Capital da Notícia - Zona Leste #15

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EDIÇÃO ESPECIAL

CAPITAL DA NOTÍCIA ZONA LESTE

Ruas precárias no entorno do Detran prejudicam alunos de auto escolas da região

Jornal laboratório do curso de Jornalismo do UniBrasil - Centro Universitário

Curitiba - Dezembro de 2018


EDITORIAL

Valorize a gastronomia local.

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O Bairro Alto, localizado em curitiba é um dos pontos mais badalados para a vida noturna, mas o que poucos sabem é sobre como nele se instalam os melhores restaurantes tradicionais de comida portuguesa. Casas pequenas e coloridas em ruas estreitas – muitas delas com acesso de carros restrito – dão o ar de Lisboa ao bairro. São mais de 100 bares e restaurantes que formam o polo gastronômico e assim fica fácil cair em armadilha, por isso, listamos os melhores restaurantes de comida típica de Lisboa para você se deliciar com sua família e amigos. Estão listados aqui alguns restaurantes para ir sem medo e provar a cozinha portuguesa tradicional.

Fidalgo: Eugénio Fidalgo faz parte da segunda geração que comanda o restaurante. O restaurante estão em funcionamento desde 1977 e hoje conta com uma adega que tem cerca de 250 rótulos de vinhos portugueses e na cozinha saem os pratos mais deliciosos da culinária típica portuguesa. O menu traz diariamente dois ou três pratos novos e com isso, Eugénio aproveita muitas vezes a oportunidade de resgatar receitas que não são tão usuais até na própria culinária portuguesa. Onde fica: Rua da Barroca, 27, Bairro Alto, Lisboa Funcionamento: Segunda a sábado, 12:00 às 15:00 e 19:00 às 23:00. Fecha aos domingos.

O cantinho do bem estar: Com ambiente pequeno propositalmente e poucas mesas, o restaurante não deixa a desejar. No “cantinho do bem estar” o fogão tradicional é deixado um pouco de lado e a grelha é a estrela, trazendo desde peixes até bifes de porco, preparados perfeitamente. As porções são generosas e o molhinho de manteiga é um extra que tem muito valor. Os funcionários são simpáticos e um diferencial é que você pode regular as porções pedidas conforme o tanto de pessoas presentes. – cobrando o justo por isso. Se calhar de passar lá num dia de arroz de peixe, não perca a oportuni-

EXPEDIENTE UniBrasil Centro Universitário

Rua Konrad Adenauer, 442, Tarumã, Curitiba – PR - 82821020 Telefone: (41) 3361-4200 Presidente: Clèmerson Merlin Clève Reitor: Sergio Ferraz de Lima Pró-Reitora de Graduação: Lilian Ferrari

Coordenadora do curso de Jornalismo: Maura Oliveira Martins. Capital da Notícia - Zona Leste: produto laboratorial do curso de jornalismo do UniBrasil Centro Universitário.

dade de prová-lo. A carta de vinhos deixa um pouco a desejar, mas o ambiente e a comida compensam. Onde fica: Rua do Norte, 46, Bairro Alto, Lisboa Funcionamento: Terça a domingo, 12:00 às 15:00 e 19:00 às 23:00. Fecha às segundas.

Príncipe do Calhariz: Contando com amplo espaço (até pra os padrões Lisboetas), uma grelha enorme na entrada, televisões ligadas em canais esportivos, muita luz e um cardápio com uma boa variedade de pratos bem portugueses o restaurante Príncipe do Calhariz, é um dos mais badalados e concorridos do Bairro Alto, tão concorrida que se dá até ao luxo de fechar no sábado. No Príncipe do Calhariz, a variedade de carnes e peixes preparados na grelha é enorme e o cheiro de alho e manteiga inundam o ar. Como sempre, em toda boa casa portuguesa, vale conferir os pratos do dia. Onde fica: Calçada do Combro, 28-30, Bairro Alto, Lisboa Funcionamento: Domingo a sexta, 12:00 às 15:00 e 19:00 às 22:30. Fecha aos sábados.

Editores e repórteres: Anna França, Beatriz Jarzinski, Carolini Déa, Fernanda Facchini, Gabriela Carsten, Letícia Pereira, Matheus Ribeiro, Maria Coelho, Vittoria Catarina. Professor responsável: Rodolfo Stancki.

Site: capitalzonaleste. wordpress.com/ Facebook:/jornalcapitaldanoticia Instagram:/Zonalestecuritiba Dúvidas e sugestões: jornalismo@unibrasil.com.br Material integrante da disciplina de Redação Jornalística IV.


EMPREENDEDORISMO

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Empreendedores da área veêm roupas customizadas como uma nova tendência. Créditos: : Victor Manfre.

