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DA ORALIDADE AFRICANA EM “ÁGUA FUNDA”, DE RUTH GUIMARÃES
Dayane Teixeira
Tiago Novaes (1979) é escritor, professor de criação literária e doutor em Psicologa pela USP. É autor de Dionísio em Berlim (Quelônio), Os amantes da fronteira (Dobra) e Documentário (Funarte), dentre outras obras.
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O Continente africano sofreu com as calúnias e a falsificação histórica por parte das ações coloniais, que, segundo Fanon, destruiu o negro no mais profundo da sua substância . No livro “A Consciência Histórica Africana”;, o doutor Cheikh M’Backé Diop comenta os esforços da intelectualidade europeia para invalidar o negro enquanto ser humano. De acordo com ele, o africano é colocado como incapaz de criar uma civilização, e prossegue dizendo que foi exatamente por este motivo que o Egito foi “arrancado”; da África negra. Sendo assim, o projeto colonial foi sagaz ao fomentar e perpetuar um discurso que atribui uma imagem negativa aos povos africanos, descendentes de uma nação altamente desenvolvida e tecnológica, a quem devemos, inclusive, o uso da palavra. O berço da civilização foi “arrancado” da África precisamente com este intuito, o de eliminar qualquer vestígio civilizatório de seus herdeiros. O plano de dominação, portanto, se revelou devastador, porém, não o suficiente para tirar o que estava entranhado nos africanos: a própria África.
Sabendo que o Brasil foi um dos países que mais recebeu africanos e africanas no processo migratório colossal denominado diáspora , cuja finalidade era suprir mão de obra escrava, é imprescindível destacar que, como afirma o professor e pesquisador Petrônio Domingues, esse desloca- mento não foi algo sem desdobramentos, visto que produziu interlocuções e epistemologias. Essas pessoas trouxeram consigo o pensamento, a filosofia, os conhecimentos, todo repertório adquirido na e pela oralidade Repertório que faz parte da grande cadeia de transmissão passado de geração a geração ao longo dos séculos. E essa tal oralidade, vinda com nossos ancestrais, é a fonte para entendermos os aspectos das ciências, da origem, do modo de transmissão dos saberes, que ecoa, até hoje, nos afrodescendentes deste país. Se faz necessário, pois, conhecer a outra versão, para que possamos compreender a nação brasileira, a literatura brasileira, a literatura negro-brasileira. É essencial ir de encontro ao que nos diz a biblioteca colonial , que por meio de conceitos, ideias, definições e epistemologias, visam deturpar e silenciar a existência do sujeito negro e indígena.
A ideologia eurocentrada nunca compreendeu, ou melhor, nunca tentou compreender outros modos de ser e estar no mundo. A falácia da intelectualidade ocidental impôs sua presença, seu valores, suas ideias, suas epistemologias, porque Narciso acha feio o que não é espelho . Mongobe Ramose, filósofo sul-africano, afirma que o ato de coisificar foi exponencial nessa ação redutiva do ser negro, o papel da escravização nos povos africanos foi determinante na invisibilização do legado africano.
Cria-se uma necessidade lógica e prática para satisfazer as necessidades psicológicas e materiais do colonizador, eliminando do negro seu lugar e suas referências.
