RESTYLING FARMACÊUTICO NEWS // DIREÇÃO DE ARTE // PAGINAÇÃO

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ANO 3 | N.º 17 | SET/OUT 2015 | BIMESTRAL | 3€

* FARMACÊUTICO NEWS

FARMÁCIA NA 1.ª PESSOA

FARMÁCIA HOSPITALAR

FARMÁCIA DA AMOREIRA SERVIÇO PERSONALIZADO E FAMILIAR

FH DO HOSPITAL BEATRIZ ÂNGELO DITA SUCESSO NA ADESÃO À TAR

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FORTALECER O ESPÍRITO DE GRUPO PROMOVER A PARTILHA DE IDEIAS

DR.ª CATARINA LUZ OLIVEIRA

06 SNS

SÃO NECESSÁRIAS MEDIDAS REFORMISTAS QUE PROMOVAM A SAÚDE E PREVINAM A DOENÇA PROF. DOUTOR CARLOS MAURÍCIO BARBOSA

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Os medidores de glicemia que se adaptam à diabetes!

all-in-one

Máximo Controlo da Diabetes Para pessoas que apreciam simplicidade e toda a informação sempre à mão

Único Sistema Integrado para o Controlo da Diabetes Para pessoas insulinotratadas ativas e sempre em movimento

Duplo Controlo da Diabetes Para pessoas que precisam de fazer testes de glicemia + cetonemia

Porque somos todos diferentes!

1 ISO 15197:2013 In vitro diagnostic test systems - Requirements for blood-glucose monitoring systems for self-testing in managing diabetes mellitus (Par 6.3 "System accuracy"), Tal como avaliado em C. Scuffi, MSc; F. Berti, PhD Scientific & Technology Affairs BU Check Up Corporate A Menarini Diagnostics e G. Fuzzi, C. Bertani, S. Vivenzi, C. Greco, C. Scuffi, F. Berti, F. Lucarelli, F. Valgimigli. Compliance to ISO/DIS 15197 accuracy requirements of three * 1ª Edição abril 2015. Dispositivos médicos para diagnóstico in vitro. Para mais informações consulte o respectivo manual de instruções.

mendiag.pt | menarinidiag.pt facebook.com/diabetessobcontrolo Linha de Apoio ao Utilizador 800 200 468


FARMACÊUTICO NEWS

FARMACÊUTICO NEWS APOIA AS SEGUINTES ENTIDADES

AFC – Associação dos Farmacêuticos Católicos

ANF – Associação Nacional das Farmácias

APEF – Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia

APFH – Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares

APREFAR – Associação dos Profissionais de Registo e Regulamentação Farmacêutica

CGF – Clube de Golfe Farmacêutico

Cofanor – Cooperativa dos Farmacêuticos do Norte, CRL

Cooprofar – Cooperativa dos Proprietários de Farmácia, CRL

Dilofar – Distribuição, Transportes e Logística, L.da

Plural – Cooperativa Farmacêutica, CRL

FFUC – Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra

FFUL – Faculdade de Farmáciada Universidade de Lisboa

FFUP – Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Groquifar – Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos

ISCS-N – Instituto Superior de Ciências da Saúde-Norte

ISCSEM – Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz

Ordem dos Farmacêuticos

Udifar - Cooperativa Farmacêutica, CRL

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Diretor Comercial Miguel Ingenerf Afonso miguelafonso@newsfarma.pt Diretora de Publicidade Conceição Pires conceicaopires@newsfarma.pt

APAC – Associação Portuguesa de Analistas Clínicos

Assessora Comercial Sandra Morais sandramorais@newsfarma.pt Agenda agenda@newsfarma.pt Equipa Editorial Andreia Pereira andreiapereira@newsfarma.pt Catarina Jerónimo (Coordenadora) catarinajeronimo@newsfarma.pt Cátia Jorge catiajorge@newsfarma.pt Maria Gomes mariagomes@newsfarma.pt Nuno Coimbra (Fotógrafo) nunocoimbra@newsfarma.pt Ricardo Gaudêncio (Fotógrafo) ricardogaudencio@newsfarma.pt Sofia Filipe sofiafilipe@newsfarma.pt

Ministério da Saúde

Produção & Design Joana Lopes joanalopes@newsengage.pt Cátia Tomé catiatome@newsengage.pt Diretora de Marketing Ana Branquinho anabranquinho@newsfarma.pt Redação e Publicidade Av. Infante D. Henrique, 333 H, 37 1800282 Lisboa T. 218 504 065 Fax 210 435 935 newsfarma@newsfarma.pt www.newsfarma.pt Pré-press e impressão RPO - Produção Gráfica, LDA. Depósito legal 356413/13 Tiragem 10.000 exemplares Periodicidade Bimestral - jul/ago 2015 Preço 3€

A NEWS FARMA AGRADECE O ESPECIAL APOIO DAS COOPERATIVAS FARMACÊUTICAS NA DISTRIBUIÇÃO DO FARMACÊUTICO NEWS.

PATROCINADORES DESTA EDIÇÃO

A reprodução total ou parcial de textos ou fotografias é possível, desde que indicada a sua origem (News Farma) e com autorização da Direção. Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores. Publicação isenta de registo na ERC, ao abrigo do Decreto Regulamentar 8/99, de 9/06, Artigo 12º nº 1 A. Edição

THREE-COLOUR PRINTING

SET | OUT 2015

Farmacêutico News é um projeto da News Farma, de periodicidade bimestral e dirigido a profissionais de saúde. News Farma é uma marca da Coloquialform, Lda.

CMYK

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OPINIÃO DE ...

CAPA ENTREVISTA

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OPINIÃO DE...

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FORTALECER O ESPÍRITO DE GRUPO, PROMOVER A PARTILHA DE IDEIAS Entrevista à Dr.ª Catarina Luz Oliveira

AVANÇOS NA CONTRACEÇÃO DE EMERGÊNCIA DÃO MAIS OPÇÕES AOS PROFISSIONAIS DE FARMÁCIA Dr.ª Teresa Bombas OPINIÃO DE...

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EM FOCO

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AGENDA

OS MEDICAMENTOS E A SUAS FORMAS Prof. Doutor João Rui Pita Prof.ª Doutora Célia Cabral

INOVAÇÃO E SERVIÇOS Entrevista ao Dr. Filipe Pernas

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RETHINKING PHARMA REGRESSA COM TEMAS ATUAIS E POLÉMICOS Dr.ª Paula Costa FARMÁCIA HOSPITALAR

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VIA VERDE DO MEDICAMENTO - EXPECTATIVAS SÃO AMBICIOSAS Entrevista ao Dr. Eurico Castro Alves

AGENDA

SNS: SÃO NECESSÁRIAS MEDIDAS REFORMISTAS QUE PROMOVAM A SAÚDE E PREVINAM A DOENÇA Prof. Doutor Carlos Maurício Barbosa

FARMÁCIA NA 1.º PESSOA

ENTREVISTA

FARMÁCIA DA AMOREIRA Serviço personalizado e familiar

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APOSTAR NA FORMAÇÃO À DISTÂNCIA Dr.ª Maria Inês Luzio

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FARMÁCIA HOSPITALAR DO HOSPITAL BEATRIZ ÂNGELO Farmacêuticos Hospitalares ditam sucesso na adesão à terapêutica antirretroviral

ONLINE

FALAR DE...

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APIFARMA INFORMA E EDUCA PARA A SAÚDE Dr.ª Cristina Campos MONTRA

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OPINIÃO DE... OPINIÃO DE...

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O FARMACÊUTICO E A HIPERTENSÃO ARTERIAL… Prof. Doutor António Hipólito de Aguiar

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DESAFIOS DE UM JOVEM FARMACÊUTICO Dr.ª Ângela Poças

OPINIÃO DE...

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ESTRATÉGIAS DE COMBATE DAS DCV COMO MELHORAR O CONTROLO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL? Prof. Doutor Mário Espiga de Macedo



AGENDA

SNS:

SET | OUT 2015

SÃO NECESSÁRIAS MEDIDAS REFORMISTAS QUE PROMOVAM A SAÚDE E PREVINAM A DOENÇA

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A SUSTENTABILIDADE DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE (SNS) TORNA IMPERIOSO SEGUIR UM CAMINHO MAIS REFORMISTA, NA BUSCA DE SOLUÇÕES EFICIENTES E EQUITATIVAS, VISANDO RACIONALIDADE E A UTILIZAÇÃO MAIS EFETIVA DOS RECURSOS DISPONÍVEIS, AFIRMOU O BASTONÁRIO DA ORDEM DOS FARMACÊUTICOS (OF), PROF. DOUTOR CARLOS MAURÍCIO BARBOSA, AO USAR DA PALAVRA NO DIA DO FARMACÊUTICO, CELEBRADO A 26 DE SETEMBRO, EM COIMBRA.

O bastonário alertou, no entanto, para que não se confundam medidas estruturais com políticas de austeridade, visando simplesmente cortes na despesa e dispensando estudos prévios sobre o seu impacto económico e social. “Definitivamente, esta abordagem conjuntural e casuística não deve ter lugar na próxima legislatura. O que

todos esperam é uma reforma do modelo de organização e funcionamento do Sistema de Saúde em que, de forma mais efetiva, seja promovida a Saúde e prevenida a doença e em que a integração na prestação dos cuidados seja definitivamente uma realidade”, destacou o Prof. Doutor Carlos Maurício Barbosa, que falava no decorrer da sessão solene alusiva à


AGENDA

Medicamento no centro das comemorações A SESSÃO SOLENE DO DIA DO FARMACÊUTICO 2015 decorreu no Hotel Quinta das lágrimas

contributos substantivos para promover ganhos em Saúde e para alcançar as metas definidas pelas políticas públicas, incluindo as de natureza económica”, referiu.

CADEIA DE VALOR DO MEDICAMENTO Relativamente à cadeia de valor do medicamento, nos seus três pilares – indústria, distribuição e farmácia–, o Prof. Doutor Carlos Maurício Barbosa disse que, nos últimos anos, foi forçada a contribuir de forma marcada para a redução da despesa pública e, simultaneamente, para a despesa privada com medicamentos. “Importa sublinhar que o setor farmacêutico foi responsável por 2/3 do esforço para a redução da despesa pública em Saúde alcançada nos últimos anos e que somente na área do ambulatório a despesa do Estado com medicamentos reduziu cerca de 500 milhões de euros entre 2010 e 2015”, sublinhou. Um tal esforço, referiu, superou largamente a capacidade económica dos operadores, produzindo efeitos colaterais graves, traduzidos por insolvências, penhoras,

cargo do professor Carlos Fiolhais, da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, bem como uma intervenção do bastonário da OF. Do programa constou ainda o simpósio “Acessibilidade ao Medicamento – o que mudou nos últimos 40 anos?”, cujo encerramento coube ao presidente do INFARMED, Dr. Eurico Castro Alves, em representação do Secretário de Estado da Saúde.

ENTREGA DA MEDALHA DE HONRA DA OF À FFUC, na pessoa do seu director, Francisco Veiga

BASTONÁRIO DA OF COM O director da FFUC, Francisco Veiga

SET | OUT 2015

efeméride. A plena e efetiva utilização da capacidade instalada no Sistema de Saúde em Portugal ao nível das farmácias, disse, insere-se precisamente nesta abordagem reformadora, positiva e virtuosa, mas há que passar definitivamente à prática. As farmácias são verdadeiras unidades prestadoras de cuidados de saúde dotadas de profissionais altamente qualificados que, a exemplo de outros países, podem e devem dar mais e melhores contributos ao Sistema de Saúde, salientou. “A sua distribuição homogénea no território nacional proporciona uma cobertura assistencial da população, que é ímpar entre todos os prestadores de saúde, sejam públicos ou privados”, acrescentou. O Dr. Carlos Maurício Barbosa sublinhou, neste contexto, que o País deve apostar e investir no reforço das competências legais dos farmacêuticos e no alargamento da sua intervenção no Sistema de Saúde, em benefício dos cidadãos. “Não tenho dúvidas de que, enquanto parceiros do SNS, as farmácias e os cerca de nove mil farmacêuticos que aí exercem podem dar

O Acesso ao Medicamento e o seu Uso Responsável constituíram os temas centrais das comemorações do Dia do Farmacêutico, organizadas este ano pela Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos. A sessão solene do Dia do Farmacêutico, ponto alto das comemorações, incluiu a conferência “Haja Luz: a descoberta da luz pela ciência”, a

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AGENDA

suspensões de fornecimento, despedimentos, precariedade e um desinvestimento generalizado no setor. A marcada redução do preço dos medicamentos associada à redução da remuneração das farmácias e dos grossistas produziu efeitos devastadores, frisou. No que respeita à indústria farmacêutica, o Bastonário declarou que o Ministério da Saúde convocou-a de forma sistemática para impor contribuições financeiras, visando reduzir a despesa pública com medicamentos. Também na área das análises clínicas, frisou, os esforços exigidos aos laboratórios ultrapassaram largamente a sua capacidade, tendo levado a que, hoje em dia, inúmeros laboratórios independentes estejam mergulhados numa profunda crise económica e financeira e a lutar pela sua sobrevivência financeira e independência deontológica.

ESTATUTO DA ORDEM DOS FARMACÊUTICOS No que concerne ao novo Estatuto da Ordem dos

Farmacêuticos, o Prof. Doutor Carlos Maurício Barbosa considerou que culmina o processo iniciado com a publicação, em 2013, da lei-quadro das Associações Públicas Profissionais, em decorrência do Memorando de Entendimento entre o Estado português e a Troika. O novo Estatuto, sublinhou, não renega a matriz essencial do anterior, evolui e está em conformidade com o regime jurídico atual das Associações Públicas Profissionais. Nas palavras do bastonário, a leiquadro veio implicar, em certa medida, uma nova partilha de autonomia institucional por parte das Ordens Profissionais, tendo instituído uma forma especial de enquadramento pelo Governo, já que passou a existir uma tutela de legalidade por parte de um membro do Governo – o Ministro da Saúde, no caso das Ordens da Saúde –, que comporta poderes de homologação de alguns regulamentos. “Trata-se de um modelo de convivência institucional, digamos, espaçado e intermitente, a que, estou certo, as Ordens saberão adaptar-se”, concluiu.

SET | OUT 2015

Atribuição de Medalhas de Honra

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A Ordem dos Farmacêuticos atribuiu, no âmbito das comemorações do Dia do Farmacêutico 2015, Medalhas de Honra à Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC) e, a título póstumo, à Prof.ª Doutora Maria Irene Noronha da Silveira, professora catedrática da

FFUC e Bastonária da OF entre 2007 e 2008. Esta medalha é atribuída pela Direção Nacional aos farmacêuticos e entidades que, pela sua dedicação à profissão e elevado mérito, tenham contribuído de modo extraordinário para a valorização da atividade farmacêutica na sociedade.

Farmácia Luciano e Matos, um exemplo a reter A Farmácia Luciano e Matos evidencia, de forma modelar, uma importante área de intervenção profissional dos farmacêuticos portugueses: a farmácia comunitária, afirmou o Prof. Doutor Carlos Maurício Barbosa, na sequência de uma visita ao espaço. “A este propósito, muito me apraz registar a

dinâmica e a vontade dos farmacêuticos comunitários em fazer sempre mais e melhor em prol dos seus utentes, o que encontrei na Farmácia Luciano e Matos”, destacou. Recorde-se que, em 2014, esta farmácia recebeu o Prémio Almofariz para a Farmácia do Ano, atribuído pela revista Farmácia Distribuição.

A OF HOMENAGEOU OS FARMACÊUTICOS que completam este ano 50 anos de dedicação à profissão

DURANTE A CERIMÓNIA FORAM TAMBÉM ATRIBUÍDOS OS PRÉMIOS Sociedade Farmacêutica Lusitana


PUBLIRREPORTAGEM

O NARIZ FILTRA MILHARES DE LITROS DE AR POR DIA, CONSTITUINDO UMA IMPORTANTE DEFESA DO ORGANISMO. O MUCO E SECREÇÕES RETIDAS, PROVENIENTES DE PATOLOGIAS COMO SINUSITE E ALERGIA, FACILITAM O APARECIMENTO DE INFEÇÕES, ORIGINAM CONGESTÃO NASAL E DIFICULTAM A RESPIRAÇÃO. A IRRIGAÇÃO NASAL COM NASOPURE® É UM PROCESSO SIMPLES E EFICAZ QUE CONSISTE NA LAVAGEM DAS FOSSAS NASAIS COM UMA SOLUÇÃO SALINA, ELIMINANDO CONTAMINANTES SEM RECORRER A MEDICAÇÃO.

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FARMÁCIA NA 1.º PESSOA

SERVIÇO PERSONALIZADO

SET | OUT 2015

E FAMILIAR

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SEGUNDA-FEIRA, 11H30. OS CLIENTES ENTRAM, MOSTRAM AS RECEITAS, PEDEM ACONSELHAMENTO. DESCEM PARA OS GABINETES, MEDEM A PRESSÃO ARTERIAL. ESTE É UM DIA NORMAL NA FARMÁCIA DA AMOREIRA. “AQUI, TODOS FAZEMOS O QUE GOSTAMOS”, REVELA VERA FRANCO, DIRETORA TÉCNICA DA FARMÁCIA. O PROFISSIONALISMO E A SIMPATIA, O SERVIÇO DE QUALIDADE E A PROXIMIDADE DOS UTENTES SÃO OS MARCOS DISTINTIVOS DESTA FARMÁCIA. “TEMOS UM SERVIÇO MAIS PERSONALIZADO E MUITO FAMILIAR. CADA CLIENTE TEM A SUA FICHA, COM INDICAÇÃO DE MEDICAMENTOS QUE TOMA E RESPETIVAS DOSAGENS”, CONTINUA. E PORQUE HÁ PESSOAS QUE VÊM DE LONGE DE PROPÓSITO PARA AQUI SER ATENDIDAS, TODOS SÃO ATENDIDOS COMO SE FOSSEM PARTE DA FAMÍLIA.

EQUIPA DA farmácia DA AMOREIRA, Raquel Rodrigues, Maria João Rodrigues, Diogo Oliveira, Vera Franco e Isabel Conrado

Diogo Oliveira, farmacêutico e proprietário da Farmácia da Amoreira, fala-nos sobre o funcionamento da farmácia, serviços e desafios. Farmacêutico News (FN) - Quais são os atuais desafios para as farmácias e os farmacêuticos? Diogo Oliveira (DO) - As farmácias enfrentam grandes desafios e, no meu entender, vão sobreviver aquelas que prestarem um serviço diferenciador. Será pela qualidade do serviço prestado que será feita a seleção natural! FN - Que tipo de serviços a farmácia presta aos seus utentes? DO - Pressão arterial, Diabetes, Colesterol, Hdl, Ldl, Triglicéridos, Hba1c, PSA, Hematócrito, Hemoglobina, Eritrócitos, Acido Úrico, Acido Láctico, Stress Oxidativo, determinação de infeções urinárias através de análise urina, e INR. FN - Qual é a importância do mercado da dermocosmética no negócio da Farmácia da Amoreira? DO - É muito alta, dado que é uma área onde estamos a apostar forte. É nesta área

que depositamos maiores esperanças de crescimento e angariação de clientes! Sempre apostando num serviço diferenciador! FN - Esta é uma área que tem vindo a ter um peso cada vez maior ou isso está dependente das zonas de implantação das farmácias? DO - No meu entender está muito


FARMÁCIA NA 1.º PESSOA

PROFISSIONAIS QUE GARANTEM um atendimento familiar e personalizado

Santo António? Com públicos tão distintos, como se adapta a estratégia para chegar junto dos utentes e responder às suas necessidades? DO - As duas farmácias abrangem públicos-alvo diferentes, sendo que na Farmácia de Santo António lidamos com classe baixa e média baixa, enquanto na Amoreira lidamos com todas as classes sociais! De qualquer modo, em ambas as farmácias o serviço diferenciador e de qualidade é o “mote”, pelo que acaba por não haver diferença na estratégia das duas Farmácias! Ambas ambicionam ser farmácias de referência na zona onde estão implantadas! FN - Como vê o papel do farmacêutico junto da população no aconselhamento e prescrição? DO - É um papel muito importante. O farmacêutico é o último profissional que contacta com o doente antes de este iniciar terapêutica, pelo que a qualidade do seu serviço é fundamental para o sucesso da terapêutica.

