Capital da Notícia - Zona Leste #14

Page 1

EDIÇÃO ESPECIAL

CAPITAL DA NOTÍCIA ZONA LESTE

Terminal Capão da Imbuia deverá passar por revitalização

Jornal laboratório do curso de Jornalismo do UniBrasil - Centro Universitário

Curitiba - Dezembro de 2018


EDITORIAL

Capão da Imbuia: Seja ativo no seu bairro

02

A participação ativa da população é fundamental para o desenvolvimento do bairro, seja ele econômico, social ou estrutural, entre outros. Isso gera uma aproximação entre os moradores e oferece diversos benefícios. Entre eles, um importante a ser citado é a segurança. Se a comunidade do bairro Capão da Imbuia aderir a grupos de WhatsApp, por exemplo, a comunicação pode ser imediata e situações de roubos, assaltos e outros tipos de ameaças podem ser alertadas para todos, garantindo uma precaução por parte da população. Outro tipo de participação pode ser o consumo no comércio do bairro. Quanto mais as pessoas gastarem na região, maior será a movimentação econômica do comércio local, o que gera mais empregos e mantém o dinheiro da população circulando dentro do bairro, que pode ser revertido em melhorias. O comércio representa em média 50% da economia do bairro, se esse dado for aproveitado pelos moradores, será extremamente positivo para todos. A Unidade de Saúde Iracema é utilizada por pelo menos metade da população do bairro e o local está em ótimas condições. Existem algumas reclamações de filas de

espera, por exemplo, e é muito importante o morador saber que pode fazer reclamações na Central 156 da prefeitura. Com essa atividade podem ser resolvidos os problemas corriqueiros como iluminação, transporte coletivo e coleta de lixo, entre outros. Essa atitude é fundamental para quem reside no Capão da Imbuia ser ativo e conseguir melhoras significantes para o bairro. Para que os moradores tenham uma boa condição de tráfego é necessário buscar mais informações sobre o aperfeiçoamento das calçadas. Cada morador é responsável pela calçada em frente à sua casa, porém, a falta de informação faz com que reclamações sejam geradas sem fundamento, na maioria das vezes. O terminal do Capão da Imbuia possui grande movimentação de pessoas, por isso, está depredado. Existe hoje um projeto de revitalização para o terminal, porém, nada está sendo feito. A verba já foi liberada e o projeto não sai do papel. Cabe à população cobrar da prefeitura que este projeto seja realizado. Depois da reforma, também é responsabilidade da comunidade manter a nova estrutura do terminal e evitar danos futuros. Ainda é dever dos moradores buscarem

pela história do local em que habitam, para valorizar, cuidar e honrar sua região. Levar a história de seu bairro até outras pessoas, ou ao menos conhecê-la, para que quando algo for mudado drasticamente os moradores possam opinar se a mudança é válida ou não.

EXPEDIENTE UniBrasil Centro Universitário

Rua Konrad Adenauer, 442, Tarumã, Curitiba – PR - 82821020 Telefone: (41) 3361-4200 Presidente: Clèmerson Merlin Clève Reitor: Sergio Ferraz de Lima Pró-Reitora de Graduação: Lilian Ferrari

Coordenadora do curso de Jornalismo: Maura Oliveira Martins. Capital da Notícia - Zona Leste: produto laboratorial do curso de jornalismo do UniBrasil Centro Universitário.

Editores e repórteres: Anna França, Beatriz Jarzinski, Carolini Déa, Fernanda Facchini, Gabriela Carsten, Letícia Pereira, Matheus Ribeiro, Maria Coelho, Vittoria Catarina. Professor responsável: Rodolfo Stancki.

Site: capitalzonaleste. wordpress.com/ Facebook:/jornalcapitaldanoticia Instagram:/Zonalestecuritiba Dúvidas e sugestões: jornalismo@unibrasil.com.br Material integrante da disciplina de Redação Jornalística IV.


