anos
Edição
Maximize a sobrevivência dos seus doentes 1.0
33,1 meses
Probabilidades de Sobrevivência
0.75
FOLFIRI + Erbitux 0.50
25,6 meses FOLFIRI + Bevacizumab
+7,5 meses
0.25
0.0 12
24
36
48
Meses desde o princípio do tratamento
60
72
* KRAS e NRAS exon 2, 3 e 4 wild-type Adaptado de: Heinemann V. et al. Apresentação oral ECCO/ESMO 2013
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS COMPATÍVEIS COM O RCM. ERBITUX 5 MG/ML SOLUÇÃO PARA PERFUSÃO. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA: Cada ml da solução para perfusão contém 5 mg de cetuximab. Cada frasco para injetáveis de 20 ml e 100 ml contém 100 mg e 500 mg de cetuximab, respectivamente. Cetuximab é um anticorpo IgG1 monoclonal quimérico produzido a partir de uma linhagem de células de mamíferos (Sp2/0), por tecnologia de ADN recombinante. Excipientes: Cloreto de sódio, glicina, polissorbato 80, ácido cítrico mono-hidratado, hidróxido de sódio e água para preparações injetáveis. FORMA FARMACÊUTICA: Solução para perfusão. Solução incolor. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Tratamento de doentes com cancro colorretal metastático RAS não mutado, e com expressão do recetor do fator de crescimento epidérmico (EGFR): em associação com quimioterapia à base de irinotecano, ou em primeira linha em associação com FOLFOX, ou em monoterapia em doentes que não responderam a tratamentos que incluíram irinotecano e/ou oxaliplatina e em intolerantes ao irinotecano. Tratamento de doentes com carcinoma pavimentocelular da cabeça e pescoço: em associação com radioterapia para a doença localmente avançada, ou em associação com a quimioterapia à base de compostos de platina na doença recorrente e/ou metastática. POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO: Em todas as indicações, Erbitux é administrado uma vez por semana. A dose inicial é de 400 mg de cetuximab por m² de superfície corporal. Todas as doses semanais seguintes são de 250 mg de cetuximab por m² cada. Cancro colorretal: cetuximab é utilizado em associação com a quimioterapia ou em monoterapia. É necessária evidência do estado de RAS não mutado (KRAS e NRAS) antes de se iniciar o tratamento com Erbitux. Carcinoma pavimentocelular da cabeça e pescoço: cetuximab é utilizado concomitantemente com radioterapia. Iniciar a terapêutica com cetuximab uma semana antes da radioterapia e continuar a terapêutica com cetuximab até ao fim do período de radioterapia. Carcinoma recorrente e/ou metastático: o cetuximab é utilizado em associação com a quimioterapia à base de compostos de platina seguida de cetuximab como terapêutica de manutenção até à progressão da doença. A quimioterapia não pode ser administrada antes de 1 hora após o final da perfusão com cetuximab. Populações especiais: Idosos (≥ 75 anos): Não é necessário um ajuste da dose nos idosos. População pediátrica (<18 anos): A eficácia não foi estabelecida. Não foram identificados novos sinais de segurança. Modo de administração: Perfusão IV. Tempo de perfusão da dose inicial = 120 minutos. Tempo de perfusão para as doses semanais seguintes = 60 minutos. Velocidade máxima de perfusão ≤ 10 mg/min. CONTRAINDICAÇÕES: Reações de hipersensibilidade graves (grau 3 ou 4) conhecidas ao cetuximab. A associação com quimioterapia contendo oxaliplatina é contraindicada em doentes com cancro colorretal metastático (CCRm) RAS mutante ou nos quais se desconhece o estado RAS do CCRm. Considerar as contraindicações dos citostáticos utilizados concomitantemente ou da radioterapia. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO: Reações relacionadas com a perfusão: Se o doente apresentar uma reação relacionada com a perfusão, ligeira ou moderada, a velocidade de perfusão deve ser reduzida. Recomenda-se que a velocidade de perfusão permaneça neste valor mais baixo em todas as perfusões seguintes. Recomenda-se que os doentes sejam alertados para a possibilidade do aparecimento tardio destes sintomas, devendo ser dadas instruções para que contactem o seu médico se ocorrerem sintomas de uma reação relacionada com a perfusão. A ocorrência de uma reação grave relacionada com a perfusão requer a suspensão imediata e permanente da terapêutica com cetuximab, e pode necessitar de tratamento de emergência. Doenças respiratórias: Foram descritos casos de doença intersticial pulmonar, sendo a maioria dos doentes provenientes da população japonesa. No caso de se diagnosticarem doença intersticial pulmonar, cetuximab deve ser interrompido e o doente deve ser tratado adequadamente. Reações cutâneas: As principais reações adversas de cetuximab consistem em reações cutâneas que podem ser graves, especialmente em associação com quimioterapia. O risco de infeções secundárias (principalmente bacterianas) é maior, tendo sido notificados casos de síndrome da pele escaldada estafilocócica, fasciíte necrosante e sépsis, em alguns casos com um resultado fatal. As reações cutâneas são muito frequentes, podendo ser necessária a interrupção ou descontinuação do tratamento. Deve ser considerada a utilização profilática de tetraciclinas orais (6 – 8 semanas) e a aplicação tópica de creme de hidrocortisona a 1% com hidratante. Se um doente apresentar uma reação cutânea grave ou intolerável (≥ grau 3; Common Terminology Criteria for Adverse Events - CTCAE), a terapêutica com cetuximab deve ser interrompida. O tratamento só deve ser reiniciado se a reação tiver regredido para grau 2. Se a reação cutânea grave tiver ocorrido pela primeira vez, o tratamento pode ser reiniciado sem qualquer alteração na dosagem. Se ocorrerem reações cutâneas graves pela segunda ou terceira vez, a terapêutica com cetuximab deve ser interrompida novamente. O tratamento só pode ser reiniciado com uma dose mais baixa (200 mg/m² após a segunda ocorrência e 150 mg/m² após a terceira ocorrência), somente se a reação tiver regredido para o grau 2. Se ocorrerem reações cutâneas graves pela quarta vez ou se estas não regredirem para grau 2 durante a interrupção da terapêutica, é necessária a suspensão permanente do tratamento com cetuximab. Perturbações electrolíticas: Ocorrem com frequência níveis de magnésio no soro progressivamente decrescentes e podem conduzir a hipomagnesemia grave. Pode desenvolver-se hipocaliemia em consequência da diarreia, hipocalcemia; a frequência de hipocalcemia grave pode aumentar em particular em associação com a quimioterapia à base de compostos de platina. Neutropenia e complicações infeciosas relacionadas: Recomenda-se uma monitorização cuidadosa, em particular nos doentes que apresentam lesões cutâneas, mucosite ou diarreia. Doenças cardiovasculares: Aumento da frequência de acontecimentos cardiovasculares graves e por vezes fatais e de mortes emergentes do tratamento foi observado principalmente em idades ≥ 65 anos ou conforme o estado geral. Considerar o estado cardiovascular e o estado geral dos doentes e a administração concomitante de compostos cardiotóxicos como as fluoropirimidinas. Afeções oculares: Os doentes que apresentam sinais e sintomas agudos ou agravados sugestivos de queratite tais como: inflamação ocular, lacrimejo, sensibilidade à luz, visão turva, dor no olho e/ou olho vermelho devem ser imediatamente referenciados para um especialista em oftalmologia. Diagnóstico de queratite ulcerativa confirmado: interromper o cetuzimab ou descontinuar. Diagnóstico de queratite confirmado: os benefícios e riscos do tratamento devem ser cuidadosamente considerados. Deve ser utilizado com precaução em doentes com uma história de queratite, queratite ulcerativa ou de olho seco grave, ou utilização de lentes de contato. Doentes com cancro colorretal com tumores com RAS mutado: Não utilizar em doentes cujos tumores têm mutações do RAS ou nos quais se desconhece o estado de RAS do tumor. Os resultados dos estudos clínicos revelam uma relação benefício-risco negativa nos tumores com mutações do RAS. Nestes doentes, em especial, os efeitos negativos sobre o tempo de sobrevivência livre de progressão (PFS) e o tempo de sobrevivência global (OS) foram observados quando o cetuximab foi administrado como complemento de FOLFOX4. Também foram comunicados resultados semelhantes quando o cetuximab foi administrado como complemento de XELOX em associação com bevacizumab (CAIRO2). Contudo, neste estudo, também não se demonstraram efeitos positivos sobre a PFS ou a OS em doentes com tumores com KRAS não mutado. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE INTERACÇÃO: Interações medicamentosas a considerar antes de iniciar o tratamento: associação com a quimioterapia à base de compostos de platina, associação com fluoropirimidinas, associação com capecitabina e oxaliplatina (XELOX). EFEITOS INDESEJÁVEIS: Muito frequentes: Hipomagnesemia, Aumento dos níveis das enzimas hepáticas (AST, ALT, fosfatase alcalina), Reações cutâneas, Reações relacionadas com a perfusão ligeiras ou moderadas, mucosite, em alguns casos grave. Frequentes: Desidratação, em particular secundária a diarreia; hipocalcemia; anorexia que pode causar perda de peso, Cefaleias, Conjuntivite, Diarreia, náuseas, vómitos, Reações graves relacionadas com a perfusão, fadiga. Pouco frequentes: Blefarite, queratite, Trombose venosa profunda, Embolia pulmonar, doença intersticial pulmonar, Muito raros: Síndrome de Stevens-Johnson/Necrólise epidérmica tóxica. Frequência desconhecida: Meningite asséptica, Superinfeção de lesões cutâneas. As reações relacionadas com a perfusão, ligeiras ou moderadas, são muito frequentes, compreendendo sintomas tais como febre, arrepios, náuseas, vómitos, cefaleias, tonturas ou dispneia que ocorrem numa relação temporal próxima principalmente com a primeira perfusão. Podem desenvolver-se reações cutâneas em mais de 80% dos doentes e que se manifestam principalmente como erupção cutânea tipo acneiforme e/ou, menos frequentemente, como prurido, pele seca, descamação, hipertricose ou alterações nas unhas. As lesões da pele induzidas pelo cetuximab podem predispor os doentes para superinfeções (p. ex. com S. aureus), que podem provocar complicações subsequentes, p. ex. celulite, erisipela ou, potencialmente com resultado fatal, síndrome de pele escaldada estafilocócica, fasciíte necrosante ou sépsis. TITULAR DA AIM: Merck KGaA, 64271 Darmstadt, Alemanha. DATA DA REVISÃO DO TEXTO: 12/2013. Medicamento sujeito a receita médica restrita. Uso exclusivo hospitalar. Para mais informação deverá contactar o representante local do Titular de Autorização de Introdução no Mercado.
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Endpoint primário do estudo ORR não atingido Dados de OS ainda não maduros, análises estão a decorrer Estudo financiado pela Merck Serono
MERCK, s.a. Edíficio Duo Miraflores, Alameda Fernão Lopes, 12 - 4º B 1495-190 Algés | Portugal NC.R.C. Lx / Contrib. nº 500 650 870 Cap. Social 8.649.530 € Cód.: 0089/03/2014
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anos A Oncologia é uma das mais dinâmicas e exigentes especialidades da atualidade. A constante necessidade de atualização de conhecimentos e partilha de experiências entre a comunidade oncológica incentivaram à criação, em 2005, dos Encontros de Primavera, colocando o Alentejo no centro do panorama oncológico português. Uma vocação que se renova anualmente, sempre com a motivação de corresponder e superar os mais elevados parâmetros científicos, para os quais têm contribuído as centenas de profissionais, nacionais e estrangeiros, que todas as primaveras marcam presença neste grande encontro da Oncologia nacional. Agregador e criador de sinergias, a multidisciplinariedade é a pedra de toque deste Encontro. O envolvimento das diferentes especialidades e das diversas instituições de saúde do país que se cruzam com a Oncologia tem sido vital para o desenvolvimento de estratégias adequadas à realidade nacional. Volvidos 10 anos, os elos de amizade, parceria e profissionalismo, que unem todos os participantes fazem parte da história dos Encontros da Primavera, são o fruto de uma década de trabalho, dedicação e inovação em prol de ganhos efetivos em saúde dos doentes oncológicos. Uma missão que continuará a ser cumprida em cada edição dos Encontros da Primavera. Obrigado a todos!
Sérgio Barroso Presidente dos Encontros da Primavera
10 anos encontros da primavera oncologia
sumário
anos
06 Entrevista
ao Dr. Sérgio Barroso
10 Dr.ª Teresa Timóteo Diretor Comercial Miguel Ingenerf Afonso miguelafonso@newsfarma.pt
Assessora Comercial Sandra Morais sandramorais@newsfarma.pt
Diretora de Publicidade Conceição Pires conceicaopires@newsfarma.pt
Agenda agenda@newsfarma.pt
Equipa Editorial Andreia Pereira
andreiapereira@newsfarma.pt
Catarina Jerónimo (Coordenadora) catarinajeronimo@newsfarma.pt
Cátia Jorge catiajorge@newsfarma.pt
Nuno Coimbra
(Fotógrafo)
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Ricardo Gaudêncio (Fotógrafo)
sofiafilipe@newsfarma.pt
Produção & Design Joana Lopes joanalopes@newsengage.pt
Diretora de Marketing Ana Branquinho
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Redação e Publicidade Av. Infante D. Henrique, 333 H, 37 1800-282 Lisboa T. 218 504 065 Fax 210 435 935 newsfarma@newsfarma.pt, www.newsfarma.pt
Pré-press e impressão RPO
26 Dr.ª Maria Fragoso
52 Dr. Fermin Rivas Lopez
28 Fotogaleria Encontros
52 Dr.ª Ana Raimundo
da Primavera
12 Dr.ª Anabela Sá
34 Estatísticas
12 Dr.ª Margarida Ferreira
36 Dr. João Coimbra
54 Vasco Noronha
12 Dr.ª Camila Coutinho
36 Dr. Leonardo Santarelli
56 Dr. Ramon Palou de Comasena
13 Dr. Fernando Barata
38 Dr. Jaime Santos
13 Dr. Frederico Patrício
38 Dr. Ricardo Luz
14
38 Dr.ª Lurdes Batarda
Dr. António Fráguas
16 Dr. Carlos Quintana
40 Dr.ª Ana Rita Lima
16 Dr. Alberto Inez
40 Dr. Rui Dinis
17 Dr. Pedro Chinita
42 Dr. Juan C. Mellidez
17 Prof. Doutor J.L. Passos
42 Dr. Miguel Sanches
Cátia Tomé catiatome@newsengage.pt
50 Dr. Miguel Barbosa
10 Dr. Jorge Penedo
ricardogaudencio@newsfarma.pt
Sofia Filipe
26 Dr. José Antunes
Coelho
44 Dr. Nuno Pargana Brás
18 Prof. Doutor Lúcio Lara Santos
44 Dr.ª Sandra Bento
A reprodução total ou parcial de textos ou fotografias é possível, desde que indicada a sua origem (News Farma) e com autorização da Direção. Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores.
18 Dr. Alberto Aguiar
44 Dr.ª Fátima Vaz
20 Dr. Valentino Confalone
46 Prof. Doutor António 46 Dr. José Dinis
Edição
22 Galeria Cartazes Encontros da Primavera 24 Dr.ª Ana Martins
10.os Encontros da Primavera é uma edição especial da News Farma, dirigida a profissionais de saúde. News Farma é uma marca da Coloquialform, Lda.
24 Dr.ª Helena Gervásio 24 Dr. Hélder Mansinho
Araújo
48 Dr.ª Deolinda Pereira 48 Dr. Jorge Espírito Santo 50 Dr. Nelson Ambrogio
52 Dr.ª Margarida Damasceno
56 Dr. Jorge Caravana 58 Dr.ª Maria José Passos 58 Prof. Doutor Luís Costa
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estas empresas associam-se às comemorações do 10.º ANIVERSÁRIO DOS ENCONTROS DA PRIMAVERA - ONCOLOGIA
10 anos encontros da primavera oncologia
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entrevista
“Esta é uma oportunidade de convívio e de partilha de experiências” 10 anos encontros da primavera oncologia
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Em entrevista, o diretor do Serviço de Oncologia do Hospital do Espírito Santo, em Évora, anuncia as principais novidades da 10.ª edição dos Encontros da Primavera (27 a 29 de março) e comenta o estado dos cuidados oncológicos no nosso país. O 10.º aniversário deste evento foi o ponto de partida para uma conversa com o Dr. Sérgio Barroso, presidente dos Encontros da Primavera, que, entre outros destaques, falou nos novos desafios da especialidade.
Quais são as principais novidades contempladas no programa da 10.ª edição dos Encontros da Primavera? Sérgio Barroso | Procuramos dar continuidade ao modelo anterior dos Encontros da Primavera, com a realização de uma reunião generalista. Nesta edição, tentamos abordar os temas mais prementes no contexto da Oncologia atual. E estendemos, à semelhança de anos anteriores, a participação a várias especialidades que lidam, multidisciplinarmente, com os doentes oncológicos, nomeadamente, a cirurgia, a Oncologia médica, a Radioterapia, os exames de diagnóstico, a Anatomia Patológica e a Radiologia. Há, por isso, uma preocupação em alargar a participação a outras áreas de especialidade? SB | Por definição, a Oncologia é uma especialidade multidisciplinar e, como tal, apelamos à colaboração de todos os intervenientes que acompanham os doentes oncológicos. A criação de elos de ligação entre as várias especialidades, num evento desta natureza, torna-se fundamental para a obtenção de um resultado final de qualidade e cientificamente adequado. A colaboração com outras áreas de especialidade, inclusivamente, não médicas, será também um dos pontos fortes? SB | Paralelamente ao programa médico-científico, há sessões
especificamente destinadas à enfermagem, uma área com um campo de atuação vasto e intenso na relação com o doente oncológico. Mas, ao longo destes três dias de Encontros da Primavera, contamos, ainda, com sessões que se dirigem a outras áreas afins às especialidades médicas, nomeadamente, a Psicologia e o Serviço Social, que estão, no fundo, englobadas neste conceito multidisciplinar. Em cada edição dos Encontros da Primavera, há uma tentativa de envolvimento das especialidades não médicas, ligadas ao tratamento do doente oncológico. O número crescente de participantes reflete a importância que este evento tem ganho ao longo dos últimos anos? SB | A cada ano, contamos progressivamente com um número cada vez maior de participantes. Este ano, segundo as nossas estimativas, contamos ter a participação de quase mil inscritos. Este é um sinal da importância e do interesse que esta reunião científica tem ganho ao longo dos últimos anos. A organização dos Encontros da Primavera têm procurado, desde o início, imprimir um selo de qualidade no conteúdo programático. Este contributo tem sido uma das razões que justifica o sucesso do evento? Desde o momento em que começamos a organizar os Encontros da Primavera, houve sempre a preocupação com a qualidade e com os mais elevados
“A criação de elos de ligação entre as várias especialidades, num evento desta natureza, torna-se fundamental para a obtenção de um resultado final de qualidade e cientificamente adequado”
parâmetros científicos. Julgo que este terá sido um dos aspetos que, de forma decisiva, contribuiu e reforçou a participação assídua dos vários profissionais de saúde. A qualidade do programa e dos palestrantes tem contribuído para que os Encontros da Primavera sejam apontados como uma reunião científica de referência a nível nacional. Além do interesse científico, os Encontros da Primavera permitem criar elos de ligação entre os vários especialistas na área? SB | Considero que os Encontros da Primavera são um momento de convívio e de partilha de experiências. Durante os dias em que decorre esta reunião, conseguimos estabelecer pontes de ligação entre as várias especialidades e instituições do país e estrangeiras. Regularmente, contamos com a participação de especialistas oriundos de outros países. E cada um, à sua maneira, acaba por partilhar a sua experiência e o modus operandi. Este intercâmbio de ideias ajuda-nos a uniformizar procedimentos… Há, por isso, uma aposta forte na multidisciplinaridade… SB | Essa é outra das nossas preocupações constantes. Aliás, tem havido um esforço significativo para fomentar uma atitude multidisciplinar e de envolvimento das especialidades. Por intermédio deste intercâmbio, conseguimos encontrar pontos comuns e de consenso, que nos ajudam a definir uma estratégia
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entrevista
“Gostaria de destacar uma sessão especial, em que procuramos estabelecer pontes com profissionais dos PALOP (países africanos de língua oficial portuguesa) e, possivelmente, Timor Leste”
partilhada e participada. No fundo, procuramos unir as pessoas em torno de um tema, limar as arestas e minimizar os pontos de conflito, transformando as diferenças em pontos de consenso. Acima de tudo, há uma preocupação regular com as ideias e posturas de cada área de intervenção, o que, globalmente, nos permite otimizar os pontos de confluência e criar pontes de entendimento e sinergias. Estas ligações positivas entre as diferentes especialidades e instituições estarão, possivelmente, na génese do sucesso dos Encontros da Primavera. Os Encontros da Primavera são, neste momento, uma reunião científica de referência em Portugal. A que se deve este reconhecimento? SB | Este evento já ultrapassou as fronteiras do Serviço de Oncologia do Hospital do Espírito Santo, porque, desde o início, nos pautamos sempre por incentivar a participação de várias instituições do país, o que acaba por imprimir um caráter suprainstitucional. Os profissionais de saúde, oriundos das diversas instituições, acabam por partilhar ideias e trazer, à discussão, temas, debatidos de forma aberta e saudável. É este um dos propósitos da reunião, não deixando de ser um espaço de discussão dos últimos avanços e conhecimentos, aqui apresentados por experts nacionais e internacionais. Esta discussão também se traduz em resultados na prática clínica? SB | Sim. No fundo, esta participação e intercâmbio de ideias resulta numa melhoria de conhecimentos. Esta é, como já referi anteriormente, uma oportunidade para atualizar os conhecimentos científicos. E, no dia-a-dia, quando estamos com os doentes à nossa frente, conseguimos, provavelmente,
10 anos encontros da primavera oncologia
aplicar estes conhecimentos de forma adequada. Com a realização deste evento, pretendemos divulgar a informação mais atualizada na área da Oncologia. Penso que, desta forma, conseguimos contribuir, em última análise, para a melhoria dos cuidados oncológicos aos doentes portugueses.
painel reputado de moderadores e preletores de nível elevado, tentamos que os internos possam recolher o máximo de informação, ao longo dos dias em que decorre a reunião. Há alguma intenção de deslocalizar os Encontros da Primavera para outra região do país? O evento teve sempre “residência” em Évora e esta tem sido a nossa “imagem de marca”. A possibilidade de realizar os Encontros da Primavera fora da cidade de Évora não é – pelo menos por enquanto plausível.
