ler Revista do Sistema de Bibliotecas Vera Cruz
A poesia das mulheres
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Sumário Apresentação........................................................................... 5 Por que elas são esquecidas?..................................................... 6 Produção invisível........................................................................ 8 Poesia tem gênero?...................................................................... 9 Mas, afinal, escrever por quê?...................................................... 10 Fontes...................................................................................... 11 Indicações do Sistema de Bibliotecas Vera Cruz........................... 12 Agradecimento pelas doações.................................................... 25
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Apresentação Em 1977, o dia 8 de março foi oficialmente declarado o Dia Internacional da Mulher pela Organização das Nações Unidas (ONU). Desde então, nessa data, homenagens e reivindicações ecoam ao redor do mundo nas vozes de mulheres que lutam por igualdade, justiça e respeito — em todos os campos. Mesmo com a falta de consenso dos historiadores sobre como a data surgiu, sabe-se que, em 1911, as funcionárias de uma fábrica da Triangle Shirtwaist Company, em Nova York, entraram em greve para reivindicar melhores condições de trabalho, diminuição da jornada e salários iguais aos dos homens. Em 25 de março, houve um incêndio nesse mesmo local que resultou na morte de 146 trabalhadores, sendo 125 mulheres. No Brasil, a luta pelos direitos das mulheres surgiu no início do século 20, em meio aos grupos anarquistas que buscavam melhores condições de trabalho e qualidade de vida, mas só ganhou força na década seguinte, com o movimento das sufragistas, que garantiu o direito ao voto em 1932. De lá para cá, cresceu o número de organizações que passaram a incluir as discussões sobre igualdade de gênero, sexualidade e saúde da mulher nas pautas. Para lembrar essa importante data, o Sistema de Bibliotecas Vera Cruz dedica a 7a edição da revista Ler às mulheres, em especial àquelas que dedicaram sua vida e obra à poesia e que tiveram, em muitos casos, suas vozes silenciadas num universo majoritariamente masculino — que, felizmente, está em processo de mudança. Convidamos você, caro leitor, para um mergulho no universo da poesia feminina retratado nas próximas páginas e também nos inúmeros títulos disponíveis em nossas bibliotecas. Boa leitura!
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Por que elas são esquecidas?
Imagem da exposição “Brasil Feminino” da Biblioteca Nacional
Quais nomes surgem em sua mente quando o assunto é poesia? Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Mario Quintana, Castro Alves, Augusto dos Anjos? Em sua grande maioria, nomes masculinos — como se escrever poesia fosse exclusividade dos homens. A produção poética feita por mulheres costuma ser esquecida por parte da crítica literária, pela curadoria de festivais e antologias, e até mesmo por poetas. Mas por que dificilmente nos lembramos das mulheres quando o assunto é poesia? Por muito tempo, questões históricas fizeram com que as mulheres permanecessem à sombra dos homens em diversos aspectos. No caso da produção cultural, não foi diferente. Nem mesmo os grandes nomes da historiografia da literatura brasileira registraram a contento a participação feminina no mundo das letras, embora as mulheres produzissem literatura há muito tempo. Importantes críticos e historiadores da literatura brasileira do século 19, como José Veríssimo e Sílvio Romero, registraram poucos nomes femininos, já que eram poucas as publicações de mulheres naquela época. No entanto, mesmo com o passar do tempo e o crescimento da produção poética feminina, o esquecimento insistiu em permanecer. O professor Alfredo Bosi, em sua História concisa da literatura brasileira (1994), só men-
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ciona quatro mulheres que publicaram poesia – Francisca Júlia, Gilka Machado, Auta de Sousa e Narcisa Amália —, embora nomes como Carolina Maria de Jesus, Patrícia Galvão (Pagu), Cecília Meireles, Hilda Hilst, Adélia Prado, Tatiana Belinky, Ana Cristina Cesar, Cora Coralina, Olga Savary, Alice Ruiz, Leila Miccolis, Orides Fontela e muitas outras escritoras já tivessem uma rica produção poética e fizessem frente a um panorama de desigualdade.
