Edição 150

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Índice

Capa | 06

Exportações voltam a pauta como oportunidade em meio a crise

Entrevista | 04

RECOF e Linha Azul ganham novas regras, por Roberto Feitosa

Linha do tempo | 18

Cargo News comemora sua edição 150

Profissionais de sucesso | 22 Conheça Carlos Alcântara, relações institucionais de Viracopos

Artigo do Setor | 24

A quarta onda da logística, por J.G. Vantine

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Acadêmico

36 Colunistas Ano XIV Edição 150 2015

Fale conosco: 19 3743.6609 | redacao@cargonews.com.br Presidente do Conselho Editorial: Luiz Guimarães Conselho Editorial: Mariana Zaidan Guimarães | Carlos Varanda | André Feitosa | Patrícia Ferreira | Renata Araújo | João Batista | Diego Donato

Caros leitores, O ano começou cheio de incertezas, mas é certo que teremos muitos desafios pela frente. O mercado está seguindo adiante, muitas empresas já passaram por momentos semelhantes e conseguiram superar as adversidades ou até encontrar oportunidades em meio à crise. E foi este assunto que abordamos na matéria de capa. Com a nossa moeda desvalorizada, as exportações se destacaram no setor e alguns segmentos estão em alta, porém, ainda temos muito a fazer. Também falaremos sobre os atrasos da Anvisa com relação à liberação de cargas e quais impactos isso pode trazer para o mercado e população, além de entrevista com um especialista em regimes aduaneiros para esclarecer o que mudou no uso do Recof e Linha Azul após a nova instrução normativa da Receita Federal do Brasil. Essa edição é a de número 150 e por isso tem algo a mais. Para comemorar e torná-la mais especial, criamos uma Linha do Tempo com as capas mais marcantes e depoimentos de leitores que nos acompanham há um longo período. Para nós, é muito gratificante poder fazer parte deste mercado tão reconhecido mundialmente, trazendo novidades e informações importantes para tantos profissionais. Aproveitamos para agradecer a todos que nos acompanham. Muito obrigado! Boa leitura Redação Cargo News

Expediente Diretora de Redação: Mariana Zaidan Guimarães Coordenador Editorial: Carlos Varanda Diretor de Arte: André Feitosa Texto: Renata Araújo | Diego Donato Revisão: Mariana Zaidan Guimarães Fotografia: João Batista | Shutterstock | Capa Shutterstock Executivos de Contas: Carlos Varanda | Patrícia Ferreira Mariana Zaidan Guimarães | Mauro Varanda Jr. Financeiro: Patrícia Bonzanino Mídias Sociais: Diego Donato | Renata Araújo Circulação: Carlos Varanda Tiragem: 5 mil exemplares A Cargo News é uma publicação da Editora GR1000. Todos os textos assinados refletem a opinião de seus autores, sendo de inteira responsabilidade dos mesmos. Para solicitações, críticas e sugestões, entre em contato com a redação: redacao@cargonews.com.br.

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Entrevista

Nova Instrução Normativa beneficia Recof e Linha Azul Em meados de abril deste ano, o Diário Oficial da União publicou a Instrução Normativa 1.559 da Receita Federal do Brasil, que alterou as regras sobre o uso do RECOF e do Despacho Aduaneiro Expresso Linha Azul. Frente à esta nova medida, amplia-se a possibilidade do uso do Regime Aduaneiro Especial RECOF por parte das empresas. Sobre este assunto, a Revista Cargo News entrevistou o especialista em Regimes Aduaneiros Especiais da Thomson Reuters no Brasil, Roberto Feitosa, que acaba de concluir um estudo avaliando como essas novas medidas podem impactar as empresas e o mercado de um modo geral no curto, médio e longo prazos.

CN: Na prática, como a ampliação do Regime RECOF impacta as empresas exportadoras e importadoras no Brasil? Essas mudanças possibilitam a redução de exigências para habilitação e facilitam a gestão do regime RECOF e redução dos custos na sua manutenção. Os principais pontos de impacto para as empresas são: • A amplitude do Regime RECOF, que institui a redução da exigência de patrimônio líquido de R$ 25 milhões para R$ 10 milhões, e a redução do valor do piso de exportação de US$ 10 milhões para US$ 5 milhões. Isso permitirá que novas empresas integrem-se ao RECOF. • A Simplificação no processo de Habilitação, que institui a revogação da exigência de Linha Azul para uma empresa habilitar-se ao RECOF. De imediato,

Roberto Feitosa, especialista em Regimes Aduaneiros Especiais da Thomson Reuters no Brasil