Que temas destaca no programa científico da edição deste ano? SB | Haverá um programa alargado, que contempla várias áreas de intervenção oncológica. Será difícil eleger um tema, em detrimento de outros. Fizemos um esforço muito grande na concretização de um programa eclético e na seleção dos tópicos. Também tentamos escolher criteriosamente o painel de palestrantes e moderadores, elegendo alguns dos profissionais que se distinguiram em diferentes áreas terapêuticas no ramo da Oncologia. Esperemos que este esforço seja reconhecido. Para já, gostaria de destacar uma sessão especial, em que procuramos estabelecer pontes com profissionais dos PALOP (países africanos de língua oficial portuguesa) e, possivelmente, Timor Leste. Iremos receber a participação de colegas que vão partilhar as suas realidades locais. Esta poderá ser, eventualmente, uma ocasião para criarmos uma parceria e um intercâmbio com outros países.
Oncologia em Portugal
A escolha dos temas procura responder às necessidades de atualização e formação de todos os participantes? SB | Tentamos criar condições para que cada um dos participantes possa tirar o máximo partido deste evento. Por isso, apostamos num programa cientificamente inovador, que resgata os updates em Oncologia do último ano. Não descartamos também os jovens internos e em formação. Pelo contrário, ao reunirmos um
Qual o posicionamento da Oncologia portuguesa, em comparação com outros países europeus ou norte-americanos? SB | A Oncologia portuguesa não está numa posição desfavorável, em relação a outros países. Aliás, a especialidade, por cá, estará ao mesmo nível de países europeus e norte-americanos. As várias instituições do país têm desenvolvido um trabalho meritório, com bons resultados
A cadência anual dos Encontros da Primavera é suficiente para abarcar todo o conjunto de temas deste programa? SB | A regularidade anual acaba por ser o tempo certo para realizar uma reunião científica desta natureza. A cada ano, procuramos recuperar as últimas novidades, a última evidência e os mais recentes conhecimentos. A periodicidade anual faz todo o sentido, porque, deste modo, conseguimos cobrir as novidades em termos de estratégias de diagnóstico e tratamento, as novas abordagens cirúrgicas, médicos e afins à Oncologia. A cadência anual permite-nos discutir o que é novo e sedimentar os conhecimentos anteriores.
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de desempenho. Este esforço tem contribuído decisivamente para os índices de qualidade da Oncologia e, de modo algum, nos deixam envergonhados em relação a outros países. Quando recebemos colegas de outros países conseguimos perceber que a nossa praxis oncológica não está numa situação de desvantagem, nem desfasada do que se faz lá fora. Qual a situação da Oncologia nacional? SB | Julgo que uma Oncologia de qualidade faz-se com bons profissionais, dedicados. A comunidade oncológica portuguesa não tem nenhuma capacidade inferior. Mas, e isso é de todos sabido, que não bastam bons profissionais. É preciso que as instituições tenham os recursos necessários para prestar um serviço de qualidade. Naturalmente que nos últimos anos, fruto dos constrangimentos orçamentais, as necessidades são acrescidas. Mas, concretamente, na área oncológica penso que temos dado uma resposta fantástica. Contudo, temos de ter a noção de que foi preciso mudar as nossas práticas e estratégias e otimizá-las o mais possível para termos conseguido, nestes anos difíceis e complexos, prestar cuidados de qualidade, em tempo adequado. Essa qualidade não saiu “beliscada” com os cortes orçamentais? SB | Não posso desmentir que existem dificuldades no terreno. Porém, e acima de tudo, tentamos encontrar alternativas para responder a estas adversidades. Agora esperamos que, nos próximos anos, a pressão económica alivie e consigamos fazer melhor, com uma resposta ainda mais adequada à população de doentes oncológicos, que, segundo as estatísticas, deverá aumentar nos próximos anos. Os nossos recursos devem estar em conformidade com o número de
novos casos. Até agora, e graças à nossa estratégia de atuação, temos conseguido que os doentes oncológicos vivam mais tempo e com mais qualidade. Fomos transformando o cancro numa doença crónica. Mas esta realidade acarreta um conjunto de novos desafios, porque temos de gerir os recursos de saúde à medida das necessidades e do número crescente de casos. O número de médicos é adequado às necessidades? SB | Neste momento ainda temos algumas carências de médicos oncologistas, mas espero que, nos próximos anos, essa escassez seja colmatada porque existem muitos jovens oncologistas em formação. Nos próximos anos, talvez essa carência se esbata e consigamos ter um número
adequado de oncologistas (em variadas áreas) para dar resposta às necessidades da nossa população. Temos de ter especialistas na mais variadas áreas ligadas à Oncologia, em número adequado, para conseguirmos fazer o diagnóstico precoce e atempado, a prevenção adequada, o tratamento e o seguimento adequados. As estratégias de ensino e educação para a saúde, à responsabilidade dos cuidados de saúde primários, são absolutamente fundamentais para que venhamos a conseguir ter uma atuação importante na área da Oncologia e que se reflita numa diminuição da incidência do cancro e em última análise da diminuição da mortalidade por cancro que é um dos nossos grandes objetivos e possivelmente o maior.
Números Aguarda-se a participação de quase 1000 inscritos na edição de 2014 Foram submetidos cerca de 200 posters e 50 comunicações orais
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01 Aposta na qualidade e na abrangência de temas
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Dr.ª Teresa Timóteo Assistente hospitalar de Oncologia no Hospital do Espírito Santo, Évora
Dr. Jorge Penedo Assistente hospitalar de Cirurgia Geral no Hospital Santo António dos Capuchos
A partir de 2007, altura em que integrei a equipa do Serviço de Oncologia do hospital do Espírito Santo, em Évora, o Dr. Sérgio Barroso passou a ser o organizador deste evento. Na qualidade de segundo elemento do Serviço de Oncologia, comecei a estar diretamente mais envolvida nos Encontros da Primavera. No geral, esta reunião científica tem sido bem-sucedida, sobretudo pela escolha dos palestrantes, que marcam a diferença pelas comunicações de elevada qualidade. E nestas apresentações temos oportunidade de conhecer os últimos avanços e o estado da arte em várias áreas de intervenção. Os Encontros da Primavera, pela abrangência de temas, têm sido igualmente bem acolhidos pelos internos da especialidade. Os jovens internos acabam por ter a oportunidade para apresentar posters ou comunicações orais, algo que funciona como fator de motivação. Penso que este, entre outros aspetos, tem contribuído para cativar uma participação crescente dos profissionais de saúde, ao atingir, de ano para ano, um número maior de inscrições. Este evento permite ainda um convívio e um intercâmbio de experiências entre as diversas especialidades médicas que, dentro da Oncologia em geral, acabam por lidar com os doentes. Esta é, por isso, uma reunião que nos dá uma panorâmica do que aconteceu no último ano, em termos de tratamento e abordagem diagnóstica. Após cada edição dos Encontros da Primavera, conseguimos perceber quais as últimas novidades terapêuticas,
10 anos encontros da primavera oncologia
aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) ou Food and Drug Administration (FDA). Nos últimos 10 anos, assistiu-se ao desenvolvimento de imensas moléculas novas, dentro da área da Biologia Molecular, com a introdução, na prática clínica, de anticorpos monoclonais, vacinas antitumorais ou inibidores da tirosina quinase. A abordagem terapêutica da patologia oncológica passou a ser encarada, numa perspetiva diferente, dando-se destaque ao papel da estimulação da imunidade do doente contra o tumor ou a utilização de anticorpos contra moléculas diretamente implicadas no crescimento do tumor em associação ou não a quimioterapia. Estou crente que, graças a estas estratégias, estaremos em condições de alcançar sobrevivências superiores para os nossos doentes.
02 Um debate alargado daquilo que é a saúde Tenho participado desde há muitos anos nos Encontros da Primavera de várias formas: como simples participante, como moderador de sessões e como orador, pelo que sou testemunha do crescimento desta reunião cientifica. Um crescimento que se tem materializado num cada vez maior número de participantes e que revela claramente o papel que lhe é reconhecido no panorama científico nacional no domínio da Oncologia. Os Encontros da Primavera são um dos poucos fóruns nacionais onde a multidisciplinaridade é uma constante e uma das suas principais marcas diferenciadoras. Uma reunião que junta os melhores especialistas nacionais e internacionais em áreas da actualidade, juntando médicos
e cirurgiões bem como outros profissionais de saúde. Uma reunião que tem sabido encontrar um lugar para os mais jovens dando-lhes um espaço que lhes é merecido. Uma organização que tem a atenção de incluir temas de interesse de politicas de saúde permitindo uma visão e debate mais alargado daquilo que é a saúde. Os Encontros da Primavera sabem, com especial maestria, juntar um espaço de debate científico e um espaço de convívio entre os participantes, garantindo um ambiente altamente motivador para voltar no ano seguinte. Esta é uma reunião que resulta do saber e arte de Sérgio Barroso que conseguiu dar vida, em Évora, a uma das principais reuniões científicas que marca positivamente todos aqueles que nela participam. Uma palavra também para a Factor Chave e toda a sua equipa que são, com a sua eficácia, profissionalismo, simpatia e competência, inquestionavelmente parte do sucesso destes Encontros. Os meus parabéns por este Aniversário e os meus votos de que ele se repita por muitos anos consagrando a sua posição de top no ranking das reuniões científicas em Portugal.
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03
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Dr.ª Anabela Sá, Diretora do Serviço de Oncologia do CHUC
Dr.ª Margarida Ferreira Business Unit Manager Oncology Pfizer
Dr.ª Camila Coutinho Diretora do Serviço de Oncologia do CHAA Guimarães
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Qualidade, atualidade e debate interprofissional
Promover a discussão e o consenso
Os Encontros da Primavera são caracterizados pela qualidade, pela atualidade e pela possibilidade que proporcionam de realizar debates interprofissionais. Tem havido a preocupação de focar os temas mais relevantes, e atuais, nas várias áreas da Oncologia. investindo na formação, dirigida aos diferentes profissionais de saúde que integram a equipa multidisciplinar que a Oncologia, por definição, envolve muitos e diferenciados profissionais em momentos diferentes da sua formação. Organizam, por outro lado, sessões direcionadas a problemas clínicos e práticos específicos, e permitem transversalidade e intercâmbio de experiências desses mesmos profissionais, dando lugar à articulação de soluções e desempenhos adequados. De facto, a multidisciplinaridade que o tratamento do cancro implica é transposta para estas reuniões. Há, também, a tentativa de levantar questões candentes, que podendo não ter respostas definidas (ou definitivas) permitem discutir assuntos pendentes que nos preocupam numa área que, como a Oncologia, está sempre em evolução. Finalmente, permitem a troca de experiências entre várias instituições nacionais e, paralelamente, com convidados estrangeiros, frequentemente portadores de experiências distintas colocadas pelas realidades dos diferentes países, mas com questões idênticas. Verificamos, portanto, que muitas das dúvidas que temos são partilhadas mas, muito frequentemente, também,
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confirmam as boas práticas clínicas praticadas em Portugal. Significa que acompanhamos perfeitamente as evoluções que ocorrem a nível internacional que é uma preocupação premente, dada a necessidade de proporcionarmos aos nossos doentes a melhor terapêutica cientificamente reconhecida, a mais adequada a cada um deles.
04 Uma mais-valia para a comunidade oncológica Na era dos avanços científicos e tecnológicos, a partilha do conhecimento e experiência constitui indubitavelmente uma enorme mais-valia para toda a comunidade oncológica e esse tem sido um propósito a que os Encontros da Primavera não têm sido alheios. Vários têm sido os preletores nacionais e internacionais de qualidade incontestável que têm contribuído para o sucesso daquela que é uma reunião na agenda de um número infindável de profissionais de saúde, conjugando uma multidisciplinaridade saudável, desejável, estimulante e colaborativa. Muitos parabéns à Organização dos Encontros e a todos os Congressistas pela 10.ª Primavera.
A minha mensagem é de reconhecimento e agradecimento ao Dr. Sérgio Barroso, por toda a dedicação e energia que colocou ao longo destes 10 anos, nos Encontros da Primavera. A sua preocupação em realizar uma reunião multidisciplinar, a forma inteligente como motivou jovens e seniores dos diferentes grupos de profissionais que abordam a patologia oncológica, de Norte a Sul do país, das pequenas e grandes instituições fizeram com que os Encontros se imponham no calendário da Oncologia Nacional. Os Encontros da Primavera permitem a partilha de experiência e conhecimento. Promovem a discussão e o consenso. Contribuem, de facto, para que em Portugal, juntos num objetivo comum, pratiquemos uma abordagem de excelência do doente com cancro. Apesar de haver guidelines internacionais, precisamos de os enquadrar na realidade do quotidiano e do país e, em conjunto, nos Encontros, temos tido essa oportunidade. Felicito também a agência oficial, Factor Chave, pela simpatia com que nos acolhe e pela forma dinâmica e eficiente como organiza a reunião. Depois uma atividade científica intensa o programa social surge como um momento de descontração onde o animado convívio contribui para o estreitar de relações entre todos. Em meu nome pessoal e do Serviço de Oncologia do CHAA, agradeço a confiança e o convite para a participação ativa ao longo destes 10 anos. Desejo futuros Encontros cheios de sucesso!
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06 Uma oportunidade para elevar a qualidade da Oncologia nacional A comemoração do 10.º aniversário dos Encontros da Primavera, que deve o seu início ao Dr. António Fráguas, é, sem sombra de dúvidas, um motivo de regozijo. Este evento - definido como um marco na Oncologia nacional - permite a congregação multidisciplinar de várias especialidades que, no dia-a-dia, se dedicam ao diagnóstico e tratamento das mais diversas patologias oncológicas. Tenho colaborado, afincadamente, desde os primórdios deste evento, não só pelo interesse científico que sobressai em cada reunião, mas, também, pela relação de amizade que fui estreitando com inúmeros especialistas, em particular, o Dr. Sérgio Barroso - o grande impulsionador e organizador dos Encontros da Primavera. Desde sempre, tentei dar o meu contributo, ao divulgar as novidades relacionadas com o cancro do pulmão – a minha área de intervenção direta na prática clínica. Ao longo dos anos, moderei mesas-redondas, em torno desta temática, e participei em fóruns de discussão transversais às mais variadas especialidades clínicas. Devo destacar que, de ano para ano, os Encontros da Primavera estão cada vez mais concorridos, evidentemente pela excelência científica e pelo painel de convidados que não param de nos surpreender com as suas apresentações. A organização deste evento – e essa preocupação é notória - procura inovar constantemente, como, aliás, se pode facilmente observar pela programação abrangente e atualizada. A reputação dos participantes e a qualidade das apresentações
acabam por ser uma mais-valia, na prática clínica, para todos os que acompanham estas reuniões científicas. Independentemente da área de especialidade, todos os participantes saem mais “enriquecidos”. E são estes conhecimentos que nos permitem melhorar gradualmente a nossa prestação de cuidados aos doentes, porque, em primeira instância, é esta a missão e o compromisso de cada médico. Devo afirmar, inclusivamente que os Encontros da Primavera, a cada ano que passa, conseguem surpreender-nos com um programa atrativo e aliciante. Por outro lado, é um momento de convívio e partilha de conhecimentos, atraindo a participação de especialistas em várias áreas de intervenção. Por todas as razões, devo assinalar que este evento, que classifico como um marco imprescindível, manifestamente atesta a qualidade da Oncologia nacional.
07 Debater o Estado da Arte para Melhor Evoluir Os Encontros da Primavera sempre permitiram a partilha de informação e experiências entre especialistas, enriquecendo o conhecimento nesta área. Aqui, encontramos as diferentes perspetivas do diagnóstico, tratamento e cuidados na área da oncologia, como sejam a cirurgia, a quimio e a radioterapia ou os cuidados paliativos.
Este Encontro é da maior importância em Portugal, pois possibilita debater o estado da arte no que se refere às melhores e mais inovadoras terapêuticas; às boas práticas e às guidelines de tratamento. Só assim evoluímos. Temos feito parte deste percurso de uma década de Encontros, na medida em que a Merck tem a tradição de apoiar a organização dos Encontros Primavera e de suscitar o interesse por temáticas tão variadas como é o rastreio de base populacional do cancro colorretal; os marcadores preditivos e de diagnóstico ou os benefícios, inovação e importância das terapias-alvo. Acreditamos que estes assuntos são cruciais para o bom desenvolvimento da oncologia no nosso país, tendo como preocupação central o doente. Quanto ao nosso compromisso do que diz respeito à investigação, a Merck Serono Oncologia está focalizada no desenvolvimento de terapias inovadoras específicas para o tratamento do cancro que proporcionem resultados terapêuticos benéficos e constituam novas opções para os doentes. Fundamentais para o sucesso da Merck Serono na área da Oncologia são a pesquisa e o desenvolvimento de fármacos que possam ser combinados para atuarem diretamente nas células tumorais, no microambiente do tumor e no sistema imunitário e que possuam também um potencial de combinação com terapias oncológicas inovadoras. A nossa estratégia está centrada numa abordagem multidisciplinar no tratamento dos doentes, onde se combina a eficácia da radioterapia, cirurgia e dos fármacos antitumorais. Nesta edição do 10.º aniversário dos Encontros da Primavera desejamos que continuem a incentivar os especialistas a partilhar as suas experiências, o seu know-how e as boas práticas da oncologia em Portugal e no mundo.
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Dr. Fernando Barata Presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão
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Dr. Frederico Patrício Business Unit Manager Oncology Merck Serono
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10 Anos de Encontros da Primavera A vocação oncológica do Alentejo e particularmente em Évora, remonta ao dia 13 de janeiro de 1955, em que nasce em Évora, por vontade do Sr. Prof. Doutor Francisco Gentil, fundador do Instituto Português de Oncologia a que mais tarde foi dado o seu ilustre nome, o Núcleo Regional do Alentejo da Liga Portuguesa Contra o Cancro, “ que permitirá um desenvolvimento mais eficiente da obra da Liga Contra o Cancro junto das populações do sul do País”.
Dr. António Fráguas Chefe de Serviço de Medicina Interna e Consultor de Oncologia Médica Hospital Particular do Algarve
O Cancro constitui um preocupante problema de Saúde Pública para a população portuguesa com importância plenamente justificada pela sua crescente morbilidade e mortalidade. O Hospital do Espírito Santo-Évora, atento à resolução das necessidades em Saúde da Comunidade no qual se encontra inserido e sensível às propostas da CIPCAO, Comissão Interministerial Permanente para a Coordenação da Assistência Oncológica, atualmente Conselho Nacional de Oncologia, “A Oncologia no âmbito Nacional não deve nem pode ser da exclusiva responsabilidade dos Centros de Oncologia do IPOFG”, iniciou com coragem e determinação em 10 de Maio de 1983, com uma sessão científica sobre a problemática do cancro, a Unidade de Oncologia Médica, tornando-se pioneiro na descentralização na Luta Contra o Cancro em Portugal. As Unidades de Oncologia Médica foram aparecendo e desenvolvendo-se nos Hospitais Distritais no início da década de 90, como
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“As Unidades de Oncologia Médica foram aparecendo e desenvolvendo-se nos Hospitais Distritais no início da década de 90”
resposta às necessidades da comunidade, habitualmente inseridas em Serviços de Medicina Interna, para que todos os doentes tivessem acesso a um tratamento de alta qualidade, de forma uniforme e descentralizada, que assegurasse as taxas máximas de cura possíveis, com a melhor qualidade de vida. Reconhecida a especialidade de Oncologia Médica pela Ordem dos Médicos, como especialidade autónoma e a criação do respetivo Colégio de Especialidade, a criação em 14 de março de 2002 por despacho de Sua Excelência a Secretária de Estado Adjunta do Ministro da Saúde, do Serviço de Oncologia Médica no Hospital do Espírito Santo-Évora implicou uma nova filosofia no seu funcionamento e na gestão de recursos, assentando num modelo estrutural com espaços próprios, áreas de atuação e competências claramente definidas e com funções que lhe são atribuídas de assistência, ensino e formação permanente, investigação clínica e epidemiológica, comissão de coordenação oncológica e registo oncológico.
