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Centro logístico da GLP em Guarulhos (SP) adota estruturas e fechamentos em aço para conferir velocidade às obras e contribuir para acelerar retorno do investimento

ProjEtado Para tEr dEz galPõEs e para ocupar uma área de 290.000 m2 até 2017, o centro logístico GLP Guarulhos, empreendimento da Global Logistics Proporties, empresa que está entre as líderes mundiais no setor de parques, condomínios e galpões logísticos para locação, já conta, até o momento, com sete galpões que chamam a atenção pela dimensão e pela velocidade em que foram construídos.

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“O empreendimento consiste em uma série de edifícios implantados a partir de 2012, com pé-direito de 12 m para a armazenagem de materiais. Escolhemos o aço para as coberturas e fechamentos por considerar- mos a solução rápida e econômica. Um deles, por exemplo, foi executado em apenas cinco meses”, explica o arquiteto e idealizador do projeto, Alcindo Dell'Agnese, do escritório AD Arquitetos Associados.

Segundo ele, construções rápidas são a chave para o sucesso neste segmento. “Os galpões precisam ficar prontos rapidamente para fazer com que a empresa comece logo a ter receitas, e por isso o aço se destaca como uma boa solução para este tipo de obra.”

Nas unidades já prontas, 13 mil toneladas de aço foram empregadas nas estruturas, que correspondem aos pilares, vigas e treliças,

Algumas unidades foram montadas em apenas cinco meses

bem como nos fechamentos e coberturas. Nos galpões, os pilares em aço foram fixados com chumbadores nos blocos de fundação. Prontos os pilares, procedeu-se à montagem das estruturas principais e secundárias, detalha Lenira Assis, coordenadora de projetos da construtora Libercon, que executou a obra.

“Em áreas construídas de grandes dimensões, cada espaço perdido é replicado nos módulos e a soma total pode gerar uma perda muito grande. Por isso, achamos melhor basear o projeto nessa modulação predefinida para adequar a logística ao mercado brasileiro”, diz Alan Gonçalves, arquiteto e gerente de projetos da AD Arquitetos Associados.

Projeto desvendado

Abaixo, marquise estruturada em aço serve de abrigo para caminhões e marca a entrada da GLP Global, em Guarulhos (SP)

E a disposição dos pilares metálicos obedeceu uma modulação predefinida em projeto. “Os vãos estruturais foram modulados para aumentar a eficiência da armazenagem. Os módulos têm um padrão de 21,60 m por 22 m”, aponta Dell'Agnese, cuja equipe garante que a busca pelo módulo ideal, que pudesse comportar a maior quantidade de estoque sem a perda de área, foi um dos grandes objetivos do projeto.

Iniciado em 2012, quando a AD Arquitetos Associados concebeu um parque logístico de grandes proporções e de fácil acesso à Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, o projeto se caracteriza por seu viés urbanístico. “Foi preciso agregar grandes áreas, criar uma avenida que viabilizasse o trânsito de carretas e implantar um viaduto privado para permitir o acesso à rodovia”, explica Dell'Agnese. A princípio, a ideia era atender uma variada gama de clientes empresariais, promovendo o compartilhamento de custos e sinergia de produtos em um condomínio com serviços, utilidades, áreas de alimentação e segurança comuns, mas

O conjunto que forma o telhado está apoiado sobre pilares metálicos com distanciamento mínimo de 22 m. No projeto do galpão, telhas e subcobertura encontram-se apoiadas em terças metálicas do tipo espacial, montadas com perfis tipo C também em aço o Master Plan passou por diversas atualizações. “Clientes em potencial e a demanda do mercado determinaram mudanças no projeto até chegar à atual configuração do empreendimento, operado pela GLP", relembra Gonçalves.

A execução dos quatro galpões da fase 1 teve início em 2012. Na fase 2, iniciada em julho de 2014 e concluída no segundo semestre de 2015, foram executados mais três galpões com metragens entre 10 mil m2 e 60 mil m2 “Eles foram distribuídos em sete platôs, cada um com portaria e segurança individualizada”, informa Dell'Agnese.

O projeto previu fundações em estaca-hélice ou em combinação de estaca-hélice com fundação direta, em sapata, de acordo com as condições do terreno de cada platô. O piso, em concreto, foi previsto para suportar até 6 toneladas por metro quadrado.

Já as coberturas, por sua vez, são compostas por telhas metálicas com revestimento em Galvalume, com espessura de 0,65 mm, inclinação de 3% e pré-pintura na face superior. “A subcobertura para a proteção termoacústica é composta por manta em lã de vidro, tipo face felt e revestimento, em sua face interna, laminado branco”, explica Gonçalves.

O profissional detalha, ainda, que as telhas e a subcobertura encontram-se apoiadas em terças de aço, montadas com perfis tipo C, em aço galvanizado; e que essas mesmas terças estão, ainda, apoiadas em tesouras ou pórticos com perfis tipo I. “O conjunto forma o telhado, que está apoiado sobre pilares em aço com distanciamento mínimo de 22 m”, completa Gonçalves. A sobrecarga da cobertura é de 25 kg/m2 de peso próprio e 15 kg/m2 de sobrecarga acidental. (E.C.l.) M

> Projeto arquitetônico: AD Arquitetos Associados

> Área construída: 289.831,64 m²

> Aço empregado: aço estrutural com LE = 350 MPa

> Volume de aço: 13 mil t

> Projeto estrutural: Medabil

> Fornecimento da estrutura de aço: Medabil

> Execução da obra: Libercon Engenharia

> local: Guarulhos, SP

> Data do projeto: 2008

> Conclusão da obra: 2017

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