CENTRO ANIMAL

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CENTRO ANIMAL ACOLHIMENTO PARA ANIMAIS ABANDONADOS

MARCELA PINHO PESSOA CARNEIRO

FORTALEZA, CE 2021


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CENTRO ANIMAL ACOLHIMENTO PARA ANIMAIS ABANDONADOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) para obtenção do título bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Prof. Maria Christina dos Martins Coelho Bessa

MARCELA PINHO PESSOA CARNEIRO

FORTALEZA, CE 2021


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MARCELA PINHO PESSOA CARNEIRO

CENTRO ANIMAL ACOLHIMENTO PARA ANIMAIS ABANDONADOS

Trabalho Final de Graduação apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Aprovada em: __/___/____

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________ Arq. Maria Christina Bessa Orientadora ___________________________________________________ Prof.. Francisco Edilson Aragão Professor Convidado

___________________________________________________ Arq. Paola Gonçalves Cabral Ribeiro Arquiteta Convidada


Ficha catalográfica da obra elaborada pelo autor através do programa de geração automática da Biblioteca Central da Universidade de Fortaleza Carneiro, Marcela. CENTRO DE ACOLHIMENTO PARA ANIMAIS ABANDONADOS / Marcela Carneiro. - 2021 144 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Universidade de Fortaleza. Curso de Arquitetura E Urbanismo, Fortaleza, 2021. Orientação: Maria Christina Bessa 1. Arquitetura animal, Arquitetura Veterinária, Institucional. I. Bessa, Maria Christina. II. Título.

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“A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana” - Charles Darwin 13



AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por estar sempre comigo, guiando meus passos e iluminando meu caminho, me proporcionando experiências inesquecíveis nessa jornada, além da força que me deu nas dificuldades encontradas nessa trajetória. Aos meus pais, que sempre apoiaram as minhas escolhas, investindo na minha educação, e acreditando no meu potencial, acima de tudo. Obrigada pelo incentivo e paciência comigo desde sempre.Mãe, obrigada pelas noites em claro e por me mostrar todos os ensinamentos da vida.Pai, obrigada por compartilhar seus conhecimentos e ânimo para ajudar em tudo que eu precisei.Vocês foram essenciais na minha trajetória. Ao meu primeiro cachorro Toby, que me fez sentir o amor mais lindo e puro desse mundo, por ele, tive a experiência de amar os animais e querer ajudá-los.Aos meus cachorros Toy e Lulu, que sempre me fazem companhia em todos os momentos e me mostram todo dia o melhor amor que posso receber. Aos professores, que proporcionaram aprendizado neste curso tão encantador e essencial na vida atual, sempre muito motivados a compartilhar conhecimentos e solícitos em ajudar.Agradeço também à professora e orientadora Maria Christina Bessa que muito contribuiu para minha formação, partilhando do grande amor pelos animais, não poderia ter escolhido outra pessoa para desempenhar esse papel, muito obrigada pela paciência em ensinar e me acompanhar, minha profunda admiração pelo seu trabalho. A todos os meus amigos que o curso de arquitetura me presenteou: Amanda, Ingrid, Isabel, Jamille, Lara, Letícia, Luana e Sarah.Um agradecimento especial à minha amiga Beatriz com quem tive o maior prazer de compartilhar a melhor experiência da minha vida e que guardo suas memórias para sempre no meu coração.Com vocês, essa jornada foi vivenciada com mais leveza e gargalhadas.Obrigada pelos momentos, sendo esses de desespero para entrega de trabalho, brincadeiras e, além de tudo, a certeza que tudo daria certo. A todos que contribuíram para minha formação profissional, a arquiteta Manuela Barbazán, pelo incrível aprendizado compartilhado, além da força para concluir com êxito essa formação.Ao Dilson Menezes, arquiteto que, apesar do pouco tempo de convivência, já agregou muito em minha vida profissional pelos conhecimentos passados, e à Camila e à Lívia, permitindo que o fim dessa etapa acontecesse de forma mais leve, dando apoio e conselhos além de deixar o ambiente de trabalho mais agradável.

Ao Ademir, que me incentivou e motivou no processo de conclusão do curso.

Por fim, queria agradecer a Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e todo corpo docente, que desempenharam o ensino com maestria.


RESUMO O trabalho de conclusão de curso elaborado se consiste em um Centro de Acolhimento para Animais Abandonados na cidade de Fortaleza, que tem o intuito de proporcionar aos animais o devido amparo de suas enfermidades, sejam abandonados ou não.Dessa forma, contribui-se para que o ato da adoção tenha cada vez mais adeptos, para que os animais conquistem cada vez mais espaço na vida das pessoas, visto que essa relação é benéfica para ambas as partes. O Centro Animal foi concebido de forma a oferecer serviços de pet shop, clínica veterinária a preços populares para ser um suporte financeiro para o abrigo.A instituição irá oferecer serviços clínicos 24 horas, e será localizada no bairro Parangaba, na regional IV.Sua implantação teve como princípio os pontos de abandono de animais e proximidade com o hospital veterinário da Universidade Estadual do Ceará (UECE). O projeto possui dois acessos principais (veículo e pedestre) além de duas áreas de embarque e desembarque. É composto por seis blocos: veterinário, serviço, abrigo, dois canis e um gatil, sendo interligados por caminhos com vegetação que ajude no conformo térmico e acústico do local. Háverá também uma praça como forma de gentileza urbana para a população usufruir e ter mais contato com os animais. Palavra Chaves: Acolhimento, Veterinário, Animal.


ABSTRACT The course completion work developed consists of a Reception Center for Abandoned Animals in the city of Fortaleza - Ceará, which aims to provide animals with the necessary protection from their illnesses, whether abandoned or not. Therefore, it contributes to the act of adoption have more followers, so that animals conquer more space in people's lives, since this relationship is beneficial for both parties. The Animal Center was conceived in order to offer pet shop services, veterinary clinic at popular prices to be a financial support for the shelter. The institution will offer clinical services 24 hours a day, and will be located in the Parangaba neighborhood, in regional IV. Its implementation was based on the points of abandonment of animals and proximity to the veterinary hospital of the Universidade Estadual do Ceará (UECE). The project has two main accesses (vehicle and pedestrian), in addition to two areas for boarding and unboarding. It consists of six blocks: veterinarian, service, shelter, two kennels and a cattery, connected by paths with vegetation, which helps in the thermal and acoustic comfort of the place. There will also be a square as a form of urban kindness for the population to enjoy and have more contact with animals.


LISTA DE IMAGENS Imagem 01: Porcentagem de castração dos animais por parte do donos............................................................................................................................................... 28 Imagem 02: Cão guia acompanhado de seu tutor.............................................................................................................................................................................................................. 35 Imagem 03: Cão acompanhando criança em tratamento............................................................................................................................................................................................. 37 Imagem 04:Homem brincando com seus cães............................................................................................................................................................................................................................... 39 Imagem 05: Tamanho de um microchip em relação a um dedo humano...................................................................................................................................................... 40 Imagem 06: Quantidade de descendentes gerados com o decorrer dos anos. Fonte: American Humane Association 42 Imagem 07: Encarte de campanha contra o abandono de animais................................................................................................................................................................ 43 Imagem 08: Encarte de campanha contra a crueldade animal.............................................................................................................................................................................. 44 Imagem 09:Produtos para cachorros........................................................................................................................................................................................................................................................ 49 Imagem 10: Produtos para gatos.................................................................................................................................................................................................................................................................. 49 Imagem 11: Área de coffee break............................................................................................................................................................................................................................................................... 49 Imagem 12: Área de banho e tosa .......................................................................................................................................................................................................................................................... 49 Imagem 13: Sala de esterilização................................................................................................................................................................................................................................................................ 49 Imagem 14: Depósito de ração e material de limpeza...................................................................................................................................................................................................... 49 Imagem 15: Consultório caninos..................................................................................................................................................................................................................................................................... 49 Imagem 16: Consultório felinos.......................................................................................................................................................................................................................................................................... 49 Imagem 17: Sala de ultrassom........................................................................................................................................................................................................................................................................... 50 Imagem 18: Sala de Raio-Xl................................................................................................................................................................................................................................................................................ 50 Imagem 19: Sala de tomografia 50............................................................................................................................................................................................................................................................ 50 Imagem 20: Setor de internação................................................................................................................................................................................................................................................................... 50 Imagem 21: Centro cirúrgico............................................................................................................................................................................................................................................................................... 51 Imagem 22: Sala de reuniões............................................................................................................................................................................................................................................................................. 51 Imagem 23: Espaço livre localizado na entrada onde os animais ficam soltos..................................................................................................................................... 51 Imagem 24: Canil.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 51 Imagem 25: Canil ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 52 Imagem 27: Baias ao ar livre dos cachorros onde é realizado o mutirão de banho.................................................................................................................... 52 Imagem 26: Gatil................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 52 Imagem 28: Baias dos cachorros.................................................................................................................................................................................................................................................................. 53 Imagem 29: Grafites na fachada ................................................................................................................................................................................................................................................................ 53 Imagem 30: Pintura de conscientização............................................................................................................................................................................................................................................... 53 Imagem 31: Hotel em meio a paisagem................................................................................................................................................................................................................................................ 56 Imagem 32: Planta baixa do hotel.............................................................................................................................................................................................................................................................. 56 Imagem 33: Alojamento dos cães com vista para área de treino e recreio............................................................................................................................................. 57 Imagem 34: Baias dos cães separado com jardim.................................................................................................................................................................................................................. 57 Imagem 35: Área externa........................................................................................................................................................................................................................................................................................ 57 Imagem 36: Fachada principal........................................................................................................................................................................................................................................................................ 58 18


Imagem 37: Implantação do centro animal...................................................................................................................................................................................................................................... 58 Imagem 38: Fachada leste.................................................................................................................................................................................................................................................................................... 59 Imagem 39: Planta baixa......................................................................................................................................................................................................................................................................................... 59 Imagem 40: Baia dos cães ................................................................................................................................................................................................................................................................................. 59 Imagem 41: Área de adoção e convivência dos cães..................................................................................................................................................................................................... 59 Imagem 42: Recepção principal.................................................................................................................................................................................................................................................................. 60 Imagem 43: Área dos cães ................................................................................................................................................................................................................................................................................. 60 Imagem 44: Interior do South ............................................................................................................................................................................................................................................................................ 61 Imagem 45: Planta baixa - South Los Angeles ............................................................................................................................................................................................................................. 61 Imagem 46: Elevação ............................................................................................................................................................................................................................................................................................... 62 Imagem 47: Elevação................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 62 Imagem 48: Área dos canis.................................................................................................................................................................................................................................................................................. 62 Imagem 49: Área dos canis e vegetação ........................................................................................................................................................................................................................................ 62 Imagem 50: Estacionamento público........................................................................................................................................................................................................................................................ 62 Imagem 51: Fachada principal da clínica.......................................................................................................................................................................................................................................... 63 Imagem 52: Planta baixa Clínica Veterinária................................................................................................................................................................................................................................... 64 Imagem 54 : Escada de acesso a cobertura................................................................................................................................................................................................................................ 64 Imagem 55: Corredor de acesso público e serviço............................................................................................................................................................................................................... 65 Imagem 56: Sala de cirurgia................................................................................................................................................................................................................................................................................ 65 Imagem 57: Corte longitudinal.......................................................................................................................................................................................................................................................................... 65 Imagem 58: Perspectiva do terreno em que será implantado o projeto........................................................................................................................................................ 69 Imagem 59: Perspectiva do terreno em que será implantado o projeto........................................................................................................................................................ 69 Imagem 60: Perspectiva aproximada do terreno em que será implantado o projeto.................................................................................................................... 70 Imagem 61: Acesso, atualmente murado, do terreno a partir da Avenida Dr. Silas Munguba............................................................................................... 70 Imagem 62: Acesso, atualmente murado, do terreno a partir da Rua Oxalá............................................................................................................................................ 70 Imagem 63: Acesso, atualmente murado, do terreno a partir da Alameda Oxóssi............................................................................................................................. 70 Imagem 64: Estabelecimentos em frente ao terreno................................................................................................................................................................................................................ 73 Imagem 65: Estabelecimentos em frente ao terreno................................................................................................................................................................................................................ 73 Imagem 66: Gráfico Rosa dos Ventos...................................................................................................................................................................................................................................................... 74 Imagem 67: Topografia do terreno. Fonte: Elaboração própria com base no dados disponibilizados em dwg ����������������������������������������� 74 Imagem 68: Estudo do fluxograma............................................................................................................................................................................................................................................................... 84 Imagem 69: Estudo do funcionograma................................................................................................................................................................................................................................................... 85 Imagem 70: Estudo do zoneamento 1.................................................................................................................................................................................................................................................... 86 Imagem 71: Estudo do zoneamento 2.................................................................................................................................................................................................................................................... 86 Imagem 72: Estudo do zoneamento escolhido............................................................................................................................................................................................................................ 87 19


LISTA DE TABELAS Tabela 01 : Motivos que leva o abandono por parte dos donos...................................................................................................................................................................... 29 Tabela 02: Dimensionamento - canil......................................................................................................................................................................................................................................................... 46 Tabela 03: Dimensionamento - gatil.......................................................................................................................................................................................................................................................... 46 Tabela 04: Parâmetros Urbanísticos da ZRU1............................................................................................................................................................................................................................... 75 Tabela 05: Classificação de Atividades por Grupo e Subgrupo ......................................................................................................................................................................... 75 Tabela 06: Classificação das Vias - Via Arterial I .................................................................................................................................................................................................................... 75 Tabela 07: Diretrizes projetuais........................................................................................................................................................................................................................................................................ 78 Tabela 08: Programa de Necessidades - Setor Convivência.................................................................................................................................................................................... 79 Tabela 09: Programa de Necessidades - Setor Pet Shop. Fonte: Elaboração própria............................................................................................................... 80 Tabela 10: Programa de Necessidades - Setor Administrativo. Fonte: Elaboração própria.................................................................................................. 80 Tabela 11: Programa de Necessidades - Clínica Veterinária ................................................................................................................................................................................... 81 Tabela 12: Programa de Necessidades - Abrigo Animal................................................................................................................................................................................................. 82 Tabela 13: Programa de Necessidades - Serviço................................................................................................................................................................................................................... 83

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LISTA DE MAPAS Mapa 01: Mapa de localização dos CCZ’s e Hospital Veterinário da Uece....................................................................................................................................... 27 Mapa 02: Mapa do Brasil demarcando o Estado do Ceará / Mapa do Ceará demarcando a Cidade de Fortaleza / Mapa da Cidade de Fortaleza demarcando o Bairro Parangaba. .............................................................................................................................................................................. ....68 Mapa 03: Mapa demonstrando a distância entre o terreno escolhido e o hospital veterinário da UECE. ������������������������������������������������������� 69 Mapa 04: Mapa de Uso do Solo............................................................................................................................................................................................................................................................... 71 Mapa 05: Mapa de gabarito do entorno do terreno........................................................................................................................................................................................................ 72 Mapa 06: Mapa de classificação viária entorno do terreno..................................................................................................................................................................................... 73 Mapa 07: Mapa das condições físico-ambiental.................................................................................................................................................................................................................... 74

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SUMÁRIO 01

INTRODUÇÃO

1.1 PROBLEMA E JUSTIFICATIVA 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 OBJETIVO GERAL 1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1.3 METODOLOGIA

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03

CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA

2.1 RELAÇÃO HOMEM E ANIMAL 2.1.1 HISTÓRIA 2.1.2 CÃES DE SERVIÇO 2.1.3 ZOOTERAPIA 2.2 BENEFÍCIOS RELAÇÃO HOMEM-ANIMAL 2.3 LEIS PARA PROTEÇÃO ANIMAL 2.3.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 2.3.2 LEI 9.605 DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 2.3.3 DECRETO Nº 24.645 DE 1934 2.3.4 CÓDIGO PENAL 2.4 RECURSOS CONTRA O ABANDONO 2.4.1 MICROCHIPAGEM ANIMAL 2.4.2 CASTRAÇÃO ANIMAL 2.5 CAMPANHAS CONTRA O ABANDONO 2.5.1 DEZEMBRO VERDE 2.5.2 ABRIL LARANJA 2.6 NORMAS E LEGISLAÇÕES PARA ESTABELECIMENTOS VETERINÁRIOS 2.6.1 DESIGN BIOFÍLICO 2.7 VISITAS TÉCNICAS 2.7.1 VISITA A CLÍNICA VETERINÁRIA WELLPET, EM FORTALEZA. 2.7.2 VISITA ABRIGO SÃO LÁZARO

PROJETOS DE REFERÊNCIA

3.1 PROJETOS INTERNACIONAIS 3.1.1 HOTEL CANINO E FELINO /DOMI CANIS CATTUS 3.1.2 PALM SPRINGS ANIMAL CARE FACILITY 3.1.3 SOUTH LOS ANGELES ANIMAL CARE E COMMUNITY CENTER 3.2 PROJETOS NACIONAIS 3.2.1. CLÍNICA VETERINÁRIA SENTIDOS

26 26 29 29 30 30

34

34 34 35 35 37 39 39 39 39 40 40 40 41 42 42 43 44 48 48 48 50

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56 56 58 60 63 63


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REFERENCIAL TEÓRICO 4.1 LOCALIZAÇÃO E TERRENO 4.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA 4.2.1 ANÁLISE - USO DO SOLO 4.2.2 ANÁLISE - GABARITO DE ENTORNO DO PROJETO 4.2.3 ANÁLISE - HIERARQUIA VIÁRIA 4.2.4 ANÁLISE - CONDIÇÕES FÍSICO AMBIENTAIS 4.2.5 ANÁLISE - TOPOGRAFIA 4.3 LEGISLAÇÃO URBANA

05 06

PROPOSTA PROJETUAL 5.1 CONCEITO DO PROJETO 5.2 DIRETRIZES PROJETUAIS 5.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES 5.4 FLUXOGRAMA 5.5 FUNCIONOGRAMA 5.6 ESTUDO DO ZONEAMENTO

O PROJETO

6.1 SITUAÇÃO 6.2 COBERTA 6.3 IMPLANTAÇÃO 6.4 PAISAGISMO 6.5 SETORIZAÇÃO 6.6 BLOCO VETERINARIO 6.7 BLOCO SERVIÇO 6.8 BLOCO ABRIGO 6.9 CANIL E GATIL 6.10 CORTES 6.11 FACHADAS 6.12 SISTEMAS CONSTRUTIVOS E MATERIAIS 6.13 PERSPECTIVAS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

07 08

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

68 68 71 71 72 72 73 74 74

78

78 78 79 84 85 86

90

90 92 94 96 98 100 108 112 116 121 123 123 124

137 140


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01

INTRODUÇÃO 25


01. INTRODUÇÃO 1.1 PROBLEMA E JUSTIFICATIVA Segundo LOPES (2016), a relação homem-animal tem origens bastante remotas, sendo antes usada com a finalidade de ajudar com a caça ou controle de rebanho de gado e só posteriormente, domesticado. Não se pode negar que essa conexão sempre foi forte e verdadeira, apesar de não ser suficiente para que atrocidades humanas sejam cometidas ainda em muitas cidades pelo mundo, sendo um ato frequente e comum. Infelizmente o abandono de animais é uma prática recorrente ainda nos dias de hoje, ato esse que acarreta uma série de consequências. De acordo com Alves et al. (2013), é considerado uma ameaça potencial nas áreas de saúde pública (devido a transmissão de zoonoses), social (desconforto das pessoas em relação ao animal, por não saberem se é agressivo e manifestação de comportamentos sexuais da espécie), ecológico (impacto ambiental devido aos excrementos que sujam a cidade), econômico (custos com a esterilização para controle populacional), ruídos (latidos e uivos), danos às propriedades públicas e privadas, acidentes de trânsito, podem ser predadores de animais pertencentes à fauna silvestre com perigo de extinção, e além de, claro, impactar no próprio bem estar do animal. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2013), é estimado que no Brasil existam cerca de 132,4 milhões de animais, entre cães, gatos, peixes, aves e outros.Desse valor, 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos sendo que 44,3% das residências têm cães e 17,5% dos lares tem gato. Dados da Organização Mundial de Saúde - OMS (2014) estimam que no Brasil existam cerca de 30 milhões de animais abandonados, sendo 10 milhões