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O Hospital só vem a ser concluído em 1992! Teríamos que esperar mais 6 anos, para que em 23 de março de 1998 o Hospital de Dia de Quimioterapia e as Consultas Externas de Oncologia se iniciassem no Hospital do Patrocínio, integrado no Hospital do Espírito Santo, em modernas e condignas instalações, devidamente preparadas e apetrechadas, para servir o nosso doente oncológico. Por último, no dia 1 de maio de 2001, abrem-se as portas ao Internamento no Hospital do Patrocínio, recebendo-se os primeiros doentes.
Em 2003, para comemorar os 20 anos do serviço, organizámos umas jornadas comemorativas, que ao contrário do que pensávamos, tiveram uma adesão para além do Alentejo. Como tal, e no balanço das mesmas, decidimos em 2005, criar os Encontros da Primavera, com o objetivo de acolher em Évora, uma reunião de âmbito nacional, onde todos os interessados pudessem não só ouvir as últimas novidades no tratamento do doente oncológico, mas também informalmente trocassem
impressões sobre as formas como esta patologia é encarada e tratada em Portugal. Hoje, passados 10 anos, esta reunião transformou-se no maior fórum de discussão oncológico em Portugal, juntando anualmente em Évora a grande maioria dos profissionais de saúde da área. Numa altura em que observo de mais longe este congresso, fico muito contente por ver que a humilde semente se transformou num jovem cheio de pujança! Muito ainda haverá para desenvolver…
“no dia 1 de Maio de 2001, abrem-se as portas ao Internamento no Hospital do Patrocínio, recebendo-se os primeiros doentes”
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Dr. Carlos Quintana Diretor do Serviço de Anatomia Patológica no Hospital do Espírito Santo, Évora
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Dr. Alberto Inez Director geral da Sanofi
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Estreitar laços entre a Oncologia e a Anatomia Patológica
uma abordagem de 360º
A Anatomia Patológica é uma área que, nos últimos anos, funciona em estreita articulação com a Oncologia. Esta colaboração mais próxima entre as duas áreas de especialidade é fundamental na prática clínica. Esta aproximação também está cada vez mais patente nos Encontros da Primavera, um evento anual, onde temos a oportunidade de contactar com as mais variadas áreas de intervenção oncológica. Durante este evento científico, também nos é dada a possibilidade de divulgarmos alguns dos últimos desenvolvimentos na área da Anatomia Patológica. Hoje em dia, do ponto de vista da multidisciplinaridade – e na sequência do aparecimento de terapêuticas-alvo e de tratamentos mais personalizados - esta colaboração com a Anatomia Patológica tem um interesse crescente na Medicina atual. A Biologia Molecular, uma área adstrita à Anatomia Patológica, ganha cada vez mais peso no contexto dos futuros tratados, sendo que esta união é, sem dúvida, profícua e desejável. Os Encontros da Primavera potenciam o papel da Anatomia Patológica, ao alargarem a participação de especialistas que lidam, direta ou indiretamente, com os doentes oncológicos. Por esta razão, os Encontros da Primavera devem continuar a estimular o contacto entre as múltiplas especialidades oncológicas. Aliás, não posso deixar de louvar o prestígio e o êxito de uma reunião que, ao longo dos últimos anos, conseguiu congregar um conjunto de temas transversais a todas as áreas de intervenção no campo da Oncologia.
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Os Encontros da Primavera são um congresso de referência em Portugal na área da oncologia, que abordam a temática do cancro de forma multidisciplinar, e que contam com a participação transversal dos profissionais de saúde envolvidos no diagnóstico, tratamento e acompanhamento do doente oncológico. Esta abordagem de 360º coloca o doente como a primeira prioridade em todas as fases da doença. Este congresso constitui um ponto de encontro entre os diversos profissionais e uma excelente oportunidade de actualização de conhecimentos, formação e partilha de experiências. O envolvimento da comunidade científica nacional e internacional contribui para que cada um dos participantes possa ter contacto, nas suas vertentes, não só com as temáticas actuais da área da oncologia, como também da inovação e expectativas futuras em relação ao tratamento e abordagem terapêutica do doente em oncologia. A Sanofi tem um longo histórico na área da oncologia, disponibilizando aos doentes em Portugal tratamentos que fazem parte da quimioterapia padrão do cancro da mama, pulmão, gástrico, próstata e colorretal. Com os nossos medicamentos contribuímos para a cura, prolongamento da sobrevivência e aumentamos as expectativas de uma melhor qualidade de vida para os doentes. Adicionalmente, estabelecemos parcerias com associações de doentes e sociedades médicas para actuarmos na área da prevenção, informação aos doentes e formação de profissionais de saúde. Procuramos ter uma abordagem global mas
simultaneamente de proximidade para identificarmos necessidades e agirmos, disponibilizando soluções adaptadas a cada doente. A Sanofi tem procurado ser parceira destes encontros desde sempre, principalmente através da partilha de informação na área da investigação e desenvolvimento de novos fármacos e da formação médica dos seus produtos. Estes encontros constituem, também, indubitavelmente a oportunidade de contactar com os nossos clientes e com todos os participantes, que em conjunto contribuem para o êxito desta iniciativa, tão importante para a oncologia em Portugal. O nosso compromisso está bem patente nas soluções terapêuticas que oferecemos aos doentes. Exemplo deste compromisso são produtos por nós disponibilizados, que estão no mercado há largos anos e cujo histórico e experiência comprovada muito nos orgulham. Com a recente incorporação da Genzyme, passamos a contar com um portefólio mais alargado de medicamentos na área da hematologia e transplante trazendo desta forma mais opções terapêuticas para os doentes. A Sanofi Oncologia continuaa investigar e desenvolver fármacos inovadores como é o caso das novas opções terapêuticas para o cancro da próstata e para o cancro colorretal metastizados, que vêm contribuir para o aumento das alternativas terapêuticas disponíveis com benefício na sobrevivência e qualidade de vida destes doentes. Ainda no campo da investigação e desenvolvimento, contamos com 11 moléculas em pipeline, cujos estudos esperamos que tragam resultados promissores, nomeadamente no cancro da mama, ovário, linfoma e leucemia. A Sanofi, espera, desta forma, contribuir para que no futuro o cancro possa ser considerado uma doença curável ou crónica.
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10 Unidade de Radioterapia de Évora dá resposta a um número cada vez maior de doentes Os Encontros da Primavera ficaram muito enriquecidos com a instalação, em setembro de 2009, de uma Unidade de Radioterapia no Hospital do Espírito Santo, em Évora. Presentemente, não é possível realizar um tratamento oncológico de qualidade para os quais apenas se disponha de quimioterapia ou cirurgia. Com a instalação de uma Unidade de radioterapia, em Évora, a região passou a contar com a totalidade das opções terapêuticas, o que elevou, muito significativamente, a qualidade e a celeridade dos tratamentos planificados. Esta Unidade está apetrechada com a mais moderna tecnologia que permite a realização da totalidade dos tratamentos de Radioterapia, quer se trate de radioterapia externa, quer se trate de braquiterapia - uma radioterapia interna na qual são colocadas, transitoriamente, fontes radioativas no interior do corpo do doente). No contexto da Radioterapia externa, a nossa Unidade, em Évora, foi pioneira na aquisição de um equipamento de intensidade modulada (RapidArc), tendo sido este o primeiro centro em toda a Península Ibérica onde ocorreu a sua instalação. Mas também realizamos procedimentos na área da Radioterapia estereotáxica, quer se trate de metástases hepáticas ou pulmonares ou ainda tumores primários do pulmão em fase inicial, considerados inoperáveis. Na atualidade dispomos da possibilidade de realizar a
11 maior parte dos procedimentos terapêuticos de Radioterapia. E, para além disso, não dispomos de qualquer lista de espera o que nos possibilita uma resposta, em tempo útil, a todas as solicitações. Na realidade basta que o doente seja residente no Alentejo para que aqui possa efetuar os seus tratamentos de radioterapia, independentemente de ter realizado cirurgia ou quimioterapia fora da região alentejana. Basta manifestar o desejo de aqui realizar os seus tratamentos de radioterapia para que os possa realizar com recurso a alta tecnologia e atempadamente, sem listas de espera, que não possuímos. O desiderato desta Unidade é servir todos os doentes, desde que sejam residentes na região do Alentejo. Por outro lado o uso da Radioterapia é realizado num número cada vez maior de doentes (60-70%) e o intuito curativo responde pelo maior número de indicações. Na presente edição dos Encontros da Primavera falarei do uso da radioterapia no tratamento dos doentes oncológicos, o que é de sobeja importância numa região de grande exposição solar e população envelhecida. Nos últimos anos, os Encontros da Primavera têm recebido uma crescente recetividade, junto de várias especialidades, sendo justo destacar a crescente participação dos nossos colegas mais novos, internos da especialidade, e das enfermeiras que aqui nos trazem os seus posters e comunicações – um momento muito relevante na sua formação profissional. Ainda que existam outros fóruns de discussão oncológica, os Encontros da Primavera acabaram por ganhar o respeito da comunidade médica e de enfermagem e constituem, na atualidade, um dos mais importantes encontros na área oncológica em Portugal.
Encontros integram o calendário de reuniões em Oncologia O Dr. Sérgio Barroso e a organização estão de parabéns porque conseguiram transformar a reunião Encontros da Primavera naquilo que penso ser o encontro médico na área da Oncologia com maior implantação e adesão entre os especialistas ligados à Oncologia, quer na área médica, como cirúrgica ou de diagnóstico. Neste momento, as pessoas contam com esta reunião como parte integrante do calendário de reuniões em Oncologia e tal facto deve-se à qualidade científica mas também social e logística. Existem várias reuniões sobre doenças oncológicas em Portugal, mas normalmente são setoriais, por exemplo dirigidas a uma só patologia, ao diagnóstico ou a um aspeto do tratamento. De todas, os Encontros da Primavera é provavelmente a mais pluridisciplinar, aquela que cobre todo o panorama das doenças oncológicas e que agrega todas as especialidades envolvidas nas várias vertentes do tratamento do cancro, desde o diagnóstico, análise patológica e diagnóstico imagiológico à terapêutica. É uma reunião anual muito variada e completa ao nível do programa científico, que permite aos participantes atualizarem conhecimentos sobre os avanços obtidos no diagnóstico e tratamento destas doenças. Também resulta num espaço de debate entre as pessoas que se dedicam à Oncologia. Possibilita ainda que os profissionais assistam a conferências de especialistas estrangeiros que são autoridades na respetiva área, com trabalhos publicados na literatura médica e que vêm fazer uma revisão da literatura ou dar a sua visão pessoal sobre o tratamento do cancro.
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Dr. Pedro Chinita Diretor clínico do Serviço de Radioterapia do Hospital do Espírito Santo, Évora
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Prof. Doutor J. L. Passos Coelho Oncologista médico e Diretor do Serviço de Oncologia do Hospital da Luz e do Hospital Beatriz Ângelo
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12 Ponto de encontro com inúmeros benefícios
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Prof. Doutor Lúcio Lara Santos Cirurgião no Instituto Português de Oncologia (IPO) Porto
Dr. Alberto Aguiar Diretor geral da Astellas Portugal
Ao longo destes 10 anos, os Encontros da Primavera habituaram-nos a ser um local onde nós, os profissionais de saúde, discutimos os assuntos relacionados com a Oncologia e onde nos encontrarmos, anualmente, para melhorar os nossos conhecimentos, trocar impressões sobre as nossas experiências e definirmos condutas para o futuro. É fundamental manter este ponto de encontro, pelos benefícios que tem, não só para os profissionais, mas também através deles para os doentes. Creio que esta reunião teve uma boa evolução ao longo desta década, graças à forma muito aberta e organizada como junta os profissionais de saúde, pela sua constante inovação e pela forma como os próprios resultados têm sido aplicados no nosso quotidiano profissional. Deixou de ser um evento regional. É agora o encontro Anual de Oncologia Nacional, onde todos querem participar, desde alunos, internos de especialidades e especialistas. Assume importância relevante para a prática clínica por ser um local onde são transmitidas as novidades e explicitadas as experiências de todas as áreas de oncologia do País. Por outro lado, congrega especialistas das diversas áreas o que permite organizar as atitudes a adotar em oncologia. Também estimula os jovens médicos e enfermeiros a fazerem melhor no ano seguinte. Lembro-me de vários episódios vivenciados nos Encontros da Primavera, desde momentos
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em que foram definidas estratégias, cancro gástrico por exemplo, ao debate sobre a forma como se deviam conduzir os cuidados em Oncologia, a apresentação de um trabalho epidemiológico relevante intitulado a fotografia do cancro colorretal do País ou quando pessoas que trabalharam longe da ribalta foram distinguidas com prémios, quando menos esperavam.
13 Um evento ímpar da oncologia A História da Astellas em Portugal remete a 1967 com o início das operações da então Gist Brocades. Mas é desde 2005 e após a fusão da Fujisawa com a Yamanouchi Pharma que surge a Astellas Farma, Lda. A estratégia de negócio da Astellas baseia-se no modelo de Global Category Leader (GCL): ser líder nas áreas terapêuticas em que opera, tornando disponíveis medicamentos inovadores que respondam a necessidades médicas ainda não satisfeitas. Atualmente a Astellas já é reconhecida como um GCL nas áreas de Urologia e Transplantação. Mas da perceção da existência de um elevado nível de necessidades médicas não satisfeitas, globalmente, na Oncologia, esta área constitui-se também como um alvo de investimento de significativos recursos por parte da Astellas, de forma a transformar-se também aqui num GCL. Quer através da Investigação e Desenvolvimento, quer através da criação de parcerias com outras empresas de investigação, pretendemos não só aumentar
o nosso potencial, mas também fortalecer o nosso compromisso em proporcionar um novo futuro a doentes com neoplasias da próstata, ou outros tumores sólidos como cancro da mama, pâncreas, rim ou doenças hematológicas neoplásicas. A Enzalutamida indicada para o tratamento de Cancro da Próstata metastático resistente à castração, com progressão durante ou após a quimioterapia, já disponível em Portugal, marca um início e constitui a base para a construção de uma posição de sucesso para a Astellas nesta área onde já conta com um pipeline com cerca de 12 novas moléculas em investigação. Neste sentido, a relação da Astellas e os Encontros da Primavera, surge de forma natural em 2013, ano em que a Astellas dá os primeiros passos na área oncológica em Portugal. O relevo que esta reunião tem e dada a sua perspetiva multidisciplinar, torna-a um fórum adequado para a Astellas se afirmar como parceiro interessado em promover a inovação em oncologia. Divulgar inovações recentes, discutir perspetivas futuras , criar um relacionamento sólido com estes especialistas, visando sempre uma melhor prestação de cuidados ao doente oncológico, é objetivo claro da nossa parceria recém criada mas por nós muito considerada. Sendo a Astellas uma presença nova na oncologia, o conhecimento que existe entre os seus quadros da relevância destas Jornadas é feito de experiências variadas e que ao longo de 10 anos acompanharam de diferentes formas o crescimento das Jornadas da Primavera. Sabemos da determinação e da certeza da qualidade que a organização põe em cada momento. E muitos de nós viram uma ideia dar passos sólidos que transformaram a “ideia” num evento impar da oncologia em Portugal. Apesar de uma história comum recente, o futuro passa certamente por uma ligação conjunta e os Encontros da Primavera estarão com certeza sempre marcados na nossa agenda.
mantenha controlado o perigo do cprc XTANDI é uma nova abordagem na terapêutica do cancro da próstata metastático resistente à castração (CPRCm) após quimioterapia.1, 4 Ao atuar diretamente na via de sinalização do recetor androgénico, inibindo a sua atividade, XTANDI aumenta a sobrevivência vs. placebo e proporciona uma melhor qualidade de vida.1-4 A posologia, simples e conveniente, funciona para si e para os seus doentes.1
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frequentes leucopenia Perturbações do foro psiquiátrico frequentes alucinações visuais, ansiedade Doenças do sistema nervoso muito frequentes cefaleias frequentes alteração cognitiva, defeito de memória pouco frequentes convulsões, amnésia, atenção alterada Vasculopatias muito frequentes rubor quente frequentes hipertensão Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos frequentes xerose cutânea, prurido Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos frequentes fraturas Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações frequentes quedas. Data da revisão do texto: 06/2013 Medicamento sujeito a receita médica. Medicamento não comparticipado. Para mais informações deverá contactar o titular de autorização de introdução no mercado. Astellas Farma, Lda. Sede Social: Lagoas Park, Edifício 5; Torre C, Piso 6, 2740-245 Porto Salvo Contribuinte n.º 502540249 Referências: 1. Resumo das Características do Medicamento XTANDI, junho 2013. 2. Beltran et al. Eur Urol. 2011; 60(2): 279–290. 3. Tran C et al. Science 2009; 324(5928): 787–790. 4. Scher H et al. N Engl J Med. 2012; 367(13): 1187–1197.
Já disponível
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14 O Fórum de Aprendizagem e Partilha da Oncologia Nacional
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Dr. Valentino Confalone Diretor geral da Bristol-Myers Squibb
O que se destaca nos Encontros da Primavera é a sua componente multidisciplinar e o facto de ser o encontro que por definição reúne as várias especialidades afins à oncologia em Portugal. Durante estes 10 anos constituem-se como fonte essencial na busca e apreensão de novos conhecimentos. Habituaram-nos a um programa científico rigoroso com a apresentação dos avanços da investigação e a discussão aberta da melhor prática clínica. Acredito estarmos a assistir a um momento chave de mudança de alguns paradigmas no tratamento oncológico, logo os Encontros assumem um papel de grande importância no processo da comunicação científica para que o doente seja o grande beneficiador do debate de ideias. Tendo em conta a exigência e dinamismo desta especialidade, os Encontros da Primavera constituem um fórum de aprendizagem de toda a comunidade científica, envolvendo palestrastes nacionais e internacionais, que garantem a atualização dos conhecimentos e da busca pela melhor prática profissional em oncologia. O compromisso que a Bristol–Myers Squibb tem com a oncologia levou a que nos associássemos sem hesitar a esta organização científica do nosso país. Acreditamos neste tipo de parcerias pelo valor do trabalho realizado em conjunto e no benefício que traduz para os doentes e sociedade no geral. Parceiros na partilha de experiências que possam garantir a equidade e o acesso aos melhores tratamentos em oncologia, que conduzam a um aumento da esperança de vida e da sua qualidade.
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A imuno-oncologia como estratégia no combate ao cancro foi considerada o avanço científico mais significativo do ano de 2013, pelo ranking anual da revista Science. A Morgan Stanley Research realizou um estudo onde destaca a BMS como a empresa líder em Investigação e Desenvolvimento (I&D) de novas terapias para o tratamento do cancro. Estas atribuições vieram reconhecer os esforços de investigação que têm sido feitos nesta área e incentivar a continuação deste compromisso nos anos vindouros. Os doentes oncológicos de fase avançada carecem de melhores estratégias terapêuticas, e a imuno-oncologia oferece a possibilidade de intervir em vários tipos de cancro, com potencial para modificar as expectativas de sobrevivência dos doentes e a forma como lidamos com o cancro. Se hoje a imuno-oncologia, através de medicamentos como o ipilimumab, traz demonstrações destas melhorias no tratamento do melanoma, o cenário é de grande expectactiva também noutros tipos de tumores, nomeadamente pulmão, rim e próstata. As maiores novidades nesta área relacionam-se com mecanismos de ação inovadores e com o impacto que esta estratégia terapêutica tem vindo a demonstrar no aumento da sobrevivência a longo prazo em alguns doentes com doença oncológica avançada. Podemos esperar mais investigação neste campo com novos dados ao longo dos próximos anos, resultantes da aposta cada vez maior em ensaios clínicos para avaliar o potencial da imunooncologia em múltiplos tipos de cancro, assim como em combinação e sequenciação de tratamentos. O ipilimumab foi o primeiro a demonstrar o aumento da sobrevivência dos doentes com melanoma avançado. Até
esse momento, os tratamentos disponíveis para doentes com melanoma avançado apresentavam baixas taxas de resposta clínica e de sobrevivência. Em 2010, foram publicados resultados de um estudo com ipilimumab que demonstrou pela primeira vez um aumento significativo da sobrevivência global em doentes com melanoma avançado previamente tratados. As taxas de sobrevivência estimadas neste estudo para um e dois anos de tratamento com ipilimumab foram de 46% e 24% respetivamente, o que representa quase o dobro do controle, com alguns doentes vivos após 4 anos de tratamento. Já em 2013, durante o congresso da ESMO, foram apresentados dados de estudos clínicos com ipilimumab que acrescentaram à evidência de benefícios de sobrevivência a longo-prazo, nomeadamente de 10 anos para alguns doentes com melanoma avançado. Os dados de seguimento de doentes com melanoma avançado tratados com esta terapêutica têm validado a sua utilização nesta área oncológica de tão fraco prognóstico no passado. Dados científicos preliminares apresentados em vários congressos internacionais demonstram uma potencial transversalidade desta terapêutica a outros cancros, nomeadamente, pulmão entre outros. Acredito que será sempre imprescindível manter acessível aos doentes os melhores cuidados médicos, nomeadamente as terapêuticas que permitam os melhores resultados; penso que neste sentido, a política do medicamento e de saúde têm vindo a contemplar, ainda que de forma tímida, essa possibilidade. Também aqui, a Bristol-Myers Squibb tem assumido a sua responsabilidade que resultou na autorização recente do ipilimumab pelas autoridades regulamentares nacionais.