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a revogação permite a habilitação ao RECOF sem a necessidade dos investimentos em projeto de homologação a Linha Azul, o que representa economia significativa na ordem de centenas de milhares de reais. Outra possibilidade diz respeito a empresas em fase de instalação no país, ou ainda novos entrantes. Com a nova regra, estas empresas passam a ser elegíveis ao regime RECOF, fato impeditivo com a exigência da Linha Azul, que exige operações no país a mais de 24 meses. • Novas possibilidades de controle – As empresas podem agora optar também por armazenar produtos acabados em pátios externos e armazéns gerais, o que representa uma possibilidade de economia de custos significativos. Segundo levantamento, a possibilidade de utilizar estes novos locais de armazenagem pode implicar em uma redução de custos entre 15% e 30%, se comparada as alternativas anteriores, porém, ainda assim o grande ganho é a flexibilidade e agilidade na gestão destes estoques. CN: A flexibilização na forma de consumo no regime deixa o RECOF mais atrativo, quais são as vantagens? Esta alteração permitirá a gestão otimizada do regime no que tange ao controle das importações e destinações. No formato atualizado, existe a garantia que o item importado será prioritariamente exportado sendo mais um mecanismo no apoio ao cumprimento do compromisso de exportação (vinculação 50%). É um grande atrativo para empresas, possibilitando uma grande competição com o regime de Drawback, por exemplo. CN: Qual setor será mais impactado? A alteração beneficia as empresas e o mercado de um modo geral no curto, médio e longo prazos, considerando o objetivo principal de facilitar a gestão dos regimes e reduzir custos de manutenção. A redução de exigências aumentou ainda mais o escopo de empresas elegíveis ao Regime RECOF.

CN: Como as mudanças ampliarão a quantidade de empresas elegíveis ao regime? As mudanças, acima de tudo, trouxeram flexibilidade e isso faz com que o número de empresas elegíveis sejam maiores. Hoje existem pelo menos 200 empresas elegíveis ao regime, o que poderia na sua totalidade ampliar o uso do regime em mais de 1.000%. CN: Qual será o maior atrativo para as empresas brasileiras? As alterações instituídas incentivam novas habilitações ao regime, com uma simplificação dos procedimentos para habilitação, além de redução dos custos operacionais com o programa, ampliando o escopo das empresas elegíveis ao regime, e permitindo uma gestão otimizada no que tange ao controle das destinações. A Revogação da exigência do Linha Azul, também é um dos pontos que vai facilitar e agilizar a habilitação de uma empresa ao regime RECOF. Outro ponto interessante é que as empresas agora podem optar também por armazenar produtos acabados em pátios externos e armazéns gerais, o que representa uma possibilidade de economia de custos significativos. CN: Qual é a melhor maneira das empresas se adaptarem a mudança? Com a complexidade de alterações legais que o país possui, exige dos profissionais um acompanhamento diário e isso gera uma necessidade tecnológica, em especial no mercado de Comércio Exterior, para melhorar a qualidade e produtividade. O uso de soluções de alta tecnologia e valor agregado tem causado um impacto positivo para o segmento. E nós atuamos em constante inovação para atender as necessidades do dia a dia dos profissionais, com soluções e informações inteligentes, identificando todas as alterações legais que podem impactar diretamente as operações de comércio exterior.

“A Revogação da exigência do Linha Azul, também é um dos pontos que vai facilitar e agilizar a habilitação de uma empresa ao regime RECOF” www.cargonews.com.br

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Capa

Made in Brazil Exportação, oportunidades e desafios em tempos de crise

Real desvalorizado, inflação pressionada e economia instável. É desta maneira que muitos empresários e uma grande parte da população brasileira classifica o país nos dias de hoje. Desde outubro passado, mês em que o dólar voltou a subir e quando foram realizadas as eleições presidenciais no Brasil, o país perdeu desempenho no comércio internacional. Em março deste ano, também perdeu participação em 4 dos 5 principais destinos de exportações, como União Europeia, China, Argentina e Japão, apenas nos EUA ocorreu aumento da fatia.

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Em discurso para a rede nacional, a presidente Dilma Rousseff chegou a citar a crise global entre os principais motivos para o mau momento da economia que estamos vivendo, mesmo os números mostrando que o problema não está só no exterior. Mas, apesar de tanta instabilidade e incerteza, há especialistas prevendo que o déficit pode ser transformado em superávit, devido às oportunidades para exportação. E são esses números que alguns setores da indústria tem apresentado. No final de abril, por exemplo, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), divulgou que a balança comercial registrou um superávit de US$ 58 milhões, entre os dias 20 e 24 de abril, como resultado das exportações das empresas brasileiras que foram de US$ 3,086 bilhões e importações de US$ 3,028 bilhões. Tais valores correspondem a uma média diária de US$ 771,5 milhões, valor 5,2% maior que o registra-

do na semana anterior. Segundo o MDIC, nessa comparação, observa-se aumento nas vendas brasileiras de produtos semimanufaturados (25,9%), em especial de açúcar em bruto, alumínio em bruto, ferro-ligas, couro e peles e ouro, além de manufaturados (7,2%), com destaque para automóveis de passageiros, aviões, autopeças, açúcar refinado e motores para veículos. Na comparação com março, houve alta de 9,4% nas exportações de produtos básicos. Os principais aeroportos do estado de São Paulo também se surpreenderam com as estatísticas em relação às exportações. O Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU Airport), apresentou um crescimento de 9% no volume das exportações em 2014, e no primeiro trimestre de 2015, a crescente era de 7%, segundo o diretor de cargas, Marcus Santarém. O diretor também afirmou que o aeroporto já projetava esse crescimento e, com isso, executou uma série de melhorias nos 97 mil m² de área dedicados