Nesse sentido, como destaca Ramose, o referencial é de suma importância para o africano, visto que o passado é sempre revivido, experienciado e trazido para situações presentes. Em África, o indivíduo é a continuação de seus antepassados e de seus ensinamentos. Esta proposição também é explicitada nos escritos de outros pensadores, como Amadou Hampâté Bâ, um dos autores-referência no campo dos estudos africanos. Bâ é considerado um dos intelectuais mais importantes do século XX por conta de seu trabalho como mestre da transmissão oral, poeta, etnólogo e pesquisador. No intuito de promover as culturas africanas e se colocar contra as mentiras do ocidente, Hampâté registrou em seus textos concepções filosóficas, sociais, religiosas, políticas e cosmológicas, um verdadeiro legado deixado por um dos últimos depositários da tradição africana. Entre tantas questões apresentadas por Hampâté, está a dicotomia Oral X Escrita, em que este refuta a ideia de que a escrita prevalece sobre a oralidade, conceito que serviu para justificar a hierarquização entre sociedades, uma das tantas estratégias de exclusão dos povos cuja textualidade se baseia no campo da oralidade. Não faz a oralidade nascer a escrita, tanto no decorrer dos séculos como no próprio indivíduo? Os primeiros arquivos ou bibliotecas do mundo foram o cérebro dos homens. Antes de colocar seus pensamentos no papel, o escritor ou o estudioso mantém um diálogo secreto consigo mesmo. Antes de escrever um relato, o homem recorda os fatos tal como lhe foram narrados ou, no caso de experiência própria, tal como ele mesmo os narra. Nada prova a priori que a escrita resulta em um relato da realidade mais fidedigno do que o testemunho oral transmitido de geração a geração. (BÂ, 2010, pág. 168).
Leda Maria Martins, poeta, ensaísta e dramaturga, discorre, igualmente, sobre esses dois lados opostos:
O domínio da escrita foi instrumental na tentativa de apagamento dos saberes considerados hereges e indesejáveis pelos europeus. Tornando exclusiva a escrita letrada como fonte de conhecimento, seu domínio se superpunha, negligenciava e tentava abolir outros sistemas e conteúdos, não considerados pelo colonizador saberes qualitativos, ou sequer um saber. [...] A escrita alfabética se instalava como veículo instrumental de ostracismo, segregava, estigmatizava. Não era uma adição ou um suplemento, mas, sim, uma imposição, um recurso exclusivo de difusão, assim como os valores que disseminava. [...] visava o desaparecimento simbólico ou literal do outro, o seu apagamento. (MARTINS, 2021, pág. 34-35).
Visando o aniquilamento, a imposição da escrita alfabética serviu para diminuir, marginalizar e estigmatizar a textualidade dos povos autóctones e seus descendentes. No entanto, nada prova que as fontes documentais escritas estejam isentas de interpretações errôneas, equivocadas e mal intencionadas, pois sabemos que a falsificação documental não é algo incomum. Já nas narrativas de Tradição
Oral repousam valores onde as transgressões, como a mentira, por exemplo, não são admitidas, pois colocam em xeque o equilíbrio e a harmonia da sociedade. A fim de elucidar tal afirmativa, invoco, novamente, Hampâté Bâ. De acordo com ele:
A palavra é um elemento derivado do próprio Ser Supremo, por isso, entre os antigos residia a concepção de que o homem está ligado à palavra que profere.
Está comprometido por ela. Ele é a palavra, e a palavra encerra um testemunho daquilo que ele é. A própria coesão da sociedade repousa no valor e no respeito pela palavra. (BÂ, 2010, pág. 168).
O mestre prossegue suas considerações reafirmando:
Nas tradições africanas – pela menos nas que conheço e que dizem respeita a toda a região de savana ao sul do Saara –, a palavra falada se empossava, além de um valor moral fundamental, de um caráter sagrado vinculado à sua origem divina e às forças ocultas nela depositadas. Agente mágico por excelência, grande vetor de “forças etéreas”, não era utilizada sem prudência. Inúmeros fatores – religiosas, mágicos ou sociais – concorrem, por conseguinte, para preservar a fidelidade da transmissão oral. (BÂ, 2010, pág. 169).
Para Hampâté esta é a razão de ser atribuída à palavra total confiabilidade no contexto tradicional africano, porque ela provém do divino. Segundo ele, a mentira corrompe e vicia o sangue das pessoas.
O mal uso da palavra – exortação que também encontramos em textos bíblicos – tem o poder de estabelecer tanto a paz quanto a guerra. No intuito de melhor situar o leitor sobre essa transmissão que dá pela palavra e pela oralidade , bem como sobre o que significa/constitui Tradição Oral Africana Bâ faz uma breve explanação de sua definição:
Quando falamos de tradição em relação à história africana, referimo-nos à tradição oral, e nenhuma tentativa de penetrar a história e o espírito dos povos africanos terá validade a menos que se apoie nessa herança de conhecimentos de toda espécie, pacientemente transmitida de boca a ouvido, de mestre a discípulo, ao longo dos séculos. (BÂ, 2010, pág. 167).