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First
Announcement
Encontros
Comissão Organizadora
Comissão Científica
Dr. António Fráguas Dra. Francisca Pina Dra. Filomena Simões Dra. Teresa Cardoso Dr. Guilherme Pereira Dr. Jorge Caravana Dra. Madalena Feio Dr. Paulo Simões Enfª Inês Lima Enfª Olga Silva D. Lúcia Pereira
Moderadores das Mesas Redondas
Encontros da Primavera
Presidente Dr. António Fráguas Organização Serviço de Oncologia Hospital do Espírito Santo Évora
Comissão de Honra
da Primavera
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Terapêuticas Primária e Adjuvante
01
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24 e 25 de Março
Cancro do Pulmão Cuidados Paliativos Hematologia
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encontros da primavera 2006 Oncologia | Cancro do Pulmão | Cuidados Palativos | Hematologia
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encontros da primavera 2009
Organização Serviço de Oncologia do Hospital do Espírito Santo - Évora Presidente: Dr. Sérgio Barroso Presidente Honorário: Dr. António Fráguas
á!
a gostado.
Patrocinadores Platina
Ouro Amgen Bayer Schering Celgene Farmoz Ferrer Azevedos GSK Jassen Cilag Lilly MSD Pierre Fabre Schering Plough Wyeth
da
Oncologia 2007
gia
ENCONTROS
009
da Primavera
Apoiante Esteve Farma Hospira
ÉVORA - Hotel da Cartuxa Patrocínio Científico Secretariado Secretariado
OS
30 e 31 de Março de 2007 Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos
era
Sociedade Portuguesa de Oncologia Sociedade Portuguesa de Senologia
Grupo de Investigação de Cancro Digestivo
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Cancro da Mama Cancro Colo-Rectal GIST Grupo de Estudo de Cancro do Pulmão
2009
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Câmara Municipal de Évora
Programa
ARS do Alentejo
Hospital do Espírito Santo - Évora
Programa Provisório
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encontros da primavera 2007 Oncologia | Cancro da Mama | Cancro Colo-Retal GIST
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encontros da primavera 2008 25 Anos de Oncologia “Estado da Arte”
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IA ONCOLOG2010
ENCONTROS da Primavera
ENCONTROS daPRIMAVERA
Évora, 08 a 10 de Abril de 2010 Sarcomas Melanoma Cancro do Rim Cancro da Cabeça e Pescoço Cancro do Pulmão Cancro da Mama Cancro Colorectal Tromboembolismo, Terapêuticas de Suporte
ONCOLOGIA 2012 ÉvoraHotel, 19 a 22 de Abril de 2012 www.encontrosdaprimavera.com Organização
CANCRO DA MAMA CANCRO DO OVÁRIO CANCRO GÉNITO-URINÁRIO CANCRO COLORECTAL SARCOMAS
Presidente Dr. Sérgio Barroso
Agência Oficial Agência oficial
AGÊNCIA OFICIAL Miraflores Office Center Avenida das Tulipas nº 6 – 19º andar 1495-161 Algés • Portugal Tel 21 430 77 40 Fax 21 430 77 49 Email congressos@factorchave.pt www.factorchave.pt
ENCONTROS DA PRIMAVERA 2013 ONCOLOGIA
encontros da primavera 2010 Sarcomas | Melanoma | Cancro do Rim | Cancro Da Cabeça e Pescoço | Cancro do Pulmão | Cancro da Mama | Cancro Colorectal | Tromboembolismo Terapêuticas de Suporte
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Central Park R. Alexandre Herculano, Edf. 1 - 4ºC 2795-240 Linda-a-Velha Telf.: 21 430 77 40 Fax: 21 430 77 49 Email: congressos@factochave.pt
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TERAPÊUTICAS DE SUPORTE CUIDADOS PALIATIVOS ENFERMAGEM INVESTIGAÇÃO CLÍNICA COMUNICAÇÕES ORAIS
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encontros da primavera 2011 Cancro da Mama | Cancro Colo-Rectal | Cancro Rológico | Cancro Ginecológico | Cancro cabeça e pescoço Cancro Hematológico | Cancro do Pulmão | Organização e gestão sustentadas em Oncologia
08
ENCONTROS 2013 DA PRIMAVERA ONCOLOGIA
encontros da primavera 2012 Cancro da Mama | Cancro do Ovário | Cancro génito-Urinário Cancro Colorectal | Sarcomas
ENCONTROS 2014 DA PRIMAVERA ONCOLOGIA
ONCOLOGY SPRING MEETING ÉVORAHOTEL, 27 A 29 DE MARÇO
ONCOLOGY SPRING MEETING ÉVORAHOTEL, 18 a 21 de ABRIL www.encontrosdaprimavera.com
PROGRAMA PROGRAM
ORGANIZAÇÃO E AGÊNCIA OFICIAL Miraflores Office Center Avenida das Tulipas nº6 – 19º andar 1495-161 Algés • Portugal Tel 21 430 77 40 Fax 21 430 77 49 Email congressos@factorchave.pt www.factorchave.pt
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encontros da primavera 2014
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15 Local de partilha de conhecimentos e opiniões
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Dr.ª Ana Martins Diretora do Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental
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Dr.ª Helena Gervásio Diretora do Serviço de Oncologia Clínica do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra
Os Encontros da Primavera, que agora celebram 10 anos, são uma reunião de grande sucesso que, para além da atualização dos temas científicos em destaque que proporcionam, são um local de partilha de conhecimentos e opiniões. Têm facilitado a articulação e criação de projetos de trabalho entre os intervenientes. Constituem um local de eleição para os internos apresentarem os seus trabalhos durante o período de formação. Esta reunião é ainda um ponto de encontro e um local de grande convívio entre profissionais de todo o país, envolvidos no tratamento da doença oncológica. Quero assim felicitar o Dr. Sérgio Barroso, excelente profissional, oncologista entusiasta e ainda um amigo.
16 RECONHECER A QUALIDADE DE UM EVENTO COM 10 ANOS DE EXISTÊNCIA
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Dr. Hélder Mansinho Oncologista e Diretor do Serviço de Oncologia do Hospital Garcia de Orta
Ao longo desta última década, em que decorreram os Encontros da Primavera, fomos fortalecendo os laços de amizade e estreitando relações com colegas que comungam dos mesmos interesses, nesta enorme área da Oncologia. Em nome pessoal, não posso deixar de reconhecer o elevado interesse científico que advém da participação nestas
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sessões científicas. Aliás, a presença nos Encontros da Primavera, durante os últimos 10 anos, permitiu observar e analisar a evolução do nosso trabalho, ou seja, em termos concretos, foi possível, através do olhar crítico e “clínico”, apreciar os resultados da rotina diária. Esta reunião científica, que se repete anualmente, obriga-nos a fazer uma “introspeção” ao nosso trabalho, ao mesmo tempo que nos possibilita a troca de impressões e o cruzamento de experiências com colegas que, oriundos de outras zonas do país, enfrentam realidades distintas. Este Encontro da Primavera (e, creio, que a palavra “Encontro” não terá sido escolhida ao acaso) tem sido uma oportunidade única para tirarmos partido desta troca de experiências, algo que, no fundo, nos permite melhorar e “afinar” a prestação de cuidados. Este evento é, portanto, notório, não só pela longevidade, mas também pela qualidade que a organização tem imprimido no programa científico. Os Encontros da Primavera não se cingem a áreas específicas da Oncologia. E, provavelmente, pela abrangência de temas, temos tido a sorte de receber, em território nacional, especialistas estrangeiros de renome, com uma vasta experiência, que nos têm ajudado a construir uma Oncologia portuguesa bastante válida. Este é um apontamento que gostaria de destacar, porque o contacto com outras realidades, além-fronteiras, é motivo de regozijo. No fundo, a qualidade é uma característica estável e uniforme que se tem repetido nos Encontros da Primavera. Por todas estas razões, e motivos não faltariam para continuar a discorrer sobre a importância deste evento, tenho tido a honra e o privilégio de participar, continuamente, ao longo de uma década, num evento que já se tornou uma referência nacional na área da Oncologia.
17 Excelente nível científico e boa organização Dou os parabéns à organização da reunião Encontros da Primavera na pessoa do Dr. Sérgio Barroso, que teve a iniciativa de começar um processo desta natureza e que conseguiu cativar e envolver desde há 10 anos várias gerações de oncologistas. É uma reunião bem organizada e com excelente nível científico. Neste momento, é o encontro mais importante no panorama oncológico nacional, que consegue reunir mais participantes e trabalhos apresentados. Habitualmente são abordados os temas mais atuais e polémicos, onde é feita a atualização, e discussão dos dados e conhecimentos mais recentes que podem conduzir a eventuais alterações da pratica clínica diária. De referir também, a elevada afl uência da classe dos enfermeiros que também aqui discute os temas mais atuais da sua prática, assim como dos jovens internos de Oncologia que têm nesta reunião uma oportunidade de apresentação dos seus trabalhos quer sob a forma de comunicações orais quer na forma de posters. Espero que esta reunião se mantenha por muitos e bons anos com o nível e interesse que têm atualmente.
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18 os ENCONTROS contribuem para a elevação científica do país
18
Dr. José Antunes Diretor Médico da Janssen
19
Dr.ª Maria Fragoso Coordenadora Unidade de Digestivos do Instituto Português de Oncologia (IPO) Porto
Nas últimas décadas temos assistido a um notável progresso do conhecimento médico, em particular na área da Oncologia. A atualização da informação científica, a discussão sobre a sua relevância, e a partilha de perspetivas e de experiências, assumem assim uma importância central no enquadramento dos novos conhecimentos na prática clínica. Por outro lado, a multidisciplinaridade torna-se fundamental na abordagem de áreas de grande complexidade como a Oncologia. Neste âmbito, os Encontros da Primavera têm desempenhado um papel cada vez mais importante na Oncologia em Portugal, ao proporcionarem uma plataforma de atualização e discussão científica, enriquecida por uma abordagem multidisciplinar, aspetos que têm estado na base do sucesso alcançado. Reuniões como os Encontros da Primavera são essenciais para que o nível científico seja cada vez mais elevado no nosso país. A Janssen tem acompanhado a organização desta iniciativa, procurando ser um parceiro importante na procura incessante de superação a que os promotores dos Encontros da Primavera se propõem todos os anos. Sendo a Janssen uma empresa farmacêutica que aposta na inovação transformacional, através da investigação e desenvolvimento de novos medicamentos em áreas de grande necessidade médica, revemo-nos totalmente no espírito dos Encontros da Primavera. Aos sermos parceiros dos Encontros da Primavera, procuramos ano após ano, contribuir para mais elevado rigor e níveis académico e científico,
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através do apoio à participação de palestrantes de referência, nacionais e internacionais. Por outro lado, suportamos igualmente a participação de um número significativo de profissionais de saúde. Este tem sido o nosso papel e a nossa aposta, pois acreditamos fortemente no cariz formativo desta reunião, seja através dos cursos précongresso, seja pela componente de apresentação de trabalhos científicos ou pelos conteúdos das sessões plenárias, sempre de elevadíssima qualidade científica. É com muito orgulho que a Janssen tem feito parte deste caminho construído pelos Encontros da Primavera! A Janssen é uma companhia farmacêutica líder mundial em investigação, que há mais de 60 anos se dedica ao desenvolvimento de medicamentos inovadores, com o objetivo de melhorar a qualidade e aumentar a esperança de vida de milhões de doentes em todo o mundo. Como parte desta filosofia, regemo-nos pelos princípios do Credo da Johnson & Johnson (J&J), desenvolvido em 1943 por Robert Wood Johnson, base de valores para todos os colaboradores da J&J. O Credo traduz o nosso compromisso e responsabilidade para com os doentes, cuidadores, profissionais de saúde, colaboradores, comunidade e acionistas. Estamos, portanto, muito focados na Investigação e Desenvolvimento de soluções terapêuticas inovadoras em áreas de grande necessidade médica, tal como é a área de Oncologia. Hoje em dia temos um dos pipeline mais robustos na Indústria Farmacêutica e a Oncologia é claramente um dos nossos pilares. Gostava acima de tudo de deixar uma mensagem de felicitações pelo excelente trabalho efetuado ao longo destes 10 anos.
Como sabemos, a organização destas reuniões exige grande dedicação e capacidade de trabalho. Um evento com a dimensão, a qualidade, e a notoriedade dos Encontros da Primavera, com cerca de 1.000 inscritos e um nível de satisfação elevado dos seus participantes, apenas é possível graças aos muitos rostos que estão por detrás deste sucesso. A todos eles os nossos parabéns e o nosso agradecimento… Adicionalmente, não poderíamos deixar de endereçar uma palavra especial de felicitações ao Dr. Sérgio Barroso, na qualidade de Presidente dos Encontros da Primavera, pelos 10 anos do evento e pela qualidade e sucesso desta organização! Que a esta primeira década de conquistas e sucessos, se sigam muitas outras de êxitos na partilha do conhecimento científico! Muitos parabéns!
19 Cumprir uma missão Tiveste uma visão, ousaste sonhá-la, dizê-la e pô-la em prática. Começaste devagar devagarinho, visionário para uns, para outros ambicioso, mas tal era a tua vontade de juntar profissionais da oncologia, à volta do pensar que já tens 10 anos de Primaveras, em que todos aparecemos, participamos, discutimos e criticamos e quando é preciso, claro, também nos juntamos em alegre diversão. Cumpriste a tua missão e ajudas-nos a cumprir a nossa.
Our Ourscience, science, on on behalf behalf of of Our Our science, science, patients. on onpatients. behalf behalfof of patients. patients.
Janssen-Cilag Janssen-Cilag Farmacêutica, Farmacêutica, Lda. Lda.
Sociedade Sociedade por quotas por quotas Matriculada Matriculada na Conservatória na Conservatória do Registo do Registo Comercial Comercial de Oeiras, de Oeiras, sob osob nº o10576 nº 10576 Janssen-Cilag Janssen-Cilag Farmacêutica, Farmacêutica, Lda. Lda. Capital Capital Social Social €2.693.508,64 €2.693.508,64 ı NIFı 500189 NIF 500189 412 412
Estrada Estrada Consiglieri Consiglieri Pedroso, Pedroso, 69A69A ı Queluz ı Queluz de Baixo de Baixo ı 2734-503 ı 2734-503 Barcarena Barcarena Sociedade Sociedade por quotas por quotas Matriculada Matriculada na Conservatória na Conservatória do Registo do Registo Comercial Comercial de Oeiras, de Oeiras, sob osob nº o10576 nº 10576 Capital Capital Social Social €2.693.508,64 €2.693.508,64 ı NIFı 500189 NIF 500189 412 412
JAC-07-13-004-NA
7-13-004-NA JAC-07-13-004-NA
7-13-004-NA JAC-07-13-004-NA
Estrada Estrada Consiglieri Consiglieri Pedroso, Pedroso, 69A69A ı Queluz ı Queluz de Baixo de Baixo ı 2734-503 ı 2734-503 Barcarena Barcarena
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Oncoquimioradiohemalogista A especialidade da News Farma é acompanhar todas as especialidades médicas. Líderes no mercado editorial especializado em saúde, prescrevemos publicações de excelência a toda a comunidade médica. A dedicação de profissionais com mais de 15 anos no setor, reflete-se num acompanhamento atento dos seus temas e na promoção da comunicação entre os especialistas de saúde, a indústria farmacêutica e a população em geral, dando voz e informação a todos os públicos envolvidos. Ser um especialista num setor de especialistas, é o compromisso que assumimos em todos os meios e conteúdos que colocamos ao seu dispor. Siga as noticías em permanência www.newsfarma.pt /newsfarma
FARMÁCIA para o seu bem-estar
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estatísticas em quantas edições anteriores dos encontros da primavera participou? FOI A PRIMEIRA VEZ
30.6%
1-3
34.2%
4-6
20.7%
TODAS
14.4%
0.0%
5% 10% 15% 20%
25% 30%
30% DE NOVOS CONGRESSISTAS. os restantes participantes vão habitualmente aos encontros da primAvera
35% 40%
PARTICIPANTES 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0
O número total de participantes mostra uma evolução crescente e constante ao longo do tempo. De salientar o elevado número das várias especialidades médicas presentes no evento
1 MÉDICOS
2
3
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ENFERMEIROS/ TÉCNICOS
5 INDÚSTRIA
6 OUTROS
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8
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TOTAL
AVALIE OS SEGUINTES ASPECTOS DOS ENCONTROS DA PRIMAVERA 2013
7,90
cursos pré-congresso
O reconhecimento da Importância dos Encontros da Primavera na perspectiva formativa, os temas abordados e a relevância dos mesmos do ponto de vista clinico. A duração e cumprimento do tempo das sessões enquanto ponto com espaço para evolução
8,05 8,39
moderação das sessões
palestrantes das sessões
7,05
Melhoria do cumprimento do horário versus edições anteriores
6,36
cumprimento do tempo de apresentação duração das sessões
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duração das apresentações
8,27 8,33
relevância das apresentações realizadas temas das sessões
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Dr. João Coimbra Assistente Hospitalar Graduado em Gastrenterologia do Hospital Santo António dos Capuchos
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Dr. Leonardo Santarelli Diretor geral da MSD Portugal
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A aprendizagem contínua ao longo de 10 anos de história
10.ª Edição Encontros da Primavera
Nem sempre tive a oportunidade de comparecer em todas as 10 edições dos Encontros da Primavera, um evento que, este ano, celebra uma década de existência. Mas, seja na qualidade de preletor ou participante (observador), não posso deixar de referir que um evento desta natureza é extremamente útil para todos os especialistas que, direta ou indiretamente, acabam por lidar com doentes oncológicos. Neste evento, Encontros da Primavera, tive a oportunidade de partilhar experiências com outros colegas, oriundos de outras instituições de saúde. É sempre útil conhecer o que fazem e como fazem os outros colegas trabalham. Anualmente, estes Encontros servem para aumentarmos a noção da realidade na área da oncologia em Portugal, de forma a podermos encontrar as soluções mais adequadas à nossa realidade. Esta reunião científica não está circunscrita apenas a oncologistas, as várias especialidades médicas são convocadas a dar o seu contributo. Desta troca de experiências conseguimos retirar lições que acabam por ter, a curto e médio prazo, uma aplicabilidade na nossa rotina diária. Por tudo isto gostaria de felicitar a equipa da organização pela realização anual destes encontros. Após uma década de trabalhos de qualidade, gostaria de incentivar a continuidade deste evento científico. É um evento médico e científico de referência no panorama nacional que tem contribuído para elevar os parâmetros de qualidade e excelência da oncologia portuguesa.
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É com grande prazer que a MSD é parceira do projeto Encontros da Primavera desde a sua primeira edição e que assinala este ano dez anos. Trata-se de uma iniciativa abrangente e multidisciplinar que investiga, produz e partilha informação relevante sobre a oncologia junto da comunidade, dos doentes e familiares, dos profissionais de saúde e entidades institucionais, com a finalidade de informar e educar a Sociedade como um todo. A MSD tem por tradição promover e apoiar iniciativas que visam a discussão e a partilha de informação credível, porque é deste debate independente e livre que surgem novas ideias, uma coragem reforçada e a esperança na construção de um caminho mais sólido e mais sustentável. Neste âmbito, não podíamos deixar de apadrinhar este projeto desde a sua criação, quanto mais na área a que se dedica, a oncologia. A oncologia é para a MSD uma área estratégica, quer do ponto de vista da inovação quer da literacia em saúde. A oncologia é uma das áreas mais exigentes da atualidade em termos de investigação e desenvolvimento de novas moléculas. Mas como na MSD acreditamos que os medicamentos inovadores representam um contributo crucial para o sucesso dos sistemas de saúde modernos prosseguimos com o nosso compromisso de continuar a desenvolver medicamentos inovadores que contribuam para melhorar a saúde das pessoas e aumentar a esperança de vida dos cidadãos, concretamente na área da oncologia. Por outro lado, na MSD acreditamos também que um
conhecimento mais profundo dos cidadãos sobre saúde conduz a uma participação mais ativa das pessoas na adoção de estilos de vida mais saudáveis, ou seja na prevenção e, por outro lado, induz uma comunicação mais eficiente entre o doente e o seu médico. Fatores estes que se traduzem num contributo positivo quer para os doentes quer para o Sistema Nacional de Saúde. Portanto, é neste contexto que a MSD surge associada ao Encontros de Primavera, um projeto que visa a partilha de conhecimentos e experiências, e a criação de parcerias e ligações, que permitam enfrentar com mais otimismo e assertividade os desafios dos tempos atuais. Termino deixando uma mensagem de parabéns ao Encontros de Primavera e manifestando um desejo: que este projeto se mantenha vivo no mínimo por mais dez anos!