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à exportação e importação, e também no armazém que ganhou novo layout e diminuiu em 30% o tempo de armazenagem das cargas. “O aumento nas exportações foi uma surpresa neste período crítico do mercado, mas estamos preparados caso a demanda continue aumentando. O fluxo de carga porão tem crescido muito e temos interesse em intensificar a frequência de cargueiros para voos circulares, que entram e saem do país transportando carga”, explica. Hoje, o produto mais exportado por GRU são as frutas, cujo destino principal é a Europa. Ovos férteis também têm sido muito exportados nos últimos meses, principalmente, para o Oriente Médio e África do Sul. O mesmo produto (ovos férteis) também foi destaque nas exportações do Aeroporto Internacional de Viracopos (Aeroportos Brasil Viracopos) em 2014, mas neste caso, o principal destino foi a Venezuela. Já nos primeiros quatro meses de 2015, os produtos mais exportados pelo aeroporto foram Metalmecânico (equipamentos agrícolas), representando 26% do volume total e, Diversos (Trading), sendo 20% do volume. Segundo o assessor de negócios de carga, Adam Cunha, Viracopos tem um grande volume de exportação para a América Latina, porém, são países que também estão sofrendo o impacto da alta do dólar. Vale lembrar que o aeroporto está passando por reformas e melhorias no terminal de cargas e direcionando esforços para o setor de exportação, conforme demanda. “Mesmo com estrutura provisória, nossas operações mantém a qualidade, e em dezembro passado, Viracopos foi o primeiro e único aeroporto no Brasil a receber a certificação OEA (Operador Econômico Autorizado) na fase Segurança – Exportação”, concluiu o assessor. Oportunidades Bastou o dólar subir para o Brasil aumentar a frequência de exportação de frutas para clientes em busca de um preço mais competitivo. Só no primeiro trimestre de 2015, um total de 157.009 toneladas de frutas frescas foram exportadas, totalizando R$ 117,1 milhões. Estes números representam um crescimento de 5,92% em volume e

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0,58% em valor, comparados ao mesmo período do ano passado, segundo o IBRAF – Instituto Brasileiro de Frutas. De acordo com o instituto, em relação ao valor total das exportações, os cinco tipos de frutas mais expressíveis foram: os melões representando 27,8%, as mangas 21,1%, os limões 18,2%, as maçãs 10,7% e os mamões 8,9%. Neste segmento, os cinco maiores compradores representam 79,5% do total exportado, e são eles: Holanda, intermediando demandas para outros mercados; seguido por Espanha, Reino Unido, Uruguai e Argentina. O presidente do IBRAF, Moacyr Fernandes, reforça que mesmo com o saldo positivo, 2015 vai exigir grande esforço das exportações brasileiras. “Avaliando a exposição de fatores que deverão influir no resultado das exportações de frutas frescas, com reservas, podemos estimar para este ano, um crescimento de 5% a 6% no volume e 2% a 3% no valor. A pressão sobre os preços nos mercados em que atuamos será muito forte”, declarou. Desafios No outro lado da moeda, encontram-se os desafios das exportações brasileiras que precisam de mais competitividade e investimentos. Críticos do mercado avaliam que hoje o Brasil se beneficia apenas dos commodities, que são os principais produtos na exportação, mas sem isso o país não evolui neste setor, já que a indústria brasileira não possui tecnologia nacional que tornem os produtos manufaturados competitivos no mercado internacional. Alguns segmentos que já investiram em pesquisa e inovação, mostram melhores resultados, como no caso do farmacêutico e aviação (EMBRAER). Já o de remédios genéricos, também tem investido para crescer nas exportações, mas acaba prejudicado com a necessidade de importar insumos e enfrentar a alta do dólar. O país precisa de grandes melhorias nas estradas e mais infraestrutura nos portos e aeroportos; a indústria, por sua vez, também requer investimentos em maquinários e tecnologia nacional. Ainda são muitos os desafios para que o mundo possa conhecer os mais diversos produtos “Made in Brazil”, e que a indústria brasileira consiga respirar aliviada.

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Medida Provisória

Novas alíquotas PIS/PASEP e COFINS sobre a importação As alterações atingem a maioria das alíquotas citadas no art. 8º da Lei nº 10.865/2004. Resumidamente, as alíquotas de PIS/PASEP e COFINS sobre a importação na entrada de bens estrangeiros no território nacional passam de 9,25% para 11,75%; produtos farmacêuticos de 12% para 15,79%; perfumaria de 12,5% para 20%; máquinas e veículos de 11,6% para 15,19%; pneus e câmaras-de-ar de borracha de 11,5% para 16,56%; e autopeças de 13,1% para 15,19%. No

caso de papel imune, as alíquotas passam de 4% para 4,76%. Os importadores devem consultar as posições NCM englobadas na majoração promovida pela MP 668-2015. Além disso, a referida MP trouxe alterações na legislação tributária, especialmente na Lei nº 11.941/2009, norma que trata sobre os parcelamentos ou pagamentos das dívidas com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e a Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Fonte: Ministério da Fazenda