Gilka Machado: precursora da poesia erótica feminina no Brasil
Francisca Júlia buscava uma austeridade formal em suas poesias
Narcisa Amália foi a primeira mulher no Brasil a se profissionalizar como jornalista
Auta de Souza, poeta brasileira do simbolismo
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Produção invisível A jovem poeta Ana Rüsche fez uma provocação sobre o tema ao postar na rede o texto “Mulheres escrevem poesia e desaparecem”. Nele, ela questiona a invisibilidade da “intensa produção de poesia feita por mulheres no país”. Ana cita livros AK Rockefeller/Flickr.
e artigos recentes em que o placar é bastante desfavorável às poetas, volta às publicações da virada do século e constata que a situação é grave. “O que me espanta é que qualquer análise lúcida e cuidadosa dos dias de hoje iria apontar o evidente protagonismo feminino na poesia!”, diz ela em seu texto, e ainda lança mais um dado avassalador: em todos esses livros e artigos não encontrou uma única poeta negra. Qual a perda resultante dessa invisibilidade? Segundo Ana: “Bons poemas. São versos que te roubam. Sensibilidades que são descartadas. Análises de mundo despercebidas. Quem perde são todos”. Ainda que não tenham tanta visibili-
Ana Rüsche, escritora
dade, as poetas existem e em grande número. Para conhecê-las, basta acessar o blog do poeta paulista Rubens Jardim (http://www.rubensjardim.com/blog.php) — integrante da Catequese Poética, movimento que levou poesia às ruas, logo após o Golpe Militar de 1964, e que, desde 2011, já publicou 270 poetas e mais de mil poemas de mulheres em
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seu site. Rubens, para quem “a poesia é uma necessidade concreta de todo ser humano”, conta que iniciou esse trabalho ao perceber como as obras das mulheres eram relegadas a segundo plano.
Poesia tem gênero?
A existência ou não de uma escrita feminina é tema de debate – e há controvérsias. “Se existe, ignoro, o que percebo são características comuns, reflexo das vivências do universo feminino que inevitavelmente se evidenciam em algumas escritas femininas”, reflete a poeta gaúcha Nilcéia Kremer, no blog Outras Palavras. Adriane Garcia, escritora mineira, concorda: “As características variam de poeta para poeta, claro, a vivência em um gênero traz determinado assunto vivido para a poesia de tal poeta, assim como quaisquer diferenças podem atuar no conteúdo que um poeta elabora, mas isso não é o que define a poesia de alguém”. Já a também poeta mineira Aden Leonardo tem uma visão diferente: “Há uma grande tendência em dizer poesia feminina. Acho justo até. Universo feminino é diferente do masculino. Falar de ciclos, crianças, flores, comportamentos, sofrimentos ditos ‘femininos’ só cabe com tal ‘justeza’ às mulheres. E que mal há nisso? É lindo! Acho que é fácil saber um poema feminino… É um instinto passado a verso”, diz ela ao blog. 9
Mas, afinal, escrever por quê? Ainda no blog Outras Palavras, Solange Padilha, poeta paraense radicada no Rio de Janeiro, responde à questão: “Escrevo porque preciso criar uma voz para mim mesma. Escrevo porque a própria língua é um enigma como a vida. Escrevo para me comunicar. E nesse desejo de transformar palavras em argamassa ou tijolos faço minha tentativa de construir e habitar um universo”. Versos para retratar a vida e a morte, a dor e o amor, a saúde e a doença, a liberdade e a política, gênero e etnia. Escrever porque, como versa a filósofa e poeta Viviane Mosé, [...] Toda palavra deve ser anunciada e ouvida. Nunca mais o desprezo por coisas mal ditas. Toda palavra é bem dita e bem vinda.
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Fontes CASTILHO, Inês. Mulheres poetas, vibrantes porém ignoradas. Outras Palavras, São Paulo, 3 fev. 2016. Disponível em: <http://outraspalavras.net/blog/?s=mulheres+poetas&submit=Pesquisa>. Acesso em: 22 fev. 2017. NADAL, Paula. Por que 8 de março é o Dia Internacional da Mulher? Nova Escola, São Paulo, 2 mar. 2017. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/301/por-que-8-de-marco-e-o-dia-internacional-da-mulher>. Acesso em: 16 mar. 2017. PEREZ, Luana Castro Alves. Mulheres e a poesia brasileira. Brasil Escola. 11 nov. 2016. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/literatura/mulheres-poesia-brasileira.htm>. Acesso em: 22 fev. 2017. PIETROFORTE, Antonio Vicente Seraphim. Leituras de um brasileiro: os sexos da literatura. Portal Vermelho, São Paulo, 11 nov. 2016. Disponível em: <http://www.vermelho.org.br/noticia/289606-1>. Acesso em 22 fev. 2016. POR QUE 8 de março é o dia internacional da mulher? Carta Educação. São Paulo, 7 mar. 2016. Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/me-explica/por-que-8-de-marco-e-o-dia-internacional-da-mulher/>. Acesso em: 16 mar. 2017.
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Indicações do Sistema de Bibliotecas Vera Cruz Confira a seguir obras de poetas que constam do acervo de nossas bibliotecas e aventure-se por esse universo literário.