Sendo assim, a Tradição Oral, essa herança do saber que é transmitida entre gerações, vinculada às origens, esculpe a alma do africano. A oralidade é o nexo norteador presente em toda África e, portanto, nos permite falar em uma Tradição Oral Africana. Ela é, ao mesmo tempo, religião, matemática, dança, ciência natural, geografia, geometria, iniciação à arte, história, recreação. Por sua particularidade divina, a palavra carrega a força vital originária do próprio Ser Supremo, que é quem dá início a toda cadeia iniciática de transmissão do saber. A palavra é o agente mágico originário, que continua reverberando em nós, afrodescendentes, apesar dos esforços do dominador.
Em “A fina lâmina da palavra”, Leda Maria Martins problematiza a questão da marginalização dos saberes ancestrais, africano e/ou indígena, no âmbito literário aqui do Brasil. Segundo ela: Na literatura escrita no Brasil predomina a herança dos arquivos textuais e da tradição retórica europeia. Mesmo os discursos que se alçaram como fundadores da nacionalidade literária brasileira, no século dezenove, tinham na série e dicção literárias ocidentais sua âncora e base de criação literária. A textualidade dos povos africanos e indígenas, seus repertórios narrativos e poéticos, seus domínios de linguagem e modos de apreender e figurar o real, deixados à margem, não ecoaram em nossas letras escritas. (MARTINS, 2007, pág. 57).
E continua afirmando que, mesmo num contexto onde predomina o imaginário, valores, ideias, conceitos e tradições retórico-discursivas européias, o negro se coloca e, de certa forma, se destaca como escritor. Então, vai apontando toda a genealogia masculina da literatura negro-brasileira, citando nomes como Gonçalves Dias, Machado de Assis, Cruz e Souza e Lima Barreto, homens das letras, intelectuais forjados na/pela diáspora. Tal como eles, as mulheres também despontaram nas letras escritas brasileiras – elas, que sempre estiveram na base hierárquica das relações e da estrutura social do país. Mas, apesar de todos os empecilhos e dificuldades, apesar de marcadas e atravessadas pelas questões de gênero, classe e raça, percorreram e escoaram suas águas ancestrais por entre as pedras de rios pedregosos, fizeram suas palavras inundar; trouxeram vida para aquelas e aqueles que pereciam de sede. Maria Firmina dos Reis, Carolina de Jesus, Anajá Caetano, Conceição Evaristo… Seus Olhos d’Água testemunham suas escrevivências
Entre elas também está Ruth Guimarães, jovem interiorana, que com a sua petulância e persistência, marcou sua grafia de mulher negra na Literatura dita brasileira. Se fez entender por seu intelecto, sua sabedoria e a força da palavra diásporica . Com “Água Funda”, se põe do outro lado do rio e nos oferece outra perspectiva. Rema contra as águas da branca gênesis. É ela quem escreve e descreve a sua própria realidade, não a que é descrita como diz Grada Kilomba.