Medida Provisória nº 668, publicada em Edição Extra do D.O.U. de 30/01/2015, eleva alíquotas e está em vigor desde 1º de maio


Ranking - VCP

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Ranking - GRU

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Estatística

Mês de março - No terceiro mês de 2015, o Porto de Santos movimentou 10.312.506 t, volume 1,3% inferior ao resultado registrado no mesmo mês do ano anterior, melhor marca para o mês de março em toda a série histórica, perdendo somente para o ano de 2014, quando o movimento mensal ficou em 10.444.475t. Acumulado - Em toda a série histórica, o atual acumulado atingiu o mais alto patamar para os três primeiros meses do ano e registrou a movimentação de 26.361.263t, 4,9% acima do total do mesmo período do ano passado, 25.140.334 t. As importações chegaram a 8.190.718 t, superando em 7,2% o período em 2014, que alcançou 7.637.124t. As variações positivas no comparativo entre os acumulados até março, foram as da carga geral conteinerizadas, que cresceram 608.161t (15,5%), minério de ferro, que positivou 182.703 t (475,5%) e gasolina, que aumentou 176.152 t (sem registro em 2014).

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As reduções ficaram por conta das movimentações de adubo, que diminuiu 198.950t (-35,5%), trigo 171.903t (-43,2%) e gás liquefeito de petróleo, que minimizou 108.160 t (-48,9%). As exportações ficaram 3,8% acima do acumulado do ano passado, 17.503.210t, alcançando 18.170.545t em seu total até março. Os destaques positivos na contagem ficaram para as cargas gerais conteinerizadas, com um aumento de 867.505 t (20,5%), óleo combustível, que alcançou 285.511t (67%) e o farelo de soja, 246.644 t (33%). As reduções no comparativo ocorreram na soja em grãos, com uma queda de 835.568 t (-16,5%), carga geral solta, menos 122.200t (-12%) e o álcool, que negativou 39.914 t ( -16,7%). Excluídos navios de passageiros e embarcações diversas, foram registradas 940 atracações no longo curso, 8,3% abaixo do acumulado até março de 2014 (1.025); e 212 na cabotagem, 42,3% acima de igual período de 2014 (149).

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Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Porto de Santos/CODESP

Acumulado anual do Porto de Santos revela crescimento no período



Milhagem

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IntralogĂ­stica

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Linha do Tempo

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Gestão

Expresso Ocidental aprova programa de Gestão de Frotas Com mais de 400 veículos, empresa apresenta redução nos custos após utilização do sistema Fundada em 2006, a Expresso Ocidental nasceu dentro do Grupo Ocidental, que atua nacionalmente com as marcas Ocidental Agro, Ocidental Motors e Ocidental Transportes. Com sede em Manaus (AM), a Expresso buscou, desde o início de suas operações, ser referência em transporte logístico no Brasil. Hoje atende a clientes de setores diversos, no transporte de alimentos, gêneros de higiene pessoal e limpeza, linha branca e eletrônicos, náutica, e é o principal operador logístico no País da Yamaha Motors Amazônia. Com foco na excelência da logística integrada e no melhor custo benefício do mercado, a Expresso Ocidental possui uma das mais modernas frotas do país, com mais de 400 veículos entre urbanos de carga, trucks, cavalos mecânicos e carretas CR. Responsável pelo transporte de milhares de cargas despachadas diariamente por caminhões e balsas, a Expresso Ocidental buscou no SIAG - sistema integrado de autogestão, da operadora ValeCard, assegurar a integridade dos produtos transportados e oferecer transparência e confiança no atendimento a clientes como Yamaha, Kawasaki, Daikin, Panasonic, Novelis, Start Química, Belgo Bekaert, Suggar, ThyssenKrupp, entre outros de semelhante porte. “O SIAG nos traz informações precisas sobre consumo, manutenção, gestão e aprimoramento em telemetria”, informa o gerente em Controladoria Operacional, Neilson Augusto da Silva. Com mais de 30 anos de know-how em logística, o Grupo Ocidental faz o controle total de logística, tanto para pequenos como para grandes trajetos. As informações geradas por meio do sistema www.cargonews.com.br