ÁVILA, Luciana Sadalla de. A diva no divã. São Paulo: Iluminuras, 1995. 160 p. Unidade: EJA Resumo: A obra incita o leitor a ler não só com os olhos, mas, principalmente, com as orelhas. Pois, ao longo do livro, o leitor mais atento certamente escutará a voz da diva, a lhe sussurrar um precioso segredo. Nesse divã, então, cada leitor poderá encontrar-se com a diva dividida... Sua própria diva... Na vida...
AZEVEDO, Beatriz. Peripatético: poemas. São Paulo: Iluminuras, 1996. 104 p. Unidade: Instituto Resumo: O primeiro livro de poemas da escritora e multiartista Beatriz Azevedo nos brinda com ousadias, sutilezas, humor e beleza. Na obra, é possível observar seu completo domínio da linguagem e a riqueza de suas fontes de inspiração.
BOTELHO, Nilze Pacetta de Arruda. Topázio. São Paulo: Scortecci, 2003. 48 p. Unidade: Instituto Resumo: Na obra, há poemas muito inspirados, nos quais se percebem a maturidade da vida refletida e achados verbais expressivos que veiculam muito bem a experiência existencial filtrada.
CESAR, Ana Cristina. A teus pés. São Paulo: Brasiliense, 1988. 119 p. (Cantadas literárias). Unidade: EF 2 e 3 Resumo: Primeiro e único livro de poemas que Ana Cristina Cesar lançou em vida por uma editora, em 1982. Além de material inédito, a obra reúne os três breves volumes que a autora havia publicado entre 1979 e 1980 em edições caseiras: Cenas de abril, Correspondência completa e Luvas de pelica. Desafiando o conceito de "literatura feminina" e dissolvendo as fronteiras entre prosa, poesia e ensaio, o eu lírico e o eu biográfico, Ana logo chamou atenção dos críticos.
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CESAR, Ana Cristina. Inéditos e dispersos: poesia / prosa. 3. ed. São Paulo: IMS, 1998. 206 p., il. Unidade: EM Resumo: Destaca-se no conjunto da obra poética de Ana Cristina Cesar o modo como ela procura incessantemente dizer o mundo além da apreensão cotidiana. Escritos desde a infância até as vésperas de sua morte, os poemas, fragmentos de diário e trechos em prosa reunidos nesse livro comprovam essa obsessão.
CESAR, Ana Cristina. Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. 504 p. Unidade: Educador EF 2 e 3 Resumo: Reunida pela primeira vez em volume único, a obra poética de Ana Cristina Cesar ainda se abre, passados 30 anos de sua morte, a leituras sem-fim. Cenas de abril, Correspondência completa, Luvas de pelica, A teus pés, Inéditos e dispersos, Antigos e soltos: livros fora de catálogo há décadas estão agora novamente disponíveis ao público leitor, enriquecidos por uma seção de poemas inéditos, um posfácio de Viviana Bosi e um farto apêndice. CORALINA, Cora. Meu livro de cordel. 6. ed. São Paulo: Global, 1994. 98 p. Unidades: EF 2 e 3 / EM Resumo: Nesse livro, a literatura de cordel, como gênero literário, é trabalhada em 43 poemas. Cora Coralina homenageia os menestréis nordestinos, que para ela são “irmãos do nordeste rude”, e apresenta a alma dos rios, das pedras, dos gestos exaustos das lavadeiras, a simplicidade da vida, do amor e da morte.
CORALINA, Cora. Os melhores poemas de Cora Coralina. Seleção de Darcy França Denófrio. Direção de Edla van Steen. 2. ed. São Paulo: Global, 2004. 364 p. (Os melhores poemas). Unidade: EM Resumo: A obra reúne poemas da escritora goiana Cora Coralina, divididos sob as temáticas “Nos reinos de Goiás”, “Canto de Aninha”, “Criança no meu tempo”, “Paraíso perdido”, “Entre pedras e flores”, “Canto solidário” e “Celebrações”.
CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. 23. ed. São Paulo: Global, 2014. 238 p., il. Unidade: EM Resumo: Primeiro livro da poeta brasileira Cora Coralina, publicado em 1965, quando ela já contabilizava 75 anos. Retratando o cotidiano dos becos da cidade de Goiás, a obra reúne os poemas que consagraram o estilo da autora e a transformaram em uma das maiores poetas de língua portuguesa do século 20, incluída na tradição moderna, apesar de seu insulamento literário.