Nos doentes apropriados, tratados com quimioterapia alta ou moderadamente emetizante, que se encontrem em risco de náuseas e vómitos induzidos pela quimioterapia (NVIQ)
A PREVENÇÃO COMEÇA QUANDO A TERAPÊUTICA TRIPLAa É INICIADA No Ciclo 1, Dia 1, inicie o tratamento com Terapêutica Tripla- EMEND® ou IVEMEND®, um antagonista de 5-HT3, e um corticosteróide - para prevenção de primeira linha das NVIQ. EMEND®, em associação terapêutica com outros agentes anti-eméticos, está indicado na prevenção das náuseas e vómitos imediatos e tardios associados a ciclos iniciais e repetidos de: • Quimioterapia altamente emetizante. • Quimioterapia moderadamente emetizante. EMEND 80 & 125 IVEMEND 150. Denominação do medicamento EMEND 125 mg cápsula e EMEND 80 mg cápsulas. IVEMEND 150 mg pó para solução para perfusão. Forma farmacêutica e Composição quantitativa e qualitativa Cada cápsula de 125 contem 125 mg de aprepitant; cada cápsula de 80 contém 80 mg de aprepitant. Cada frasco para injectáveis contém fosaprepitant dimeglumina equivalente a 150 mg de fosaprepitant. Após reconstituição e diluição, 1 ml de solução contém 1 mg de fosaprepitant. Indicações terapêuticas Prevenção de náuseas e vómitos, agudos e tardios, associados a quimioterapia antineoplásica altamente emetizante, baseada em cisplatina ou moderadamente emetizante. Posologia e modo de administração EMEND administrado por via oral durante 3 dias em esquema terapêutico com corticosteróide e antagonista da 5-HT3, na dose de 125 mg, no Dia 1 e de 80 mg, nos Dias 2 e 3. IVEMEND 150 mg administrado em perfusão IV durante 20-30 minutos, iniciada 30 minutos antes da quimioterapia, associado a corticosteróide e a antagonista da 5-HT3. Contra-indicações Hipersensibilidade a fosaprepitant, aprepitant ou excipientes; administração concomitante de pimozida, terfenadina, astemizole ou cisaprida. Efeitos indesejáveis Fosaprepitant convertido em aprepitant, esperando-se reacções adversas associadas com o aprepitant. Reacções adversas com maior incidência: soluços, astenia/fadiga, elevação da ALT, obstipação, cefaleias e anorexia. Ainda a referir candidíase, infecção a estafilococos, anemia, neutropénia febril, aumento de peso, polidpsia, desorientação, euforia, ansiedade, tonturas, sonhos anómalos, alterações cognitivas, conjuntivite, acufenos, bradicárdia, afrontamentos, diarreia, dispepsia, eructações, náuseas, vómitos, disgeusia, obstipação grave, refluxo gastroesofágico, úlcera duodenal perfurada, dor abdominal, xerostomia, enterocolite, estomatite, exantema, acne, fotossensibilidade, hiperhidrose, prurido, lesões cutâneas, mialgia, poliúria, disúria, polaquiúria, dor abdominal, edema, rubor facial, desconforto pré-cordial, letargia, elevação da AST, elevação da fosfatase alcalina, hiperglicémia, hematúria microscópica, hiponatrémia, diminuição de peso, síndrome de Stevens-Johnson e, para fosaprepitant, tromboflebite, eritema, rubor, dor, endurecimento no local de perfusão Advertências e precauções especiais de utilização Precaução se administração concomitante de substâncias activas principalmente metabolizadas através do CYP3A4 e de intervalo terapêutico estreito; especial precaução se administração concomitante com irinotecano. Evitar administração de indutores fortes de CYP3A4. No tratamento crónico com varfarina, monitorizar cuidadosamente INR durante tratamento com EMEND ou IVEMEND e 2 semanas seguintes. Administrar sempre IVEMEND diluído por perfusão IV lenta. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Durante o tratamento, CYP3A4 inibido; após tratamento, indução transitória moderada do CYP2C9, e ligeira de CYP3A4 e glucoronidação. Reduzir cerca de 50% a dose de dexametasona oral, co-administrada com fosaprepitant 150 mg no Dia 1, e no dia 2. Precaução durante este período com ciclosporina, tacrolímus, sirolímus, everolímus, alfentanilo, diergotamina, ergotamina, fentanilo, e quinidina. Interacções clinicamente significativas entre EMEND ou IVEMEND 150 mg, docetaxel e vinorelbina não esperadas; precaução com etoposido e vinorelbina orais. Eficácia dos contraceptivos hormonais pode diminuir durante tratamento com fosaprepitant e 28 dias seguintes; usar métodos de contracepção alternativos ou de reforço. Precaução na administração de aprepitant ou fosaprepitant com inibidores de CYP3A4 pelo aumento significativo de concentrações plasmáticas de aprepitant. a
Terapêutica Tripla = EMEND®, um antagonista do 5-HT, e um corticosteróide.
Um regime anti-emético que inclua
MSD Oncology
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(fosaprepitant dimeglumina, MSD)
Prevenção Superior Desde o Início
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22 Uma oportunidade para evoluir – a visão de um interno da especialidade 22
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Dr. Jaime Santos Oncologista no Hospital Espírito Santo de Évora, E.P.E.
Dr. Lurdes Batarda Oncologista médica no Hospital Santo António dos Capuchos
Dr. Ricardo Luz Oncologista médico no Hospital Santo António dos Capuchos
Como membro do Serviço de Oncologia do Hospital Espírito Santo de Évora, e na qualidade de interno da especialidade, entre 2008 a 2013 (ano em que acabei o internamento complementar) mantive uma participação assídua nos Encontros da Primavera. Graças a esta reunião, tive a oportunidade de conhecer e conviver com vários experts na área, que, anualmente, trazem à “ribalta” as últimas novidades oncológicas. Com estas reuniões podemos apreender novos conhecimentos e rever alguns conceitos mais antigos. Para um interno, em fase de amadurecimento profissional, esta é uma oportunidade única para contactar com especialistas experientes. É toda esta aprendizagem que, no cômputo geral, nos auxilia a melhorar a nossa praxis clínica. No fundo, este é um evento bastante completo e com especialistas conceituados na área. Estes aspetos imprimem uma enorme qualidade a este evento, ao incidir nos pontos mais relevantes da Oncologia atual. Neste espaço, temos oportunidade de discutir os avanços e as controvérsias em áreas específicas dentro da especialidade. Globalmente, não posso deixar de destacar a qualidade das comunicações e dos respetivos palestrantes. Os Encontros da Primavera também acabam por ser, uma possibilidade para divulgação de trabalhos
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científicos, inclusivamente, por parte dos internos da especialidade. A submissão de posters ou a apresentação de comunicações orais são, por isso, uma motivação extra que reforça a participação de jovens especialistas nesta reunião científica.
Como nota final, não poderia deixar de congratular a organização, em particular, a figura do Dr. Sérgio Barroso, pela realização de um evento desta envergadura. Nos Encontros da Primavera, temos conseguido estimular o convívio entre os vários intervenientes, algo que nos possibilita o debate de ideias e casos clínicos – e que, em última análise, permite melhorar a nossa prática clínica diária.
23 Um tempo para atualização de conhecimentos O 10.º aniversário dos Encontros da Primavera – uma data que não poderíamos deixar de comemorar - é um marco histórico, atendendo à importância deste evento no contexto da Oncologia em Portugal. Esta reunião científica vale pelo convívio entre todos os especialistas e pela atualização de conhecimentos, já que, anualmente, temos tido a oportunidade de conhecer as últimas novidades no diagnóstico e tratamento na área da Oncologia. Nesta reunião conseguimos congregar uma grande participação de profissionais de saúde no panorama oncológico nacional. É uma reunião, com uma duração de três dias, em que temos a possibilidade de estabelecer contactos com vários intervenientes e preletores portugueses e estrangeiros, que nos presenteiam com os mais recentes avanços oncológicos, nas mais diversas áreas de interesse.
24 Que se mantenha o espírito por mais 10 anos Os Encontros rapidamente se transformaram num ponto de reunião para todos aqueles que se dedicam à oncologia. A época do ano em que se realizam, a qualidade dos programas científicos, as oportunidades dadas aos mais novos para aparecerem e brilharem, os temas sociais e de política em saúde, todos estes fatores contribuíram para o sucesso desta iniciativa. Desde a primeira edição em 2004 que participo com frequência nos Encontros da Primavera, quer pela minha participação individual, quer pela motivação transmitida aos mais jovens que comigo trabalham para a sua participação ativa. E quero dar os meus Parabéns pelos primeiros 10 anos. Que se mantenha o espírito por mais 10 anos.
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25 Evento fundamental para a formação continuada dos especialistas
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Dr.ª Ana Rita Lima AstraZeneca Medical & Regulatory Affairs Diretor
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Dr. Rui Dinis Assistente hospitalar de Oncologia Médica Hospital do Espírito Santo, Évora
A AstraZeneca acredita que os Encontros da Primavera, como reunião multi-temática que é, em muito contribuíram para educação médica continuada dos médicos especialistas e outros profissionais de saúde envolvidos na gestão e tratamento da patologia oncológica, tendo também permitido a criação de uma rede de contactos entre pares a nível nacional, e entre profissionais de saúde, grupos de investigação clínica em Oncologia e Indústria Farmacêutica. Acreditamos que o futuro dos Encontros da Primavera passará necessariamente por aumentar a ambição para esta reunião no sentido de a tornar num palco que promova de forma ativa o que de melhor se faz no nosso país, não só em termos de medicina assistencial, mas particularmente em termos de investigação translacional e clínica, pois só desta forma poderá contribuir para o desenvolvimento e qualificação continuados dos profissionais de saúde e investigadores. Acreditamos igualmente que deverá tornar-se cada vez mais um fórum para a discussão e génese de ideias, linhas estratégicas e recomendações de implementação concretas, infl uenciando peritos clínicos e decisores políticos com responsabilidades na definição e implementação de políticas de saúde em Oncologia, tanto mais importante quanto a epidemiologia nos tem alertado para o aumento desta patologia a nível global e nacional. A AstraZeneca apoiou desde a sua génese os Encontros da Primavera, com contribuições concretas para o programa científico,
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tendo trazido peritos clínicos de dimensão internacional, bem como propostas de talento nacional na área da oncologia médica, e outras especialidades associadas à gestão e tratamento de doentes oncológicos, que participaram direta ou indiretamente no programa de desenvolvimento clínico do pipeline da AstraZeneca. Igualmente, contribuiu com iniciativas específicas de angariação de fundos para Associações cuja missão é dar apoio ao doente oncológico, seus familiares e cuidadores. O apoio financeiro que de uma forma sustentada tem dado tem contribuído para a continuidade dos Encontros da Primavera. A AstraZeneca é historicamente a empresa biofarmacêutica que mais contribuiu para o desenvolvimento da terapêutica endócrina no tratamento do cancro da mama e da próstata. A oncologia, a par da área cardiovascular e metabólica, e da área respiratória e da inflamação, é atualmente uma das três áreas estratégicas para a AstraZeneca. Esse compromisso é hoje renovado por um forte pipeline na área das pequenas moléculas e das terapêuticas biológicas. Mais recentemente, a AstraZeneca lançou em Portugal uma molécula para o tratamento do carcinoma do pulmão de não pequenas células, considerada a primeira terapêutica personalizada para doentes com mutação do EGFR, e prepara-se para estabelecer no mercado global algumas moléculas consideradas first in class, nesta e noutras patologias oncológicas. A sua estratégia passa por desenvolver fármacos que têm ação em tumores que dependem de vias de sinalização específicas e bem identificadas, e que desenvolvem resistência, bem como moléculas que aceleram a apoptose, conjugados de anticorpomedicamento, terapêuticas imunológicas, e por último a combinação destes, de forma a contornar ou atrasar a emergência de resistência.
26 Partilhar ideias e experiências Os Encontros da Primavera são, neste momento, uma das principais reuniões científicas na área da Oncologia, em Portugal, suplantando o congresso nacional, em número de participantes. Esta proeminência deve-se ao dinamismo e ao carisma colocados pelo Dr. Sérgio Barroso, que conseguiu congregar toda a comunidade oncológica nacional, envolvida desde o diagnóstico à terapêutica, num frutuoso trabalho de filosofia multidisciplinar. Num só evento, todos os participantes, sejam palestrantes ou não, enriquecem o seu conhecimento através da partilha de experiências e leituras sobre os mais recentes avanços científicos, numa plêiade de todas as áreas da Oncologia de uma forma intensiva, absorvente e próxima. Além disso, no intervalo do quotidiano fugaz, é uma oportunidade excelente de conviver com outros colegas e de desfrutar de uma das mais bonitas e preservadas zonas de Portugal, onde a paisagem, a cultura e a gastronomia vão de mãos dadas com a simpatia e autenticidade do povo alentejano.
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27 Um evento de grande “calibre” no panorama nacional
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Dr. Juan C. Mellidez Diretor do Serviço de Oncologia Médica CHBV. Aveiro
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Dr. Miguel Sanches Diretor Médico da Roche Farmacêutica
Ao longo destes últimos 10 anos, tenho participado assiduamente e ativamente nos Encontros da Primavera. Tenho também encorajado aos internos de diferentes especialidades (oncologia médica, medicina interna, cirurgia) do meu Hospital para marcarem presença, apreenderem e enriquecerem o evento, quer desde o ponto de vista científico, quer desde o ponto de vista social e de intercâmbio de experiências e conhecimento de pares. Aplaudo a preocupação por parte da organização de alargar o evento não só a médicos, mas também a outros profissionais da saúde que convivem dia a dia com o doente oncológico. E não falta a presença ativa de doentes e representantes de associações de doentes, observando-se uma preocupação da organização dos Encontros da Primavera por uma abordagem holística da ciência e a arte oncológica. A reunião tem um carácter anual e ininterrupto, sempre em Évora e sempre na mesma data, o qual tem contribuído para o desenvolvimento desta reunião como um marco anual, um ponto fixo na agenda para encontro e partilha da família oncológica. Cientificamente tem sido vista uma preocupação continua por apresentar temas e palestrantes de qualidade nacional (para conhecermos a nossa realidade) e internacional, para sabermos o que de melhor se estuda, se investiga e se trata pelo mundo fora. Isto é assim desde as primeiras reuniões presididas pelo Dr. António Fráguas, até as últimas pelo Dr. Sérgio Barroso. O nível e qualidade científica permitem a todos apreender e partilhar
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28 conhecimentos e experiencias e são uma oportunidade inigualável para os internos mergulharem na dinâmica de expor os frutos do seu trabalho e da sua formação. O ambiente de proximidade permite também diluir as diferentes idades e graus de experiencia, para nos hacer sentir como numa grande família. É consensual, entre a comunidade de oncologistas, que os Encontros da Primavera são um marco científico e um espaço de atualização de conhecimentos da oncologia em Portugal. Ao longo do tempo, tem havido um esforço para contemplar um programa vasto e variado, que inclui os hot topics nesta área assim como a apresentação e discussão da experiencia portuguesa. Além da indiscutível qualidade científica resulta-me estimulante a acesa discussão que é promovida relativa aos temas candentes da atualidade social, política e administrativa da oncologia em Portugal, assim como a discutida política do medicamento e as diretrizes (habitualmente polémicas) relativas a financiamento, prescrições, indicações de tratamento ou acessibilidade de doentes aos tratamentos inovadores. Devo felicitar à organização porque permite que, todos os anos, num marco agradável, amistoso e quase familiar, possamos nos juntar para apreender, partilhar e discutir todo o que interessa à oncologia portuguesa, desde o ponto de vista científico, formativo, político, económico e social. Por todo esto e pelo respeito que tenho a todos os que durante todos estes anos participaram e enriqueceram os Encontros da Primavera devo felicitar ao Dr. António Fráguas, ao Dr. Sérgio Barroso e ao todo o exército de colaboradores que possibilitaram êxito da reunião. Bem hajam.
UM CONTRIBITO ATIVO PARA A ATUALIZAÇÃO CIENTÍFICA Os Encontros da Primavera são um momento incontornável da agenda nacional Oncológica. Desde as primeiras edições que este evento, cedo se estabeleceu como um importante momento de troca de conhecimentos e experiências entre profissionais de saúde que desempenham a sua atividade na área da Oncologia. O vasto programa científico, de âmbito multidisciplinar, contribui de forma significativa para a formação e atualização dos participantes, sendo neste contexto particularmente procurado e valorizado pelos jovens Oncologistas. A qualidade dos palestrantes nacionais e internacionais, os quais asseguram o interesse e atualidade dos conteúdos em discussão, explica em grande medida, o sucesso desta iniciativa, verificada pelo elevado número de participantes. Para a Roche, é muito gratificante poder participar na realização deste evento científico, pois desta forma contribui de forma ativa para a atualização e formação científica, mas acima de tudo para a qualidade dos cuidados de saúde prestados ao doente oncológico. Parabéns por 10 anos de muito sucesso e de vasto contributo para a Oncologia nacional.
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29 A Primavera dos Encontros
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Dr. Nuno Pargana Brás Diretor geral da Leo Farmacêuticos
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Dr.ª Sandra Bento Coordenadora da Unidade de Oncologia no Hospital Distrital de Santarém
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Dr.ª Fátima Vaz Coordenadora da Clínica de Risco Familiar do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa
Lembro-me bem do início, sob a mão experiente e atenta do Dr. Fráguas. Lembro-me como todos fomos convocados para apoiar o primeiro encontro, com aquela dúvida legítima de mais uma – pequena – reunião distrital de oncologia. Será que vai resultar? Dez anos volvidos após a primeira pedra, eis-nos chegados a uma bonita idade para uma reunião que é hoje um marco nacional no panorama da oncologia em Portugal. Estão por isso de parabéns os seus organizadores, agora representados pelo Dr. Sérgio Barroso, mas estão também todos os especialistas que se dedicam ao doente oncológico e as companhias que foram, de forma natural, apoiando em crescendo este evento. A Primavera não terá sido decerto um acaso na escolha da data ou do nome. Na medida em que simboliza o nascer ou renascer, a altura em que a Natureza se renova. Assim também acontece com o conhecimento, e a divulgação do mesmo. São por isso estes encontros o local ideal para a renovação daquilo que sabemos sobre o doente oncológico; seja este conhecimento relacionado com a inovação terapêutica, ou com a abordagem inovadora e integral do doente, cuidando das comorbilidades que, também elas, podem ser causa de morte. Assim é o caso do tromboembolismo, segunda causa de morte em doentes com cancro, tema que tem vindo a preencher progressivamente a agenda de todos que têm no doente oncológico o centro da sua atenção. Não por acaso, mas pelo acima enunciado, a escolha dos Encontros da Primavera para a divulgação e, sobretudo, para a discussão deste tema foi uma escolha óbvia para a LEO desde o primeiro momento. E a recetividade não poderia ter sido
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melhor. O programa deste ano é espelho disso mesmo, ao acolher uma palestra à responsabilidade do Prof. Ismail Elalamy. Por outro lado, foi igualmente aqui que se encontrou naturalmente o palco para dar corpo ao recém-criado Grupo de Estudos de Trombose e Cancro, sob o honroso patrocínio da Sociedade Portuguesa de Oncologia. Estamos orgulhosos enquanto companhia de nos podermos associar a este movimento desde a primeira hora, porquanto temos a certeza que estaremos a contribuir para melhorar as vidas dos doentes com trombose associada a cancro. A LEO quer continuar a fazer parte e contribuir para esta primavera do conhecimento.
30 Uma reunião verdadeiramente multidisciplinar Os Encontros são atualmente uma das reuniões mais importantes no panorama nacional. Destaco, como elemento diferenciador, a promoção de uma participação verdadeiramente multidisciplinar dos diferentes profissionais envolvidos no tratamento do doente oncológico, com foco quer nas terapêuticas específicas, quer em cuidados de suporte. Os Encontros têm permitido uma revisão e discussão abrangente dos temas mais atuais em Oncologia. Como última mensagem quero dizer: Continuação do bom trabalho! No atual contexto socioeconómico, cada vez mais restritivo, será importante a valorização de reuniões com a abrangência dos Encontros!