SIAG possibilitam a assertividade nas tomadas de decisões e melhoram os custos ao identificar, através da média de consumo, qual cavalo mecânico necessita de manutenção preventiva ou corretiva. “A solidez da informação é tão precisa que conseguimos identificar o melhor tipo de pneus para nossa frota”, aponta Neilson. Sobre o programa: A Cesta Gestão de Frotas da ValeCard reúne o maior número de soluções de um mesmo fornecedor gerando o controle total de qualquer tipo e tamanho de frota. Permite integração com o sistema financeiro do cliente disponibilizando todas as informações em relatórios gerenciais integrados. Seus módulos realizam o controle da frota por tempo de disponibilidade, quilômetro rodado, custo por manutenção, custo com abastecimento e localização do veículo, podendo ser integrados com quaisquer sistemas financeiros internos das empresas. São seis módulos: Abastecimento, Combustível, Manutenção, Monitoramento e Telemetria, Assistência 24h e Gestão Avançada. O SIAG – Sistema Integrado de Autogestão, a ferramenta desenvolvida pela ValeCard para atuar neste mercado, agregou as mais avançadas soluções para o cliente administrar sua frota de veículos, colhendo assim os resultados esperados em relação ao controle de custos e à confiabilidade de informações. Para o módulo de manutenção, por exemplo, foi criado um sistema de cadastro de oficinas e acompanhamento ágil de orçamentos e serviços que tornou-se referência no mercado. RCN | 21


Profissionais de Sucesso

Carlos Alberto Alcântara Com 53 anos de idade e mais de trinta dedicados ao mercado aeroportuário, nosso entrevistado conta sua trajetória desde o início quando começou a carreira, passando pela gestão de mais de mil colaboradores, até assumir um cargo de extrema confiança no Aeroporto Internacional de Viracopos, considerado um dos maiores do país. Comunicativo como todo profissional de sucesso, já ultrapassou barreiras, superou metas desafiadoras e aponta como indispensável o trabalho em equipe e apoio da família. Conheça um pouco mais de Carlos Alberto Alcântara, responsável pelas relações institucionais da presidência da Aeroportos Brasil Viracopos. CN - Conte-nos a sua trajetória na Aeroportos Brasil Viracopos, em que ano começou? Fui contratado em fevereiro de 2013 para assessorar a presidência de Viracopos no cargo de relações institucionais, função que exerço até hoje. CN - Quando iniciou a carreira? Na atividade aeroportuária, comecei a trabalhar em 1982 no Aeroporto de Congonhas, na área de Operações. Já no Aeroporto de Guarulhos, exerci as funções de encarregado do setor Contra-Ilícitos, chefe da seção de Emergências Aeroportuárias e gerente de Logística. Em Viracopos atuei como gerente de Logística e superintendente do aeroporto, cargo exercido até a concessão do aeroporto, quando me desliguei da Infraero e passei a integrar a equipe da Aeroportos Brasil Viracopos S/A. CN - É membro de alguma associação, sindicato 22 | RCN

ou outra instituição? Sou vice-presidente de assuntos aeroportuários da Câmara de Comércio Exterior de Campinas e Região. CN - O que o levou a escolher este mercado? Comecei a trabalhar em aeroporto aos 20 anos de idade, aproveitando uma oportunidade de trabalho na Infraero, a princípio sem grandes expectativas de carreira. Logo me identifiquei com o vibrante mundo da aviação civil, dinâmico, inovador, desafiador, muito exigente e em constante evolução. Foi quando percebi que era uma excelente opção e nunca me arrependi. CN - E o que aprendeu de mais importante na prática? Foram vários aprendizados, mas posso destacar alguns valiosos e decisivos em minha carreira prowww.cargonews.com.br


fissional: otimismo; atenção e respeito aos clientes, buscando sempre superar suas expectativas; metas desafiadoras, em consonância com a missão da empresa; comunicação; inovação, estímulo e valorização dos recursos humanos, entendendo que nenhuma estratégia bem sucedida pode prescindir do trabalho em equipe bem orientado e executado. Os bons resultados vieram naturalmente. CN - Foram muitos desafios para chegar ao cargo que ocupa hoje? Sem dúvida. Muitos aparentemente intransponíveis, mas todos superados com muita luta, dedicação, determinação, trabalho em equipe e a indispensável direção de Deus. CN - Como concilia o tempo com o trabalho e a família? Bem diferente dos tempos em que era o www.cargonews.com.br

administrador de Viracopos, com mais de 1.000 colaboradores em minha equipe e tendo sob minha responsabilidade a operação de um aeroporto em constante crescimento, grande exposição e crescentes níveis de exigências em termos de infraestrutura e serviços. Hoje, no cargo de Relações Institucionais, me dedico prioritariamente às questões que envolvem entidades de governo ou privadas, e participo ativamente de assuntos relacionados à operação do aeroporto, graças à experiência acumulada. Tive a felicidade de me casar com uma mulher maravilhosa, com quem estou há 28 anos e temos duas filhas e um filho. Merece destaque o apoio e a compreensão de minha família em relação ao forte envolvimento com as questões do trabalho. CN - O que você aprendeu com os livros? Aprendi que os livros são fonte inesgotável de aprendizado. Por eles somos levados a explorar e conhecer novos universos do conhecimento humano, confrontar conceitos e ideias inovadoras, aprender com biografias notáveis e muitas vezes revolucionárias, entender a dinâmica e tirar lições de experiências bem ou mal sucedidas, enfim, compreender diferentes formas de ver o mundo, ser levado a questionar, rever valores, atualizar conhecimentos e encarar de forma positiva os desafios da vida. CN - Que dicas você daria para jovens que estão começando e pretendem conquistar uma carreira de sucesso em grandes empresas? Qualificação profissional capaz de gerar um diferencial em relação à concorrência, conhecimento da empresa, de seus processos e do mercado em que atua, domínio das tarefas, comunicação eficaz, autocrítica, capacidade de trabalhar em equipe, definição de objetivos na carreira, muita dedicação e disposição para o trabalho. É preciso vestir a camisa e fazer mais e melhor do que esperam de você. CN - Que fator você considera essencial para a contratação de um funcionário? São vários fatores, objetivos e subjetivos, mas considero que o ponto de partida é a confiabilidade. CN - O que considera mais importante: saber lidar com pessoas ou fazer negócios? Quem possui habilidade para lidar com as pessoas consegue melhores resultados nos negócios. RCN | 23