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CORALINA, Cora. O prato azul-pombinho. Ilustrado por Lúcia Hiratsuka. 4. ed. São Paulo: Global, 2011. 40 p., il. Unidades: EF 1 / EF 2 e 3 Resumo: A história fala do último prato de porcelana chinesa de um antigo jogo de jantar, com 92 peças, que pertencera à bisavó de Cora Coralina. No texto, a autora rememora a infância, quando ouvia, com base nas figuras existentes na porcelana, a história da princesinha Lui e seu namorado plebeu, cujo romance era rejeitado por todos. O contar e recontar da história deu-lhe novos componentes, e também foram acrescidos os devaneios de Aninha - apelido pelo qual Cora Coralina era conhecida. FONTELA, Orides. Trevo. São Paulo: Duas Cidades, 1988. 256 p. (Claro enigma). Unidade: EF 2 e 3 Resumo: Dona de uma dicção ora enigmática, ora precisa como uma incisão de bisturi, a paulista Orides Fontela (1940-1998) deixou uma apaixonante obra poética. É difícil começar a ler sua obra quase completa — "Trevo" (1969-1988), que reúne todos os seus livros, menos um — e não se deixar envolver.
JAFFE, Noemi. Todas as coisas pequenas. São Paulo: Hedra, 2005. 78 p. Unidade: Instituto Resumo: Na obra, Noemi Jaffe coloca-se, em busca de uma narrativa de origem marcada pelo tom sentencioso do discurso bíblico em parte dos poemas e, em outros, situa-se num registro mais doméstico, marcado pela ternura e pelo conforto da relação entre as coisas e seus nomes ou entre o mundo e a consciência.
KEHL, Maria Rita. Processos primários: poemas. São Paulo: Estação Liberdade, 1996. 86 p. Unidade: EF 2 e 3 Resumo: Coletânea assumida com brilho (psic)analítico. Entre o método e a desordem, o eu e o outro, a solidão de quem foge e a solidão de quem procura, a conhecida psicanalista constrói sua poesia.
LAURITO, Ilka Brunhilde. Sal do lírico: antologia poética. São Paulo: Quiron, 1978. 132 p., il. (Sélesis, 13). Unidade: EJA Resumo: Ilka Laurito revela em sua obra poemas que têm como ponto de partida a observação de eventos cotidianos, de cujas migalhas consegue extrair poesia.
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LISBOA, Henriqueta. O menino poeta. Ilustrado por Nelson Cruz. São Paulo: Peirópolis, 2008. 120 p., il. Unidades: EF 1 / EF 2 e 3 / EI Resumo: Clássico da poesia brasileira, publicado pela primeira vez em 1943, a obra marcou para sempre a história da literatura infantojuvenil no Brasil e fez de Henriqueta Lisboa, autora já consagrada por seus versos admirados pelo público adulto, a primeira poeta brasileira a publicar poemas ao alcance das crianças. Embora os escritos de O menino poeta não tenham sido feitos para crianças, o ritmo, a melodia e o encantamento coincidem com a imagem da infância. São poemas da plenitude da poeta, donos de concisão, densidade e estado poético que encantam a leitores de qualquer idade. LOBATO, Maria do Carmo. Presença: recolha de poemas. 2. ed. São Paulo: Edicon, 1991. 96 p. Unidade: EJA Resumo: Seleção dos melhores poemas de Maria do Carmo Lobato, que constitui uma obra de denúncia e crítica de costumes, amor e humor, numa linguagem de todos e cada um.
LUFT, Lya. Mulher no palco: poemas. Rio de Janeiro: Salamandra, 1988. 94 p. Unidade: EF 2 e 3 Resumo: A obra é a melhor medida do tempo poético de Lya Luft, um tempo que é um fragmento da eternidade. Para a autora, estar no palco denuncia ânsia, necessidade de vida, do outro, a carência de diálogo.
MALUFE, Annita Costa. Como se caísse devagar. São Paulo: Editora 34, 2008. 152 p. (Poesia). Unidade: Educador EF 2 e 3 Resumo: Concebida como uma espécie de partitura musical, a obra encena uma subjetividade beckettiana e jazzística, em que infinitas modulações de vozes se fazem ouvir por trás da fluidez de uma escrita a um só tempo solta e exata. Segundo Armando Freitas Filho, que assina a orelha, o livro é "um continuum, uma reescrita ininterrupta que não permite que se destaque qualquer trecho, ou linhas, ou versos, pois, na verdade, mesmo que este corpo exposto seja feito de poemas, ele é orgânico, tem uma sequência, digamos, biológica, que não permite, sem que haja prejuízo, qualquer desmembramento".
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MEDEIROS, Martha. Meia-noite e um quarto. Porto Alegre: L&PM, 1987. 118 p. Unidade: EF 2 e 3 Resumo: Os versos de Martha Medeiros têm a ver com a vida de cada um. Transbordam os episódios da sua geração e se esparramam por céus tempestuosos, esquinas escuras, sessões de cinema, quartos de hotel, cenas banais. Questões que afligem o caminhante apressado, cada um da multidão que se move na cidade grande.