Há inovação na moda vendida no Bairro Alto? As constantes transformações do mercado moderno estão chegando com a mesma velocidade ao comércio popular na mesma intensidade que chegaram ao universo “high fashion”? Por Victor Manfre O mercado da moda passa por constantes mudanças, mas talvez o período atual seja um dos mais efusivos, porque não há alterações apenas nas peças, mas na ideia e na forma como elas são apresentadas ao consumidor e em como a aquisição acontece. Aplicativos que permitem o aluguel de roupas casuais e a perda da especificação de gênero para as peças são exemplos dessa situação. O comércio de vestuário fora das regiões matriciais de metrópoles no centro-sul do Brasil, como é o caso do Bairro Alto, seguiu por muito tempo com o mesmo modus operandi: o empresário vai até São Paulo, Ciudad del Este e

Cianorte comprar em grandes centros atacadistas dessas cidades, restringindo o critério de escolha apenas ao preço. Essa atividade ainda resiste e prospera, como afirma o empresário Edson Santana, que há 17 anos administra com a esposa uma loja de roupas no Bairro Alto: O casal começou vendendo roupas femininas, depois passou a trabalhar também com infantis e masculinas, todas compradas em São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. “Temos que acompanhar o que estão usando. É da Europa que a tendência vem. Os fornecedores antecipam para nós, mas olhar é muito importante”. Estoques volumosos ain-

da se fazem presentes no modelo de comércio que o casal pratica, apesar de serem algo não recomendável por ser, na prática, capital parado. Santana diz: “o estoque sempre vai existir porque algumas roupas vão encalhar, a moda erra bastante”. O modo tradicional de se trabalhar com a moda, apesar de soar datado tendo em vista as dinâmicas das relações modernas, mas ainda encontra sobrevida no bairro quando combinado à boa administração e público fidelizado, o que são desafios para quem pretende começar no ramo com essas práticas. A dona de casa Rute Rodrigues mora no Bairro Alto e diz que não compra mais peças de

vestuário no Bairro Alto. Ela afirma que não é mais vantajoso fazer a compra no meio local, e sim aproveitar as viagens que faz até São Paulo e Fortaleza para fazer as compras para sua família. Segundo ela, os lojistas revendem aquilo que ela paga pelo valor de atacado fora de Curitiba. Deivid Fontana é costureiro e já trabalhou com brechós. Hoje, após estudar o mercado, está abrindo um novo negócio para vender roupas customizadas e criadas por ele e seu sócio, direcionadas com precisão para um público que ele se incluía e sentia estar “órfão” de ofertas , e diz que essa é a nova tendência para ser seguida a partir de agora.


SEGURANÇA

Foto: Maria Coelho.

04 Silmara de Oliveira é agente educacional e já trabalhou em escolas da região.

Insegurança em escolas municipais do Capão da Imbuia preocupa moradores da região Até o momento foram 275 episódios de violência, dentre eles, furtos e atos de vandalismo Por Maria Coelho De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, entre janeiro e abril de 2018 ocorreram 275 episódios de violência nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Em média, são 2,7 casos registrados por dia. A maior parte é de denúncias de vandalismo, que cresceram 80% de 2017 para 2018. O Capão da Imbuia está fora dos dos bairros mais impactados. Estes ficam na região sul da cidade, como Cidade Industrial de Curitiba e Bairro Novo. Apesar disso, os dados estão

longe de ser satisfatórios. Segundo Silmara de Oliveira, agente educacional que já trabalhou em escolas da região como a Escola Estadual República Oriental do Uruguai, a violência nas escolas do bairro é constante. Silmara afirma que no período em que trabalhou no bairro, houve relatos de roubo de fiação, depredação das escolas, entre outros d e l i t o s . A Rede Municipal de Ensino de Curitiba mantém contrato com a empresa G5 para fazer o monitoramento interno das unidades e prevê a

reposição de bens furtados e a manutenção predial de todos os espaços cobertos com sensor de alarme. Esse contrato, que chega ao fim no próximo ano, está sendo revisto e novas propostas estão sendo avaliadas. Segundo o supervisor da Guarda Municipal Paulo Cesar Juawski de Carvalho, a Guarda Municipal é responsável pelo patrulhamento de todos os equipamentos da Prefeitura no bairro Capão da Imbuia exclusivamente no período noturno. As unidades escolares ficam sob monitoramento de

uma empresa de vigilância chamada Veper, e a Guarda é chamada em algumas ocasiões para um apoio. As ocorrências mais frequentes nas unidades escolares dessa região são furtos de fiação elétrica, botijões, cilindros de gás e também grande quantidade de vidros quebrados. A Secretaria Municipal da Educação alerta a comunidade que mora perto de escolas municipais para que denuncie possíveis atos de vandalismo. As ações acontecem frequentemente nos feriados e dias de menor movimento nas unidades, como os fins de semana. O apoio da comunidade é importante para que a Guarda Municipal e a polícia possa agir quando for necessário para proteger os espaços que são alvos de danos. A população pode avisar a Guarda Municipal sempre que perceber situações suspeitas, pelo telefone 153.