CIDADANIA Foto: Letícia Pereira

03 Inaugurado no ano de 1982, o Terminal Capão da Imbuia hoje em dia está defasado. Créditos: Letícia Pereira

Terminal Capão da Imbuia deverá passar por revitalização, mas não há data para entrega A estimativa é que até o final deste ano sejam liberados os recursos pelo governo federal e iniciado o processo licitatório para as obras Por Letícia Pereira dos Santos O Terminal do Capão da Imbuia é um dos mais defasados da cidade. Sua estrutura está em péssimas condições: vidros pichados, calçadas danificadas, entre outros diversos problemas. Além desses transtornos, o terminal é pequeno para atender às seis linhas de ônibus que transportam 39 mil passageiros por mês de acordo com a Urbanização de Curitiba (URBS). Por esses motivos, o terminal deverá passar por uma revitalização e ampliação. Essa expansão será feita para receber o futuro Ligeirinho que fará a ligação ao Centro da cidade, na Praça Tiradentes. A Prefeitura já tem os R$ 3 milhões aprovados pela Caixa Econômi-

ca Federal para adequar o terminal. Porém, não há previsão para quando a obra deve acontecer. Para a servidora pública Lilian Silva, que faz conexão todos os dias no terminal do Capão da Imbuia, a falta de sinalização do terminal é um problema alarmante, pois pode acabar ocasionando acidentes. Outra dificuldade que Silva relata são os pisos instáveis do terminal. A explicação dada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) é que os investimentos na ampliação do terminal do Capão da Imbuia fazem parte de um conjunto maior de obras pela melhoria operacional da Rede

Integrada de Transporte de Curitiba. Neste conjunto, por exemplo, estão previstas construção do terminal Tatuquara e a reconstrução dos terminais Hauer e Campina do Siqueira. Além dos terminais, os investimentos incluem a construção de binários, pistas exclusivas para ônibus e trincheiras. “Essas intervenções são feitas com recursos federais. As aprovações são feitas por projetos e não pelo conjunto. Por conta disso é que cada obra começa a seu tempo”, explica João Pedro, assessor de imprensa do Ippuc. A revitalização do Terminal Capão da Imbuia é um dos recentes projetos anunciados pelo atual prefeito Rafael Greca, mas

ainda demandará tempo antes de se concretizar o projeto. Segundo o Ippuc, antes de chegar à fase de obras, todos os terminais passam por no mínimo três etapas: a idealização do conceito, o projeto arquitetônico e o projeto executivo. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura, mas não obteve respostas.


CIDADANIA

Foto: Beatriz Jarzinski

04 Prefeitura faz remendo em ruas principais do Bairro Alto

Moradores reclamam da má conservação nas ruas do Bairro Alto Os principais problemas refletem no trânsito e na demora para chegar aos destinos Por Beatriz Jarzinski Próximo à conclusão do primeiro segundo ano da gestão do atual prefeito de Curitiba, Rafael Greca, os moradores do Bairro Alto estão reclamando da falta de conservação nas ruas do bairro. Segundo matéria da Gazeta do Povo, foram feitas 2.411 demandas de asfaltamento para a nova gestão do prefeito, que coloca a má conservação das ruas como um dos cinco principais problemas do Bairro Alto. Conforme contam os moradores, os problemas nas ruas acontecem desde o governo do ex-prefeito Gustavo Fruet, que, segundo a mesma matéria, teria cumprido apenas 47% das propostas feitas na campanha para o bairro, focando em saúde e bem-estar. Com a nova gestão, poucas mudanças foram feitas, apenas em vias principais e trajetos de ônibus, como nos trechos das ruas Arthur Ramos, Rio Guaporé e Henrique Correia.

Por essas ruas, passa a linha de ônibus Bairro Alto- Santa Cândida. Além dessas ruas, foram feitas as revitalizações da Rua Arthur Ramos entre as ruas Rio Guaporé e Henrique Correia, Rua Rio Jari entre as ruas Rio Guaporé e Albino Kaminski e Rua Albino Kaminski entre as ruas Alberico Flores Bueno e Rio Japurá. Morador do bairro há 40 anos, José Luiz Manfre, 67, mora na área nobre do Bairro Alto e afirma que tem sorte, pois essa área do bairro possui asfalto novo, mas que, quando sai dessa área, a situação é um “tapa buraco”, já que a prefeitura não faz um asfalto novo, remendando os buracos que existem e, em cerca de seis meses, o problema volta. A moradora do Bairro Alto, Rosana da França, 47, afirma que as obras nas ruas demoram a serem concluídas e não possuem uma boa durabilidade.