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de gatos e 20 milhões de cães, porém a maioria deles é fruto do abandono.Nos grandes centros, há um cão para cada cinco habitantes, e 10% deles em estado de abandono. (OTTONI E COSTA,2019). Tal ato se torna uma realidade comum no Brasil.Os abandonos ocorrem em praças, parques, estradas e portas de pet shop, também percebe-se um aumento na época de festas, sendo considerado um grave problema tanto para a sociedade como para o próprio animal que, muitas vezes, são encontrados com deficiência nas condições de saúde física e mental, devido estarem expostos a sofrimentos e maus tratos nas ruas, o que os tornam em, muitas vezes, agressivos e violentos.(ALVES et al., 2013). Somado a isso, ainda ocorre a falta de conscientização das pessoas ao adquirirem um animal, pois fatores como: estilo de vida dos proprietários; espaço nas moradias; desinformação sobre custos e trabalho; e principalmente, problemas comportamentais são motivos de abandono em muitos casos.Na maioria desses casos, ainda é somado o fato de que muitos não são castrados, o que causa um aumento significativo na população desses animais.(GOMES, 2013) Na cidade de Fortaleza, segundo uma matéria do Diário do Nordeste publicada em 2019, há cerca de 425 mil animais nos lares da cidade, em contrapartida, há o assustador número de 132 mil animais abandonados ou vivendo nas ruas, sendo mais aglomerados na lagoa da Parangaba e Messejana, bairro Vila Velha e Damas, Universidades e cemitérios. Há a necessidade de educação ambiental, além de um olhar mais sensível para a causa animal para que problemas como esses diminuam e que sejam evitados a formação de novos pontos de abandono.Atualmente, a situação do Covid-19 infelizmente ocasionou mais


abandonos na cidade, segundo Luana Façanha, escritora da matéria publicada no OPOVO em maio de 2020, por serem os animais mais vulneráveis, com os problemas financeiros causados pela crise, acabam se tornando mais suscetíveis ao abandono, fazendo com que as denúncias dobrassem vindas de todas as áreas da cidade. Segundo uma matéria escrita por Isabella Campo no G1 em 28 de agosto desse ano, foi registrado um aumento de 195% de denúncias a maus-tratos no primeiro semestre de 2020 comparadas à mesma época do ano passado na cidade, acréscimo esse ocasionado devido a pandemia.As ONG’s responsáveis pela causa animal em Fortaleza relatam o recebimento de inúmeros pedidos de resgate, entre cães, gatos, porcos, galinhas, cavalos e jumentos.

Em outubro deste ano, a adoção desses animais ainda sofreu uma queda significativa, além do recebimento de doações nessa época, o que fez com que ONG criasse ações de resgate e entrega na casa dos possíveis tutores na cidade.(DIÁRIO DO NORDESTE, 2019). Atualmente, pela prefeitura da Cidade, há em Fortaleza 6 unidades de Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) incluindo o Hospital Veterinário Público, localizado na Universidade Estadual do Ceará (UECE), os quais são responsáveis por vigiar e controlar as doenças transmitidas pelos animais aos seres humanos. O que torna tudo mais revoltante é saber que o perpetuador de todo esse sofrimento é o próprio ser humano, e só o mesmo também é a solução para reverter essa situação.A desinformação acerca da guarda responsável, que trata dos cuidados que um animal demanda e seus custos, é um problema que a sociedade enfrenta nos dias atuais.

Mapa 01: Mapa de localização dos CCZ’s e Hospital Veterinário da Uece Fonte: Elaboração própria

Segundo Alves et al. (2013), as alterações comportamentais relacionadas a agressão e comportamento destrutivo dentro de casa estão dentre as causas que mais ocorrem abandono de animais no Brasil e em outros países também como Estados Unidos e China, chegando até mesmo, em alguns casos, optar pela eutanásia.Isso ocorre devido a ignorância por parte do proprietário antes de adquirir um animal, não conhecendo o comportamento da espécie e a motivação da posse (muitas vezes sendo por razões 27


erradas) e a falta do devido aconselhamento por parte dos veterinários. A responsabilidade envolvida em adotar/ comprar um animal vai muito além de cuidados básicos como alimentação adequada, abrigo e atendimento veterinário. Atualmente, abandonar animais domésticos na rua é configurado crime federal, pois agrava o problema e incentiva ainda que tal ação seja feita por outras pessoas.Por tais fatos, a criação de campanhas como Dezembro Verde (contra o abandono de animais) e Abril Laranja (contra a crueldade animal) foram idealizadas, visando diminuir os números que vêm aumentando no Brasil dessa infeliz prática. Ações educativas e campanhas de adoção consciente são medidas tomadas para enfatizar a importância do animal de estimação e sua guarda responsável.(BEZERRA, 2018). O problema se encontra no momento em que esse animal é adquirido por razões erradas, pessoas que provavelmente não tinham planejado a adoção, negando assim a possibilidade de criar vínculos com o animal, por não ser considerado prioridade na família, sendo assim, encarado como algo “descartável.” Segundo pesquisa realizada em 2016 pela revista ÉPOCA, foi revelado que 42% dos donos de cães e gatos não castram seus animais (Figura 01). Comportamento considerado preocupante pois acarreta uma série de consequências, como a proliferação descuidada desses animais, além do aumento do risco de contrair câncer, principalmente nas fêmeas, efeitos esses que poderiam ser evitados. Gomes (2013) cita que ainda há desinformação e mitos acerca do procedimento, o que ocasiona resistência por parte da população para realizar a castração nos seus animais, por achar que leva a perda da masculinidade. 28

Já é ciente pela população que há mais animais

nas ruas do que pessoas dispostas a adotá-los, porém o número ainda é preocupante e só confirma o que já foi dito an ter ior men te. É estimado que para cada pessoa que nasce, existam cerca de 7 cachorros ou gatos. Esses mesmos animais, se não forem castrados, podem gerar proles alarmantes no decorrer dos anos. Dados esses que comprovam a importância da castração logo cedo para evitar tantos animais abandonados nas ruas.

Imagem 01: Porcentagem de castração dos animais por parte do donos Fonte: Ibope Inteligência e Instituto Waltham

De acordo com o gráfico da Imagem 01 podese observar como os dados encontrados ainda são preocupantes. Atualmente essas castrações podem até ser realizadas sem custo, pois há locais que prestam esse serviço gratuitamente. Um estudo realizado nos Estados Unidos em 12 abrigos, obteve os seguintes resultados em relação aos motivos pelos quais os animais foram abandonados (Tabela 01).


local que ofereça todo o suporte para reabilitação desses animais para a guarda responsável se faz perceptível, local esse que os ampare de forma correta, e que ofereça cuidados não só fisicamente mas psicologicamente devido ao que passaram nas ruas.

Tabela 01 : Motivos que leva o abandono por parte dos donos Fonte: Salman, et al 2000 / Adaptado pela autora

Os animais são seres capazes de sentir emoções, e para que se alcancem um bem-estar animal, além de comida, água e abrigo, eles precisam se sentirem livres tanto para fazerem suas necessidades fisiológicas como para manifestarem comportamentos naturais da espécie, libertos de dor, estarem com a saúde física em dia, livres de medo, stress e possuirem uma dieta equilibrada em sua quantidade ideal.(GOMES, 2013) De acordo com V&Z em Minas (2009), a vida compartilhada com os animais pode ser considerada uma nova forma de existência, por se encarregar de sua saúde física e mental, além do fato de a vida moderna afastar as pessoas, e em grande parte esses animais são responsáveis por manter o equilíbrio emocional, o que os torna, cada vez mais, membros da família. A implantação de um abrigo se faz necessária na cidade de Fortaleza devido a, infelizmente, esses dados se repetirem aqui, assim como em muitos locais pelo mundo. Porém, apenas um lugar que acolha os animais não é suficiente, é preciso haver campanhas para conscientização da posse responsável e a importância da castração, para que seja possível a diminuição dos casos de animais nas ruas.

Diante de tais informações, a necessidade de um

O projeto a ser inserido na cidade contará com um programa de necessidades de forma que propicie a fazer a correta reabilitação do animal, para isso, se faz necessário o estudo de uma clínica veterinária, que trate das enfermidades dos animais encontrados nas ruas, oferecendo o diagnóstico necessário e seu devido tratamento, um espaço para posteriormente abrigar esses animais, que irão ser separados por baias, de acordo com nível de comportamento, sexo e se está ou não período fértil, se tratando das fêmeas. Também contará com amplos espaços onde esses animais possam tomar sol e se exercitar.A praça também foi pensada para que esses animais se socializem com os humanos, a qual foi inserida com o intuito de quebrar o paradigma dos comportamentos do animais encontrados em situação de rua, que muitas vezes impedem a adoção por parte das pessoas. Para um suporte financeiro, os custos do abrigo e da clínica serão auxiliados com a inserção de um pet shop, que oferece banhos e produtos para os animais a preços populares, além da colaboração de muitas ONGS dispostas a ajudar a causa animal.

1.2 OBJETIVOS 1.2.1 OBJETIVO GERAL Elaborar o projeto de um abrigo que proporcione aos animais o devido amparo das suas enfermidades, além de cuidar do bem estar físico e mental, para se encontrarem em boas condições para uma futura adoção responsável.

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1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1.Conceber de um espaço que atenda as demandas, da melhor forma, dos animais resgatados; 2.Elaborar um projeto de pet shop que proporcione apoio financeiro para o tratamento dos animais do abrigo; 3.Promover a ressocialização dos animais através da concepção de uma praça.

1.3 METODOLOGIA Levando em consideração o objetivo dessa pesquisa, que se trata da melhor compreensão dos motivos para o abandono de animais para, assim, elaborar um projeto de um abrigo para cães e gatos em situação de rua na cidade de Fortaleza, local esse que auxilie no tratamento e socialização dos mesmos, diferentes tipos de coletas de dados foram aderidas afim do melhor entendimento do tema. Alguns métodos de pesquisa foram adotados neste trabalho; pesquisa bibliográfica e documental, como o levantamento de materiais de referencial teórico através de artigos científicos, livros, sites e outros materiais para uma melhor compreensão do assunto abordado. Houve também a análise da legislação vigente, no que diz respeito às leis contra os maus tratos e abandono de animais, assim como o estudo das normas da Anvisa, no quesito da instalação de clínicas veterinárias. A análise de material de projetos de referência, como plantas baixas, cortes e fotos,visitas técnicas a clínica veterinária e abrigo, para melhor entendimento das necessidades do local, e assim, a correta elaboração de um projeto que supra todos os problemas encontrados no decorrer da pesquisa. Em se tratando do projeto arquitetônico, visitas técnicas e diagnóstico do terreno escolhido serão realizadas, além do estudo do programa de necessidades para o projeto que melhor atenda às demandas dos animais resgatados.

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CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA 33


02. CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA 2.1 RELAÇÃO HOMEM E ANIMAL 2.1.1 HISTÓRIA Desde a pré-história, há registros da relação homem- animal através de pinturas rupestres nas cavernas, relação essa sendo usada antigamente para outros fins, como: auxiliar na produção de alimentos, caça, controle de rebanho, transporte de pessoas ou cargas e até cuidados com o terreno para agricultura. Segundo V&Z em Minas (2009), a relação do cão com o homem é datada há mais de 100.000 anos atrás, se associando primeiro que qualquer outro animal.A princípio, funcionava como uma troca, o animal era utilizado para esses serviços e recebia abrigo por parte dos ancestrais, que tinham comportamento intuitivo, agindo de forma primitiva, permitindo a aproximação deles e, posteriormente, sua domesticação. Com o passar dos anos, os animais que melhor se adaptaram às condições humanas foram ganhando, cada vez mais, espaço na vida do homem, que este por sua vez optou por criar cães que melhor se adequassem às suas necessidades. Quanto a domesticação dos gatos, datada de 7.000 a 100 a.C, a intervenção humana foi baixa ou nula.Os humanos permitiram sua aproximação, devido a isso, sua “auto domesticação’’ é algo cabível, pois a ideia de se tornarem auto-suficientes é considerado por muitos estudiosos. Segundo Ribeiro (2011) essa relação é resultado de uma evolução social, o homem, por possuir uma posição hierárquica elevada na natureza, faz uma seleção a partir 34

do que julga ser mais condizente com suas necessidade, o que ocasiona uma nova forma de interação com o homem, considerado um membro da família. Com o passar dos anos, a interação homem animal foi mudando.A convivência, que antes era estabelecida em dominação e utilização, foi tomando outros rumos o homem foi sentindo cada vez mais a necessidade de ter esse animal por perto, porém, agora eram vistos como seres capazes de oferecer trocas afetivas.Sendo assim, os animais passaram por um longo processo de domesticação e se tornaram dependentes do ser humano sendo inseridos em seu espaço mais íntimo. Pode-se observar o aumento do número de seres de outras espécies, que não a humana, nas residências ao redor do mundo, como: cães, gatos, pássaros, hamsters, peixes, entre outros.No que diz respeito a troca de afeto, os cães e gatos são os mais procurados. Essa forte interação que se vê nos dias de hoje serve para comprovar como o homem também necessita conviver com esses animais, pois já foram comprovados os inúmeros benefícios que eles trazem para nossas vidas.Em alguns casos, são adquiridos por uma necessidade específica, mas isso não impede a conexão que é estabelecida entre esses dois seres. O relacionamento entre o ser humano e o animal é muito amplo. As pessoas idosas são as mais propensas a adquirirem um animal para amenizar a solidão da idade, há também quem busque raças de grande porte a fim de obter a proteção da casa, casais que por algum motivo não podem ter filhos e o animal vem para preencher esse espaço. Independente do motivo, precisa haver também a guarda


responsável, o conhecimento de que aquele animal além de dar atenção também tem necessidade de atenção, além de cuidados básicos e acolhimento.(OTTONI E COSTA,2019).

realização de tarefas habituais e deslocamento pelas ruas, além de claro, ser um suporte emocional diário para o dono o apoiando na inclusão na sociedade, os tornando mais independentes.(CLERICI,2009).

2.1.2 CÃES DE SERVIÇO Há atividades específicas que os animais são intitulados, sendo considerados a melhor escolha para muitas pessoas, por designarem as tarefas com êxito e possibilitarem sua autonomia e participação na sociedade. Esses cães, intitulados como “cães de serviço’’ possuem diversas denominações, como: cães de assistência, cães para deficientes auditivos, cães guia, cães de alerta, cães de resgate, cães farejadores, entre outros. (CLERICI, 2009) Uma estimativa real da quantidade desses animais que se encontram em trabalho atualmente é bem difícil de ser estabelecida, mas é calculada pela Assistance Dogs International (ADI) que em 2010, existiam cerca de 5794 cães ativos a nível mundial de serviço, porém essa quantidade não condiz com a realidade.(CARVALHO, 2012). É importante ressaltar que para ter um êxito na terapia baseada no convívio com animais, é preciso que todo o processo se encontre em harmonia, então, o tratamento físico em conjunto com a psicoterapia é responsável para uma boa estabilização do paciente.Relação essa que só vem a beneficiar ambas as partes.(CLERICI, 2009). O cão é o animal mais indicado para terapia por possuir mais respostas positivas dos pacientes, além de sua afeição natural pelas pessoas, característica que facilita o processo de melhora devido sua boa resposta ao toque. Em se tratando das designações dos cães de serviço, pode se citar o caso do cão guia (Imagem 02) usado para orientar pessoas com deficiência visual. que ajudam na

Imagem 02: Cão guia acompanhado de seu tutor Fonte: Google Imagens, 2019.

Há o caso de cães policiais/farejadores, devido o seu olfato ser bastante apurado, são usados para discernir um odor específico, e assim farejar materiais ilegais que a polícia talvez não consiga identificar, além de realizarem operações de resgate, busca e salvamento por serem altamente treinados para tais tarefas.Pode-se citar ainda o caso dos cães que conseguem detectar o nível de açúcar no sangue de pessoas portadoras de diabetes. Com isso, é possível perceber, cada vez mais, a inserção do cão na sociedade, participando de maneira ativa na vida dos seres humanos, em que ambas as espécies são diretamente influenciadas e beneficiadas (CLERICI, 2009). 2.1.3 ZOOTERAPIA Segundo Reed, Ferrer e Villegas (2012), é fato que os animais são considerados ótimas companhias para o ser humano há muito tempo, sendo essa relação de 35


apoio emocional, trabalho ou simplesmente como papel de bicho de estimação, não se pode negar que o elo construído com esses seres é algo inexplicável e já houve estudos confirmando os inúmeros benefícios, além do fato do animal domesticado trazer sensações que nem sempre são alcançadas nas relações entre os humanos. Porém esse convívio toma rumos cada vez mais fortes a partir do momento que ele é buscado para outro propósito, agora, para fins de tratamento em pessoas com condições crônicas, atuando como curadores dos seus guardiões humanos e concebendo toda a assistência que eles precisam.(RIBEIRO, 2011). De acordo com Clerici (2009), os registros de uso de animais em tratamentos datam do século XIX, na Bélgica, por pessoas com ou sem necessidade especial.Sua origem se dá em 1792, na Inglaterra numa instituição mental.Em 1867, em uma Instituição na Alemanha, foi usada a mesma técnica, e em 1942, pacientes com desordem mental e física apresentaram melhora com a zooterapia nos Estados Unidos. Foi disseminada na Europa Continental a partir de 1980, e o interesse do Brasil por tal técnica apenas se deu a partir dos anos 90.(FERREIRA, 2012). A publicação que esses animais poderiam ser usados em tratamentos terapêuticos somente ocorreu na década de 50, quando o psicólogo pediátrico americano, Boris Levinson descobriu que podiam fazer o papel de coterapeutas, depois de suas observações científicas em pacientes com quadros clínicos psiquiátricos.(FERREIRA e RIBEIRO, 2012, 2011). Esse método foi introduzido no Brasil em 1997, pela veterinária e psicóloga Dra.Hannelore Zuks.É citado no estudo que, apesar da prática de incluir animais em hospitais na América do Norte e Europa seja comum, no Brasil o processo ainda foi mais demorado.Tal prática ainda não é 36

considerada um tipo comum de tratamento complementar para as pessoas que sofrem com essa condição, além de ter um alto custo, o que dificulta o acesso da população. (FISCHER; ZANATTA; ADAMI, 2016). Tal técnica é nomeada Zooterapia, uma terapia, que segundo Ribeiro (2011) é fundada na emoção, pois “...a linguagem racional nem sempre é capaz de captar todas as necessidades, seja do animal humano ou não humano’’.É realizada com a presença de animais para o tratamento de doenças de origens físicas, psiquiátricas e locomotoras que, em alguns casos, é altamente recomendado por seu caráter humanizado, além da comprovação de resultados satisfatórios a médio e longo prazo. Segundo Clerici (2009) e Ribeiro (2011) esse tipo de terapia, que vem ganhando cada vez mais espaço, auxiliando crianças, jovens e idosos em diferentes situações, busca demonstrar que muitas vezes o melhor medicamento pode não estar em uma caixa de remédios, mas sim ao seu lado, abanando o rabo. O tratamento consiste em traçar o perfil da pessoa a ser acompanhada e o objetivo a ser buscado. A partir daí, a terapia recomendada é posta em prática com os animais, o quais passam por todo um processo de desenvolvimento em que são treinados por tutores, que possuem formação específica neste âmbito, para suprir a necessidade buscada.A responsabilidade sobre o bem estar do animal é sempre levada em consideração, acima de tudo. Já é possível obter ótimos resultados com a introdução desses animais, podem ser citados como exemplos os benefícios físicos, mentais, sociais e emocionais, os quais são significativos. O uso da terapia equestre para crianças que vivem com Desordem do Espectro Autista (DEA), tendo como resultado o aumento de comportamentos sociais positivos. Já um estudo realizado na Universidade do Minnesota,


comprovou a eficácia de possuir um animal terapêutico em uma clínica odontológica pediátrica, reduzindo a ansiedade inicial dos pacientes.Por fim, foi demonstrada a autoestima adquirida em crianças tímidas que possuem dificuldades de expressão através da utilização do animal.(REED; FERRER; VILLEGAS, 2012).

animais de diferentes espécies.A instituição responsável por aplicar o programa deve apresentar toda a documentação relativa a exames laboratoriais e vacinas. (FÜLBER, 2011). Já a TAA é considerada um processo terapêutico formal que envolve procedimentos e metodologias e conta com serviços profissionais da área médica e outras, possuindo metas e a evolução é documentada, além de visitas com duração agendadas.(REED; FERRER; VILLEGAS, 2012). A TFC ou Cinoterapia, se dá com o uso exclusivo do cão, como o nome diz, que atua como facilitador no processo terapêutico, melhorando a relação pacienteprofissional.Atividades que se utilizem de mecanismos básicos que busquem a melhora da saúde, como diminuição da ansiedade, são adeptas a esse tipo de tratamento, em que as necessidades do paciente e do cão precisam estar equilibradas.