CAPA

No Tarumã, exames de CNH acontecem em ruas sem infraestrutura

Por Daniel Liz As ruas ao redor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), usadas para a aplicação dos testes de direção, estão precários e comprometem cada vez mais o desempenho dos estudantes. Falta de manutenção em calçadas, asfalto e ausência ou depredação das sinalizações de trânsito são os principais problemas apontados pelos instrutores

Obras na Rua Konrad Adenauer prejudicam o trânsito na região.

de autoescolas e alunos. As ruas se encontram com muitos buracos e não há uma intervenção real da Prefeitura além das obras inacabadas na Rua Hayton da Silva Pereira, que tiveram seu início no começo do ano. Contando com tráfego intenso de carros de grande porte na região, a rua está em más condições. O Detran atende diariamente

muitas pessoas que procuram tirar a carteira nacional de habilitação (CNH), mas as reclamações sobre as ruas onde aplicam seus testes só pioram. A arquiteta Gabriela Makuch, que conseguiu passar no teste, diz que teve muita dificuldade para completá-lo. “As ruas realmente estavam péssimas, tive muitos problemas com os buracos. O carro balançava e

até o instrutor não conseguia escrever na prancheta. Achei o nível de dificuldade muito maior do nível das aulas que tive na autoescola. As ruas onde praticava não eram assim”. Falando com o instrutor Gilberto Alexandre, responsável por aplicar as provas do Detran, vemos que o problema não é de hoje. “Trabalho há mais de dois anos aqui, e nunca teve uma preocupação com as ruas. E continua: “o mínimo para uma área que é utilizada dessa forma é ter uma pavimentação correta para os alunos. Não é justo com eles ter que fazer uma prova tão cara e que despende tanto tempo de estudo em um local com essas dificuldades”. A Prefeitura de Curitiba tem previsão para asfaltar mais de 200 ruas até o final de 2018. Algumas destas ruas são perto do Detran, mas não foram mexidas ainda. O engenheiro de trânsito Pablo Alves aponta que “o local está totalmente inapropriado para se fazer testes. Não tem como ter um teste justo em um lugar assim. As ruas se encontram muito depredadas e os carros oferecidos pelo Detran para os testes não têm nem suporte para aguentar os estragos causados pelas ruas”. Os carros oferecidos para a realização do teste são todos populares e não têm tanta resistência quanto um carro de grande porte. Deste modo seria essencial para um teste imparcial que as ruas estivessem bem asfaltadas.

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Foto: Daniel Liz

Alunos sofrem ao fazer testes nas ruas ao redor do Detran


ECONOMIA

Foto: Leonardo Zorze

06 Acidentes de trânsito envolvento motocicletas represntam 33% do total de ocorrências registradas no Paraná.

Cresce índice de acidentes de trânsito no Tarumã Após queda entre 2015 e 2016, número de ocorrências subiu em 2017 e 2018 Por Leonardo Zorze A Polícia Militar do bairro Tarumã, informa que depois de um histórico de queda no numero de acidentes de transito em 2016 e 2017; 2018 vem com um aumento no índice na região e comprova dados com uma média de cinco acidentes graves por semana só na principal, Victor Ferreira do Amaral, sem contar a Konrad Adenauer que corta todo o bairro e não tem registro de acidentes graves há mais de oito meses em função das obras que acompanham o novo Shopping Jockey Plaza. Atualmente a região passa por uma revitalização e prolongamento da Rua Governador Agamenon Magalhães, importante ligação entre os bairros

Capão da Imbuia e Tarumã, o que traz mais um ponto de atenção para a região que por ser onde esta instalada a cede do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), deixam todas as sinalizações em dia, mas não desenvolvem um trabalho de educação no trânsito na região, só em lugares mais afastados, explica a assessoria da Policia militar do bairro Tarumã que tem parceria direta com a administração do Detran. Uma iniciativa da Secretaria Municipal da Defesa Social e Trânsito em conjunto com o Detran iniciada em agosto de 2018 um projeto-piloto de implantação de espaços exclusivos para motos nas ruas. No Paraná, a frota de motoci-

cletas representa 20% do total de veículos em circulação; As motos estão envolvidas em 33% dos acidentes registrados; Em Curitiba, são mais de 150 mil motos registradas, segundo o Detran, o equivalente a mais de 10% da frota da Capital, que soma mais de 1.4MM de veículos. A nova sinalização será instalada nos dois sentidos da Avenida Victor Ferreira do Amaral, no bairro Tarumã, próximo à sede do Detran, quase em frente a estação tubo. Os espaços, chamados bolsões ou box, são áreas delimitadas nos cruzamentos e permitem que os veículos menores aguardem a abertura dos semáforos na frente de carros, ônibus e caminhões. O projeto evita que

as motos fiquem paradas entre os carros enquanto o semáforo estiver fechado, dessa maneira contribuindo para diminuir o risco de acidentes na hora da saída dos veículos. A assessoria do órgão, explica que o projeto é um experimento para observar a conduta dos motociclistas e dos motoristas; A via foi escolhida por dar acesso às cidades da região metropolitana da Curitiba e pelo grande fluxo de veículos. Depois dos testes iniciais, o Detran deve fazer o levantamento de outros pontos onde esses bolsões podem ser colocados, projeto previsto para abril de 2019.


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