MEDEIROS, Martha. Poesia reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999. 174 p. (L&PM pocket). Unidade: EF 2 e 3 Resumo: O livro é uma seleção de poemas de Martha Medeiros feita a partir dos livros Strip-tease (1985), Meia-noite e um quarto (1987), Persona non grata (1991) e De cara lavada (1995). Festejada pela crítica e admirada pelo público, Martha é considerada um dos expoentes da geração de poetas revelados no final dos anos 1980.
MEDEIROS, Martha. Strip-tease: poemas. São Paulo: Brasiliense, 1985. 82 p. (Cantadas literárias). Unidade: EF 2 e 3 Resumo: Em seu primeiro livro, Martha Medeiros não pensou duas vezes quando decidiu tirar as peças de seu vestuário poético e apresentá-las ao público. Nesse strip-tease ao vivo de pequenos poemas, anotações de diário e versos que poderiam ser letras de rock, ela não esconde sua bela nudez e mostra que ousadia e bom humor são ingredientes apropriados para uma poesia sensível, leve e comunicativa.
MEIRELES, Cecília. Antologia poética. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. 308 p. Unidade: EM Resumo: Essa antologia, publicada pela primeira vez em 1963, revela um precioso autorretrato da escritora. Além de ser a sua primeira coletânea, é também a única em que ela própria selecionou todos os poemas, tanto os retirados de diversos livros seus como os inéditos até aquela época.
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MEIRELES, Cecília. Canções. Coordenado por André Seffrin. Apresentação de Luis Antonio Cajazeira Ramos. São Paulo: Global, 2016. 88 p. Unidade: EF 2 e 3 Resumo: Com sua primeira edição publicada em 1956, a obra apresenta diversos poemas, com uma linguagem acessível e coloquial, e mostra toda a influência da literatura portuguesa na vida da autora. Seus versos simples contemplam o efêmero, a consciência humana sobre a brevidade da vida e os sonhos, em um lírico impregnado de melancolia. Cecília dialoga ao mesmo tempo com a tradição e com a modernidade, ao utilizar a quadra em metro curto e diversos corpus temáticos, tratando, principalmente, do conhecimento do eu, do outro e do mundo. MEIRELES, Cecília. Cânticos. 5. ed. São Paulo: Moderna, 1982. 60 p. (Veredas). Unidades: EF 2 e 3 / EM Resumo: Nessa obra, Cecília Meireles nos revela, na melodia de seus versos, sua sabedoria, a um só tempo suave e profunda. O livro reúne 26 poemas, todos eles de caráter intimista e introspectivo, alguns com mote vinculado à eternidade e à autodescoberta. São poemas que exploram a repetição de palavras e o paralelismo sintático, recursos que lhes conferem suave musicalidade.
MEIRELES, Cecília. Flor de poemas. Rio de Janeiro: Record, 1983. 308 p. (Mestres da literatura brasileira e portuguesa). Unidade: EM Resumo: A publicação reúne poemas dos principais livros da poeta carioca, dentre eles Viagem, Canções e Romanceiro da Inconfidência. Cecília Meireles escreveu uma poesia harmoniosa e inspirada em elevado misticismo. A seleção dos textos é de Paulo Mendes Campos.
MEIRELES, Cecília. Os melhores poemas de Cecília Meireles. Seleção de Maria Fernanda. 11. ed. São Paulo: Global, 1999. 196 p. (Os melhores poemas, 9). Unidades: EF 2 e 3 / EM Resumo: O livro contém os melhores poemas de Cecília Meireles, apresentados pelas mãos de sua filha Maria Fernanda.
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MEIRELES, Cecília. Morena, pena de amor / Nunca mais... / Poema dos poemas / Baladas para El-Rei. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976. 126 p. (Poesias completas de Cecília Meireles, 6). Unidade: EF 2 e 3 Resumo: O sexto volume da coleção "Poesias Completas de Cecília Meireles", notável esforço de pesquisa de Darcy Damasceno, mistura material nunca publicado anteriormente ("Morena, pena de amor", de 1976), dois livros lançados em 1923, Nunca mais... e Poema dos poemas, e de 1925, Baladas para El-Rei, pela primeira vez reeditados.
MEIRELES, Cecília. Oratório de Santa Maria Egipcíaca. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996. 80 p. Unidade: EM Resumo: Formando uma trilogia com os dois poemas hagiológicos anteriores — "Pequeno oratório de Santa Clara" e "Romance de Santa Cecília" —, esse livro nos revela um novo aspecto da vasta obra da autora, em que a atração pelo maravilhoso cristão se mantém inalterada, aliando-se à sua constante proximidade com a música.