“Se era boa? Tão boa como mel de jati. É que a Mãe de Ouro tinha enfeitiçado o homem. A Mãe de Ouro mora do outro lado da serra. Pra lá fica Juruna, no Itaparica, e é um estirão de mais de cem vezes a distância de Nossa Senhora dos Olhos D’Água a Maria da Fé. Pois ele bateu a pé, moço, bateu a pé com o sapicuá de farinha nas costas. Água não era preciso. Água dá à toa por aí, brota no chão, e nenhum filho de Deus nega água a quem tem sede. Mas é melhor contar do começo…”
A força imagética da água, líquido essencial que simboliza vida, fertilidade, transformação, purificação e cura, que é fluida, dinâmica e feroz, aparece não apenas no título, mas é evocada reiteradamente durante toda a narrativa, indicando a sinuosidade do movimento dos tempos, as entranhas e mazelas do povo, dos fatos. Águas que vão e vêm diante da tirania do cronos, que fluíram por uma época transcorrida, mas que, mesmo assim, ainda expõe os resquícios, as reminiscências de um passado que foi e não foi, marcos históricos de um Brasil que se apresenta nesta ficção e também fora dela. Um tempo de outrora, onde os negros morriam debaixo do açoite que respinga na cara da cidade, nas paisagens, no modo de vida, na culinária, no nome de cada objeto, no nome dos bichos, nos sentimentos, na cura, na doença, na relação com a natureza, em seus modos de explicar e figural o real e o sobrenatural; nos modos de dizer as coisas, na língua… Essa língua, que Lélia Gonzalez chamou de Pretuguês , pois foi subvertida e ressignificada para marcar a resistência que dela fizeram os negros e indígenas As oralidades ancestrais se encontraram e pariram essa nova língua que tagarela em tupi e quimbundo. “Água Funda” tem guainumbi , caititu, embaúva, jacá, itê, uru; tem o cabinda de Angola, tem candonga nas águas curvas de Curiango. Em “Água Funda” tem Mãe De Ouro, Saci, Curupira, o diabo, mau-agouro, coisas de outro mundo…
“Onde mora? Mora no fundo da terra. Onde ela está o ouro brota no chão, que nem mato. [...] Eu já vi. Vi com esses olhos que a terra há de comer, a Mãe de Ouro se mudando de Olhos D’Água.”
Em “Água Funda” tem sonho, premonição… “Quefrio!Éamorte.Passe,morte,queestoubem forte!”
Tem gente sentada à porta, com o saião cobrindo os pés, e fumando pito com canudo de palmo e meio, para ver os conhecidos passarem. Em “Água Funda” tem noite de luar com cantiga, viola, violeiros, caboclada e terreiro:
“Ai moreninha, Moreninha, meu amor! Na roda do seu cabelo Corre água e nasce flor.”
Em “Água Funda” tem povo sertanejo que fala referenciando:
“Foi. Estava assim de gente lá. Os homens do roçado, trabalhando e cantando. A mulherada em casa preparando as comezainas. A mulher do Joaquim Martins com as três filhas, uma solteira e duas casadas; a mulher do Santana [...] a Saninha do seu Candinho…”
Em “Água Funda” tem narradora, mas, principalmente, tem contadora de estórias. Tem água que dá à toa, brota no chão, para saciar a sede da gente, das gentes que moram no livro, e que moram fora dele também. Sacia nossa sede, nossa sede de saber como foi a história que a “História” não contou. “Água Funda” começa no engenho, onde o chicote alcançava os lombos negros dos homens e mulheres destituídos de suas pátrias, onde o chicote dilacerava a carne, desaprumava o corpo, oprimia o espírito, alquebrava a moral, mas nunca lhes extraiu a sede de luta, resistência e fugor pela liberdade! Nunca, jamais, lhes extirpou a erudição ancestral. No tempo do engenho – tempo da escravatura – tinha senzala, casa grande, capataz. Tinha também Sinhazinha soberba com sua ruindade. Sinhá separou negra Joana de seu angola. Joana entristeceu, engoliu o choro, mas foi o coração de Sinhá que endureceu…
“Ruindade, às vezes, é só falta de imaginar a tristeza dos outros. Imaginar mesmo pouco adianta. Ter dor de barriga é uma coisa. Pensar na dor de barriga alheia é outra coisa muito diferente. Sempre parece que a dos outros dói menos”
E disseram os antigos que foi a ruindade de Sinhá que tinha chamado a desgraça. Disseram por aí que foi praga…
“Quando aconteceu o que aconteceu, o povo que está só dando com a língua nos dentes, começou num diz-que-diz, que a Joana dos Anjos é que tinha arrumando coisa-feita com um mundrungueiro do Alegre. [...] ninguém teve mais coragem de falar nisso. E daí, quando aconteceu o desastre, não faltou quem disse que a culpada foi a Joana dos Anjos, de parceria com o cabinda que fazia feitiço no Alegre. Mas ninguém sabe se é verdade. Dizem que foi a Mãe de Ouro que pragueou o Joca e a praga pegou em meio mundo…
“Ele agravou a Mãe de Ouro, porque era abu- sante como ele só. Mas pagou. Ela escutou a praga e veio. Porque, se não fosse a praga, podia bem ser que ele escapasse”
Em “Água Funda” o tempo não é marcado, não se segue ordem, começa do fim para ir explicando o resto. Para gente não se perder é preciso ouvir bem, prestar atenção nos causos contados pela contadora: “Antigamente isto aqui não era assim. Quero dizer, era e não era. [...] os antigos dizem que foi praga. É ver que foi, pois aquilo não era coisa que se fizesse para um cristão. O engenho é do tempo da escravatura [...]”