Imagem 03: Cão acompanhando criança em tratamento Fonte: Google Imagens (2018)

São considerados quatro tipos de programas que os animais podem ser inseridos, as Atividades Assistidas por Animais - AAA, a Terapia Assistidas por Animais - TAA, a Terapia Facilitada por Cães - TFC e a Educação Assistida por Animais - EAA.Elas oferecem uma quebra de rotina dos hospitais e instituições, melhorando a qualidade de vida das pessoas comprometidas.(CLERICI, 2009) A AAA pode ser considerada o estágio inicial, atividades como o entretenimento, recreação e distração são aplicadas pois buscam a motivação e melhoria da qualidade de vida, podendo ser realizadas em lares, hospitais ou escolas.É feita de maneira mais espontânea, com um esquema mais flexível, onde não há metas e a evolução não é documentada, além da possibilidade do uso de

Por fim, a EAA é uma estratégia pedagógica considerada promissora no contexto escolar, podendo ser inserida em diversos públicos, sendo mais usual em estudantes com necessidades especiais de aprendizado.É voltada para o contato das crianças com os cães, que buscam a aprendizagem e seu desenvolvimento e se mostra promissora. (LIMA et al., 2018). As pesquisas que apresentam a eficácia dessas atividades ainda são limitadas, mas há a comprovação dos benefícios do uso de animais para assistência à saúde, tendo resultados satisfatórios em pessoas de qualquer idade, mas principalmente em crianças e idosos.

2.2 BENEFÍCIOS RELAÇÃO HOMEMANIMAL

Já é entendido que, a interação homem-animal

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fez criar vínculos cada vez mais fortes, presentes desde o processo civilizatório humano até sua domesticação, esses animais denominados como “animais de companhia” são atualmente são considerados por muitas pessoas como verdadeiros membros da família, que os tratam como tal. Porém, além da companhia que oferecem, podem ser ser apontados inúmeros outros benefícios dessa convivência. Com esses laços entre as espécies cada vez mais intensos, vínculos recíproco com os humanos são criados e uma nova forma de existência, compartilhada com os animais é prezada, já que mostrou-se benéfica se tratando da saúde física e mental das pessoas, essa nova configuração social com o animal é adotada cada vez mais pelas pessoas em seus lares. Além de um grande mercado em ascensão que esses animais representam, pois de um tempo para cá, obteve-se uma melhora significativa nos produtos e serviços classificados como mercado “pet”, pode-se também falar dos inúmeros benefícios que essa relação vem impactando na vida das pessoas, considerados fator importante no equilíbrio emocional.(V&Z EM MINAS, 2009). As pesquisas relacionadas a esse assunto, denominado Interação Humano-Animal são relativamente recentes ainda, pois só foi reconhecida como tema acadêmico nas décadas de 1970-80, nesse sentido, os pesquisadores e médicos veterinários possuem papel fundamental de esclarecer a população os comportamentos considerados essenciais para a saúde e bem estar de ambos, pondo em prática o desenvolvimento de habilidades e exercício de responsabilidade para se alcançar tal objetivo. (FARACO, 2008) Benefícios esses que atualmente, podem ser enquadrados em diversas áreas, pois os animais se adaptam às necessidades da sociedade em que vive.A melhora da 38

qualidade de vida das pessoas que inserem um animal de estimação na sua rotina já é relatada por diversos pesquisadores, e pode ser observado também em pessoas de diferentes idades. Se tratando das crianças, é notado que o ato do toque proporciona sensação de segurança e confiança, se tornando mais afetiva e adquirindo uma noção do mundo em que vive, além de se tornar uma pessoa mais sensível perante a muitas situações, há também a melhoria da autoconfiança e resgate da auto estima e melhora do sistema imunológico. (LAMPERT, 2014). Atualmente, os adultos possuem a tendência de se isolar cada vez mais devido às rápidas mudanças que o mundo vem enfrentando, então, os animais se incluem nas suas vidas exercendo papel fundamental no equilíbrio emocional, tendo em vista que se entregam sem querer nada em troca, o que resulta na criação de um elo fiel e eterno.Há também o importante impacto a ser mencionado no quesito saúde das pessoas que possuem um animal, é o caso de um estudo realizado na Austrália que constatou que houve melhora da pressão sistólica e diminuição dos níveis de triglicérides tanto em mulheres quanto em homens que possuem um animal comparada aos que não possuem. Já nos idosos, que se encontram em uma fase da vida que se tornam mais frágeis tanto emocionalmente como fisicamente, os efeitos da inserção de um animal mostrouse muito benéfico pois desperta o carinho e a afetividade. Já é aderido até em alguns países da Europa o estímulo a adoção de animais, pois a responsabilidade sobre algo os faz se sentirem mais dispostos a cuidar daquele animal, praticando caminhadas e consequentemente melhorando sua saúde.


Parágrafo 3º, importante no que se refere a infração da lei “§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados” (BRASIL, 1988).

2.3.2 LEI 9.605 DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998

Imagem 04:Homem brincando com seus cães Fonte: Google imagens, 2018.

2.3 LEIS PARA PROTEÇÃO ANIMAL Em 1978 foi proclamado pela Unesco, em Bruxelas, a Declaração Universal do Direito dos Animais, onde consta 14 artigos que tratam do direito dos animais e o papel do ser humano perante a existência deles, a qual informa tudo o que caracteriza mau trato e desaprova qualquer ato que não seja coerente com o respeito a vida de outras espécies. (STRAZZI, 2015) 2.3.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 É dever do estado proteger os animais de acordo com a Constituição Federal de 1988, no capítulo VI, que trata do meio ambiente, mais especificamente no seu artigo 255.Vale ressaltar dois parágrafos que abordam o assunto: Parágrafo 1º, inciso VII: “VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.” (BRASIL, 1988).

Considerada a principal lei que protege os animais, ela “dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências”.É também a primeira que abordou os crimes contra o meio ambiental. É importante citar o art.32, e respectivamente, seus parágrafos I e II “Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.” “§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.” “§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.” (BRASIL, 1988).

2.3.3 DECRETO Nº 24.645 DE 1934 Os animais são protegidos juridicamente desde 1934, quando o decreto nº 24.645 de 1934 foi proclamado por Getúlio Vargas, desde lá, foram criadas que os protegem a âmbito internacional, federal e municipal.Vale ressaltar alguns pontos no decreto, como o Art 1, 2, “Art. 1º Todos os animais existentes no País são tutelados do Estado.” “Art. 2º Aquele que, em lugar público ou privado, aplicar ou fizer aplicar maus tratos aos animais, incorrerá em multa de 20$000 a 500$000 e na pena de prisão celular de 2 a 15 dias, quer o delinquentes seja ou não o respectivo proprietário, sem prejuízo da ação civil que possa caber.” (BRASIL, 1988).

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Seu artigo 3º possui 31 incisos que tratam do que pode ser contemplado como maus tratos a animais. 2.3.4 CÓDIGO PENAL O Art.164 também trata da causa animal, ele cita: Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o fato resulte prejuízo: Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa.

pet é a microchipagem animal.Em sua grande parte, é realizado apenas para viagens internacionais, onde precisa haver o controle para entrada em país estrangeiro, sendo considerado obrigatório em alguns países, como Estados Unidos e Japão.Classificada como uma técnica válida para o controle de abandono de animais, infelizmente é utilizada apenas em alguns estados por se tratar ainda de um desafio.É importante citar que, para que tal programa venha a atingir seu objetivo, é preciso que a presença da sociedade e dos proprietários seja ativa.(SARTORI E MEDEIROS, 2018).

(BRASIL, 1988).

Infelizmente, tais penas continuam sendo brandas e a falta de interesse e o não cumprimento dos compromissos estabelecidos por lei, favorecem que os criminosos continuam maltratando, o descaso da população e do poder público contribuem para tornar um crime silencioso, além de que se o infrator não possuir antecedentes criminais, sua punição possa ser revertida em prestação de serviços à comunidade ou pagamento de cestas básicas.

2.4 RECURSOS CONTRA O ABANDONO

A tecnologia é baseada na implantação de um chip, de tamanho similar a um grão de arroz, o qual não necessita de pilhas, baterias ou manutenção para funcionamento, além de ter durabilidade vital.Sua aplicação é subcutânea no animal, especificamente no pescoço, com o auxílio de uma agulha hipodérmica, tendo ativação realizada por meio de um scanner.O chip recebe um número único no mundo todo, cadastrados no Registro Geral do Animal. Para leitura desse chip, é usado um aparelho leitor que detecta o número cadastrado, que em seguida é verificado com o registrado em site.(SCORTEGAGNA et al., 2017).

2.4.1 MICROCHIPAGEM ANIMAL Segundo Sartori e Medeiros (2018) há tempos que os métodos de identificação em animais são datados, especificamente desde sua domesticação, houve diferentes formas que foram evoluindo até os dias atuais.Pode-se usar variados meios para isso, alguns considerados mais fracos e outros com mais sucesso.Independente de qual seja, é de extrema relevância a identificação dos mesmos. Um recurso de fiscalização eletrônica utilizado atualmente para armazenar dados relevantes sobre o

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Imagem 05: Tamanho de um microchip em relação a um dedo humano Fonte: Vet Quality

O chip não possui GPS, o que torna a capacidade de rastreio por satélite inválida, mas pode conter informações de identificação do proprietário e do animal, como: nome, espécie, raça, sexo, porte, cor da pelagem, data de


nascimento, o número do microchip com sua referida data de aplicação, informações adicionais de outros tratamentos também podem ser incluídas.(SCORTEGAGNA et al., 2017). Porém, essa técnica poderia ser utilizada para minimizar os riscos à saúde pública, contribuir tanto para ONG’s de Proteção Animal e clínicas, pois, esse processo a longo prazo, ajuda no controle populacional dos animais de rua, como também, para o aplicação de multas por parte do governo se o animal foi encontrado novamente nas ruas, o que facilita o trabalho das equipes de resgate, que muitas vezes acabam por capturar algum animal que já foi cadastrado no sistema, enquanto o que não foi, continua solto. Além da possibilidade de, se o cão se perder ou fugir, possa ser encontrado o tutor através da leitura do chip implantado, onde se pode ter acesso às informações do dono, como nome e número de telefone que ficam registradas no banco de dados, tudo isso torna a chance de o animal não ser identificado praticamente nula.(TOZZI; ANDERLE; NOGUEIRA, 2018) Há ainda outras formas de se identificar um cão perdido, como placas de identificação colocadas junto a coleira (em alguns casos contém o QR Code) que possui dados do dono para contato, é importante frisar que não devem ser descartadas mesmo com a implantação do microchip, pois permite que uma pessoa comum (que não conte com o aparelho) possa ter o acesso aos dados inseridos no sistema do chip, pois dependendo da situação, a devolução do animal é emergencial, o que contribui para acelerar o processo.(GLOBO, 2019). As redes sociais são grandes aliadas para promover o encontro do tutor com o animal perdido, pois há vários grupos que são voltados para tal finalidade, com a possibilidade do compartilhamento de informações e fotos,

as notícias rapidamente se espalham e com sorte, o animal é devolvido, porém sabe-se que não é sempre possível se obter sucesso, tornando esse meio ainda insuficiente.Existem ainda sites e aplicativos de busca criados especialmente com esse objetivo.(TOZZI; ANDERLE; NOGUEIRA, 2018). 2.4.2 CASTRAÇÃO ANIMAL Segundo Bortoloti e D’agostino (2007) a falta de controle de natalidade dos cães e gatos em situação de rua por parte do governo é algo prejudicial no Brasil, por se tratar de uma questão de saúde pública, sua superpopulação e falta de manejo adequado gera vários transtornos para os animais e para a comunidade, além de serem transmissores de zoonoses e causarem perturbações onde não são bemvindos. No Brasil, agentes públicos municipais acabam por ocasionar reações contrárias devido aos métodos inapropriados e nada efetivos utilizados nos procedimentos de controle populacional desses animais, sendo considerados impopulares, além de seu custo elevado, que onera o poder público. Um recurso de extrema importância para prevenção e controle populacional dos cães em situação de rua é a castração, que unido com a microchipagem, são considerados os dois meios mais avançados para coibir o aumento do número de cães e gatos e gerenciar a quantidade.Porém, é preciso que ocorra a adoção desses animais, pois se continuarem nas ruas, torna todo o processo inválido, além de ficarem expostos a situações de violência.A mudança na prática de várias esferas do poder público como, implantação de medidas educativas, punitivas e de monitoramento são essenciais para minimizar o problema. (ALBUQUERQUE et al., 2017).

A castração tem vários objetivos, sendo um deles 41


a redução dos riscos de problemas de saúde do animal, porém, também é uma questão de saúde pública pois evita a procriação desordenada e consequentemente, se torna um recurso* importante para o animal, para o responsável e para a população que se torna isenta dos riscos.

campanhas educativas por pessoas dedicadas a proteção animal e agentes comunitários da saúde,que possuem o papel importante de alertar a população dos benefícios do procedimento, além de frisar os bons tratos, posse responsável e devida conscientização.(ALBUQUERQUE et al., 2017).

De acordo com Oliveira (2002), as cadelas e gatas costumam costumam ter rápida gestação (em torno de 60 dias) concebendo filhotes que atingem a maturidade sexual cedo, e esses, se não forem aplicadas medidas de esterilização, geram grande proles.Há ainda a realização por parte da prefeitura em algumas cidades da castração a baixo custo para aqueles que não tem condições de pagar pelo procedimento de extrema importância no combate do aumento destes animais.

Considerado o método mais recomendado para o controle reprodutivo em larga escala, a castração possui inúmeros benefícios, as alterações comportamentais são identificadas como, eliminação de comportamentos desagradáveis como brigas, manifestação da marcação de território por borrifos de urina, visto principalmente em machos, reduz o risco de câncer, aumenta a longevidade e evita crias indesejadas.Porém, é importante ressaltar que tal processo se manifesta de maneiras distintas entre os sexos e entre as espécies, o que não classifica como uma regra as tais mudanças de comportamento.(OLIVEIRA, 2002).

2.5 CAMPANHAS CONTRA O ABANDONO 2.5.1 DEZEMBRO VERDE O abandono de animais se configura como uma conduta criminosa de acordo com a Lei Federal nº 9.605.98. Visando diminuir tal ato por parte dos tutores, foram criadas algumas campanhas que buscam a conscientização das pessoas diante dos graves problemas que são originados. (BEZERRA, 2018). Imagem 06: Quantidade de descendentes gerados com o decorrer dos anos. Fonte: American Humane Association

O convênio entre prefeitura e clínicas veterinárias para realizarem a castração a preços populares para pessoas interessadas em castrar seus pets é válido para melhora dos dados de animais errantes, mas é ainda assim preferível se forem combinados com ações sociais e 42

O mês de dezembro, época que antecede as férias de fim de ano, se destaca pela procura dos animais como forma de presente, ato no qual, por não ser bem pensado, ocasiona o abandono pouco tempo depois.As viagens das férias escolares também nessa época, podendo se estender até fevereiro (onde se é registrado um aumento de até 70% do problema) por não saber com quem deixar.Há também a


questão de se comemorar o Dia Internacional dos Animais nesse mês (DIDA),10 de dezembro.A cor verde foi escolhida devido a questão ambiental, tendo ligação direta com os animais.(GLOBO, 2019) Segundo Bezerra (2018), foi idealizada no Ceará em 2015, por Francisco Alex Carlos Paiva, presidente da Associação dos Seres Viventes de Sobral, considerado ativista da causa animal, é realizada em vários municípios no mês de dezembro, buscando combater o abandono e os mau-tratos contra os animais, contando com palestras e ações de conscientização, e campanhas de adoção consciente. Nessa época do ano, as chamadas a central aumentam consideravelmente, então é preciso ter discernimento da população na hora de denunciar, para não sobrecarregar o trabalho dos fiscais que necessitam se deslocar para verificar a queixa. A campanha surge com o objetivo de reforçar o trabalho que já ocorre no decorrer do ano por parte das Organizações Não-Governamentais (ONG’S) e os protetores da causa animal, ela vem para sensibilizar a população de tal prática degradante por parte da população.(ANOREGMT, 2019) Imagem 07: Encarte de campanha contra o abandono de animais Fonte: Vetnil

2.5.2 ABRIL LARANJA Outra campanha de extrema importância que abraça a causa animal é Abril Laranja, fundada pela Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra Animais (ASPCA, em inglês), foi idealizada com o objetivo de alertar a sociedade a repudiar qualquer ato que submeta o animal a maus tratos.O mês é mundialmente dedicado a prevenção contra a crueldade animal.(MOREIRA, 2020) De acordo com Moreira (2020), a campanha foi planejada como o intuito de conscientizar a população para que denuncie, se mobilize e cobre políticas públicas mais dignas por parte do governo, único órgão responsável por aplicar as devidas punições em quem pratica esse crime, que abrange tanto animais domésticos, silvestres, nativos ou exóticos de acordo com a Lei Federal nº 9605/98. A campanha apoia a defesa dessa bandeira de proteção animal não só no mês de abril, mas em todos os dias do ano, fazendo valer uma legislação mais consistente com relação aos animais, já que essa crueldade está mascarada de várias formas, sendo uma delas o abandono de animais, prática que Dezembro Verde condena. É importante citar que a sociedade tem papel fundamental para fortalecer essa causa, sendo consciente acerca dos requisitos necessários a denúncia, através de um Guia Básico para denunciar maus-tratos contra animais, publicado pela Agência de Notícias de Direitos Animais (ANDA).A notificação pode ser realizada principalmente em delegacias ambientais, polícia ambiental e ministério público do meio ambiente, porém há ainda outros meios para fazer tal denúncia, além de centrais especializadas para isso. (ALMEIDA, 2018).