31 Encontros da Primavera na agenda da Oncologia Tenho participado nos Encontros da Primavera de forma regular, o que acontece, pelo menos, de há seis anos a esta parte. A minha presença neste evento, que sem dúvida marca o calendário da Oncologia em Portugal, tem sido basicamente na qualidade de orientadora de internos que submetem os seus trabalhos, por convite da organização, como preletora ou na moderação de mesas redondas. Na minha opinião, estes encontros anuais constituem um ponto de encontro maior para a comunidade médica e científica, já que proporcionam, nomeadamente, o contacto entre um elevado número de oncologistas de diversas instituições. Estes contactos são muito benéficos pois favorecem a troca e discussão de experiências de oncologistas de todo o país. Este evento acabou por se tornar é a reunião mais importante que se realiza no país no âmbito da Oncologia, reunindo , de ano para ano, como facilmente se pode testemunhar, número de participantes cada vez maior. Decorrem em Portugal, outros eventos de grande interesse e qualidade, mas estou certa de que os Encontros constituem um marco no que à Oncologia diz respeito, a que se junta a sua realização num timing perfeito. Como mensagem, gostaria de sublinhar que os Encontros da Primavera, que vão na 10.ª edição, afirmaram-se já como uma reunião regular e muito participada. Do meu ponto de vista, o grande desafio que se coloca neste momento está, precisamente, em manter, e se possível ultrapassar, os elevados padrões de exigência que têm sido um denominador comum a todas edições desta iniciativa.
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32 Encontros da Primavera prestigiam a Oncologia nacional
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Prof. Doutor António Araújo Diretor do Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar do Porto Presidente da Pulmonale – Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão
Dr. José Dinis Assistente Graduado em Oncologia Médica no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto
Muito mais haveria para dizer em relação a um evento que se transformou num marco da Oncologia nacional. Os Encontros da Primavera é a reunião científica que, nesta área, maior número de participantes tem conseguido agregar ao longo dos últimos anos. Os especialistas presentes - médicos e outros profissionais de saúde, nacionais e estrangeiros – têm feito um trabalho notável, quer na abordagem do estado da arte, quer apresentando e divulgando os avanços mais recentes na terapêutica oncológica. Este espaço acabou por se revelar um momento único para a atualização de conhecimentos, onde se dá conta das últimas novidades no tratamento oncológico. Ao longo destas 10 edições, os Encontros da Primavera tiveram sempre um caráter abrangente, incluindo um programa diverso e transversal às várias patologias oncológicas. Esta reunião científica diferencia-se, acima de tudo, pela inovação e pela capacidade de receber especialistas reputados, que têm proferido grandes palestras sobre as mais recentes novidades terapêuticas. Salienta-se, também, a organização de grupos de consenso, que se têm debruçado sobre “guide-lines” de algumas situações patológicas. Neste balanço dos 10 anos, não poderia deixar de felicitar o Dr. Sérgio Barroso, o grande impulsionador dos Encontros da Primavera, pela excelência e pelo elevado nível de qualidade que lhes tem imprimido. Este evento, ao longo da última década, tem trazido um enorme prestígio à Oncologia nacional. Em circunstância alguma devemos desdenhar da qualidade
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da Oncologia portuguesa porque, nos últimos anos, esta especialidade tem ganho um lugar de destaque no panorama da saúde em Portugal, acima de tudo por ter sempre colocado o doente no centro do tratamento e pela elevada qualidade dos cuidados que lhe presta.
33 Encontros da Primavera são palco privilegiado para a troca de experiências A minha relação com os Encontros da Primavera data, praticamente, desde o início dos mesmos, há dez anos. Liga-me, também, uma grande amizade ao Dr. Sérgio Barroso, um grande impulsionador desta iniciativa que desde sempre temos acarinhado a partir do Porto. Para além de se realizarem no interior (Évora), vejo estas jornadas como diferentes, de tal forma que rapidamente adquiriram uma enorme dimensão tornando-se nas maiores de Portugal e, por tudo isto, sinto-me umbilicalmente ligado a elas. Na minha opinião, os Encontros da Primavera têm constituído um palco privilegiado para troca de experiências, para tomarmos conhecimento sobre a realidade no plano da Oncologia a nível nacional, e também como fórum para a discussão dos mais diversos problemas, desde organização, a tratamentos e novos projetos comuns, entre outros. Diria que, devido às sinergias que ali se concentram, permitem-nos fazer o ponto da situação da Oncologia no país. São três dias sempre muito intensos. Edição após edição, tenho imenso prazer em participar, porquanto
os Encontros são organizados e decorrem num ambiente de grande informalidade, que muito me agrada, e fazem-me sentir entre amigos e em casa. Na verdade, conhecemo-nos todos a nível nacional. Acresce a importância destes Encontros para os internos que precisam de fazer currículo, pois estão numa fase de formação intensa, tanto mais que o podem fazer à vontade, sem estarem sob a pressão que alguns simpósios impõem. Pela minha parte, incentivo os internos a participar, algo que levamos muito a sério. Sobre este evento, de cariz regular e que tem lugar numa excelente altura do ano, quero ainda salientar, para lá do ambiente aprazível em que decorre, o facto de Évora nos receber muito bem. Tudo isto junto, dá uma aura diferente ao evento. Os Encontros da Primavera evocamme, no final de contas, um ponto de encontro ao nível nacional, durante o qual planeio ações e participo em muitas reuniões que no dia-a-dia não são possíveis de fazer. Há, pois, que aproveitar o espaço e o tempo, já que o evento, por si mesmo mobilizador, junta, por assim dizer, praticamente toda a Oncologia nacional. Muito provavelmente, não temos mais nenhum encontro do género em Portugal. Permite-nos fazer balanços de iniciativas e falar de projetos, muitas das vezes nas imensas reuniões paralelas a que dá lugar. A meu ver, os Encontros da Primavera, que saúdo desde já, atingiram uma maturidade que dá espaço para se poder começar a pensar numa nova estratégia. Como grandes jornadas em que se transformam e ponto de encontro de eleição para a Oncologia, o seu raio de ação poderá, eventualmente, ser diversificado e aplicado a outras áreas.
APROVADO PELA AGÊNCIA EUROPEIA DO MEDICAMENTO* APROVADO PELA AGÊNCIA EUROPEIA DO MEDICAMENTO* NA TERAPÊUTICA DE MANUTENÇÃO DE “CONTINUAÇÃO” NA TERAPÊUTICA DE MANUTENÇÃO DE “CONTINUAÇÃO”
ESTABELECER ESTABELECER A SOBREVIVÊNCIA. A SOBREVIVÊNCIA.
MANTER MANTER O CONTROLO. O CONTROLO.
Consistência Consistência no no tratamento tratamento do do CPNPC, CPNPC, histologia que não predominantemente histologia 1que não predominantemente escamosa escamosa1,, demonstrada demonstrada nos nos estudos: estudos:
PTALM00066c PTALM00066c
Primeira Primeira linha linha -- JMDB JMDB Manutenção Manutenção -- JMEN JMEN ee ParaMouNt ParaMouNt Segunda Segunda linha linha -- JMEI JMEI * De acordo com a legislação portuguesa, a decisão sobre financiamento do SNS carece de avaliação prévia. De acordo com a legislação portuguesa, a decisão sobre financiamento do SNS carece de avaliação prévia. 1* RCM ALIMTA NOV 2012 1 RCM ALIMTA NOV 2012 Informações Essenciais Compatíveis com o Resumo das Características do Medicamento Informações Compatíveis o Resumo das Características do Medicamento ALIMTA 500mgEssenciais pó para concentrado paracom solução para perfusão. Frasco para injectáveis com 500mg de pemetrexedo sob a forma de pemetrexedo dissódico, em pó liofilizado para solução para perfusão. ALIMTA100 500mg pópara paraconcentrado concentradopara parasolução soluçãopara paraperfusão. perfusão.Frasco Frascopara parainjectáveis injectáveiscom com100 500mg depemetrexedo pemetrexedosob sobaaforma formade depemetrexedo pemetrexedodissódico, dissódico,em empó póliofilizado liofilizadopara parasolução soluçãopara paraperfusão. perfusão. ALIMTA mg pó mg de ALIMTA 100 mg pó para concentrado para solução para perfusão. Frasco para injectáveis comde100 mg deem pemetrexedo sobpela a forma de pemetrexedo dissódico, em pó liofilizado pararessecável. solução para perfusão. Indicações terapêuticas: ALIMTA em combinação com cisplatina está indicado no tratamento doentes quimioterapia primeira vez, com mesotelioma pleural maligno não ALIMTA em Indicações terapêuticas: ALIMTA em combinação com cisplatina está indicado no tratamento de doentes emde quimioterapia pela primeira vez, comavançado mesotelioma pleural maligno ressecável. ALIMTA em combinação com cisplatina está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com cancro do pulmão não pequenas células localmente ou metastático, comnão histologia celular que não combinação com cisplatina estáaLIMta indicado noindicado tratamento primeira linha doentes de com cancro do pulmão de não pequenas células localmente avançado ou metastático, histologia com celular que não predominantemente escamosa. está emde monoterapia no de tratamento manutenção do cancro do pulmão de não pequenas células localmente avançado oucom metastático, histologia predominantemente escamosa. aLIMta está indicado em monoterapia tratamento manutenção do cancro do pulmãoà de nãodepequenas células está localmente avançado ou metastático, com histologia celular que não predominantemente escamosa, em doentes cuja doençano não progrediude imediatamente após quimioterapia base platina. aLIMta indicado em monoterapia de segunda linha, no celular quede nãodoentes predominantemente escamosa, em não doentes cuja doença progrediuavançado imediatamente após quimioterapia à basecelular de platina. aLIMta está indicado emescamosa. monoterapia de segunda linha,de no tratamento com cancro do pulmão de pequenas célulasnão localmente ou metastático, com histologia que não predominantemente Posologia e modo tratamento deAlimta doentes cancro do pulmão de não pequenas células de localmente ou metastático, histologia celular que não predominantemente modo de administração: emcom combinação com cisplatina: a dose recomendada ALIMTA éavançado de 500 mg/m2 da área da com superfície corporal (ASC) e administrada por perfusãoescamosa. intravenosaPosologia durante 10e minutos, administração: Alimta em combinação com cisplatina: a dose recomendada de ALIMTA é de 500 mg/m2 da área da superfície corporal (ASC) e administrada por perfusão intravenosa durante 10 minutos, no primeiro dia de cada ciclo de 21 dias. A dose recomendada de cisplatina é de 75 mg/ m2 da ASC administrada durante duas horas, aproximadamente 30 minutos depois do final da perfusão de no primeiro dia de cada dia ciclo 21ciclo dias.de A 21 dose recomendada de cisplatina de 75 mg/ anti-emético m2 da ASC administrada durante duas horas, aproximadamente 30 minutos depois do final dadeperfusão de pemetrexedo no primeiro de de cada dias. Os doentes têm de receberé tratamento adequado e serem adequadamente hidratados antes e/ou depois da administração cisplatina. pemetrexedo no primeiro cada ciclo 21 dias.com Os carcinoma doentes têm receber anti-emético adequado e serem adequadamente hidratados antes e/ou depois da administração de cisplatina. Alimta como agente único:dia No de tratamento dede doentes dode pulmão detratamento não-pequenas células, após quimioterapia prévia, a dose recomendada de ALIMTA é de 500 mg/m2 (ASC) administrada Alimta comointravenosa agente único: No tratamento de doentes comdia carcinoma pulmão não-pequenas células, após quimioterapia dose recomendada de suplemento 500 mg/m2 (ASC) administrada por perfusão durante 10 minutos, no primeiro de cada do ciclo de 21de dias. Regime de pré-medicação: Os doentesprévia, devemareceber diariamente de porALIMTA via oraléum de ácido fólico ou pormultivitamínico perfusão intravenosa durante minutos, primeiro dia de cada cicloser detomadas 21 dias. pelo Regime de pré-medicação: Os doentes devem receber poràvia oral um suplemento de ácidodevendo fólico ou um contendo ácido 10 fólico (350 ano 1000 microgramas). Devem menos cinco doses de ácido fólico durante os sete diariamente dias anteriores primeira dose de pemetrexedo, um multivitamínico contendodurante ácido fólico (350de a 1000 microgramas). tomadas pelo menos cinco doses de ácido fólico durantevitamina os seteB12 diasintramuscular anteriores à primeira doseanterior de pemetrexedo, devendo esta toma diária ser mantida os ciclos tratamento e duranteDevem 21 diasserapós a última dose de pemetrexedo. Deve administrar-se na semana à primeira dose de esta toma diária ser mantida durante os ciclos de tratamento e durante apósno a última dose pemetrexedo. Deve administrar-se vitamina anterior à primeira dose10 de pemetrexedo e subsequentemente a cada 3 ciclos e dexametasona no 21 diadias anterior, dia e no diadeapós a administração de Alimta. ALIMTA deveB12 serintramuscular administrado na porsemana perfusão intravenosa durante pemetrexedo e subsequentemente a cada 3 ciclos e dexametasona no dia anterior, no dia e no dia após a administração de Alimta. ALIMTA deve ser administrado por perfusão intravenosa durante 10 minutos no primeiro dia de cada ciclo de 21 dias. Para instruções sobre a reconstituição e diluição de ALIMTA antes da administração, ver a secção 6.6 do RCM (Consultar o Resumo das Características minutos no primeiro dia de cada ciclo de 21 dias. Para instruções sobre a reconstituição e diluição de ALIMTA antes da administração, ver a secção 6.6 do RCM (Consultar o Resumo das Características do Medicamento para informação detalhada) Contra-indicações: Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes. A amamentação deverá ser interrompida durante a terapêutica do Medicamento para informação detalhada) Contra-indicações: Hipersensibilidade substância activa ou a qualquer para um dos excipientes. A amamentação deverá ser Resumo interrompida durante a terapêutica com o pemetrexedo. Vacina da febre amarela concomitante. (Consultar o Resumo dasàCaracterísticas do Medicamento informação detalhada) Efeitos indesejáveis do perfil de segurançaOs com o indesejáveis pemetrexedo. Vacina da febre amarela concomitante. (Consultar o Resumo dasquer Características Medicamento para detalhada) Efeitos indesejáveis Resumo do perfil de segurançaOs efeitos mais frequentemente notificados relacionados com pemetrexedo, utilizado emdomonoterapia quer eminformação combinação, são supressão da medula óssea manifestada como anemia, efeitos indesejáveis maistrombocitopenia frequentementeenotificados com manifestadas pemetrexedo,como quer utilizado monoterapia quer em combinação, supressão da medula óssea outros manifestada anemia, neutropenia, leucopenia, toxicidadesrelacionados gastrointestinais, anorexia,em náuseas, vómitos, diarreia, obstipação, são faringite, mucosite e estomatite. efeitoscomo indesejáveis neutropenia, leucopenia, trombocitopenia e toxicidades gastrointestinais, manifestadas como erupção anorexia,cutânea, náuseas,infecção/ vómitos, septicemia diarreia, obstipação, faringite, mucosite e estomatite. outros efeitos indesejáveis incluem toxicidades renais, aumento das aminotransferases, alopécia, fadiga, desidratação, e neuropatia. Raramente foram observados acontecimentos como incluem toxicidades renais, aumento das epidérmica aminotransferases, alopécia, fadiga, desidratação, erupção infecção/ septicemia eefeitos neuropatia. Raramente observados acontecimentos como síndrome de Stevens-Johnson e necrólise tóxica. Foram notificados casos raros de choquecutânea, anafilático. Alimta+cisplatina: indesejáveis muitoforam frequentes: diminuição dos neutrófilos/ síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica. Foram notificados casos raros de choque anafilático. Alimta+cisplatina: efeitos indesejáveis muito frequentes: diminuição dos neutrófilos/ granulócitos, leucócitos, hemoglobina, plaquetas, diarreia, diarreia sem colostomia, vómitos, estomatite/faringite, náuseas, anorexia, obstipação, fadiga, neuropatia sensorial, aumento da creatinina, granulócitos, diarreia, diarreia sem colostomia, vómitos, estomatite/faringite, náuseas, anorexia, obstipação, fadiga, neuropatia sensorial, aumento da creatinina, diminuição da leucócitos, depuração hemoglobina, da creatinina, plaquetas, erupção cutânea e alopécia. Efeitos indesejáveis frequentes: conjuntivite, dispepsia, azia, desidratação e alterações do paladar, neuropatia sensorial, erupção diminuição da depuração daem creatinina, erupção cutânea e alopécia. Efeitos indesejáveis frequentes: conjuntivite, dispepsia, azia, desidratação e alterações do vómitos, paladar, neuropatia sensorial, náusea, erupção cutânea/descamação. Alimta monoterapia: efeitos indesejáveis muito frequentes: diminuição dos neutrófilos/granulócitos, leucócitos, hemoglobina, diarreia, estomatite/faringite, cutânea/descamação. em monoterapia:Efeitos efeitosindesejáveis indesejáveisfrequentes: muito frequentes: diminuição dos neutrófilos/granulócitos, leucócitos, hemoglobina, diarreia, vómitos, estomatite/faringite, anorexia, fadiga, erupçãoAlimta cutânea/descamação. Diminuição dos leucócitos, neutrófilos, das plaquetas, vómitos, mucosite/estomatite, obstipação, febre, aumento danáusea, SGPT anorexia, fadiga, cutânea/descamação. Efeitos indesejáveis frequentes: Diminuição dos leucócitos,dor, neutrófilos, das plaquetas, mucosite/estomatite, obstipação, febre, aumento da SGPT (ALT), aumento daerupção SGOT (AST), prurido e alopécia, neuropatia sensorial, erupção cutânea/descamação, edema, doenças renais.vómitos, (Consultar o Resumo das Características do Medicamento para (ALT), aumento da SGOT (AST), prurido e alopécia,A mielossupressão neuropatia sensorial, erupção cutânea/descamação, edema, o Resumo das Características do das Medicamento para informação detalhada). Advertências e precauções: é normalmente a toxicidade limitantedor, da dose. Osdoenças doentes renais. devem(Consultar ser monitorizados e reduções subsequentes doses podem informação detalhada). Advertências e precauções: A mielossupressão é normalmente a toxicidade limitante da dose. Os doentes devem ser monitorizados e reduções subsequentes das doses podem ser necessárias (Consultar o Resumo das Características do Medicamento para informação detalhada). Foi notificado menos toxicidade hematológica e não-hematológica com a administração de ácido ser necessárias (Consultar o Resumo das Características do Medicamento para informação detalhada). Foi notificado menos toxicidade hematológica e não-hematológica com a administração de ácido fólico, vitamina B12 e dexametasona (Consultar o Resumo das Características do Medicamento para informação detalhada). Não se recomenda o uso de pemetrexedo em doentes com depuração da fólico, vitamina e dexametasona (Consultar o Resumo das Características Medicamento para informação se recomenda uso de pemetrexedo em como doentes com depuração da creatinina inferiorB12 a 45ml/min. Doentes com compromisso renal ligeiro a moderadodo (depuração da creatinina entre 45 detalhada). e 79 ml/min)Não devem interromperomedicamentos AINEs, tais ibuprofeno e aspirina creatinina a 45ml/min. Doentes com compromisso ligeiro a moderado (depuração da creatinina entre 45 e 79 ml/min) interromper AINEs,de taiseliminação como ibuprofeno e aspirina (>1,3 g/dia)inferior nos 2 dias anteriores à administração, no dia darenal administração e nos 2 dias após a administração do pemetrexedo e nodevem caso de AINEs commedicamentos tempo de semi-vida prolongado pelo (>1,3 g/dia) 2 dias anteriores à administração, dia da2administração e nos 2 dias após a administração do pemetrexedo no caso de AINEs com tempo de semi-vida de eliminação prolongado pelo menos 5 diasnos antes da administração, no dia e pelonomenos dias após a administração de pemetrexedo (Consultar o Resumoedas Características do Medicamento para informação detalhada). O efeito menos 5 dias notaldiacomo e pelo menospleural 2 dias ou após a administração de pemetrexedo (Consultar o Resumo das Características doconsiderar-se, Medicamentoembora para informação O efeito da retenção deantes fluidoda noadministração, terceiro espaço, derrame ascite, não está completamente definido com pemetrexedo Assim sendo, deve possa nãodetalhada). ser necessária, a da retenção fluido terceiro espaço, tal como derrame com pleural ou ascite, não completamente definido sendo, com devecisplatina, considerar-se, embora possa não ser necessária, drenagem de de fluido do no terceiro espaço, antes do tratamento pemetrexedo. Foiestá observada desidratação gravecom compemetrexedo pemetrexedoAssim combinado pelo que, os doentes devem receber uma drenagem de fluido do terceiro espaço, antes do tratamento com pemetrexedo. Foi observada desidratação grave com pemetrexedo combinado com cisplatina, pelo que, os doentes devem receber um tratamento anti-emético adequado e hidratação apropriada antes e/ou após a terapêutica com pemetrexedo. Pemetrexedo pode ter efeitos geneticamente prejudiciais. Indivíduos do sexo masculino tratamento adequado e hidratação filhos apropriada antes e/ou após a após terapêutica com pemetrexedo. Pemetrexedo efeitos prejudiciais. sexo masculino maduros, sãoanti-emético aconselhados a não conceberem durante e até 6 meses o tratamento. Mulheres em idade fértil pode devemterusar um geneticamente método contraceptivo eficazIndivíduos durante odotratamento com maduros, sãoForam aconselhados a não conceberem filhospordurante e até 6 meses após o tratamento. em pós-radiação idade fértil devem usar um eficaz durante tratamento com pemetrexedo. notificados casos de pneumonite radiação. Foram também notificados casos Mulheres de dermatite em doentes quemétodo fizeramcontraceptivo radioterapia semanas ou anosoantes (Consultar notificados de pneumonite por radiação. Foram também notificados contém casos deaproximadamente dermatite pós-radiação doentes fizeram ouem anos antes (Consultar opemetrexedo. Resumo das Foram Características do casos Medicamento para informação detalhada). Este medicamento 54 mg em de sódio porque frasco. Esteradioterapia facto devesemanas ser levado consideração por o Resumo Características docontrolada. Medicamento para informação detalhada).oEste medicamento contém aproximadamente 54 mg de sódio por frasco. devedeser levado em consideração por doentes comdas uma dieta de sódio Interacções medicamentosas: pemetrexedo é eliminado primariamente na sua forma inalterada por viaEste renalfacto através secreção tubular e em menor doentes com umadedieta de sódio controlada. Interacções o pemetrexedo é eliminado primariamente na sua forma inalterada por via renal através secreção tubular e em menor extensão através filtração glomerular. Estudos in vitro medicamentosas: indicam que pemetrexedo é activamente secretado pelo TAO3 (transportador de aniões orgânicos 3). A de administração concomitante de extensão através de filtração glomerular. Estudos vitro indicam do quepemetrexedo. pemetrexedoNo é caso activamente secretado pelo TAO3 (transportador 3).monitorizados A administração concomitante de medicamentos nefrotóxicos pode resultar num atrasoinda depuração de ser necessária a administração de AINEs,de os aniões doentesorgânicos devem ser de perto no que diz medicamentos nefrotóxicos pode resultar num atraso edatoxicidade depuraçãogastrointestinal do pemetrexedo. No caso de ser necessária a administração de AINEs, doentes devem ser amonitorizados de perto respeito à toxicidade, especialmente mielossupressão Utilização concomitante não recomendada: Vacinas activasosatenuadas (excepto da febre amarela, comnoa que qual diz a respeito à toxicidade, especialmente mielossupressão e toxicidade gastrointestinal Utilização concomitante não recomendada: Vacinas activas atenuadas (excepto a da febre amarela, com a qual utilização concomitante está contra-indicada): risco de doença sistémica, possivelmente fatal. O risco está aumentado em indivíduos que já estão imunodeprimidos pela sua doença subjacente. Utilizara utilização estáesta contra-indicada): risco de doença sistémica, fatal. O está aumentado em indivíduos que já Lista estãode imunodeprimidos pela sua doença subjacente. Utilizar uma vacinaconcomitante inactiva quando existir (poliomielite). (Consultar o Resumopossivelmente das Características dorisco Medicamento para informação detalhada) Excipientes: manitol, ácido clorídrico, hidróxido de uma vacina inactiva quando existir (poliomielite). (Consultar o Resumo das Características doPara Medicamento para informação detalhada) ListaPortugal, de Excipientes: ácido clorídrico, sódio. DATA DA REVISÃO DO esta TEXTO: Novembro de 2012 Medicamento de receita médica restrita. mais informações deverá contactar a Lilly Produtosmanitol, Farmacêuticos, Lda. hidróxido de sódio. DATA DA REVISÃO DO TEXTO: Novembro de 2012 Medicamento de receita médica restrita. Para mais informações deverá contactar a Lilly Portugal, Produtos Farmacêuticos, Lda. Lilly Portugal – Produtos Farmacêuticos, Lda Lilly Portugal Farmacêuticos, Lda7 Fracção A/D – 1500-392 LISBOA Torre Ocidente –– Produtos Rua Galileu Galilei, N.º 2, Piso Torre Ocidente – Rua Galileu Galilei, N.º Comercial 2, Piso 7 Fracção A/D – 1500-392 LISBOA Matriculada na Conservatória do registo de Cascais Matriculada Conservatória doeregisto Comercial de Cascais sob o númerona único de matrícula de pessoa colectiva 500165602 sob o número único de matrícula e de pessoa 500165602 Sociedade por quotas com o capital social de 2colectiva 4.489.181,07 integralmente realizado. Sociedade por quotas com o capital social de 2 4.489.181,07 integralmente realizado.