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“Há mais de 20 anos que sou cliente da farmácia, toda a família é, já a minha mãe era. São todos muito simpáticos, já me conhecem. Gosto muito de vir aqui – e eu não moro aqui perto, venho cá de propósito.” Carlos Manuel Abreu, 66 anos

“Esta é a minha farmácia, indiscutivelmente, já há 40 e tal anos. O atendimento é ótimo, as pessoas estão devidamente informadas sobre as doenças, já conhecem o nosso histórico, e sabem sobre o que estão a falar.” Maria José Carvalho da Silva, 71 anos

Farmácia da Amoreira Foi ampliada e totalmente remodelada em julho de 2014. A equipa é composta por 7 pessoas, 4 farmacêuticos e 3 técnicos de farmácia. dependente da zona de implementação da farmácia. De qualquer modo, seja qual for a zona, pode sempre investir-se em dermocosmética, mas fazendo um estudo de quais as marcas adequadas à zona!

Contacto 214 682 313

Diretora técnica Vera Franco

Horário de funcionamento 2ªf a 6ªf, das 9h00 às 21h00 // Sábados, das 9h00 às 20h00

Morada Farmácia da Amoreira R. Carlos Anjos 694-D, 2645-175 Amoreira, Alcabideche

Facebook https://www.facebook.com/ FarmaciaDAAmoreira

SET | OUT 2015

FN - É também proprietário da Farmácia Santo António, em Lisboa. Quais são as grandes diferenças entre a Farmácia da Amoreira e a Farmácia

Proprietário Diogo Oliveira

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OPINIÃO DE ...

O FARMACÊUTICO E A HIPERTENSÃO ARTERIAL…

PROF. DOUTOR ANTÓNIO HIPÓLITO DE AGUIAR

JUL SET| |AGO OUT2015 2015

FARMACÊUTICO. DOCENTE UNIVERSITÁRIO

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Como podem os farmacêuticos contribuir para a melhoria desta doença que afeta grandemente os Portugueses? Em Portugal, existem cerca de dois milhões de hipertensos, o que significa mais de 40% da população adulta entre os 18 e os 90 anos. Destes, menos de 50 por cento (metade) tem conhecimento de que tem pressão arterial elevada, cerca de 40 por cento está medicado e somente 11 por cento estão controlado. No contexto internacional, a hipertensão arterial é uma doença que afeta pelo menos 25% da população adulta mundial, ou seja, um em cada quatro indivíduos, sofre desta doença, sendo que a menor prevalência foi detetada em zonas rurais da India (3.4% nos homens e 6.8% nas mulheres) enquanto a maior prevalência foi registada na Polónia (68.9% em homens e 72.5% nas mulheres).As estimativas apontam para cerca de 7,5 milhões de mortes por ano, o que significa, sensivelmente, cerca de 13% de todas as mortes

É comumente referido que o coração é o órgão mais importante do nosso organismo. Essa referência tem, mais que não seja por outras razões, uma justificação muito pertinente; é que este nobre órgão que faz com que o sangue chegue a todo o nosso corpo para alimentar as estruturas mais básicas do nosso corpo, as células, permitindo-lhes alimentarem-se e respirarem, bem como remover as substâncias indesejáveis, sejam gases como o dióxido de carbono ou elementos tóxicos resultantes do trabalho dessas mesmas células. Compreende-se pois que hábitos de vida que alterem esta dinâmica, como sejam fumar, ingerir bebidas alcoólicas em excesso, sedentarismo e alimentação rica em sal, gorduras e açúcares, constituem fatores de maior risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, e consequentemente de hipertensão arterial, que surge como corulário de muitas destas doenças. Inversamente, é sabido, e aceite pela comunidade científica, que a adoção de um estilo de vida saudável constitui a melhor forma de prevenir o desenvolvimento de hipertensão arterial, como sejam ter uma alimentação saudável, praticar exercício físico e moderar os hábitos tabágicos e de consumo de álcool. É sabido que as farmácias em Portugal, na qual laboram mais de 6.000 farmacêuticos, têm constituído, em muitas circunstâncias (embora formalmente não integrem o SNS Português), uma relevante, se não a mais utilizada, “porta de entrada”

nos cuidados de saúde primários. No contexto das doenças cardiovasculares, os farmacêuticos comunitários têm mesmo contribuído para a identificação de indivíduos suspeitos, quer ao nível da deteção precoce de fatores de risco, quer ainda para o acompanhamento farmacoterapêutico dos doentes com terapêutica instituída. A intervenção farmacêutica nas farmácias envolve a educação para a saúde (que é hoje uma vertente fundamental para se conseguirem resultados consolidados de ganhos em Saúde), a dispensa de medicamentos e o aconselhamento dos doentes sobre a adequada utilização dos mesmos, por forma a que sejam alcançados os resultados clínicos desejados. Neste âmbito também a realização de atos, como sejam a medição da pressão arterial e a determinação de parâmetros como o índice de massa corporal, a glicemia e a colesterolemia, permitem a identificação de indivíduos não diagnosticados, contribuindo assim para a deteção precoce de fatores de risco de doença cardiovascular, e a sua referenciação para o médico. A intervenção dos farmacêuticos na prevenção da doença cardiovascular, como em muitos outros domínios, apresenta assim vantagens em termos de custo-efectividade, que estão hoje perfeitamente documentadas. Num programa iniciado no ano 2000 nos EUA, que se prolongou durante seis anos, em que os doentes visitavam mensalmente os farmacêuticos

comunitários, foi possível quantificar uma redução de 46,5% nas despesas médicas desses doentes. E verificou-se uma redução, para menos de metade, quer dos eventos cardiovasculares em geral, quer dos episódios urgentes que exigiam hospitalização. Os farmacêuticos comunitários, em Portugal e em muitos outros países europeus, desenvolvem há vários anos Programas de Cuidados Farmacêuticos e de Gestão da Doença nas farmácias, nos quais, sistematicamente, se promovem a resolução de eventuais problemas relacionados com os medicamentos usados pelos doentes, designadamente interações, falta de efetividade terapêutica, posologia inadequada, efeitos adversos, não adesão à terapêutica, etc. É que hoje, paradoxalmente, é sabido que, em muitas circunstâncias, se gasta mais dinheiro a resolver problemas derivados da utilização incorreta dos medicamentos, do que resultantes do seu consumo (seja com gasto individual seja através dos sistemas de comparticipação financiados pelo Estado). Nos EUA foi determinado, já há mais de 10 anos, que por cada dólar gasto em medicamentos, o Estado gastaria 1,33 dólares a resolver problemas devido ao seu uso incorreto, e na Europa os dados são sobreponíveis a estes. Importa pois trabalhar em conjunto (Governos com os profissionais de saúde e estes, entre eles), para se alcançarem ganhos em Saúde que importam a todos!



OPINIÃO DE ...

AVANÇOS NA CONTRACEÇÃO DE EMERGÊNCIA

DÃO MAIS OPÇÕES AOS PROFISSIONAIS DE FARMÁCIA

DR.ª TERESA BOMBAS

JUL SET| |AGO OUT2015 2015

ESPECIALISTA EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. PRESIDENTE DA SOCIEDADE PORTUGUESA DA CONTRACEPÇÃO

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A contraceção de emergência já não representa uma novidade mas, apesar dos avanços recentes, ainda continuam a subsistir muitas dúvidas e falsos conceitos, transversais à comunidade de profissionais de saúde - médicos, enfermeiros e farmacêuticos – como revela um estudo que será divulgado em breve pela Sociedade Portuguesa da Contracepção. No caso concreto dos profissionais de farmácia, a Sociedade Portuguesa da Contracepção tem vindo a prestar apoio científico a um ciclo de formações organizadas pela HRA Pharma, em parceria com a Ordem dos Farmacêuticos, com o objetivo de aprofundar conceitos e clarificar falsos mitos sobre a contraceção de emergência com que os farmacêuticos lidam dia-

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riamente, dada a sua proximidade e interação com as utentes, promovendo uma correta informação e utilização deste método contracetivo. O conteúdo programático destas formações passa por definir a contraceção de emergência, indicações para contraceção de emergência e identificar as diferentes opções, estabelecendo a diferença entre as substâncias levonorgestrel e acetato de ulipristal, esta última um avanço na contraceção de emergência, mais eficaz, seguro e que está disponível sem receita médica com dispensa exclusiva em farmácia.

PRINCIPAIS FALSOS CONCEITOS SOBRE CONTRACEÇÃO DE EMERGÊNCIA O falso conceito mais frequente, e que importa combater, refere-se ao mecanismo de ação da contraceção de emergência, confundindo-a com um método abortivo. A contraceção oral de emergência inibe ou atrasa a ovulação (libertação do óvulo): o levonorgestrel atua na fase pré-ovulatória precoce e o acetato de ulipristal ellaOne® na fase pré-ovulatória precoce e tardia, quando o levonorgestrel já não é mais eficaz. Quando não há ovulação, não há gravidez. A verdade é que, depois da nidação, isto é se a mulher estiver grávida, a contraceção de

emergência não é eficaz e não interfere no curso da gravidez. Em resumo, a contraceção de emergência não interrompe a gravidez, não é abortiva. A contraceção de emergência com acetato de ulipristal ou levonorgestrel é segura e, portanto, todas as mulheres, independentemente do seu estado de saúde ou da idade, podem fazer contraceção de emergência. As escassas restrições que possam existir, considerando o risco da toma de medicação face ao risco de gravidez não desejada, não devem ser impeditivas da toma do medicamento. Um outro aspeto a destacar prende-se com a possibilidade de utilização da contraceção de emergência várias vezes no mesmo ano, isto é possível e seguro. Mas os profissionais de farmácia deverão ter em atenção que a repetição da contraceção de emergência significa que o método de contraceção que a mulher utiliza não é o adequado. Daí que devemos considerar que a compra de contraceção de emergência é uma oportunidade para informação sobre contraceção regular. Aliás, já foi amplamente estudado noutros países da Europa, que a venda livre de contraceção de emergência não promoveu o abandono do uso de contraceção de forma regular, tendo-se mesmo verificado uma melhor consistência na toma do método contracetivo regular.



PUBLIRREPORTAGEM

A UTILIZAÇÃO DA HOMEOPATIA NOS DISTÚRBIOS DE ANSIEDADE

SET | OUT 2015

A ANSIEDADE É PARTE INERENTE DA NOSSA VIDA. FELIZMENTE O NOSSO ORGANISMO TEM A CAPACIDADE DE SE ADAPTAR E DE REGULAR UM ESTADO DE EQUILÍBRIO. ACONTECE, PORÉM, QUE DETERMINADOS EVENTOS PODEM DESENCADEAR MANIFESTAÇÕES COM CARACTERÍSTICAS DE SOFRIMENTO, COM DURAÇÃO E INTENSIDADE CONSIDERÁVEIS, E ACIMA DE TUDO, COM REPERCUSSÕES NA VIDA DO INDIVÍDUO.

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Diariamente, os fatores de stress a que estamos sujeitos produzem emoções tão diferentes como: ansiedade, raiva, tristeza, alegria, etc. É-nos imposta a interação com estes fatores de agressão fisiológicos e/ou psíquicos, a síndrome geral de adaptação. Sempre que tal acontece, ainda que inconscientemente, passamos por uma fase de alarme, com híper-vigília, com concentração física e psíquica e por uma fase de luta: a adaptação ao agente de stress. Este é o stress chamado de normal, que apesar de nos desgastar não nos mata, como diria Nietzsche, fortalece-nos. Mas algo acontece na sequência de um “acontecimento de vida”, a angústia de algo indeterminado parece iminente: um estado permanente de expectativa, de alerta, com tensão física e psíquica e a sensação de impotência em encontrar uma saída.

Não é por acaso que as palavras “angústia” e “ansiedade” derivam do latim angere, “apertar”. Quando a capacidade de adaptação é insuficiente ou então foi ultrapassada, dá-se a rutura: aparece a patologia aguda. O organismo não foi capaz de se adaptar e está por isso em desequilíbrio. Este conceito, tão evidente e simples, resume bem o estado de saúde de um indivíduo: quando está equilibrado, está saudável; quando não está equilibrado estará, portanto, doente. Na perspetiva da Homeopatia, as doenças são precisamente um desequilíbrio do organismo. Esse desequilíbrio interno desencadeia reações sintomáticas, os sinais aos quais queremos estar atentos para escolher a abordagem terapêutica mais eficaz. Para tal, devemos reunir o máximo de informação e a maneira correta de o fazer implica várias considerações em simultâneo e sob diferentes

NÃO É POR ACASO QUE AS PALAVRAS “ANGÚSTIA” E “ANSIEDADE” DERIVAM DO LATIM ANGERE, “APERTAR”.

prismas. Por exemplo, interessa recordar as características do indivíduo no seu estado saudável (as da sua herança genética) e os seus antecedentes pessoais. Mas, para tratar distúrbios de stress e ansiedade, torna-se fundamental aproximarmo-nos do evento na sequência do qual se desencadeou o desequilíbrio, perceber o que de facto aconteceu e de que modo esse evento agrediu o indivíduo. Ao reunir informação nestas abordagens, deve perceber-se sempre o que o indivíduo sente. Não me refiro apenas ao que sente emocionalmente, mas ao que sente fisicamente no seu próprio corpo. As características dessas sensações são tidas em conta, e o modo como o indivíduo reage face a essas sensações é também fundamental.


PUBLIRREPORTAGEM

>> a patologia do doente do Aconitum napelus caracteriza-se por ter um caráter repentino e brusco: são medos de início súbito, repentinos, com agitação e grande intensidade; >> já no caso do Argentum nitricum existe sobretudo um caráter precipitado, uma ansiedade por terminar algo que ainda nem sequer começou, um medo de chegar atrasado, com distúrbios de

coordenação; >> a conhecida Arnica montana está indicada no stress pós-traumático, bem como após as crises de ansiedade, quando a fadiga extrema é uma constante; >> o paciente Arsenicum album é friorento e frágil, tem um comportamento meticuloso, quase maníaco, é muito pessimista e tem uma fobia pela morte; >> o Gelsemium semprevirens está indicado para uma ansiedade de antecipação, quando algo vai acontecer com data e hora marcada, com tremores, falta de força nas pernas, prostração, um medo com inibição; >> a personificação das características de Ignatia amara tem um comportamento paradoxal: tanto ri, como chora, e suspira, e melhora ao distrair-se com algo bem fútil, mas sempre com a impressão de nó na garganta; >> Nux vomica tem uma hiperexcitabilidade marcada, com preocupações profissionais, intolerante à mínima contrariedade, com gosto por estimulantes. Os exemplos aqui dados sucintamente não passam disso mesmo: carecem sempre de um diagnóstico. No entanto, as bases sobre as quais os ditos exemplos são dados são a regra geral e nunca a exceção. Como facilmente se percebe, não se procura diagnosticar a patologia da maneira tradicional, procura-se antes caracterizar os aspetos

comportamentais e fisiológicos do paciente e da doença com vista a procurar o medicamento homeopático correspondente. O exemplo de Aconitum tem uma característica comum: a instalação brutal, repentina, brusca. É utilizado para medos repentinos, ataques de pânico, mas também para uma febre que surja repentinamente, ou até um golpe de sol. Mantém sempre a mesma semântica: o carácter “repentino”. A questão da semântica é reprodutível para as outras substâncias. Apesar de existir a necessidade do diagnóstico, não é possível criar um protocolo para determinada patologia sem conhecer a reação do paciente. Em Homeopatia as doenças não se tratam isoladamente, precisamos das reações individuais dos doentes.

JOSÉ NUNO NEGRÃO MARTINS, FARMACÊUTICO

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No fundo, trata-se de reunir e caracterizar minuciosamente o maior número de sinais, de sensações, de modalidades para, no final, decidir qual o medicamento apropriado para aquele indivíduo específico naquele momento específico, como um todo. O objetivo último do homeopata é, através de um questionário completo, encontrar o medicamento que corresponde ao maior número de sinais. Recordando o Princípio da Similitude: a substância usada para curar o indivíduo doente é a que provoca os mesmos sintomas num indivíduo saudável. A utilização dos medicamentos homeopáticos tem vantagens já sobejamente conhecidas. A sua versatilidade é interessante

como alternativa terapêutica, pois podem usar-se sozinhos como primeira opção ou em associação com outros medicamentos ou outros métodos de tratamento. Mas é no tratamento de distúrbios de stress e ansiedade que os medicamentos homeopáticos têm vantagens acrescidas ao nível da segurança, quando comparada com os medicamentos alopáticos clássicos: nos episódios agudos as tomas podem ser aumentadas sem qualquer risco de sobredosagem. Pela mesma razão, a utilização em crianças e noutros grupos de doentes com características particulares torna-os mais seguros. Além disso a sua utilização não causa dependência nem provoca efeitos secundários, tendo por isso menor impacto no dia a dia de quem está a ser tratado. Apesar do arsenal de medicamentos homeopáticos disponível para distúrbios de ansiedade ser vasto, há alguns exemplos que são incontornáveis:

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EM FOCO

INOVAÇÃO E SERVIÇOS A XARMADIS, UMA STARTUP, É UMA NOVA DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS E PRODUTOS FARMACÊUTICOS. O FOCO É CONSEGUIR DAR UMA RESPOSTA RÁPIDA E ADEQUADA AOS DESAFIOS DOS SEUS CLIENTES, SENDO QUE O OBJETIVO NÃO É COMPETIR DIRETAMENTE COM OS GRANDES PLAYERS, MAS SIM COMPLEMENTAR O SERVIÇO DESTES, ATUANDO EM ÁREAS ONDE ESTES NÃO ESTÃO, OU NÃO DÃO O ENFOQUE SUFICIENTE, PODENDO ASSIM RESPONDER ÀS NECESSIDADES ESPECÍFICAS DO MERCADO NACIONAL. responder o mais eficazmente aos mesmos e às necessidades do nosso mercado.

DR. FILIPE PERNAS

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Diretor Técnico da Xarmadis

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Farmacêutico News (FN) Filipe Pernas (FP) - Quais são os grandes desafios de empresas que atuam nesta área? As empresas que atuam nesta área tiveram de repensar um pouco a sua estratégia; as regras dos jogos alteraram-se assim como as próprias características do mercado. Os grandes desafios para as empresas que atuam nesta área, na nossa opinião, passam pela qualidade do serviço e satisfação do cliente, pois são estes fatores que irão ajudar a diferenciar uma empresa da sua respetiva concorrência. A facilidade com que o cliente pode mudar de fornecedor é alta, e as empresas têm de tentar, ao máximo, fidelizar os clientes. Ao fim ao cabo é uma estraté-

gia tão comum a outras áreas de negócio, hoje em dia. O foco está sempre no cliente e no serviço prestado ao mesmo. FN - Como caracterizam o mercado nacional? FP - O mercado português é muito regulamentado, apesar de ter uma dimensão pequena se comparado com os países vizinhos, e está fortemente ocupado pelos distribuidores existentes. Foi um mercado que sofreu um grande tumulto há uns anos atrás, o que levou à obrigatoriedade das empresas a uma nova adaptação e a um novo método de trabalho. Agora, o mercado cresce a um ritmo estável e consistente com todos os indicadores de que assim continuará. Permanecem os desafios; o truque é

FN - Como se diferenciam face à concorrência? FP - A nossa empresa, sendo uma startup e nova no mercado, não pretende ser apenas “mais uma”. Vamos utilizar essa característica para conseguirmos ser mais ágeis e rápidos no serviço disponibilizado, e ao mesmo tempo estarmos mais próximos dos nossos clientes. Queremos oferecer soluções completamente adaptadas às necessidades dos clientes, sem “desperdícios”; é também nosso objetivo colmatar as pequenas lacunas que o mercado tem e atuarmos aí, nesses chamados “nichos” que são deixados de lado. FN - Está no vosso horizonte a internacionalização? FP - É nosso objetivo a internacionalização. Neste momento estamos a reunir esforços absolutos para estarmos presentes em mercados internacionais; O que nos diferencia do resto? A experiência e know how da nossa equipa. O target inicial é

o continente Africano com destaque para os Países da CPLP, depois aproveitar o nosso posicionamento e crescer dentro do continente, por exemplo nos países da SADC. Esta estratégia prende-se com uma das principais visões da empresa: diversificação de clientes e mercados. FN - As farmácias portuguesas apostam na inovação? FP - Acredito que sim. O mercado das Farmácias chegou a um ponto crítico onde foi forçado a mudar e a acompanhar as exigências da população, do mercado e da economia. As farmácias souberam responder a essa situação, com maior ou menor dificuldade, um dos fatores foi a aposta na inovação. Vão desde os serviços oferecidos, até aos próprios procedimentos internos. Na minha opinião as farmácias têm apostado constante e fortemente na inovação, tendo sido em parte essa a razão por continuarem a conseguir acompanhar as exigências do mercado e manterem-se como uma das instituições na área da saúde preferidas dos Portugueses.