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Imagem 08: Encarte de campanha contra a crueldade animal Fonte: Google Imagens

2.6 NORMAS E LEGISLAÇÕES PARA ESTABELECIMENTOS VETERINÁRIOS É compreendido que, para acolher os animais encontrados nas ruas vítimas de abandono e maus tratos, é preciso que se faça o suporte necessário para uma recuperação saudável e digna.O apoio e acompanhamento de tratamento por parte dos voluntários é de extrema importância para que o animal se sinta acolhido, e para isso, o ambiente em que ele está inserido também influi diretamente na sua reabilitação. A arquitetura deve ser pensada para o seu bem estar, a criação de boas condições de vida para o animal (ademais a disponibilidade de água e comida) voltado para seu sistema emocional cerebral possibilita que suas emoções positivas sejam ativadas, pois os animais podem se sentir acolhidos ou não, dependendo do local em que se encontram. Além de áreas mínimas a serem cumpridas, há legislaçãoes que tratam do assunto que devem ser estudadas e aplicadas nos estabelecimentos veterinários. Os animais possuem necessidades a serem atendidas tanto quanto os seres humanos, e um espaço físico apropriado é fundamental para seu bem estar físico e mental, locais

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esses que também estão listados nas “5 liberdades” (livre de fome e sede; livre de dor, lesões e doenças; livre de medo e estresse; livre de desconforto e livre de para expressar comportamento normal) definidas pelo Conselho de BemEstar de Animais de Fazenda (Farm Animal Welfare Council -FAWC, 2009) que abrange animais tanto domésticos como silvestres.(HUNDSDORFER, 2019). Com a finalidade de determinar normas a serem seguidas para abrigo de cães e gatos, foi criado pela Sociedade Mundial para a Proteção de Animais (World Society for the protection of animals - WSPA) em 2011, um documento que apresenta várias pontos referentes ao bem estar animal, além de tratar outros âmbitos do tema.(OTTONI; COSTA, 2019). Em relação a elaboração de ambientes para esses animais, devem ser compatíveis com o porte, a espécie e a condição que o animal se encontra.Para isso, pode-se ter como base normas e recomendações técnicas disponíveis na internet, onde contém recomendações do que é adequado ou não, visando evitar fugas, acidentes, estresse e transmissão de doenças. Serão apresentadas algumas legislações que tratam de estabelecimentos voltados a medicina veterinária como: Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses do Ministério da Saúde de 2016, Manual de Normas Técnicas para Estruturas Físicas de Unidades de Vigilância de Zoonoses, do Ministério da Saúde de 2017, a Resolução CFMV nº 1.275, de 25 de junho de 2019, o Decreto Estadual nº 40.400, de 24 de outubro de 1995, a Resolução nº 2455 de 28 de julho de 2015 e o Código de Obras e Posturas do Município de Fortaleza, com seus respectivos pontos a serem levados em consideração antes da concepção desses ambientes, apresentando o que foi classificado com mais relevância.


Segundo o Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses do Ministério da Saúde de 2016, que dispõe das normas técnicas e operacionais desses equipamentos, é dito em relação a separação dos alojamentos dos animais: Em ambientes individuais: Animal em observação para alguma zoonose. Animal com doença infectocontagiosa (identificada quando alojado). Fêmea em estado de gestação evidente. Fêmea com seus filhotes Filhote com até 90 dias de idade. Animais de uma mesma ninhada Animais parceiros. Fêmea adulta no cio. Animal agressivo. Em ambientes coletivos: Animais de faixa etária compatível. Animais de temperamento compatível. Animais do mesmo sexo ou esterilizados

Já o Manual de Normas Técnicas para Estruturas Físicas de Unidades de Vigilância de Zoonoses, do Ministério da Saúde de 2017, prevê para cada tipo de canil uma estruturação e divisão diferentes, porém pode-se perceber recomendações gerais em comum como: boa ventilação e iluminação natural, portas com abertura para fora dos canis, caimento no piso em direção ao sistema de canaletas e grelhas para limpeza de dejetos, com ponto de água e comida em todas as unidades, solário, circulação interna para serviço e externa para público e proteção contra chuva e vento.As seguintes especificações são descritas:

Piso: Liso (sem frestas), de fácil higienização e resistente aos processos de limpeza, descontaminação e desinfecção. Parede: Lisa (sem frestas), de fácil higienização e resistente aos processos de limpeza, descontaminação e desinfecção. Os materiais de revestimento não podem possuir índice de absorção de água superior a 4% individualmente ou depois de instalados. Teto: cobertura aparente.

Para os gatis, as recomendações do ponto de água, solário e portas com abertura para fora se mantém, prevê também a instalação de prateleiras para colocação de gaiolas.As mesmas especificações em relação a piso, parede e teto são aplicadas. A construção do solário é de caráter obrigatório tanto para canis como para gatis, pois os animais necessitam ter acesso a luz natural, de alguma forma, para o banho de sol. Segundo a Resolução Nº 2455, de 28 de julho de 2015 do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) do Estado de São Paulo, instituiu algumas normas: A. Todo canil e gatil comercial deve obrigatoriamente ter um responsável-técnico médico veterinário. B. Cães e gatos devem permanecer em ambientes secos, limpos e de fácil higienização, com produtos de eficácia e eficiência comprovadas, conforme a legislação vigente; C. Canis e gatis devem ter área coberta; protegida de intempéries; com revestimento de parede de material lavável e passível de higienização e desinfecção; D. O piso deve ser de material antiderrapante, que proporciona segurança e conforto ao animal, de fácil higienização e resistente aos processos de limpeza e desinfecção; E. Deve ser garantido o acesso diário dos animais às áreas de

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solário; F. Os ambientes em que os animais permanecem devem proporcionar uma drenagem adequada de forma a facilitar a secagem e que não haja contato de águas servidas e dejetos entre os ambientes; G. A destinação dos resíduos sólidos deverá atender à legislação vigente;

Em relação área dos espaços para os animais:

Tabela 02: Dimensionamento - canil Fonte: CRMV Nº 2455 / Elaboração própria

Tabela 03: Dimensionamento - gatil Fonte: CRMV Nº 2455 / Elaboração própria

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A resolução Nº 1.275 de 25 de junho de 2019 do CFMV a qual dispõe de condições para o pleno funcionamento de unidades para atendimento médico veterinário para animais de pequeno porte também trata do assunto, abordando recomendações para o bem estar animal, como: TÍTULO II CAPÍTULO III Art. 9º. São condições obrigatórias para funcionamento das Clínicas Veterinárias que essas possuam: I - ambiente de recepção e espera; II - arquivo médico físico ou informatizado; III - recinto sanitário para uso do público, podendo ser considerados aqueles que integram um Condomínio ou Centro Comercial onde já existam banheiros públicos compartilhados, ou, ainda, quando integrar uma mesma estrutura física compartilhada com estabelecimentos médico-veterinários; IV - balança para pesagem dos animais;

Também há a necessidade de salas de atendimento e setor de sustentação contendo materiais e equipamentos necessários para oferecer suporte adequado para os animais, além das especificidades se o estabelecimento optar pelo atendimento cirúrgico e internação, que é o caso do Abrigo Animal, além de estar devidamente expresso de o local se dedica ou não a funcionamento 24 horas.


TÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 15. Todos os estabelecimentos médicos-veterinários elencados nesta Resolução devem cumprir as seguintes normas de boas práticas: VII - manter as instalações físicas dos ambientes externos e internos em boas condições de conservação, segurança, organização, conforto e limpeza; VIII - garantir a qualidade e disponibilidade dos equipamentos, materiais, insumos e medicamentos de acordo com a complexidade do serviço e necessários ao atendimento da demanda; X - garantir que os mobiliários sejam revestidos de material lavável e impermeável, não apresentando furos, rasgos, sulcos e reentrâncias;

Já a Resolução Nº 1069 de 27 de outubro de 2014 que dispõe das diretrizes aplicadas a estabelecimentos comerciais de animais abordadas pelo CFMV a respeito da saúde animal e da saúde pública, é abordado: Art. 3º Entende-se por bem-estar o estado do animal em relação às suas tentativas de se adaptar ao meio ambiente, considerando liberdade para expressar seu comportamento natural e ausência de fome, sede, desnutrição, doenças, ferimentos, dor ou desconforto,medo e estresse. Art. 5o O responsável técnico deve assegurar que as instalações e locais de manutenção dos animais: I - proporcionem um ambiente livre de excesso de barulho,com luminosidade adequada, livre de poluição e protegido contra intempéries ou situações que causem estresse aos animais; II - garantam conforto, segurança, higiene e ambiente saudável; III- possuam proteção contra corrente de ar excessiva e mantenham temperatura e umidade adequadas; IV - sejam seguras, minimizando o risco de acidentes e incidentes e de fuga; V - possuam plano de evacuação rápida do ambiente em caso de emergência, seguindo normas específicas;

VI - permitam fácil acesso à água e alimentos e sejam de fácil higienização; VII - permitam a alocação dos animais por idade, sexo,espécie, temperamento e necessidades; VIII - possuam espaço suficiente para os animais se movimentarem,de acordo com as suas necessidades; IX - sejam providas de enriquecimento ambiental efetivo de acordo com a espécie alojada.

O Decreto Nº 40.400 de 24 de outubro de 1995, o qual é relativo a “ às condições de funcionamento de estabelecimentos veterinários, determinando as exigências mínimas de instalações, de uso de radiações, de uso de drogas, de medidas necessárias para o trânsito de animais e do controle de zoonoses’’ trata como definição de clínica veterinária no seu Art1: “clínica veterinária: o estabelecimento onde os animais são atendidos para consulta, tratamento médico e cirúrgico: funciona em horário restrito, podendo ter, ou não, internação de animais atendidos’’, aborda também em seu CAPÍTULO II as devidas instalações por parte dos estabelecimentos veterinários, onde há 13 incisos no Art 6º que trata do assunto, no CAPÍTULO III, informa em seu Art 7º, 9º, 11º e 18º, as condições mínimas para funcionamento desses estabelecimentos que serão aplicadas. O Código de Obras e Posturas do Município de Fortaleza (Lei N 5.530 de 23 de dezembro de 1981) classifica em seu Capítulo 32 (Alojamento e Tratamento de Animais), Art 523º, clínicas veterinárias sendo “edificações ou instalações destinadas ao alojamento, adestramento e tratamento de animais, conforme as suas características e finalidades”, as devidas exigências em relação aos ambientes com suas áreas e suas respectivas disposições são abordados nos Artigos 524º, 525º e 526º. Por fim, o estudo da Resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação 47


de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde foi utilizado como referência para a concepção dos projetos hospitalares. 2.6.1 DESIGN BIOFÍLICO Compreende-se a tradução de biofilia como “amor a vida”, termo surgido em 1984, cunhado pelo psicólogo social e filósofo Erich Fromm e difundido pelo biólogo Edward O.Wilson, o qual descrevem o tema como a afinidade dos seres humanos pelo mundo natural, a qual pode ser justificada desde os nossos ancestrais, responsáveis pela nossa evolução que se deu em ambientes naturais, até nossas vidas atuais, a qual associamos a ideia de relaxamento a estar em contato com a natureza, considerada uma forte ligação emocional dos humanos com outros organismos vivos.(LADISLAU, 2009). Partindo desse pressuposto, o Design Biofílico pode ser considerado uma forma inovadora de desfrutar da relação que a natureza proporciona às pessoas, para a criação de locais que ofereçam mais saúde e bem-estar, sendo essas experiências com a natureza podendo ser aplicadas ao design de interiores, arquitetura, e ao design urbano. Unir a natureza ao ambiente moderno construído é algo que o design biofílico pode proporcionar tantos aos humanos, a nível físico, mental e social, quantos aos animais.A interação do ser vivo, independente de sua espécie,com a natureza, é extremamente benéfica em níveis emocional e biológico. Essas estratégias vão muito além do uso de paredes verdes, mas a utilização de materiais que remetam a natureza, seja nos seus tons, texturas ou até mesmo cheiros, onde a sustentabilidade está sempre presente, remetendo ao aconchego e tranquilidade.Pode-se citar também a iluminação natural feita por clarabóias, ventilação natural 48

de acordo com a disposição e abertura dos ambientes, e até sons que remetem à natureza (uso de fontes de água por exemplo, todos esses aspectos fazendo parte de um conjunto de estratégias eficientes a qual deveria ser inserida cada vez mais nos ambientes construídos, visando melhorar a relação arquitetura-homem-natureza. O uso dessas soluções, pensadas não de forma fragmentada, mas sim incorporada em todos os níveis da construção, com a criação de um habitat saudável para os animais se faz extremamente necessárias devido às condições em que são encontrados, muitas vezes debilitados e frágeis, fazendo com que a conexão com a natureza possibilite um melhor conforto e recuperação dos pacientes, por estarem em contato diário.

2.7 VISITAS TÉCNICAS 2.7.1 VISITA A CLÍNICA VETERINÁRIA WELLPET, EM FORTALEZA. Clínica Veterinária & Pet Shop, fundada em 2017, oferta tratamento dentre 22 especialidades disponíveis para animais, além de aplicação de vacinas e centro estético. O projeto arquitetônico da Clínica Veterinária & PetShop foi elaborado pela arquiteta Loana Almeida.Sendo dividido em 2 andares, e conta com os setores de: centro estético, administrativo, centro cirúrgico, centro de internação, consultórios veterinários e produtos voltados para os pets. Possui duas entradas, uma voltada para o centro, onde pessoas que vão deixar o cachorro para o banho acessam, e a outra voltada para emergência. Possui funcionamento de 24 horas, onde sempre há algum veterinário de plantão para atender casos de urgência e emergência.

Atualmente, sua divisão consiste em 2 acessos, o


Imagem 09:Produtos para cachorros Imagem 10: Produtos para gatos Fonte: Acervo pessoal Fonte: Acervo pessoal

principal possui: uma recepção com espaços para produtos para cachorros (imagem 09), que ficam divididos dos produtos para os gatos (imagem 10), área de coffee break (imagem 11), centro estético com baias(imagem 12). Há um espaço para coffe break, onde o tutor pode ficar enquanto espera seu animal no banho.Contém uma

Imagem 13: Sala de esterilização Fonte: Acervo pessoal

Imagem 14: Depósito de ração e material de limpeza Fonte: Acervo pessoal

Imagem 11: Área de coffee break Fonte: Acervo pessoal

Imagem 12: Área de banho e tosa Fonte: Acervo pessoal

TV pois ocasionalmente ocorrem palestras/reuniões que os funcionários e médicos veterinários organizam.O centro estético (imagem 12) é no vidro para permitir a visualização do dono para seu animal.A loja contém 2 portas, uma que dá acesso a sala de esterilização (imagem 13) com ligação para o centro cirúrgico (imagem 21) através de uma janela onde os materiais são passados, e outra que dá acesso a

Imagem 15: Consultório caninos Fonte: Acervo pessoal

Imagem 16: Consultório felinos Fonte: Acervo pessoal

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Imagem 17: Sala de ultrassom Fonte: Acervo pessoal

Imagem 18: Sala de Raio-X Fonte: Acervo pessoal

um depósito onde é estocado alguns sacos de ração e material de limpeza (imagem 14). Já o 2º acesso, que possui ligação com o Pet Shop, é voltado para a clínica com os consultórios veterinários, possui 6 consultórios, tanto para cães (imagem 15), como para gatos (imagem 16), este já instalado no segundo andar. As salas referentes a realização de exames são divididas em: sala de ultrassom (imagem 17), raio-x (imagem 18), tomografia (imagem 19), sendo as salas de ultrassom e raio-x interligadas por uma sala de controle que gerencia as duas. Referente ao setor de internação, há a divisão para cães e gatos, a dos cães no andar inferior (imagem 20) e dos gatos no andar superior, junto ao consultório.Essa divisão é feita para não causar estresse por parte dos gatos. A clínica conta com um centro cirúrgico(imagem 21), que é suficiente para atender as demandas dos animais, devido às cirurgias serem agendadas.Por fim, no segundo andar, além da parte dos felinos, há a sala de reuniões (imagem 22) e administrativa. 50

Imagem 19: Sala de tomografia Fonte: Acervo pessoal

Imagem 20: Setor de internação Fonte: Acervo pessoal

A visita para a clínica contribuiu para um melhor entendimento da organização funcional dos espaços, entendimento dos fluxos e do programa de necessidades voltado para a saúde animal, priorizando o bem estar do animal e seu tutor. 2.7.2 VISITA ABRIGO SÃO LÁZARO O abrigo São Lázaro, considerado o maior abrigo animal de Fortaleza, localizado no bairro Siqueira, é uma ONG de apoio ao animal carente fundada em 1993, que funciona em tempo integral na própria casa da fundadora.A construção não passou por um projeto arquitetônico, sendo realizada aos poucos, a medida em que se conseguia doações. Atualmente, abriga cerca de 1.200 animais, sendo em sua maioria cães os quais foram vítimas de maus-tratos e abandono, onde muitas vezes são encontrados debilitados necessitando de amparo médico.Para isso, há o trabalho de uma presidente da organização, fundadora do abrigo, e voluntários que lutam diariamente para oferecer uma vida


Imagem 21: Centro cirúrgico Fonte: Acervo pessoal

Imagem 22: Sala de reuniões Fonte: Acervo pessoal

Imagem 23: Espaço livre localizado na entrada onde os animais ficam soltos. Fonte: Acervo pessoal

digna para todos os animais. Para uma melhor compreensão dos espaços necessários para amparar esses animais e seu fluxo foi realizado a visita técnica, onde foi constatado logo no início que os ambientes não são apropriados para os animais. O abrigo conta com 3 entradas, uma para o escritório onde também é localizado os animais mais debilitados (por exemplo que estão se recuperando de uma cirurgia e não podem se misturar com os outros), uma para o ambulatório onde são realizados pequenos curativos e outros procedimentos, e uma para local de canil, porém alguns animais ficam soltos no local como se pode observar na imagem 23, os quais são os classificados como os mais dóceis, os que já são mais nervosos, são separados nas baias como se pode observar nas imagens 24 e 25 o qual é constatado o espaço impróprio para esses bichos. Algumas baias possuem cães do mesmo sexo e outras não, porém nas baias onde tem essa mistura são constatados que as fêmeas não estão no período reprodutivo, caso contrário são levadas para uma área separada dos outros

Imagem 24: Canil Fonte: Acervo pessoal

animais.Há também a divisão devido ao comportamento do animal, alguns mais agressivos ou quando estão desconfiados e inseguros (situação de abandono recente) também são postos na mesma baia para evitar stress. Os gatos, em sua minoria, estão localizados em área próxima aos cachorros, situação essa considerada inadequada pois os temperamentos de cada espécie se diferem e podem ocorrer stress por ambas as partes. Os animais que chegam com alguma zoonose ou doença contagiosa para os outros animais são separados até se estarem em boas condições para socializar com os outros, para isso, são alojados em áreas localizada no segundo andar do abrigo.Para tratar essas doenças, foi feito uma parceria com VET Clinic que realiza os serviços médicos com descontos, porém ainda necessita boa parte de doações pois não são considerado suficiente devido ao grande quantidade de animais e com isso, grande quantidade de custos, pois muitos também são idosos ou com alguma necessidade que precise de atenção especial.