respostas que contam. respostas que contam.
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34 Um encontro que aglutina a Oncologia Médica portuguesa no Alentejo
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Dr.ª Deolinda Pereira Diretora do Serviço de Oncologia Médica do Instituto Português de Oncologia (IPO) Porto
Dr. Jorge Espírito Santo Diretor do Serviço de Oncologia do Hospital Nossa Sr.ª do Rosário, Barreiro
Os Encontros da Primavera são um marco histórico nas reuniões científicas da Oncologia Portuguesa, onde ao longo destes anos reuniram não só os oncologistas médicos mas todos os profissionais de saúde ligados à prática da Oncologia. São encontros de grande importância, como é demonstrada pelo número de participantes que de ano para ano têm aumentado. De facto, é um local onde se reúnem todos os profissionais ligados à oncologia para debater as melhores práticas e discutir temas que vão das áreas das ciências básicas às clínicas com atividades vocacionadas para cursos de formação para os internos de oncologia, e discussão de temas mais abrangentes, como tem acontecido nos últimos anos com abordagem de assuntos ligados à política da saúde no que diz respeito à Oncologia em Portugal. É também um espaço onde nos encontramos para debater temas ainda emergentes nos tratamentos oncológicos bem como áreas onde não existem dúvidas quanto ao tratamento standard. Estas discussões são sobretudo momentos de partilha de experiências onde trocamos ideias e fazemos o confronto entre diferentes práticas nas várias regiões do País, o que é enriquecedor para os oncologistas. As salas cheias, os trabalhos apresentados na área das comunicações orais e posters, com trabalhos de grande qualidade, a presença de oradores internacionais e a entrega de prémios são momentos que todos recordamos desses Encontros da
10 anos encontros da primavera oncologia
Primavera. Os resultados obtidos e o enriquecimento da Oncologia Portuguesa que daí decorre fazem com que o Dr. Sérgio Barroso esteja de parabéns por conseguir aglutinar a Oncologia Médica portuguesa no Alentejo.
35 O Espelho da realidade multifacetada da Oncologia em Portugal A minha participação nos Encontros da Primavera começa com a sua primeira edição, tendo sido nessa altura convidado para estar na mesa de abertura. Sempre entendi estes Encontros como a afirmação de uma forma de estar e de sentir a Oncologia e a sua prática e como uma maneira de juntar os múltiplos atores relevantes num encontro informal para a partilha de conhecimentos e experiencias e ao mesmo tempo para conviver. Deste modo, tenho participado todos os anos nos Encontros, quer através da apresentação de palestras e da moderação de mesas temáticas como também promovendo a discussão ativa dos vários temas incluídos nos programas científicos. Dada a variedade dos temas e a qualidade dos intervenientes, a minha participação nos Encontros da Primavera permitiu uma profícua troca de experiencias e de conhecimentos que contribuiu para a melhorar e fazer evoluir a minha prática clínica. Este resultado deve-se sobretudo à riqueza da troca de opiniões e dos debates que tiveram lugar sobre os mais variados temas de interesse para um Oncologista. Esta constatação vem confirmar, na minha opinião, que foi plenamente conseguido o objectivo inicial dos Encontros, a que já antes me referi, ou seja, a afirmação de um modo de estar e de fazer em Oncologia e a partilha de experiências e
conhecimentos por um grupo muito alargado de profissionais representando o todo nacional. Os Encontros são únicos pela sua abrangência, pela representatividade e pelo seu carácter inclusivo, ao permitir a participação ativa de muitos centros e de muitos profissionais (não apenas médicos), tornando-se uma espécie de montra do que de melhor se faz em Portugal na área da Oncologia. A sua importância no panorama nacional é, por isso mesmo, muito relevante, sendo já talvez o evento mais marcante no que concerne aos que se realizam anualmente. As minhas memórias dos Encontros da Primavera estão ligadas, desde logo, a quem os idealizou e tem organizado, ou seja, ao Dr. António Fráguas e ao Dr. Sérgio Barroso. Mas também ao prazer de estar alguns dias no Alentejo na primavera, do encontrar os amigos com quem se está pouco, das conversas, debates e tertúlias que têm lugar nos dias da reunião. As mesas que me marcaram mais foram as que debateram as questões da organização e qualidade da Oncologia em Portugal. Os Encontros da Primavera são já uma reunião insubstituível em Portugal. Por isso a mensagem que deixo é um apelo à preservação da sua filosofia original e à manutenção da sua diversidade e pluralidade. Os Encontros da Primavera devem manter – se como um espelho da realidade multifacetada da Oncologia em Portugal, recusando vedetismos ou unanimismos perversos.
A Iluminar o papel do
RECEPTOR DE FOLATO
no cancro
• O ácido fólico é essencial na síntese de ARN, metabolismo dos aminoácidos e replicação do ADN, sendo por isso necessário à sobrevivência e proliferação celulares.1 • A captação celular do ácido fólico acontece através de 2 sistemas principais: o tranportador de folato reduzido e o receptor de folato.1 • O receptor de folato participa na captação intracelular de ácido fólico por endocitose.2
Captação intracelular de ácido fólico por endocitose via receptor1,2 1. O ácido fólico liga-se ao receptor de folato. 2. Depois de ligados, o receptor de folato é internalizado.
5. O receptor de folato é reciclado de volta para a superfície celular.
4. O ácido fólico é libertado do endossoma para o citoplasma.
3. No endossoma, o ácido fólico separa-se do receptor de folato.
Nos tumores, o receptor de folato pode funcionar como “captador de folato” quando o aporte de ácido fólico é baixo ou quando é necessária captação adicional de folato para ajudar o crescimento celular rápido.3
Transportador de folato reduzido
Referências: 1. Kelemen LE. The role of folate receptor α in cancer development, progression and treatment: cause, consequence or innocent bystander? Int J Cancer. 2006;119(2):243–250. 2. Zhao R, Diop-Bove N, Visentin M, et al. Mechanisms of membrane transport of folates into cells and across epithelia. Annu Rev Nutr. 2011;31:177– 201. 3. O’Shannessy DJ, Somers EB, Albone E, et al. Characterization of the human folate receptor alpha via novel antibody-based probes. Oncotarget. 2011;2(12):1227–1243.
MSD Oncologia Merck Sharp & Dohme Quinta da Fonte, 19 - Edifício Vasco da Gama | 2770-192 Paço de Arcos NIPC 500 191 360 | www.msd.pt | www.univadis.pt | Tlf: 214465700 Todos os direitos reservados. Para mais informações deverá contactar o titular da A.I.M. ONCO-1101959-0000
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36 Encontro com o nosso compromisso
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Dr. Nelson Ambrogio Diretor geral da Bayer Portugal
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Dr. Miguel Barbosa Oncologista médico no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro
Estar presente nos 10.ºs Encontros da Primavera é incontornável para a Bayer. Identificamo-nos com este projeto maduro que integra toda a comunidade de pessoas que dedica a sua vida e o seu trabalho à luta contra o cancro. Doentes, cuidadores, familiares, profissionais de saúde, associações, entidades do setor estão juntas com um único objetivo: a partilha de conhecimento e de experiências. A primavera não é só a estação do ano em que se organiza este evento – é também um símbolo de crescimento, de felicidade, de prosperidade e de renovação da vida. Diziam antigamente que as pessoas não faziam aniversários e nem completavam anos, faziam primaveras. A dedicação da Bayer à oncologia tem vindo a crescer de forma muito sustentada. A nossa máxima é “Ciência para uma vida melhor” e portanto, o nosso compromisso é com o doente, é por ele que inovamos. A nossa dedicação e a nossa aposta na oncologia traduzir-se-á, em breve, num total de três medicamentos para seis indicações. Em Portugal está já aprovado o Rádio-223, com indicação para metástases ósseas sintomáticas em doentes com cancro da próstata e sem metástases viscerais conhecidas. Terá um impacto significativo na sobrevida dos doentes. O regorafenib está aprovado para o carcinoma coloretal metastizado aguardando-se a aprovação no GIST este ano. Esperamos também, no decorrer deste ano, a aprovação do sorafenib para o carcinoma da tiróide diferenciado, tornandose no único medicamento nesta indicação, e submeteremos uma nova indicação (mama) ainda em 2014. Mesmo com as restrições e lentidão no acesso a medicamentos
10 anos encontros da primavera oncologia
inovadores a que assistimos em Portugal continuaremos a lutar para que os doentes possam beneficiar dos mesmos. A investigação Bayer na Oncologia está centrada em pequenas moléculas e biológicos. O inibidor PI3K, por exemplo, é promissor. Demonstrou um vasto espectro antitumoral em modelos pré-clínicos de tumores e sinais promissores em ensaios clínicos de fase I em doentes com linfoma folicular. Em curso está um ensaio de fase II, em doentes com linfoma não-Hodgkin. O nosso pipeline inclui ainda várias outras moléculas, anticorpos monoclonais conjugados com fármacos para diversos tumores sólidos, imunoterapia para o cancro e investimento na medicina personalizada com desenvolvimento de companion tests para biomarcadores conhecidos e emergentes. Concretamente, a decorrer em Portugal, temos alguns estudos com base em parcerias de longa data com institutos básicos de investigação, como o IBET – onde a Bayer HealthCare AG tem um laboratório satélite, e o Ipatimup – cujo ensaio do sorafenib no carcinoma da tiróide diferenciado teve o Prof. Sobrinho Simões como patologista responsável. Ter medicamentos únicos nas respetivas indicações terapêuticas aumenta a responsabilidade da companhia e faz com que a comunidade de doentes e de médicos acolha a nossa dedicação e reconheça o nosso esforço de investigação, no contexto de um compromisso de fundo, científico e humano, na luta contra o cancro.
37 Uma carreira ligada aos Encontros da Primavera A primeira edição dos Encontros da Primavera decorreu aquando do início do meu internato na
especialidade de Oncologia Médica, pelo que serei dos primeiros oncologistas que desde que se assume como tal se recorda desta reunião. A minha carreira está intimamente ligada às suas dez edições e pude constatar que, enquanto evoluía na minha formação, também cresciam os Encontros da Primavera. Com o tempo assumiu-se como a reunião com periodicidade anual em Oncologia mais relevante e deve-o ao dinamismo e competência do seu presidente, Dr. Sérgio Barroso. Para mim, é com muito orgulho que estou presente na 10.ª edição e junto-me à comemoração deste aniversário com a certeza que muito mais serão celebrados. É inegável que os Encontros da Primavera têm um ambiente muito especial e positivo que resulta do facto de se tratar do congresso com periodicidade anual mais participado no panorama nacional da Oncologia, combinando uma escolha criteriosa e abrangente de temas científicos com a excelente hospitalidade alentejana. Resulta sempre num espaço de discussão no qual se abordam os principais temas em Oncologia e em que as apresentações a que assistimos e os debates com os nossos pares influenciam de forma decisiva a prática clínica. Um episódio que me marcou foi o facto do Dr. Sérgio Barroso ter sido um dos elementos do meu júri de avaliação de final da especialidade e poucos meses depois dessa avaliação me ter pedido para apresentar uma sessão nos Encontros da Primavera, naquela altura relacionada com a problemática Trombose e Cancro. Esse voto de confiança nas minhas capacidades marcou-me pela positiva, nunca o esquecerei e recordo-o com muito carinho. Estou agradecido ao Dr. Sérgio Barroso por esse momento e só posso desejar as maiores felicidades para esta importante reunião e para o seu presidente.
EM A PE LA AP RO VA DO
STIVARGA
®
Expandir o tratamento Aumentar a sobrevivência Stivarga é indicado para o tratamento de doentes com cancro colorectal (CCR) metastático que foram previamente tratados com, ou não são considerados elegíveis para as terapêuticas disponíveis. Estas incluem quimioterapia à base de fluoropirimidinas, uma terapêutica anti-VEGF e uma terapêutica anti-EGFR1
Aumenta a sobrevivência global2 Reduz o risco de progressão da doença2 Tratamento oral e em monoterapia
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comprimidos
Nome: Stivarga. Composição: Cada comprimido revestido por película contém 40 mg de regorafenib. Forma Farmacêutica: Comprimido revestido por película. Indicações terapêuticas: Stivarga é indicado para o tratamento de doentes com cancro colorectal (CCR) metastático que foram previamente tratados com, ou não são considerados belegíveis para as terapêuticas disponíveis. Estas incluem quimioterapia à base de fluoropirimidinas, uma terapêutica anti-VEGF e uma terapêutica anti-EGFR. Posologia e modo de administração: A dose recomendada é de 160 mg de regorafenib (4 comprimidos de 40 mg), tomada uma vez por dia, por via oral, durante 3 semanas seguida de 1 semana sem terapêutica. Este período de 4 semanas é considerado um ciclo de tratamento. Podem ser necessárias interrupções da administração e/ou diminuições da dose com base na segurança e tolerabilidade individuais. As alterações da dose têm de ser aplicadas por fases, em doses de 40 mg (um comprimido). A dose diária mais baixa recomendada é de 80 mg. A dose diária máxima é de 160 mg. Não é recomendada a utilização em doentes com afeção hepática grave (Child-Pugh C).Não são necessários ajustes posológicos: doentes com afeção hepática ligeira, doentes com compromisso renal ligeiro ou moderado, com base no sexo, com base na etnia. Stivarga é para utilização por via oral e deve ser tomado à mesma hora todos os dias. Os comprimidos devem ser engolidos inteiros com água após uma refeição ligeira contendo menos de 30% de gordura. Contraindicações: Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes. Advertências e precauções especiais de utilização: Efeitos hepáticos: Recomenda-se que sejam realizados testes da função hepática; Doentes com síndrome de Gilbert; Doentes com afeção hepática ligeira ou moderada, Doentes com tumores KRAS mutado; Hemorragia; Isquemia cardíaca e enfarte do miocárdio; Síndrome de encefalopatia posterior reversível (SEPR); Perfuração e fístula gastrointestinais; Hipertensão arterial; Complicações da cicatrização de ferida; Toxicidade dermatológica; Anomalias dos testes laboratoriais bioquímicos e metabólico. Interações medicamentosas: Inibidores do CYP3A4 e UGT1A9 / indutores do CYP3A; Substratos da UGT1A1 e da UGT1A9; Substratos da Proteína de Resistência do Cancro da Mama (Breast Cancer Resistance Protein - BCRP) e da glicoproteína-P; Substratos seletivos de isoformas CYP; Antibióticos; Agentes sequestrantes dos ácidos biliares. Efeitos indesejáveis: Infeção; Trombocitopenia; Anemia; Diminuição do apetite e da ingestão de alimentos; Cefaleias; Hemorragia; Hipertensão; Disfonia; Diarreia; Estomatite; Hiperbilirrubinemia; Reação cutânea mão-pé; Erupção cutânea; Astenia/Fadiga; Dor; Febre; Inflamação das mucosas; Perda de peso; Leucopenia; Hipotiroidismo; Hipocaliemia; Hipofosfatemia; Hipocalcemia; Hiponatremia; Hipomagnesemia; Hiperuricemia; Tremores; Perturbações do paladar; Boca seca; Refluxo gastroesofágico; Gastroenterite; Aumento das transaminases; Pele seca; Alopecia; Afeção ungueal; Erupção cutânea esfoliativa; Rigidez musculosquelética; Proteinúria; Aumento da amílase; Aumento da lípase; Razão normalizada internacional anormal; Enfarte do miocárdio; Isquemia do miocárdio; Crise hipertensora; Perfuração gastrointestinal; Fístula gastrointestinal; Lesão hepática grave; Eritema multiforme; Queratoacantoma/ Carcinoma de células escamosas da pele; Síndrome de encefalopatia posterior reversível (SEPR), Síndrome Stevens-Johnson, Necrólise epidérmica tóxica. Número da A.I.M.: 5579479. Data de revisão do texto: agosto 2013. Para mais informações contactar o titular da AIM. Medicamento sujeito a receita médica restricta a certos meios especializados. Referências: 1 - Resumo das caracteristicas do Medicamento Stivarga, revisão de agosto 2013 2 - Grothey A et al. (Lancet 2013;381:303-12)
Bayer Portugal, S.A., Rua Quinta do Pinheiro, nº5, 2794-003 Carnaxide, NIF 500 043 256.