“Veja daqui a estrada onde passa a jardineira! Hoje chamamos jardineiras esses ônibus abertos do Zé Luiz e são muito diferentes do que era a condução de antes. Naquele tempo era uma caranguejola puxada a burro.”
O tempo, portanto, é marcado não apenas pela palavra – assim como grande parte das narrativas orais de origem africana –, mas também é ritmado e significado por ela. A marcação histórica é dada pela transição do engenho, onde a cana era carregada pelos burros, para a Companhia, onde a cana era transportada por caminhões.
Em “Água Funda”, a vida continua, mas o tempo não perdoa. As coisas mudam…
Só não mudam as mazelas do povo cor de cuia… “A gente nasce, cresce, e morre. Não sai disso. Mas enquanto cresce e enquanto vive, quantas coisas acontecem! Esta fazenda teve uma vida, como a vida da gente. Antes a cana era trazida da baixada em tropas de boi e, do morro, em jacá, no lombo da tropa.
A Companhia mudou isso. Andava muito devagar. Então a cana do vale pegou a ser carregada em caminhões. Para isso, alargaram as estradas.””
Em “Água Funda”, tudo gira em torno da palavra e acontece em razão dela: o mau agouro, o encosto, o mau-olhado, o disse que disse na boca alheia, a praga…
Em “Água Funda”, os acontecimentos deixam marcas, traumas, tristezas, lembranças amargas, principalmente para aqueles que não vigiam a língua. A palavra tem poder – já diziam os antigos. Em “Água Funda”, água dá à toa e brota no chão, como a palavra que corre solta na língua dos habitantes. Por isso que a contadora bota a culpa no povo!
“A notícia correu como rastilho de fogo em mato seco. E era tudo admiração só.”
“Mas quem é que pode com a língua do povo?”
“Água Funda” é Tradição Oral Africana porque carrega e exalta a força da palavra ancestral, porque é onde se fala a língua dos homens, dos sonhos, da natureza e dos seres do outro mundo.
Em “Água Funda”, tudo que vai, volta. “Agora que fechou a volta, a praga pode subir a serra, atrás de quem a rogou. A troco de tudo isso que aconteceu, não sei. [...]bom. Não sei. Não sei…Deus sabe o que faz e a gente não sabe o que diz. [...] Se aconteceu era porque era bom que acontecesse…”
Nunca diga “desta água não beberei”, porque Boca falou, corpo pagou. Cuidado com a praga e com a língua…
Dayane Teixeira é formada em Letras pela Universidade Paulista e em Técnico em Museologia pela ETEC, atua na área de museus há mais de 5 anos, sendo um deles o museu Casa das Rosas, onde desenvolve ações junto aos acervos da biblioteca Espaço da Palavra e Haroldo de Campos, além de participar da organização de eventos literários. Também trabalha como professora e pesquisadora independente de Literatura Africana, Negro-brasileira e Indígena brasileira, ministrando palestras e cursos sobre estes temas. É idealizadora da página literária @sy_ jigeen e, atualmente, cursa Pós-Graduação em História e Cultura Afro-brasileira, via Instituto Nacional de Ensino.