Ela diz que as mudanças mesmo que demoradas são observadas em épocas eleitorais. Na Vila Santana do Paraíso, ainda do Bairro Alto, o corretor de imóveis e morador do bairro, Valmir Cunha, 43, diz que as ruas são pouco revitalizadas e que o bairro deveria pertencer a outra regional, pois a regional do Boa Vista não dá a devida atenção. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) afirmou que, em dezembro do ano passado, a Prefeitura assumiu um novo convênio com o Governo do Estado, que terá resultados fazendo a reciclagem do asfalto de 79 quilômetros em 147 ruas de Curitiba. A capital terá R$ 120 milhões investidos para a recuperação de 260 ruas da cidade. Em nota, a Prefeitura explicou que os quesitos para a escolha das vias revitalizadas são priorizar as que têm linhas de

ônibus ou nas quais existem equipamentos públicos, como escolas, creches, unidades de saúde. A recomendação aos moradores é para que façam as suas solicitações nas audiências do Fala Curitiba, pela Central 156 (telefone ou internet) ou que procurem a administração regional na Rua da Cidadania mais próxima. O engenheiro civil especializado em urbanismo, Caio Miranda, afirma que é mudanças feitas em áreas que dão acesso às escolas, unidades de saúde e creches acontecem pois estas vias têm maior movimento e acesso de pessoas.


EDUCAÇÃO Foto: Carolini Déa

05 Fachada da Escola Municipal Santa Rita de Cássia, localizada no Cajuru e que terá de se adequar a nova regra.

Corte etário em escolas públicas deve auxiliar no aprendizado

A nova regra do corte etário será adotada por todas as escolas públicas do país e vai mudar as regras nas sete escolas localizadas no bairro Cajuru Por Carolini Déa O Supremo Tribunal Federal (STF) votou em agosto a resolução que promete equiparar a idade com que as crianças são matriculadas. A partir da implantação, as crianças precisam ter 4 e 6 anos completos até 31 de março para ingressarem no ensino infantil e fundamental, respectivamente. Até então, a idade estipulada pelo Estado do Paraná era 5 e 6. A moradora do bairro Cajuru, Rosângela Soares, disse: “Não acho que minha filha será prejudicada. Com quatro eles são muito novos para sair da creche, eu prefiro com 6 anos”. A filha de Rosângela, Júlia, completa três anos em setembro e será atingida pelo corte. A

psicopedagoga Márcia Pavelski concorda com Rosângela. “As crianças estão indo para o primeiro ano muito imaturas, não dão conta do aprendizado” afirma. Segundo dados do IBGE de 2010, o bairro Cajuru possui cerca de 6,9% de sua população com idade de 0 a 4 anos, e 15,3% de 5 a 14 que serão afetadas pela regra. A situação pode prejudicar pais que não terão onde deixar os filhos, ou que não conseguirão vagas nos CMEI’S localizados no bairro. A preocupação de Márcia é com a estrutura das instituições públicas. Segundo ela, a falta de material adequado pode gerar um desinteresse e desestimu-

lar a criança a continuar indo para a aula. Ainda assim, a decisão divide opiniões. “Porém, os pais que se sentirem lesados podem entrar com um processo na justiça para que a criança seja colocada em uma turma mais adequada ao seu nível” completa a psicopedagoga. Segundo o Sindicato dos Professores da Educação Pública do Paraná (APP), a idade não pode ser a única coisa a definir a entrada no ensino, “e sim ao acesso com qualidade desde a Educação Infantil e um repensar da estrutura escolar na transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental”. Segundo a secretária educacional da APP, Taís Mendes, outra

medida contradiz esses princípios adotados na nova regra. A definição da nova Base Nacional Comum Curricular do Fundamental indica a alfabetização para o 2º ano, enquanto o Plano Nacional de Educação define para o 3º ano, “isso é justamente para que os sistemas repensem o processo de alfabetização em consonância com a maturação do desenvolvimento cognitivo da criança” finaliza.


