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Oi, meu nome ĂŠ Bianca, mas todo mundo me chama de Chapeuzinho Vermelho, porque a minha avĂł fez uma capa vermelha e eu a uso todo dia.
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Em um belo dia, a minha mãe me pediu para eu levar alguns docinhos para a minha avó que estava doente. Então, eu peguei a cesta com os docinhos e entrei na floresta. Quando eu estava na floresta, eu vi lindas flores e lindos passarinhos cantando. De repente avistei um lobo, que parecia mais um leão. Era bem adorável, mas bem peludo. Então, segui em frente e falei com ele:
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– Oi senhor lobo, eu sou a Chapeuzinho Vermelho, qual é o seu nome? – Oi, meu nome é Fabricio, aonde você vai nessa floresta tão perigosa? – Eu vou na casa da minha avó que está doente. A casa dela fica há uma hora daqui. – Como eu conheço essa floresta como palma da minha mão, eu posso te levar até a casa da sua avó. – Obrigado senhor lobo. Que gentil da sua parte. Então, nós seguimos em frente pela floresta e eu fiquei cantando bem alegremente. O senhor Fabricio que parecia estar cansado da minha cantoria, falou: – Menina, para de cantar, eu estou ficando com muita dor de cabeça, parece que ela vai explodir! – Tá bom senhor lobo, eu paro de cantar. Na minha opinião o senhor lobo era meio mal humorado. Andamos por meia hora e falei que eu queria colher algumas flores para a vovó. Coletei flores vermelhas. Quando me virei para falar com o senhor lobo, que eu já tinha acabado de colher algumas flores, ele não estava mais lá. 4
Esperei ele por uns vinte minutos, mas ele não apareceu. Então decidi ir para a casa da vovó sozinha. Andei, andei, andei até que de repente eu avistei a casa da vovozinha, que era da mesma cor rosa e verde que a minha.
Entrei e gritei: – Oi vovó! 5
Mas ela não respondeu. Então, fui direto para a cama dela e lá estava ela, mas bem diferente. Perguntei: – Vovó, que orelhas grandes você tem! – É para te ouvir melhor minha netinha! – Vovó, que braços grandes você tem! – É para te abraçar melhor minha netinha! – Vovó, que boca grande você tem! – É para te comer melhor minha netinha!
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Quando ela falou isso eu não entendi, mas de repente tudo ficou escuro. Na escuridão, encontrei a vovó fazendo tricô, meio chateada. Falei: – Oi vovó Roberta! E ela falou: – Oi Chapeuzinho! – Aonde nós estamos, vovó? – Dentro da barriga do lobo, minha querida. Mesmo sendo corajosa fiquei com muito medo, porque não sabia como iríamos sair de lá. Depois de muito conversar, ouvimos passos que não parecia ser do lobo Fabricio. Então a coisa que estava pisando falou: – Minha filha, você está aí? Era minha mãe. – Sim. Estou dentro da barriga do lobo. Me tira daqui. – Tá. Vou pegar uma faca na cozinha e já volto. Ouvimos passos novamente. Era ela que tinha voltado da cozinha. Ela cortou a barriga do lobo, que estava dormindo na cadeira da vovó. 7
Perguntei para a mamãe: – Como você sabia que a gente tinha sido devorada pelo lobo? – Eu não sabia, eu vim por duas coisas. A primeira é que eu queria ver a vovó e a segunda é que você estava demorando muito. Nós três costuramos a barriga do lobo e esperamos ele acordar. Quando ele acordou, eu conversei com ele e nos tornamos amigos. Eu e minha mãe nos despedimos e fomos embora. Todo fim de semana nós vamos a casa da vovó para ver ela e o lobo.
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