se instalaram foi à s margens do Rio Atuba, região que ficou conhecida como Vilinha, onde hoje fica o Bairro Alto. De acordo o historiador Renê Wagner Ramos, existem registros históricos que comprovam a permanência do povoado as margens do Rio Atuba. “Eles instalaram primeiro um acampamento na região da Vilinha, isso conforme material arqueológico encontrado. E não foram sozinhos, pois levaram familiares e escravos”, explica o pesquisador. O historiador conta que a principal responsável pela expedição rumo ao alto da serra, foi a escassez de ouro no litoral. Isso não demorou a acontecer na região da Vilinha também, o

Foto: Leonardo Gomes

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HISTÓRIA

Ramos também explica que “na época não existia o domínio da literatura, as parábolas e lendas eram alternativas para imortalizar acontecimentos como esse”.

C U LT U R A

Bairro Alto é um dos bairros fundamentais da história da cidade.

que levou os bandeirantes a seguir outros rumos, acompanhando os rios. Foi assim que os exploradores chegaram onde hoje é o centro de Curitiba. A LENDA DO CACIQUE TINDIQUERA

Uma história contada ao longo de anos sobre a criação do marco zero da cidade e início definitivo de Curitiba é considerado por uns como lenda e por outros como realidade. Tratase da história do Cacique de Tindiquera, que teria ajudado os bandeirantes, até então instalados na Vilinha no Bairro Alto, a encontrar o lugar ideal para formar um povoado maior. Segundo a história, depois de uma longa caminhada, o índio chegou até um campo e perfurou o solo com uma enorme vara e determinou que aquele era o local certo. Ao lado, foi construída a Igreja Matriz de Curitiba. Pesquisadores do período

afirmam que não existem documentos ou registros que comprovem a existência desse índio e muito menos de sua vara. Segundo Ramos, tratase de uma lenda criada pelo historiador Romário Martins. Para ele, provavelmente existiam índios e caciques na região, mas o que realmente pode ter acontecido foi uma sugestão de região onde os bandeirantes poderiam encontrar pedras preciosas. Ele conta que a lenda serve como uma homenagem e representação do acolhimento que os exploradores tiveram com os índios:

indígenas “ Esses acolheram,

e como uma representação para poder mostrar isso, foi criada essa lenda. O papel desse tipo de história é lembrar que alguma coisa aconteceu aqui.

Em 2011, a Prefeitura de Curitiba inaugurou o Centro Cultural e Turístico Vilinha. O objetivo era atender a demanda dos moradores do Bairro Alto por cultura e lazer, além de preservar a história de criação da Capital. Mas muitos frequentadores reclamam do abandono e descaso do poder público com o Centro. O local que era bastante frequentado no passado, contava com exposições artísticas e de artesanato, além de um palco montado para apresentações. Hoje a situação é diferente, pois são poucos as atividades, o que levou ao desinteresse do público pelo local. Morador há mais de 40 anos do Bairro Alto, o empresário Cláudio Cunha conta que no início, com a inauguração do espaço, a população acreditava que o centro seria um local de grande interesse para quem buscasse cultura, mas isso mudou com o tempo. “Hoje o espaço só não está abandonado porque ainda tem algumas pessoas que fazem algum tipo de evento.” A proposta da prefeitura era trazer uma área de


Violência em escolas municipais do Cajuru preocupa moradores da região

Saiba mais sobre os armazéns da família Por Redação

A região da Zona Leste conta com três armazéns da família: no Bairro Alto, Centenário e Vila Oficinas (Cajuru). Os preços nos “mercados” municipais são até 30% menores que nos estabelecimentos convencionais, além de atender entidades sociais sem fins lucrativos. Para se cadastrar no programa a pessoa deve levar os documentos pessoais e dos dependentes em qualquer armazém.

Serviço

De terça a sexta-feira o horário de funcionamento é das 8h45 até 17h15. Nos sábados funciona das 8h30 até as 13h.

Foto: Felippe Salles

ECONOMIA

vandalismo, arrombamento, roubo e disparo de alarme. Segundo a Guarda Municipal, a Escola Municipal Enéas Faria, arrombada 12 vezes só neste ano, sofre constantes tentativas de assalto. Outro caso registrado foi de uma caixa de doações incendiada no Centro de Educação Infantil (CEI) Ritta Anna de Cássia. Moradores controlaram o fogo até a chegada do Corpo de Bombeiros. Professores e alunos têm tomado providências sozinhos e a Guarda Municipal não tem dado conta de atender a população. A diretora do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (SISMMAC), Liliane Tsumanuma, afirma que a entidade encaminhou nota de repúdio e está convocando uma reunião com a Prefeitura de Curitiba para discutir o problema. “É função da prefeitura prover segurança a professores e alunos. A principal preocupação é com os trabalhadores”, afirma. Na tentativa de encontrar uma solução para o problema, o SISMAC está promovendo a campanha

Escola na Vila Trindade, dentro do Cajuru, sofre com arrombamentos.