Beyond Ef ficacy B L E R A IL I D A D E

Razões para repensar o tratamento de primeira linha do VIH

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FARMÁCIA HOSPITALAR

FARMACÊUTICOS HOSPITALARES DITAM SUCESSO NA ADESÃO À TERAPÊUTICA ANTIRRETROVIRAL A CONSULTA DE ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO E ADESÃO À TERAPÊUTICA PROMOVE A ADESÃO À TERAPÊUTICA DOS DOENTES VIH/SIDA SEGUIDOS NO HOSPITAL BEATRIZ ÂNGELO, QUE JÁ ATINGIU VALORES DA ORDEM

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DOS 90 A 95%.

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A adesão à TARVc traduz-se na redução do número de internamentos, da necessidade de consultas externas e da realização de exames complementares de diagnóstico, diminuindo o absentismo laboral. Neste contexto, a equipa de farmacêuticos dos Serviços de Farmacêuticos do Hospital Beatriz Ângelo (HBA), em parceria com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, procurou, através de um estudo observacional, identificar a potencial associação entre as crenças dos doentes acerca da TARVc e a adesão à terapêutica. Para tal, a equipa aplicou um questionário, o BMQ-específico (Beliefs about Medicines Questionnaire), a um grupo de indivíduos infetados pelo VIH 1, seguidos em consulta externa de infecciologia no HBA, que consentiram em participar no estudo, tendo tido o apoio e a colaboração incondicional do corpo médico e da equipa de enfermagem da especialidade.

“O questionário BMQ consiste numa ferramenta, com aplicabilidade na prática clínica, desenhado para dar resposta à necessidade premente de meios que permitam mensurar as crenças comuns relacionadas com a medicação”, explica a Dr.ª Miriam Capoulas, responsável pela farmácia hospitalar de ambulatório do HBA. No detalhe, o questionário BMQ é composto por duas partes distintas: uma geral (designada por BMQ-geral), e outra específica (designada por BMQespecífico), ambas as quais avaliam e exploram respetivamente as crenças relacionadas com a medicação. A parte específica subdivide-se, ainda, em dois grupos de questões, uma relativa à perceção da necessidade do tratamento e outra relativa às preocupações com a medicação. “Este questionário encontrase validado para a população portuguesa, tendo demonstrado ser bastante útil na correlação das crenças dos doentes com a adesão a diversos tratamentos crónicos”, reforça a farmacêutica hospitalar.

RESULTADOS DO ESTUDO O estudo incluiu 175 doentes sob TARVc, dos quais 54,3% eram homens, apresentando uma mediana de idades de 44 anos (de 20 a 76). No final do estudo, foi observado um excelente perfil de adesão, com uma mediana da taxa de cobertura (determinada com base no perfil de levantamento da medicação) de 1,03 (de

0,59 a 1,29), encontrando-se os valores de referência entre 0,80 e 1,10. O que se traduz numa taxa de adesão na ordem dos 90 a 95%. “Os resultados obtidos através do questionário BMQ, permitiram concluir que a população do estudo se encontrava muito sensibilizada para a necessidade da TARVc, com medianas da expressão da necessidade de 24,00 (de 15 a 25, numa escala de 5 a 25 valores) e das preocupações de 18,00 (de 6 a 30, numa escala de 6 a 30 valores)”, refere a Dr.ª Miriam Capoulas, acrescentando ainda que “o grupo de doentes em que se


FARMÁCIA HOSPITALAR

DR.ª CLAÚDIA SANTOS

DR.ª MIRIAM CAPOULAS

observou que a terapêutica era efetiva apresentava taxas de cobertura superiores às do grupo de doentes com terapêutica não efetiva, sendo esta diferença estatisticamente significativa”. Os resultados obtidos refletem o excelente trabalho da equipa multidisciplinar, a qual se encontra empenhada na sensibilização da importância da adesão à terapêutica. Os resultados refletem ainda a grande proporção de doentes com diagnóstico recente, e por isso sob o primeiro esquema terapêutico. No momento em que este estudo foi realizado eram seguidos no HBA cerca de 400 doentes infetados pelo VIH, estimando-se a cada mês um aumento de cerca de dez novos doentes seropositivos, sendo que destes, metade apresentarão diagnóstico de novo.

CONSULTA DE ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO E ADESÃO À TERAPÊUTICA

Tendo como modelo a Consulta de Acompanhamento Farmacoterapêutico e Adesão à TARVc, num futuro próximo, está previsto estender este conceito a outras especialidades do Hospital Beatriz Ângelo, reposicionando o farmacêutico nesta área de atividade. “Neste momento, encontra-se também em plena atividade a consulta farmacêutica dedicada aos doentes com hepatite C, sendo que alguns destes doentes são coinfetados pelo VIH. Entretanto foi-nos colocado o desafio, pela Comissão de Farmácia e Terapêutica, relativo às novas terapêuticas para tratamento da esclerose múltipla”, avança a Dr.ª Cláudia Santos. Com a disponibilização destes novos serviços pelos farmacêuticos na área da farmácia hospitalar de ambulatório, tanto a Dr.ª Cláudia Santos como a Dr.ª Miriam Capoulas concordam, ao afirmar que se está a assistir a um momento desafiante para o farmacêutico de ambulatório. O crescente aparecimento de medicamentos inovadores na área do tratamento do doente crónico em contexto hospitalar, sobretudo de forma orais, desloca gradualmente dos hospitais de dia para a farmácia de ambulatório e aumenta o peso do doente crónico no seguimento e dispensa de medicamentos em circuito hospitalar desafiando progressivamente o conceito dos hospitais serem unidades de prestação de cuidados agudos, levando as direções dos serviços farmacêuticos a repensar as equipas dedicadas.

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“Quando a minha diretora me desafiou para esta área de atividade, estabeleceu como objetivo a implementação da Consulta Farmacêutica. Assim, em conjunto com a equipa dedicada, foram identificadas as necessidades das diferentes especialidades e patologias”, recorda a Dr.ª Miriam Capoulas. “Iniciámos este projeto

com a população de doentes VIH/SIDA, na expectativa de que iríamos encontrar um número expressivo de doentes experimentados, transferidos de Lisboa, dos hospitais centrais para o hospital da área de influência das respetivas zonas de residência, pelo que nos propusemos medir o nível de adesão à terapêutica. Porém, identificamos, ao longo deste processo, uma elevada percentagem de novos doentes, com início de TARVc na consulta de infecciologia do HBA; sendo este número demonstrativo, muito provavelmente, da insuficiência de cuidados de saúde nesta região de Loures”, continua a farmacêutica. Como referido anteriormente, a equipa envolvida no projeto encontrou um excelente valor de adesão à TARVc, que ultrapassa, em muito, a média nacional, sendo uma das causas o elevado número de doentes diagnosticados de novo, a iniciarem tratamento. “Muito provavelmente, se a amostra de doentes experimentados fosse superior, os resultados encontrados seriam bastante diferentes”, comenta. A introdução do questionário BMQespecífico na rotina da Consulta Farmacêutica foi útil na identificação de necessidades, em estratégias de acompanhamento farmacêutico, contribuindo também para aumentar a proximidade à equipa multidisciplinar.

Estender o conceito a outras especialidades

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FARMÁCIA HOSPITALAR

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No decorrer da consulta farmacêutica o foco dos farmacêuticos está direcionado para a eficácia e segurança do perfil farmacoterapêutico, observando interações, vigiando reações adversas e monitorizando parâmetros relevantes, além da educação e da disponibilização de informação importante e necessária para o doente. Finalizando a mesma, com a criação de evidência documentada numa ferramenta dedicada. Desta forma, comenta a Dr.ª Miriam Capoulas, “é possível estabelecer reportes farmacêuticos aos médicos e/ou enfermeiros com base no histórico de registos da consulta farmacêutica”. “A opção pela criação da consulta farmacêutica, na área da Infecciologia, deveu-se fundamentalmente ao estudo desenvolvido pela Dr.ª Miriam Capoulas, que, como referido, incluiu a aplicação de um questionário e o respetivo tratamento e análise dos resultados”, menciona a Dr.ª Cláudia Santos, diretora dos Serviços Farmacêuticos do Hospital Beatriz Ângelo. Foi por um dos objetivos ser a aposta na equipa multidisciplinar que, no momento em que se decidiu avançar com a Consulta de Acompanhamento Farmacoterapêutico e Adesão à Terapêutica, houve a preocupação de envolver o diretor do Serviço de Infecciologia, Dr. Paulo Rodrigues, médicos infecciologistas e a equipa de enfermeiros do Hospital de Dia de Infecciologia. “O objetivo não é concorrer entre nós, mas complementarmo-nos, com uma mais-valia clara para os doentes. Infelizmente, os nossos recursos são insuficientes para nos envolvermos com esta proximidade com todos, temos de priorizar, e de forma estratégica, posicionarmo-nos junto dos doentes com menor grau de acompanhamento e vigilância, ‘despriorizando’ aqueles que, à data, usufruem de um seguimento mais cuidado e que apresentem um grau superior de cumprimento das recomendações da equipa multidisciplinar” explica a Dr.ª Cláudia Santos, sublinhando que após a consulta, a informação é partilhada com a equipa médica, de forma a possibilitar a entreajuda.

“A NOSSA CAPACIDADE EM CONSEGUIR CRIAR EVIDÊNCIA E ROBUSTEZ DE DADOS É O QUE NOS PODERÁ TORNAR PIONEIROS” PEQUENOS PASSOS, MAS MUITO SÓLIDOS “A nossa ideia é ir dando passos pequenos, bastante sólidos e estruturados, com a criação de evidência e obtenção de outcomes que nos permitam medir a eficácia e segurança das terapêuticas instituídas. Pretendemos acrescentar valor aos cuidados prestados ao doente”, afirma a Dr.ª Cláudia Santos, ao referir-se ao trabalho desenvolvido pela Dr.ª Miriam Capoulas, o que significa que “se têm dado os passos que os recursos nos permitem, com o objetivo de se consolidar posições e não se correr o risco de se regredir”. De acordo com a Dr.ª Cláudia Santos, a realização da Consulta Farmacêutica na área de infecciologia não é uma ação pioneira dos Serviços Farmacêuticos do HBA. “É uma prática de muitos colegas, em diferentes unidades hospitalares, existindo ideias fantásticas implementadas mas que a posteriori acabam por não resultar como planeado. Por estes motivos, tentamos ser cautelosos, avançando de forma lenta mas sustentada, procurando não nos colocar em situação de risco”, comenta. Muito embora o projeto não seja pioneiro, é contudo um dos poucos com capacidade de disponibilizar dados e avançar com estudos focados na adesão e na monitorização da TARVc. “A nossa capacidade em conseguir criar evidência e robustez de dados é o que nos poderá tornar pioneiros”, sublinha a responsável pela farmácia hospitalar do HBA, e deixa a “porta aberta” aos colegas de outros hospitais: “estamos recetivos a todos os que desejem trocar ideias connosco e disponíveis para partilhar e colaborar na implementação deste projeto, uma vez que é fácil de ser adequado à realidade de cada hospital”, acrescenta.

Educação, vigilância e monitorização O sucesso da adesão à terapêutica antirretroviral deve-se também à Consulta de Acompanhamento Farmacoterapêutico e Adesão à Terapêutica, implementada pelos Serviços Farmacêuticos do Hospital Beatriz Ângelo. Nesta consulta o acompanhamento tem as vertentes gerais de educação, vigilância e monitorização, tendo como objetivo final a eficácia e segurança da TARVc. A consciencialização para a importância da adesão à terapêutica é a motivação que é um dos ensinamentos que estes doentes recebem por parte dos farmacêuticos. “Pretendemos que compreendam as terapêuticas e que identifiquem as necessidades e as preocupações associadas a cada medicamento, para que estas sejam compatíveis com o ritmo de vida de cada um, de forma a facilitar a rotina do dia-a-dia, para que a toma da medicação se desmonte de constrangimentos”, diz a Dr.ª Miriam Capoulas, acrescentando que durante a consulta e consoante informação recolhida é possível “afinar estratégias de abordagem, com a equipa multidisciplinar, para reforçar informação, sobretudo a doentes com problemas sérios de adesão à TARVc”. A monitorização do perfil farmacoterapêutico permitem concluir sobre a eficácia e segurança dos medicamentos. Para tal, são efetuados registos numa aplicação dedicada, de acordo com uma checklist. “Esta ferramenta foi desenvolvida pelos farmacêuticos para apoio à consulta farmacêutica, sendo utilizada para consultar e registar a informação recolhida em ambiente de consulta que e posteriormente será partilhada com comissões, grupos de trabalho e profissionais de saúde do nosso Hospital” observa a Dr.ª Cláudia Santos.



OPINIÃO DE ...

DESAFIOS DE UM JOVEM FARMACÊUTICO

DR.ª ÂNGELA POÇAS

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FARMACÊUTICA NA FARMÁCIA SANTO ANTÓNIO

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A transição da faculdade para o mundo profissional é o primeiro grande desafio para um jovem farmacêutico em início de carreira. Primeiro, é-se confrontado com a necessidade de transformar os conhecimentos teóricos em conhecimentos práticos de forma a responder rápida e eficazmente às exigências do dia-a-dia. Lidar com um utente cada vez mais informado, obriga-nos a procurar novos conhecimentos; que por sua vez se reflete na maior ofer-

CABE AO JOVEM FARMACÊUTICO FAZER SENTIDO DESTE “ADMIRÁVEL MUNDO NOVO”, ULTRAPASSANDO TODOS OS DESAFIOS, DE FORMA A ENCONTRAR O SEU LUGAR E A DAR OS PRIMEIROS PASSOS NA CARREIRA

ta de formações e cursos para o sector farmacêutico. Para estar sempre ao melhor nível, o farmacêutico nunca pode baixar os braços. As condições económicas precipitaram um novo olhar sobre a farmácia comunitária. Já não é suficiente saber apenas farmacoterapia ou química farmacêutica, também é preciso ajudar a gerir o negócio e arranjar mil e uma maneiras de fidelizar o utente. No final, tudo se resume a saber ouvir o utente e identificar as suas necessidades. Prestamos um serviço que procura não só dar ao utente o que ele quer, mas também o que ele precisa. A verdade é que um jovem farmacêutico, por muito que queira, nem sempre é capaz dar a melhor resposta – uma vezes por inexperiência, outras vezes porque o elevado ritmo do trabalho não o permite. Apesar de todos os obstáculos, o empenho e a dedicação têm de ser cada vez maiores. Ninguém entra nesta profissão esperando receber todos os dias um elogio ou uma nota de agradecimento. O nosso trabalho nem sempre é reconhecido, mas não é por isso que o deixamos de o fazer. Em muitos casos, somos a primeira linha de profissionais de saúde. Muitos utentes procuram uma solução rápida e eficaz para os seus problemas – as exigências da vida moderna nem sempre

nos permitem uma visita ao centro de saúde mais próximo – essa responsabilidade acaba quase sempre por cair nos nossos ombros. Não nos podemos dar ao luxo de não dar uma resposta ao utente e arriscar que um sentimento de impotência se apodere de nós. Todas estas exigências - o elevado grau de qualificação necessário, a solidez psíquica e mental, a dedicação, o esforço e a disponibilidade constantes - nem sempre facilitam a entrada no mundo profissional. É um caminho difícil, aquele que o jovem farmacêutico tem de percorrer. Uma das (poucas) consolações que lhe resta é saber que não trabalha sozinho, que pertence a uma equipa sempre pronta a ajudá-lo. Estas talvez sejam as palavras de ordem dos primeiros anos de um farmacêutico: aprendizagem e entrega. O jovem farmacêutico ainda está a crescer e, como qualquer período de crescimento, também este é marcado por alguma desorientação e ansiedade. Durante os anos de formação, todos alimentamos expectativas que acabam por não corresponder à realidade. Cabe ao jovem farmacêutico fazer sentido deste “admirável mundo novo”, ultrapassando todos os desafios, de forma a encontrar o seu lugar e a dar os primeiros passos na carreira.


ENTREVISTA

DR.ª CATARINA LUZ OLIVEIRA

PRESIDENTE DA APFH

A DR.ª CATARINA LUZ OLIVEIRA ENCAROU A PRESIDÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FARMACÊUTICOS HOSPITALARES (APFH) COMO UM DESAFIO MUITO IMPORTANTE POR REPRESENTAR UMA CLASSE PROFISSIONAL. A POUCAS SEMANAS DA 8.ª SEMANA APFH – VIII CONGRESSO NACIONAL, CONCEDEU UMA ENTREVISTA À REVISTA FARMACÊUTICO NEWS, NA QUAL ABORDA ALGUMAS QUESTÕES RELACIONADAS COM A PROFISSÃO E AVANÇA UM POUCO O QUE SERÁ O “MAIOR EVENTO NA ÁREA DA FARMÁCIA HOSPITALAR”, QUE DECORRE DE 18 A 21 DE NOVEMBRO, NO CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL. “ESPERAMOS QUE

FORTALECER O ESPÍRITO DE GRUPO

PROMOVER A PARTILHA DE IDEIAS REPRESENTO UMA CLASSE PROFISSIONAL ATRAVÉS DE UMA ASSOCIAÇÃO QUE APOSTA NA FORMAÇÃO CONTÍNUA

profissional através de uma associação que aposta na formação contínua dos farmacêuticos hospitalares (FH), para prestarem cada vez mais um serviço de excelência na prática clínica. FN - Quais são as ações específicas que a associação desenvolve com o intuito de promover essa

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Farmacêutico News DE GRUPO E SE PROMOVA A (FN) - O que representou para si o desafio de PARTILHA DE IDEIAS DE CADA assumir a presidência da Associação Portuguesa PROFISSIONAL, DE FORMA de Farmacêuticos A CONSTRUIRMOS UM Hospitalares (APFH) para FUTURO MELHOR”, AFIRMA o quadriénio de 2014 a 2018? A DR.ª CATARINA LUZ Dr.ª Catarina Luz Oliveira OLIVEIRA, FARMACÊUTICA (CLO) - Foi sem dúvida um HOSPITALAR NO HOSPITAL desafio muito importante. Represento uma classe DE VILA FRANCA DE XIRA. SE FORTALEÇA O ESPÍRITO

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ENTREVISTA

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formação contínua? CLO - Temos dado continuidade aos projetos em curso. Anualmente, organizamos duas reuniões temáticas, sendo uma delas a Reunião de Oncologia e uma outra cujo tema é definido a cada ano, de acordo com a atualidade e inovação. Também desenvolvemos diversos cursos de formação em áreas específicas, por norma realizados na sede da APFH. As reuniões são descentralizadas, de forma a chegarmos a todos os nossos associados e a todos os FH, até porque um dos objetivos desta direção é fazer com que todos os farmacêuticos hospitalares sejam parte integrante da associação, ou seja, que referenciem as suas necessidades para conseguirmos dar resposta às mesmas.