L.PT.SM.10.2013.0242
Aumenta a taxa de controlo da doença2
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38 Encontros da Primavera, a "ASCO" nacional
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Dr. Fermin Rivas Lopez Celgene Portugal, Country Manager
Dr.ª Ana Raimundo Oncologia Médica no Instituto Português de Oncologia (IPO) Porto
Dr.ª Margarida Damasceno Chefe do Serviço de Oncologia Médica do Hospital de São João
A Celgene é uma companhia biofarmacêutica com fármacos com mecanismos de ação inovadores, com alto valor terapêutico, preenchendo lacunas terapêuticas e permitido alterar a história natural de doenças. Tal só é possível graças ao alto investimento em R&D, superior à média das companhias farmacêuticas a nível global. A Celgene está empenhada em trazer para Portugal um alto nível de investimento, nomeadamente em ensaios clínicos e lançamento de novos fármacos, seguindo a nossa estratégia integrada para toda a Europa. Orgulhamo-nos de ser uma das companhias com maior número de ensaios clínicos na área de hemato-oncologia em Portugal e consideramos ser esta uma das melhores formas para apoiar Portugal e contribuir para a sustentabilidade do sistema de saúde, atraindo investimento, investigação e inovação. A chegada da Primavera tornou-se uma referência na Oncologia em Portugal na última década. O desafio nas suas mais variadas vertentes era certamente, conscientemente tremendo, mas ainda assim, o resultado alcançado volvidos 10 anos, era com certeza à data inimaginável. Os Encontros da Primavera fazem hoje parte do nosso calendário, par a par com a importância e o sentimento de esperança renovada que a sazonalidade desta estação do ano nos traz. Este é um daqueles casos em que “words are out” para designar e recordar como se chega até aqui. Só com muito esforço, dedicação, compromisso, entrega, vontade, humildade e trabalho. “Nós somos o que fazemos”! Parabéns Dr. Sérgio por este Projeto! Este Encontro anual de atualização científica que já entre nós
10 anos encontros da primavera oncologia
apelidamos de “ASCO nacional”, também só o é, graças ao conseguido envolvimento e contributo de tantos ilustres especialistas e das várias especialidades médicas que trabalham em conjunto com a oncologia numa verdadeira abordagem multidisciplinar. É por tudo isto que, decorridos 10 anos, aguardamos já ansiosamente ano após ano, a chegada da Primavera, e com ela, deste encontro de ciência, de amigos, de colegas e de parceiros. Assim, no âmbito da missão e visão da Celgene no mundo, que de modo muito particular, orgulhosamente implementamos em Portugal, é para nós uma prioridade a colaboração com este fórum científico tão enriquecedor de formação pré e pós graduada, que continua a crescer e a surpreender-nos positivamente em cada edição. Até à Primavera!
39 10.º aniversário dos Encontros da Primavera Os Encontros da Primavera são uma referência na Oncologia Portuguesa. Passaram 10 anos, mas cada ano é como se fosse o primeiro. A forma como motiva e mobiliza os Oncologistas Portugueses e médicos de outras especialidades que se dedicam ao estudo e tratamento do cancro é única no panorama português. É, sem dúvida, o local onde mais profissionais portugueses que se dedicam ao cancro se encontram, conversam, discutem, partilham conhecimentos, contribuindo para a formação e atualização contínuas. A preocupação destes encontros em chamar e motivar os jovens oncologistas é também de realçar e é notável. Os Encontros da Primavera fazem deslocar os profissionais dos grandes centros do litoral, coisa rara no nosso país, o que sublinha a importância que os oncologistas
lhe dão. Ano após ano, a qualidade dos temas escolhidos e dos palestrantes convidados tornam os encontros de grande interesse e importância na atualização dos profissionais que assistem. O reflexo da importância destes encontros é constatado no impacto que tem na prática clínica, após as discussões e conclusões que daí resultam.
40 Uma reunião de presença obrigatória Os “ Encontros da Primavera” são desde há 10 anos uma reunião de presença obrigatória, tendo tido o privilégio de ser sempre convidada, como palestrante. A qualidade e atualidade dos temas tratados, são sempre uma mais-valia para quem estiver presente nesta reunião, sendo muito importante para a formação dos Internos de Oncologia. Os Encontros da Primavera, são a “Montra” da Oncologia Portuguesa. A grande maioria dos Serviços de Oncologia, estão presentes na reunião partilhando experiências muitas vezes através da apresentação de Posters e Comunicações Orais. É de facto o grande Congresso da Oncologia a nível nacional, demonstrando uma capacidade organizativa inexcedível. Não posso esquecer, a mesa sobre o Cancro de Mama HER +++ que presidi, tendo como palestrante a Prof.ª Dra. Katheen Pritchard. Foi uma honra para mim. Também é sempre com muita alegria que vejo o meu serviço, ser premiado com um dos melhores Posters ou Comunicações Orais. Parabéns aos Encontros da Primavera, pela maneira como se guindaram ao primeiro lugar das reuniões de Oncologia em Portugal, desejando que se mantenham a este nível pelo menos até às “Bodas de Prata”.
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Há 10 anos organizados pela FactorChave Decorria o ano de 2001 quando Vasco Noronha fundou a FactorChave, uma empresa de marketing integrado, atualmente com oito colaboradores. Nesta entrevista, o diretor geral aborda um dos maiores eventos regulares que organiza há uma década ininterruptamente.
A que atividades se dedica a FactorChave? Vasco Noronha | É uma agência de marketing integrado. Dispomos de todas as vertentes do marketing que são necessárias para qualquer área, apesar de trabalharmos em exclusivo com a indústria farmacêutica e com as sociedades científicas. Temos maior visibilidade na organização de congressos, embora façamos o marketing do diaa-dia com definição de estratégias, design, materiais promocionais, consultoria, marketing digital e inclusive a própria produção.
A maioria dos nossos clientes pretendem ter um serviço “chave na mão” e é isso é o que a FactorChave oferece. Quais os congressos organizados que gostaria destacar? VN | Começaria por salientar os Encontros da Primavera por serem o nosso maior evento nacional regular. Começou com uma reunião dedicada aos 20 anos da Unidade de Oncologia mais antiga do País, fora dos grandes centros como Porto, Coimbra e Lisboa. Na altura, o Dr. António Fráguas, então
10 anos encontros da primavera oncologia
“Atrevo-me a dizer que nos veem também como amigoS. Ou seja, têm a noção de que as tarefas são realizadas, independentemente do dia ou da hora”
diretor de Serviço falou comigo para organizarmos uma reunião comemorativa, que contou com cerca de 150 pessoas, sendo a maioria de Évora. Dois anos depois, em 2005, decidiu-se começar os Encontros da Primavera, um evento que tem vindo a crescer e que se teve uma enorme expansão desde que em 2008 o Dr. Sérgio Barroso assumiu a direção do serviço. Esperamos este ano atingir os 1.000 participantes. Este é o maior congresso regular que organizamos, mas a FactorChave já organizou por exemplo o Congresso Português de Cardiologia, durante 4
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anos, que chegou a contar com 3.000 participantes. Organizamos diversos outros congressos regularmente, especialmente na área oncológica, associados a grupos de estudo, desde o melanoma ao cancro da cabeça e pescoço e digestivo, bem como toda a logística anual destes mesmos grupos. Desde 2008, a FactorChave tem entrado na organização dos grandes congressos europeus e mundiais. Destaco o Congresso Internacional de Cirurgia Cardíaca, que teve lugar em Lisboa em 2009, o Eurothrombosis, da Sociedade Europeia de Cardiologia que se realizou no Porto, em 2011. No ano seguinte, organizamos o Congresso Mundial de Hematopatologia, que trouxe 1.000 participantes a Lisboa e no próximo mês de outubro vamos organizar o Congresso Mundial de Psicooncologia, em que esperamos ultrapassar os 1.000 participantes. Em relação aos Encontros da Primavera, o que significa ter chegado a uma década? VN | Não é muito frequente a mesma empresa organizar todas as edições de uma reunião científica. Como esta nasceu connosco, mantemos uma relação muito próxima e já ninguém nos considera parceiro. Atrevo-me a dizer que nos veem também como amigos. Ou seja, têm a noção de que as tarefas são realizadas, independentemente do dia ou da hora. Por exemplo, no último dia de submissão de comunicações, uma das minhas colaboradoras recebeu uma chamada pelas 2h00 de um médico que estava a ter dificuldades em submeter o trabalho, ela atendeu e o médico até julgou tratar-se de um atendedor, devido à hora. A questão foi resolvida de imediato e esse é o espirito com que a FactorChave organiza este evento. Quantas comunicações foram submetidas este ano? VN | Foram submetidos cerca 230 trabalhos. Nunca tínhamos recebido tantos. Subimos cerca de 70 trabalhos em relação ao ano passado, o que em termos percentuais
significa cerca de 40% acima do ano passado. É muito bom se pensarmos que existem cerca de 200 oncologistas em Portugal e também significa que existem muitos profissionais da saúde das diferentes especialidades ligadas à Oncologia (Cirurgia, Anatomia Patológica, Radioterapia, Imagiologia, etc.), que reconhecem os Encontros da Primavera como sendo o local mais apropriado para submeterem os seus trabalhos. O que implica organizar este evento? VN | É muito trabalhoso por vários fatores. Primeiro, devido ao número de participantes. Por outro lado, o facto de ser organizado em Évora faz com que pensemos atempada e cuidadosamente em todos pormenores logísticos que não pensaríamos se fosse organizado em cidades como Lisboa ou Porto. Apesar do Évora Hotel ter uma equipa excelente, precisávamos de um Centro de Congressos, coisa que continua por acontecer… mas, todos os anos, temos a esperança que seja inaugurado um Centro de Congressos em Évora. Por outro lado, existe a complexidade relacionada com os mais de 30 patrocinadores, devido às necessidades individuais de cada um, pelo que centralizamos toda essa organização para ser mais fácil. Destaca alguma participação internacional em especial? VN | Poderia realçar vários dos especialistas de renome nas suas áreas que também este ano estarão presentes. Prefiro no entanto destacar, que pela primeira vez, estão presentes delegações dos PALOP (Timor, Moçambique, Angola e Cabo Verde), com o intuito de debaterem e elaborarem um documento onde sejam identificadas as necessidades locais e como Portugal poderá prestar auxilio. É a primeira vez que tal acontece formalmente numa reunião em Portugal. Que mais novidades vão ser apresentadas nesta edição? VN | Em termos científicos irá
manter a elevada qualidade das edições anteriores. Vai manter o caráter de reunião multidisciplinar, com o máximo de especialidades médicas envolvidas, ligadas à Oncologia. Vamos continuar a ter grandes nomes, internacionais e portugueses, sendo que alguns deles estão a coordenar ensaios clínicos internacionais. Além disso, não são apenas médicos envolvidos nos Encontros da Primavera, mas também enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, ou seja, todos os profissionais de saúde que são cuidadores de doentes vão estar presentes e participar. Haverá alguma ação para assinalar o 10 aniversário da reunião? VN | Para comemorar os 10 anos, foi decidido lançar um portal de oncologia para os doentes e público em geral - www.oncomais.pt. Tem como objetivo não só prestar informações sobre os vários tipos de tumores, numa linguagem fácil para o grande público, mas também o começo de um processo continuo, que permita que as pessoas interajam e façam fóruns de discussão e partilha de experiências nesta área específica. A equipa
multidisciplinar envolvida neste portal é liderada pelo Dr. Sérgio Barroso, e sendo gerido pela FactorChave a nível informático e design. Os conteúdos científicos são produzidos em parceria com uma equipa de especialistas ligados à área saúde. De uma forma geral, quais as expetativas para este evento? VN | Temos fortes expetativas. Trata-se do maior congresso de Oncologia realizado em Portugal. Há 2 anos uma pessoa que dirige um dos maiores serviços de Oncologia do País, quando presidia uma mesa, disse abertamente que os Encontros da Primavera são a ASCO em Portugal. Sendo a ASCO o maior congresso mundial de Oncologia, este é um dos melhores elogios que se possa fazer o que nos deixa uma grande expetativa em termos de crescimento, mas sobretudo uma grande responsabilidade na sua organização. Uma palavra de realce para todos os patrocinadores, que também reconhecem o elevado interesse científico e o retorno do seu investimento nos Encontros da Primavera, pois sem eles nada se poderia concretizar.
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41 Um estímulo e compromisso mútuo a favor dos doentes
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Dr. Ramon Palou de Comasema Diretor geral da Amgen Portugal
Dr. Jorge Caravana Diretor do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Espírito Santo, Évora
Desde o primeiro evento dos Encontros da Primavera em que tive a oportunidade de participar há 4 anos, fiquei impressionado pela qualidade do evento. Além da excelente organização e da sua localização única não só em Portugal mas em toda a Europa, impressionou-me o desenho do programa e a qualidade das palestras que permitiram que os Encontros da Primavera se convertessem numa das referências da Oncologia em Portugal e um momento não só para partilhar novidades clínicas e experiências, mas para construir o debate e discussão entre oncologistas, assim como com outras especialidades que de certeza enriqueceram a prática assistencial e investigacional em Portugal. São já 10 anos em que graças ao esforço da organização do serviço de oncologia do Hospital de Évora com a liderança do Dr. Sérgio Barroso, e com a ajuda de muitos outros colegas, que os Encontros da Primavera são uma referência nacional para o desenvolvimento da oncologia e beneficiando desta forma muitos dos doentes em Portugal. Parabéns por estes 10 anos, e muito obrigado pela melhoria contínua que trouxe ao nosso país. Desde o primeiro evento em 2004, a Amgen quis não só participar mas também tentar colaborar no sucesso dos Encontros da Primavera. Provavelmente a evolução da Amgen nestes anos foi sempre em paralelo com o desenvolvimento e consolidação dos Encontros da Primavera. Estes Encontros da Primavera são sempre uma data que está marcada na agenda da Amgen como o momento para poder partilhar com toda a Oncologia
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em Portugal os novos dados clínicos resultantes da sua atividade de R&D, desde os primeiros anos com Aranesp e Neulasta, até nos últimos anos com Vectibix e Xgeva. Foi e é um estímulo e compromisso mútuo ao desenvolvimento contínuo, por vezes árduo e demorado, mas sempre a favor dos doentes. Desde o seu nascimento, há mais de 30 anos, a Amgen esteve na vanguarda do desenvolvimento de produtos originais baseados em biotecnologia, tecnologia de ADN recombinante e biologia molecular. A investigação, o desenvolvimento e a inovação para os doentes são parte essencial da cultura e valores da Amgen. Em linha com estes princípios essenciais, a Amgen continua a investir 20% da sua faturação mundial em R&D; do mesmo modo, e apesar das dificuldades dos últimos anos continuamos a manter em Portugal uma estrutura muito importante tanto a nível humano, como de investimento em capital e ensaios clínicos tanto em fases iniciais como avançadas. Na última década, apesar de todas as dificuldades económico-financeiras crescentes no nosso país, as quais afetaram substancialmente a estrutura e a rentabilidade da Amgen em Portugal, conseguimos cumprir com os nossos objetivos de duplicar o investimento em investigação clínica Nacional. Tal deixa-nos muito orgulhosos. Nos próximos 2-3 anos, todo este investimento e esforço vai ser recompensado já que estamos a prever ter aprovação pela EMA de 4-5 novas moléculas na área de onco-hematologia. Portugal está a ter um papel fundamental nas fases de R&D clínico em algumas destas moléculas, com uma participação muito importante tanto em número de centros como em número de doentes em Ensaios Clínicos. Em primeiro lugar gostaria de agradecer o papel importante que os Encontros da Primavera desempenham na área da Oncologia e desejar que este evento se mantenha ao longo
de vários anos, pois são uma referência para a Oncologia em Portugal. Que continuem a debater os grandes temas da Oncologia e a divulgar todas as novidades clínicas nesta área que beneficiam os doentes em Portugal e que sejam um motivo de luta pela excelência do tratamento do cancro no nosso país, assente na elevada qualidade contínua dos seus profissionais.
42 Juventude madura onde o conhecimento é partilhado Os Encontros da Primavera, são a continuação natural do congresso de oncologia, que se vinha a realizar neste hospital, desde há mais de vinte anos. São uma evolução no sentido da modernidade e internacionalização dos participantes, mas mantendo a característica original, a abordagem multidisciplinar da patologia oncológica. Tem sido quanto a mim, este o segredo do sucesso crescente, que tem caracterizado de ano para ano este Congresso. Estes dez anos de existência dos Encontros da Primavera, são a juventude madura que se espera venha a tornar-se ainda mais um fórum incontornável, onde profissionais da área da oncologia partilham o conhecimento em prol de uma medicina moderna.
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Dr.ª Maria José Passos Assistente Graduada de Oncologia Médica Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa
Prof. Doutor Luís Costa Diretor do Serviço de Oncologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte
Chegou a Primavera e com ela os Encontros da Primavera 2014, que este ano completam o seu décimo aniversário, data que teremos que festejar !!! Na verdade é justo reconhecer que este evento é uma referência a nível nacional e uma excelente oportunidade para reunir todos os profissionais que se dedicam à investigação, diagnóstico e tratamento do cancro em Portugal. É um dos poucos congressos de Oncologia, que se realiza regularmente em Portugal, que consegue reunir tantos especialistas e internos de Oncologia Médica de todo o país, num ambiente descontraído e agradável, ainda para mais numa das cidades mais bonitas de Portugal. Está pois de parabéns o Dr. Sérgio Barroso... Os Encontros da Primavera são também para os nossos internos mais uma oportunidade para apresentar trabalhos, sob a forma de comunicação e posters, o que é positivo para todos. Voltarei com prazer este ano para presidir, pela quarta vez consecutiva, à mesa redonda sobre: “Cancro da pele,” que se realizará em 28 de Março, em Évora . Como sempre acontece, teremos entre nós, vários especialistas, nacionais e estrangeiros, de referência, desta vez nas áreas de Dermatologia, Oncologia Médica e Radioterapia, que irão apresentar os seguintes temas: 1) Tumores Cutâneos Raros 2) Agoritmos de tratamento em melanoma - Imunoterapia - Terapêuticas Alvo 3) O papel da radioterapia nos tumores cutâneos Serão abordadas as diferentes estratégias terapêuticas em melanoma e outros cancros
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cutâneos, com destaque para a imunoterapia e para as terapêuticas anti-alvo no melanoma avançado. Espero que estes temas sejam do vosso agrado e que suscitem uma discussão animada e enriquecedora. Têm-se registado progressos em várias áreas, nomeadamente no que diz respeito à definição e importância dos fatores de prognóstico, refinamento das técnicas cirúrgicas, aplicáveis aos estádios precoces, novos tratamentos paliativos, de que são exemplo o uso da electroquimioterapia na metastização cutânea, radiocirurgia na metastização cerebral, entre outros. Graças aos avanços da genética, imunologia e biologia molecular surgiram novos fármacos, com diferentes mecanismos de ação, que demonstraram pela 1ª vez um aumento significativo da sobrevivência em doentes com melanoma avançado. Dois desses medicamentos, ipilimumab e o vemurafenib já foram aprovados pelo Infarmed e vão entrar na nossa prática clínica. Atualmente outros agentes ativos estão a ser estudados com êxito, isolados e /ou, em combinação (inibidores MEK, inibidores BRAF, ipilimumab + anti-PD1, PDL1, antiangiogénicos..). Num futuro próximo teremos também em Portugal novos estudos clínicos com várias combinações terapêuticas, reunindo fármacos ativos com diferentes mecanismos de ação para melanoma irressecável/ metastizado. Iniciámos uma nova era no tratamento do melanoma avançado, ainda com muitos desafios pela frente, com muito que estudar e investigar, mas penso que o futuro não será tão sombrio, como o passado recente e deverá ser encarado com otimismo. Aproveito também esta oportunidade para anunciar o lançamento do 1º livro técnico nacional sobre melanoma –
MELANOMA 2013 - patrocinado pelo Intergrupo Português de Melanoma, que se realizará em breve em Lisboa, em data que divulgaremos oportunamente. Todos serão benvindos! Quero desde já agradecer a todos, sem exceção, que generosamente e com o seu trabalho contribuiram para este projeto.
44 Um encontro estimulante de ideias Os Encontros da Primavera têm conseguido imprimir uma elevada qualidade, ano após ano. Aliás, os conteúdos programáticos deste evento acabam por estimular a troca de ideias entre todos os especialistas, favorecendo, em particular, a participação dos internos da especialidade. Dentro de todos as reuniões científicas da área da Oncologia, os Encontros da Primavera são, possivelmente, os mais apreciados. O interesse e a diversidade dos temas contemplados no programa e o ambiente agradável são fatores que, conjuntamente, garantem a excelência dos Encontros da Primavera. Além do programa abrangente, a preocupação pela qualidade é, acima de tudo, um dos aspetos que mais sobressai desta reunião científica. Por tudo isto, a realização de 10 edições consecutivas e anuais dos Encontros da Primavera é um marco que não poderíamos deixar passar em branco. Aliás, esperemos que esta reunião científica continue a marcar a agenda de eventos científicos na área da Oncologia.
Lilly Oncologia
Não há dois doentes oncológicos iguais. Esta é a razão, pela qual a Lilly Oncologia está empenhada em desenvolver abordagens de tratamento, tão individuais quanto as pessoas que deles precisam. Fizemos diversas contribuições no sentido de melhorar os resultados dos doentes e - por cada porta que abrimos - é um passo que damos em frente. Mas não chega ajudar, apenas, os doentes oncológicos de hoje. Mesmo com mais de 40 novos fármacos alvo em desenvolvimento, o nosso esforço para o ajudar a administrar tratamentos individualizados, ainda agora começou. Investigação para pessoas.
Lilly Portugal - Produtos Farmacêuticos, Lda. TORRE OCIDENTE • Rua Galileu Galilei, N.º 2, Piso 7 Fracção A/D • 1500-392 LISBOA • PORTUGAL Tel: +351 21 412 66 00 • Fax: +351 21 410 99 44 Cont. n.º 500 165 602 • Capital Social € 4.489.181,07 • Registo Comercial de Cascais sob o n.º 500 165 602
PTONC00042 311 LALI09/2008
Por cada porta aberta pode uma descoberta ser feita.