Artigo do Setor

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Acadêmico

Autores: Lara Oliveira Delirio Paulo Sérgio de Arruda Ignácio LALT - Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transportes | FEC - Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

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Aplicando buyers consolidation para redução de custos em operações logística por importação marítima 1 - Introdução A globalização tem como principal consequência, a interdependência e integração entre países, aumentando a concorrência entre empresas em nível nacional e internacional, tornando a redução de custos um fator fundamental para que essas empresas tornem-se competitivas. Uma operação logística eficiente pode proporcionar uma vantagem para empresas aumentarem a sua participação no mercado. Para Grawe (2009), a logística pode aumentar o valor percebido pelos clientes e executivos da área na comercialização de produtos ou serviços, em que grande parte desse valor é gerado a partir da capacidade de reduzir custos e fornecer soluções de entrega de acordo com as necessidades dos clientes. O objetivo deste estudo é demonstrar a utilização do conceito do buyers consol (consolidação de cargas de fornecedores) para embarques provenientes de vá-

Divulgação

Lara Oliveira Delirio Especialista em Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística pelo LALT – Unicamp (2013). Formada em Tecnologia em Comércio Exterior pela Universidade Paulista ( 2011). Analista de Importação Marítima Sênior na DB Schenker. E-mail: laradelirio@gmail.com

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rios fornecedores de um país e a consequente redução dos custos logísticos proporcionada pela aplicação desse conceito. A empresa estudada faz suas importações de produtos considerando a necessidade de reposição de estoques e garantia do nível de serviço, não considerando todos os custos logísticos. Confirma-se a necessidade do produto, o pedido é colocado, são realizadas cotações diferentes e o transporte é realizado. Com a grande quantidade de embarques mensais, muitos deles com pesos e tamanhos pequenos, o importador, além de pagar pelo frete mínimo determinado pelo transportador, também arca taxas de destino e de desembaraço de inúmeros processos, elevando os custos para a empresa. Nesse cenário, pode-se afirmar existem gastos desnecessários em seus processos de importação. O problema da pesquisa é verificar se a consolida-

Paulo Sérgio De Arruda Ignácio Doutor em Engenharia Civil pelo LALT/DGT/ FEC/ UNICAMP (2010), na área de Engenharia de Transportes. Possui graduação em Engenharia de Produção Mecânica pela Universidade Metodista de Piracicaba (1985) e Mestrado em Gestão da Qualidade pelo IMECC (2001). É Professor Doutor da Faculdade de Ciências Aplicadas FEC, da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. paulo.ignacio@fca.unicamp.br

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ção das mercadorias, em um planejamento do embarque marítimo com frequência fixa, proporciona reduções nos custos logísticos. 2 - Método Foi utilizada pesquisa exploratória, bibliográfica e análises de exemplos para estímulo da compreensão elaborada através de material já publicado, constituído de livros, artigos de periódico e estudos de caso. O desenvolvimento do método da pesquisa seguiu o fluxo apresentado na figura 1.

Figura 1: Desenvolvimento do método de pesquisa. Fonte: Elaboração própria

Analisando o fluxo aplicado, foi observada a oportunidade de redução valor do frete dos embarques da empresa, utilizando a consolidação das mercadorias em um único local. Após a coleta de dados durante dez semanas e, posteriormente o estudo desses dados, foi possível montar uma nova proposta de fluxo de embarques. Na primeira comparação, foi elaborada a linha do tempo do fluxo atual e do fluxo proposto para verificar eventual impacto no tempo de obtenção do produto. Essa linha do tempo é iniciada quando a mercadoria está pronta para coleta/entrega e é finalizada com a chegada da mercadoria no porto de destino. Já na segunda comparação, foi calculado o frete internacional e despesas locais para liberação da mercadoria para melhor visualização da economia nos processos, comparando-se os modelos. A principal mudança na operação é caracterizada pela entrega das mercadorias dos exportadores em um armazém onde serão unitizados em um container (FCL) que tem como destino a planta do importador. Com isso, existe um melhor aproveitamento de espaço e redução dos custos de transportes. 1 - Resultados Obtidos Os produtos importados pela empresa são peças para a montagem das máquinas fabricadas no Brasil. As peças são importadas da Alemanha, onde existem diversos fornecedores e os embarques são negociados pelos INCOTERMS FCA e EXW. www.cargonews.com.br