SAÚDE

Foto: Anna França

06 A professora aposentada Ivonilce Garcia, 68, faz caminhadas diárias no Bairro Alto e encontra dificuldades por falta de calçadas e rampasmomentos.

Terceira idade enfrenta desafios no Bairro Alto

Cerca de 3.500 idosos vivem no bairro, mas serviços básicos destinados a essa faixa etária ainda são precários Por Anna França Com uma expectativa de vida mais alta e maior despredimento dos estereótipos da terceira idade, pessoas idosas atravessam obstáculos com maior facilidade. Curitiba possui 1.8 milhões de habitantes sendo que 267 mil são idosos. No Bairro Alto estima-se que a terceira idade corresponda a 7% dos moradores. No entanto, suas necessidades básicas não estão sendo atendidas. A professora aposentada Ivonilce Garcia tem 68 anos e há 36 vive no Bairro Alto. Para Ivonilce, o bairro possui problemas em todas as áreas, mas o maior é a acessibilidade. “As ruas do bairro possuem degraus, isso dificulta a vida do idoso. No lugar dessas elevações deveriam

existir rampas.” A precariedade no sistema de saúde é um dos outros problemas com que os idosos têm de lidar. A dona de casa, Maria Aparecida Gomes, 72 anos, conta que teve de fazer um plano de saúde pela falta de especialistas na Unidade de Saúde do Bairro Alto, situação que é recorrente na cidade inteira. “Foi minha única alternativa. Eu sentia muita dor na perna e a consulta especializada ia demorar meses pra sair.” Alguns idosos, como Maria, sentem falta de um espaço para convivência. A enfermeira Luciana Felpini, 45 anos, argumenta que cuidados com a saúde social e psicológica são tão importantes quanto

cuidados com a saúde física. “Ainda existe muita resistência por parte dos idosos em viver uma vida social, isso os leva a sofrer algum tipo de desequilíbrio mental como ansiedade ou depressão.” Luciana cita que se exercitar regularmente é outra forma de evitar transtornos mentais. O professor de educação física Valério Henrique Dezan, que ministra aulas de ginástica na Unidade de Saúde do Higienopólis explica que os exercícios pode evitar doenças como hipertensão arterial e problemas cardiovasculares. “É necessário que os idosos se mantenham ativos e pertencentes a um grupo. Isso prolonga a vida dessa população.”

Mudanças visando melhorar a qualidade de vida dos idosos são necessárias, levando em conta que hoje eles ocupam 20% do território dos bairros e até 2022 a terceira idade tende a crescer na capital paranaense. Para a professora Ivonilce, a conscientização é um dos passos para que os idosos possam ter seu espaço. “Falta conscientização das pessoas e das empresas que constroem ruas e calçadas de qualquer forma, mas falta principalmente a fiscalização da prefeitura que permite que esse tipo de coisa ocorra.”


SEGURANÇA Foto: Matheus Ribeirp

07 A Rua Arlindo Rocha recebeu embora já tenha recebido novos postes, um demonstra não estar funcionando bem. Fica piscando e deixando o trecho novamente escuro em alguns momentos.

Ruas do bairro Cajuru recebem nova rede de iluminação pública

Oito ruas do bairro Cajuru receberam novos postes, cabos elétricos e luminárias para amplia rede de iluminação pública da cidade Por Matheus Ribeiro A Secretaria de Obras Públicas de Curitiba está ampliando a rede de distribuição de energia elétrica na cidade. 183 ruas de 53 bairros irão receber a ampliação da rede. A Prefeitura de Curitiba investe R$ 739,5 mil e o ajustamento para cada uma das ruas que serão atendidas varia conforme a extensão de cada uma. Em todas elas, o serviço executado precisa ser aprovado pela Copel e pela Secretaria de Obras Públicas. Além das ruas, também serão implantadas novas luminárias, projetores, postes e circuitos elétricos em parques, praças, academias ao ar livre, canchas, quadras e ciclovias dos bairros da cidade. Segundo a Prefeitura de Curitiba, o projeto de iluminação para cada uma das ruas foi desenvolvido pelo departamento