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FN - Está nos planos da direção alargar a oferta de ações de formação, para além das duas reuniões mencionadas e da Semana APFH? CLO - Estamos a pensar ir mais além, criando grupos de trabalho que explorem áreas específicas e que sejam pontos fortes no desenvolvimento das tarefas dos farmacêuticos hospitalares. No próximo ano, gostaríamos de ver já implementados alguns grupos de trabalho e de contar com o envolvimento dos corpos sociais da APFH, mas também de expertises nas áreas de intervenção que queremos explorar. Também queremos chamar a nós outros associados e outros farmacêuticos hospitalares, no sentido de se sentirem parte

integrante dos processos que pretendemos desenvolver durante os quatro anos do mandato. Aliás, numa reunião dos corpos sociais, demos já o ponto de partida para dois grupos de trabalho: um sobre a otimização terapêutica e outro sobre a evolução da profissão farmacêutica no sistema de saúde, isto é, como é que nós farmacêuticos nos podemos posicionar no sistema de saúde. FN - Especificamente a Semana APFH, que contributo tem para a evolução dos profissionais do setor? CLO - É o maior evento na área da farmácia hospitalar realizado em Portugal, onde se promove uma atualização de conhecimentos, bem como a discussão de temáticas atuais. Este ano, vamos também debater problemáticas recentes, mas como não tivemos nenhum evento específico associado aos 25 anos da associação, o aniversário vai ser muito vincado durante a 8.ª Semana APFH. Por este motivo escolhemos o tema “25 anos juntos” para o congresso e o lema “Juntos pelo futuro” para o mandato destes corpos sociais. FN - O que é esperado da 8.ª Semana APFH? CLO - Como costuma ser habitual, apresentamos um programa científico de qualidade e intervenientes de grande gabarito a nível profissional e científico. Esperamos que se fortaleça o espírito de grupo e se promova a partilha de ideias de cada profissional, de forma a construirmos um

É O MAIOR EVENTO NA ÁREA DA FARMÁCIA HOSPITALAR REALIZADO EM PORTUGAL, ONDE SE PROMOVE UMA ATUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS, BEM COMO A DISCUSSÃO DE TEMÁTICAS ATUAIS


ENTREVISTA

NO PRÓXIMO ANO, GOSTARÍAMOS DE VER JÁ IMPLEMENTADOS ALGUNS GRUPOS DE TRABALHO E DE CONTAR COM O ENVOLVIMENTO DOS CORPOS SOCIAIS DA APFH, MAS TAMBÉM DE EXPERTISES NAS ÁREAS DE INTERVENÇÃO QUE QUEREMOS EXPLORAR

melhor futuro e, no fundo, dotar os nossos colegas de informação atualizada nas diferentes temáticas que se abordam durante o evento.

No terceiro dia queremos dar uma perspetiva de como podemos evoluir para o futuro, juntos. Aliás, não é por acaso que as grandes temáticas têm a palavra “juntos”, pois queremos dar especial enfoque à importância da complementaridade das competências dos diferentes profissionais de saúde e das equipas multidisciplinares. Ainda neste dia, teremos apresentações, que vão dar uma perspetiva de como

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FN - Poderia dar enfoque ao foco de interesse de cada dia do Congresso? CLO - O primeiro dia vai ser dedicado à história da APFH e da profissão. Na conferência de abertura vamos contar com a intervenção do Dr. Manuel de Matos, que é nosso

assessor jurídico desde a fundação e vai traçar a evolução da APFH desde a sua génese. O segundo dia focará o farmacêutico enquanto profissional de saúde ligado à segurança do doente. É um assunto bastante atual, sendo neste sentido que trabalhamos diariamente, em prol dos nossos doentes e contribuindo para que os efeitos terapêuticos que se verificam com a medicação sejam os previstos.

podemos evoluir; por outro lado, vamos ter intervenções de colegas de outras áreas, com o intuito de definirmos como poderemos criar e construir um futuro na perspetiva das relações nacionais e internacionais e o que é que cada um de nós tem de melhor para contribuir para a evolução da profissão. No quarto dia estão agendados workshops, como tem vindo a ser habitual. Este ano teremos os seguintes: Aumentar a Segurança na Utilização dos Medicamentos; Fluidoterapia e Equilíbrio e Hidroeletrolítico; Nutrição artificial - Nutrição Parentérica; Sépsis e Infeção Grave; Preparação de Medicamentos em Farmácia Hospitalar; O Hospital e os Farmacêuticos Hospitalares este destinado aos estudantes de Ciências Farmacêuticas. Vamos manter os simpósios satélites realizados pela indústria farmacêutica, bem como as comunicações orais, para dar oportunidade dos colegas apresentarem o trabalho que desenvolvem

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ENTREVISTA

nos seus hospitais. FN - Quantos participantes são esperados neste evento? CLO - Normalmente, por ano, contamos com cerca de 600 participantes e creio que este ano teremos esse mesmo número.

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FN - A Semana APFH volta a realizar-se no Estoril… CLO - Sim, é o local escolhido nos últimos anos, por isso transformou-se numa imagem de marca, o que não quer dizer que a localização não possa ser ponderada. Mas, mais do que o local, importa a data, para os Farmacêuticos Hospitalares fidelizarem na sua agenda e terem essa semana livre para a APFH e juntos promovermos a partilha de experiencias e o progresso da profissão. FN - É possível traçar um balanço da atuação da APFH nos últimos anos? CLO - O balanço é muito positivo. Em termos de crescimento, a criação da APFH é um marco histórico na profissão, na

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OUTRA DAS GRANDES LUTAS DOS FARMACÊUTICOS HOSPITALARES É A CARREIRA HOSPITALAR

medida em que deu vida e voz aos farmacêuticos hospitalares, o que não existia até então. Também promoveu o crescimento da profissão e dos profissionais, apostando na formação para incrementar as nossas competências e para acompanharmos a evolução e a inovação. Ao completarmos 25 anos, chegámos a uma fase de maturidade, em que já conseguimos olhar para outros âmbitos de intervenção, daí a criação de grupos de trabalho. Até porque, se nos for permitido, é também nosso objetivo criar outras ferramentas de apoio à intervenção do farmacêutico na sua prática diária. FN - Quais as principais dificuldades dos profissionais deste setor? CLO - Temos algumas que se mantêm ao longo dos 25 anos. Por exemplo, com os recursos humanos, porque a nossa intervenção tem sido cada vez mais diversificada, mas, há duas décadas, os nossos colegas já tinham dificuldades na área dos recursos humanos. Outra das grandes lutas dos farmacêuticos hospitalares é a carreira hospitalar, a esta data ainda há possibilidades de ser aprovada, mas ainda não temos os resultados das negociações que decorreram nos últimos meses. FN - Que soluções poderão existir para colmatar a necessidade de recursos humanos? CLO - É uma questão difícil e complicada, porque não depende de nós, mas sim das entidades empregadoras e também da mudança. Ou

seja, seria necessário que houvesse uma inovação organizacional no sistema de saúde, de modo a reforçar a importância de nos colocarem como profissionais em diferentes frentes de atuação para maximizarmos os efeitos terapêuticos e minimizarmos os efeitos indesejáveis dos medicamentos. FN - Qual o contributo da APFH para a resolução deste problema? CLO - Nós, enquanto associação, recorrendo à formação contínua, temos capacidade para contribuir para o desenvolvimento dos farmacêuticos hospitalares, para que promovam a profissão e sejam farmacêuticos de excelência na prática clínica, na investigação e no ensino. Ao promovermos o desenvolvimento dos nossos associados e de todos os farmacêuticos hospitalares, contribuímos para o progresso e reconhecimento da profissão. FN - De que forma é que os farmacêuticos hospitalares contribuem para a sustentabilidade do sistema de saúde? CLO - Somos uma peça fundamental para a sustentabilidade do sistema nacional de saúde. Somos os únicos profissionais que conseguimos ter uma visão geral do que se passa no hospital. Acabamos por estar sempre ligados à monitorização da terapêutica, através da utilização de ferramentas que nos permitam fazer a validação farmacêutica,

recorrendo a várias áreas de intervenção como a farmácia clínica, a reconciliação terapêutica, a farmacovigilânica, portanto podemos aproveitar o nosso conhecimento para garantir a efetividade e alertar para o facto dos doentes não acompanhados voltarem a ser reintroduzidos no sistema de saúde. O mesmo acontece com os medicamentos inovadores, em que a monitorização dessa terapêutica é essencial assim como a promoção da adesão á terapêutica que só se torna possível com o envolvimento do doente no seu tratamento. FN - Na sua opinião é uma classe valorizada pelos outros profissionais de saúde? CLO - Somos valorizados, no entanto, temos um caminho pela frente no sentido de promover ainda mais o reconhecimento da profissão. Termos paixão pelo trabalho que desempenhamos é um dos valores da APFH em prol da nossa valorização profissional. FN - Que futuro antevê para os farmacêuticos hospitalares? CLO - É um futuro de mudança, em que vamos ter de estar muito ligados à efetividade, isto é, vamos ter de mostrar que a nossa missão é efetiva, através da monitorização e da realização de estudos de utilização de medicamentos. Também vamos ter de fomentar melhores práticas junto dos profissionais e ser parte integrante junto das equipas de saúde.



OPINIÃO DE ...

OS MEDICAMENTOS E AS SUAS FORMAS

A PROPÓSITO DA 2ª EXPOSIÇÃO DO CICLO TEMAS DE SAÚDE, FARMÁCIA E SOCIEDADE: “FORMAS E FORMATOS DOS MEDICAMENTOS: A EVOLUÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS”

PROF. DOUTOR JOÃO RUI PITA PROFESSOR DA FACULDADE DE FARMÁCIA E INVESTIGADOR DO CENTRO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES DO SÉCULO XX DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA – CEIS20 (UID/HIS/00460/2013).

PROF.ª DOUTORA CÉLIA CABRAL

OUT SET | OUT NOV 2015 2015

BOLSEIRA DE PÓSDOUTORAMENTO DA FCT

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(SFRH/BPD/68481/2010). INVESTIGADORA DO CENTRO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES DO SÉCULO XX DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA – CEIS20; COLABORADORA DO CNC-UC (UID/HIS/00460/2013).

No passado dia 30 de julho de 2015 foi inaugurada na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, na galeria de exposições no piso -1, a segunda exposição do ciclo “Temas de saúde, farmácia e sociedade”. Esta exposição temporária tem como título “Formas e formatos dos medicamentos: a evolução das formas farmacêuticas”. Na abertura da exposição usou da palavra o Dr. Paulo Barradas Rebelo, CEO da Bluepharma. As formas farmacêuticas são a apresentação final dos medicamentos. Para se chegar a essa forma final, designada por forma farmacêutica, há um longo e exigente processo de investigação e depois um rigoroso processo de produção. Pode

OS MEDICAMENTOS TÊM UM LONGO HISTORIAL. PARA SE CHEGAR AO LEQUE ATUAL DE FORMAS FARMACÊUTICAS FICOU PARA TRÁS MUITA HISTÓRIA DE INVESTIGAÇÃO

definir-se forma farmacêutica como “estado final que as substâncias ativas ou excipientes apresentam depois de submetidas às operações farmacêuticas necessárias, a fim de facilitar a sua administração e obter o maior efeito terapêutico desejado” (Decreto-Lei nº 176/2006 de 30 de Agosto, o Estatuto do Medicamento). Os medicamentos têm um longo historial. Para se chegar ao leque atual de formas farmacêuticas ficou para trás muita história de investigação e de produção de medicamentos. Há milhares de anos o homem, para curar doenças e ferimentos, tirava partido de práticas mágico-religiosas e misturava produtos vegetais, animais e minerais para preparar as mezinhas – era o primórdio do medicamento. Galeno (131-200 d.C.) sistematizou as matérias-primas necessárias à preparação dos medicamentos e a sua preparação como nunca tinha sido feito. As formas farmacêuticas utilizadas por Galeno, o Pai da Farmácia, eram, por exemplo, cozimentos, infusões, pastilhas, pílulas, eletuários, pós, supositórios, enemas, cataplasmas, clisteres, clisteres vaginais, linimentos, colutórios, etc. A teriaga e a terra sigilada são exemplo de duas formas que se perderam na história dos medicamentos. A farmácia

medieval europeia sofreu uma forte influência árabe que dava muita importância ao uso do laboratório na preparação dos medicamentos. Dourar ou pratear a pílula e obter destilados eram, por exemplo, operações frequentes nos laboratórios dos boticários árabes. No período medieval havia com frequência a mistura do mágico-religioso na preparação e aplicação dos medicamentos. Macerados, infusões, eletuários, elixires, emplastros, eram algumas das formas farmacêuticas utilizadas e muitas vezes sujeitas a benzeduras antes da sua aplicação. A epopeia dos descobrimentos trouxe até à Europa drogas desconhecidas para a preparação dos medicamentos. O surgimento de farmacopeias oficiais durante o século XVIII (em Portugal a primeira farmacopeia oficial surge em 1794 – Pharmacopeia Geral) pretendia normalizar a produção dos medicamentos. Muito naturalmente limitava as formas farmacêuticas e inscrevia as de maior credibilidade. A descoberta dos princípios ativos extraídos de vegetais na primeira metade do século XIX, o surgimento da farmacologia e da terapêutica experimentais, bem como a industrialização do medicamento, perto do final do século XIX, tiveram consequências profundas nas formas dos medicamentos.


OPINIÃO DE ...

NA EXPOSIÇÃO “FORMAS E FORMATOS DOS MEDICAMENTOS” ENCONTRAM-SE REFERIDAS, DESCRITAS E ILUSTRADAS UMA SÉRIE DE FORMAS FARMACÊUTICAS A sua forma de produção, gradualmente, deixa de ser artesanal, manual para se assumir, quando produzida em larga escala, a nível industrial.

como é caso dos derivados do petróleo: vaselina, parafina, etc. Apareceram novos aparelhos para a produção industrial dos medicamentos. O modo de produção e a descoberta de novos princípios ativos condicionaram as formas dos medicamentos. Algumas das tradicionais formas farmacêuticas, milenares, vão chegando ao seu termo. Algumas extinguiram-se como foi o caso dos ceratos, dos cerotos, das espécies, dos electuários, dos ripos, das confeições, dos bolos, dos chocolates, dos cigarros, etc. Outras renovaram-se, como foi o caso das pomadas, dos elixires, das emulsões, dos linimentos, dos colírios, dos xaropes, dos enemas, etc. Outras passaram a ter pouca representatividade: caso das pílulas, das poções, etc. Outras surgiram ao longo do século XIX e consolidaram-se no

mas éticas, que obedece a controlo económico, que contribui para o bem-estar individual e colectivo. Os medicamentos têm aumentado a esperança de vida da população. Graças aos medicamentos muitas doenças que eram incuráveis hoje têm cura. Os medicamentos apresentam além da função terapêutica curativa, funções preventivas e de diagnóstico. A sua introdução no organismo e os seus efeitos estão relacionados com as suas formas, adequados a cada via de administração, à finalidade a obter e ao efeito terapêutico pretendido. Na exposição “Formas e formatos dos medicamentos” encontram-se referidas, descritas e ilustradas uma série de formas farmacêuticas. Para todas elas é utilizada a mesma linha de organização. Todas estão ilustradas. A exposição tem um roteiro-catálogo que coloca sob a forma de um pequeno livro o que se encontra em exposição.

Assim, encontramos um pouco da vasta história e atualidade, quando é caso disso, das formas farmacêuticas aerossoles, cápsulas, colírios, comprimidos, elixires, emulsões, enemas, injetáveis, óvulos, pastilhas, pílulas, poções, pomadas, supositórios, teriagas, xaropes, não faltando, também um painel sobre novas formas farmacêuticas. Na parte final da exposição e no catálogo, os interessados têm à disposição um conjunto de referências bibliográficas base sobre os assuntos referidos ao longo dos painéis. A exposição resulta do trabalho de pesquisa realizado na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e no Grupo de História e Sociologia da Ciência e da Tecnologia do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra – CEIS20 tendo sido a coordenação e autoria de Célia Cabral e João Rui Pita, também autores do catálogo.

PROFS. DOUTORES JOÃO RUI PITA E CÉLIA CABRAL no espaço da exposição

século XX resultado das inovações científicas e tecnológicas: foi o caso dos comprimidos, das cápsulas, dos injetáveis e de todas as variantes destas formas farmacêuticas. O medicamento é um produto que foi sujeito a longo tempo de investigação, baseado em rigorosos critérios científicos e de segurança, tutelado por normas jurídicas e regulamentos, e nor-

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No final do século XIX, começaram a surgir e consolidaramse indústrias farmacêuticas de grandes dimensões. Entre as primeiras indústrias refiramse, por exemplo: Merck, Bayer, Parke-Davis, Sandoz, Ciba, etc. Apareceram novas formas farmacêuticas como comprimidos, drageias, injetáveis; as cápsulas foram melhoradas. Surgiram novos excipientes

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AGENDA

RETHINKING PHARMA

REGRESSA COM TEMAS ATUAIS E POLÉMICOS

O RETHINKING PHARMA REGRESSA PARA MAIS UMA EDIÇÃO NO FINAL DE OUTUBRO. ASSUMIDO COMO O MAIOR EVENTO PARA PROFISSIONAIS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA, SERÁ PALCO DO DEBATE DE TEMAS QUE LEVAM A (RE)PENSAR O PAPEL DA INDÚSTRIA

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FARMACÊUTICA.

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Necessidade de se repensar o papel da indústria farmacêutica (IF) num momento especialmente crítico para a economia e, consequentemente, para o setor farmacêutico em Portugal. Eis como surgiu o Rethinking Pharma, cuja terceira edição está agendada para os dias 29 e 30 de outubro de 2015, em Tróia, onde são esperados cerca de 400 participantes, desde os decisores aos quadros em todas as áreas de atividade da IF. Com este encontro, “pretendemos trazer inovação à forma de pensar o negócio, estimular consciências, através do debate e de ideias diferentes, abanar o status quo e encontrar alternativas para fazer melhor aquilo que ao longo dos anos já fazemos bem. Assim surgiram as mesas de debate e discussão, com participantes que saem do figurino normal das reuniões da indústria farmacêutica”, refere a Dr.ª Paula Costa, coordenadora do Programa e Agenda Rethinking Pharma. Para além do espaço de discussão, “entendemos que também era importante ter um espaço de networking, onde todos os profissionais desta área, independentemente da sua “especialização” pudessem reunir-se,

DR.ª PAULA COSTA Coordenadora do Programa e Agenda Rethinking Pharma

reencontrar-se, conhecer-se e debater os temas que são transversais a todos”, acrescenta a Dr.ª Paula Costa, referindo que a tendência crescente de networking tem ainda muitas oportunidades de desenvolvimento nesta área em particular, sendo que este evento facilita e provoca a troca de contactos e a busca de sinergias e de benchmarking entre participantes, o que só pode valorizar o desenvolvimento pessoal e profissional.


AGENDA

Nesta edição foi adicionado um novo objetivo: o de criar um white paper que contenha as principais conclusões de cada mesa após o debate. “Este documento será enviado aos participantes e partilhado nos fóruns de comunicação, para que o resultado de cada discussão e de cada nova ideia acompanhe os participantes no seu dia a dia de negócio e não seja apenas um tema do fórum”, especifica a coordenadora do Programa e Agenda Rethinking Pharma, sublinhando que três edições depois “podemos estar satisfeitos pelos resultados obtidos e pela forma como este evento se impôs”.

Se o objetivo se mantém, o mesmo não se pode afirmar acerca das motivações.

dimensões. Segundo a coordenadora do Programa e Agenda do evento houve um total envolvimento deste grupo de peso no setor e que conta com “a Dr.ª Cristina Campos, presidente da Novartis Portugal e vice presidente da APIFARMA, a Dr.ª Ana Torres, diretora geral da Pfizer, o Dr. Paulo Lilaia, administrador delegado da Generis e presidente da Apogen, o Dr. Nelson Pires, diretor geral da Jaba Recordati e o Dr. Alberto Inez, ex-diretor geral da Sanofi e membro do board da Biodecon & Enzifarma”, diz a Dr.ª Paula Costa. Entre os diversos assuntos ligados aos quatro grandes temas do evento estão incluídos “case studies nacionais e internacionais, de pessoas e de negócios, exemplos e visões de outros mercados e, acima de tudo, figuras conhecidas e reconhecidas que se prontificaram a dar o seu contributo para esta audiência e para criar mais valor num sector a que todos reconhecem a importância”, remata a responsável pelo programa e agenda.

