ESPECIAL UNESP GIOVANA ORSARI E MILENA ALMEIDA
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revitalização de espaços públicos - escolas, asilos e ONGs - por meio de trabalho voluntário no ambiente acadêmico é o objetivo do projeto Ao Vivo e em Cores. Cada uma das ações envolve cerca de 200 voluntários, conta Daiane Tadeu, coordenadora de comunicação desse projeto da Unesp Bauru . O projeto Ao Vivo e em Cores foi criado em 2012 durante a Semana de Engenharia (Semeng) e visava gerar integração entre os universitários da Unesp e a comunidade bauruense com a revitalização do Parque Vitória-Régia. Porém, no dia seguinte ao da ação algumas partes da escadaria que receberam a intervenção foram danificadas. A partir desse ocorrido percebeu-se a necessidade de alterar seu propósito e houve algumas mudanças na forma de abordagem;
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hoje há maior envolvimento com a comunidade que vive ao redor do espaço a ser renovado. A organização do Ao Vivo tem 53 membros e é dividida em 9 setores: Artístico, Captação, Comunicação, Coordenação Geral, Execução, Externas, Finanças, Gestão de Pessoas e Oficinas. Os envolvidos são fundamentais para que a iniciativa alce vôos cada vez maiores, pois hoje o Ao Vivo não é mais um projeto de extensão da Unesp, é uma entidade quase que independente da universidade. A arrecadação de verbas para a realização das ações é feita pelos próprios membros, segundo Daiane Tadeu. São feitas vendas de brigadeiros, sonhos, geladinhos e chaveiros, além da promoção de eventos como shows e festas. Durante os 6 anos de existência do projeto Ao Vivo e em Cores, já se interviu em
roduzir conteúdo áudio-descritivo a partir de obras não acessíveis ao público que possui deficiência visual, este é o propósito do Biblioteca Falada, um projeto de extensão exclusivo da Unesp Bauru, pertencente à Faculdade de Artes, Arquitetura e Comunicação. O objetivo central da organização é “trabalhar justamente pelo direito ao acesso à informação”, segundo o membro da área administrativa do projeto, o aluno Guilherme Magalhães, já que assegurar este alcance à informação “é uma coisa que ainda está em falta no campo da acessibilidade”. Atualmente, a produção do BF é realizada por membros do corpo estudantil da Unesp, de acordo com a demanda dos assistencializados pela associação coligada ao projeto, o Lar Escola Santa Luzia para
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riado para promover a inserção de trabalho voluntário no ambiente acadêmico, o Centro de Voluntariado Universitário (CVU) é um projeto nacional que permite que o corpo docente é o estudantil participe de ações solidárias na comunidade onde o campus que adota o projeto está inserido. Atualmente o CVU possui oito núcleos de realização: nas cidades paulistas de Bauru, Franca, Limeira, Ribeirão Preto e São Carlos, nas mineiras Uberaba e Uberlândia e na paranaense Maringá, todos eles são coordenados e mantêm contato através do CVU Brasil, órgão central da organização. Na cidade de Bauru, o núcleo nasceu na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” no ano de 2013 por iniciativa da estudante Gabriela Paschoeto. Segundo a
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Cegos. Segundo Guilherme Magalhães, as produções envolvem áudio-descrição “com locução de documentos escritos ou imagens”, mas não se restringem aos produtos áudio-descritivos, como salienta Camilla Florençano, membro do núcleo administrativo, “a nossa devolutiva é o diferencial porque a gente não trabalha só com o lar, tem vários alunos do Biblioteca Falada que fazem pesquisa científica sobre acessibilidade na comunicação, nós temos parceria com a TV Unesp e estamos fechando uma com a Secretaria de Ensino também”. A organização, visa futuramente expandir a disponibilização deste serviço a mais instituições sociais e outras cidades do estado paulista “colaborando ainda para desenvolver as aptidões de audição e aquisi-
líder de marketing do CVU Bauru, Ana Harumi, a criação de uma filial do Centro tinha a intenção de “inserir a cultura do voluntariado dentro da universidade”. Ana conta que o surgimento do primeiro núcleo do Centro de Voluntariado se deu entre universitários de Ribeirão Preto que sentiam falta desse tipo de ação social dentro da faculdade. Como ramificação deste projeto, a sede bauruense segue o propósito inicial e busca inserir na Unesp a possibilidade de que a comunidade acadêmica participe de ações sociais. Atualmente, cerca de 32 membros se dividem entre as diretorias de Marketing, Administração/Financeiro, Gestão de Pessoas, Relacionamento, Cultura Voluntária e Executivo, sob a coordenação de Ana Sartarelli. As ações realizadas pelo CVU Bauru