Quando foi realizada a visita, era dia de mutirão 51


Imagem 25: Canil Fonte: Acervo pessoal

Imagem 26: Gatil Fonte: Acervo pessoal

Imagem 27: Baias ao ar livre dos cachorros onde é realizado o mutirão de banho Fonte: Acervo pessoal

de banho, que ocorre de 15 em 15 dias, então muitos voluntários tinham se disponibilizado para ajudar no banho e consequentemente, também levaram doações de rações, mistura de milho e produtos de limpeza. Foi constatado que o abrigo carece de espaços ao ar livre para soltura e recreação dos animais, enfermaria, espaços de adoção (as quais ocorrem em outros locais como shoppings e supermercados), espaços adequados com solário, canil maternidade, entre outros ambientes 52

importantes. O espaço atual não se encontra em condições para suprir a demanda que infelizmente só aumenta com o passar do tempo, mesmo com as diversas feiras e campanhas contra o abandono animal, ainda há certa frequência de pessoas deixando o animal na porta do abrigo, o qual já precisou em algumas situações negar o amparo devido a lotação.


Imagem 28: Baias dos cachorros Fonte: Acervo pessoal

Imagem 29: Grafites na fachada Fonte: Acervo pessoal

Imagem 30: Pintura de conscientização Fonte: Acervo pessoal

dos animais através de grafites presentes na fachada. A equipe de voluntários, dedicado aos serviços diários dos animais junto com os funcionários fixos, são responsáveis para que o abrigo, mesmo devido as circunstâncias, funcione de maneira adequada, fazendo o possível para amparar e oferecer boas condições enquanto aguardam adoção, ato de amor o qual é sempre frisado sua importância, ademais também a importância de proteção

A visita foi de grande contribuição para uma melhor compreensão das demandas reais que esse tipo de estrutura necessita, visando o bem estar dos animais, o qual mesmo que, devido suas condições não ser utilizado como projeto de referência, foi possível ver a situação que a cidade enfrente relacionado a esse tipo de problema.

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PROJETOS DE REFERÊNCIA 55


03. PROJETOS DE REFERÊNCIA 3.1 PROJETOS INTERNACIONAIS 3.1.1 HOTEL CANINO E FELINO /DOMI CANIS CATTUS Ficha técnica: Arquitetos: Raulino Silva Localização: Vila do Conde, Portugal Área construída: 797m² Ano do projeto: 2019 O eco-hotel, destinado a acomodação de cães e gatos, temporariamente se encontra em uma zona predominantemente verde e rural em Portugal (imagem 31), mais precisamente na Vila do Conde. Projetado pelo arquiteto Raulino Silva, o local já ganhou vários prêmios e nomeações em lista de reconhecimento internacional. Foi pensado para ser uma opção de acomodação para quem tem animais e precisa se deslocar por férias ou trabalho, poder alojar esses animais oferecendo também tratamentos inovadores.

O projeto entregue em 2019, se resolve em 800m², conta com três edifícios com usos diferentemente interligados: um para cães, um para gatos e outro para atendimento ao público, com recepção, espaço da loja, zona de banhos, consultórios veterinários, administração e parte de apoio. Os espaços foram construídos separadamente para evitar o ruído resultante do encontro de cães e gatos e permitir um melhor acolhimento dos animais. Percebe-se que o bem estar animal foi priorizado desde sua concepção, contemplando ambientes que proporcionem todas as condições adequadas aos animais.

Imagem 32: Planta baixa do hotel Fonte: ArchDaily / Setorização elaboração própria

LEGENDA 01- Setor Canino 02- Setor Felino 03- Atendimento ao público

O espaço para abrigar os cães é o maior,voltado para os campos de treino (Imagem 33) conta com 2 pisos, abriga 41 quartos no andar superior, separados por um corredor com um pequeno jardim central, que tem o intuito 56

Imagem 31: Hotel em meio a paisagem Fonte: ArchDaily


Imagem 33: Alojamento dos cães com vista para área de treino e recreio Fonte: ArchDaily

Imagem 34: Baias dos cães separado com jardim Imagem 35: Área externa. Fonte: ArchDaily

de diminuir o contato visual entre os cães (Imagem 34).Já no inferior, oferece um grande espaço multifuncional, além de vestuários para os funcionários. O edifício dedicado aos gatos é o menor, em um único piso, conta com 12 espaços independentes para acomodá-los, além de uma área central de jardim para recreio dos gatos, iluminada por uma grande claraboia. O edifício de entrada é um espaço voltado para a área de atendimento ao público, em que abriga recepção, espaço da loja, zona de banhos e tosa, consultório médico veterinário, zona administrativa e parte de apoio. Além desses espaços, também é possível encontrar no hotel uma grande área de treino e recreio, jardins e uma piscina para os animais. Em relação aos materiais utilizados no exterior, paredes e tetos foi aplicado o sistema etics em cinzento claro, baseado em um revestimento de isolamento térmico feito por placas de poliestireno expandido, encontrado em todas as superfícies.Na cobertura, telas asfálticas com isolamento térmico e proteção por godo com pedra natural.O betão afagado em cinzento escuro e cubo de granito da região foram empregados nos pavimentos e foi mantido o método de construção em pedras de granito nos muros exteriores.

Imagem 35: Área externa Fonte: ArchDaily

Dessa forma, os conceitos observados no projeto Hotel Canino e Felino, que pretende-se usar como referência no Centro de Acolhimento Animal, a disposição dos ambientes que revela como foi pensada, visando o bem estar dos animais, algo de extrema relevância no projeto, além do fluxo adotado, o qual colabora para circulação e conforto dos visitantes e funcionários.O uso de soluções biofílicas, como os jardins entre os canis, é algo a ser considerado. Grandes espaços voltados para o lazer dos animais são interessantes de ser adotados.O uso de cores claras também proporcionam leveza e sossego para o local. 57


3.1.2 PALM SPRINGS ANIMAL CARE FACILITY Ficha técnica: Arquitetos: Swatt | Arquitetos Miers Localização: Palm Springs, Califórnia, Estados Unidos Área do terreno: 3 hectares Área construída: 21.000m² Ano do projeto: 2011

Por a cidade está situada no Deserto de Sonora, no sul da Califórnia, foi preciso investir em estratégias para reciclagem de água, devido ao seu grande uso para limpeza das instalações dos animais e paisagens, além da importância da conservação da água no local.Por isso foi pensado, desde o início, como um projeto de qualidade LEED com equivalência Silver, dando uma atenção especial na conservação de água, em que há o fornecimento da estação de tratamento de esgoto ao lado da edificação.

Imagem 36: Fachada principal Fonte: ArchDaily

Imagem 37: Implantação do centro animal Fonte: ArchDaily

O projeto, de parceria público/privado entre a cidade e os amigos do abrigo, foi idealizado pelo escritório americano de arquitetura Swatt Miers Architects, entregue à população em 2011, está situado em um terreno de 3 hectares na área urbana com entorno residencial e facilidade de acesso, abrigando em seu espaço 154 gatos e 91 cachorros.

O projeto, necessário na região há décadas, foi idealizado desde sua concepção para que houvesse uma futura expansão na área de canil, o que foi possível posteriormente graças a contribuição por parte do público, que, acompanhando a construção do centro, se empolgou junto com cidades vizinhas que também requisitaram um contrato com o abrigo, sendo um referencial na região.Seu conceito se baseou em impor a estética moderna presente na cidade com o caráter regional da comunidade, chegando em uma forma contrastante na paisagem (Imagem 38).

Conta com 21 mil metros quadrados de área construída, em frente ao Demuth Park (Imagem 37), na cidade de Palm Springs, nos Estados Unidos, popular por muitos exemplos de arquitetura moderna de meados do século XX, herança única da cidade. 58


O programa de necessidades foi pensado em atender a demanda de cada espécie, sendo resolvido em setores para os diferentes tipos de animais (canil e gatil).O fluxo, idealizado de forma que não ocorra o encontro das diferentes espécies de animais, também traz mais agilidade aos atendimentos.Os ambientes foram resolvidos em três grandes setores e 12 subsetores, com três acessos para o público. Como é um abrigo municipal de admissão aberta, possui o objetivo de que os cães sejam adotados, para isso seu fluxo se deu de maneira que a população tenha fácil acesso ao local em que os animais estarão expostos, situado no centro da edificação, separados por espaços individuais, onde há jardins para convivência dos mesmos.

Imagem 38: Fachada leste. Fonte: ArchDaily

Seu programa de necessidades é resolvido em um centro comunitário animal, um canil interno/externo central com acesso público, áreas de trabalho de controle de animais, saguões de adoção, sala multifuncional, sala de treinamento educacional, clínica veterinária, setor de apoio, administração e serviços. Em relação ao sistema construtivo e materiais utilizados, houve o uso do sistema shearwall de viga de metal com paredes externas de gesso de cimento e estrutura de aço inoxidável.Blocos de concreto e drywall pintado são utilizados nas áreas internas públicas.No local dos animais, há o revestimento de epóxi no piso e parede, elementos de proteção com aço inoxidável são empregados nos forros.

Imagem 39: Planta baixa. Fonte: ArchDaily

Imagem 40: Baia dos cães Fonte: ArchDaily

Imagem 41: Área de adoção e convivência dos cães. Fonte: ArchDaily

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Imagem 42: Recepção principal Fonte: ArchDaily

Imagem 43: Área dos cães Fonte: ArchDaily

Vários aspectos do projeto chamam a atenção desde sua concepção, a qual foi consequência de uma parceria entre os amigos do abrigo e a cidade, fato esse que priorizou a construção do abrigo necessário na cidade e, quando concluído, aumentou a arrecadação de fundos por parte da população, além do interesse de cidades vizinhas, solicitando contrato com o local.

em relação aos abrigos dos animais e a clínica pública veterinária, proporcionando um atendimento exclusivo para cada espécie, a inserção de espaços verdes para uso dos animais que também oferecem iluminação e ventilação natural, e a boa solução da conexão do ambiente interno com o externo.

Outro fato notável no projeto foi a aplicação dos recursos, em que foi possível alcançar a estratégia de construção verde, com o uso de um sistema de reciclagem de água, devido ao seu grande uso para a limpeza dos espaços dos animais. Também há a importância da conservação da água considerando que o projeto está inserido no deserto.A previsão de futuras instalações fotovoltaicas, através da preparação da estrutura e sistema elétrico, também é relevante para tornar o projeto certificado pelas diretrizes do LEED. O Palm Springs Animal Care Facility pode ser utilizado como referência em muitos aspectos, desde seu programa de necessidades, o qual é bem abrangente 60

3.1.3 SOUTH LOS ANGELES ANIMAL CARE E COMMUNITY CENTER Ficha técnica: Arquiteta: Rania Alomar Arquitetos: Escritório de Arquitetura RA-DA Área construída: 24.000m² Localização: Los Angeles, Estados Unidos Ano do projeto: 2013


O projeto, implantado no entorno de uma área industrial e residencial em Los Angeles, Estados Unidos, foi concebido com o intuito de desmitificar a imagem que se tem de um abrigo de animais.Com o objetivo de aumentar as adoções, a criação de um ambiente que envolva o visitante, de forma que se sinta confortável, foi requisito fundamental nesse centro comunitário. Situado para que se torne visível e acessível no local, ele se torna um destaque na área devido suas cores vivas, árvores e plantações presentes em todo seu arredor. Sua área de 2.230m² foi resolvida em um pavimento, o qual é dividido em duas partes: a do edifício central com a parte de clínica, apoio e administrativo, e um canil externo, onde se tem as salas com os animais disponíveis para adoção, dispostos de forma que os visitantes se sintam convidados a entrar no espaço.

Imagem 44: Interior do South Fonte: ArchDaily

Imagem 45: Planta baixa South Los Angeles Fonte: ArchDaily

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Imagem 46: Elevação Fonte: ArchDaily

Imagem 47: Elevação Fonte: ArchDaily

Chama-se atenção às estratégias adotadas para minimizar os ruídos ocasionados pelos latidos dos animais, desde a disposição dos espaços, feitos de forma a diminuir o contato frontal e, assim, evitar os latidos contagiosos, além da implantação de arborização ao redor para abafar os sons e proporcionar sombreamento. Pode se citar também a inserção de mini parques paisagísticos entre os canis, considerados uma boa proposta para proporcionar uma maior permanência por parte do visitante no local.

Imagem 48: Área dos canis. Fonte: ArchDaily.

Imagem 49: Área dos canis e vegetação. Fonte: ArchDaily

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Imagem 50: Estacionamento público. Fonte: ArchDaily


A fachada também é outro ponto evidente no projeto, feita de maneira que remeta às escamas sobrepostas dos répteis, executadas de forma econômica, através de painéis pré-fabricados dispostos em duas fileiras, contornando o edifício, que mudam de cor a medida em que as placas se movimentam. O projeto conquistou a certificação LEED Silver através das soluções sustentáveis aplicadas, como a implantação de painéis solares, uso de materiais disponíveis na região, uso de vidro de baixa emissividade, entre outros.Considerado um projeto único, por ser pioneiro nas abordagens aos objetivos sociais e ambientais. O projeto pode ser utilizado como referência, se tratando das estratégias adotadas para oferecer maior conforto para os animais, como inserção de mini parques paisagísticos, que além de minimizar o contato entre eles, oferecem proteção térmica e contra os ruídos, os boulevard ordenados de forma a promover uma interação maior do visitante com o animal, oferecendo um bom espaço de caminhabilidade e a utilização de materiais recicláveis.

3.2 PROJETOS NACIONAIS 3.2.1. CLÍNICA VETERINÁRIA SENTIDOS

Ficha técnica: Arquitetos: Escritório de Arquitetura OCRE Localização: Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul Área construída: 190m² Ano do projeto: 2019

Imagem 51: Fachada principal da clínica Fonte: ArchDaily

uma obra racional devido suas atividades de construção in loco terem sido minimizadas por suas estratégias de projeto, o que ocasionou uma obra sustentável, com baixa geração de resíduos e maior precisão construtiva. Sua planta conta com dois acessos, como está representado na (Imagem 52), o principal, para visitantes, onde é chegado a uma recepção, que possui conexão com as salas de exame e atendimento ao público, e um secundário, para funcionários da clínica que possuem ligação direta com áreas restritas da clínica, como cirurgia e internação, o qual todos esses ambientes possuem contato com o jardim exterior.

Clínica Veterinária idealizada em 2019 pelo escritório de arquitetura OCRE na cidade de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, onde, para amparar seu programa de necessidades, foi necessário o projeto ser inserido até as divisas laterais do lote, se resolvendo em uma área de 190m² com apenas um pavimento. Considerada 63


LEGENDA 01 Recepção 02 Consultório Veterinário 03 Sanitários 04 Fisioterapia 05 Jardim Interno 06 Sala de cirurgia 07 Apoio 08 Serviço 09 Laboratório 10 Copa/acesso equipe 11 Tratamento 12 Recuperação 13 Canil/solário 14 Acesso

Imagem 52: Planta baixa Clínica Veterinária Fonte: ArchDaily / Setorização elaboração própria

Para solucionar a questão da iluminação e ventilação natural, houve a criação de jardins internos com vegetação(Imagem 53), integrando as salas de trabalho e setor de apoio, proporcionando um maior contato com o exterior pelas esquadrias que vão de piso ao teto.

Em relação ao sistema de construção, houve o uso da estrutura pré-moldada de vigas, pilares e painel de fechamento.O uso de blocos de concreto aparente também é percebido em todo o projeto, desde sua entrada até a sala de cirurgia.

Imagem 53: Sala de atendimento Fonte: ArchDaily

Imagem 54 : Escada de acesso a cobertura. Fonte: ArchDaily

64


Muitos aspectos interessantes neste projeto podem ser usados como referência para o Centro Animal.A integração que cada ambiente possui com o exterior através de um jardim interno oferece tranquilidade ao ambiente, além de iluminação e ventilação natural, o uso de

materiais em sua forma “crua”, como o concreto e a madeira, que proporcionam uma sensação de aconchego, o fluxo bem resolvido, delimitando bem o acesso dos visitantes e funcionários, e a adoção de estratégias que minimizem a mão-de-obra local e a tornaram sustentável.

Imagem 55: Corredor de acesso público e serviço Fonte: ArchDaily

Imagem 56: Sala de cirurgia Fonte: ArchDaily

Imagem 57: Corte longitudinal Fonte: ArchDaily

65


66


04

REFERENCIAL TEÓRICO 67


04. REFERENCIAL TEÓRICO 4.1 LOCALIZAÇÃO E TERRENO A cidade de Fortaleza foi definida para ser o local de implantação do abrigo devido ao seu grande número de abandono, como já foi dito anteriormente.Mesmo esse grave problema acontecendo em praticamente todas as cidades do Brasil, a cidade foi escolhida em razão da vivência direta no local, fazendo com que fosse presenciado tal ato com certa frequência. O terreno para implantação do projeto é situado entre a fronteira do bairro Parangaba com Itaperi, tendo como delimitações a Avenida Silas Munguba, Alameda Oxóssi e Rua Pedro Riquet que torna-se Rua Oxalá.Com área aproximada de 22.430 m², sendo suficientes para a inserção do programa estudado: Abrigo Animal e Clínica Veterinária, além de uma praça para promover a socialização dos

animais, ele também é bastante arborizado, fator esse que contribui para o abafamento de ruídos para a vizinhança e conforto térmico. Sua escolha seu deu por diversos fatores, como a ocorrência de muitos abandonos no bairro, a proximidade com a Faculdade de Medicina Veterinária da UECE e do CCZ, condições essas que geram facilidade de integração entre esses três equipamentos, além de estar bem localizado no bairro, com boa acessibilidade e visibilidade, fatores que se voltam para o objetivo do projeto. A escolha do terreno no Bairro Parangaba se seu por ocorrer vários abandonos na área, principalmente em torno da lagoa.Foi também priorizada a proximidade com o Hospital Veterinário da Uece, devido a impossibilidade de atender certos casos que possam chegar no abrigo a ser projetado, como casos de doenças altamente transmissíveis para os outros animais ou humanos, de forma a preservar a saúde do local, assim, haverá o devido encaminhamento para o hospital que é situado a aproximadamente 3,4 km do terreno.