Principais temas Este ano, o Rethinking Pharma vai abordar quatro temas atuais e importantes para o setor, para a saúde e para o desenvolvimento de competências pessoais e profissionais. A saber: >> A gestão da carreira nas organizações atuais >> A importância da imagem na indústria farmacêutica >> A regeneração do sistema de saúde e o acesso ao medicamento >> As tecnologias digitais e a indústria farmacêutica

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AS MOTIVAÇÕES MUDARAM

Inicialmente, havia a motivação de criar um espaço de debate e discussão aberto a todas as áreas da indústria farmacêutica, com a pretensão de estimular o debate provocando as nossas consciências individuais e coletivas. Para tal, foi desenhado o Rethinking Pharma considerando uma análise de benchmarking feita noutros países europeus e nos Estados Unidos, com base em mesas de discussão dos temas mais quentes e mais preocupantes em cada momento. “Já ultrapassámos essa linha e estamos a criar uma tradição de partilha e de abertura que todos já esperam ver em cada ano”, assegura a Dr.ª Paula Costa. “As expectativas tornaram-se muito elevadas por parte da audiência, o que faz com que a maior motivação seja fazer melhor em cada ano, procurar temas importantes ainda que polémicos e participantes reconhecidos que possam valorizar esta área com outras visões e outras vivências”, completa a coordenadora do Programa e Agenda deste evento. Recorda também que no final da edição de 2014, “muitos nos disseram que dificilmente voltaríamos a ter um evento de tal qualidade, porque o nível dos participantes era altíssimo e a forma de debate envolvendo membros da indústria e de outras áreas de atividade trazia realidades, perspetivas e reflexões diferentes”. Assim, “este ano, os temas são interessantes, atuais e polémicos, porque a motivação da edição de 2015 é ultrapassar o desafio que os próprios participantes nos colocaram, sem saberem, quando preencheram o questionário de avaliação e nos fizeram os comentários finais”, avança a Dr.ª Paula Costa. “As quatro mesas de discussão são participadas ao mais alto nível, quer pelos players da área da saúde, quer de outros mercados e/ou de outros países que funcionam como case studies com paralelismo na nossa realidade atual”, acrescenta. Os profissionais que prepararam a terceira edição do Rethinking Pharma contaram com o apoio de um Advisory Board representativo de realidades diversas do mercado farmacêutico em Portugal e que teve um papel fundamental na organização da agenda e em garantir que os temas fossem transversais a empresas com diferentes realidades e diferentes

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FALAR DE ...

APIFARMA INFORMA E EDUCA PARA A SAÚDE

“TRATAR DE MIM” É O NOME DE UM PROGRAMA, QUE VAI DECORRER ATÉ JUNHO DE 2016 E QUE PRETENDE PROMOVER MAIS INFORMAÇÃO, EM PROL DA MANUTENÇÃO DO ESTADO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO E DO CORRETO USO DOS MEDICAMENTOS NÃO SUJEITOS A RECEITA MÉDICA.

DR.ª CRISTINA CAMPOS

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Vice-Presidente da APIFARMA

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Promover uma sociedade mais informada e consciente, fomentando a responsabilização da população pela manutenção do seu estado de saúde e capacitando-a para uma correta utilização dos medicamentos não sujeitos a receita médica. Este é o objetivo do programa “Tratar de Mim”, referido pela Dr.ª Cris-

tina Campos, vice-presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA). “Tratar de Mim” é um projeto de informação e educação sobre saúde, que foi desenvolvido através de uma comissão especializada, a APIFARMA OTC. Apresentado no passado dia 8 de julho, vai decorrer

até junho de 2016 e tem como parceiros a Associação Nacional das Farmácias (ANF), a Direção-Geral da Saúde (DGS), o INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, a Ordem dos Farmacêuticos (OF), a Ordem dos Médicos (OM) e a Valormed. “Todos os parceiros acolheram positivamente a iniciativa, contribuindo para a sua implementação, e a resposta ao lançamento tem sido muito favorável”, frisa a Dr.ª Cristina Campos. “Em todas as áreas da vida humana, e sobretudo na saúde, a cooperação é fundamental para se obterem respostas com qualidade face a necessidades identificadas. Com o apoio destes parceiros, o programa ‘Tratar de Mim’ terá um impacto mais expressivo e sig-

nificativo junto do público”, acrescenta.

CONTACTO SIMPLES, TRANSPARENTE E EFICAZ De acordo com a vice-presidente da APIFARMA, “sendo um programa de informação ao público, o ‘Tratar de Mim’ privilegia um contacto simples, transparente e eficaz com a população”. Assim, na prática, até junho de 2016, vão ser distribuídos folhetos e cartazes com mensagens promotoras de uma Saúde ativa e responsável em farmácias e centros de saúde e na imprensa. Todos os materiais estão igualmente disponíveis para download no site da APIFARMA (http://


“até ao final do programa serão produzidos mais folhetos, com informação mais detalhada sobre temas de saúde de interesse geral para a população. Pretendemos igualmente disponibilizar materiais úteis para profissionais de saúde e educadores, assim como informação mais específica sobre os problemas de saúde que podem ser tratados com medicamentos não sujeitos a receita médica e como os utilizar corretamente para esse fim”. Quanto este programa terminar, em junho de 2016, será feita uma avaliação e eventual prorrogação. “A APIFARMA espera contribuir para uma maior literacia em Saúde por parte dos portugueses, ou seja, para uma sociedade mais informada e consciente sobre a sua saúde”, conclui a Dr.ª Cristina Campos.

MEDICAMENTOS NÃO SUJEITOS A RECEITA MÉDICA

Perfil de eficácia e segurança bem conhecidos riam ser solucionados com um recurso informado aos medicamentos não sujeitos a receita médica. “Um melhor conhecimento destes medicamentos e de como os utilizar corretamente capacitará a população para se responsabilizar pela sua saúde e poderá contribuir para uma melhor gestão dos recursos do nosso sistema de saúde”, garante a vice-presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA).

LANÇAMENTO DA OBRA: “RETRATOS DE FARMÁCIA GALÉNICA E TECNOLOGIA FARMACÊUTICA (SÉCULOS XIX-XX), FFUC” No dia 30 de julho de 2015, antecedendo a inauguração da segunda exposição do Ciclo de Exposições “Temas de Saúde, Farmácia e Sociedade” intitulada “Formas e formatos dos medicamentos: a evolução das formas farmacêuticas”, pelas 15h00, realizou-se a sessão de lançamento da obra “Retratos de Farmácia Galénica e Tecnologia Farmacêutica (séculos XIXXX), Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra”, da autoria de Célia Cabral e João Rui Pita. A apresentação foi feita pelo Diretor da Faculdade de Farmácia, Professor Doutor Francisco Veiga que além de se referir à obra em si salientou o trabalho de catalogação e de valorização do espólio museológico da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra que está em curso e do qual têm resultado diversos trabalhos como o que ali se apresentava. A obra “Retratos de Farmácia Galénica e Tecnologia Farmacêutica (séculos XIXXX), Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra” é um álbum com trinta imagens com uma identificação rigorosa da peça representada e cujas imagens se encontram em formato de postal ilustradas com aparelhos e utensílios centenários do valioso espólio museológico da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. O álbum inclui um estudo introdutório em língua portuguesa e inglesa. O livro resulta do trabalho de investigação dos autores na Faculdade de Farmácia e no Grupo de História e Sociologia da Ciência e da Tecnologia do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX – CEIS20 - da Universidade de Coimbra.

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Os medicamentos não sujeitos a receita médica têm um histórico de utilização longo e um perfil de eficácia e segurança bem conhecidos. “O INFARMED, enquanto autoridade regulamentar no setor, acompanha a utilização destes medicamentos e nunca indicou registos de um mau uso”, diz a Dr.ª Cristina Campos. Simultaneamente, vários estudos mostram que muitas consultas médicas são utilizadas para tratar de problemas de saúde menores, que pode-

NOTÍCIAS

www.APIFARMA.pt/tratardemim/Paginas/default. aspx). O programa é ainda divulgado na rádio, na imprensa e na página de Facebook Tratar de Mim (https://www.facebook. com/programaTratardeMim). Está também prevista a realização de um conjunto de ações formativas em universidades e escolas do País. Neste momento é possível obter, através do site da APIFARMA, dois folhetos informativos e um cartaz. Conforme explica a Dr.ª Cristina Campos, “um dos folhetos contém informação para uma utilização segura e responsável dos medicamentos não sujeitos a receita médica; o outro promove a organização do armário de medicamentos que todos temos em nossas casas”. Avança também que

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OPINIÃO DE ...

Estratégias de combate das DCV

COMO MELHORAR O CONTROLO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL?

PROF. DOUTOR MÁRIO ESPIGA DE MACEDO

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COORDENADOR DO ESTUDO “A HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PORTUGAL 2013”

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Desde o início deste ano, surgiram vários alertas, tanto na literatura médica mundial como em numerosas reuniões científicas na área cardiovascular, relacionados com o problema da hipertensão arterial (HTA). Este problema continua a ser o principal e mais prevalente fator de risco das doenças cardiovasculares (DCV), em todo o mundo, independentemente do nível de desenvolvimento socioeconómico das populações1.

ESTE PROBLEMA CONTINUA A SER O PRINCIPAL E MAIS PREVALENTE FATOR DE RISCO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES

A hipertensão arterial, apesar de ser fácil de prevenir, embora seja de simples diagnóstico e seja barato o seu tratamento, mantém taxas de controlo, e principalmente de persistência, que estão muito longe das desejadas e necessárias. Com a HTA, existe uma relação variável com os diferentes níveis de gravidade da doença isquémica do coração, do acidente vascular cerebral, da insuficiência cardíaca, da doença renal crónica, da doença vascular periférica e da demência, que se tem mantido desde há mais de 40 anos até aos tempos presentes. Dados recentes continuam a revelar que a HTA afeta um bilião de indivíduos a nível mundial, sendo, ainda, responsável por 54% dos acidentes vasculares cerebrais, 47% da doença isquémica do coração, 7,6 milhões de mortes prematuras, 13,5% das mortes a nível global e por mais de 92 milhões de DALY (disability-adjusted life year) 1,2. A OMS (Organização Mundial de Saúde), em duas publicações recentes, uma em 2013 sobre a HTA (Global brief on Hypertension; silent killer; global public health crise), e outra em 2014 (GLOBAL STATUS REPORT on non communicable disease 2014), salienta a im-

RECENTEMENTE NO CONGRESSO EUROPEU DE CARDIOLOGIA, A ESC REAFIRMOU SER A SUA MISSÃO: “DIMINUIR A EPIDEMIA DAS DCV NA EUROPA”, SENDO O TRATAMENTO DA HTA UMA PRIORIDADE portância do desenvolvimento socioeconómico e da educação na maior ou menor prevalência das doenças CV. No mesmo documento é reforçada a evidência de que a HTA é não apenas uma doença dos países desenvolvidos, sendo, por isso, considerada uma patologia que atinge, de forma cada vez mais significativa e grave, todas a populações mundiais3,4. Calcula-se que 80% da mortalidade cardiovascular global ocorra nos países de baixo e médio nível socioeconómico5. A OMS estima que a mais elevada prevalência da HTA


vasculares e salvam vidas 10. Noutro trabalho Wenxin Xu vem demonstrar o quanto é importante não adiar as decisões na otimização da terapêutica anti-hipertensora, melhorando a persistência do médico ao tratamento, já que daí resultam francas diminuições do risco de eventos e mortes cardiovasculares11. Uma excelente análise comparativa de três diferentes metodologias de intervenção populacional realizadas em Inglaterra, EUA e Canadá, revelou a significativa correlação existente entre as taxas de controlo da HTA e a doença isquémica do coração e o AVC nesses paises. Mas mostraram, fundamentalmente, como é muito importante a intervenção populacional para conseguir grandes êxitos em melhoria de saúde das populações12. Tudo o que foi até agora referido em termos de hipertensão arterial e da sua relação com os problemas de DCV, obriga a relembrar, que, já em 2010, o IOM (Institute Of Medicine) publicou A Population-Based Policy and Systems Approach In Prevent and Control Hypertension, um excelente livro onde se faz a descrição das diferentes metodologias e estratégias a adotar para se conseguir controlar a hipertensão arterial e outros fatores de risco CV; nesta obra também se faz um apelo à mobilização da sociedade médica e civil, no sentido de vencer a luta contra a HTA13. Posteriormente, e em 2012, o secretário-geral das Nações Unidas, na Assembleia Geral n.º 65, realizada em maio, fez um alerta e um apelo a todas as nações do mundo para se juntarem no objetivo comum de conseguirem uma redução de 25% da prevalência

VALE A PENA VER COMO FORAM DESENVOLVIDAS ESTAS IDEIAS, JÁ QUE AS MESMAS SÃO DE UMA SIMPLICIDADE EXTREMA, ASSIM HAJA VONTADE DE AS CONCRETIZAR NA PRÁTICA

das doenças não contagiosas, até ao ano de 2025. Um dos alvos que permitiria atingir este objetivo seria o tratamento adequado da HTA em todo o mundo. Este apelo é, de imediato e no mesmo ano, secundado pelas principais sociedades científicas ligadas às áreas cardiovasculares (WHF/AHA/ACCF/ EHN/ESC), que publicaram o artigo, Our time: a call to save Preventable death from cardiovascular disease (heart disease and stroke)14. Recentemente, a liga mundial contra a hipertensão, na sua publicação Tackling High Blood Pressure in England: A New Approach, sugere uma nova abordagem na luta contra a HTA15. Este novo plano para Inglaterra baseia-se nos seguintes pressupostos: 1) a hipertensão arterial no presente continua a ser um importante fator de morbilidade e mortalidade CV nesse país; 2) a melhoria do seu controlo pode ser semelhante à de outros países, onde melhores índices de saúde foram obtidos; 3) esta é uma oportunidade para pensar de modo diferente na metodologia, nos parceiros e na utilização de novas tecnologias ao nosso dispor. Este sumário é de seguida desenvolvido em 4 items: ação na prevenção, ação na detenção, trabalho alargado e novos caminhos, quer na liderança, quer nos meios a utilizar. Vale a pena ver como foram desenvolvidas estas ideias, já que as mesmas são de uma simplicidade extrema, assim haja vontade de as concretizar na prática. A mesma linha, seguiu o editorial do Lancet, intitulado “A global perspective on hypertension: a Lancet Comission”, onde se propõe a criação de

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reside em Africa, afetando 46% dos adultos com mais de 25 anos, em comparação com 35% de americanos e 40% dos adultos do resto do mundo4,6 Os níveis de conhecimento e tratamento da HTA, segundo o estudo PURE, revelaram ser muito baixos nos países de baixo e médio nível económico, onde só 46,5% dos hipertensos que participaram no estudo conheciam ser doentes; dos que faziam tratamento, só 32,5% estavam controlados. Contudo, o conhecimento, tratamento e controlo da HTA mesmo nos países de elevado nível económico mantinha-se baixo7. Recentemente no congresso europeu de Cardiologia, a ESC (Sociedade Europeia de Cardiologia) reafirmou ser a sua missão: “diminuir a epidemia das doenças cardiovasculares na Europa”, sendo o tratamento da HTA uma prioridade, evidenciada pelos resultados não conseguidos no estudo EUROASPIRE IV, apresentados durante este congresso8. Também o CDC Prevention apresentou, em março, os resultados estatísticos da mortalidade cardiovascular, ligada à hipertensão arterial, onde se verifica um agravamento desta, lançando, por isso, mais um alerta aos médicos e responsáveis pela saúde para a necessidade de inverter esta situação9. Por sua vez, o NHLBI revelou, em setembro, os primeiros resultados do estudo SPRINT, onde os autores demonstraram que um nível mais eficaz tratamento da HTA, com atingimento de objetivos abaixo dos normalmente recomendados, numa população adulta com mais de 50 anos, evita um número significativo de eventos cardio-

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OPINIÃO DE ...

uma comissão na luta contra a hipertensão, no sentido de se implementarem prioridades e melhorar a intervenção a nível global. Deverá haver um pensamento mais dirigido aos problemas não resolvidos, utilizando, se possível, novas tecnologias de apoio ao diagnóstico e à educação/seguimento do doente. A implementação desta comissão é urgente, pois não é demais recordar que a HTA corresponde à primeira causa de doença CV, independentemente da sua fisiopatologia. Esta intervenção, ainda que generalista, deve ser aplicada a nível regional e personalizada a cada doente, no sentido de o corresponsabilizar pela pre-

REFERÊNCIAS 1.

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venção e pelo tratamento da sua doença16. Finalmente, durante o mês de setembro, realizou-se a assembleia-geral das Nações Unidas, em que, por ocasião do 70.º aniversário, foi assinado um protocolo, em que todos os países se comprometem a alcançar “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)” até ao ano 2030, que passam, entre outras metas, pela melhoria da saúde, da alimentação, fazendo sobressair a importância da alimentação saudável na saúde das populações, sem esquecer o combate à pobreza e a melhoria do meio ambiente. Em suma, podemos concluir que, em relação à HTA, são vários os fatores determinan-

tes a considerar: 1) Sociais e mobilizadores – globalização, urbanização, envelhecimento, pobreza, educação e condições de habitabilidade; 2) Fatores ambienciais – tabaco, vida sedentária, abuso de álcool e alimentação deficitária; 3) Fatores de risco metabólicos: diabetes, obesidade e dislipidemia3. No momento, em que está em marcha o Plano Nacional de Saúde 2015-2020, fica aqui este conjunto de preocupações sobre a problemática da hipertensão arterial e dos problemas ligados ao seu melhor controlo, sendo este um alerta para melhorar a consciencialização dos profissionais da saúde.

NO MOMENTO, EM QUE ESTÁ EM MARCHA O PLANO NACIONAL DE SAÚDE 2015-2020, FICA AQUI ESTE CONJUNTO DE PREOCUPAÇÕES SOBRE A PROBLEMÁTICA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

SS Lim, T Vos, AD Flaxman, et al. A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions, 1990–2010: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010. Lancet, 380 (2012), pp. 2224–2260. G Danaei, MM Finucane, JK Lin, et al. National, regional, and global trends in systolic blood pressure since 1980: systematic analysis of health examination surveys and epidemiological studies with 786 country-years and 5·4 million participants. Lancet, 377 (2011), pp. 568–577. World Health Organization 2013. A global brief on hypertension: silent killer, global public health crisis http:apps.who.int/iris/bitstream/10665/79059/ WHO_DCO_WHD _2013.2_eng.pdf (accessed July 23, 2015). World Health Organization 2014. Global Status Report on non communicable diseases 2014. R Lozano, M Naghavi, KT Foreman, et al.Global and regional mortality from 235 causes of death for 20 age groups in 1990 and 2010: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010. Lancet, 380 (2012), pp. 2095–2128. World Heath Organization. A global brief on hypertension: silent killer, global public heath crisis. http:apps.int/iris/bitstream/10665/79059/WHO_DCO_ WHD_2013. CK Chow, KK Teo, S Rangarajan, for the PURE (Prospective Urban Rural Epidemiology) Study investigators, et al.Prevalence, awareness, treatment, and control of hypertension in rural and urban communities in high-, middle-, and low-income countries. JAMA, 310 (2013), pp. 950–968. EUROASPIRE IV.European survey of cardiovascular disease prevention and diabetes. http://www.escardio.org/Guidelines-&-Education/Trials-and-Registries/Observational-registries-programme/EUROASPIRE-IV H siang-Ching Kung,Ph.D., and Jiaquan Xu,M.D..Hypertension-related Mortality in the United States 2000-2013. NCHS data Brief. Nº193, March2015. Deepak Bhatt, MD. The SPRINT trial: A major advance in treating high blood pressure. Posted September 16, 2015. http://www.health.harvard.edu/newsletters/Harvard_Heart_Letter Wenxin Xu, Saveli I Goldberg, Maria Shubina, Alexander Turchin. Optimal systolic blood pressure target, time to intensification, and time to follow-up in treatment of hypertension:population based retrospective cohort study. 2015 BMJ; 350: h158. Michel Joffres, et al. Hypertension preavalence, awareness, treatment and control in national surveys from England, the USA and Canada, and correlation with stroke and ischemic heart disease moratality:a cross-sectional study. MBJ Open 2013;3:3423. INSTITUTE OF MEDICINE of THE NACIONAL ACADEMIES.A population-based Policy and Systems Change Based Approach in Prevent and Control Hypertension 2010. WHF/AHA/ACCF/EHN/ESC PRESIDENTIAL ADVISORY: Our time: a call to save preventable death from cardiovascular disease (heart disease and stroke) .i Eur Heart J (2012) 33 (23): 2910-2916. Ben Lumley, James Waterall, KevinA.Fenton. Tackling High Blood Pressure In England: A New Approach. The Journal Clin Hyp. 2015;17:576-577. A Global perspective on hypertension: a Lancet Commission. The lancet 2015;386: 637-38.


Baxalta PT: 004-06/2015.