MEIRELES, Cecília. As palavras voam. Organizado por Bartolomeu Campos de Queirós. 2. ed. São Paulo: Global, 2013. 140 p., il. Unidade: EM Resumo: Bartolomeu de Campos Queirós nos convida a penetrar no delicado universo de Cecília Meireles. A voz lírica de Cecília é mais próxima do canto do que da fala; mais próxima do sussurro do que do grito. O ritmo suave de suas palavras se opõe francamente ao ritmo acelerado em que o mundo caminha, um mundo cuja crueza muitas vezes destrói com brutalidade sonhos e devaneios. Esse descompasso entre sonho e realidade, entre mundo interior e mundo exterior, aparece de maneira muito contundente nos poemas de Cecília. MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência. 9. ed. São Paulo: Global, 2012. 283 p. Unidades: Educador EF 2 e 3 / EJA / EM Resumo: Inspirada pelo Romanceiro cigano, de Federico García Lorca, Cecília Meireles usou diversas formas e métricas poéticas para escrever os quase cem poemas que compõem o livro. Por ele desfilam personagens históricos que fizeram parte da Inconfidência, como, Tiradentes, Tomás Antônio Gonzaga, Manuel da Costa e Joaquim Silvério, dentre outros, que, embora não tenham tomado parte direta no episódio histórico, são figuras destacadas na história das Minas Gerais, como Chico Rei e Chica da Silva.
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MEIRELES, Cecília. Viagem. 2. ed. São Paulo: Global, 2012. 176 p. Unidade: EM Resumo: Publicado em 1939, o livro representa um momento de ruptura e renovação na obra poética de Cecília Meireles. Até então, sua poesia ainda estava ligada ao neossimbolismo e a uma expressão mais conservadora. Esse livro trouxe a libertação, representando a plena conscientização da artista, que pôde, a partir de então, afirmar a sua voz personalíssima. MEIRELES, Cecília. Viagem [e] Vaga música. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. 284 p. Unidades: EM / Instituto Resumo: Livros inaugurais da maioridade poética de Cecília Meireles, Viagem e Vaga música, publicados respectivamente em 1939 e 1942, inscrevem-se no panorama do modernismo brasileiro e assinalam sua singularidade — neles, os elementos mais simples da existência adquirem significado simbólico.
MOSÉ, Viviane. Desato. Rio de Janeiro: Record, 2006. 94 p. Unidade: Instituto Resumo: Desato termina sempre desembocando seu jorro-rio de letras em uma simplicidade desconcertante de versos quase íntimos, soprados ao pé do ouvido, a nos convidar, a todos, ao poema. Mas o que Viviane busca atingir com esse livro não é o poema, mas a linguagem cotidiana.
MOSÉ, Viviane. Pensamento chão: poemas em prosa e verso. Rio de Janeiro: Record, 2007. 86 p. Unidade: Instituto Resumo: É de amor que Viviane Mosé trata nesse livro. De suas falhas, de suas farpas, de suas façanhas. Nesse poema, o apuro da linguagem, o lúdico e a busca por estabelecer um contato mais sensível com as palavras são o norte da autora. A obra exemplifica como seu trabalho gira em torno da linguagem, mais especialmente da palavra. A palavra conceitual e poética, a palavra da razão e a palavra da loucura, a palavra signo, a palavra presa. MOSÉ, Viviane. Toda palavra. Rio de Janeiro: Record, 2006. 106 p. Unidade: Instituto Resumo: Começando com uma receita para fazer o arroz ficar soltinho, o livro de Viviane Mosé dá continuidade à crítica da linguagem inaugurada com Toda palavra, de 1997. Ali, iniciando sua trajetória de receitas, depois de relacionar a palavra “a uma roupa que a gente veste”, Viviane nos ensina a lavar palavras sujas, ou melhor, nos diz da necessidade de esvaziar a palavra do excesso de sentido que a torna carregada, fechada a novas configurações, incapaz de dizer coisas novas.
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MURRAY, Roseana. Caminhos da magia. Ilustrado por Marcelo Ribeiro. São Paulo: DCL, 2001. 56 p., il. Unidade: EF 2 e 3 Resumo: Nesse livro, Roseana Murray apresenta, em linguagem literária, a eterna procura pelos segredos do universo, descrevendo algumas das formas que foram e continuam sendo usadas pelos seres humanos na busca do conhecimento.
MURRAY, Roseana. Fruta no ponto. Ilustrado por Sara Ávila. 2. ed. São Paulo: FTD, 1988. 56 p., il. Unidades: EF 1 / EF 2 e 3 / Instituto Resumo: Esse livro é sobre sonhos, fantasias e descobertas adolescentes. O amor está em cada esquina, quando você gosta de um bicho, de um dia de verão, quando imagina a ostra fazendo a pérola. O amor pode vir muito suave, se você pensa na voz de alguém. Ou muito apaixonado, se você sente que a vida é boa e tem vontade de segurá-la e mordê-la, como se faz com uma fruta madura.