“Escola sem Filtro”, em que as escolas fazem um levantamento dos problemas e compartilha com a população. Em relação ao serviço prestado pela Guarda Municipal, Liliane ressalta, “a Guarda, assim como os professores, enfrenta problemas com a prefeitura”, diz. “Não é mérito julgar o trabalho deles, pois atuam de acordo com as ordens que recebem” termina. Segundo a Guarda Municipal, as ocorrências são registradas nos horários noturnos e finais de semana, períodos em que os alarmes são atendidos pela Empresa G5, contratada para realizar o Monitoramento de Sistemas de Alarme. É feito um trabalho intensivo de rondas preventivas e ações conjuntas que

visam identificar os infratores envolvidos com os delitos praticados contra as instituições municipais, visando minimizar os problemas mencionados. Procurada para um posicionamento, a Prefeitura de Curitiba apenas afirma que as escolas municipais têm ronda permanente da Guarda Municipal, e que essas já foram intensificadas. “A segurança das unidades é feita por uma empresa privada, de quem é a responsabilidade pela reposição de objetos roubados ou furtados na área monitorada”. A comunidade pode ajudar ligando no número 153, da Guarda Municipal.

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SEGURANÇA

lazer e ao mesmo tempo de memória da história Capital. Passou alguns anos e os eventos culturais são raros e a violência e o uso de drogas é frequente no Parque e na Sétimo bairro mais violento de Curitiba foi o mais afetado por ocorrências em região. Segundo Cunha, o escolas municipais maior problema é a falta de incentivo à cultura por parte Por Maria Coelho dos representantes políticos. “O que falta é uma política verdadeira, um pessoal que O Cajuru é responsável por realmente queira colocar 203 das 816 ocorrências em escolas a mão na massa e busque registradas incentivar a cultura no municipais de Curitiba. As bairro”, afirma. principais foram danos,


Bairros da zona leste carecem de representantes no legislativo municipal Curitiba precisaria de pelo menos 75 vereadores para atender cada bairro da cidade. Hoje a Câmara Municipal conta com 38. Por Felippe Salles Com uma população de aproximadamente 200 mil pessoas (IBGE 2010), bairros da Zona Leste de Curitiba carecem de políticos locais na Câmara de Vereadores que possam dar suporte a região. Por mais que um representante do legislativo fale pela cidade inteira, muitos intensificam os trabalhos nas regiões onde moram. “Não há, na prática, algo que estabeleça qual vereador deva representar este ou aquele bairro. Entretanto, alguns vereadores podem querer atuar mais ativamente em determinada região, por ali residirem ou possuírem vínculos com seus moradores”, informa o Serviço de Informação ao Cidadão, da Câmara Municipal de Curitiba. No bairro Cajuru, por exemplo, o comerciante Neemias Portela, 44, foi um dos que concorreram ao cargo. Entre os projetos destinados ao bairro, ele buscaria regularizar a situação de alguns locais.

EXPEDIENTE UniBrasil Centro Universitário

Rua Konrad Adenauer, 442, Tarumã, Curitiba – PR - 82821020 Telefone: (41) 3361-4200

Presidente: Clèmerson Merlin Clève

Foto: Felippe Salles

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POLÍTICA

Câmara Municipal, que fica no Centro da cidade, conta com 38 vereadores.

“Dentro da região do Cajuru nós temos mais de 39 vilas, todas elas irregulares. Com isso tem aumentado muito o número de criminalidade”, referindo-se a falta de urbanização do bairro. O vereador Cristiano Santos (PV) mora no bairro e atende também às demandas da região. A falta de vereadores não se dá pela falta de candidatos. No Capão da Imbuia, um dos bairros da cidade sem vereador, os candidatos não atraíram votos o suficiente para se elegerem. O servidor público e vice-presidente da Associação de Moradores

Reitor: Sergio Ferraz de Lima Pró-Reitora de Graduação: Lilian Ferrari Coordenadora do curso de Jornalismo: Maura Martins Capital da Notícia - Zona Leste: produto laboratorial do curso de jornalismo do UniBrasil Centro

Rafael Leite, 36, afirma que é necessário uma pessoa que possa cobrar do executivo, de forma independente. “Precisa de representatividade, levar as demandas do bairro. Mas claro, alguém independente, não como funciona hoje, quando a maioria está na mão do executivo. A função do vereador é fiscalizar o prefeito e não atuar em seu favor”, explica ele, sobre o grande número de vereadores na base aliada do Prefeito Rafael Greca (PMN). Para resolver os problemas do Capão da Imbuia, a associação de moradores busca apoio com parlamentares de outras regiões. O vereador Cristiano

Santos (PV), que reside no Cajuru, é um dos que atendem as demandas do bairro vizinho. “Por ser apresentador de um programa de TV que tem abrangência em toda a cidade, o vereador não representa um ou outro bairro. Os trabalhos são voltados para toda a cidade sem distinção”, diz a assessoria do vereador. Curitiba precisaria de pelo menos 75 vereadores para cada bairro da cidade. Hoje, a Câmara Municipal conta com 38. O cientista político André Ziegmann, 33, afirma que nem sempre a população quer um representante do bairro, mas sim alguém que busque os mesmos interesses que ela. “Talvez ela queira um representante de sua profissão ou religião. Ou ainda, o eleitor vota em alguém que tem um compromisso público com uma pauta que ele acha importante”, conclui. Os moradores dos bairros da Zona Leste devem ligar para o 156 e relatar as reclamações/ sugestões para melhorias na região. Essa é a forma de conseguir apoio do serviço público sem precisar recorrer a um vereador.

Capital da Notícia Zona Leste

Universitário. Repórteres: Felippe Salles, Leonardo Gomes, Luannah Marrocos, Maria Coelho e Nycole Soares Editores desta edição: Felippe Salles, Nycole Soares e Thaís Vieira Professor responsável: Rodolfo Stancki.

Site: www.capitalzonaleste.wordpress.com Facebook: jornalcapitaldanoticia WhatsApp: 419953-24017

Instagram: Zonaleste-curitiba


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