EFICÁCIA E SEGURANÇA COMPROVADAS!1,2

SEGURANÇA E EFICÁCIA DEMONSTRADAS3

TERAPIAS E PRODUTOS INOVADORES QUE SALVAM E MELHORAM A VIDA DE PESSOAS COM HEMOFILIA 1. Valentino L. A. et al. A randomized comparison of two prophylaxis regimens and a paired comparison of on-demand and prophylaxis treatments in hemophilia A management. 2011 International Society on Thrombosis and Haemostasis. Journal of Thrombosis and Haemostasis, 10: 359–367 2. Auerswald G. Et al. Experience of Advate rAHF-PFM in previously untreated patients and minimally treated patients with haemophilia A. Thromb Haemost 2012; 107:1072-1082 3. Kimo C. Stine et al. Use of Feiba for Invasive or Surgical Procedures in Patients with Severe Haemophilia A or B with Inhibitors. J Pediatr Hematol Oncol, Vol.29, Number 4, April 2007. Baxalta Portugal | Sintra Business Park - Edifício 10, Zona Industrial da Abrunheira, 2710-089 Sintra, Portugal Telef: 211 220 300 | Fax: 211 220 312


vi) CONTRA-INDICAÇÕES Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1 do RCM ou às proteínas de ratinho ou do hamster.

INFORMAÇÕES ESSENCIAIS COMPATÍVEIS COM O RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO i) DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO ADVATE 250, 500, 1.000, 1.500, 2.000 ou 3.000 UI pó e solvente para solução injectável. ii) COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada frasco para injectáveis contém 250/500/1000/1500/2000/3000 UIb factor VIII de coagulação humana (rADN), octocog alfa. Para frascos com 5 ml de solvente, ADVATE contém aproximadamente 50/100/200/300/400/600 UI de factor VIII de coagulação humana (rADN) octocog alfa após reconstituição. Para frascos com 2 ml de solvente, ADVATE contém aproximadamente 125/250/500/750 UI de factor VIII de coagulação humana (rADN) octocog alfa após reconstituição. A potência (Unidades Internacionais) é determinada usando o doseamento cromogénico da Farmacopeia Europeia. A actividade específica de ADVATE é de aproximadamente 4.000 – 10.000 UI/mg de proteína.O octocog alfa (factor VIII de coagulação humana (rADN)) é uma proteína purificada com 2332 aminoácidos. É produzido por tecnologia do ADN recombinante em células do ovário do hamster Chinês (OHC). Preparado sem a adição de qualquer derivado de proteína (exógena) de origem humana ou animal no processo de cultura celular, purificação ou formulação final. Excipiente(s) com efeito conhecido: 0,45 mmol de sódio (10 mg) por frasco para injectáveis. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1 do RCM. iii) FORMA FARMACÊUTICA Pó e solvente para solução injectável. Pó: pó branco a esbranquiçado friável. Solvente: solução transparente e incolor. iv) INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Tratamento e profilaxia da hemorragia em doentes com hemofilia A (deficiência congénita de factor VIII). ADVATE é indicado para todos os grupos etários. v) POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO O tratamento deve ser iniciado sob a vigilância de um médico com experiência no tratamento da hemofilia e com suporte de reanimação imediatamente disponível em caso de anafilaxia. Posologia: A dose e a duração da terapêutica de substituição dependem da gravidade da deficiência de factor VIII, localização e extensão da hemorragia e do estado clínico do doente. O número de unidades de factor VIII é expresso em Unidades Internacionais (UI), as quais estão relacionadas com o padrão da OMS para produtos de factor VIII. A actividade de factor VIII no plasma é expressa quer em percentagem (relativa ao plasma humano normal) quer em UI (relativas ao padrão internacional para o factor VIII no plasma). Uma Unidade Internacional (UI) de actividade de factor VIII é equivalente à quantidade de factor VIII em um ml de plasma humano normal. Tratamento “On demand” O cálculo da dose necessária de factor VIII baseia-se no conhecimento empírico de que 1 UI de factor VIII por kg de peso corporal aumenta a actividade de factor VIII plasmático em cerca de 2 UI/dl. A dose necessária é determinada usando a seguinte fórmula: Unidades necessárias (UI) = peso corporal (kg) x aumento desejado de factor VIII (%) x 0,5. No caso de ocorrência dos episódios hemorrágicos a seguir listados, a actividade de factor VIII não deverá descer abaixo do nível de actividade plasmática indicada (em % do normal ou UI/dl), no período correspondente. A tabela 1 que se segue pode ser usada como orientação para a determinação da dosagem a usar em caso de episódios hemorrágicos e cirurgia:

Tabela 1 - Guia para a dose em episódios hemorrágicos e cirurgia Nível de factor VIII necessário (% ou UI/dl)

Frequência das doses (horas)/ duração da terapêutica (dias)

Hemartrose precoce, hemorragia muscular ou hemorragia oral.

20 – 40

Repetir a injecção cada 12 a 24 horas (cada 8 a 24 horas em doentes com idade inferior a 6 anos), durante no mínimo 1 dia, até que o episódio hemorrágico, tal como indicado pela dor, esteja resolvido ou até que seja atingido o restabelecimento.

Hemartrose mais extensa, hemorragia muscular ou hematoma.

30 – 60

Repetir a injecção cada 12 a 24 horas (cada 8 a 24 horas em doentes com idade inferior a 6 anos), durante 3 - 4 dias ou mais, até desaparecimento da dor ou da incapacidade aguda.

Hemorragias possivelmente fatais.

60 - 100

Repetir a injecção cada 8 a 24 horas (cada 6 a 12 horas em doentes com idade inferior a 6 anos), até desaparecimento do perigo.

Pequena Incluindo extracções dentárias.

30 – 60

A cada 24 horas (cada 12 a 24 horas em doentes com idade inferior a 6 anos), durante no mínimo 1 dia, até que seja atingido o restabelecimento.

Grande

80 – 100 (pré e pós-operatório)

Repetir a injecção cada 8 a 24 horas (cada 6 a 24 horas em doentes com idade inferior a 6 anos) até à cicatrização adequada da ferida, seguida de terapêutica durante, no mínimo, mais 7 dias para de 30% a 60% (UI/dl).

Grau de hemorragia/ tipo de procedimento cirúrgico Hemorragia

Cirurgia

SET | OUT 2015

A dose e a frequência de administração deverão ser adaptadas à resposta clínica em cada caso individual. Em algumas circunstâncias (por ex. presença de um baixo título de inibidor), podem ser necessárias doses superiores às calculadas através da fórmula. Durante o tratamento, recomenda se a determinação adequada dos níveis plasmáticos de factor VIII para a orientação da dose a administrar e a frequência de repetição das injecções. No caso específico de grandes intervenções cirúrgicas, é indispensável a monitorização exacta da terapêutica de substituição através do doseamento da actividade do factor VIII plasmático. Pode surgir uma variação individual do doente na sua resposta ao factor VIII, atingindo diferentes níveis de recuperação in vivo e demonstrando diferentes tempos de semivida. Profilaxia: Para a profilaxia a longo prazo contra a hemorragia em doentes com hemofilia A grave, as doses habituais são de 20 a 40 UI de factor VIII por kg de peso corporal, em intervalos de 2 a 3 dias. População pediátrica: Para o tratamento “on demand” a dosagem em doentes pediátricos (0 a 18 anos de idade) não difere dos doentes adultos. Para a terapêutica profiláctica em doentes com idade inferior a 6 anos são recomendadas doses de 20 a 50 UI de factor VIII, por kg de peso corporal, 3 a 4 vezes por semana. A utilização de apresentações de 2 ml não foi documentada para doentes pediátricos com < 2 anos de idade. Modo de administração ADVATE deve ser administrado por via intravenosa. No caso de não ser administrado por um profissional de cuidados de saúde, é necessário treino adequado. O débito de administração deve ser determinado, para assegurar o conforto do doente, até um máximo de 10 ml/min. Após reconstituição, a solução é transparente, incolor, livre de partículas estranhas e tem um pH de 6,7 a 7,3. Para instruções acerca da reconstituição do medicamento antes da administração, 40ver secção 6.6 do RCM.

vii) EFEITOS INDESEJÁVEIS Resumo do perfil de segurança Os estudos clínicos com ADVATE incluíram 418 indivíduos com no mínimo uma exposição a ADVATE, tendo sido comunicadas no total 93 reacções adversas medicamentosas. As RAMs que ocorreram com maior frequência foram desenvolvimento de anticorpos neutralizantes do factor VIII (inibidores), cefaleia e febre. Foram observadas raramente reacções de hipersensibilidade ou alérgicas (que podem incluir angioedema, sensação de ardor ou picadas no local da perfusão, arrepios, rubor, urticária generalizada, cefaleia, urticária, hipotensão, letargia, náuseas, irrequietude, taquicardia, opressão torácica, formigueiro, vómitos, pieira), que podem em alguns casos progredir para anafilaxia grave (incluindo choque). Pode observar se o desenvolvimento de anticorpos contra a proteína do ratinho e/ou hamster com reacções de hipersensibilidade relacionadas. Os doentes com hemofilia A podem desenvolver anticorpos neutralizantes (inibidores) do factor VIII. Se ocorrerem tais inibidores, a condição irá manifestar se como uma resposta clínica insuficiente. Em tais casos, recomenda-se que seja contactado um centro especializado em hemofilia. Resumo das reacções adversas apresentado em tabela A tabela 2 que se segue fornece a frequência de reacções adversas medicamentosas em ensaios clínicos e relatórios espontâneos. A tabela está em conformidade com a classificação de sistemas de órgãos MedDRA (SOC e termo de nível preferencial). As frequências são definidas de acordo com a seguinte convenção: muito frequentes (≥ 1/10), frequentes (≥ 1/100, < 1/10), pouco frequentes ( ≥ 1/1.000, < 1/100), raros (≥ 1/10.000, < 1/1.000), muito raros (< 1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada grupo de frequência. Frequência de reacções adversas medicamentosas (RAMs) em ensaios clínicos e relatórios espontâneos Classes de Sistemas de Órgãos segundo a base de dados MedDRA/ Reacção adversa /Frequênciaa Infecções e infestações: Gripe Pouco frequente; Laringite Pouco frequente. Doenças do sangue e do sistema linfático Inibição do factor VIII Frequente; Linfangite Pouco frequente. Doenças do sistema imunitário: Reacção anafiláctica Desconhecido; Hipersensibilidadec Desconhecido. Doenças do sistema nervoso: Cefaleia Frequente; Tonturas Frequente; Alteração da memória Pouco frequente; Síncope Pouco frequente; Tremores Pouco frequente; Enxaqueca Pouco frequente; Disgeusia Pouco frequente. Afecções oculares: Inflamação do olho Pouco frequente. Cardiopatias: Palpitações Pouco frequente. Vasculopatias: Hematoma Pouco frequente; Afrontamentos Pouco frequente; Palidez Pouco frequente. Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: Dispneia Pouco frequente. Doenças gastrointestinais: Diarreia Pouco frequente; Dor abdominal superior Pouco frequente; Náuseas Pouco frequente; Vómitos Pouco frequente. Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Prurido Pouco frequente; Erupção cutânea Pouco frequente; Hiperhidrose Pouco frequente; Urticária Pouco frequente. Perturbações gerais e alterações no local de administração: Pirexia Frequente; Edema periférico Pouco frequente; Dor torácica Pouco frequente; Mal estar torácico Pouco frequente; Arrepios Pouco frequente; Sensação anormal Pouco frequente; Hematoma no local da punção na veia Pouco frequente; Fadiga Desconhecido; Reacção no local de injecção Desconhecido; Mal estar geral Desconhecido. Exames complementares de diagnóstico: Número de monócitos aumentado Pouco frequente; Diminuição do factor VIII de coagulação b Pouco frequente; Diminuição do hematócrito Pouco frequente; Teste laboratorial anómalo Pouco frequente. Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações: Complicações pós intervenção Pouco frequente; Hemorragia pós intervenção Pouco frequente; Reacção no local da intervenção Pouco frequente. a) Calculada com base no número total de doentes que receberam ADVATE (418). b) A diminuição não esperada nos níveis de factor VIII de coagulação ocorreu num doente durante a perfusão contínua de ADVATE após cirurgia (dias 10 14 do pós operatório). A hemóstase foi sempre mantida durante este período, e os níveis de factor VIII plasmático e as taxas de depuração voltaram aos níveis apropriados cerca do dia 15 do pós operatório. Os doseamentos de inibidores do factor VIII realizados após o fim da perfusão contínua e no fim do estudo revelaram resultados negativos. c) RAMs explicadas na secção abaixo. Descrição de reacções adversas selecionadas Desenvolvimento de Inibidores Foi observado desenvolvimento de inibidores em doentes previamente tratados (PTPs) e em doentes previamente não tratados (PUPs). Para obter detalhes, consulte as secções 5.1 (Propriedades farmacológicas) e 4.4 (Advertências e precauções especiais de utilização) do RCM. RAMs específicas aos resíduos do processo de fabrico Dos 229 doentes tratados que foram avaliados quanto a anticorpos para as proteínas celulares do ovário do hamster Chinês (OHC), 3 revelaram tendência de subida estatisticamente significativa nos títulos, 4 revelaram picos constantes ou pontos transitórios e um doente apresentou ambos mas nenhum sintoma clínico. Dos 229 doentes tratados que foram avaliados quanto a anticorpos à IgG murina, 10 mostraram uma tendência de subida estatisticamente significativa, 2 revelaram um pico constante ou ponto transitório e um doente apresentou ambos. Quatro destes doentes notificaram acontecimentos isolados de urticária, prurido, erupções cutâneas e aumento ligeiro da contagem de eosinófilos em exposições repetidas ao produto em estudo. Hipersensibilidade As reacções do tipo alérgico incluem anafilaxia e têm sido manifestadas como tonturas, parestesias, erupção cutânea, afrontamento, tumefacção facial, urticária e prurido. População pediátrica Para além do desenvolvimento de inibidores em doentes pediátricos previamente não tratados (PUPs) e de complicações relacionadas com o cateter, os estudos clínicos não revelaram diferenças específicas da idade nas RAMs. Notificação de suspeitas de reacções adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.: INFARMED, I.P. Direção de Gestão do Risco de Medicamentos Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53 1749-004 Lisboa Tel: +351 21 798 71 40 Fax: + 351 21 798 73 97 Sítio da internet:http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt viii) ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO Hipersensibilidade Foram notificadas reacções de hipersensibilidade do tipo alérgico, incluindo anafilaxia, com o ADVATE. O produto contém vestígios de proteínas de ratinho e do hamster. Se ocorrerem sintomas de hipersensibilidade, os doentes devem ser aconselhados a interromper imediatamente o uso do produto e a contactar o médico. Os doentes devem ser informados dos sinais precoces das reacções de hipersensibilidade incluindo urticária, urticária generalizada, opressão torácica, pieira, hipotensão e anafilaxia. Em caso de choque, deverá ser implementado o tratamento médico padrão para o choque. Devido à diminuição do volume de injecção para ADVATE reconstituído em 2 ml de água esterilizada para preparações injectáveis, no caso de ocorrerem reacções de hipersensibilidade, há menos tempo de reacção para parar a injecção. Desta forma, deve ter cuidado durante a injecção de ADVATE reconstituído em 2 ml de água esterilizada para preparações injectáveis, principalmente em crianças. Inibidores A formação de anticorpos neutralizantes (inibidores) contra o factor VIII é uma complicação conhecida no tratamento dos indivíduos com hemofilia A. Estes inibidores são geralmente imunoglobulinas IgG dirigidas contra a actividade procoagulante do factor VIII, as quais são quantificadas em Unidades Bethesda (UB) por ml de plasma usando o doseamento modificado. Em doentes que desenvolvem inibidores do factor VIII, a condição pode manifestar se por si como uma resposta clínica insuficiente. Em tais casos, recomenda se que seja contactado um centro especializado em hemofilia. O risco de desenvolvimento de inibidores está correlacionado com a extensão da exposição ao factor VIII, sendo o risco mais elevado nos primeiros 20 dias de exposição, e com outros factores genéticos e ambientais. Raramente, pode verificar se o desenvolvimento de inibidores após os primeiros 100 dias de exposição. Foram observados casos de inibidores recorrentes (baixo título), após troca de um medicamento com factor VIII para outro, em doentes previamente tratados com mais de 100 dias de exposição com historial prévio de desenvolvimento de inibidores. Assim, recomenda se a monitorização cuidada da ocorrência de inibidores em todos os doentes após uma alteração de produto. De uma forma geral, os doentes tratados com factor VIII de coagulação devem ser cuidadosamente monitorizados para o desenvolvimento de inibidores, através da observação clínica adequada e dos testes laboratoriais apropriados. Se os níveis de actividade de factor VIII plasmático esperados não forem obtidos ou se não for conseguido o controlo da hemorragia com uma dose adequada, deve ser realizado um doseamento para determinar se o inibidor do factor VIII está presente. Nos doentes com níveis elevados de inibidores, a terapêutica de substituição com factor VIII pode não ser eficaz, devendo ser consideradas outras opções terapêuticas. A monitorização destes doentes deve ser efectuada por médicos com experiência no tratamento de doentes com hemofilia e inibidores do factor VIII. Aplicação errada de ADVATE No caso de ADVATE reconstituído com 2 ml de água esterilizada para preparações injectáveis, a aplicação errada (intra arterial ou paravenosa) pode originar reacções ligeiras a curto prazo no local de injecção, tal como contusão e eritema. Complicações relacionadas com o cateter no tratamento Se o dispositivo de acesso venoso central (DAVC) for necessário, deve ser considerado o risco de complicações relacionadas com o DAVC, incluindo infecções locais, bacteremia e trombose no local do cateter. Considerações relacionadas com os excipientes Após reconstituição este medicamento contém 0,45 mmol de sódio (10 mg) por frasco. Deve ser tido em consideração pelos doentes com aporte em sódio controlado. É fortemente recomendado que cada vez que ADVATE seja administrado a um doente, o nome e número de lote do medicamento seja registado, de forma a manter uma ligação entre o doente e o lote do medicamento. População pediátrica:Os avisos e precauções listados aplicam se a adultos e crianças. ix) INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE INTERACÇÃO Não foram realizados estudos de interacção com ADVATE. - Classificação quanto à dispensa ao público: MSMR Restrita Para mais informações deverá contactar o titular da autorização de introdução no mercado