Mapa 02: Mapa do Brasil demarcando o Estado do Ceará / Mapa do Ceará demarcando a Cidade de Fortaleza / Mapa da Cidade de Fortaleza demarcando o Bairro Parangaba. Fonte: Elaboração própria

68


LEGENDA Terreno escolhido Hospital Veterinário UECE Mapa 03: Mapa demonstrando a distância entre o terreno escolhido e o hospital veterinário da UECE. Fonte: Elaboração própria

Imagem 58: Perspectiva do terreno em que será implantado o projeto Fonte: Google Earth

Imagem 59: Perspectiva do terreno em que será implantado o projeto Fonte: Google Earth

69


Imagem 60: Perspectiva aproximada do terreno em que será implantado o projeto Fonte: Google Earth

Imagem 61: Acesso, atualmente murado, do terreno a partir da Avenida Dr. Silas Munguba Fonte: Google Earth

Imagem 62: Acesso, atualmente murado, do terreno a partir da Rua Oxalá Fonte: Google Earth

Imagem 63: Acesso, atualmente murado, do terreno a partir da Alameda Oxóssi Fonte: Google Earth

70


4.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA O Bairro Parangaba (palavra indígena conhecida como “bela lagoa”, lembrado também pelos nomes de Porangaba e Vila Nova de Arronches, há tempos era considerado município do Ceará. Atualmente é um bairro, sediado no distrito de Fortaleza, que foi fundado pela vinda de quatro grandes famílias que se mudaram de início para a região. Com o passar do tempo, e o transporte sendo melhorado, sua população foi crescendo, transformando-se em distrito, em seguida um bairro, onde há a lagoa da Parangaba, conhecida como referência do local, com seus 36 hectares. Faz parte da baía do Rio Maranguapinho, a maior em volume de água de Fortaleza, frequentada por pescadores e coopistas.No entorno da lagoa ocorre a famosa Feira da Parangaba, o bairro é local onde ocorre também, todo domingo, a Feira dos Pássaros na rua Pedro Muniz.(NOBRE, 2010).

4.2.1 ANÁLISE - USO DO SOLO

Há também outra referência no bairro, a Praça dos Caboclos, local que antigamente havia a catequese dos indígenas por parte dos Jesuítas da Companhia de Jesus.A área é dotada de escolas (públicas e particulares), ginásios, hospitais (públicos e particulares), supermercado, mercado municipal, grandes empresas, sendo predominantemente residencial e atualmente comporta uma estação de trem que se tornou estação de metrô de Fortaleza.O bairro também possui bens históricos como a Igreja Bom Jesus dos Aflitos, sendo uma das mais importantes da Parangaba, inclusive tombada pela Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor), situada na praça dos caboclos.(DIÁRIO DO NORDESTE, 2017).

Ao analisar o Mapa 04, percebe-se a predominância do uso residencial na área de entorno do terreno, há também a tipologia de comércio e serviço, porém já são percebidas em menor escala.Em relação a eles, foi observado que, em sua maioria, são classificados como pequeno porte, como mercadinhos, lanchonetes, lojas de roupa, e comércio e serviços relacionados a manutenção dos carros em abundância, entre outros.Há mudança de caráter quando próximo a área do terreno, se tornando de médio e grande porte, principalmente próximos a avenida, onde há mais comércios e serviços.Possui como delimitações, ao lado oeste do terreno o Red Mall, um pequeno shopping center, residências a norte e leste, e ao sul residências com destaque para o Centro Comercial Quixadá.

Mapa 04: Mapa de Uso do Solo Fonte: Elaboração própria

71


Além disso, foram identificados em seu entorno dois usos da tipologia institucional: a Igreja Batista Centro Sul, que se encontra fechada temporariamente, e o Desafio Jovem do Ceará, um centro de tratamento para dependência química, na mesma quadra do terreno. Em relação aos espaços livres, eles estão pontuados de forma escassa na área, além de que os existentes se encontram em baixas condições para oferecer uma estrutura adequada para os moradores da região, necessitando assim de mais equipamentos urbanos de boa qualidade. Por fim, percebe-se uma carência de estruturas voltadas para a saúde animal na área, a qual necessita de um equipamento que ampare e trate os bichos, que, como já foi mencionado anteriormente, ainda há o fato de na região ocorrer muitos abandonos.Tornando assim a implantação de um abrigo animal junto a uma área livre para a população ideal para proporcionar mais convívio e, assim, possibilitar trocas entre os animais e as pessoas. 4.2.2 ANÁLISE - GABARITO DE ENTORNO DO PROJETO Com a análise do Mapa 05, se faz perceptível que o entorno da área, onde será implantado o projeto, possui em sua maioria edificações térreas (1 pavimento) e dois pavimentos, poucas unidades de 3 pavimentos e pontuais de 4 ou mais.Vale ressaltar que o projeto irá manter uma tipologia térrea de gabarito, para não se tornar algo divergente do entorno.

72

Mapa 05: Mapa de gabarito do entorno do terreno Fonte: Elaboração própria

4.2.3 ANÁLISE - HIERARQUIA VIÁRIA

Devido a natureza do projeto tratar-se de algo relacionado a saúde pública e amparo dos animais, é necessário verificar a classificação viária da área.Feito a devida análise através da LUOS, é constatado que seu entorno possui vias predominantemente locais, coletoras e arterial I, que esta já apresenta acesso direto ao terreno, o qual é importante salientar que ela suporta esse tipo de estabelecimento. Como pode ser observado no Mapa 06, há uma certa carência de pontos de ônibus para atender as residências a norte do terreno, porém, próximo a ele, o acesso por transporte público já pode ser realizado de forma mais próxima.Há também o acesso por transporte privado, que se dará pela extensão da Alameda Oxóssi até


4.2.4 ANÁLISE - CONDIÇÕES FÍSICO AMBIENTAIS A análise das condições físicoambientais da área são de extrema relevância pois ajudam a nortear o projeto, de forma que possam se estabelecer as decisões adequadas para o terreno, de modo a priorizar a ventilação e iluminação natural.

Mapa 06: Mapa de classificação viária entorno do terreno Fonte: Elaboração própria

a Avenida Silas Munguba.se tratando do não motorizado, este já possui mais dificuldade de mobilidade por não existir na área infraestrutura cicloviária adequada para atender essa demanda.

Imagem 64: Estabelecimentos em frente ao terreno Fonte: Google Earth

Pode-se observar na Imagem 66, obtida através de uma plataforma nacional que disponibiliza dados relativos a eficiência dos projetos, chamada Projeteee, onde é verificado que a ventilação Leste é a considerada predominante na cidade de Fortaleza durante todo o ano.Diante de tal informação, é visto que a fachada referente a Rua Pedro Riquet é a mais beneficiada de iluminação natural e ventilação natural. Porém, as outras fachadas não são tão vistas como prejudicadas pois a fator da arborização contribui para um conforto térmico e acústico do local. Como resultado, a elaboração de um projeto que atenda na sua implantação tais condicionantes é essencial para oferecer boas condições para o conforto dos animais, funcionários e visitantes.

Imagem 65: Estabelecimentos em frente ao terreno Fonte: Google Earth

73


Mapa 07: Mapa das condições físico-ambiental Fonte: Elaboração própria

4.2.5 ANÁLISE - TOPOGRAFIA

Imagem 66: Gráfico Rosa dos Ventos Fonte: Projeteee

4.3 LEGISLAÇÃO URBANA O terreno escolhido está situado em uma Zona de Requalificação Urbana (ZRU 1) 1 de acordo com a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo da Cidade de Fortaleza (LEI COMPLEMENTAR Nº 236, DE 11 DE AGOSTO DE 2017), a qual é caracterizada como:

Imagem 67: Topografia do terreno. Fonte: Elaboração própria com base no dados disponibilizados em dwg

74

IV - Zona de Requalificação Urbana 1 (ZRU 1) - caracteriza-se pela insuficiência ou precariedade da infraestrutura e dos serviços urbanos, principalmente de saneamento ambiental, carência de equipamentos e espaços públicos, pela presença de imóveis não utilizados e subutilizados e incidência de núcleos habitacionais de interesse social precários; destinando-se à requalificação urbanística e ambiental, à adequação das condições de habitabilidade, acessibilidade e mobilidade e à intensificação e dinamização do uso e ocupação do solo dos imóveis não utilizados e subutilizados; (LUOS)


Foi identificado, de acordo com a Lei de Uso e Ocupação do Solo de Fortaleza, que o equipamento em questão (Clínica Veterinária e Abrigo Animal) se adequa no grupo de serviço e subgrupo de saúde devido a presença de ambientes hospitalares veterinários, e, devido a essa classificação, o projeto ainda não possui número de vagas determinadas. Tabela 05: Classificação de Atividades por Grupo e Subgrupo Fonte: Lei de Uso e Ocupação do Solo de Fortaleza / Elaboração Própria

O terreno para implantação do projeto, situado como citado anteriormente, na Av. Dr. Silas Munguba, é classificada como Via Arterial I, a qual suporta o equipamento em questão, porém os recuos a serem empregados ainda são objetos de estudo devido ao seu porte, diante disso, serão utilizados os valores de 10 metros para todos os recuos, valores estes determinados como máximo de acordo com a LUOS 2017.

Tabela 04: Parâmetros Urbanísticos da ZRU1 Fonte: Lei de Uso e Ocupação do Solo de Fortaleza/ Elaboração Própria

Tabela 05: Classificação de Atividades por Grupo e Subgrupo Fonte: Lei de Uso e Ocupação do Solo de Fortaleza / Elaboração Própria

Tabela 06: Classificação das Vias - Via Arterial I Fonte: Lei de Uso e Ocupação do Solo de Fortaleza / Elaboração Própria

75


76


05

PROPOSTA PROJETUAL 77


05. PROPOSTA PROJETUAL 5.1 CONCEITO DO PROJETO O projeto de um abrigo para animais em situação de rua, juntamente com uma clínica veterinária e um petshop na cidade de Fortaleza foi previsto para ser implantado no bairro Parangaba, pertencente a Regional IV. Sua construção visa oferecer o amparo necessário para os animais em situação de rua da região, os quais são muitos, além da cidade como um todo, problema esse que afeta não só os animais, mas, como já foi dito anteriormente, é uma questão de saúde pública também.Visando isso, foi elaborado um programa de necessidades que objetiva atender diferentes demandas que cheguem ao local, desde consultas feitas na clínica veterinária, a realização de exames, aplicação de vacinas, até serviços de estética como banho e tosa a preço popular.Para que seja possível oferecer toda essa estrutura, foi calculada uma área total construída de 2.590m². O equipamento tem como objetivo acolher tais animais, oferecendo uma boa qualidade de vida dali em diante, e se necessário, algum tratamento específico por parte da clínica veterinária, dependendo da situação os quais são encontrados, muitas vezes assustados e debilitados.É descartada apenas a situação em que o animal esteja com alguma zoonose ou doença de fácil transmissão, por ser considerado um fator que põe a vida dos outros animais em risco, assim será realizado o devido encaminhamento para o hospital veterinário público localizado próximo ao terreno. O abrigo e seus ambientes foram pensados de forma a proporcionar uma vida confortável aos animais, além de muita alegria e todas as condições fundamentais ao bem78

estar e saúde.Para atender de forma adequada todas as intenções apresentadas, o uso de algumas estratégias são essenciais no projeto desde sua concepção, como a conexão exterior-interior, de modo a não deixar algum ambiente totalmente isolado, a criação de espaços com soluções biofílicas, principalmente na área dos canis e gatis, onde sejam sempre considerados o conforto, a ventilação e a iluminação natural.

5.2 DIRETRIZES PROJETUAIS As diretrizes são consideradas referências essenciais na hora da concepção de todo o partido arquitetônico, sendo indispensáveis no planejamento e organização do equipamento que será destinado.Dessa forma, os princípios, estabelecidos de acordo com a análise dos projetos de referência e conceitos estudados, foram necessários para traçar as diretrizes projetuais.

Tabela 07: Diretrizes projetuais Fonte: Elaboração própria


5.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES Para elaboração do programa de necessidades, houve a divisão em seis setores: convivência, administrativo, petshop, clínica veterinária pública, abrigo animal e serviço. A disposição do programa de necessidades para o abrigo de animais em situação de rua foi baseada em estudos dos projetos de referência escolhidos, visitas no abrigo existente na cidade de Fortaleza, a análise da Resolução CRMV-SP Nº 2455 de 28 de julho de 2015, o Código de Obras e Posturas do Município de Fortaleza, o Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses do Ministério da Saúde, sendo suficientes para um bom entendimento do que dos ambientes necessários e suas especificidades para atender os animais.

Para o setor da Clínica Veterinária e PetShop o estudo da Resolução Nº 1.275 de 25 de julho de 2019, a Resolução Nº 1.069 de 27 de outubro de 2014, ambos pertencentes ao Conselho Federal de Medicina Veterinária e o Decreto Nº 40.400 de 24 de outubro de 1995 foram de extrema importância para ter o conhecimento das condições necessárias e atividades que cada local pode oferecer aos animais e seus tutores. O setor de convivência foi considerado como uma área para recepcionar os visitantes, que se destinam tanto a clínica como para o abrigo, também há um espaço para café onde o público pode usufruir de comida e/ou bebida enquanto aguarda atendimento.

Tabela 08: Programa de Necessidades - Setor Convivência Fonte: Elaboração própria

79


O Setor do PetShop foi pensado para oferecer um suporte financeiro para o abrigo, desta forma, os serviços de banho e tosa são disponibilizados por um preço popular.

Tabela 09: Programa de Necessidades - Setor Pet Shop. Fonte: Elaboração própria

O Setor Administrativo gerencia toda o centro animal, desde o PetShop, a Clínica Veterinária e o Abrigo Animal.

Tabela 10: Programa de Necessidades - Setor Administrativo. Fonte: Elaboração própria

80


A clínica veterinária é responsável por amparar tanto os animais que são resgatados como os animais que precisam de atendimentos diários ou específicos, sua divisão se dá em três setores: Atendimento, Diagnóstico e Cirúrgico.

Tabela 11: Programa de Necessidades - Clínica Veterinária Fonte: Elaboração própria

81


O Abrigo Animal comporta 136 animais, sendo divididos em 74 cães e 56 gatos, os quais são encontrados em situação de rua, sua divisão se deu em quatro setores: recepção, canil, gatil e estar animal, os quais foram pensados priorizando o bem-estar animal e sua convivência.

Tabela 12: Programa de Necessidades - Abrigo Animal Fonte: Elaboração própria

82


O Setor de Serviço é encarregado por oferecer todo o suporte necessário para os outros setores,É dividido em: sustentação, apoio e técnico.

Tabela 13: Programa de Necessidades - Serviço Fonte: Elaboração própria

83


5.4 FLUXOGRAMA

Imagem 68: Estudo do fluxograma Fonte: Elaboração própria

84


5.5 FUNCIONOGRAMA

Imagem 69: Estudo do funcionograma Fonte: Elaboração própria

85


5.6 ESTUDO DO ZONEAMENTO

Imagem 70: Estudo do zoneamento 1 Fonte: Elaboração própria

Imagem 71: Estudo do zoneamento 2 Fonte: Elaboração própria

86


Imagem 72: Estudo do zoneamento escolhido Fonte: Elaboração própria

87


88


06

O PROJETO 89


06. O PROJETO 6.1 SITUAÇÃO O COBANA - Centro de Acolhimento para Animais Abandonados localiza-se no cruzamento da Avenida Dr. Silas Munguba com a Alameda Oxóssi, sendo essa estendida até a Avenida, a fim de facilitar o acesso para o equipamento. Em relação ao acesso, pode ser feito a pé e por uma área de embarque e desembarque na Avenida e de carro pela Alameda Oxóssi, onde também tem uma área de embarque e desembarque.Há uma praça aos fundos do terreno como forma de gentileza urbana para a população, de forma que usufrua do espaço e tenha mais contato com os animais.

Área do Terreno Área Construída Taxa de Permeabilidade Taxa de Ocupação Índice de Aproveitamento Taxa de Área Vegetada

90


RUA O

XALÁ

RUA D

RA RUA IA

N

RUA PEDRO RIQUET

DESCE

DA OXÓ

SSI

DESCE

SOBE

ALAME

PROJEÇÃO COBERTA

SOBE

SOBE

PLATAFORMA ELEVADA

DESCE

0

25 (m)

PLANTA DE SITUAÇÃO

1 ESCALA

1/1250

FILO EL TEÓ RUA D R. MAN O

RUA F

AGUN

DES

VARE

LA

AV. DR SILAS MUNGUBA

15

91


6.2 COBERTA A principal solução de coberta utilizada no projeto foi a telha termoacústica, conhecida como telha sanduíche, por possuir um material isolante,o isopor ou poliuretano, entre suas duas placas metálicas.É uma alternativa ideal para o projeto, por proporcionar conforto térmico e acústico, além de sua alta durabilidade. Foi adotada, em todos os blocos do projeto, a telha termoacústica.Um ponto a ressaltar é que no bloco veterinário não foi possível utiliza-lá em toda a coberta devido aos grandes recortes que seriam necessários para a abertura dos jardins, fazendo com que tenha sido adotada também a solução da laje impermeabilizada, aplicada na área da guarita e casa de lixo, com inclinação de 3%, já da telha termoacústica foi aplicado uma inclinação de 7%.

92


TELHA TERMOACÚSTICA i=7%

TELHA TERMOACÚSTICA i=7%

XAL RUA O

AA

N

R

TELHA TERMOACÚSTICA i=7%

TELHA TERMOACÚSTICA i=7%

TELHA TERMOACÚSTICA i=7%

TELHA TERMOACÚSTICA i=7%

TELHA TERMOACÚSTICA i=7% TELHA TERMOACÚSTICA i=7%

SSI

DESCE

DESCE

DA OXÓ

TELHA TERMOACÚSTICA i=7%

SOBE

TELHA TERMOACÚSTICA i=7%

TELHA TERMOACÚSTICA i=7%

BB

ALAME

PROJEÇÃO COBERTA

LAJE IMPERMEABILIZADA i=3%

BB

TELHA TERMOACÚSTICA i=7%

SOBE

SOBE

PLATAFORMA ELEVADA

AA

DESCE

0

15

25 (m)

93 PLANTA DE COBERTA

AV. DR SILAS MUNGUBA

1 ESCALA

1/750


6.3 IMPLANTAÇÃO A implantação do Centro Animal foi, desde o princípio, concebida no terreno de forma que proporcionasse um amplo visual para quem passasse próximo ao terreno, levando em consideração o caminhar do visitante por todo o local, o qual foi demarcado seu fluxo através do uso de cores na paginação do piso e a vegetação. A topografia natural do terreno com desnível de dois metros foi respeitada de modo a valorizar a distribuição dos blocos. O projeto consiste na implantação de seis blocos térreos de formas similares entre si.No norte, há a área animal, composta por dois canis e um gatil, e uma área responsável por administrar o abrigo, o qual funciona possuindo acesso independente. A oeste, há o bloco de serviço que oferece todo o suporte para o Centro Animal.A Sudeste está o Bloco Veterinário, o qual possui dois acessos de pedestres. Em relação ao acesso motorizado do equipamento, este possui um acesso principal localizado na Alameda Oxóssi, o qual uma guarita faz a separação do estacionamento dos clientes, e o estacionamento dos funcionários, que dá acesso ao bloco de serviço, situado há um metro abaixo da rua. Há também um estacionamento aos fundos do terreno, voltado para a população que decida usufruir da praça. Em uma parte do equipamento, possui uma barreira para a área pública feita com um muro de alvenaria e gradil de ferro com um metro de altura cada, de modo a possibilitar uma conexão com o exterior, que ainda dá segurança a quem está no edifício. Nas áreas externas e internas de caminhabilidade, foram utilizados piso drenantes de diferentes cores para identificar os fluxos, além de ser uma alternativa ecologicamente correta, ele reduz alagamentos, é durável, possui bom acabamento e baixa manutenção. 94

LEGENDA: 1- ACESSO PRINCIPAL 2-ESTACIONAMENTO CLIENTES 3- ESTACIONAMENTO FUNCIONÁRIOS 4-GUARITA / CASA DO LIXO 5- CARGA E DESCARGA 6- EMBARQUE E DESEMBARQUE 7- ACESSO EMERGÊNCIA 8- SAÍDA FUNCIONÁRIOS 9- ACESSO ABRIGO 10- PRAÇA 11- ESTACIONAMENTO PRAÇA


11

N

AA

N

10

R

U

-2,10

A

O

VAZIO

VAZIO

PROJEÇÃO COBERTA

PROJEÇÃO COBERTA

-1,10

VAZIO

PROJEÇÃO COBERTA PROJEÇÃO COBERTA

9 DESCE

O VAZIO

ALAME

VAZIO

6

SOBE

BB

DA OX

VAZIO

L

ÓSSI

DESCE

PROJEÇÃO COBERTA

PROJEÇÃO COBERTA

VAZIO

VAZIO

7

VAZIO

BB

VAZIO

0,10 VAZIO

SOBE

PLATAFORMA ELEVADA

5

0,10

SOBE

XA

2

3

4 DESCE

AA

8

1 S 0

6 AV. DR SILAS MUNGUBA

0,00

15 (m)

5

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO

1 ESCALA

1/750

95


6.4 PAISAGISMO

ÁRVORES

O paisagismo de projeto foi desenvolvido de modo a proporcionar conforto térmico, acústico, conceder espaços de permanência e sinalizar entradas e fluxos.Os canteiros foram desenvolvidos seguindo a identidade da paginação de piso, com alguns recortes e ângulos mais acentuados, sendo sempre pensados de forma a, junto a paginação no piso,estabelecer fluxos no terreno. Há uma variação de árvores de grande porte, médio porte, arbustos e forrações nos canteiros.A escolha de espécies consideradas nativas foram priorizadas com o intuito de diminuir custos como manutenção.Além disso, árvores de grande porte a fim de garantir um melhor sombreamento, principalmente na parte oeste, foram utilizadas.