nspirar as pessoas a melhorar o mundo por meio do empreendedorismo é um dos objetivos da Enactus, organização internacional sem fins lucrativos que atua em 36 países. Em cada país há uma rede de estudantes, líderes executivos e líderes acadêmicos que formam uma plataforma para que os universitários criem projetos de desenvolvimento comunitário e a finalidade é o foco na capacidade e talento das pessoas. A Unesp Bauru é sede de um núcleo há 4 anos, tem cerca de 40 membros que se dividem entre as diretorias de prospecção, comunicação, qualidade, gestão de pessoas, financeira e jurídica, como explica a vice-presidente da Enactus Bauru, Eleonora Fonseca. Os projetos que o núcleo bauruense da Enactus realiza têm como pilares
mais de 10 entidades da cidade de Bauru. A mais recente foi a Escola Estadual Professora Maria Eunice Borges de Miranda Reis, no Parque Jaraguá. A revitalização durou um ano inteiro, além das pinturas nas paredes foram feitas oficinas de foguetes com as crianças, jogos interclasses, festa junina, festa da família e construção de um banco para o pátio com técnicas de bioconstrução. Para ser contemplada com uma ação, a escola, asilo ou ONG deve preencher o edital que o Ao Vivo e em Cores anualmente posta em sua página no Facebook (facebook.com/aovivoeemcores). O período de inscrições para o próximo ano se encerrou dia 31 de setembro; as próximas entidades a serem revitalizadas, em 2019, serão divulgadas no final de novembro. ção de conhecimentos, fundamentais para a inclusão social e o exercício cidadão” de acordo com o site institucional do BF. O funcionamento do projeto se baseia na divisão de funções entre as áreas: Produção (a qual engloba as equipes de Roteiros, de Locução, de Edição e de Áudio-descrição) e Administração (que engloba as equipes de Administração, Gestão de Pessoas, Comunicação, Coordenação da Produção e Tecnologia e Informação). No momento o projeto conta com 40 membros sob a coordenação da Professora Doutora Suely Maciel. Para ser um membro do Biblioteca Falada, é necessário pertencer à comunidade acadêmica da Unesp Bauru e se submeter a um processo seletivo anual, geralmente durante o início do primeiro semestre letivo.
são divididas em dois tipos de projetos: os inseridos no programa semente, de caráter mais pontual que trabalham com ações em instituições de Bauru, e os que fazem parte do programa vivência voluntária, de caráter contínuo, realizados em várias edições com duração de até dois meses. Com base nos sete valores que regem a organização (Abnegação, Amor, Colaboração, Respeito, Proatividade, Organização e Comprometimento), os núcleos do Centro visam a expansão do projeto a todos os estados brasileiros. Para ser um membro do CVU é necessário fazer parte da comunidade acadêmica em que o projeto está inserido e ser aprovado por meio de um processo seletivo da organização realizado com o corpo estudantil da Unesp no início dos semestres letivos.
fundamentais a comunidade, a sustentabilidade ambiental e o empreendedorismo. As ações realizadas por cada núcleo são independentes entre si. A Enactus Bauru, por exemplo, mantém atualmente 3 projetos ativos que são feitos a partir das demandas das comunidades em que serão implantados; os atuais são: Ubiraci, Zagros e o Saúde Embalada. O Ubiraci incentiva a reciclagem de madeira, valoriza e estimula o trabalho de pessoas por meio da marcenaria. O Zagros leva a conscientização ambiental e alimentar para as comunidades com a implantação de hortas comunitárias. O Saúde Embalada é o antigo projeto “Arqué” que recolhia óleos usados e os transformava em sabão em barra, e atualmente ensina mulheres do Jardim Nicéia
a fazer saladas saudáveis, que são embaladas e vendidas na Unesp e redondezas. O propósito dos projetos da Enactus é o incentivo ao empreendedorismo e ensinar a emancipação financeira aos assistidos pelos projetos. Para serem efetivos nas sugestões e gestões das iniciativas, todos os membros da organização fazem cursos e as reuniões são semanais. Para fazer parte da equipe da Enactus Bauru é necessário fazer parte da comunidade acadêmica em que o projeto está inserido e ser aprovado no processo seletivo realizado comumente no final do ano letivo. O processo para 2019 já está em andamento, porém as inscrições acabaram em novembro. Para mais informações, Facebook: facebook.com/enactusbauru