INFORMAÇÕES ESSENCIAIS COMPATÍVEIS COM O RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO i) DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Feiba NF 500 U/20 ml Pó e solvente para solução para perfusão. Feiba NF 1000 U/20 ml Pó e solvente para solução para perfusão Proteínas do plasma humano. com atividade de bypass do inibidor do Fator VIII ii) COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Feiba - Factor Eight Inhibitor Bypassing Activity (Atividade de Bypass do Inibidor do Fator VIII) Substância ativa: Atividade de Bypass do inibidor do Fator VIII Como substância ativa Feiba NF 500 U* contém 500 U de atividade de bypass do inibidor do Fator VIII em 200 – 600 mg de Proteína plasmática humana. Como substância ativa Feiba NF 1000 U* contém 1000 U de atividade de bypass do inibidor do Fator VIII em 400 – 1200 mg de Proteína plasmática humana. Feiba NF contém também os fatores II, IX e X principalmente na forma não ativada e o fator VII ativado. O antigénio do fator VIII coagulante (FVIII C: Ag) está presente até uma concentração máxima de 0,1 U/1 U.* 1 unidade de Feiba NF encurta Tempo de Tromboplastina Parcial ativada (aPTT) de um inibidor do fator VIII do plasma em 50% do valor tampão (valor branco). O produto está livre ou então possui somente vestígios do sistema calicreína-quinina. Excipiente com efeito conhecido: Sódio - 80 mg (sob a forma de cloreto de sódio e citrato trissódico di-hidratado) (Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. do RCM). iii) FORMA FARMACÊUTICA Pó e solvente para solução para perfusão. Pó liofilizado ou sólido friável branco, quase branco ou verde pálido. O valor do pH da solução reconstituída varia entre 6,8 e 7,6. vi) INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Tratamento e profilaxia da hemorragia em doentes com hemofilia A com inibidores do fator VIII. Tratamento e profilaxia da hemorragia em doentes com hemofilia B com inibidores do fator IX. Tratamento e profilaxia da hemorragia em doentes não hemofílicos com inibidores adquiridos do fator VIII e IX. v) POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO O tratamento deve ser iniciado e supervisionado por um médico com experiencia no tratamento da hemofilia Posologia: A dosagem e duração da terapêutica depende da gravidade da perturbação da hemostase, da localização e extensão da hemorragia, assim como do estado clínico do doente. A dosagem e a frequência de administração devem ser orientadas, com base na eficácia clínica para cada caso individual. Geralmente são recomendadas doses de 50 a 100 U por kg de peso corporal. No entanto não deve ser excedida uma dose única de 100 U por kg de peso e uma dose diária máxima de 200 U por kg de peso, a menos que a gravidade da hemorragia garanta e justifique a utilização de doses maiores. Ver secção 4.4. Utilização pediátrica (crianças): A experiência em crianças com menos de 6 anos de idade é limitada; o mesmo regime de dose dos adultos deve ser adaptado à condição clínica da criança. 1) Hemorragias espontâneas Hemorragias em articulações, músculos ou tecidos moles Nas hemorragias ligeiras ou moderadas, recomenda-se uma dose de 50-75 U/kg de peso, de 12 em 12 horas. O tratamento deve continuar até à obtenção de sinais claros de melhoria clínica, tais como diminuição da dor, redução da inflamação ou mobilidade da articulação. Nas hemorragias musculares ou dos tecidos moles graves (por exemplo, na hemorragia retroperitoneal), recomenda-se 100 U/kg de peso, de 12 em 12 horas. Hemorragias da membrana mucosa Recomenda-se uma dose de 50 U/kg de peso, de 6 em 6 horas, com um controlo cuidadoso do doente (controlo visual da hemorragia, determinação repetida do hematócrito). Caso a hemorragia não pare, pode aumentar-se a dose para 100 U/ kg de peso, tendo sempre o cuidado de não exceder a dose máxima diária de 200 U/kg de peso. Outras hemorragias graves Em hemorragias graves, como por exemplo do SNC, uma dose de 100 U/kg de peso é eficaz, em intervalos de 12 horas. Em casos individuais, Feiba NF pode ser administrado de 6 em 6 horas, até à obtenção de sinais claros de melhoria clínica (sem exceder a dose diária máxima de 200 U/Kg!). 2) Cirurgia Administrar de 50 a 100 U/kg de peso, em intervalos superiores a 6 horas, tendo sempre o cuidado de não exceder a dose máxima diária. 3) Profilaxia - Profilaxia da hemorragia em doentes com título de inibidores alto e com hemorragias frequentes em quem a terapêutica de imunotolerância (TIT) falhou ou não é considerada: É recomendada a dose de 70 – 100 U/kg dia sim, dia não. Esta dose pode ser aumentada até 100 U/kg por dia se o doente continuar a sangrar ou ser gradualmente reduzida. - Profilaxia da hemorragia em doentes com título de inibidor alto em TIT: Feiba NF pode ser administrado concomitantemente com concentrados de fator VIII, numa dosagem entre 50 – 100 U/kg de peso corporal, duas vezes ao dia, até o inibidor do fator VIII ter sido reduzido para < 2 B.U.* * 1 Unidade Bethesda é definida como a quantidade de anticorpo que irá inibir 50% da atividade de FVIII de plasma humano médio fresco pós incubação durante 2 horas a 37°C. Monitorização Devido ao mecanismo de acção complexo, não está disponível a monitorização direta das substâncias ativas. Os testes de coagulação, tais como, o tempo de coagulação do sangue total (TCS), o tromboelastograma (TEG, r-value) e o aPTT atualmente mostram apenas um ligeiro encurtamento e não têm uma correlação com a eficácia clínica. Portanto estes testes têm apenas um pequeno significado na monitorização da terapia com Feiba NF. Ver secção 4.4. Em caso de resposta inadequada ao tratamento com o medicamento, é recomendado que seja realizada uma contagem de plaquetas porque é considerado necessário um número suficiente de plaquetas funcionalmente intactas para a eficácia do medicamento. Modo de administração Reconstituir o produto conforme indicado na secção 6.6. e injetar ou perfundir a solução lentamente por via intravenosa. Não exceder o débito de administração de 2 U/kg de peso corporal por minuto. vi) CONTRAINDICAÇÕES Feiba NF não pode ser utilizado nas situações seguintes se estão disponíveis alternativas terapêuticas: - Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1 - Coagulação intravascular disseminada (CID) Embolismo ou trombose aguda (incluindo enfarte do miocárdio) (Ver secção 4.4 do RCM) vii) EFEITOS INDESEJÁVEIS As reações adversas listadas a seguir foram notificadas tanto na vigilância pós-comercialização como em ensaios clínicos. Categoria das frequências: muito frequentes ≥ 1/10 frequentes ≥ 1/100 a <1/10 pouco frequentes ≥ 1/1.000 a <1/100 raros ≥ 1/10.000 a <1/1.000 muito raros <1/10.000 desconhecido não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis Classe de sistemas de órgãos segundo a base de dados MedDRA/Reações Adversas/Frequência Doenças do sangue e do sistema linfático: Coagulação intravascular disseminada (CID) Desconhecido; Aumento do titulo de inibidores (resposta anamnéstica)* Desconhecido. Doenças do sistema imunitário: Reações de hipersensibilidade Desconhecido; Urticária Desconhecido; Reação anafilática Desconhecido. Doenças do sistema nervoso: Parestesia Desconhecido; Hipoestesia Desconhecido; Enfarte trombótico Desconhecido; Enfarte embólico Desconhecido; Enxaqueca Desconhecido; Sonolência Desconhecido; Tonturas Desconhecido; Disgeusia Desconhecido. Cardiopatias: Enfarte do miocárdio Desconhecido; Taquicardia Desconhecido. Vasculopatias: Embolismo (complicações tromboembólicas) Desconhecido; Hipotensão Desconhecido; Hipertensão Desconhecido; Rubor Desconhecido. Doenças respiratórias, torácicas, e do mediastino: Embolismo pulmonar Desconhecido; Broncoespasmo Desconhecido; Respiração sibilante Desconhecido; Tosse Desconhecido; Dispneia Desconhecido; Doenças gastrointestinais Desconhecido; Vómitos Desconhecido; Diarreia Desconhecido; Desconforto abdominal Desconhecido; Náusea Desconhecido. Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Sensação de dormência na face Desconhecido; Angioedema Desconhecido; Urticária Desconhecido; Prurido Desconhecido; Erupção cutânea Desconhecido; Perturbações gerais e alterações no local de administração: Dor no local de injeção Desconhecido; Indisposição Desconhecido; Sensação de calor Desconhecido; Arrepios Desconhecido; Pirexia Desconhecido; Dor torácica Desconhecido; Desconforto torácico Desconhecido. Exames complementares de diagnóstico: Descida da pressão sanguínea Desconhecido.

* Aumento do título de inibidores (resposta anamnéstica) [não é termo MedDRA] é o aumento dos títulos de inibidores existentes previamente ocorridos depois da administração de Feiba NF. Ver secção 4.4 do RCM. A injeção ou perfusão intravenosa rápida pode causar dor tipo facada e diminuição da sensibilidade da face e extremidades, assim, como uma descida da pressão arterial. Eventos tromboembólicos podem ocorrer após a administração de doses acima da dose diária máxima e/ou aplicação prolongada. Para segurança em relação a agentes transmissíveis, ver secção 4.4 do RCM. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.: INFARMED, I.P. Direção de Gestão do Risco de Medicamentos Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53 1749-004 Lisboa Tel: +351 21 798 71 40 Fax: + 351 21 798 73 97 Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt viii) ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO ADVERTÊNCIAS Risco de acontecimentos trombóticos e tromboembólicos Acontecimentos trombóticos e tromboembólicos, incluindo coagulação intravascular disseminada (CID), trombose venosa, embolismo pulmonar, enfarte do miocárdio e apoplexia, ocorreram durante o tratamento com Feiba NF. O risco de acontecimentos trombóticos e tromboembólicos pode estar aumentado com doses elevadas de Feiba NF. Alguns destes eventos ocorreram com doses superiores a 200 U/kg/dia ou em doentes com outros fatores de risco para eventos tromboembólicos. A possível presença de tais fatores de risco deve ser sempre considerada em doentes com hemofilia congénita ou adquirida. Não deve ser excedida uma dose única de 100 U/kg de peso corporal e uma dose diária de 200 U/kg, a menos que a gravidade da hemorragia garanta e justifique a utilização de doses mais elevadas. Os doentes que recebem mais de 100 U/kg devem ser monitorizados para o desenvolvimento de DIC e/ou isquémia coronária aguda. Quando utilizado para parar a hemorragia, o medicamento deve ser administrado apenas durante o tempo estritamente necessário para atingir o objectivo terapêutico. Nas situações seguintes, Feiba NF é aplicado apenas se não é esperada nenhuma reacção ao tratamento com concentrados de fator da coagulação sanguínea adequados, por ex., no caso de um título de inibidor elevado e uma hemorragia que ponha a vida em risco ou risco de hemorragia (por ex., pós-traumática ou pós-operatória) - Coagulação intravascular disseminada (CID): Lesão hepática: Devido à depuração atrasada de fatores da coagulação ativados, os doentes com insuficiência da função hepática têm um risco aumentado de desenvolverem CID. - Doença coronária, embolismo e/ou trombose aguda Reacções de hipersensibilidade de tipo alérgico Como qualquer medicamento derivado do plasma administrado intravenosamente, podem ocorrer reacções de hipersensibilidade de tipo alérgico. Os doentes devem ser informados dos primeiros sinais das reacções de hipersensibilidade incluindo urticária, aperto pré-cordial, respiração sibilante, descida brusca da pressão arterial e choque anafilático. Se ocorrerem estes sintomas, os doentes devem ser informados para descontinuarem o tratamento e para contatarem imediatamente o seu médico. O choque é tratado de acordo com as regras da moderna terapia do choque. Em doentes com suspeita de hipersensibilidade ao medicamento ou a um dos seus componentes, tem de ser cuidadosamente avaliado o benefício esperado e o risco da reexposição a Feiba NF, tendo em consideração o tipo de hipersensibilidade conhecida ou esperada do doente (alérgica ou não alérgica), incluindo a potencial terapia de cura e/ou preventiva ou agentes terapêuticos alternativos. Monitorização da terapêutica Não deve ser excedida a dose unitária de 100 U/Kg de peso e a dose diária de 200 U/kg de peso. Os doentes administrados com doses unitárias de 100 U/kg de peso, devem ser monitorizados relativamente ao desenvolvimento de CID e/ou sintomas de isquémia coronária aguda. Não devem administrar-se doses elevadas de Feiba NF, exceto o estritamente necessário para controlar a hemorragia. Em caso de alteração significativa da pressão arterial e pulso, dispneia, tosse ou dor torácica, a administração deve ser imediatamente interrompida e devem ser iniciadas as medidas de diagnóstico e terapêuticas apropriadas. Os parâmetros laboratoriais indicativos de CID são: diminuição do valor do fibrinogénio, a diminuição da contagem plaquetária e/ou a presença de produtos de degradação da fibrina/fibrinogénio, Hemofilia adquirida Os doentes com hemofilia com inibidores ou com inibidores adquiridos para os fatores de coagulação que são tratados com Feiba NF, podem ter tendência aumentada para hemorragias, assim como, risco aumentado de trombose ao mesmo tempo. Testes laboratoriais e eficácia clínica Os testes “in vitro” tais como aPTT, o tempo de coagulação do sangue total (TCS) e tromboelastogramas (TEG) como prova da eficácia não têm que correlacionar com o estado clínico. Portanto, tentativas de normalização destes valores pelo aumento da dose de Feiba NF podem não ser bem sucedidas e podem mesmo ser fortemente rejeitadas devido ao possível risco de provocar um CID através da sobredosagem. Significado da contagem de trombócitos Se a resposta ao tratamento com Feiba NF é inadequado, é recomendada a realização de uma contagem de trombócitos uma vez que é necessário um número suficiente de trombócitos funcionalmente intatos para a eficácia de Feiba NF. Medidas para prevenir a transmissão de agentes infecciosos As medidas padrão para prevenir infecções resultantes da utilização de medicamentos preparados a partir de sangue ou plasma humano incluem a selecção de dadores, o rastreio de doações individuais e pools de plasma para marcadores específicos de infecção e a inclusão de etapas de fabrico eficazes para a inactivação/remoção de vírus. Apesar disso, quando são administrados medicamentos preparados a partir de plasma ou sangue humano, a possibilidade de transmissão de agentes infecciosos não pode ser totalmente excluída. Isto também se aplica a vírus desconhecidos ou emergentes ou outros agentes patogénicos. As medidas tomadas são consideradas eficazes para vírus com envelope, tais como o vírus da imunodeficiência humana (HIV), vírus da hepatite B (VHB) e vírus da hepatite C (VHC) e para o vírus sem envelope da hepatite A (VHA) e Parvovírus B19. Deve ser considerada a vacinação adequada (contra a hepatite A e B) nos doentes a receber de forma regular/ repetida medicamentos derivados do plasma, incluindo Feiba NF. No interesse dos doentes, é fortemente recomendado que o nome e o número do lote do medicamento sejam registados, de forma a manter uma ligação entre o doente e o lote do medicamento. PRECAUÇÕES Resposta contraditória a agentes bypassing Devido a fatores específicos do doente a resposta a um agente bypassing pode variar e em dadas situações de hemorragia os doentes que têm uma resposta insuficiente a um agente podem tê-la a outro agente. No caso de resposta insuficiente a um agente bypassing, deve ser considerada a utilização de outro agente. Respostas anamnésticas A administração de Feiba NF a doentes com inibidores pode resultar num aumento anamnéstico inicial no nível de inibidores. Após administração contínua de Feiba NF, os inibidores podem diminuir com o tempo. Os dados clínicos e publicados sugerem que a eficácia de Feiba NF não é reduzida. Anticorpos de superfície da hepatite B e interpretação do teste Após a administração de doses altas de Feiba NF, o aumento transitório da transferência passiva de anticorpos de superfície da hepatite B pode resultar em interpretação enganadora de resultados positivos nos testes serológicos. Utilização profiláctica Apenas estão disponíveis dados clínicos limitados sobre a aplicação de Feiba NF para a profiláxia da hemorragia em doentes hemofílicos. População pediátrica (crianças) Casos notificados e a informação limitada de estudos clínicos sugerem que Feiba NF pode ser utilizado em crianças com menos de 6 anos de idade. Feiba NF contém aproximadamente 80 mg de sódio (calculada) por frasco. Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com ingestão controlada de sódio. ix) INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE INTERACÇÃO Deve ser considerada a possibilidade de eventos trombóticos quando durante o tratamento com Feiba NF são usados antifibrinolíticos sistémicos, tais como ácido tranexamico e o ácido aminocapróico. Quando houver necessidade de administrar Feiba NF e um antifibrinolítico deverá observar-se um intervalo de 6 a 12 horas entre a administração dos dois produtos. Classificação quanto à dispensa ao público: - MSRM restrita - Alínea a) do Artigo 118º do D.L. 176/2006 Para mais informações deverá contactar o titular da autorização de introdução no mercado

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ENTREVISTA

DR. EURICO CASTRO ALVES Presidente do INFARMED

VIA VERDE DO MEDICAMENTO

EXPECTATIVAS SÃO AMBICIOSAS

O PROJETO VIA VERDE DO MEDICAMENTO VEM BENEFICIAR FARMÁCIAS, GROSSISTAS, LABORATÓRIOS E UTENTES. LANÇADO PELO INFARMED NO PASSADO MÊS DE JULHO, ESTÁ APENAS A DECORRER NO DISTRITO DE COIMBRA. ANTES DE FUNCIONAR EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL, “É IMPORTANTE CONSOLIDAR A INFORMAÇÃO RECOLHIDA E CONHECER DE FORMA MAIS APROFUNDADA AS DINÂMICAS ESTABELECIDAS ENTRE

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OS DIVERSOS INTERVENIENTES DO CIRCUITO DO MEDICAMENTO”, DISSE

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O DR. EURICO CASTRO ALVES, PRESIDENTE DO CONSELHO DIRETIVO DO INFARMED, EM ENTREVISTA À REVISTA FARMACÊUTICO NEWS, SALIENTANDO QUE AS EXPECTATIVAS SÃO AMBICIOSAS.

Farmacêutico News (FN) - Poderia mencionar duas ou três substâncias ativas consideradas essenciais? Dr. Eurico Castro Alves (ECA) - A lista completa de substâncias ativas consideradas essenciais encontra-se em anexo à Circular Informativa nº 235/CD/8.1.6, de 21/11/2012, e dela fazem parte, entre outros, algumas insulinas, antibióticos e antiepiléticos, num total de 41 substâncias ativas. Este é um fator importante considerado na elaboração da lista de medicamentos cuja exportação/comércio intracomunitário depende de notificação prévia ao INFARMED, na qual estão incluídos medicamentos essenciais e cujo fornecimento no mercado nacional tem de estar assegurado. Faz parte da missão do Instituto a garantia do acesso dos profissionais


ENTREVISTA

O que fazer para combater as falhas de medicamentos? O que fazer para combater as falhas de medicamentos? Para além do projeto Via Verde do Medicamento, existem outras ações que podem ajudar a combater as falhas de medicamentos. “O papel do utente na sinalização, junto do INFARMED, dos medicamentos cujo acesso se encontra condicionado é importantíssimo”, diz o Dr. Eurico Castro Alves, explicando que “esta referenciação permite-nos diligenciar as medidas apropriadas para resolver de forma célere o problema de acessibilidade ao medicamento”. Nesse sentido, e para facilitar a comunicação dessas situações, o INFARMED disponibiliza uma linha telefónica disponível 24 horas por dia (800 222 444) e um email (falta.medicamento@INFARMED.pt), através dos quais os cidadãos

de saúde e dos cidadãos a medicamentos de qualidade, eficazes e seguros.

FN | Será esta seleção uma ação eficaz para evitar as falhas de medicamentos? ECA | Um dos objetivos estratégicos definidos para a área da saúde é a melhoria da qualidade e do acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde. Assim, e para garantir o acesso ao medicamento, o INFARMED tem procurado desenvolver uma visão global e integrada, que permita responder atempadamente e agir proativamente no combate às falhas de medicamentos. Nesse sentido, tem vindo a implementar várias medidas para evitar as falhas de medicamentos, nomeadamente a elaboração de uma lista de medicamentos cuja exportação/comércio intracomunitário dependem de notificação prévia a este Instituto; a criação e divulgação de canais para comunicação de

quaisquer situações detetadas de falhas no abastecimento de medicamentos; o incremento do número de ações inspetivas dirigidas, exclusivamente, à verificação do estado de abastecimento do mercado e à distribuição de medicamentos no território nacional; a criação do Gabinete de Gestão de Acesso ao Medicamento; o aumento do número de processos de contraordenação instaurados e coimas aplicadas, no âmbito do incumprimento da legislação aplicável à distribuição de medicamentos, e, mais recentemente, a implementação da fase piloto do projeto Via Verde do Medicamento. Apesar destas medidas não permitirem evitar a ocorrência de ruturas de existências, ainda que meramente transitórias, de fabrico ou fornecimento dos medicamentos, o INFARMED

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UM DOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DEFINIDOS PARA A ÁREA DA SAÚDE É A MELHORIA DA QUALIDADE E DO ACESSO DOS CIDADÃOS AOS CUIDADOS DE SAÚDE

FN | Quais os fatores considerados pelo INFARMED ao selecionar substâncias ativas como sendo essenciais? ECA | A seleção das substâncias ativas consideradas essenciais tem como base inúmeros fatores, nomeadamente as suas indicações terapêuticas (patologias para as quais são utilizadas), espetro de ação do fármaco, patologias mais prevalentes na população nacional, condições clínicas cuja sobrevida dependa do acesso a determinados medicamentos (diabetes, insuficiência cardíaca, epilepsia, asma, etc.), fármacos utilizados no alívio da dor crónica, orientações da Organização Mundial de Saúde, entre outros.

poderão fazer chegar a informação que considerem pertinente, neste âmbito. As farmácias também têm um papel de destaque, já que têm a primeira perceção de quais os medicamentos em falta. Os farmacêuticos poderão utilizar os mesmos canais indicados para notificação dos medicamentos em falta, ou fazê-lo através do portal Civifar, de acesso reservado para comunicações entre a Farmácia e o INFARMED. Por outro lado, é também importante que os titulares de Autorização de Introdução no Mercado (AIM) procedam à notificação atempada das ruturas, ainda que meramente transitórias, de fabrico ou fornecimento de medicamentos, que preveem vir a ocorrer, para que possam ser envidados os esforços necessários para minimizar o impacto.

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ENTREVISTA

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trabalha diariamente a fim de minimizar o seu impacto, garantindo o acesso efetivo dos cidadãos ao medicamento.