1.1 - Fluxo e custos com embarques fracionados O procedimento para negociação dos embarques fracionados se inicia na cotação dos fretes entre agentes de carga qualificados pela empresa e, após a análise do melhor frete, envia instruções de embarque. Com a definição do agente de carga, a mercadoria é coletada ou enviada pelo exportador para que seja embarcada em ponto acordado com o agente. Esse procedimento, em média, demanda 30 dias desde a cotação até a chegada ao porto de destino. Os fornecedores estão localizados em diferentes pontos na Alemanha, com embarques realizados pelo Porto de Hamburgo. O agente de cargas recebia a mercadoria em diferentes períodos de aquisição e realizava a consolidação da carga com outros importadores para reduzir o seu custo operacional, mas, com despachos aduaneiros independentes para cada importador. Quando chegava ao Brasil, no Porto de Santos, o container era desovado no terminal de carga escolhido pelo agente e posteriormente, as mercadorias importadas encaminhadas ao destino final, no interior de São Paulo. Durante 10 semanas foram realizadas coleta dos custos dos fretes e taxas adicionais dos embarques realizados nessa operação. Fluxo e custos com embarques consolidados Inicialmente foi necessário alterar o fluxo de negociação e contratação de agentes de carga, exigindo um perfil qualificado com conhecimento, equipamento e estrutura necessários para organizar as cargas consolidadas, de forma a evitar rupturas no processo. Um contrato foi estabelecido com o importador e agente de cargas, para evitar a contratação tipo spot (negociação e cotação por embarque planejado). Um novo fluxo foi definido, com a inclusão de um armazém de consolidação das cargas importadas pela empresa e com operações realizadas e gerenciadas pelo agente de cargas na Alemanha. O local escolhido foi a cidade de Stuttgart, na Alemanha, em função da proximidade com os fornecedores e o agente escolhido já possuir um armazém operacional na região. A figura 2 ilustra a linha do tempo no novo macro fluxo da operação.

Figura 2: Linha do tempo do novo procedimentos dos embarques consolidado

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Acadêmico

As principais atividades desse fluxo são: fornecedor confirma disponibilidade da mercadoria para coleta, a transportadora retira e entrega no armazém do agente de cargas contratado; no armazém, o agente de carga recebe o plano de embarque da empresa e providencia a estufagem do container, encaminhando-o para embarque no porto. O novo fluxo aumentou uma atividade no processo logístico, com a inclusão da estufagem no armazém onde se consolida as cargas, mas, não houve alteração na duração da execução das operações, pois o aumento de tempo foi compensado pela redução no tempo de negociação. Esse estudo de tempo definiu um novo procedimento, permitindo ao agente de carga prazo suficiente para a decisão do tamanho do container necessário para envio ao destino. Novas regras foram definidas para que o embarque ocorra normalmente: (a) o booking junto ao armador é feito antecipadamente, garantindo espaço e equipamento; (b) existe uma data limite para recebimento de mercadorias para estufagem no container; (c) após essa data, mercadorias que chegam ao armazém só serão estufadas se não atrapalharem o plano de estufagem, pois não há mais como modificar o tipo de container; (d) Se na data limite for identificado que menos de 50% do container será utilizado, deve-se questionar ao importador se o embarque irá continuar ou se toda a mercadoria pode aguardar mais uma semana para embarque. Assim, com base nos embarques observados durante as 10 semanas, tem-se a estimativa do novo custo da operação. 3.2 - Análise comparativa dos resultados A comparação entre os custos total da operação e o número de embarques realizados permite confirmar a viabilidade operacional do novo fluxo logístico de importação com consolidação na origem do embarque. A tabela 1 apresenta os resultados comparativos dos custos de embarques. Tabela 1 - Custos comparados dos embarques

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O problema relativo ao tempo de espera nos embarques consolidados para o agrupamento de mercadorias suficientes para otimizar a capacidade do contêiner não afetou o desempenho da linha do tempo, em ambos os processo foi mantido o tempo de 30 dias. Considerando a média dos custos realizados nos embarques fracionados e consolidados, observa-se que há uma redução nos custos de transporte da operação com consolidação na origem, em aproximadamente 19% ao ano. 4 - Considerações Finais A consolidação de cargas mostra-se uma estratégia positiva na redução de custos logísticos e, apesar do risco de aumento do prazo de entrega para algumas mercadorias que devem esperar para a unitização final e efetivação do conceito de buyers consol, entretanto, com estudo e planejamento foi demonstrado nesta pesquisa aplicada que esta decisão é viável, sem prejudicar o nível de serviço no atendimento a reposição dos estoques. Este trabalho se limitou a analisar a rota da origem na Alemanha até o destino ao Brasil, no Porto de Santos, no Estado de São Paulo. Planejamento futuro sobre os procedimentos aduaneiros pode também proporcionar melhoria nos resultados da operação, com menor tempo de trânsito entre cada etapa do processo. O problema da pesquisa foi resolvido e os resultados proporcionam satisfação às partes interessadas, confirmando as justificativas apresentadas. Destaca-se também a necessidade de continuamente acompanhar os elos comprometidos na cadeia, como os fornecedores, importadores e agentes de carga, de tal forma a antecipar os ajustes necessários por eventuais atrasos ou alteração na capacidade e disponibilidade dos recursos, como contêineres e navios. 5 - Refências Bibliográficas