da Secretaria de Obras Públicas com a aprovação da Copel, empresa encarregada de administrar o abastecimento de energia elétrica para a população que tem como padrão normas estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As ruas do bairro Cajuru que já receberam a implantação são: Rubens Padilha Mendes (40 metros), Lucas Schereiner Júnior (35 metros), Osvaldo Campos (70 metros), Liberato Evangelista do Prado (100 metros), Nhundiaquara (70 metros), Arlindo Rocha (30 metros), Rubens João Henrique Plois, n° 269 (30 metros) e Vidal Natividade da Silva (35 metros). Muitas dessas ruas citadas tinham trechos escuros e os moradores da região reclamavam

do medo de passar pela região durante o fim da tarde e à noite. As esquinas da Rua Rubens Padilha Mendes tinham apenas um ou dois postes no máximo. “É desconfortável, a gente não sabe o que vai encontrar pela frente e pessoas já foram assaltadas nesta rua”, aponta a moradora Marcia Regina, que mora há 15 anos no bairro antes da implantação. O diretor do Departamento de Iluminação Pública, Tony Malheiros, explica em nota a prefeitura de Curitiba que até 2020 serão expandidos mais 15 quilômetros e conforme o cronograma de serviços definido junto com a Copel, os trabalhos começaram no dia 31 de julho e ao todo serão instalados 453 novos pontos de iluminação até janeiro de 2019. As ruas atendidas foram ava-

liadas tecnicamente, com base nos pedidos que a Prefeitura recebe da população pelo telefone 156, nas Administrações Regionais e nas audiências do Fala Curitiba, o programa de consultas públicas da Prefeitura.


ESPORTE

Dentro de campo, é possível encontrar mãe e filha. Fora dele, uma legião de fãs de berço. O Complexo Esportivo Brown Spiders, no Tarumã, aos fundos do antigo Pinheirão, é o palco das partidas de futebol americano da capital paranaense. Além da possibilidade de assistir ao esporte de perto – tão conhecido pela National Football League (NFL), que estreou sua edição em setembro –, os torcedores encontram um ambiente totalmente familiar. Os primeiros times masculinos começaram a aparecer em 2005, ainda quando não existia a modalidade full pads – com proteção de equipamento. No dia 25 de outubro de 2008, um marco para o esporte no cenário nacional: A primeira partida desta categoria, protagonizada por dois clubes curitibanos, o Coritiba Crocodiles e o Brown Spiders FA. Desde então, abriram-se as portas para os times femininos, como o caso do Curitiba Silverhawk e do Curitiba Lions. As duas equipes competiram no cenário nacional neste ano. A primeira segue viva na competição – agora indo para a fase das semifinais. As leoas se despediram de forma vitoriosa. O Curitiba Lions percorreu um caminho longo, com o apoio do time masculino, para chegar até a Copa Sport America do Brasil. Isso porque

os custos para competir a nível nacional, como é o caso do deslocamento, são altos. Para arrecadar fundos, organizaram uma festa junina e o “pedágio solidário”. “Eu confio em vocês, assim como vocês confiam em mim. Que o nosso ataque seja inalcançável e a nossa defesa imbatível, e juntas chegaremos ao outro lado, porque é por vocês que meu sangue ferve na veia”, reforça o grito da equipe feminina. A médica veterinária Maria Eduarda Noriller, de 26 anos, iniciou no esporte para tratar algo que vinha lhe incomodando: A falta de exercício físico e o sobrepeso – na época, 123kg. Como sua condição física não era favorável para todos os esportes, viu no futebol americano uma saída. Ela explica que a grande diferença da modalidade é que ela se adapta ao seu físico e a sua idade, como foi o caso da sua mãe. A contadora Maria Cristina Noriller, de 54 anos, afirma que via pouco a sua filha por conta da profissão e das viagens para os jogos. Por esse motivo, resolveu acompanhar os treinos. “Me apaixonei por um esporte em que eu poderia estar com alguém que sou apaixonada”, finaliza.

Foto: Vittoria Catarina

Por Vittoria Catarina

Maria Eduarda Noriller e Maria Cristina Noriller em treino do Curitiba Lions Feminino.

Foto: Vittoria Catarina

08

Complexo Esportivo no Tarumã reflete ambiente familiar dentro e fora dos gramados

Partida entre Coritiba Crocodiles e Santa Maria Soldiers


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.