96

Nome Popular: Embaúba Nome Científico: Cecropia Altura: até 15 metros

Nome Popular: Pau Branco Nome Científico: Auxemma oncocalyx Altura: 12 metros

Nome Popular: Flamboyant Nome Científico: Delonix regia Altura: 8 a 12 metros

Nome Popular: Pata de Vaca Nome científico: Bauhinia forficata Altura: 5 a 9 metros

Nome Popular: Cássia do Nordeste Nome Científico: Cassia spectabilis Altura: 4 metros

Nome Popular: Oiti Nome Científico: Licania tomentosa Altura: 8 a 15 metros


ARBUSTOS, HERBÁCEAS E FORRAÇÕES

Nome Popular: Chanana Nome Popular: Nome Científico: Turnera ulmifolia Grama Esmeralda Altura: 40 a 70 centímetros Nome Científico: Zoysia Japonica Altura: 10 a 15 centímetros

Nome Popular: Vedélia Nome Científico: Sphagneticola trilobata Altura: 10 a 30 centímetros

Nome Popular: Trepadeira Nome Científico: Ficus Pumila Altura: 9 a 12 metros

PALMEIRAS

Nome Popular: Palmeira Rabo de Raposa Nome Científico: Wodyetia bifurcata Altura: 6 a 9 metros

97


6.5 SETORIZAÇÃO A setorização dos ambientes no terreno ocorreu de forma a priorizar a ventilação cruzada e iluminação natural.As áreas de maior permeância foram direcionadas para o sudeste, também houve o uso de jardins internos no bloco principal para ajudar nesse quesito.

98


N

R

U

-2,10

A

O

VAZIO

VAZIO

PROJEÇÃO COBERTA

PROJEÇÃO COBERTA

-1,10

VAZIO

PROJEÇÃO COBERTA PROJEÇÃO COBERTA

PROJEÇÃO COBERTA

ÓSSI

DESCE

DESCE

PROJEÇÃO COBERTA

DA OX

VAZIO

VAZIO

SOBE

ALAME

VAZIO

VAZIO

VAZIO

VAZIO

VAZIO

0,10 VAZIO

PLATAFORMA ELEVADA

SOBE

SETORIZAÇÃO SOBE

XA

BLOCO VETERINÁRIO

0,10

BLOCO SERVIÇO BLOCO ABRIGO BLOCO GATIL DESCE

BLOCO CANIL

0

AV. DR SILAS MUNGUBA

0,00

15 (m)

5

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO

1 ESCALA

1/750

99


6.6 BLOCO VETERINARIO O Bloco Veterinário é dividido em seis setores, de modo a melhor atender as demandas dos clientes/pacientes. A recepção principal conta com uma área de espera tanto para a clínica veterinária como para o pet shop.A partir das 18h a recepção encerra e a entrada da clínica veterinária fica liberada para atendimentos, de 18h às 8h.Para o acesso de funcionários, há duas entradas do lado oeste do bloco, uma com acesso ao Pet Shop e outra para a área de serviço do mesmo, que também possui acesso às áreas cirúrgica e administrativa. O setor do diagnóstico possui salas para viabilizar as possíveis demandas do setor da clínica veterinária.O setor administrativo oferece o suporte para o bloco veterinário, gerenciando as atividades e cuidando se seu funcionamento.A clínica veterinária atende ao público felino e canino, tendo também serviço 24 horas para emergências.O setor cirurgico atende às demandas dos animais que necessitam de um amparo maior, ele também possui acesso ao público para o caso de uma visita ao animal internado.O Pet Shop contém áreas de banho e tosa de cães e gatos separadas, de modo a diminuir o contato entre as raças e, assim, evitar stress, além de uma loja com produtos voltados a saúde/estética pet.

100


101


102


N

VAZIO

PLANTA MOSCA

J1

J2

J2

02

J4

J3

P1

03

02

P1

P2 P2

P2

04

J3

04

J3

05

J3

P2

08

P3

VAZIO

P2

J3

P2

P2

P2

06 01

P2

J1

07

01

01

J2

J1

J2

J3

QUADRO DE ESQUADRIAS CÓD. DIMENSÕES(m)

QUANT.

MATERIAL / TIPO

P1

0,60 x 2,40

02

Madeira / Abrir

P2

0,80 x 2,10

09

Madeira / Abrir

BAIXA - SETOR CLÍNICA 1 PLANTA ESCALA 1/125 QUADRO DE ÁREAS NUM.

AMBIENTE

ÁREA

NUM.

AMBIENTE

ÁREA

P3

4,00 x 2,40

01

Vidro / Correr

01

Consultório canino

14,40m²

05

Banheiro acessível

3,00m²

J1

2,40 x 2,00 / 0,40

03

PVC / Fixa e Basculante

02

Consultório felino

15,85m²

06

Farmácia

5,00m²

J2

1,20 x 2,00 / 0,40

04

PVC / Fixa e Basculante

J3

0,80 x 0,60 / 1,80

06

J4

0,80 x 3,10 / 0,30

01

PVC / Basculante Vidro / Fixa

03

DML

5,28m²

07

Almoxarifado

7,25m²

04

Banheiro

2,00m²

08

Circulação

170,64m²

0

1

5(m)

SETORIZAÇÃO SERVIÇO CIRCULAÇÃO ATENDIMENTO / VETERINÁRIO


PROJEÇÃO COBERTA

PLANTA MOSCA

N DESCE P1

01

P1

02

J1

05

04

P1

03 P1

P1

09 P1

P1

P1

07

06

J2

08 P2

VAZIO SETORIZAÇÃO

ATENDIMENTO / VETERINÁRIO

CIRCULAÇÃO

BAIXA - SETOR DIAGNÓSTICO 1 PLANTA ESCALA 1/125 QUADRO DE ÁREAS

QUADRO DE ESQUADRIAS CÓD. DIMENSÕES(m)

QUANT.

MATERIAL / TIPO

ÁREA

NUM.

01

Sala de Radiologia

13,69m²

06

02

Sala de Comando

3,31m²

07

Sala de ultrassom

12,14m²

03

Câmara escura

2,69m²

08

Sala de Fisioterapia

13,67m²

09

Circulação

24,55m²

NUM.

AMBIENTE

P1

0,80 x 2,10

08

Madeira / Abrir

P2

1,60 x 2,10

01

PVC / Correr

J1

0,60 x 1,00 / 1,10

01

Vidro / Fixa

04

Sala de comando

4,14m²

J2

1,20 x 3,10 / 0,30

01

Vidro / Fixa

05

Sala de tomografia

15,47m²

0 104

1

AMBIENTE Laboratório de Análises

ÁREA 12,40m²

5(m)


PROJEÇÃO COBERTA

PLANTA MOSCA

N DESCE J3

J3

03 P1

02

06

05

02

07

04

P5

08

P5

P4

P3

P3

P5

P6

P5

18 J1

J1

P4

J2

01

P3

09

P6

J2

11

P2

10

12

J2

16 13

15

14

P2 P3

P5

P4

16

P4

P1 P3

P1

J2

17

J2

P2 J4 J1

VAZIO

J1

01

QUADRO DE ESQUADRIAS

1

P5

PLANTA BAIXA - SETOR CIRÚRGICO ESCALA

CÓD. DIMENSÕES(m)

1/125

SETORIZAÇÃO SERVIÇO

ATENDIMENTO / VETERINÁRIO

CIRCULAÇÃO QUADRO DE ÁREAS NUM. 01 02 03

AMBIENTE Vestuário Fem. / Masc. Sala de cirurgia Sala de esterilização

AMBIENTE

AMBIENTE

QUANT.

MATERIAL / TIPO

P1

0,60 x 2,10

02

Madeira / Abrir

P2

0,70 x 2,10

03

Madeira / Abrir

P3

0,80 x 2,10

05

Madeira / Abrir

P4

0,90 x 2,10

04

Madeira / Abrir

P5

1,60 x 2,10

04

Madeira / Abrir

P6

1,60 x 2,10

02

Madeira / Vai e Vem

J1

3,00 x 0,60 / 1,80

02

Vidro / Fixa

J2

0,80 x 0,60 / 1,80

05

PVC / Basculante

ÁREA

NUM.

ÁREA

NUM.

AMBIENTE

ÁREA

NUM.

19,23m²

06

Sala de descanso

12,26m²

11

DML

3,41m²

16

Banheiro Fem. / Masc.

1,96m²

J3

1,60 x 1,30 / 1,10

02

Madeira / Abrir

20,00m²

07

Recuperação cães

23,73m²

12

Farmácia

4,47m²

17

Banheiro Acessível

3,00m²

J4

2,40 x 3,10 / 0,30

01

Vidro / Fixa

5,22m²

08

15,08m²

13

Unidade de Refrigeração

7,46m²

18

Circulação

66,08m²

Copa

04

Preparo médico

7,62m²

09

Almoxarifado

5,33m²

14

Sala de Eutanásia

8,40m²

05

Pós cirúrgico

14,17m²

10

Assepsia

4,09m²

15

Recuperação gatos

18,90m²

ÁREA

0

1

5(m)


OBE

VAZIO PLANTA MOSCA

SOBE

QUADRO DE ESQUADRIAS

J4

J4

08

P1

08

P1 P2 P2

J4

N

CÓD. DIMENSÕES(m)

09

P2

07

05 P2

P4 P3

J4

06

J3

MATERIAL / TIPO

0,60 x 2,10

02

Madeira / Abrir

P2

0,80 x 2,10

07

Madeira / Abrir

P3

1,00 x 2,10

01

Madeira / Abrir

P4

1,40 x 2,40

02

Madeira / Abrir

J1

2,40 x 3,10 / 0,30

01

Vidro / Fixa

J2

3,20 x 1,30 / 1,10

02

Vidro / Fixa

J3

1,20 x 2,50 / 0,30

02

Vidro / Fixa

J4

0,80 x 0,60 / 1,80

05

PVC / Basculante

J5

1,80 x 1,30 / 1,10

01

Vidro / Fixa

QUADRO DE ÁREAS NUM.

VAZIO 01

J3

02

AMBIENTE

J2

04

ÁREA

Loja

NUM.

122,53m² 05

Banho e Tosa Gatos Farmácia

03

J2

QUANT.

P1

Banho e Tosa Cães

AMBIENTE

ÁREA

Copa

13,42m²

DML

2,88m²

8,10m²

06

7,09m²

07

Banheiro Acessível

3,91m²

20,04m²

08

Banheiro Fem / Masc

2,07m²

04 P2

BAIXA - SETOR PET SHOP 1 PLANTA ESCALA 1/125

P4

SETORIZAÇÃO SERVIÇO

01

CIRCULAÇÃO ATENDIMENTO / VETERINÁRIO SOCIAL / CONVIVÊNCIA J5 P2

J4

03

02 P2

J1

0

1

5(m)


PLANTA MOSCA

N VAZIO J2

J2

J1

01

04

03

02

J5

J5

05

05

J5

P1 P2

P2

P4 P5

P3

06

13

P2

P1

P2

P4 P2

P2

11

P2

10

P2 P2

08

09

J5

12

07

J1

J4

J1

J5

J3

VAZIO

QUADRO DE ESQUADRIAS CÓD. DIMENSÕES(m)

QUANT.

MATERIAL / TIPO

BAIXA - SETOR ADMINISTRATIVO 1 PLANTA ESCALA 1/125

P1

0,60 x 2,40

02

Madeira / Abrir

P2

0,80 x 2,10

09

Madeira / Abrir

P3

0,90 x 2,10

01

Madeira / Correr

NUM.

P4

1,60 x 2,10

02

Madeira / Correr

01

P5

1,60 x 2,40

01

Madeira / Abrir

SETORIZAÇÃO

QUADRO DE ÁREAS

02 03

J1

1,60 x 1,30 / 1,10

03

Vidro / Fixa e Basculante

04

J2

2,40 x 1,30 / 1,10

02

Vidro / Fixa e Basculante

05

J3

1,25 x 2,50 / 0,30

01

Vidro / Fixa

06

J4

1,00 x 1,30 / 1,10

01

Madeira / Abrir

J5

0,80 x 0,60 / 1,80

05

PVC / Basculante

07

AMBIENTE Sala de Reuniões Direção Administração e Coordenação

ÁREA

NUM.

AMBIENTE

ÁREA

10,70m²

08

Sala de arquivo

3,75m²

Sala de segurança

7,37m²

09

13,43m²

10

RH

2,93m²

11

Financeiro

10,02m²

1,68m²

12

Copa

13,42m²

Recepção

9,75m²

13

Circulação

26,17m²

Banheiro acessível

3,60m²

0

1

CIRCULAÇÃO

5,12m² 9,59m²

Banheiro Fem / Masc

DML

SERVIÇO

ADMINISTRATIVO SOCIAL / CONVIVÊNCIA

5(m)


6.7 BLOCO SERVIÇO O bloco de serviço oferece todo o suporte necessário para o Centro Animal, onde materiais e rações ficam estocados.Há ainda uma plataforma elevada de modo a facilitar a carga e descarga dos produtos.

108


DESCE

AA

02

N QUADRO DE ESQUADRIAS

PROJEÇÃO COBERTA

PORTAS CÓD. DIMENSÕES(m)

P1

J2

J2 P1

P4

J5

11 J6

VAZIO

01

3

J3

13

P2

10

P1

J3

P2

9

P3

2

J1

J1

VAZIO

P1

2

02

Madeira / Abrir

P4

1,60 x 2,40

01

Madeira / Vai e Vem

P5

2,40 x 2,40

01

Madeira / Camarão

P6

2,00 x 2,40

01

Madeira / Abrir

8

P3

J1

J2

1,20 x 1,30 / 1,10

04

PVC / Correr

J3

0,80 x 0,60 / 1,80

03

PVC / Basculante

J4

1,80 x 0,60 / 1,80

01

PVC / Basculante

J5

2,40 x 1,30 / 1,10

02

PVC / Correr

J6

2,40 x 2,65 / 0,15

02

Vidro / Fixa

AMBIENTE

ÁREA

Recepção

8,03m²

02

Vestuário Fem./Masc.

03

Vestuário Acessível

7,82m²

04

Sala de descanso

16,59m²

21,34m²

05

Lavanderia

13,96m²

06

Sala de Jogos

19,56m²

07

Sala de controle

7,10m²

08

Depósito Ração

13,30m²

09

Almoxarifado Geral

16,08m²

10

DML

3,89m²

11

Refeitório

26,40m²

12

Cozinha

15,16m²

13

Circulação

203,48m²

VAZIO

J1

SETORIZAÇÃO SOCIAL/CONVIVÊNCIA

P1

1

VAZIO

MATERIAL / TIPO PVC / Basculante

07

VAZIO P2

QUANT.

2,40 x 0,60 / 1,80

BAIXA - BLOCO SERVIÇO 1 PLANTA ESCALA 1/200

P1 J1

1,40 x 2,40

01

BB J1

Madeira / Abrir

P3

QUADRO DE ÁREAS

03

3

03

NUM.

P1 J3

0,90 x 2,40

CÓD. DIMENSÕES(m)

J6

P5

4

Madeira / Abrir

P2

J1

P1

J4

08

JANELAS

VAZIO

J2

5

J3

J5

MATERIAL / TIPO

0,80 x 2,40

SOBE

6

J1

12

QUANT.

P1

P6

7

SERVIÇO

J2

CIRCULAÇÃO PROJEÇÃO COBERTA

PLATAFORMA ELEVADA

04

SOBE

0

1

5(m)

109


TELHA SANDUÍCHE i=7%

CIRCULAÇÃO -1,00 (P.A.)

AA 1 CORTE ESCALA CAIXA D'ÁGUA

CHAPIM

A VESTUÁRIO FEM -1,02 (P.A.)

CIRCULAÇÃO -1,00 (P.A.)

P1 15x30cm

3

P2 15x30cm

4

5

P3 15x30cm

N P4 15x30cm

DEP. RAÇÃO -1,00 (P.A.)

BB 2 CORTE ESCALA 0

1

1/200

P1 15x30cm

ESTRUTURA BALDRAME EM PEDRA TOSCA

B

5(m)

C

D

E

110

2

1

TELHA SANDUÍCHE i=7%

1/200

P5 15x30cm

P9 15x30cm

P13 15x30cm

P17 15x30cm

P6 15x30cm

P7 15x30cm

P10 15x30cm

P14 15x30cm

P18 15x30cm

1 PLANTA ESCALA

P8 15x30cm

P11 15x30cm

P12 15x30cm

P15 15x30cm

P16 15x30cm

P19 15x30cm

P20 15x30cm

ESTRUTURAL 1/200


TEXTURA EM CIMENTO QUEIMADO

PINTURA ACRÍLICA CINZA PINTURA ACRÍLICA AMARELO

01 1 FACHADA ESCALA 1/200

FAIXAS HORIZONTAIS COM PINTURA ACRÍLICA AMARELO

02 2 FACHADA ESCALA 1/200

03 3 FACHADA ESCALA 1/200

CAIXA D'ÁGUA

04 4 FACHADA ESCALA 1/200 COBOGÓ VOTÚ COM PINTURA ACRÍLICA CINZA

0

1

5(m)

111


6.8 BLOCO ABRIGO O bloco do abrigo, situado em um nível um metro abaixo do bloco veterinário, funciona de forma independente, permitindo que a população o acesse e, caso deseje, visite os animais para uma possível adoção, em que todo o processo é realizado no local.Possui diferentes acessos para o público e para funcionários, oferecendo todo o suporte para os animais que lá se encontram.

112


113


CHAPIM CHAPIM

TELHA TELHA SANDUÍCHE SANDUÍCHE i=7% i=7%

RESERVATÓRIO RESERVATÓRIO 500L 500L BARRILETE BARRILETE

VEST. VEST. MASC. MASC. -1,22 -1,22 (P.A.) (P.A.)