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FN | Qual o papel do Gabinete de Gestão de Acesso ao Medicamento na resolução do problema que é a falta de medicamentos? ECA | A criação de um gabinete focado em garantir o acesso dos profissionais de saúde e dos cidadãos portugueses ao medicamento resultou da necessidade de promover uma visão global e integrada do ciclo de vida e do circuito do medicamento que facilitasse uma abordagem orientada do conjunto de atividades que, estando relacionadas com a acessibilidade ao medicamento, são asseguradas por várias direções do INFARMED, no âmbito das respetivas competências. Sendo consabido que, nas atuais circunstâncias, as dificuldades percecionadas no acesso a um determinado medicamento poderão ser consequência de uma incapacidade do Titular da Autorização de Introdução no Mercado (TAIM) em assegurar o abastecimento adequado e contínuo do mercado, este Gabinete tem monitorizado atentamente as interrupções temporárias de fornecimento que são notificadas pelos TAIM a este Instituto, em cumprimento das suas obrigações legais. Importa salientar que estas situações são frequentes em todos os mercados e, na sua grande maioria, são de curta (< 1 mês) ou média (1 a 3 meses) duração, prevendo-se que não cheguem a causar reais constrangimentos no acesso ao medicamento por parte dos cidadãos. No âmbito das atividades que

têm vindo a ser asseguradas pelo referido Gabinete, é efetuada a análise de impacto, em termos de risco para a saúde pública, causado pela indisponibilidade de cada um dos medicamentos para os quais é efetuada uma notificação, tendo em consideração a existência de alternativa terapêutica, a duração da interrupção de fornecimento, a quota de mercado e a disponibilidade efetiva dos medicamentos que possam constituir uma alternativa. O INFARMED tem assim garantido de forma proativa, e em cooperação com os TAIM, que são desencadeadas todas as medidas consideradas adequadas à minimização do impacto causado pelos constrangimentos no acesso a medicamentos temporariamente indisponíveis e à rápida regularização do abastecimento do mercado nacional. Em situações cujo impacto tenha sido classificado como elevado e o TAIM não conseguia dar resposta às necessidades do mercado, têm vindo a ser concedidas autorizações especiais de utilização excecional

O PROJETO VIA VERDE DO MEDICAMENTO SURGE DA NECESSIDADE DE DAR MAIS UM PASSO NO CUMPRIMENTO DA MISSÃO DO INFARMED e de comercialização de medicamentos sem autorização ou registo válidos em Portugal, sempre no interesse dos doentes e da saúde pública. FN | Neste contexto, como surge a Via Verde do Medicamento? ECA | O projeto Via Verde do Medicamento surge da necessidade de dar mais um passo no cumprimento da missão do INFARMED, no que diz respeito à garantia de acesso ao medicamento por parte dos cidadãos nacionais. Esta é, pois, uma medida que este Instituto está a implementar, ainda em projeto piloto, com bons resultados até à data. Visa garantir o acesso, por parte de utentes

portadores de receita médica, aos medicamentos constantes da lista de notificação prévia obrigatória (lista de fármacos cuja exportação ou distribuição intracomunitária deve ser previamente comunicada ao INFARMED, anexa à Deliberação nº 1157/2015, de 4 de junho). Registo, porém, que há um grande envolvimento de todo os agentes do circuito do medicamento neste projeto. FN | Qual o objetivo da Via Verde do Medicamento? ECA | A Via Verde do Medicamento consiste na utilização de um stock de segurança que a indústria farmacêutica (titulares de AIM) aloca nos distribuidores por grosso, para que o mesmo seja libertado de forma rápida para as farmácias, quando estas efetuam uma encomenda Via Verde. Desta forma, possibilita uma resposta eficaz e a satisfação das necessidades dos utentes em tempo útil. FN | Quais são as vantagens deste projeto para utentes, farmácias, grossistas e laboratórios? ECA | Todo este mecanismo foi criado a fim de beneficiar o utente, dando-lhe a

Principais causas da rutura de stock Segundo o Dr. Eurico Castro Alves, presidente do Conselho Diretivo do INFARMED, são vários os motivos que podem estar na origem de uma rutura de stock. No entanto, “a maior parte dos constrangimentos no acesso aos medicamentos deve-se a problemas de logística ou situações relacionadas com o fabrico dos mesmos, nomeadamente atrasos nas encomendas,

produção em quantidades insuficientes, dificuldade na obtenção de algumas matérias-primas, entre outros”, refere. “A ocorrência de defeitos de qualidade leva, por vezes, à necessidade de proceder à recolha de medicamentos do mercado, conduzindo uma situação transitória de desabastecimento”, acrescenta o Dr. Eurico Castro Alves.


ENTREVISTA

possibilidade de obter os medicamentos de que necessita, de forma cómoda e rápida, evitando que tenha que se deslocar a várias farmácias e possibilitando a continuidade da terapêutica. Quanto às farmácias, veem melhorados, não só o serviço que prestam à comunidade, como também a sua capacidade de resposta. Os grossistas melhoram o seu acesso aos medicamentos e veem reforçados os seus deveres de abastecimento do mercado nacional, contribuindo com o seu

FN | Qual a importância das parcerias que o INFARMED tem com a Groquifar, a ANF e a APIFARMA? ECA | Desde que é produzido até que chega ao utente, o medicamento passa por um circuito que envolve diversos intervenientes, tais como a indústria farmacêutica (titulares de AIM), os distribuidores por grosso e as farmácias. Assim, para obter uma solução global e efetiva para o problema das falhas de medicamentos, é determinante

que todos os players da cadeia estejam envolvidos e se comprometam com este projeto, para que o mesmo possa ter sucesso. As associações que representam o setor são por isso parceiros essenciais para que o projeto Via Verde do Medicamento possa ser colocado em prática e para que possa ser constantemente melhorado. É, por isso, de relevar o seu sentido de responsabilidade e disponibilidade para, em

conjunto, abraçarem este projeto.

Via Verde do Medicamento nessa vertente.

FN | Porque foi escolhido o distrito de Coimbra para implementar o projeto piloto? ECA | A fase piloto da Via Verde do Medicamento foi iniciada nas farmácias do Distrito de Coimbra, a 6 de julho. A escolha desta região baseou-se num conjunto de critérios, no entanto, importava sobretudo que a zona escolhida para testar o projeto fosse representativa do mercado nacional, quer

FN | Para quando é que está previsto estender a todo o País? ECA | Para que o roll-out do projeto possa ser feito, estendendo-o a todo o País, é importante consolidar a informação recolhida até ao momento, conhecer de forma mais aprofundada as dinâmicas estabelecidas entre os diversos intervenientes do circuito do medicamento, como as mesmas podem ser melhoradas e como se pode automatizar o enorme fluxo de informação gerado no âmbito da Via Verde do Medicamento. Esses são ainda aspetos que têm de ser avaliados, de modo a permitir que o projeto tenha sucesso quando for alargado ao restante território nacional.

em termos de perfis de prescrição e consumo de medicamentos, quer em termos de falhas de medicamentos reportadas, e ainda que envolvesse um número relevante de utentes, possibilitando avaliar o real impacto do projeto. Adicionalmente, decorre nesta zona do País a fase piloto do projeto relacionado com a desmaterialização da receita médica, pelo que existe a vantagem de permitir também validar o mecanismo

FN | No geral, que expectativas deposita o INFARMED na Via Verde do Medicamento? ECA | O INFARMED acredita que este projeto tem condições para, a médio prazo, melhorar significativamente o acesso dos cidadãos aos medicamentos constantes da lista de notificação prévia de exportação, resolvendo os problemas de abastecimento associados a estes fármacos. As várias medidas que fomos tomando para combater as falhas de medicamentos têm tido resultados muito positivos. Esperamos que a Via Verde represente mais um importante passo no sentido de evitar ou resolver todas as falhas. As expectativas são, por isso, ambiciosas e requerem a continuação do empenho e envolvimento de todos os intervenientes.

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esforço para responder atempadamente às solicitações das farmácias, dando assim um valioso auxílio na resolução do problema das falhas de medicamentos. Por fim, os laboratórios têm na Via Verde do Medicamento um canal privilegiado para possibilitar a chegada dos seus medicamentos aos utentes nacionais, libertando-se ainda dos constrangimentos logísticos associados à manutenção de canais de

distribuição direta às farmácias.

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ONLINE

APOSTAR NA FORMAÇÃO À DISTÂNCIA A FARMOZ LANÇOU UMA PLATAFORMA DE FORMAÇÃO À DISTÂNCIA. DENOMINADA MEET&LEARN, É APRESENTADA COMO MAIS UMA FERRAMENTA CRIADA PARA CONTRIBUIR ATIVAMENTE PARA A ATUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS DOS FARMACÊUTICOS. EM ENTREVISTA À REVISTA FARMACÊUTICO NEWS, A DR.ª MARIA INÊS LUZIO, MARKETING MANAGER DA FARMOZ, EXPLICA PORMENORES SOBRE

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ESTA INICIATIVA.

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Contribuir de forma ativa para a formação, com mais uma ferramenta. Eis o objetivo da plataforma Meet&Learn, uma das várias iniciativas da Farmoz dedicada à formação e atualização de conhecimentos, desta feita à distância, em ambiente online. “A formação é algo que é, desde sempre, uma preocupação do Grupo Tecnimede, e também, naturalmente da Farmoz, enquanto empresa

pertencente a este grupo”, sublinha a Dr.ª Maria Inês Luzio, gestora de marketing da Farmoz. A plataforma é, contudo, uma ferramenta que não se limita a ser apenas um espaço de formação. Conforme explica a Dr.ª Maria Inês Luzio, “é um local criado com a finalidade de estimular a partilha de informação e conhecimento entre os elementos da comunidade

“A FORMAÇÃO É ALGO QUE É, DESDE SEMPRE, UMA PREOCUPAÇÃO DO GRUPO TECNIMEDE, E TAMBÉM, NATURALMENTE DA FARMOZ

Meet&Learn, de uma forma privada ou pública (de acesso limitado), permitindo ainda a interação com o painel de formadores. Através do Meet&Talk, poderão ser discutidos casos práticos e/ou assuntos relacionados com as formações”. Deste modo, há a expectativa de que a plataforma seja reconhecida e divulgada como uma ferramenta útil e eficaz para a aprendizagem


ONLINE

de novas temáticas e simultaneamente para ajudar na renovação da carteira profissional dos farmacêuticos, pois as ações formativas são submetidas a creditação pela Ordem dos Farmacêuticos. “Queremos que estas formações sejam uma real contribuição e que os seus conteúdos sejam considerados relevantes”, refere a nossa entrevistada.

TEMÁTICAS DO DIA A DIA DA FARMÁCIA

NOS MÓDULOS DE FORMAÇÃO SÃO ABORDADAS TEMÁTICAS ATUAIS, COM O INTUITO DE AJUDAR OS PROFISSIONAIS DA FARMÁCIA

que “o objetivo é não só continuar a incentivar a notificação de reações adversas a medicamentos, incluindo produtos de venda livre, que abrange os medicamentos não sujeitos a receita média (MNSRM), os suplementos alimentares e os produtos cosméticos”.

Aposta no online Esta não é a primeira ação de formação promovida pela Farmoz. Contudo, é a primeira vez que as formações presenciais passam para segundo plano. “O motivo da escolha de uma plataforma online, em detrimento de formações presenciais, deve-se à dificuldade actual dos participantes conseguirem a melhor conciliação entre a sua vida profissional e este tipo de acções”, explica a Dr.ª Maria Inês Luzio, evidenciando que as sessões são “úteis, simples, curtas e fáceis de serem realizadas a qualquer hora”. Por exemplo, no limite, esta formação pode ser realizada durante o horário de almoço, sem haver deslocação para fora do local de trabalho, adaptando assim o conceito de Lunch&Learn ao Meet&Learn. “O facto das formações estarem inseridas nesta plataforma online também permite que haja uma evolução constante no número de formações disponíveis e que as mesmas possam ser assistidas/con-

sultadas sempre que necessário”, menciona a gestora de marketing da Farmoz. A Dr.ª Maria Inês Luzio é da opinião que as novas tecnologias facilitam o acesso a mais informação, mais formação para todos, e de uma forma mais célere. No entanto, “é evidente que a formação presencial tem a sua importância e continua a ter aspectos muito positivos. Todos sabemos que a interação nas formações presenciais, só por si, é uma grande mais valia e, neste caso, abdicamos deste aspeto, para permitir outro tipo de agilização formativa”. Ainda, segundo a gestora de marketing da Farmoz, o ideal será sempre conciliar as potencialidades das novas tecnologias, às vantagens das formações mais tradicionais. “O desafio passa por evoluir na metodologia de ensino e potenciar a interação entre formadores e formandos, criando novas formas de aprendizagem através de novos e/ou diferentes estímulos”, remata.

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Quem participar nesta iniciativa tem a oportunidade de assistir, gratuitamente, a módulos de formação cujas temáticas estão relacionadas com características do dia a dia da farmácia. Tem também a possibilidade de, ao concluir com sucesso cada formação, adquirir créditos que ajudam na renovação das suas carteiras profissionais. Mas, segundo a Dr.ª Maria Inês Luzio, “a Farmoz lançou ainda dois desafios, em que os 10 primeiros participantes a concluirem com sucesso os dois primeiros módulos de formação terão possibilidade de conhecer/visitar a Atlantic Pharm (edifício fabril do Grupo Tecnimede). No segundo desafio terão a oportunidade de assistir a uma formação presencial no Kaizen Institute, neste caso os 12 primeiros participantes a completarem os quatro primeiros módulos”. Nos módulos de formação são abordadas temáticas atuais, com o intuito de ajudar os profissionais da farmácia a servir melhor os seus utentes ou a gerir melhor a farmácia. “O primeiro módulo foca o aconselhamento farmacêutico em

suplementação alimentar, uma vez que sabemos que o significativo consumo atual de suplementos alimentares leva frequentemente a pedidos de orientação farmacêutica e clínica para os quais os profissionais em causa têm de estar capacitados”, exemplifica a gestora de marketing da Farmoz, referindo que o segundo módulo é dedicado à farmacovigilância nos produtos de venda livre, na qual se incluem os suplementos alimentares. As reações adversas a medicamentos são uma das causas de morte e doenças mundiais mais comuns. De acordo com um relatório da Comissão Europeia, emitido em 2008, eram responsáveis por 5% das admissões hospitalares, sendo a quinta causa de morte mais comum a nível hospitalar e os custos associados ao tratamento destas reacções, na União Europeia, encontravam-se na ordem dos 79 mil milhões de euros por ano. Neste sentido, a notificação de reações adversas garante a monitorização contínua e eficaz da segurança dos medicamentos, permitindo identificar potenciais reações novas, quantificar e/ou melhor caracterizar reações adversas previamente identificadas e implementar medidas que permitam minimizar o risco da sua ocorrência. “É neste contexto, e porque a farmacovigilância foi sempre uma preocupação constante da Farmoz, que lançámos um módulo de farmacovigilância na plataforma de e-learning Meet&Learn”, frisa a Dr.ª Maria Inês Luzio. E remata

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CENTRUM® MYOMEGA3 é o primeiro suplemen-

to alimentar Centrum® formulado a partir de Ómega 3 com uma tripla ação para o coração, mente e visão, que junta à sua fórmula os ácidos gordos ómega 3 mais estudados e necessários para o metabolismo humano: EPA e DHA. O EPA e DHA contribuem para o normal funcionamento do coração, têm efeitos protetores nas células do coração e vasos sanguíneos, e ajudam a manter o sangue fluido. O DHA ajuda ainda a manutenção das funções cognitivas, como a capacidade de aprendizagem e a memória, e da visão, adequando a modulação dos estímulos visuais do nervo ótico para o cérebro.

O suplemento VIVISCAL MAXIMUM STRENGHT ajudar a manter um crescimento normal e saudável do cabelo, a partir do seu interior. Com a finalidade máxima de travar a queda, a sua fórmula junta ao complexo exclusivo AminoMar C a Biotina (Vitamina B7), Zinco, Niacina, Extrato de Cavalinha, Vitamina C, Ferro e Extrato de semente de Milheto. Trata-se de uma fórmula inovadora que atua em quatro etapas durante um período de seis meses. Na maioria dos casos podem ser notadas diferenças logo após os três ou quatro meses de utilização, funcionando em sintonia com o ciclo de crescimento natural do cabelo.

INFORMAÇÃO CENTRUM

INFORMAÇÃO VIVISCAL


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Razões para repensar o tratamento de primeira linha do VIH

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de resistência emergente do tratamento até à data em 3 estudos em doentes não sujeitos a tratamento prévio4-6


NOTÍCIAS

GRIPE: PREVENIR É ESSENCIAL Está já a decorrer a campanha de vacinação contra a gripe, promovida pela Direção-Geral da Saúde. O Serviço Nacional de Saúde tem cerca de 1,2 milhões de doses de vacinas de distribuição gratuita, para além das existentes nas farmácias. A vacinação é a melhor forma de prevenção, sobretudo em relação às graves complicações da doença, e é fortemente recomendada a pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, grávidas, doentes crónicos e imunodeprimidos (a partir dos 6 meses de idade), e profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados (em lares de idosos, por exemplo).

GALDERMA ALARGA PORTEFÓLIO A farmacêutica Galderma, focada na área da dermatologia e detida pela Nestlé Skin Health S.A, acaba de juntar a marca de suplementos alimentares Innéov ao seu portefólio de produtos. A gama atual de Innéov no país inclui produtos para a fixação e crescimento capilar, antienvelhecimento e preparação da pele para a exposição solar.

USO RESPONSÁVEL DO MEDICAMENTO Estima-se que 50% das pessoas não tomem corretamente os medicamentos. A Ordem dos Farmacêuticos tem desenvolvido uma campanha de consciencialização, para promover o uso responsável do medicamento. O objetivo é alertar a população, promover as boas práticas e evidenciar o papel do farmacêutico no aconselhamento. O uso responsável do medicamento significa que o mesmo apenas é utilizado quando necessário, e a sua escolha é apropriada de forma a garantir a sua eficácia; que existe um acesso e disponibilização atempada de medicamentos com qualidade, que são administrados e adequadamente monitorizados, quanto à sua eficácia e segurança; e que o cidadão se responsabiliza por tomar o medicamento de acordo com o acordado com o profissional de saúde. Garante o medicamento certo, na hora certa, no momento certo, no doente certo e ao preço certo.

SET | OUT 2015

LÁ FORA

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O Governo do Uruguai autorizou recentemente duas empresas a cultivar legalmente marijuana para venda em farmácias. A decisão surge no seguimento da já aprovada lei que despenaliza a produção e o comércio de canábis. Esta decisão visa concretizar a legislação, que tem como principais objetivos regular o consumo e lutar contra o tráfico de droga e o crime organizado.


AÇÃO ÚN UL

IPRATRÓPIO

A IC

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Indicado nas constipações com ação na congestão nasal e na rinorreia

(0,6 mg/ml) Agente anticolinérgico tópico: · Inibe a secreção nasal, inibe competitivamente os recetores colinérgicos nas glândulas submucosas, reduzindo a secreção nasal aquosa

XILOMETAZOLINA 0,5 mg/ml) Descongestionante nasal tópico: · Atua na redução do edema e melhora a respiração

INDICADO PARA ADULTOS COM AÇÃO RÁPIDA E PROLONGADA ATÉ 8H Vibrocil ActilongDuo, 0,5 mg/ml + 0,6 mg/ml, solução para pulverização nasal - cloridrato de xilometazolina e brometo de ipratrópio. Medicamento não sujeito a receita médica indicado no tratamento sintomático da congestão nasal e rinorreia associadas a constipações. Em adultos: pulverizar em cada narina até 3 vezes ao dia. Deve haver um intervalo de pelo menos 6 horas entre duas administrações. Contraindicado em abaixo dos 18 anos, em caso de hipersensibilidade à atropina, doentes com glaucoma e rinite seca. Os efeitos indesejáveis mais frequentemente reportados foram epistaxis e secura nasal. Podem ainda ocorrer disgeusia, cefaleias, desconforto nasal, congestão nasal, garganta seca e irritada, rinalgia e xerostomia entre outros. Para mais informações deverá contactar o titular da autorização no mercado. Material revisto: agosto 2015


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O Glucocard MX, apresenta no ecrã um gráfico de barras com os últimos 6 resultados dos testes de glicemia efetuados pelo utilizador. Sem necessidade de consultar a memória, o utilizador pode verificar qual a tendência do seu perfil glicémico, sempre que fizer um teste. Com o Glucocard MX o utilizador sabe com facilidade se tem a sua diabetes sob controlo!

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