ALVARENGA, A.C; NOVAES, A.G.B. (1994). Logística Aplicada: Suprimentos e Distribuição Física - 2 ª edição. São Paulo: Pioneira, 1994. BALLOU, R.H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/ logística empresarial. 5a edição – Porto Alegre: Bookman, 2006. GRAWE, S. J.. Logistics innovation: a literature-based conceptual framework. The International Journal of Logistics Management. v. 20,n. 3, 2009 p. 360-377. ILOS. www.ilos.com.br, acessado em 01 de Julho de 2013. RODRIGUES, M.G; FRAZZATO, M.C; IGNÁCIO, P.S.A. Vantagens da consolidação de embarque nos processos de importação fracionadas. IN LIMA, O.F.; IGNÁCIO, P.S.A.Inovação em Logística - 1 ª edição. Campinas: LALT/FEC/UNICAMP, 2013 SILVA, L...Logística no Comércio Exterior – 2 ª edição. São Paulo: Aduaneiras, 2013

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Opinião

O céu é o limite?

Saiu no dia 27 de março de 2015 o resultado do PIB em 2014, e pasmem, crescemos! Seria o ‘céu’, então, o limite para nossa grandiosa economia? - Não! Não mesmo!

Bem longe disso e de acordo com o IBGE “... no ano de 2014, o PIB variou 0,1% em relação a 2013. A estabilidade do PIB resultou da variação positiva de 0,2% do valor adicionado e do recuo nos impostos (-0,3%). Nessa comparação, a Agropecuária (0,4%) e os Serviços (0,7%) cresceram e a Indústria caiu (-1,2%). Em 2014, o PIB alcançou R$ 5,52 trilhões (valores correntes).” Sim, crescemos pouco e o pior, já temos previsões para o crescimento do PIB em 2015, previsões estas que, de acordo com alguns economistas, apontam para uma possível retração de 0,83% da economia neste ano. Convenhamos, o crescimento econômico brasileiro sempre esteve amparado em base pouco sólida, portanto, quando se verifica algum ruído de crise em algum lugar do planeta, o investimento em nossa economia fica mais caro e diminui, impactando direto no resultado econômico. Podemos resumir dizendo que o crescimento econômico depende, basicamente, do nível do investimento realizado. O investimento depende, de forma resumida, da taxa de juros e da expectativa dos agentes que investem nesta economia, essa expectativa depende, principalmente, da confiança que estes agentes, responsáveis pelo investimento, depositam no governo vigente. Então, não fica muito complicado entender o que está acontecendo, uma vez que as taxas de juros aumentaram e o governo sofre com uma crise de credibilidade, o nível do investimento vai ser menor, impactando diretamente em um crescimento, também menor, do PIB . E será que já foi diferente? Certo, vamos começar relembrando o comportamento do PIB nos últimos anos e, para tal feito, vejamos o gráfico a seguir:

No ano de 2002 a probabilidade de vitória para presidência se consolidava com a vitória, nas urnas, de Lula. Esse cenário gerou uma série de incertezas nos agentes econômicos, minando as expectativas e acarretando ainda em 2002, devido a pouca credibilidade do novo governo, em uma retração no investimento e consecutivamente, no crescimento do ano seguinte, ou melhor, de 3,1% em 2002 para 1,2% em 2003. Lula, como vão lembrar alguns, retomou a credibilidade na conhecida ‘carta ao povo’, onde assumia comprometimento com o tripé macroeconômico e, com isso, tornando as expectativas dos agentes econômicos mais otimistas. O que assistimos desde então foi uma retomada do crescimento, tanto que foi aí que muitos de nós pensamos, agora sim, vamos decolar, o céu é o limite para a nova economia que se anunciava e nada poderia nos deter. Foi quando, em 2008, o mundo entrou em sua maior crise mundial desde a grande depressão de 1929 e, em 2009, nosso crescimento não ocorre e registra-se uma retração no PIB daquele ano,-0,2%. A economia brasileira se recupera rapidamente e já em 2010 contemplamos o maior crescimento desde o II Plano Nacional de Desenvolvimento, da década de 70; o PIB cresce 7,6% e nós entravamos, novamente, em um ciclo frágil de entusiasmo. Não durou muito e de lá para cá os resultados da economia voltam a desacelerar em seu ritmo de crescimento e, por fim, aqui estamos nós, em 2015, com um governo sem credibilidade, ‘pousado’ e sem asas para ‘decolar’ economicamente, com aumento dos impostos, redução do gasto público e esperando, na labuta diária, uma boa notícia.

Chayene Martini, Mestre em Economia e Professor nos Cursos de Administração e Engenharia de Produção na Faculdade Metrocamp do Grupo Ibmec.

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