MURRAY, Roseana. Manual da delicadeza de A a Z. Ilustrado por Elvira Vigna. São Paulo: FTD, 2001. 32 p., il. (Falas poéticas). Unidade: EF 2 e 3 Resumo: A poesia de Roseana Murray é feita de delicadezas e transparências, como se ela falasse para mostrar o silêncio. E assim a linguagem alcança a condição de pluma ou porcelana. Foi assim que Ferreira Gullar definiu os poemas desse livro, que percorrem as letras do alfabeto, de A a Z. A carícia na pele, o xale esvoaçante, o olhar ao encontro do outro, as minúcias da vida.
MURRAY, Roseana. Poemas para ler na escola. Seleção de Hebe Coimbra. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. 140 p. (Para ler na escola). Unidade: EF 2 e 3 Resumo: Na poesia de Roseana Murray, assuntos do cotidiano convivem com temas universais, como o amor, a vida e a morte. A natureza está sempre presente — do sol aos girassóis, das pequenas joaninhas aos rios caudalosos. Seus versos falam para crianças, jovens e adultos por diferentes matizes. Nessa obra, com simplicidade, a autora procura depurar a linguagem e apresenta um texto pautado pela harmonia e originalidade, à medida que revela sua visão particular de mundo.
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MURRAY, Roseana. Paisagens. Ilustrado por Conceição Bicalho. 3. ed. Belo Horizonte: Editora Lê, 1997. 56 p., il. (Adolescer). Unidade: EF 2 e 3 Resumo: A obra é um passeio poético sobre cidades, campos, aldeias. Sobre o homem e a mulher nesses lugares. Um ensaio de olhares. Parar e olhar em volta é muito importante. Ver o que resiste, o que desapareceu, o que foi acrescentado. O que podemos fazer para interferir na paisagem. Às vezes, basta plantar um girassol ou pintar o telhado.
MURRAY, Roseana. Receitas de olhar. Ilustrado por Elvira Vigna. São Paulo: FTD, 1997. 48 p., il. (Falas poéticas). Unidade: EF 2 e 3 Resumo: Esse livro de poesia se parece com os de culinária. Em ambos, há ingredientes. Nos de culinária, os ingredientes são palpáveis e costumam contar com a precisão das medidas. As receitas desse livro não ensinam, sugerem. Falam das novas possibilidades, das descobertas dos gestos simples e delicados. Enfim, falam da vida e de suas inúmeras facetas, captadas pelo olhar agudo da poesia de Roseana Murray.
MURRAY, Roseana. O silêncio dos descobrimentos. Ilustrado por Elvira Vigna. São Paulo: Paulus, 2000. 128 p., il. (Eu amo poesia). Unidade: EF 2 e 3 Resumo: Humor e pensamentos sobre o descobrimento do Brasil há 500 anos e o descobrimento do Brasil de agora, e também os descobrimentos que fazemos — todos nós, adultos, jovens e crianças — todos os dias.
OLIVEIRA, Vera Lúcia de. Entre as junturas dos ossos: poesias. Brasília: MEC, 2006. 70 p., il. (Literatura para todos, 5). Unidade: Instituto Resumo: Com quantas coisas se faz um poema? Com palavras, ritmo, cor e um assunto. “Fui gerando meu pisado vagaroso/nas fraturas das coisas”. Nesses dois versos, Vera Lúcia de Oliveira diz muito sobre seu jeito de fazer poesia: lento, buscando a matéria do poema na ruptura da superfície lisa da realidade.
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PALLOTTINI, Renata. Ao inventor das aves. São Paulo: Edicon, 1985. 82 p. (Aldebaren). Unidade: EF 2 e 3 Resumo: Renata Pallottini é uma poeta formada na liberdade de seus pensamentos, movida pela transgressão dos sentimentos mais íntimos, de uma mulher que sabe estar além das impostas conveniências de seu tempo. Ela nos aturde com as suas palavras comovidas pela própria vida, abrindo horizontes para que belas aves se reinventem como luzeiros de amor, em poemas e canções eternos.
PINTO, Edith Pimentel. Sinais e conhecenças: (artes da gramática): poesia. São Paulo: Melhoramentos, 1986. 72 p. Unidade: EJA Resumo: Nessa obra, Edith Pimentel Pinto junta poesia e história, artes de gramática e uma enorme paixão pela vida, recebendo o primeiro Prêmio de poesia da Bienal Nestlé de Literatura Brasileira.
PRADO, Acy Chaves. Acontece domingo. São Paulo: Curupira, 2013. 66 p. Unidade: Instituto Resumo: A obra poética de Acy Chaves Prado se formou ao longo de mais de 50 anos de uma produção tão discreta e silenciosa quanto prolífica.