VEST. FEM. FEM. VEST. -1,22 (P.A.) (P.A.) -1,22

ESTRUTURA ESTRUTURA BALDRAME BALDRAME EM EM PEDRA PEDRA TOSCA TOSCA

CHAPIM CHAPIM

DML DML -1,22 (P.A.) (P.A.) -1,22

1 1

CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO -1,20 (P.A.) (P.A.) -1,20

2 2

RECEPÇÃO RECEPÇÃO -1,20(P.A.) -1,20(P.A.)

CORTE CORTE BB BB

ESCALA ESCALA

A A

B B

C C

2 2

3 3

4 4

P1 P1 15x30cm 15x30cm

P2 P2 15x30cm 15x30cm

P3 P3 15x30cm 15x30cm

P4 P4 15x30cm 15x30cm

P5 P5 15x30cm 15x30cm

P6 P6 15x30cm 15x30cm

P7 P7 15x30cm 15x30cm

P8 P8 15x30cm 15x30cm

P9 P9 15x30cm 15x30cm

D D

P10 P10 15x30cm 15x30cm P11 P11 15x30cm 15x30cm

0 0

1 1

5(m) 5(m)

1/125 1/125

1/125 1/125

ESTRUTURA ESTRUTURA BALDRAME BALDRAME EM EM PEDRA PEDRA TOSCA TOSCA

(m) 5 5 (m)

1 1

114

CORTE AA AA 1 1 CORTE ESCALA ESCALA

TELHA SANDUÍCHE SANDUÍCHE i=7% i=7% TELHA

COZINHA COZINHA -1,22 (P.A.) (P.A.) -1,22

0 0

SALA DE DE ENTREVISTA ENTREVISTA SALA -1,20 (P.A.) (P.A.) -1,20

RECEPÇÃO RECEPÇÃO -1,20 -1,20 (P.A.) (P.A.)

P12 P12 15x30cm 15x30cm

PLANTA ESTRUTURAL ESTRUTURAL 1 1 PLANTA ESCALA 1/200 ESCALA 1/200


FAIXAS HORIZONTAIS COM PINTURA ACRÍLICA VERMELHA

1 1 FACHADA ESCALA 1/125

PINTURA ACRÍLICA CINZA PINTURA ACRÍLICA VERMELHA

2

FACHADA 2 ESCALA

1/125

CAIXA D'ÁGUA

COBOGÓ VOTÚ COM PINTURA ACRÍLICA VERMELHA

3 3 FACHADA ESCALA 1/125 CAIXA D'ÁGUA TEXTURA EM CIMENTO QUEIMADO

4 0

1

5 (m)

FACHADA 4 ESCALA

115

1/125


6.9 CANIL E GATIL Os canis e o gatil foram idealizados de forma a melhor atender os animais abandonados.Os canis possuem espaços coletivos e individuais, em que os cachorros que precisam de cuidados especiais,ou cadelas que deram a luz, ficam instalados nas baias individuais, já nos coletivos, os animais são agrupados de acordo com o comportamento, de modo a minimizar brigas.Os dois tipos de baias possuem solário, ambiente importante para os animais terem o contato com o externo.O bloco do gatil conta com os mesmos ambientes do canil, uma área de banho e tosa para os animais, e um jardim entre as baias com vegetação de forma a melhorar o conforto térmico, acústico, além de evitar o contato visual dos animais.

116


BB

02

C2

C2

C2

N

C2

C2

C2

C2

1

VAZIO P2

P2

P2

P2

P2

P2

P3

P3

03

AA

P2

2

01

8 P1

P1

P1 P2

C4

P2

P2

4

C4

C3

C1

C1

C1

04 QUADRO DE ESQUADRIAS

PORTAS

COBOGÓ

QUANT.

MATERIAL / TIPO

CÓD. DIMENSÕES(m)

QUANT.

0,80 x 2,10

03

Gradil de Ferro/ Abrir

C1

1,20 x 0,60 / 1,50

09

Concreto/ Votú

P2

1,40 x 2,10

04

Gradil de Ferro/ Abrir

C2

1,80 x 0,60 / 1,50

07

Concreto/ Votú

P3

2,00 x 2,10

02

Gradil de Ferro/ Abrir

C3

0,80 x 0,60 / 1,50

01

Concreto/ Votú

C4

3,40 x 1,00 / 1,10

02

Concreto/ Votú

1

5(m)

SETORIZAÇÃO

7

C1

C1

C1

P2

P2

C1

C1

C1

BAIXA - BLOCO CANIL 1 PLANTA ESCALA 1/125

MATERIAL / TIPO

P1

0

P2

5

PROJEÇÃO COBERTA

CÓD. DIMENSÕES(m)

P2

VAZIO

6 3

P2

QUADRO DE ÁREAS AMBIENTE

AMBIENTE

ÁREA

NUM.

01

Canil coletivo

11,22m²

05

Depósito ração

02

Solário Coletivo

10,72m²

06

Solário Individual

3,28m²

03

Banho e Tosa

21,12m²

07

Canil individual

2,56m²

04

DML

5,70m²

08

Circulação

135,52m²

NUM.

SOCIAL/CONVIVÊNCIA

SERVIÇO

ÁREA 10,80m²

CIRCULAÇÃO

117


CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO -1,20 -1,20 (P.A.) (P.A.)

0

1

AA 1 CORTE ESCALA ESCALA

5(m) CHAPIM CHAPIM

CANIL CANIL COLETIVO COLETIVO -1,20 -1,20 (P.A.) (P.A.)

TELHA TELHA SANDUÍCHE SANDUÍCHE i=7% i=7%

CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO -1,20 (P.A.) (P.A.) -1,20

SOLÁRIO SOLÁRIO -1,22 -1,22 (P.A.) (P.A.)

SOLÁRIO SOLÁRIO -1,22 -1,22 (P.A.) (P.A.)

CANIL CANIL INDIV. INDIV. -1,20 (P.A.) (P.A.) -1,20

BB 2 CORTE ESCALA ESCALA

ESTRUTURA BALDRAME BALDRAME ESTRUTURA EM EM PEDRA PEDRA TOSCA TOSCA

11 A A

B B

C C

D D

118

1/125 1/125

22

33

44

55

P1 P1 15x30cm 15x30cm

P2 P2 15x30cm 15x30cm

P3 P3 15x30cm 15x30cm P4 P4 15x30cm 15x30cm P5 P5 15x30cm 15x30cm

P6 P6 15x30cm 15x30cm

P715x30cm P715x30cm

P8 P8 15x30cm 15x30cm P9 P9 15x30cm 15x30cm P10 P10 15x30cm 15x30cm

P11 P11 15x30cm 15x30cm

P12 P12 15x30cm 15x30cm

P13 P13 15x30cm 15x30cm P14 P14 15x30cm 15x30cm P15 P15 15x30cm 15x30cm

P16 P16 15x30cm 15x30cm

P17 P17 15x30cm 15x30cm

P18 P18 15x30cm 15x30cm P19 P19 15x30cm 15x30cm P20 P20 15x30cm 15x30cm

00

11

5(m) 5(m)

1 PLANTA ESCALA ESCALA

ESTRUTURAL 1/200 1/200

1/125 1/125


TEXTURA EM CIMENTO QUEIMADO

1 1 FACHADA ESCALA

PINTURA ACRÍLICA CINZA

1/125

CAIXA D'ÁGUA

2 2 FACHADA ESCALA

FAIXAS HORIZONTAIS COM PINTURA ACRÍLICA AZUL

3 3 FACHADA ESCALA

1/125

COBOGÓ VOTÚ COM PINTURA ACRÍLICA AZUL

0

1

5(m)

4

1194 FACHADA ESCALA

1/125

1/125


TELHA SANDUÍCHE i=7%

TELHA SANDUÍCHE i=7% TELHA SANDUÍCHE i=7%

CHAPIM TELHA SANDUÍCHE i=7%

CANIL COL. SOLÁRIO CIRC. TELHA SANDUÍCHE i=7% -1,20 (P.A.) -1,22 (P.A.) -1,20 (P.A.)

SOLÁRIO CANIL -1,22 (P.A.) -1,20 (P.A.)

JARDIM -1,25 (P.A.)

CANIL COL. -1,20 (P.A.)

SOLÁRIO CANIL -1,22 (P.A.) -1,20 (P.A.)

JARDIM -1,25 (P.A.)

SOLÁRIO -1,22 (P.A.)

CIRC. -1,20 (P.A.)

CHAPIM

120

COPA -1,00 (P.A.)

CIRCULAÇÃO CHAPIM -1,00 (P.A.)

COPA -1,00 (P.A.)

CIRCULAÇÃO -1,00 (P.A.)

VEST. TELHA SANDUÍCHE i=7% CIRC. ALMOX. PCD VESTUÁRIO MASC. -1,20 (P.A.) -1,22 (P.A.) -1,20 (P.A.) -1,22 (P.A.) CHAPIM

VEST. CIRC. ALMOX. PCD VESTUÁRIO MASC. -1,20 (P.A.) -1,22 (P.A.) -1,20 (P.A.) -1,22 (P.A.)

COPA 0,10 (P.A.)

CIRC 0,10 (

COPA 0,10 (P.A.)

CIRC 0,10 (

BARRAS CHATAS DE ALÚMINIO FIXADAS EM ESTRUTURA METÁLICA COM PINTURA AUTOMOTIVA CHAPIM

TELHA SANDUÍCHE i=7%

TELHA SANDUÍCHE i=7% BARRAS CHATAS DE ALÚMINIO FIXADAS EM ESTRUTURA METÁLICA COM PINTURA AUTOMOTIVA CHAPIM

TELHA SANDUÍCHE i=7%

W.C CIRC. FINAL 0,10 (P.A.) 0,12 (P.A.) TELHA SANDUÍCHE PATAMAR i=7% REFEITÓRIO -0,58 (P.A.) -1,00 (P.A.)

CIRC. ADMINISTRATIVO 0,12 (P.A.)

RECEPÇÃO 0,12 (P.A.)

W.C CIRC. PATAMAR FINAL 0,10 (P.A.) 0,12 (P.A.) -0,58 (P.A.)

CIRC. ADMINISTRATIVO 0,12 (P.A.)

RECEPÇÃO 0,12 (P.A.)

REFEITÓRIO -1,00 (P.A.)


BARRAS CHATAS DE ALÚMINIO FIXADAS EM ESTRUTURA METÁLICA COM PINTURA AUTOMOTIVA

CHAPIM

BARRAS CHATAS DE ALÚMINIO FIXADAS EM ESTRUTURA METÁLICA COM PINTURA AUTOMOTIVA

CHAPIM

C. (P.A.)

JARDIM 0,00 (P.A.)

W.C FEM 0,08 (P.A.)

RECEPÇÃO 0,10 (P.A.)

W.C PCD 0,08 (P.A.)

CAFÉ/ SALA DE PALESTRAS 0,10 (P.A.)

CIRCULAÇÃO 0,12 (P.A.)

ESTACIONAMENTO 0,10 (P.A.)

C. (P.A.)

JARDIM 0,00 (P.A.)

W.C FEM 0,08 (P.A.)

RECEPÇÃO 0,10 (P.A.)

W.C PCD 0,08 (P.A.)

CAFÉ/ SALA DE PALESTRAS 0,10 (P.A.)

CIRCULAÇÃO 0,12 (P.A.)

ESTACIONAMENTO 0,10 (P.A.)

CORTE AA

1 ESCALA

CORTE AA

1 ESCALA

LAJE IMPERMEABILIZADA i=3%

LAJE IMPERMEABILIZADA i=3% PASSEIO 0,10 (P.A.)

CIRCULAÇÃO 0,12 (P.A.)

CIRCULAÇÃO 0,12 (P.A.)

CORTE BB

2 ESCALA

CORTE BB

2 ESCALA

PASSEIO 0,10 (P.A.)

1/250

1/250

6.10 CORTES Para facilitar a compreensão do projeto foram feitos dois cortes, um horizontal e um longitudinal de todo o terreno, onde é possível perceber a relação do construído e do não construído, além da topografia do terreno que diminui no sentido sul-norte.

1/250

1/250

121


BARRAS CHATAS DE ALÚMINIO FIXADAS EM ESTRUTURA METÁLICA COM PINTURA AUTOMOTIVA

TEXTURA GRAFIATO COR CINZA CLARO TEXTURA CIMENTO QUEIMADO COBOGÓ VOTÚ

BARRAS CHATAS DE ALÚMINIO FIXADAS EM ESTRUTURA METÁLICA COM PINTURA AUTOMOTIVA

COBOGÓ VOTÚ

TEXTURA GRAFIATO COR CINZA CLARO

TEXTURA Q MARQUISE COM PINTURA CINZA ESCURO

TEXTURA GRAFIATO COR CINZA CLARO

COBOGÓ VOTÚ

BARRAS CHATAS DE ALÚMINIO FIXADAS EM ESTRUTURA METÁLICA COM PINTURA AUTOMOTIVA PINTURA ACRÍLICA VERDE

PEDRA MOLEDO

TEXT CO

PINTURA ACRÍLICA AZUL CLARO

TEXTURA CIMENTO QUEIMADO

PINTURA ACRÍLICA AZUL ESCURO

MARQUISE COM PINTURA CINZA ESCURO

PEDRA MOLEDO

122


6.11 FACHADAS Para a composição das fachadas, no bloco veterinário, foi utilizada uma estrutura metálica com barras chatas de alumínio, com pintura automotiva nas cores da paleta aplicada no projeto. já no restante dos blocos, foram utilizados faixas horizontais contornando os blocos, em que cada um foi pintado de uma cor.

FACHADA SUL

1 ESCALA

A CIMENTO QUEIMADO

1/250

PINTURA ACRÍLICA VERMELHO COBOGÓ VOTÚ

PINTURA ACRÍLICA AZUL CLARO

FACHADA LESTE

2 ESCALA

6.12 SISTEMAS CONSTRUTIVOS E MATERIAIS

TEXTURA CIMENTO QUEIMADO

TURA GRAFIATO OR CINZA CLARO

1/250

O sistema estrutural adotado para o Centro de Acolhimento para Animais Abandonados é composto por pilares, lajes e vigas de concreto, tendo os pilares de 15x30cm, onde o pé direito é menor, e 20x20cm onde o pé direito é maior, e vigas com altura de 60cm.O fechamento é feito de por paredes de alvenaria tradicional.

FACHADA NORTE

3 ESCALA

1/250

BARRAS CHATAS DE ALÚMINIO FIXADAS EM ESTRUTURA METÁLICA COM PINTURA AUTOMOTIVA

FACHADA OESTE

4 ESCALA

1/250

123


6.13 PERSPECTIVAS

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131


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133


134


07

CONSIDERAÇÕES FINAIS 135


136


07. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo elaborado ao longo de um ano deste trabalho de conclusão de curso, que tem como tema um Centro de Acolhimento para Animais Abandonados, possui como objetivo proporcionar aos animais o devido amparo de suas enfermidades e analisar como funcionam as instituições que oferecem esse tipo de serviço. Baseado nisso, foi percebido que as organizações existentes relacionadas ao tema carecem de uma boa infraestrutura que atenda aos animais resgatados na cidade de Fortaleza, pois além de não possuírem apoio governamental, o problema relacionado ao abandono vem aumentando exponencialmente, fazendo com que o Centro Animal seja um equipamento que dê o devido suporte para os animais.Assim, foi pensada uma proposta arquitetônica que ofereça o amparo necessário para tal problema, tendo como princípios os conceitos de espaço humanizado, acessibilidade e conforto ambiental. Sendo assim, a contribuição científica deste trabalho é proporcionar uma mudança na maneira de tratar os animais, bem como aos locais destinados a eles.

137


138


08

PROJETOS DE REFERÊNCIA 139


08. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBUQUERQUE, Mariana Silva et al. CAMPANHA DE CASTRAÇÃO DO IFAM/CMZL: IMPORT NCIA E CONTRIBUIÇÕE. Nexus Revista de Extensão do Ifam, [s. l], v. 3, n. 1, p. 1-8, jun. 2017. Disponível em: http://nexus.ifam.edu.br/nexus/index. php?journal=Nexus&page=article&op=view&path%5B%5D=178&path%5B%5D=0. Acesso em: 17 set. 2020. ALMEIDA, REBECA. Abril laranja: prevenção aos maus tratos contra animais: Maltratar animais é considerado crime ambiental na legislação brasileira. [S. l.], 24 abr. 2018. Disponível em: http://www.cienciaecultura.ufba.br/agenciadenoticias/noticias/abril-laranja-prevencao-aosmaus-tratos-contra-animais/. Acesso em: 27 ago. 2020. ALVES, Ana Julia Silva e et al. Abandono de cães na América Latina: revisão de literatura. Mv&Z, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 1-8, 1 jul. 2013. Disponível em: https://www.revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/16221. Acesso em: 10 ago. 2020. ANOREGMT (Mato Grosso). Dezembro verde: abandonar animais é crime. 2019. Disponível em: https://www.anoregmt.org.br/novo/dezembroverde-abandonar-animais-e-crime/#:~:text=O%20abandono%20de%20animais%20%C3%A9,um%20sexto%20a%20um%20ter%C3%A7o.. Acesso em: 28 ago. 2020.scort ARCHDAILY. Clínica Veterinária Sentidos / OCRE arquitetura. Disponível em:https://www.archdaily.com.br/br/944737/clinica-veterinariasentidos-ocre-arquitetura?ad_medium=gallery. Acesso em: 04 nov. 2020. ARCHDAILY. Hotel Canino e Felino / Raulino Silva. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/931295/hotel-canino-e-felino-raulinosilva?ad_source=search&ad_medium=search_result_all. Acesso em: 04 nov. 2020. ARCHDAILY. Palm Springs Animal Care Facility / Swatt | Miers Architects. Disponível em: https://www.archdaily.com/237233/palm-springs-animalcare-facility-swatt-miersarchitects?ad_source=search&ad_medium=search_result_projects. Acesso em: 4 nov. 2020. ARCHDAILY. South Los Angeles Animal Care Center & Community Center / RA-DA. Disponível em: https://www.archdaily.com/407296/southlos-angeles-animal-care-center-andcommunity-center?ad_medium=gallery. Acesso em: 04 nov. 2020. BEZERRA, Katharyne. Dezembro verde e a conscientização sobre o abandono de animais. 2018. Disponível em: https://www.estudopratico. com.br/dezembro-verde/. Acesso em: 25 set. 2020. BORTOLOTI, Renato; D’AGOSTINO, Renata Grotta. AÇÕES PELO CONTROLE REPRODUTIVO E POSSE RESPONSÁVEL DE ANIMAIS DOMÉSTICOS INTERPRETADAS À LUZ DO CONCEITO DE METACONTINGÊNCIA. Revista Brasileira de Análise do Comportamento, São Paulo, v. 3, n. 1, p. 17-28, 2007. Disponível em: https://periodicos.ufpa.br/index.php/rebac/article/view/821. Acesso em: 16 set. 2020. BRASIL. Código Penal nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940.Brasília. BRASIL. Constituição (1988). Constituição nº 1988, de 05 de outubro de 1988. . Brasília, 2016. p. 1-498. Disponível em: https://www2. senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf. Acesso em: 10 set. 2020. BRASIL. Decreto nº 24.645, de 10 de julho de 1934. Estabelece medidas de Proteção aos Animais.Brasília, 1991. BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Lei de Crimes Ambientais. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.

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