PRADO, Adélia. Bagagem. 29. ed. Rio de Janeiro: Record, 2010. 144 p. Unidades: Educador EF 2 e 3 / EF 2 e 3 / Instituto Resumo: Livro de estreia de Adélia Prado, publicado em 1976, sob recomendação do grande poeta Carlos Drummond de Andrade. A obra é dividida em quatro grandes seções: a primeira é "O modo poético", que, como o próprio nome diz, tem diversos poemas em que a principal preocupação é a definição da linguagem, do fazer poético e também de buscar e definir o papel da autora como mulher e poeta; em seguida, tem-se "Um jeito e amor", com grandes poemas amorosos; a terceira e quarta seções são chamadas "A sarça ardente" e divididas em partes 1 e 2, e contêm poemas cuja temática básica é a memória. Por fim, há uma quinta parte, "Alfândega", composta por somente um poema homônimo.
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PRADO, Adélia. O coração disparado. Rio de Janeiro: Record, 2006. 160 p. Unidade: EM Resumo: Vencedor do Prêmio Jabuti em 1978, esse livro consagrou a autora como a voz mais feminina da poesia brasileira. A obra aprofunda um dos temas que se tornariam marca de sua obra: a religiosidade.
PRADO, Adélia. A duração do dia. Rio de Janeiro: Record, 2010. 112 p. Unidade: Educador EF 2 e 3 Resumo: "A duração do dia", de Adélia Prado, expõe uma poeta sutil em versos que falam de amor, desejos, frustrações, sonhos. Numa narrativa pessoal, Adélia volta a temas recorrentes em sua literatura — a vida provinciana, a religiosidade, as cores do campo, num espelho de sua própria experiência.
PRADO, Adélia. A faca no peito. Rio de Janeiro: Record, 2007. 86 p. Unidade: EM Resumo: Lançado em 1988, o livro é centrado em Jonathan, personagem que se refere tanto a Deus quanto ao sexo masculino ou à crença religiosa. Ele congrega a promessa e a fuga, a realização e o desejo, a eterna busca.
PRADO, Adélia. Oráculos de maio. Rio de Janeiro: Record, 2007. 144 p. Unidade: EM Resumo: Livro no qual a autora valoriza o cotidiano e o texto oralizado, fazendo uma homenagem à Virgem Maria e dedicando-lhe vários poemas.
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RUIZ, Alice. Outro silêncio: haikais. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. 96 p. (Boa companhia). Unidade: EF 2 e 3 Resumo: A forma poética concisa do haicai, herdada da cultura japonesa, conquistou grandes autores como Millôr Fernandes e Paulo Leminski, que subverteram regras e inundaram os poemetos de malemolência. Alice Ruiz, experimentadora dessa tradição desde os anos 1980 e peça-chave na difusão do haicai no Brasil, mostra aqui um trabalho maduro, que retoma a forma em sua essência, como era praticada nos tempos de Bashô. No silêncio e no despimento de si, emerge uma voz original e feminina, lírica e bem-humorada, sutil e sensual. RUIZ, Alice. Pelos pelos. São Paulo: Brasiliense, 1984. 88 p. (Cantadas literárias, 24). Unidade: EF 2 e 3 Resumo: Reunião de alguns dos primeiros poemas de Alice Ruiz, anteriormente publicados nos livros Navalhanaliga, de 1980, e Paixão xama paixão, de 1983.
VERUNSCHK, Micheliny. Geografia íntima do deserto. São Paulo: Landy, 2003. 118 p. (Alguidar). Unidade: Instituto Resumo: Livro marcado pela concisão, hermetismo e uma atenção a temas como a morte, o desejo e as artes visuais, dentre outras temáticas. Os poemas estão agrupados em três partes e não seguem uma estrutura definida no que diz respeito à métrica, ao verso ou até ao tamanho, a poeta usa o verso livre para explorar diversas possibilidades estéticas.
TALENTO feminino em prosa e verso II. São Paulo: Scortecci, 2004. 182 p. Unidade: Instituto Resumo: Segunda coletânea dos textos mais criativos, mais inovadores e mais apetitosos que vêm sendo produzidos no Brasil atual por escritoras associadas à Rede de Escritoras Brasileiras (Rebra).
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Março de 2017
Agradecimento pelas doações
Ana Lúcia Faria e Silva Azevedo do Amaral Ana Lúcia Monteiro da Rocha Yoneya Branca M. Albernaz Elaine Reitzfeld Spiguel Giselda Beatriz Bueno do Prado Josca Ailine Baroukh Márcia Lopez Maria Cláudia Milan Robazzi Mussolin Paula Monteiro de Camargo Simone Spadotto Aiex
Editora 34 Editora Global WMF Martins Fontes
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